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Estudo e Melhoria do Sequenciamento da Produção numa Fábrica de Produção de Revestimentos em Cortiça

Joana Alves Moreira Félix

Dissertação de Mestrado

Orientador na FEUP: Prof. José António Barros Basto

Mestrado Integrado em Engenharia e Gestão Industrial

2019-07-12

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Estudo e Melhoria do Sequenciamento da Produção numa Fábrica de Revestimentos em Cortiça

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À minha família e amigos.

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Estudo e Melhoria do Sequenciamento da Produção numa Fábrica de Revestimentos em Cortiça

iii

Resumo

O crescimento da economia global tem tornado as empresas cada vez mais competitivas. Estas

lutam por uma posição no mercado, adotando estratégias de internacionalização e

diversificação, quer nas suas atividades, quer no seu portefólio de produtos. A verdade é que a

sobrevivência das empresas está dependente do seu dinamismo e capacidade de adaptação às

tendências do mercado global, onde a busca por novos métodos operacionais tem que ser uma

constante.

Face aos resultados menos positivos da Amorim Revestimentos, S.A. nos últimos anos, a

empresa encontra-se agora numa fase de reestruturação. Desta forma, tem investido não só no

desenvolvimento de novos produtos, como também na implementação de métodos de trabalho

mais eficientes. A área de produção de produtos acabados tem-se tornado, assim, um problema

crítico na empresa. O aumento da diversidade do portefólio contribuiu para a diminuição da

capacidade produtiva da unidade. Atualmente existem frequentes mudanças nas linhas de

produção que obrigam a setups demorados, diminuindo a rentabilidade das máquinas. Para além

disso, o número de paragens, nomeadamente avarias, tem vindo a aumentar.

Assim, o presente projeto visa o estudo e melhoria do sequenciamento da produção de forma a

aumentar a taxa de cumprimento dos planos semanais, como também a rentabilidade das linhas

de produção, com a diminuição do número e tempo de paragens. Os artigos de fabrico podem

ser divididos por famílias de produtos e características semelhantes do material. Por sua vez, os

setups incorridos entre artigos com diferentes características são dependentes da sequência.

Desta forma, foram estudadas diferentes abordagens de sequenciamento, com recurso a

heurísticas construtivas, tendo apenas em consideração algumas gamas de produtos. O objetivo

do estudo consistiu em analisar diferentes técnicas de sequenciamento, de forma a que a

obtenção da sequência de produção, tendo em consideração as restrições mais fulcrais, fosse

imediata e conseguisse ir de encontro aos objetivos pretendidos pela empresa.

Com o projeto desenvolvido percebe-se então que o sequenciamento em processos produtivos

tão complexos como o da Amorim Revestimentos, S.A., não é uma tarefa fácil e a escolha do

melhor método não é assim tão linear. As heurísticas construtivas, como regras de prioridade,

são técnicas de fácil implementação, capazes de gerar soluções num curto espaço de tempo.

Contudo, estas apresentam algum grau de sensibilidade quando algum dos parâmetros

utilizados é alterado, dificultando desta forma, a avaliação da sua performance. Ainda assim, a

metodologia proposta para o sequenciamento apresenta bons resultados, comparativamente

com a situação atual da empresa.

Palavras-chave: Sequenciamento da Produção, Famílias de Produtos, Setups dependentes da

sequência, Heurísticas Construtivas, Regras de Prioridade.

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Study and Improvement of Production Sequencing in a Cork Floor Production Company

Abstract

Due to the growth of the global economy, the industry has become increasingly competitive in

recent years. Organizations have struggled for a position in the market, adopting strategies of

internationalization and diversification, both in their activities and in their product portfolio.

The truth is that business survival is dependent on its dynamism and ability to adapt to the

global market trends, where the search for new operational methods is crucial.

In responding to the unsuccessful results of the recent years, Amorim Revestimentos, S.A. is

going through a period of transition. In this way, it has invested not only in the development of

new products but also in the implementation of more efficient working methods. The area

responsible for the production of finished products has, therefore, become a critical problem in

the company. The increase in the diversity of the portfolio contributed to the reduction of the

company’s productive capacity. Currently, there are frequent changes in the production lines

that force the delays of setups, reducing the profitability of the machines. Besides, the number

of stops, namely breakdowns, has been increasing.

Thus, this project aims to study and improve the sequencing of production to increase the

compliance rate of the weekly plans, as well as the profitability of production lines, with the

reduction of the number and time of stops. The orders can be divided by families of products

and similar characteristics of the material. In turn, setups incurred between orders with different

characteristics are sequence-dependent. In this way, different approaches to sequencing were

studied, using constructive heuristics, considering only some product ranges. The study aimed

to analyze different sequencing techniques, taking into account the most fundamental

constraints, so that the obtaining of the sequence was automatic and immediate and it could

meet the company's goals.

With the developed project, it is easy to understand that sequencing in such complex production

processes as that of Amorim Revestimentos, S.A., is not an easy task and the choice of the best

method is not so linear. Constructive heuristics, such as priority rules, are easy-to-implement

techniques that can generate solutions in a short period. However, they present some degree of

sensitivity when any of the parameters used are changed, making it difficult to evaluate their

performance. Even so, the methodology proposed for the sequencing shows good results,

compared to the current situation of the company.

Keywords: Sequencing of Production, Families of Products, Sequence-dependent setups,

Constructive Heuristics, Priority Rules.

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Agradecimentos

Ao Professor José Barros Basto e Engenheiro Carlos Alberto pela orientação dada ao longo do

projeto.

Ao Engenheiro Hernâni Pacheco por toda a disponibilidade, paciência, colaboração e partilha

de conhecimento durante o estágio.

Ao César Daniel e Manuel Vieira, pela partilha de conhecimento e carinho demonstrado.

A todos os colaboradores da Amorim Revestimentos, S.A, por todo o apoio e vontade de ajudar.

Aos meus amigos, pela paciência e motivação.

À minha família.

A todos,

Um muito obrigado.

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Índice de Conteúdos

1 Introdução .............................................................................................................................. 1 1.1 Enquadramento do Projeto e Motivação ................................................................................ 1 1.2 Apresentação da Empresa ..................................................................................................... 2 1.3 Objetivos ................................................................................................................................ 4 1.4 Metodologia ............................................................................................................................ 5 1.5 Estrutura ................................................................................................................................. 5

2 Enquadramento Teórico ......................................................................................................... 6 2.1 Planeamento e Controlo da Produção ................................................................................... 6 2.2 Sequenciamento da Produção ............................................................................................... 8 2.3 O Problema do Sequenciamento ........................................................................................... 9

2.3.1 Principais Notações Utilizadas………………………………………………………...9

2.3.2 Métodos de Resolução………………………………………………………………..11 2.4 Sequenciamento na Vida Real ............................................................................................. 12

2.4.1 A Importância dos Tempos de Setup………………………………………………..13

2.4.2 Representação de Soluções………………………………………………………… 15

3 Contextualização do Problema ............................................................................................ 16 3.1 A Situação Atual ................................................................................................................... 16

3.1.1 Os Produtos……………………………………………………………………………16

3.1.2 O Processo Produtivo…………………………………………………………………17

3.1.3 Cadências……………………………………………………………………………...20

3.1.4 Capacidades Instaladas………………………………………………………………21

3.1.5 Rentabilidade das Linhas de Produção……………………………………………..22

3.1.6 Indicadores de Performance…………………………………………………………25

3.1.7 O Fluxo de Informação………………………………………………………………..26 3.2 O Problema do Sequenciamento da Produção .................................................................... 27

4 Uma Abordagem aos Métodos de Sequenciamento da Produção ...................................... 29 4.1 Grupos de Sequenciamento ................................................................................................. 29 4.2 Modelo Base de Sequenciamento ....................................................................................... 29

4.2.1 Pressupostos…………………………………………………………………………..29

4.2.2 Variáveis de Entrada………………………………………………………………….31

4.2.3 Breve Descrição do Modelo Proposto………………………………………………32

4.2.1 Formulação Matemática………………………………………………………………33 4.3 Critérios de Seleção e Criação de Configurações ................................................................ 36 4.4 Resultados Obtidos .............................................................................................................. 38 4.5 Resumo e Proposta ............................................................................................................. 42

5 Conclusões e Sugestões de Melhoria .................................................................................. 47

Referências ............................................................................................................................... 49

ANEXO A: Produtos .......................................................................................................... 50

ANEXO B: Disposição das Linhas de Produção ............................................................... 52

ANEXO C: Taxa de Ocupação Histórica das Linhas de Produção ................................... 53

ANEXO D: Cálculo do OEE ............................................................................................... 54

ANEXO E: Disponibilidade das Linhas de Produção ........................................................ 55

ANEXO F: Paragens por Linha de Produção .................................................................... 56

ANEXO G: Setups por Tipo de Troca ................................................................................ 58

ANEXO H: Grupos de Sequenciamento ............................................................................ 59

ANEXO I: Variáveis de Entrada do Modelo de Sequenciamento .................................... 60

ANEXO J: Critérios de Seleção ........................................................................................ 64

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ANEXO K: Movimentos Planeados ................................................................................... 66

ANEXO L: Resultados Obtidos (Configurações e Abordagens) ....................................... 67

ANEXO M: Resultados Obtidos (A1C5) ............................................................................. 69

ANEXO N: Resultados Obtidos após Melhorias (A1C5) ................................................... 74

ANEXO O: Comparação com Situação Atual (Corte Final 1) ............................................ 75

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Siglas

A1C1 – Configuração 1 da Abordagem 1

A1C2 – Configuração 2 da Abordagem 1

A1C3 – Configuração 3 da Abordagem 1

A1C4 – Configuração 4 da Abordagem 1

A1C5 – Configuração 5 da Abordagem 1

A2C1 – Configuração 1 da Abordagem 2

A2C2 – Configuração 2 da Abordagem 2

A2C3 – Configuração 3 da Abordagem 2

A2C4 – Configuração 4 da Abordagem 2

A2C5 – Configuração 5 da Abordagem 2

AF1 – Acabamentos Finais 1

AF3 – Acabamentos Finais 3

ATC – Apparent Tardiness Cost

ATCS – Apparent Tardiness Cost with Setups

C1 – Configuração 1

C2 – Configuração 2

C3 – Configuração 3

C4 – Configuração 4

C5 – Configuração 5

CF1 – Corte Final 1

CF2 – Corte Final 2

CF5 – Corte Final 5

EDD – Earliest Due Date

FIFO – First In First Out

LOS – Longest Operation Successor

LPT – Longest Processing Time

LRPT – Longest Remaining Processing Time

LWKR – Least Work Remaining

MPS – Master Production Scheduling

MRP – Material Requirement Planning

MS – Minimum Slack

MWKR – Most Work Remaining

O1 – Objetivo 1

O2 – Objetivo 2

O3 – Objetivo 3

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OEE – Overall Equipment Effectiveness

OP – Ordem de Produção

PCP – Planeamento e Controlo da Produção

SNRO – Smallest number of remaining operations

SPT – Shortest Processing Time

SRPT – Shortest Remaining Processing Time

SST – Shortest Setup Time

UN – Unidade de Negócios

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Índice de Figuras

Figura 1 – Estrutura das unidades de negócio da Corticeira Amorim (adaptado de Amorim,

Relatório Anual Consolidado, 2018) .......................................................................................... 3

Figura 2 - Vendas e EBITDA da UN Revestimentos em milhares de euros (adaptado de

Amorim, Relatório Anual Consolidado, 2018) .......................................................................... 4

Figura 3 - Hierarquia do PCP (adaptado de Vollmann et al. (1997)) ......................................... 6

Figura 4 - Diagrama de fluxo (adaptado de Jacobs & Chase (2013)) ........................................ 7

Figura 5 - Programação para a frente e para trás (adaptado de https://www.wisdomjobs.com/e-

university/production-and-operations-management-tutorial-295/scheduling-9619.html, Maio

de 2019) ...................................................................................................................................... 9

Figura 6 - Exemplo de Gantt chart ........................................................................................... 15

Figura 7 - Volume total de produção (m2) em 2018 e 2019 (até final de maio) ....................... 16

Figura 8 - Fluxo do processo produtivo em AF1 por família de produtos ............................... 18

Figura 9 - Fluxo do processo produtivo em AF3 por família de produtos ............................... 19

Figura 10 - Cadências (m2/h) das linhas de produção de AF1 por tipo de produto.................. 20

Figura 11 - Cadências (m2/h) das linhas de produção de AF3 por tipo de produto.................. 21

Figura 12 - Desdobramento do OEE em AF1 e AF3 (2019) .................................................... 23

Figura 13 - Tempo total (horas) de ocupação e inatividade em AF1 e AF3 (2019) ................. 23

Figura 14 - Cumprimento do plano semanal (%) para AF1 e AF3 (2019) ............................... 25

Figura 15 - Horizonte temporal considerado na metodologia .................................................. 31

Figura 16 - Pseudo código do sequenciamento da produção ................................................... 33

Figura 17 - Esquematização dos critérios de seleção ............................................................... 37

Figura 18 - Taxas médias de utilização e atividade (AF1+AF3) da Abordagem 1, por

configuração ............................................................................................................................. 39

Figura 19 - Distribuição das quantidades totais (m2) processadas e em atraso (AF1+AF3) da

Abordagem 1, por configuração ............................................................................................... 39

Figura 20 - Taxas médias de utilização e atividade (AF1+AF3) da Abordagem 2, por

configuração ............................................................................................................................. 41

Figura 21 - Distribuição das quantidades totais (m2) processadas e em atraso (AF1+AF3) da

Abordagem 2, por configuração ............................................................................................... 41

Figura 22 - Variação da taxa média de cumprimento do plano semanal (AF1+AF3) por

abordagem e por configuração, tendo em conta o número de setups e a taxa média de utilização

.................................................................................................................................................. 41

Figura 23 - Variação da quantidade total antecipada (AF1+AF3) por abordagem e por

configuração, tendo em conta o número de setups e a quantidade em atraso (m2) .................. 42

Figura 24 - Distribuição do tempo instalado (nº de horas) por linha de produção ................... 43

Figura 25 - Gantt Chart proposto para as linhas de corte após melhorias no A1C5 ................ 44

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Índice de Tabelas

Tabela 1 - Regras de prioridade elementares (adaptado de Pinedo (2008)) ............................. 12

Tabela 2 - Capacidade máxima instalada (nº de horas) por linha de produção ........................ 22

Tabela 3 - Percentagem de frequência e duração de paragens em AF1 e AF3, em 2018 e 2019

.................................................................................................................................................. 24

Tabela 4 - Frequência, tempo médio e desvio padrão (horas) dos setups por linha de produção,

em 2018 e 2019 ........................................................................................................................ 25

Tabela 5 - Caracterização dos termos utilizados na regra de prioridade multicritério por

configuração ............................................................................................................................. 37

Tabela 6 - Sequência obtida na Abordagem 1 para cada uma das configurações .................... 38

Tabela 7 - Sequência obtida na Abordagem 2 para cada uma das configurações .................... 40

Tabela 8 - Variação dos resultados obtidos após melhorias no A1C5 ..................................... 45

Tabela 9 - Comparação da sequência e tempos de entrega do método proposto com a situação

atual (CF1) ................................................................................................................................ 46

Tabela 10 - Comparação dos resultados obtidos entre o método proposto e a situação atual

(CF1) ......................................................................................................................................... 46

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Estudo e Melhoria do Sequenciamento da Produção numa Fábrica de Revestimentos em Cortiça

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1 Introdução

O presente relatório foi elaborado no âmbito da unidade curricular de Dissertação do Mestrado

Integrado em Engenharia e Gestão Industrial, da Faculdade de Engenharia da Universidade do

Porto. O projeto foi realizado em ambiente empresarial, na Unidade de Negócios (UN)

Revestimentos da Corticeira Amorim, Amorim Revestimentos S.A., em Oleiros.

Neste capítulo será apresentado o tema do projeto, bem como as suas especificidades e o âmbito

em que surgiu. Serão também apresentadas as motivações da empresa e os objetivos pretendidos

para o futuro. A metodologia seguida durante o desenvolvimento do projeto será ainda

referenciada no presente capítulo.

1.1 Enquadramento do Projeto e Motivação

A intensificação da globalização dos mercados tem despoletado constantes desafios nas

organizações. A adaptação das unidades de negócio à realidade dos dias de hoje é, desta forma,

uma exigência para as instituições que queiram garantir a sua sobrevivência nos mercados cada

vez mais competitivos. A diversificação e a internacionalização são as principais estratégias

adotadas pelas empresas que procuram assegurar o seu crescimento, aplicadas tanto no

portefólio dos produtos, como nos setores e áreas geográficas onde atuam.

O Grupo Amorim, sendo uma das empresas portuguesas mais internacionais e dinamizadoras

da economia, tem sempre procurado diversificar e investir em novas áreas com elevado

potencial de rentabilidade. A verdade é que o Grupo detém hoje uma posição consolidada nos

mercados internacionais e em diversas áreas económicas, seguindo o lema de que não basta

apenas um mercado, nem apenas um cliente, nem apenas um produto. Segundo Américo

Amorim, antigo Presidente do Conselho de Administração da Corticeira Amorim, S.G.P.S.,

S.A., “Internacionalizar não é exportar, é ter posições estratégicas no exterior que aproximam

a empresa dos seus clientes” (Corticeira Amorim , 2019). A UN Revestimentos, sendo uma das

áreas de negócio do Grupo Amorim, segue também esta filosofia.

A Amorim Revestimentos, S.A., tem apostado na inovação e diversificação dos seus produtos,

face à forte competitividade dos canais de distribuição de revestimentos e às novas tendências

do mercado. Com a sustentabilidade a tornar-se um marco cada vez mais importante, a procura

por ideias sustentáveis, capazes de preencher as exigências dos clientes, tem sido uma aposta

da empresa. É o caso do Wise by Amorim, uma solução constituída por cortiça e materiais

reciclados e que se diferencia por ser 100% sustentável. Esta nova gama marca a entrada no

mercado da primeira geração de pavimentos com identidade Amorim e foi incorporada no

portefólio da empresa no início do presente ano. Também a marca Wicanders, uma das marcas

da UN Revestimentos, apostou recentemente na reestruturação da sua coleção de produtos e a

empresa tem investido na capacidade de produção desta solução.

No entanto, nem sempre as estratégias adotadas pelas empresas estão alinhadas com as suas

capacidades internas. A inovação e consequente renovação têm que estar asseguradas através

do desenvolvimento das operações internas, nomeadamente nas áreas responsáveis pelo fabrico

dos novos produtos. Muitas vezes a necessidade de colocar rapidamente novas opções no

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Estudo e Melhoria do Sequenciamento da Produção numa Fábrica de Revestimentos em Cortiça

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mercado para fazer jus à concorrência e às novas tendências, cria problemas na produção, que

não está internamente preparada para tais acontecimentos. A Amorim Revestimentos, S.A.,

encontra-se numa fase de reestruturação e a investir no desenvolvimento de novos produtos,

todavia, a capacidade produtiva da empresa não tem conseguido ir de encontro às necessidades

criadas pelo mercado.

A diversificação dos produtos e a extensa gama do portefólio fazem com que a empresa se

aproxime dos seus clientes através da oferta de múltiplas soluções diferentes. No entanto, tudo

isto gera alguns problemas na produção. As quantidades encomendadas que entram no sistema

por gama, à medida que a diversidade aumenta, vão sendo cada vez mais pequenas, aumentando

a complexidade do processo produtivo. Numa empresa onde a produção está muito dependente

das máquinas, a multiplicidade dos lotes de produção obriga a constantes trocas nas linhas.

Existe, desta forma, um maior número de setups e o tempo de paragens torna-se mais elevado.

Uma empresa que anteriormente se encontrava numa situação favorável, onde produzia quase

sempre o mesmo tipo de produto, encontra-se, atualmente, numa fase mais crítica, onde a

capacidade produtiva sofreu um decréscimo enorme. Nesse sentido, surge a necessidade de

desenvolver projetos capazes de melhorar a performance produtiva da Amorim Revestimentos,

S.A, com o estudo e análise de novos métodos. O presente projeto visa, desta forma, o estudo

e melhoria do sequenciamento da produção, a fim de melhorar os outputs da fábrica,

nomeadamente o aumento das taxas de cumprimento do plano semanal, bem como o aumento

da rentabilidade das linhas de produção. Tudo isto contribui para a diminuição dos tempos de

entrega e da quantidade em atraso, como também a diminuição do tempo de paragens instalado

em cada máquina, nomeadamente paragens devido a setups frequentes. Contudo, o

sequenciamento da produção nem sempre é uma tarefa fácil, principalmente em empresas com

processos produtivos muito complexos e uma enormidade de eventos inesperados a

aconteceram nas linhas de produção diariamente, como é o caso das avarias. Na maioria dos

casos, é extremamente árduo o alcance de todos os objetivos, onde a existência de trade-offs é

quase frequente. Desta forma, não existe propriamente um método que satisfaça todas as

necessidades, tendo que se tomar uma decisão de qual o objetivo que se quer valorizar, face à

situação corrente da instituição.

O projeto decorreu na Amorim Revestimentos, S.A, na unidade de Oleiros, na área de

Acabamentos Finais, responsável pela montagem dos produtos acabados da empresa.

1.2 Apresentação da Empresa

A Corticeira Amorim, com origem em 1870, é a maior empresa mundial de produtos de cortiça

e uma das empresas portuguesas mais internacionais. Com 148 (cento e quarenta e oito) anos

de liderança no setor, esta distingue-se dos outros players devido ao contínuo investimento

“sem paralelo na investigação, na inovação e no design, desenvolvendo um portefólio de

produtos e soluções de elevado valor acrescentado, que antecipam as tendências do mercado e

superam as expectativas de algumas das mais exigentes indústrias a nível mundial” (Corticeira

Amorim , 2019).

A empresa tem vindo a apostar na verticalização do seu negócio e na internacionalização das

suas atividades, sendo um fator de sucesso e diferenciação e contribuindo para o seu

crescimento sustentado. Atualmente a Corticeira Amorim conta com 30 (trinta) unidades

industriais, 52 (cinquenta e duas) empresas de distribuição e 254 (duzentos e cinquenta e quatro)

principais agentes espalhados pelo mundo. Como resultado do seu sucesso e da liderança no

setor, a empresa exibe um volume de negócios anual que ascende aos 700 (setecentos) milhões

de euros (Corticeira Amorim, 2018).

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Estudo e Melhoria do Sequenciamento da Produção numa Fábrica de Revestimentos em Cortiça

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Relativamente às unidades de negócio, a organização está subdividida em cinco unidades, sendo

elas: Matérias – Primas, Rolhas, Revestimentos, Aglomerados Compósitos e Isolamentos. A

Figura 1 apresenta como se encontra organizada a estrutura das unidades de negócio da

Corticeira Amorim.

A UN Revestimentos, unidade enquadrada no âmbito do projeto, é líder mundial na produção

e distribuição de pavimentos e decorativos de parede com incorporação de cortiça, com

presença em mais de 70 (setenta) países. Conhecida pelo desenvolvimento de produtos únicos,

através da incorporação de uma matéria prima natural, a cortiça, a empresa diferencia-se dos

seus concorrentes. Apresenta um portefólio diversificado, com diversas soluções que conjugam

as propriedades únicas da cortiça com visuais diferenciados. A elevada tecnologia presente no

processo produtivo da Amorim Revestimentos, S.A., permite o fabrico de pavimentos com

visuais de madeira e pedra, com recursos a técnicas de impressão digital de última geração que

fazem uma réplica de qualquer tipo de visual, com elevado nível de realismo. As principais

marcas desta UN são a Wicanders (marca premium), a Corklife e a Cortex. Recentemente a

empresa apostou no desenvolvimento de uma marca sustentável com identidade própria, o Wise

by Amorim. No total apresenta um portefólio com aproximadamente cinco mil referências.

No que diz respeito a unidades fabris, a UN Revestimentos apresenta duas unidades, situadas

em Oleiros e Lourosa, sendo que a unidade industrial de Oleiros tem a seu encargo o fabrico

dos pavimentos. A área de operações da UN Revestimentos em Oleiros é constituída

maioritariamente por duas unidades – Componentes e Acabamentos Finais. Os Acabamentos

Finais estão divididos em três zonas (Acabamentos Finais 1; Acabamentos Finais 2;

Acabamentos Finais 3), sendo esta unidade responsável pelo fabrico e montagem dos produtos

acabados. Estes podem ser divididos em famílias, sendo as principais, Hydrocork, Wise,

Authentica, LVT, ArtComfort, Multifloors, Cork-o-Floor, Cork Parquet e CorkStyle. A gama

Wise pode ser subdividida em três grupos principais, sendo eles Wise PET, Wise Printed e Wise

Cork. Para além disso, ainda existe a família dos Obsoletos, constituída por artigos que

futuramente deixarão de ser produzidos e que abrange mais de duas mil referências.

Dado o mercado fortemente competitivo onde a Amorim Revestimentos, S.A. está inserida, a

empresa tem enfrentado um decréscimo nas suas vendas totais, registando uma diminuição de

7,7% em 2018, face aos resultados obtidos em 2017, como se verifica na Figura 2 (Corticeira

Amorim, 2018).

Figura 1 – Estrutura das unidades de negócio da Corticeira Amorim (adaptado de Amorim, Relatório Anual

Consolidado, 2018)

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Tudo isto origina novos desafios na organização, que se vê obrigada a melhorar a sua

performance, de forma a contornar os resultados menos positivos. Para isso, tem investido no

reposicionamento do seu portefólio e na alteração da equipa de gestão da área de operações,

onde os principais desafios passam pelo “aumento da eficiência operacional da cadeia de

abastecimentos, consolidação do desenvolvimento de novos produtos sustentáveis e aumento

da rentabilidade do negócio, através do posicionamento do portefólio de produtos, da

exploração de novos canais e de uma maior focalização na margem de negócio” (Corticeira

Amorim, 2018). Por conseguinte, o estudo de novos métodos operacionais, capazes de dar

resposta às novas necessidades da instituição, torna-se imperativo.

Desta forma, e uma vez que o aumento da eficiência operacional na área de operações é um dos

grandes desafios da Amorim Revestimentos, S.A, existem diversas oportunidades de melhoria

na área de Acabamentos Finais, com o estudo e implementação de novos métodos operacionais.

O estudo e melhoria do sequenciamento da produção surge, assim, no sentido de ultrapassar

algumas insuficiências da produção, tentando ir de encontro aos objetivos que a empresa tem

para o futuro.

1.3 Objetivos

O presente projeto visa o estudo e análise do sequenciamento da produção, nas áreas de

Acabamentos Finais 1 (AF1) e Acabamentos Finais 3 (AF3), para as famílias de produtos

Hydrocork, Wise, Authentica, LVT e ArtComfort. Os objetivos passam pela melhoria dos

outputs da fábrica, nomeadamente o aumento das taxas de cumprimento do plano e da

rentabilidade operacional das linhas de produção, tendo em consideração os movimentos

planeados de três semanas.

Assim, o presente projeto ambiciona vários objetivos interligados, sendo eles:

Redução dos atrasos e respetiva quantidade, contribuindo para o aumento das taxas de

cumprimento do plano e redução dos tempos de entrega das encomendas;

Melhoria da rentabilidade das máquinas, através da redução do tempo de paragens

influenciadas pelo sequenciamento, nomeadamente setups.

Figura 2 - Vendas e EBITDA da UN Revestimentos em milhares de euros

(adaptado de Amorim, Relatório Anual Consolidado, 2018)

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Estudo e Melhoria do Sequenciamento da Produção numa Fábrica de Revestimentos em Cortiça

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1.4 Metodologia

O projeto teve uma duração de aproximadamente cinco meses e o seu desenvolvimento foi

dividido em várias fases.

A primeira semana do estágio foi dedicada à integração na empresa, com a apresentação da

chefia e colaboradores da organização. Após a integração, o método seguido consistiu na

observação de todo o processo produtivo e no conhecimento dos produtos, a par do seguimento

do sequenciamento das linhas de produção. Tudo isto contribui para a identificação da situação

atual da Amorim Revestimentos, S.A., como também para a contextualização do problema e

respetivas causas. Paralelamente houve uma recolha e tratamento de dados, nomeadamente

dados relativos aos OEE’s das máquinas, registos de produção e indicadores de performance.

Com isto foi possível identificar os principais tipos de paragens que afetavam cada uma das

linhas de produção, bem como a sua frequência e duração média e qual o impacto na

performance da empresa. A maioria dos dados estava disponível no sistema da empresa ou em

ficheiros Excel. Todavia, os registos de produção tiveram que ser analisados folha a folha, uma

vez que, da maneira como os registos são feitos atualmente, nem toda a informação necessária

para o desenvolvimento do projeto estava guardada em suporte informático, nomeadamente os

tempos de setup por tipo de setup.

Após a análise da situação atual e a clara identificação do problema de sequenciamento e

respetivas restrições, seguiu-se o estudo da proposta de melhoria, impulsionado com uma

revisão da literatura, que permitiu detetar os métodos já existentes e de que forma poderiam ser

aplicados ou adaptados à situação real da empresa. Primeiramente modelou-se a proposta de

melhoria, com a análise de diferentes abordagens de sequenciamento e múltiplos Configuraçãos

que envolvem critérios diferentes de seleção. A ferramenta utilizada durante o desenvolvimento

do projeto foi Microsoft Excel com recurso a VBA (Visual Basic for Applications).

De forma a identificar o melhor método de sequenciamento face aos objetivos pretendidos e a

situação atual da empresa, recorreu-se a uma análise comparativa dos resultados obtidos em

cada um dos Configuraçãos, para cada uma das abordagens desenvolvidas. Para isso, teve-se

em consideração diversos parâmetros, nomeadamente a taxa de cumprimento do plano e as

taxas médias de utilização e atividade das linhas de produção. Por fim, realizou-se uma análise

comparativa do método proposto com a situação atual da empresa, tendo em consideração o

sequenciamento real em apenas uma das linhas de produção, que foi escolhida juntamente com

o orientador na empresa.

1.5 Estrutura

O presente relatório pode ser dividido em várias secções, sendo que:

Capítulo 1 – Apresentação do projeto e respetivo enquadramento, com uma

apresentação geral da empresa onde o presente projeto foi realizado;

Capítulo 2 – Enquadramento teórico do tema do projeto e apresentação de alguns

métodos de sequenciamento existentes na literatura;

Capítulo 3 – Apresentação da situação atual e contextualização do problema de

sequenciamento da empresa;

Capítulo 4 – Explicação dos métodos de sequenciamento analisados e análise dos

resultados obtidos;

Capítulo 5 – Principais conclusões obtidas e oportunidades de melhoria para o futuro.

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Estudo e Melhoria do Sequenciamento da Produção numa Fábrica de Revestimentos em Cortiça

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2 Enquadramento Teórico

Este capítulo tem como objetivo enquadrar o presente projeto na sua literatura relevante. Assim,

primeiramente será feita uma abordagem ao papel do planeamento e controlo da produção em

ambiente empresarial. De seguida, será caracterizado em detalhe o problema de

sequenciamento da produção, englobando não só as principais notações utilizadas, bem como

os diferentes métodos existentes na literatura e os principais problemas despoletados no

quotidiano de uma empresa industrial.

2.1 Planeamento e Controlo da Produção

O Planeamento e Controlo da Produção (PCP) é cada vez mais fulcral em ambientes

empresariais. À medida que a competição aumenta, a procura por métodos operacionais mais

eficientes por parte das organizações torna-se uma obrigatoriedade. Estas procuram métodos

que visem uma utilização mais eficiente dos seus recursos e um maior nível de desempenho,

alcançando, desta forma, os objetivos propostos em termos de qualidade, quantidade, custos e

prazos de entrega (Ray Wild, 2002).

O planeamento é uma atividade realizada antes da produção e pretende, face aos movimentos

planeados, gerir os fatores externos e internos que influenciam diretamente a produção, de

forma a satisfazer a procura (Jacobs & Chase, 2013). Segundo Ray Wild (2002) “Planeamento

da Produção consiste na determinação, aquisição e organização de todas as instalações

necessárias para a produção futura de produtos”. Por outro lado, o controlo da produção entra

em ação quando o que está efetivamente a acontecer se desvia daquilo que foi previamente

planeado. Neste caso, são inúmeros os fatores que podem despoletar alterações na produção,

como é o caso do absentismo, as avarias nas máquinas, as inesperadas alterações na procura, a

falta de material, entre outros (Ray Wild, 2002). Resumidamente, o planeamento origina um

conjunto de ações no chão de fábrica, enquanto que o controlo é constituído pelo seu

acompanhamento em “tempo real” e, caso seja necessário, pela criação de um conjunto de

medidas que visem o cumprimento dos planos.

Segundo Thomas E. Vollmann et al. (1997) , as atividades de planeamento e controlo da

produção podem ser divididas em diferentes níveis e horizontes temporais. A Figura 3 ilustra

os diferentes níveis.

Figura 3 - Hierarquia do PCP (adaptado de Vollmann et al. (1997))

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O Planeamento da Produção, muitas vezes designado por Planeamento Agregado da Produção,

tem como principal objetivo definir a combinação ótima referente à quantidade a produzir em

termos agregados, bem como a quantidade de recursos e o nível de inventário necessários

durante o período em análise (Jacobs & Chase, 2013). Após o Planeamento da Produção, segue-

se o nível seguinte, também designado por Master Production Scheduling (Plano Mestre de

Produção) (MPS). Contrariamente ao nível anterior, que providencia um plano geral, o MPS

apresenta um nível de detalhe superior, definindo exatamente quanto se deve produzir de cada

item durante tempos periódicos específicos que, normalmente, são semanas. Neste caso, o

planeamento é baseado na procura real de cada item final, apresentando uma postura mais

operacional e é neste nível que ocorre a transformação das encomendas em ordens de produção

dos produtos acabados. Contudo, cada artigo pode ser composto por mais do que um

componente e/ou matéria prima, sendo assim necessária a criação do Material Requirement

Planning (MRP), correspondente ao terceiro nível da hierarquia. Este tem como primordial

objetivo determinar o número de componentes e matérias primas necessárias para cada um dos

itens finais, bem como quando devem ser produzidos e/ou requisitados a fornecedores externos

para que estejam disponíveis no tempo estipulado para a conceção do respetivo produto final

(Jacobs & Chase, 2013). Em empresas com uma vasta diversidade de produtos, este plano torna-

se imprescindível para o bom funcionamento operacional de toda a organização, de forma a

evitar roturas no processo produtivo. Por fim, segue-se o controlo fabril, responsável pelo

sequenciamento das ordens de fabrico e por todo o controlo do chão de fábrica. É aqui que se

define a sequência de produção das ordens de fabrico e se controla o chão de fábrica, de forma

a garantir uma boa performance dos outputs da produção (Jacobs & Chase, 2013).

A Figura 4 apresenta o diagrama do fluxo de informação existente nas empresas industriais.

Figura 4 - Diagrama de fluxo (adaptado de Jacobs & Chase (2013))

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Posto isto e segundo Slack et al. (2002) as decisões que são tomadas ao longo dos diferentes

níveis hierárquicos devem considerar uma relação equilibrada entre a oferta e a procura, bem

como uma coordenação entre as diversas áreas existentes na organização para que, dentro da

capacidade máxima produtiva e dos recursos disponíveis, seja produzida a quantidade

adequada, no tempo apropriado e com a qualidade desejada.

2.2 Sequenciamento da Produção

O sequenciamento é um processo de decisão que se tem tornado cada vez mais importante em

empresas industriais, principalmente onde a variedade de produtos é muito vasta e a competição

é significativa, apresentando-se assim como uma necessidade para a sobrevivência das próprias

organizações. Este surge no último nível hierárquico das atividades de planeamento e controlo

da produção e pode ser descrito como a alocação das diferentes tarefas às máquinas existentes

no chão de fábrica, tendo em vista a maximização de um ou mais objetivos, bem como a

consideração de um conjunto de restrições. Os objetivos podem tomar diferentes formas e estão

dependentes do propósito da empresa. O cumprimento dos planos semanais, através da

minimização do número de ordens e/ou o número de dias em atraso, como também a

minimização do tempo de produção necessário para executar todas as ordens, são alguns

exemplos de objetivos considerados pelas unidades fabris aquando da altura de sequenciar

(Pinedo, 2008).

O problema de sequenciamento foca-se, desta forma, em determinar a melhor sequência em

que as ordens de fabrico devem ser realizadas em cada uma das máquinas existentes, com os

respetivos tempos de início e fim de processamento em cada máquina. No entanto, existem

diferentes maneiras de sequenciar, que originam, por sua vez, diferentes soluções. Segundo

Jacobs & Chase (2013), uma característica que influencia a sequência proposta pelo

sequenciamento é a capacidade dos recursos que, em alguns casos, não é considerada e estes

assumem-se com capacidade infinita. No entanto, estes sistemas na maioria dos casos não se

aproximam da realidade, sendo que as soluções que consideram a capacidade dos recursos como

finita, por noma, apresentam melhores resultados, apesar do maior grau de complexidade. De

acordo com os mesmos autores, uma outra característica que influencia a solução gerada está

relacionada com o tipo de alocação, i.e., se o sequenciamento é programado para trás ou para a

frente, backward scheduling e forward scheduling, respetivamente. Se o sequenciamento é

programado para trás, a produção é feita exatamente para a data de entrega da encomenda, ou

seja, as ordens são atribuídas ao último intervalo de tempo disponível, estando terminadas

apenas na data em que o produto acabado é necessário. Por outro lado, se o sequenciamento é

programado para a frente, a produção é realizada o mais cedo possível, isto é, as ordens são

alocadas ao primeiro intervalo de tempo disponível e a data de conclusão da ordem de fabrico

é determinada tendo em consideração os tempos finais de processamento calculados à

posteriori. A Figura 5 apresenta um esquema que retrata os dois tipos de sequenciamento,

backward scheduling e forward scheduling.

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2.3 O Problema do Sequenciamento

Ao longo dos últimos anos, são vários os estudos realizados em torno dos problemas de

sequenciamento, com inúmeros modelos estudados e criados. A verdade é que nem todas as

empresas e respetivos processos produtivos são iguais, e nem sempre os modelos existentes se

enquadram na sua totalidade com a realidade. Assim, consoante as características em análise,

existe, quase sempre, a necessidade de adaptar os modelos já existentes na literatura à realidade

das instituições.

2.3.1 Principais Notações Utilizadas

De uma forma geral os problemas de sequenciamento utilizam sempre a mesma notação. O

número de ordens de fabrico, bem como o número de máquinas assumem-se como infinitos,

sendo que n diz respeito ao número de ordens a sequenciar e m ao número de máquinas.

Normalmente o índice j refere-se às ordens e o índice i às máquinas. Desta forma, pi,j representa

o tempo de processamento da ordem j na máquina i, enquanto que rj e dj representam a data de

entrada e de entrega da ordem j, respetivamente. A data de entrega corresponde à data em é

esperada a entrega da encomenda ao cliente. O fator de prioridade ou peso atribuído a cada

ordem é representado por wj e reflete a importância da ordem j face às restantes ordens presentes

no sistema (Pinedo, 2008).

Segundo Pinedo (2008), convencionalmente, os problemas de sequenciamento são expressos

pela forma α | β | γ, onde α descreve a configuração das máquinas, β as restrições adicionais e,

por fim, γ representa a função objetivo.

Assim, referente ao campo α seguem-se as seguintes notações:

Máquina única (1) – Representa o caso onde existe apenas uma máquina e todas as tarefas são

alocadas à mesma, sendo assim o caso mais simples. Pode ser também um caso especial de

problemas mais complexos.

Flow shop (Fm) – Nos problemas de flow shop existem m máquinas em série e cada ordem tem

que ser processada em cada uma das máquinas. Assim, todas as ordens apresentam a mesma

Figura 5 - Programação para a frente e para trás (adaptado de https://www.wisdomjobs.com/e-

university/production-and-operations-management-tutorial-295/scheduling-9619.html, Maio de 2019)

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rota e para este tipo de problemas, normalmente adota-se a filosofia de FIFO (First In First

Out) nas filas de espera entre máquinas.

Job Shop (Jm) – Representa o caso onde existem m máquinas e cada ordem tem a sua própria

sequência de operações.

Relativamente às restrições adicionais, campo β, são analisadas:

Restrições de precedência (prec) – Estas restrições normalmente aparecem nos casos de uma

única máquina, ou então, em configurações com máquinas paralelas, onde uma ordem só pode

começar a ser processada quando as ordens anteriores estiverem completas.

Dependência do tempo de setup (sjk) – Este é o caso onde podem existir tempos de preparação

entre o processamento de diferentes ordens e, por norma, estes tempos estão dependentes da

sequência imposta. Assim, sjk representa o tempo de setup incorrido entre o processamento da

ordem j e a ordem k. Se o tempo de setup para além da sequência depende também da máquina

onde está a ser feito o processamento utiliza-se a notação sijk, onde i representa o índice da

máquina. Os tempos de arranque e limpeza das máquinas poderão ser nulos, dependendo dos

casos.

Famílias de trabalho (fmls) – Neste caso existem n ordens pertencentes a F famílias diferentes.

A criação de famílias acontece quando existe uma vasta variedade referente às características

das ordens a serem processadas. Assim sendo, as ordens pertencentes à mesma família possuem

todas as mesmas características, existindo apenas tempos de setup quando se troca de família.

Se o tempo de setup depende apenas da família que vai iniciar o seu processamento, este é

notado como sg, i.e., o tempo incorrido para o processamento da família g. Por outro lado, se o

tempo de setup, para além da família também depende da sequência, este é representado como

sgh, i.e., o tempo incorrido entre o processamento da família g e a família h.

Paragens (brkdwn) – As paragens pressupõem que uma máquina não está continuamente

disponível devido a avarias.

Permutação (prmu) – Esta é uma restrição muito comum em ambientes flow shop, onde cada

máquina opera de acordo com a política FIFO. Desta forma, a sequência que é ditada na

primeira máquina da rota é transmitida às restantes máquinas do sistema.

Recirculação (rcrc) – Esta restrição tem tendência a acontecer num ambiente job shop, quando

uma ordem visita uma determinada máquina mais do que uma vez.

Por fim, no que diz respeito às funções objetivo possíveis (γ), seguem-se alguns exemplos

habitualmente usados nos problemas de sequenciamento:

Makespan (Cmax) – Um dos objetivos mais usuais é a minimização do makespan, i.e., a

minimização do tempo em que a última ordem é concluída e sai do sistema. Geralmente uma

minimização do makespan implica uma boa utilização das máquinas presentes no chão de

fábrica.

Tempo Total Executado (∑Cj) – Diz respeito à minimização do somatório dos tempos

necessários para a execução de todas as ordens. Uma extensão deste objetivo pode ser a

incorporação do fator de prioridade, caso exista, tomando a forma de ∑wjCj.

Lateness (Lmax) – Refere-se à minimização da pior violação dos prazos de entrega. O cálculo

do lateness de cada ordem (Lj) poder ser definido como Lj = Cj - dj.

Tardiness (∑Tj) – Corresponde à minimização da soma dos atrasos de cada ordem. À

semelhança da notação referente ao tempo total executado, também neste caso pode existir a

incorporação do peso atribuído a cada ordem, tomando a forma de ∑wjTj. O cálculo da tardiness

de cada ordem (Tj) poder ser definido como Tj = max (Cj - dj,0) = max (Lj,0).

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Realça-se que a diferença existente entre lateness e tardiness reside no facto de tardiness nunca

tomar valores negativos.

2.3.2 Métodos de Resolução

Face aos diferentes problemas de sequenciamento, são inúmeros os métodos existentes na

literatura que dão resposta aos objetivos propostos. Contudo, e apesar das diversas alternativas

existentes, a escolha do método mais adequado nem sempre é uma decisão fácil. Tudo depende

das características do problema em análise e de como estas se enquadram nas diferentes

metodologias. A complexidade inerente aos problemas de sequenciamento faz com que o tempo

disponível para a obtenção de soluções seja um dos fatores primordiais a ter em consideração.

A busca por métodos rápidos, mas ao mesmo tempo eficazes, é assim uma premissa em

qualquer indústria pois, na verdade, a famosa citação de Benjamin Franklin, “Tempo é

dinheiro”, é sempre aplicável.

Segundo Simon French (1982), os problemas de sequenciamento podem ser classificados como

determinísticos ou estocásticos, bem como estáticos ou dinâmicos. O que diferencia um

problema de ser determinístico ou estocástico é o nível de incerteza e aleatoriedade existente.

De acordo com Simon French (1982), um problema é determinístico caso os tempos de

processamento e todos os outros parâmetros sejam fixos e conhecidos atempadamente, caso

contrário, o problema é considerado estocástico. Por sua vez, um problema é considerado

estático quando a sequência na qual as tarefas devem ser processadas é determinada de uma só

vez e permanece inalterável, contrariamente aos problemas dinâmicos, que têm em

consideração as modificações que ocorrem ao longo do tempo (Laha, 2008).

Posto isto, são vários os métodos existentes na literatura que visam a resolução de problemas

de sequenciamento. Estes podem ir desde simulações, utilização de métodos exatos ou então

métodos aproximados (Zhu & Wilhelm, 2006).

Os métodos exatos utilizam algoritmos que garantem a solução ótima, no entanto, para

problemas de dimensão considerável a complexidade pode ser demasiado elevada, o que requer

um enorme esforço computacional na obtenção de soluções (Moghaddas & Houshmand, 2008).

Desta forma, garantir uma solução ótima nestes casos pode ser um processo bastante demorado

e nem sempre é compatível com aquilo que as indústrias pretendem. A programação inteira e o

algoritmo de branch-and-bound são dos métodos de otimização mais utilizados nos problemas

de sequenciamento (Błażewicz et al., 1996).

Por sua vez, os métodos aproximados, muitas vezes designados por métodos heurísticos, apesar

de não garantirem a solução ótima, conseguem produzir soluções aproximadas num intervalo

de tempo menor. Do ponto de vista prático e empresarial, onde a obtenção de soluções tem que

ser imediata, os métodos heurísticos acabam, portanto, por prevalecer comparativamente com

os métodos exatos. No que diz respeito às heurísticas construtivas, as regras de prioridade são

das técnicas mais utilizadas neste tipo de problemas, devido à fácil implementação e ao baixo

nível de complexidade (Błażewicz et al., 1996). Contudo, apesar de serem dos métodos mais

utilizados, torna-se difícil avaliar a performance das soluções geradas por este tipo de

heurísticas, uma vez que os resultados dependem apenas da sequência inicial e pequenas

alterações nos parâmetros podem originar soluções bastante diferentes (Hoitomt, Luh, &

Pattipati, 1993). A heurística desenvolvida por Adam el al. (1988), shifting bottleneck heuristic,

é também uma das metodologias mais poderosas nos problemas de sequenciamento, onde estes

são concentrados numa única máquina, neste caso o bottleneck. Relativamente a meta-

heurísticas, Tabu Search, Genetic Algorithm e Simulated Annealing, são as abordagens mais

utilizadas. A ideia por detrás deste tipo de metodologias é melhorar as soluções obtidas nas

heurísticas de construção, através da criação de soluções vizinhas. Um vizinho é gerado sempre

que acontece uma modificação na solução atual, sendo que o objetivo visa a obtenção de

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inúmeras soluções capazes de melhorar a função objetivo tida em consideração (Błażewicz et

al., 1996).

A Tabela 1 ilustra as regras de prioridade elementares mais utilizadas na literatura.

Tabela 1 - Regras de prioridade elementares (adaptado de Pinedo (2008))

Regra de prioridade Descrição

SPT “Shortest processing time”. Prioriza a ordem de produção (OP)

com menor tempo de processamento.

LPT “Longest processing time”. Prioriza a OP com maior tempo de

processamento.

SRPT “Shortest remaining processing time”. Prioriza a operação com

menor tempo restante de processamento da OP.

LRPT “Longest remaining processing time”. Prioriza a operação com

maior tempo restante de processamento da OP.

FIFO “First in First out”. Prioriza a primeira operação da fila de espera

da máquina.

LOS “Longest operation sucessor”. Prioriza a operação com maior

tempo de processamento da operação subsequente.

SNRO “Smallest number of remaining operations”. Prioriza a OP com

menor número de operações subsequentes.

LNRO “Largest number of remaining operations”. Prioriza a OP com

maior número de operações subsequentes.

EDD “Earliest due date”. Prioriza as operações por ordem crescente das

datas de entrega.

LWKR “Least work remaining”. Prioriza a OP com o menor valor da soma

das durações das operações por realizar.

MWKR “Most work remaining”. Prioriza a OP com o maior valor da soma

das durações das operações por realizar.

MS “Minimum Slack”. Prioriza a OP cujo tempo de folga até à data de

entrega é menor.

SST “Shortest Setup Time”. Prioriza a OP com menor tempo de setup.

2.4 Sequenciamento na Vida Real

Tal como já foi referido nas secções anteriores, nem sempre os métodos existentes atualmente

têm em consideração todas as restrições dos problemas de sequenciamento, o que faz com que

as soluções obtidas se desviem da prática comum. No entanto, e apesar dos inúmeros estudos

realizados, ainda não é muito claro como é que o conhecimento presente na literatura pode ser

aplicado ao mundo real (Pinedo, 2008). Segundo Pinedo (2008) são várias as diferenças

existentes entre a realidade do sequenciamento da produção e os métodos desenvolvidos ao

longo dos últimos anos, destacando-se as seguintes:

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Por norma as metodologias desenvolvidas não retratam o dinamismo inerente à entrada

de novas ordens no sistema, uma vez que consideram um número fixo de encomendas.

No entanto, na maioria das empresas, a entrada de novas encomendas acontece

continuamente ao longo do tempo;

Os métodos existentes muitas vezes não enfatizam o re-sequenciamento que, na prática,

acontece com alguma regularidade. O re-sequenciamento acontece quando algum

evento inesperado surge e obriga a modificações na solução obtida;

As configurações das máquinas existentes no mundo real são mais complicadas do que

as que são retratadas nos métodos existentes. Muitas vezes o fluxo do material não é um

processo contínuo e o layout das máquinas não está racionalizado;

Na teoria, as prioridades atribuídas às ordens assumem-se como fixas, o que nem sempre

acontece na prática. Na realidade, uma ordem com baixa prioridade pode tornar-se,

repentinamente, numa urgência;

Muitas vezes a disponibilidade das máquinas não é tida em consideração nos modelos

existentes, assumindo-se que estas se encontram continuamente disponíveis. Na

verdade, isso raramente acontece, uma vez que existem inúmeras paragens que podem

pôr em causa a disponibilidade das linhas de produção;

A maioria dos métodos existentes retrata modelos com um único objetivo; todavia, a

combinação de objetivos é algo que acontece frequentemente nos processos industriais.

Para este tipo de casos existe a necessidade de se criar uma função múltipla, onde são

atribuídos pesos dinâmicos a cada um dos objetivos;

O sequenciamento na prática utiliza com alguma frequência horas extra, o que não é

tido em consideração nos modelos teóricos.

Posto isto, muitas vezes o problema de sequenciamento na vida real não recorre a heurísticas

muito sofisticadas, devido à existência dos eventos anteriormente enumerados, que acontecem

com alguma regularidade nas indústrias, mas que não são retratados nos métodos. Estes eventos

causam constantes modificações nas soluções obtidas, o que leva as empresas a sacrificarem da

solução obtida através de heurísticas mais complexas e a adotarem metodologias mais

abrangentes (Pinedo, 2008).

2.4.1 A Importância dos Tempos de Setup

Com a intensificação da competição nos mercados e as indústrias a apostarem na diversificação

dos seus produtos, os tempos de setup são cada vez mais um objeto de estudo. Contudo, não

são muitos os métodos de resolução de problemas de sequenciamento que retratam esta

realidade. Várias metodologias existentes na literatura consideram o tempo de setup como

insignificante, sendo assim incluído como parte do tempo de processamento das ordens de

fabrico (Ebrahimi et al., 2014).

Tempo de setup pode ser definido como o tempo necessário para preparar uma máquina para a

execução de uma determinada tarefa. Por sua vez, o custo de setup é o custo para configurar o

recurso antes da execução da tarefa. Geralmente quando o tempo e o custo são proporcionais,

o que tipicamente ocorre quando apenas o tempo de paragem é a única preocupação, é suficiente

a consideração de apenas um dos parâmetros, tempo de setup ou custo de setup (Allahverdi &

Soroush, 2008). No que diz respeito aos diferentes tipos de setup, estes podem ser dependentes

ou independentes da sequência. Se o tempo de setup apenas depende da tarefa que vai ser

executada, independentemente daquilo que foi processado antes, diz-se que o tempo de setup é

independente da sequência, caso contrário, é considerando dependente (Ebrahimi et al., 2014).

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14

Devido à importância deste parâmetro nas indústrias e o desafio que os tempos de preparação

criam na obtenção de soluções, o número de estudos realizados em torno deste tipo de

problemas tem aumentado. Com a redução dos tempos de setup consegue-se aumentar a

capacidade produtiva das máquinas, como também, a redução dos tempos de entrega, entre

outros benefícios (Allahverdi & Soroush, 2008).

Contudo, a maioria dos problemas de sequenciamento da produção com setups lida com

conflitos entre a eficiência das máquinas e os tempos de entrega das encomendas. Este trade-

off apresenta, desta forma, um desafio para qualquer procedimento de sequenciamento, uma

vez que se torna impossível atingir todos os objetivos pretendidos. Por um lado, a elevada

eficiência está relacionada com lotes de processamento maiores dentro do mesmo setup. No

entanto, de forma a que os tempos de entrega das encomendas sejam respeitados, existe

tendência a que os lotes de processamento sejam menores, originando um maior número de

setups (Baker, 1999).

Seguidamente serão apresentados alguns métodos existentes na literatura que retratam

metodologias de sequenciamento da produção mais adaptadas à realidade das indústrias,

nomeadamente heurísticas que englobem os tempos de preparação das máquinas.

Métodos construtivos com setups dependentes da sequência

Tal como já foi referido em secções anteriores, as regras de prioridade são das heurísticas mais

utilizadas em ambiente empresarial para a obtenção de soluções de sequenciamento, devido à

simplicidade matemática e eficiência quando comparadas a outras técnicas, normalmente

complexas e dependentes de grande esforço computacional. Estas podem tomar diferentes

formas e classificações.

Segundo Pinedo (2008), as regras podem ser classificadas como estáticas ou dinâmicas. As

regras dinâmicas têm em consideração as alterações que vão acontecendo ao longo do tempo,

contrariamente às regras estáticas, que permanecem inalteráveis. Uma outra maneira de

classificar as regras de prioridade é de acordo com a informação em que estas se baseiam. Uma

regra local tem apenas em consideração informação relativa à máquina onde está a ser aplicada,

contrariamente à regra global, que tem também em atenção informação relativa a outras

máquinas, como por exemplo, o tempo de processamento da ordem de fabrico nas outras linhas

de produção.

As regras de prioridade tendem a estar relacionadas com um único objetivo, no entanto, no

mundo real, os objetivos são muito mais complicados e os problemas realísticos pretendem

funções combinatórias. Assim, a criação de regras compostas baseia-se na junção dos objetivos

tidos em consideração nas regras mais elementares, ilustrados na Tabela 1. Dentro deste

contexto, Apparent Tardiness Cost (ATC) é uma regra que combina as heurísticas Weighted

Shortest Processing Time (WSPT) e Minimum Slack (MS) e tem como objetivo a priorização

das atividades com menor tempo de processamento e elevada prioridade, a par das atividades

com menor folga (Pinedo, 2008). No entanto, apesar da sua ampla utilização, esta regra não

contempla os tempos de setup. De forma a atender às necessidades impostas pelos processos

produtivos, Kim et al. (1995) e Lee et al. (1997), desenvolveram uma nova heurística de

sequenciamento, Apparent Tardiness Cost with Setups (ATCS), onde é incorporado o fator

setup na formulação da heurística ATC. Esta combina, assim, a regra WSTP, MS e SST

(Shortest Setup Time) num único índice (Pinedo, 2008). A formulação da ATCS é apresentada

na equação (2.1), onde wj representa o peso da ordem j, pj o tempo de processamento da ordem

j, dj o prazo de entrega da ordem j e sjk o tempo de setup gerado pela transição da ordem j para

a ordem k; k1p e k2s representam parâmetros empiricamente definidos.

𝐼𝑗(𝑡) = 𝑤𝑗

𝑝𝑗exp(

− max(𝑑𝑗−𝑝𝑗−𝑡,0)

𝑘1𝑝) exp(−

𝑠𝑗𝑘

𝑘2𝑠) (2.1)

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Estudo e Melhoria do Sequenciamento da Produção numa Fábrica de Revestimentos em Cortiça

15

Por outro lado, a heurística desenvolvida por Adam et al., shifting bottleneck heuristic, é

também uma das heurísticas mais utilizadas em problemas de sequenciamento, tendo como

objetivo a simplificação dos problemas mais complexos. As máquinas possuem variadas

características, originando assim, diferentes tempos de processamento consoante a função e/ou

o tipo de material que está a ser processado. O bottleneck, ou gargalo, é caracterizado como a

máquina que limita a capacidade produtiva, i.e., a máquina com o maior tempo de

processamento. Assim, tal como o próprio nome sugere, shifting bottleneck heuristic,

sequencia sempre em primeiro lugar o gargalo (Błażewicz et al., 1996). Seguidamente dá-se o

sequenciamento nas restantes máquinas onde, geralmente, é transmitida a sequência que foi

determinada inicialmente.

A junção de vários métodos construtivos pode ser uma abordagem mais prática para retratar os

problemas reais, nomeadamente a combinação das heurísticas descritas anteriormente. Muitas

vezes as regras de prioridade são aplicadas apenas nas máquinas mais críticas do ponto de vista

produtivo, i.e., o bottleneck, e a sequência obtida é transmitida às restantes linhas de produção.

Segundo Pinedo (2008), a estrutura do algoritmo pode ser dividida nas seguintes fases:

Fase 1: Identificação do bottleneck;

Fase 2: Computação dos parâmetros para o bottleneck;

Fase 3: Sequenciamento no bottleneck;

Fase 4: Sequenciamento nas restantes máquinas.

2.4.2 Representação de Soluções

A representação de soluções em problemas de sequenciamento são uma parte muito importante

dos sistemas. Estas dependem do nível de detalhe retratado nos métodos de resolução, bem

como no horizonte temporal considerado (Pinedo, 2008).

O Gantt chart é talvez a forma de representação existente mais popular. É um método gráfico

de fácil interpretação, constituído por dois eixos. O eixo horizontal representa o tempo,

enquanto que o eixo vertical diz respeito aos recursos, i.e., as máquinas existentes. As atividades

são representadas por retângulos e geralmente são distinguidas através de cores. As cores

podem também ser utilizadas para indicar uma determinada característica, como por exemplo,

a utilização da cor vermelha para indicar as ordens que são completas após a respetiva data de

entrega prevista. Realça-se que em problemas com um elevado número de ordens a processar e

um grande número de recursos, a leitura do Gantt chart pode-se tornar complicada (Pinedo,

2008). A Figura 6 representa um exemplo do mapa de Gantt chart.

Como complemento à representação gráfica, uma outra maneira de representar a solução obtida

é através da criação de uma lista de despacho para cada um dos recursos, onde são tidos em

consideração os tempos de início e fim de processamento, como também todos os tempos de

preparação das máquinas (Pinedo, 2008).

Figura 6 - Exemplo de Gantt chart

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Estudo e Melhoria do Sequenciamento da Produção numa Fábrica de Revestimentos em Cortiça

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3 Contextualização do Problema

A primeira fase do projeto consistiu em identificar e perceber o problema de sequenciamento

da produção na Amorim Revestimentos, S.A., na unidade fabril de Oleiros.

O presente capítulo tem assim como objetivo apresentar em detalhe a situação atual da empresa,

com a identificação dos principais problemas que afetam diretamente o sequenciamento da

produção.

3.1 A Situação Atual

A análise da situação atual consistiu na observação, recolha e tratamento de dados. Desta forma,

estudou-se o processo produtivo da unidade de Oleiros da Amorim Revestimentos, S.A., bem

como os fluxos de informação existentes entre as diversas áreas ligadas à produção. Houve

também um seguimento mais detalhado no sequenciamento das linhas de produção, de forma a

identificar as restrições inerentes ao mesmo. Dado o âmbito do projeto, as unidades de

Acabamentos Finais 1 (AF1) e Acabamentos Finais 3 (AF3) foram as analisadas.

Atualmente a empresa encontra-se numa fase de reestruturação, quer a nível organizacional,

quer a nível produtivo, com a implementação de diversas alterações que se enquadram no

âmbito do projeto. Assim, serão também apresentadas, em modo resumo, as principais

mudanças que estão a ser implementadas na organização.

3.1.1 Os Produtos

De acordo com o âmbito do projeto, apenas cinco famílias de produtos serão analisadas, sendo

elas Hydrocork, Wise, Authentica, LVT e ArtComfort, o que perfaz um total de 835 (oitocentos

e trinta e cinco) artigos. A Figura 7 representa o volume de produção para cada uma das famílias

em análise, em 2018 e 2019 até final de maio. A descrição do produto e respetivos componentes

de cada uma das famílias pode ser consultada na Tabela 1A do Anexo A. Realça-se que os

termos dos componentes correspondem aos termos correntes utilizados diariamente na empresa.

A Tabela 2A do Anexo A apresenta alguns exemplos dos artigos de fabrico existentes no

portefólio da empresa e as respetivas características associadas a cada artigo, demonstrando a

diversidade existente.

Figura 7 - Volume total de produção (m2) em 2018 e 2019 (até final de maio)

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Estudo e Melhoria do Sequenciamento da Produção numa Fábrica de Revestimentos em Cortiça

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3.1.2 O Processo Produtivo

O processo produtivo da Amorim Revestimentos, S.A. em Oleiros está subdividido em várias

fases, estando o fornecimento das matérias primas maioritariamente a cargo da unidade de

Lourosa e da unidade de Componentes em Oleiros, sendo categorizadas como fornecedores

internos das unidades de Acabamentos Finais.

O processo produtivo inicia-se assim com a limpeza e trituração da matéria prima utilizada, a

falca1, a fim de se obter os granulados de cortiça necessários para a aglomeração, responsável

pela conceção das bases utilizadas na montagem dos produtos. A aglomeração pode ser feita

apenas com os granulados de cortiça, dando origem às bases mais tradicionais, ou então, pode

haver a junção de polímeros durante este processo, produzindo-se outro tipo de aglomerados,

destacando-se o caso do NRT2 e do Subertech3. Os vários tipos de bases, bem como o respetivo

local de produção podem ser consultados na Tabela 1A do Anexo A.

Após o fabrico das matérias primas internas necessárias, tanto em Componentes, como na

Unidade de Lourosa, o processo é transferido para a respetiva área de Acabamentos Finais,

consoante o tipo de produto. Esta área é assim responsável pela conceção do produto final até

este estar pronto a expedir.

As unidades de AF1 e AF3 apresentam algum grau de complexidade. Para além da existência

de mais do que um tipo de família em cada unidade, existe também uma diversidade referente

ao tipo de produtos dentro das próprias famílias, tal como já foi referido na Secção 3.1.1. Para

além disso, estas não podem ser tratadas como unidades independentes, uma vez que, em alguns

casos, o fabrico do produto final está sob a responsabilidade de ambas. Desta forma, a sequência

de operações está sempre dependente do tipo de produto que se quer produzir e esta é ditada

pela gama operatória de cada artigo. Seguidamente apresenta-se, com maior detalhe, as

unidades de AF1 e AF3, bem com o processo produtivo das famílias de produtos enquadradas

no âmbito do projeto.

Acabamentos Finais 1

A unidade de AF1 é composta por seis linhas de produção diferentes, sendo elas: Corona,

Colagem 9, Corte Final 1, Corte Final 2, Envernizamento 1 e Embalagem 1. O fluxo dos

materiais nesta unidade difere consoante o tipo de produto, onde apenas será analisado em

detalhe o processo produtivo das duas principais gamas, Hydrocork e Wise.

O Hydrocork inicia o seu processo na Corona, uma linha auxiliar à colagem, que tem como

objetivo fazer o tratamento tanto do top layer, como do bottom layer. Esta linha auxiliar é a

mais recente da unidade e surgiu com o âmbito de preparar o material para a colagem,

aumentando assim a sua eficiência face a problemas encontrados no passado. A linha de

Colagem 9 tem a função de colar à base de NRT, o bottom layer e o top layer, seguindo-se o

processo de prensagem durante 3h20 (três horas e vinte minutos). Após esta etapa, o material

tem que estabilizar durante 24h (vinte e quatro horas) e só depois é que pode passar para a linha

seguinte, Corte Final 2 ou Corte Final 1. Por fim, o material já cortado é embalado e etiquetado

na Embalagem 1, chegando ao fim o seu processo. Contrariamente ao Hydrocork, o processo

do Wise não se inicia em AF1. Primeiramente tem que haver a formação da “sandwich”4 na

Colagem 6 (AF3), seguida de uma prensagem de 1h30 (uma hora e trinta minutos). Se

estivermos perante o Wise PET, o material tem que ir a Componentes lixar e só depois é que é

1 A falca é uma variante da cortiça, sendo a matéria prima utilizada no processo produtivo da UN Revestimentos.

2 Aglomerado de cortiça e polímeros utilizado na montagem do Hydrocork.

3 Aglomerado de cortiça e polímeros utilizado na montagem do Wise.

4 IN/BL (Cortiça) + Subertech (Aglomerado) + IN (Cortiça).

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Estudo e Melhoria do Sequenciamento da Produção numa Fábrica de Revestimentos em Cortiça

18

transferido para a Colagem 9, responsável pela incorporação do decorativo PET ou PP.

Seguidamente e à semelhança do que acontece no Hydrocork, existe uma prensagem de 1h40

(uma hora e quarenta minutos) antes do material prosseguir para as restantes linhas de produção,

Corte Final 1 e Embalagem 1. Contudo, se estivermos perante o Wise Cork, o material tem que

ir a Componentes para a colocação do decorativo de cortiça e posterior lixagem e só depois

destes processos é que é transferido para o Envernizamento 1, Corte Final 1 e Embalagem 1.

Finalmente, se estivermos na presença do Wise Printed e à semelhança do Wise PET, depois da

Colagem 6, o material é transferido para Componentes onde é lixado, seguindo-se o Corte Final

1. Após o corte, o produto é reencaminhado para AF3 para a impressão na Pintura 3 e

envernizamento no Envernizamento 4, sendo direcionado novamente para AF1 para o

embalamento na Embalagem 1.

O processo produtivo de ambas as gamas descritas anteriormente encontra-se esquematizado

na Figura 8.

Salienta-se o facto de o layout da unidade não estar racionalizado de forma a que o fluxo dos

materiais seja feito continuamente ao longo das linhas, estando sob o encargo do empilhador,

em muitos casos, o reabastecimento das linhas de produção. A disposição das linhas de

produção de AF1 encontra-se visível na Figura 1B no Anexo B.

Acabamentos Finais 3

A unidade de AF3 é composta por sete linhas de produção, sendo elas: Colagem 6, Colagem 7,

Colagem 8, Pintura 2, Pintura 3, Envernizamento 4 e Corte Final 5. À semelhança do que

acontece em AF1, também nesta unidade a sequência de operações difere consoante o tipo de

produto, sendo que as principais famílias são LVT, Authentica e ArtComfort.

O processo do LVT inicia-se na Colagem 6, responsável pela junção das bases de cortiça ao

composto de HDF, seguido de uma prensagem de 50 (cinquenta) minutos. Após a Colagem 6,

o material é transferido para a Colagem 7, encarregue pela incorporação do vinyl, seguido de

uma prensagem de 1h10 (uma hora e dez minutos) e uma estabilização de 24h (vinte e quatro

horas). Terminado o período de estabilização, o material é encaminhado para a linha de

produção final, o Corte Final 5, responsável não só pelo corte, como também pelo embalamento.

Figura 8 - Fluxo do processo produtivo em AF1 por família de produtos

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No que diz respeito ao Authentica, esta gama de produtos apresenta o processo produtivo mais

simples da unidade. A primeira operação diz respeito à colagem das bases de cortiça no

composto de HDF, seguindo-se uma prensagem de 1h (uma hora). Para este tipo de produtos

não é necessária a estabilização do material, sendo que depois da Colagem 6, este é transferido

diretamente para as restantes linhas de produção, Envernizamento 4 e Corte Final 5, chegando

assim ao fim o seu processo.

Contrariamente ao Authentica, o ArtComfort é a gama que apresenta maior complexidade no

processo produtivo. O processo pode surgir de duas formas possíveis, conforme a dimensão em

causa. Se estivermos perante placas de maiores dimensões, estas são coladas na Colagem 8 e

prensadas durante 200 (duzentos) segundos. A prensagem neste posto difere das restantes

prensagens, uma vez que, para este caso, as placas são prensadas uma a uma. Após este

processo, o material tem que estabilizar durante 24h (vinte e quatro horas), seguindo-se dois

caminhos possíveis, consoante as características do produto. Por um lado, o material pode

prosseguir para o Corte Final 5, seguido da Pintura 3, Envernizamento 4 e novamente Corte

Final 5, onde o material é embalado. Por outro lado, se estivermos perante outras características

do material, após o período de estabilização, as placas seguem para a Pintura 2, encarregue pela

impressão do respetivo visual, seguindo-se o Envernizamento 4. Uma vez que para este último

caso estamos perante um produto com algumas particularidades, isto é, um biselado pintado

com acabamento PUR, depois do envernizamento o material tem que estar sujeito novamente

a um período de estabilização de 24h (vinte e quatro horas) e só depois é que pode ser cortado

e embalado no Corte Final 5. Se o processo se iniciar na Colagem 6, isto é, para as placas de

menores dimensões, o material pode prosseguir depois da prensagem de 1h (uma hora) para

ambas as linhas de pintura (Pintura 2 ou Pintura 3), de acordo com as características do produto.

Depois da impressão, segue-se o envernizamento no Envernizamento 4 e, para o caso do

material que vem da Pintura 2, é necessário um período de estabilização de 24h (vinte e quatro

horas) antes do corte. O processo termina, de uma forma geral, no Corte Final 5, onde o material

é cortado e embalado. Para alguns casos, o material pode ser direcionado para o Corte Final 1

ou Corte Final 45, onde também é cortado e embalado.

A esquematização dos processos acima referidos pode ser visualizada na Figura 9.

Figura 9 - Fluxo do processo produtivo em AF3 por família de produtos

5 Corte Final 4 pertence à unidade de Acabamentos Finais 2, que não se encontra no âmbito do projeto.

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O layout e a respetiva disposição das linhas de produção de AF3 encontram-se esquematizados

na Figura 2B do Anexo B.

Principais alterações

Tal como já foi referido, a empresa encontra-se em fase de reestruturação, tendo impacto no

processo produtivo de alguns produtos. As alterações tiveram início durante a fase final do

desenvolvimento do projeto e algumas delas ainda não se encontram totalmente implementadas.

Relativamente ao processo produtivo de AF1, a principal diferença diz respeito ao corte e

embalamento do Wise e do Hydrocork. Atualmente, o corte do Wise é realizado no Corte Final

2, tendo que depois ser embalado na Embalagem 1. Por outro lado, todo o Hydrocork passa a

ser cortado no Corte Final 1, com ligação direta para a Embalagem 1.

No que diz respeito a AF3, a principal alteração é relativa ao Corte Final 5, que será subdividido

em duas linhas de produção distintas, de forma a diferenciar o corte e embalamento do produto.

Contudo, esta alteração ainda não se encontrava totalmente implementada até à data do fecho

do projeto.

3.1.3 Cadências

A fim de se perceber quais as linhas de produção que poderão estar a limitar a capacidade

produtiva de ambas as unidades de Acabamentos Finais em estudo, a análise das cadências,

número de m2 produzidos por hora, torna-se um ponto fulcral no projeto. Esta análise foi feita

para os tipos de produtos existentes, consoante as características dos materiais. As cadências

em estudo são as que estão presentes na gama operatória de cada produto, que aferem apenas o

efeito das microparagens. No entanto, existem outros fatores que poderão afetar o ritmo de

produção de cada linha, como é o caso das paragens e a rejeição de material.

Através da Figura 10, é possível observar-se todos os tipos de produtos que passam por cada

uma das linhas de produção de AF1 e as respetivas cadências. Salienta-se o facto de as

alterações realizadas no processo produtivo do Wise e do Hydrocork terem despoletado novos

valores relativos às cadências. A Figura 10 retrata, desta forma, as cadências utilizadas antes

das alterações, bem como os novos valores utilizados atualmente. Observa-se então que, para

além da variabilidade inerente ao fluxo produtivo de cada tipo de produto, também as

capacidades produtivas diferem entre grupos. O Corte Final 1, de uma maneira geral, é a linha

Figura 10 - Cadências (m2/h) das linhas de produção de AF1 por tipo de produto

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Estudo e Melhoria do Sequenciamento da Produção numa Fábrica de Revestimentos em Cortiça

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com as cadências mais baixas. No que diz respeito ao número de produtos em cada linha, a par

da Colagem 9, o Corte Final 1 e a Embalagem 1 são, à partida, as linhas mais ocupadas da

unidade para os tipos de produtos em análise.

No que diz respeito à unidade de AF3, o ritmo de produção por linha encontra-se visível na

Figura 11, tendo também em conta o tipo de produto. Também nesta unidade se verifica a

existência de alguma discrepância nos valores relativos às cadências de cada linha. As linhas

de pintura são as que apresentam, na maioria dos casos, um ritmo de produção mais lento, no

entanto, o Corte Final 5 é a linha que apresenta maior variabilidade. À exceção da Colagem 6,

o Envernizamento 4 e o Corte Final 5 são as linhas com um número de produtos mais elevado.

Destaca-se o facto de o Corte Final 5 estar diferenciado consoante as operações que poderão

ser feitas, uma vez que, para alguns produtos, primeiramente faz-se o corte do material e só

depois da passagem por outras linhas é que se faz o embalamento.

Dada a variedade referente aos valores das cadências, a identificação da máquina que limita a

capacidade produtiva em cada unidade nem sempre é fácil, uma vez que esta depende não só

do tipo de material que está a ser produzido em cada linha de produção, como também do

número de materiais a serem processados paralelamente. Desta forma, a identificação do

gargalo da produção tem que ter em consideração, não só os valores das cadências de cada tipo

de produto, como também a taxa de ocupação de cada uma das linhas de produção. Os valores

históricos das taxas de ocupação das linhas de produção de AF1 e AF3 estão presentes nas

Figuras 1C e 2C do Anexo C, respetivamente.

3.1.4 Capacidades Instaladas

O departamento de Acabamentos Finais funciona, na sua maioria, a três turnos rotativos, de

oito horas cada, sendo que:

Turno A: 5h00 – 13h00

Turno B: 13h00 – 21h00

Turno C: 21h00 – 5h00

Figura 11 - Cadências (m2/h) das linhas de produção de AF3 por tipo de produto

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Por norma a empresa trabalha cinco dias por semana, de Segunda a Sexta, sendo possível a

realização de horas extraordinárias ao Sábado. Na Tabela 2 é possível observar-se a capacidade

máxima instalada nas linhas de produção, por semana e por dia, bem como o número de turnos

realizados. Realça-se o facto de nem todas as linhas de produção pararem para a pausa do lanche

(quinze minutos por turno), sendo que trabalham continuamente 8h (oito horas) por turno. Para

além disso, os valores apresentados poderão variar consoante a semana e/ou o dia, uma vez que

dependem do número de ordens de fabrico semanais existentes para cada linha de produção.

Tabela 2 - Capacidade máxima instalada (nº de horas) por linha de produção

Linhas Capacidade máxima instalada

Horas/semana Horas/dia Nº Turnos/dia

Colagem 9 116,25 23,25 3

Corte Final 1 120,00 24,00 3

Corte Final 2 120,00 24,00 3

Embalagem 1 120,00 24,00 3

Envernizamento 1 38,75 7,75 1

Colagem 6 120,00 24,00 3

Colagem 7 120,00 24,00 3

Colagem 8 80,00 16,00 2

Pintura 2 38,75 7,75 1

Pintura 3 120,00 24,00 3

Envernizamento 4 77,50 15,50 2

Corte Final 5 120,00 24,00 3

3.1.5 Rentabilidade das Linhas de Produção

Uma vez que um dos principais objetivos do projeto passa pela melhoria da rentabilidade das

linhas de produção através do sequenciamento, a análise do OEE (Overall Equipment

Effectiveness) das máquinas torna-se essencial. Deste modo, foram tidos em conta os valores

semanais deste indicador por linha de produção, a fim de se identificar as situações mais

críticas. Apenas os valores de 2019 até à oitava semana foram analisados, uma vez que o método

de cálculo do OEE foi alterado no início do presente ano. As fórmulas utilizadas para o cálculo

do OEE encontram-se presentes no Anexo D.

Através da análise do gráfico presente na Figura 12, percebe-se que os baixos valores dos OEE´s

se devem, em grande parte, ao baixo rendimento e disponibilidade das linhas. O rendimento é

afetado pelas microparagens que estão aferidas nas cadências utilizadas no planeamento e que

foram apresentadas no Capítulo 3.1.3. Por sua vez, a disponibilidade é afetada pelas paragens

da linha, quer sejam paragens programadas ou não planeadas. A qualidade não apresenta

valores muito relevantes face aos outros parâmetros.

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23

Figura 12 - Desdobramento do OEE em AF1 e AF3 (2019)

Disponibilidade

Visto que a disponibilidade tem um impacto significativo no OEE e as paragens nas linhas

obrigam a novos sequenciamentos, é importante efetuar-se uma análise mais detalhada deste

fator. Desta forma, dividiu-se o tempo de produção instalado em duas componentes, tempo total

de funcionamento e tempo total de paragens ou inatividade. A comparação destes dois fatores

foi feita por semana e por linha de produção, para AF1 e AF3. Relembra-se o facto de os valores

de paragem terem em consideração as paragens programadas e não planeadas.

Do gráfico presente na Figura 13, constata-se que ambas as unidades de Acabamentos Finais

apresentam valores muito elevados de paragem nas oito semanas em análise. No entanto, o

tempo total de inatividade tem vindo a diminuir face ao tempo de produção instalado, para

ambas as unidades. A análise individual do tempo de ocupação e inatividade para cada umas

das linhas de produção de AF1 e AF3, pode ser consultada nas Figuras 1E e 2E do Anexo E,

respetivamente.

Figura 13 - Tempo total (horas) de ocupação e inatividade em AF1 e AF3 (2019)

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24

Através da Tabela 3, percebe-se que as paragens, tanto em AF1 como em AF3, estão

maioritariamente relacionadas com avarias nas linhas e mudanças de artigos que obrigam a

setups, tanto em 2018 como em 2019. Contudo, não só a frequência dos setups é um problema

para a produção, como também a duração dos mesmos. Estes apresentam, em média, durações

elevadas, o que constitui um dos grandes problemas do sequenciamento. Para além disso, é

evidente que o número de avarias e setups tem vindo a aumentar desde 2018, algo que pode

estar relacionado com a maior diversidade de produtos presentes no portefólio da empresa. A

falta de material constitui também um problema nas linhas de produção, quer em termos de

frequência, quer em termos de duração. Na verdade, a Colagem 9 tem sofrido bastante com este

tipo de paragem (ver Tabela 1F do Anexo F) estando, muitas vezes, sob a responsabilidade de

Componentes o fornecimento de matérias primas, nomeadamente NRT e Subertech,

aglomerados utilizados no fabrico do Hydocork e do Wise, respetivamente. A falta de material

é também uma dificuldade na Colagem 7, representando metade das paragens totais, tanto em

termos de frequência, como em termos de duração (ver Tabela 2F do Anexo F). A análise

individual das paragens para todas as linhas de produção, em 2018 e 2019, pode ser consultada

no Anexo F.

Tabela 3 - Percentagem de frequência e duração de paragens em AF1 e AF3, em 2018 e 2019

A Tabela 4 apresenta o número de setups, bem como a duração média e o desvio padrão para

cada uma das linhas de produção, em 2018 e 2019 (até à oitava semana). Desta forma, conclui-

se que as linhas de corte, de uma maneira geral, têm tendência para serem as mais

problemáticas, no que toca à duração do tempo de preparação da máquina. Contudo, a duração

dos setups depende, não só da equipa de trabalho que o está a realizar, como também do tipo

de troca a efetuar-se, o que justifica a grande variação das durações apresentadas, i.e., elevados

Tipo de Paragem 2018 2019 (até oitava semana)

Frequência Duração Frequência Duração

ABS – Absentismo 3,80% 5,23% 3,29% 3,26%

ARR – Arranque 25,68% 13,02% 15,63% 7,64%

AVR – Avaria 12,68% 12,76% 16,83% 14,82%

DIV – Diversos 9,00% 8,38% 9,94% 8,40%

EN – Energia 1,00% 0,63% 0,64% 0,64%

ENS – Ensaios 3,74% 4,83% 6,97% 14,00%

FMT – Falta de material 11,12% 17,78% 10,34% 17,41%

FOR – Formação 0,71% 0,96% 1,44% 0,39%

FPF – Falta Plano de Fabrico 2,09% 6,69% 1,28% 3,68%

INV – Inventário 0,59% 0,56% 0,24% 0,14%

MLR – Melhorias 1,00% 2,44% 0,88% 1,83%

MPT – Manutenção Preventiva 8,06% 12,51% 6,41% 9,28%

RET – Reembalar 0,47% 0,24% - -

RET - Retrabalho 1,47% 2,20% 2,16% 3,75%

SET – Setup 17,15% 10,58% 22,68% 14,06%

SFR – Substituição Ferramenta 1,44% 1,19% 1,28% 0,69%

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Estudo e Melhoria do Sequenciamento da Produção numa Fábrica de Revestimentos em Cortiça

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valores de desvio. Por conseguinte, este é um tipo de paragem que deve ser analisada antes de

qualquer sequenciamento de forma a que o seu tempo seja minimizado. O Anexo G apresenta

os valores relativos aos setups mais críticos, por linha de produção e por tipo de mudança.

Tabela 4 - Frequência, tempo médio e desvio padrão (horas) dos setups por linha de produção, em 2018 e 2019

3.1.6 Indicadores de Performance

Esta secção tem como objetivo descrever a situação atual da empresa face aos indicadores de

performance, nomeadamente, os cumprimentos dos planos.

Através da Figura 14, verifica-se que a empresa tem tido problemas em cumprir os planos

semanais, uma vez que, em 2019, os atrasos têm sido frequentes. Desde o início do presente

ano, ambas as unidades de Acabamentos Finais têm deixado sempre quantidades planeadas por

produzir. Apenas na oitava semana é que AF1 conseguiu atingir o objetivo proposto.

Linhas de

produção

2018 2019 (até oitava semana)

Frequência Tempo médio Desvio Frequência Tempo médio Desvio

Colagem 6 1 0,33 - 6 0,68 0,30

Colagem 7 - - - - - -

Colagem 8 - - - - - -

Colagem 9 11 1,99 1,54 18 1,20 0,91

Pintura 2 127 0,50 0,29 29 0,33 0,13

Pintura 3 9 0,91 1,05 38 0,59 0,48

Envernizamento 1 101 0,65 0,89 33 0,60 0,40

Envernizamento 4 50 0,68 0,67 17 0,68 0,35

Corte Final 1 32 1,58 1,66 11 1,96 1,58

Corte Final 2 35 1,29 1,06 28 2,60 2,40

Corte Final 5 155 0,65 0,68 71 0,73 0,69

Embalagem 1 62 0,65 0,47 32 0,70 0,26

Figura 14 - Cumprimento do plano semanal (%) para AF1 e AF3 (2019)

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Estudo e Melhoria do Sequenciamento da Produção numa Fábrica de Revestimentos em Cortiça

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3.1.7 O Fluxo de Informação

Uma vez que o núcleo do projeto se concentra não só no fluxo dos materiais, como também no

fluxo da informação, serão apresentados os fluxos existentes desde a entrada de uma encomenda

no sistema, até à realização dos planos de fabrico.

A entrada de uma encomenda no sistema pode ser despoletada pelos clientes, quando estes

realizam uma encomenda, ou então pelo planeamento, como resultado da reposição dos níveis

de stock avançado, dando suporte às vendas. Após a entrada da encomenda no sistema, procede-

se à execução do Material Requirement Planning (MRP), que avalia as entradas previstas, bem

como o stock físico e as reservas existentes. Paralelamente avalia também o stock de segurança

de cada artigo, caso exista, a fim de se obter a quantidade necessária a produzir, surgindo assim

uma necessidade.

As necessidades são avaliadas pelo sistema, que averigua se é viável ou não para a empresa

produzir a quantidade calculada, tendo em consideração critérios previamente definidos,

nomeadamente o critério do lote mínimo. Caso as necessidades cumpram todos os critérios

necessários, estas entram para o planeamento da empresa, que é feito com duas semanas de

avanço, ou seja, para N+2. O planeamento avalia a disponibilidade não só de componentes,

como também do equipamento e tem em consideração as restrições despoletadas pela produção,

a fim de minimizar as mudanças nas linhas. As restrições têm maioritariamente em conta os

acabamentos dos artigos, bem como as mudanças existentes nas linhas de corte, uma vez que

estas são as mais críticas do ponto de vista produtivo. O próximo passo passa pela criação dos

planos semanais. Cada plano é composto por várias ordens de fabrico, que contêm o artigo a

produzir, a quantidade necessária, bem como a data de início e a data de fim. As semanas são

analisadas de Segunda a Domingo, sendo que, por norma, são estes os dias referidos nas datas

iniciais e finais, respetivamente.

Após a criação dos planos de fabrico, a informação é transmitida à produção - Unidade de

Lourosa, Componentes e Acabamentos Finais - responsáveis pela confeção das matérias primas

e montagem dos artigos finais, respetivamente. Depois do artigo estar confecionado, este é

armazenado nos armazéns de expedição até ser entregue ao cliente final.

Sequenciamento

A responsabilidade de elaborar o sequenciamento da produção em Acabamentos Finais recai

sobre as próprias unidades. A tarefa de sequenciar consiste na definição da ordem pela qual os

artigos devem ser produzidos, de forma a que a rentabilidade das linhas seja aumentada e os

atrasos das encomendas sejam minimizados.

Atualmente a empresa não utiliza nenhum sistema de sequenciamento. A tarefa de sequenciar

é feita com base na experiência pessoal que o sequenciador tem do chão-de-fábrica, não

havendo a utilização de ferramentas de suporte que antecipem a sequência e avaliam o respetivo

impacto nos outpus da fábrica. A definição da ordem pela qual os artigos devem ser produzidos

é feita manualmente e por norma, nas linhas de início do processo, nomeadamente as linhas de

colagem, sendo que a sequência obtida é transmitida para as restantes linhas. Apesar de a

sequência ser ditada nas linhas de início do processo, do ponto de vista produtivo, as linhas de

corte têm que ser sequenciadas de forma a que as paragens sejam minimizadas. Assim, o

sequenciamento, de uma forma geral, tem em consideração as restrições destas linhas.

Realça-se o facto de as paragens planeadas e programadas terem influência no sequenciamento,

no entanto, não existe nenhuma ferramenta que suporte o registo das mesmas. Atualmente o

acontecimento deste tipo de paragens é comunicado verbalmente às pessoas responsáveis pelo

sequenciamento.

Seguidamente apresentam-se as principais restrições tidas em consideração atualmente no

processo de sequenciamento:

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Disponibilidade das linhas;

Capacidade total das linhas, i.e., o tempo de produção teórico instalado;

As paragens planeadas e paragens programadas;

Disponibilidade dos colaboradores;

As mudanças nas linhas, principalmente nas linhas de corte, que obrigam a setups;

As datas de entrega dos artigos;

Os atrasos das semanas anteriores que têm, no geral, prioridade face às restantes

encomendas.

3.2 O Problema do Sequenciamento da Produção

Até agora foi apresentada de forma detalha a situação atual da empresa, sendo que, são vários

os problemas que afetam diretamente o sequenciamento da produção.

A procura pelo desenvolvimento de novos produtos tem vindo a crescer, aumentando, desta

forma, a diversidade do portefólio da UN Revestimentos. Contudo, a capacidade produtiva

interna da Amorim Revestimentos, S.A. tem sofrido um decréscimo face aos valores

disponíveis no passado. Uma vez que as linhas de produção existentes atualmente no chão de

fábrica não foram concebidas para o fabrico dos novos produtos, estas têm que ser

frequentemente modificadas de modo a que se adaptem às novas alterações. A adaptação dos

colaboradores ao processo produtivo dos novos produtos também não acontece no imediato,

sendo necessária a existência de formação nos trabalhos mais especializados, como é o caso da

preparação das máquinas. Tudo isto origina um aumento do número de paragens nas linhas de

produção, nomeadamente paragens devido a avarias e setups frequentes. Para além disso, as

paragens tendem a ser muito demoradas e tais problemas são refletidos nos baixos valores de

OEE das linhas de produção. A existência de processos produtivos diferentes entre famílias de

produtos, como também dentro das próprias famílias, faz com que o processo produtivo seja

complexo e a tarefa de sequenciar ainda mais difícil. A sequência de operações depende das

características do produto, havendo assim uma mistura entre job shop (entre artigos de fabrico

com características diferentes) e flow shop (entre artigos de fabrico com as mesmas

características). No entanto, existem outros fatores que afetam o sequenciamento e

consequentemente, a capacidade produtiva da empresa.

O layout não racionalizado de forma a que o fluxo dos materiais seja contínuo contribui para a

baixa rentabilidade produtiva da empresa. Desta forma, a transferência de lotes entre linhas de

produção muitas vezes é manual e o tempo de espera depende das rotas dos empilhadores que

não se encontram normalizadas. Para além disso, não existe espaço suficiente no chão de fábrica

para a criação de buffers suficientemente capazes de alimentar continuamente as linhas, uma

vez que estas não se encontram balanceadas. O aumento da produção em avanço é também

restringido pela falta de espaço em armazém.

Relativamente às atividades de planeamento, atualmente existem constantes alterações nos

planos semanais que obrigam a novos sequenciamentos. A entrada de novas encomendas no

sistema acontece continuamente ao longo do tempo, sendo que o plano raramente é fechado

com duas semanas de avanço. A unidade de Componentes, um dos principais fornecedores de

Acabamentos Finais, muitas vezes não está alinhada com as necessidades correntes da produção

de produtos acabados, uma vez que existem muitas paragens nas linhas de início de processo

por falta de material.

As paragens são um dos principais fatores que tornam o sequenciamento da produção uma

tarefa complexa. Estas, quer sejam planeadas ou programadas, não são registadas

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atempadamente em nenhuma ferramenta de suporte, sendo que, geralmente não são tidas em

consideração na altura de sequenciar, originando posteriores re-sequenciamentos.

A capacidade produtiva da empresa é também afetada com o facto de não existir formação

suficiente aos operários de fábrica e a falta de treino cruzado. Num processo produtivo que

obriga à existência de trabalho especializado, torna-se fulcral a formação dada aos

colaboradores.

Por último, o controlo de produção diário e a visualização da concretização dos planos por dia

e por turno, é uma tarefa difícil. Atualmente a empresa não consegue visualizar em “tempo

real” o que está a ser feito no chão-de-fábrica através de um suporte informático. Os registos

de produção por ordem de fabrico são feitos apenas em papel, sendo que o sistema utilizado (o

Baan) apenas regista ordens de fabrico genéricas. Tudo isto dificulta o controlo fabril e a

previsão dos tempos de entrega das encomendas e respetivos atrasos, caso existam. É necessário

um esforço adicional, através do cruzamento dos dados presentes nas folhas de registo em papel

e os dados presentes no Baan, para que estas previsões sejam realizadas, ainda que com baixo

rigor.

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4 Uma Abordagem aos Métodos de Sequenciamento da Produção

Após o estudo e análise da situação atual da empresa, percebe-se que ainda existem diversas

oportunidades de melhoria por desenvolver e implementar, apesar de toda a complexidade

inerente ao processo produtivo.

A solução proposta que visa o melhoramento do sequenciamento da produção e que pretende

ir de encontro aos objetivos propostos, baseia-se no desenvolvimento de um procedimento que

combina heurísticas construtivas. Dada a existência de diversos eventos que põem em causa a

sequência proposta, como é o caso das inúmeras paragens não programadas que acontecem nas

linhas de produção, sacrificou-se a obtenção de soluções obtidas através de heurísticas mais

complexas e com elevado esforço computacional, com a adoção de heurísticas mais

abrangentes.

Atendendo a todas as restrições envolventes no sequenciamento da produção e na sua

complexidade, a metodologia desenvolvida foca-se nos gargalos da produção. Os objetivos

passam pela melhoria das taxas de cumprimento do plano e da rentabilidade das máquinas. Para

este último ponto, nem todas as paragens serão analisadas dado o tempo disponível para o

desenvolvimento do projeto. O grande foco será a diminuição dos tempos de setup.

A análise do impacto do sequenciamento da produção nos outputs da fábrica é um ponto fulcral

em qualquer organização. Assim, com o procedimento desenvolvido torna-se possível fazer

uma previsão à performance das linhas de produção através das taxas de atividade e utilização,

bem como aos dias de entrega de cada ordem de fabrico, sabendo-se quais serão, à partida, os

atrasos da semana.

O presente capítulo pretende, desta forma, descrever a metodologia desenvolvida, bem como

analisar os resultados obtidos e fazer uma análise comparativa com a situação atual da empresa.

4.1 Grupos de Sequenciamento

Após o estudo dos diversos artigos existentes no portefólio da instituição, que conta com

aproximadamente cinco mil referências, apenas foram tidas em consideração as que se referem

às famílias enquadradas no âmbito do projeto, i.e., Hydrocork, Wise, Authentica, LVT e

ArtComfort. Uma vez que os Obsoletos são constituídos por referências que deixarão se ser

fabricadas futuramente, estes não foram considerados para a análise. Também os artigos ainda

em desenvolvimento não foram analisados, o que perfaz um total de 773 (setecentos e setenta

e três) artigos de fabrico, referentes a 22 (vinte e duas) gamas operatórias sob análise.

Dada a grande variedade referente às características dos artigos de fabrico a serem processados,

foi necessária a criação de grupos de sequenciamento. Estes são constituídos por artigos com

propriedades semelhantes, tendo em consideração não só a família, como também as principais

características que influenciam as mudanças nas linhas, nomeadamente nas linhas de corte.

Assim, foram tidos em consideração a família, a dimensão, o acabamento, o biselamento, o

encaixe e a espessura do material, dando origem a 21 (vinte e um) grupos de sequenciamento.

Nas Tabelas1H e 2H do Anexo H é possível observar-se os diferentes grupos criados, bem como

a definição de cada uma das características consideradas e as respetivas gamas operatórias.

4.2 Modelo Base de Sequenciamento

Nesta secção será descrito o procedimento proposto para o sequenciamento da produção.

4.2.1 Pressupostos

Dada a complexidade do processo produtivo, foi necessária a criação de alguns pressupostos,

enumerados de seguida.

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1. Limitadores de capacidade

- Tendo em consideração a análise feita à situação atual, nomeadamente às cadências das linhas

de produção e à respetiva taxa de ocupação histórica, bem como as restrições consideradas

atualmente pela empresa, assume-se que as linhas de corte (Corte Final 1, Corte Final 2 e Corte

Final 5) são o gargalo da produção de AF1 e AF3, como um todo.

2. Disponibilidade das linhas

- O número de turnos de trabalho está dependente da capacidade semanal (nº horas) instalada

em cada linha, sendo que:

o Capacidade semanal ≥ 116.25: A linha trabalha a três turnos (Turnos A, B e C);

o 77.5 ≤ Capacidade semanal < 116.5: A linha trabalha a dois turnos (Turnos A e B);

o Capacidade semanal < 77.5: A linha trabalha a um turno (Turno A).

- As únicas paragens contabilizadas são as que estão implícitas nos valores da capacidade

semanal instalada, i.e., as pausas para o lanche e a não disponibilidade da linha num

determinado turno de trabalho. As restantes paragens são aferidas na análise através da

incorporação de um fator de correção de disponibilidade, para cada linha de produção. Este é o

resultado de uma média ponderada entre a frequência e duração das paragens em cada linha,

sendo um valor atualmente utilizado pela empresa. Desta forma, à cadência (m2/h) presente nas

gamas operatórias dos produtos é deduzido o respetivo fator de correção;

- Uma vez que a Colagem 8 e a Pintura 2 são linhas com turnos rotativos, assume-se que estas

trabalham a três turnos, para efeitos de análise. Desta forma, não é imposto um turno fixo à

linha de produção;

- Considera-se desprezável o número de recursos em cada máquina, bem como a

disponibilidade dos mesmos. Assume-se que estes estão implícitos na disponibilidade das

linhas de produção.

3. Capacidade dos buffers

- Para efeitos de simplificação, assume-se que a capacidade dos buffers entre linhas de produção

é ilimitada.

4. Tempos

- Os tempos de transporte de material entre linhas de produção é considerado desprezável;

- Os únicos tempos de processamento considerados são os que estão presentes nas gamas

operatórias, por isso mesmo, os tempos de prensagem após a colagem são desprezáveis;

- Os tempos de arranque utilizados dizem respeito aos valores médios históricos desde 2018;

- Os tempos de setup considerados são dependentes do tipo de setup realizado. Se o tipo de

setup for irrelevante, são utilizados valores médios históricos. Para além disso, só é incorrido

um tempo de setup nas máquinas, quando existem trocas entre grupos de sequenciamento.

5. Sequência

- Assume-se que todas as ordens de fabrico pertencentes aos movimentos planeados ainda não

iniciaram o seu processo produtivo, mesmo quando são considerados atrasos;

- O sequenciamento é programado para a frente, i.e., a sequência aplicada nas linhas de início

do processo é transmitida às demais;

- A sequência de processamento das ordens pertencentes ao mesmo grupo de sequenciamento

(flow shop) não é analisada.

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6. Escala de prioridades

- Uma vez que a empresa não usa qualquer tipo de escala de prioridades e seja N a semana

atual, considera-se que:

o Os atrasos da semana N-1 têm prioridade 3;

o As encomendas da semana N têm prioridade 2;

o As encomendas da semana N+1 têm prioridade 1.

7. Linhas de produção

- Visto que o Corte Final 5 tem duas operações distintas, corte e embalamento do material e,

nem sempre estas são processadas em contínuo, criou-se uma linha fictícia que pretende

diferenciar estas duas operações durante a análise. Assim, sempre que o corte e embalamento

do material for um processo contínuo, as ordens são alocadas ao Corte Final 5, caso contrário

existe a alocação da ordem no Corte Final 5 e posterior alocação na “Embalagem 2” (linha

fictícia de produção), após a passagem do produto pelas restantes linhas de produção. Para além

disso, esta alteração vai de encontro às mudanças futuras que serão implementadas na empresa.

8. Horizonte temporal

- Para efeitos de simplificação dos cálculos, assume-se que o horizonte temporal de uma

determinada semana é contínuo, i.e., existe sempre a incrementação da duração do turno,

relativamente à hora anterior. As respetivas horas iniciais e finais por dia e por turno de trabalho

utilizadas durante o estudo, encontram-se presentes na Figura 15;

- As horas extraordinárias que poderão ser realizadas ao Sábado não serão analisadas.

Figura 15 - Horizonte temporal considerado na metodologia

4.2.2 Variáveis de Entrada

A primeira fase do desenvolvimento da metodologia proposta consistiu em perceber quais

seriam os dados necessários para a realização do sequenciamento da produção e que serviriam

como inputs do procedimento proposto, destacando-se os seguintes:

Movimentos planeados oriundos do Planeamento (Logística);

Definição dos grupos de sequenciamento criados e presentes na Secção 4.1;

Lista de artigos de fabrico existentes;

Lista de gamas operatórias e respetivas operações (Ver Tabela 1I do Anexo I);

Lista das linhas de produção existentes e respetivo fator de correção de disponibilidade

(Ver Tabela 2I do Anexo I);

A capacidade semanal instalada nas linhas de produção, bem como a capacidade

instalada por turno de trabalho (Ver Tabela 3I do Anexo I);

Tempos de arranque e tempos de setup, por linha de produção e por grupos de

sequenciamento (Ver Tabelas 4I a 13I do Anexo I).

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4.2.3 Breve Descrição do Modelo Proposto

A primeira fase do procedimento de sequenciamento proposto corresponde à agregação dos

movimentos planeados, tendo em consideração não só os grupos de sequenciamento, como

também o horizonte temporal das encomendas. De forma a diferenciar as semanas de entrega,

a alocação dos artigos tendo apenas em consideração os grupos de sequenciamento definidos

na Secção 4.1 torna-se insuficiente, uma vez que estes só fazem referência às características

dos materiais. Assim, nesta fase do procedimento, existe a agregação das encomendas, não só

por grupo, como também por subgrupo. Primeiramente dá-se a atribuição do grupo de

sequenciamento à lista de artigos existentes e encomendas planeadas e, de seguida, segue-se a

atribuição do respetivo subgrupo de forma a diferenciar as semanas em análise, onde:

Subgrupo 1: diz respeito às encomendas da semana N-1;

Subgrupo 2: diz respeito às encomendas da semana N;

Subgrupo 3: diz respeito às encomendas semana N+1.

Antes do início do sequenciamento, existe ainda a afetação da disponibilidade das linhas de

produção, tendo em consideração a capacidade semanal instalada, representada na Tabela 2 da

Secção 3.1.4. Assim, existe a alocação das paragens de “Não Disponível”, caso a linha não

esteja programada para trabalhar num determinado turno de trabalho, e das pausas para o

lanche, caso o número de horas instalado por turno seja inferior a 8h (oito horas). Realça-se que

as pausas para o lanche têm início marcado quatro horas após o começo do turno e uma duração

de 15 (quinze) minutos cada. Após a afetação da disponibilidade das linhas de produção, o

próximo passo consiste no sequenciamento.

Primeiramente, e já com a devida distribuição dos grupos de sequenciamento e respetivos

subgrupos a sequenciar pelas linhas de produção, existe a aplicação de uma regra multicritério

nas linhas de corte de AF1 e AF3, simultaneamente. Nesta etapa e tal como já foi referenciado

na Secção 4.2.1, assume-se que as linhas de corte são o gargalo da produção. Para além disso,

funcionam como máquinas paralelas distintas, i.e., um grupo processado numa determinada

linha de corte, não é processado nas restantes. A regra de prioridade multicritério pretende,

desta forma, definir a sequência que deve ser adotada aos longo das linhas tendo em conta as

restrições do Corte Final 1, Corte Final 2 e Corte Final 5.

Através da aplicação da regra multicritério e com base nos índices obtidos, existe a seleção do

conjunto (grupo, subgrupo) a sequenciar, dando-se, de seguida, a alocação do mesmo às linhas

de produção com base nas operações presentes na respetiva gama operatória. Para

simplificação, o sequenciamento inicia-se nas linhas de início do processo e a sequência vai

sendo transmitida ao longo das linhas de produção. Após a passagem por todas as operações

presentes na gama operatória, existe a atualização do estado do conjunto, de forma a que este

não seja mais nenhuma vez selecionado. A alocação às linhas de produção tem em consideração

as paragens previamente alocadas. Assim, se o processamento da ordem a sequenciar coincidir

com alguma paragem na linha, o modelo permite na mesma a alocação, sendo o processamento

apenas interrompido pelas diversas paragens que ele aferir. O processo de seleção e alocação

do conjunto (grupo, subgrupo) é repetido até o número de ordens sequenciadas igualar o número

de ordens planeadas, sendo que os parâmetros utilizados para o cálculo do índice da regra de

prioridade são atualizados sempre que existe uma alocação, nomeadamente os tempos de setup.

Estes dependem não só do próximo grupo que irá ser selecionado, como também do grupo

previamente sequenciado. Uma vez que o único critério de paragem do sequenciamento é que

o número de ordens sequenciadas seja igual ao número de ordens planeadas, o procedimento

permite sempre a alocação de uma ordem planeada, mesmo quando o seu processamento já não

é realizado na semana em análise. Para estes casos, se o conjunto (grupo, subgrupo) pertencer

ao Subgrupo 1 ou Subgrupo 2 e se o seu processamento não estiver findado até ao fim do último

turno de Sexta, a ordem será contabilizada como um atraso.

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O pseudo código utilizado para o sequenciamento encontra-se visível na Figura 16. A parte

referente ao cálculo dos termos da regra de prioridade multicritério dinâmica e respetiva seleção

do conjunto (grupo, subgrupo) a sequenciar (linha 7 a linha 17 do pseudo código) será detalhada

na Secção 4.3 do presente relatório.

4.2.1 Formulação Matemática

De seguida apresenta-se a formulação matemática para o modelo base de sequenciamento da

produção, tendo em consideração apenas os parâmetros mais fulcrais. Todas variáveis e

restrições apresentadas são utilizadas em todos os modelos desenvolvidos, bem como os

objetivos.

Variáveis

Relativamente às ordens, conjunto (grupo, subgrupo), destacam-se as seguintes variáveis:

𝑁𝑖– Número de ordens na máquina i

𝐶𝑖– Capacidade semanal instalada na máquina i

𝑂𝑖𝑗 – Ordem j da máquina i

ℎ𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙𝑖𝑗 – Hora inicial de processamento da ordem j na máquina i

𝑑𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙𝑖𝑗 – Dia inicial de processamento da ordem j na máquina i

𝑡𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙𝑖𝑗 – Turno inicial de processamento da ordem j na máquina i

𝑡𝑚𝑖𝑗 – Tempo de preparação da ordem j na máquina i,

Figura 16 - Pseudo código do sequenciamento da produção

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34

onde 𝑡𝑚𝑖𝑗 = {𝑠𝑖𝑗𝑘

6 𝑠𝑒 𝑁𝑖 > 0

𝑎𝑖𝑗7 𝑠𝑒 𝑁𝑖 = 0

(4.1)

𝑞𝑖𝑗 – Quantidade processada da ordem j na máquina i

𝑡𝑝𝑟𝑜𝑐𝑖𝑗 – Tempo de processamento da ordem j na máquina i,

onde 𝑡𝑝𝑟𝑜𝑐𝑖𝑗 =𝑞𝑖𝑗

𝑐𝑎𝑑𝑔𝑠8 ×𝑓𝑖9

(4.2)

ℎ𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙𝑖𝑗 – Hora final de processamento da ordem j na máquina i,

onde ℎ𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙𝑖𝑗 = ℎ𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙𝑖𝑗 + 𝑡𝑚𝑖𝑗 + 𝑡𝑝𝑟𝑜𝑐𝑖𝑗 (4.3)

𝑑𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙𝑖𝑗 – Dia final de processamento da ordem j na máquina i

𝑡𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙𝑖𝑗 – Turno final de processamento da ordem j na máquina i

No que diz respeito aos outputs de cada uma das máquinas, seguem-se as seguintes variáveis:

𝑇𝑢𝑡𝑖𝑙𝑖 – Tempo total de utilização da máquina i

𝑇𝑠𝑒𝑡𝑢𝑝𝑖 – Tempo total de setups da máquina i

𝑇𝑒𝑠𝑝𝑒𝑟𝑎𝑖 – Tempo total de espera da máquina i

𝑇𝑖𝑛𝑎𝑡𝑖𝑣𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒𝑖 – Tempo total de inatividade da máquina i

𝑇𝑠𝑒𝑚𝑂𝐹𝑖 – Tempo total de paragem devido à falta de plano de fabrico da máquina i

𝑇𝑞𝑖 – Quantidade total processada na máquina i

𝑇𝑎𝑥𝑎𝐴𝑡𝑖𝑣𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒𝑖 – Taxa de atividade na máquina i

𝑇𝑎𝑥𝑎𝑈𝑡𝑖𝑙𝑖𝑧𝑎çã𝑜𝑖 – Taxa de utilização na máquina i

Onde 𝑇𝑢𝑡𝑖𝑙𝑖 = ∑ 𝑡𝑝𝑟𝑜𝑐𝑖𝑗𝑁𝑖𝑗=1 10 (4.4)

𝑇𝑠𝑒𝑡𝑢𝑝𝑖 = ∑ 𝑡𝑚𝑖𝑗𝑁𝑖𝑗=1 11 (4.5)

𝑇𝑒𝑠𝑝𝑒𝑟𝑎𝑖 = ∑ ℎ𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙𝑖𝑗 − ℎ𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙𝑖𝑗−1𝑁𝑖𝑗=2 12 (4.6)

𝑇𝑖𝑛𝑎𝑡𝑖𝑣𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒𝑖 = 𝐶𝑖 − 𝑇𝑢𝑡𝑖𝑙𝑖 (4.7)

𝑇𝑠𝑒𝑚𝑂𝐹𝑖 = 𝑇𝑖𝑛𝑎𝑡𝑖𝑣𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒𝑖 − 𝑇𝑠𝑒𝑡𝑢𝑝𝑖 − 𝑇𝑢𝑡𝑖𝑙𝑖 (4.8)

𝑇𝑞𝑖 = ∑ 𝑞𝑖𝑗𝑁𝑖𝑗=1 13 (4.9)

𝑇𝑎𝑥𝑎𝐴𝑡𝑖𝑣𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒𝑖 =𝑇𝑢𝑡𝑖𝑙𝑖

𝑇𝑢𝑡𝑖𝑙𝑖+𝑇𝑖𝑛𝑎𝑡𝑖𝑣𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒𝑖 × 100 (4.10)

𝑇𝑎𝑥𝑎𝑈𝑡𝑖𝑙𝑖𝑧𝑎çã𝑜𝑖 =𝑇𝑢𝑡𝑖𝑙𝑖

𝑇𝑢𝑡𝑖𝑙𝑖+𝑇𝑠𝑒𝑡𝑢𝑝𝑖+𝑇𝑒𝑠𝑝𝑒𝑟𝑎𝑖× 100 (4.11)

6 Tempo de setup incorrido entre o processamento da ordem j e ordem k na máquina i.

7 Tempo de arranque da ordem j na máquina i.

8 Cadência (m2/h) da operação s da gama operatória g.

9 Fator de correção de disponibilidade da máquina i.

10 O tempo total de utilização só considera as ordens que são processadas até ao fim do último turno de Sexta.

11 O tempo total de setup só considera as trocas que são realizadas até ao fim do último turno de Sexta.

12 O tempo total de espera só é calculado até ao fim do último turno de Sexta.

13 A quantidade total processada só considera as ordens processadas até ao fim do último turno de Sexta.

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Estudo e Melhoria do Sequenciamento da Produção numa Fábrica de Revestimentos em Cortiça

35

A equação (4.9) retrata a quantidade total processada em cada uma das linhas de produção e

esta pode ser dividida em duas partes. Por um lado, podemos ter a quantidade total processada

do plano na máquina i (𝑇𝑞𝑝𝑙𝑎𝑛𝑜𝑖), caso diga respeito ao processamento de encomendas em

atraso da semana N-1 ou encomendas da semana N (semana corrente). Por outro lado, se a

quantidade processada for relativa a encomendas da semana N+1, estamos perante produção

em avanço, sendo possível o cálculo da quantidade total antecipada na máquina i

(𝑇𝑞𝑎𝑛𝑡𝑒𝑐𝑖𝑝𝑎𝑑𝑎𝑖). A quantidade total em atraso na máquina i (𝑇𝑞𝑎𝑡𝑟𝑎𝑠𝑜𝑖), diz respeito ao

volume das ordens que ficaram por processar, quer sejam encomendas da semana N ou da

semana N-1.

Em termos agregados para AF1 e AF3, sobressaem-se as seguintes variáveis:

𝑄𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒𝑔𝑢𝑒𝐴𝐹1 – Quantidade total entregue em AF1

𝑄𝑎𝑛𝑡𝑒𝑐𝑖𝑝𝑎𝑑𝑎𝐴𝐹1 – Quantidade total antecipada em AF1

𝑄𝑎𝑡𝑟𝑎𝑠𝑜𝐴𝐹1 – Quantidade total em atraso em AF1

𝑇𝑎𝑥𝑎𝐶𝑃𝑙𝑎𝑛𝑜𝐴𝐹1 – Taxa de cumprimento do plano em AF1

𝑇𝑎𝑥𝑎𝑀𝑒𝑑𝐴𝑡𝑖𝑣𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒𝐴𝐹1 – Taxa média de atividade em AF1

𝑇𝑎𝑥𝑎𝑀𝑒𝑑𝑈𝑡𝑖𝑙𝑖𝑧𝑎çã𝑜𝐴𝐹1 – Taxa média de utilização em AF1

𝑁𝑆𝑒𝑡𝑢𝑝𝑠𝐴𝐹3 – Número total de setups em AF3

𝑄𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒𝑔𝑢𝑒𝐴𝐹3 – Quantidade total entregue em AF3

𝑄𝑎𝑛𝑡𝑒𝑐𝑖𝑝𝑎𝑑𝑎𝐴𝐹3 – Quantidade total antecipada em AF3

𝑄𝑎𝑡𝑟𝑎𝑠𝑜𝐴𝐹3 – Quantidade total em atraso em AF3

𝑇𝑎𝑥𝑎𝐶𝑃𝑙𝑎𝑛𝑜𝐴𝐹3 – Taxa de cumprimento do plano em AF3

𝑇𝑎𝑥𝑎𝑀𝑒𝑑𝐴𝑡𝑖𝑣𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒𝐴𝐹3 – Taxa média de atividade em AF3

𝑇𝑎𝑥𝑎𝑀𝑒𝑑𝑈𝑡𝑖𝑙𝑖𝑧𝑎çã𝑜𝐴𝐹3 – Taxa média de utilização em AF3

𝑁𝑆𝑒𝑡𝑢𝑝𝑠𝐴𝐹3 – Número total de setups em AF3

Onde 𝑄𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒𝑔𝑢𝑒𝐴𝐹1 = 𝑇𝑞𝐶𝐹1 + 𝑇𝑞𝐸𝑚𝑏𝑎𝑙𝑎𝑔𝑒𝑚1 (4.12)

𝑄𝑎𝑛𝑡𝑒𝑐𝑖𝑝𝑎𝑑𝑎𝐴𝐹1 = 𝑇𝑞𝑎𝑛𝑡𝑒𝑐𝑖𝑝𝑎𝑑𝑎𝐶𝐹1 + 𝑇𝑞𝑎𝑛𝑡𝑒𝑐𝑖𝑝𝑎𝑑𝑎𝐸𝑚𝑏𝑎𝑙𝑎𝑔𝑒𝑚1 (4.13)

𝑄𝑎𝑡𝑟𝑎𝑠𝑜𝐴𝐹1 = 𝑇𝑞𝑎𝑡𝑟𝑎𝑠𝑜𝐶𝐹1 + 𝑇𝑞𝑎𝑡𝑟𝑎𝑠𝑜𝐸𝑚𝑏𝑎𝑙𝑎𝑔𝑒𝑚1 (4.14)

𝑇𝑎𝑥𝑎𝐶𝑃𝑙𝑎𝑛𝑜𝐴𝐹1 = 𝑄𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒𝑔𝑢𝑒𝐴𝐹1−𝑄𝑎𝑛𝑡𝑒𝑐𝑖𝑝𝑎𝑑𝑎𝐴𝐹1

𝑄𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒𝑔𝑢𝑒𝐴𝐹1−𝑄𝑎𝑛𝑡𝑒𝑐𝑖𝑝𝑎𝑑𝑎𝐴𝐹1+𝑄𝑎𝑡𝑟𝑎𝑠𝑜 𝐴𝐹1 (4.15)

𝑇𝑎𝑥𝑎𝑀𝑒𝑑𝐴𝑡𝑖𝑣𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒𝐴𝐹1 = ∑ 𝑇𝑎𝑥𝑎𝐴𝑡𝑖𝑣𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒𝑖

𝑁𝑢𝑚𝑀𝑎𝑞𝐴𝐹1𝑖=1

𝑁𝑢𝑚𝑀𝑎𝑞𝐴𝐹1 (4.16)

𝑇𝑎𝑥𝑎𝑀𝑒𝑑𝑈𝑡𝑖𝑙𝑖𝑧𝑎çã𝑜𝐴𝐹1 = ∑ 𝑇𝑎𝑥𝑎𝑈𝑡𝑖𝑙𝑖𝑧𝑎çã𝑜𝑖

𝑁𝑢𝑚𝑀𝑎𝑞𝐴𝐹1𝑖=1

𝑁𝑢𝑚𝑀𝑎𝑞𝐴𝐹1 (4.17)

𝑄𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒𝑔𝑢𝑒𝐴𝐹3 = 𝑇𝑞𝐶𝐹5 + 𝑇𝑞𝐸𝑚𝑏𝑎𝑙𝑎𝑔𝑒𝑚214 (4.18)

𝑄𝑎𝑛𝑡𝑒𝑐𝑖𝑝𝑎𝑑𝑎𝐴𝐹3 = 𝑇𝑞𝑎𝑛𝑡𝑒𝑐𝑖𝑝𝑎𝑑𝑎𝐶𝐹5 + 𝑇𝑞𝑎𝑛𝑡𝑒𝑐𝑖𝑝𝑎𝑑𝑎𝐸𝑚𝑏𝑎𝑙𝑎𝑔𝑒𝑚2 (4.19)

𝑄𝑎𝑡𝑟𝑎𝑠𝑜𝐴𝐹3 = 𝑇𝑞𝑎𝑡𝑟𝑎𝑠𝑜𝐶𝐹5 + 𝑇𝑞𝑎𝑡𝑟𝑎𝑠𝑜𝐸𝑚𝑏𝑎𝑙𝑎𝑔𝑒𝑚2 (4.20)

𝑇𝑎𝑥𝑎𝐶𝑃𝑙𝑎𝑛𝑜𝐴𝐹3 = 𝑄𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒𝑔𝑢𝑒𝐴𝐹3−𝑄𝑎𝑛𝑡𝑒𝑐𝑖𝑝𝑎𝑑𝑎𝐴𝐹3

𝑄𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒𝑔𝑢𝑒𝐴𝐹3−𝑄𝑎𝑛𝑡𝑒𝑐𝑖𝑝𝑎𝑑𝑎𝐴𝐹3+𝑄𝑎𝑡𝑟𝑎𝑠𝑜 𝐴𝐹3 (4.21)

14 As quantidades contabilizadas na “Embalagem 2” não serão contabilizadas no CF5, de forma a evitar

redundância nos cálculos.

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𝑇𝑎𝑥𝑎𝑀𝑒𝑑𝐴𝑡𝑖𝑣𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒𝐴𝐹3 = ∑ 𝑇𝑎𝑥𝑎𝐴𝑡𝑖𝑣𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒𝑖

𝑁𝑢𝑚𝑀𝑎𝑞𝐴𝐹3𝑖=1

𝑁𝑢𝑚𝑀𝑎𝑞𝐴𝐹3 (4.22)

𝑇𝑎𝑥𝑎𝑀𝑒𝑑𝑈𝑡𝑖𝑙𝑖𝑧𝑎çã𝑜𝐴𝐹3 = ∑ 𝑇𝑎𝑥𝑎𝑈𝑡𝑖𝑙𝑖𝑧𝑎çã𝑜𝑖

𝑁𝑢𝑚𝑀𝑎𝑞𝐴𝐹3𝑖=1

𝑁𝑢𝑚𝑀𝑎𝑞𝐴𝐹3 (4.23)

Restrições

De seguida apresentam-se as principais restrições consideradas no sequenciamento:

ℎ𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙𝑖𝑗 ≥ ℎ𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙𝑖𝑗−1 e ℎ𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙𝑖𝑗−1 ≥ 𝑇𝑒𝑚𝑝𝑜𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙𝑠−1𝑗 (4.24)

ℎ𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙𝑖𝑗 ≥ ℎ𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙𝑝𝑎𝑟𝑎𝑔𝑒𝑚𝑖𝑧 , onde z é a paragem subsequente à ordem a sequenciar (4.25)

ℎ𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙𝑖𝑗 ≥ ℎ𝑖𝑛𝑐𝑖𝑎𝑙𝑝𝑎𝑟𝑎𝑔𝑒𝑚𝑖𝑧 , onde z é a paragem precedente à ordem a sequenciar (4.26)

A restrição (4.24) não permite que uma ordem inicie o seu processamento numa máquina, sem

que esta tenha acabado de processar a ordem anterior e, para além disso, uma ordem só está

disponível numa linha de produção quando o seu processamento na linha anterior da sequência

presente na gama operatória tiver findado. As restrições (4.25) e (4.26) não permitem que as

ordens iniciais e finais de processamento interfiram com as paragens da linha.

Objetivos

Os objetivos do presente problema de sequenciamento passam pelo seguinte:

𝑂1: 𝑀𝑎𝑥 𝑇𝑎𝑥𝑎𝐶𝑃𝑙𝑎𝑛𝑜𝐴𝐹1+𝑇𝑎𝑥𝑎𝐶𝑃𝑙𝑎𝑛𝑜𝐴𝐹3

2 (4.27)

𝑂2: 𝑀𝑎𝑥 𝑇𝑎𝑥𝑎𝑀𝑒𝑑𝑈𝑡𝑖𝑙𝑖𝑧𝑎çã𝑜𝐴𝐹1+𝑇𝑎𝑥𝑎𝑀𝑒𝑑𝑈𝑡𝑖𝑙𝑖𝑧𝑎çã𝑜𝐴𝐹3

2 (4.28)

𝑂3: 𝑀𝑎𝑥 𝑇𝑎𝑥𝑎𝑀𝑒𝑑𝐴𝑡𝑖𝑣𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒𝐴𝐹1+𝑇𝑎𝑥𝑎𝑀𝑒𝑑𝐴𝑡𝑖𝑣𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒𝐴𝐹3

2 (4.29)

O objetivo (4.27) diz respeito à maximização da taxa média de cumprimento do plano, enquanto

que os objetivos (4.28) e (4.29) referem-se à maximização das taxas médias de utilização e

atividade das linhas de produção, respetivamente.

Desta forma, a função objetivo (4.30) pretende a maximização de ambos os objetivos, onde α,

β e γ representam os pesos atribuídos a cada um deles. Estes pesos podem tomar diferentes

valores, sendo que α+β+γ=1.

𝑀𝑎𝑥 𝐹 = 𝛼 × 𝑂1 + 𝛽 × 𝑂2 + 𝛾 × 𝑂3 (4.30)

4.3 Critérios de Seleção e Criação de Configurações

Os critérios de seleção dizem respeito aos parâmetros utilizados para a escolha da ordem a

sequenciar e dependem dos objetivos pretendidos com o sequenciamento. Desta forma, a

escolha dos critérios utilizados na metodologia desenvolvida teve em consideração a

maximização da taxa média de cumprimento do plano, como também a maximização das taxas

de atividade média e utilização média das linhas de produção.

Para dar resposta ao sequenciamento e dado o trade-off existente entre os objetivos estudados,

foram analisadas duas abordagens relativas ao método de seleção das ordens a sequenciar. Uma

delas tem como critério obrigatório a prioridade das encomendas – Abordagem 1 - enquanto

que a outra pretende avaliar o processamento contínuo do mesmo tipo de material – Abordagem

2. A Figura 17 descreve os diferentes métodos de seleção analisados.

Caso o pretendido seja respeitar as prioridades das encomendas, primeiramente existe a

alocação de todas as ordens em atraso, seguindo-se as ordens da semana atual e só depois as

ordens da próxima semana. Por outro lado, caso o pretendido seja respeitar a continuidade das

características do material, apesar de a prioridade da ordem ser considerada, esta nem sempre é

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Estudo e Melhoria do Sequenciamento da Produção numa Fábrica de Revestimentos em Cortiça

37

respeitada, uma vez que, sempre que existirem tempos de preparação das máquinas nulos, as

respetivas ordens têm prioridade face às restantes.

Figura 17 - Esquematização dos critérios de seleção

O método de seleção das ordens dentro da mesma prioridade, para ambas as abordagens

estudadas, tem em consideração diferentes parâmetros. As configurações criadas encontram-se

visíveis na Tabela 5. Em todas elas existe a priorização das ordens com tempos de setup baixos,

sendo que os restantes termos variam consoante a configuração. O Termo Processamento

prioriza as ordens com uma duração mais baixa na linha de corte no caso da Configuração 1,

Configuração 2 e Configuração 3. Para as restantes configurações existe a priorização das

ordens com durações mais elevadas. O facto de existirem processos produtivos muito diferentes

consoante o tipo de material, com tempos de processamento diferentes, principalmente no que

diz respeito aos períodos de estabilização, despoletou a necessidade de incluir o Termo Tempo

Acumulado na análise. Este refere-se ao somatório dos tempos de processamento das operações

existentes desde o início do processo até à linha de corte. Também aqui existe a priorização de

ordens com valores mais elevados ou mais baixos, dependendo da situação em estudo. Para

cada uma das configurações, o índice da regra de prioridade corresponde à multiplicação dos

termos presentes.

Os pseudo códigos relativos ao método de seleção das ordens a sequenciar, para cada uma das

abordagens, podem ser consultados nas Figuras 1J e 2J do Anexo J.

Tabela 5 - Caracterização dos termos utilizados na regra de prioridade multicritério por configuração

Configurações Termo Setup Termo Processamento Termo Tempo Acumulado

Configuração 1 1

𝑠𝐶𝐹1,𝐶𝐹2,𝐶𝐹5𝑗𝑘

1

𝑡𝑝𝑟𝑜𝑐𝐶𝐹1,𝐶𝐹2,𝐶𝐹5𝑗

-

Configuração 2 1

𝑠𝐶𝐹1,𝐶𝐹2,𝐶𝐹5𝑗𝑘

1

𝑡𝑝𝑟𝑜𝑐𝐶𝐹1,𝐶𝐹2,𝐶𝐹5𝑗

1

∑ 𝑡𝑝𝑟𝑜𝑐𝑖𝑗𝐶𝐹1,𝐶𝐹2,𝐶𝐹5𝑖=1

Configuração 3 1

𝑠𝐶𝐹1,𝐶𝐹2,𝐶𝐹5𝑗𝑘

1

𝑡𝑝𝑟𝑜𝑐𝐶𝐹1,𝐶𝐹2,𝐶𝐹5𝑗

∑ 𝑡𝑝𝑟𝑜𝑐𝑖𝑗

𝐶𝐹1,𝐶𝐹2,𝐶𝐹5

𝑖=1

Configuração 4 1

𝑠𝐶𝐹1,𝐶𝐹2,𝐶𝐹5𝑗𝑘

𝑡𝑝𝑟𝑜𝑐𝐶𝐹1,𝐶𝐹2,𝐶𝐹5𝑗 1

∑ 𝑡𝑝𝑟𝑜𝑐𝑖𝑗𝐶𝐹1,𝐶𝐹2,𝐶𝐹5𝑖=1

Configuração 5 1

𝑠𝐶𝐹1,𝐶𝐹2,𝐶𝐹5𝑗𝑘

𝑡𝑝𝑟𝑜𝑐𝐶𝐹1,𝐶𝐹2,𝐶𝐹5𝑗

∑ 𝑡𝑝𝑟𝑜𝑐𝑖𝑗

𝐶𝐹1,𝐶𝐹2,𝐶𝐹5

𝑖=1

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Estudo e Melhoria do Sequenciamento da Produção numa Fábrica de Revestimentos em Cortiça

38

4.4 Resultados Obtidos

A fim de se avaliar os resultados obtidos através das diferentes abordagens de sequenciamento

e o respetivo impacto dos termos presentes na regra multicritério, para cada uma das

configurações criadas, foram considerados os movimentos planeados reais. Estes dizem

respeito às encomendas da semana 22 (vinte e dois) e 23 (vinte e três), bem como às

encomendas em atraso da semana 21 (vinte e um). Uma vez que os métodos de sequenciamento

estudados assumem que as ordens planeadas ainda não iniciaram o seu processo produtivo, os

atrasos da semana 21 (vinte e um) foram sequenciados em todas as linhas de produção. Realça-

se ainda o facto de nem todos os artigos de fabrico estarem a ser analisados, sendo que, nem

todas as ordens presentes nos movimentos planeados poderão ser objeto de análise. Os

movimentos planos utilizados já com a atribuição dos grupos de sequenciamento e respetivos

subgrupos, podem ser consultados na Tabela 1K do Anexo K. Os artigos de fabrico que não

têm grupo de sequenciamento associado não se encontram no âmbito do projeto e, por isso, não

são considerados na análise.

Abordagem 1 – Prioridade como critério obrigatório

Após a aplicação do procedimento de sequenciamento desenvolvido, a sequência obtida em

cada uma das configurações para a Abordagem 1, pode ser consultada na Tabela 6.

Tabela 6 - Sequência obtida na Abordagem 1 para cada uma das configurações

Grupo, Subgrupo Descrição C1 C2 C3 C4 C5

G1,1 Hydrocork 1225x145 1 1 1 3 3

G1,2 Hydrocork 1225x145 9 9 9 4 4

G1,3 Hydrocork 1225x145 20 20 20 19 17

G3,1 Hydrocork 1225x195 2 2 2 2 2

G3,2 Hydrocork 1225x195 10 10 10 10 9

G3,3 Hydrocork 1225x195 13 13 13 13 13

G4,1 Hydrocork 615x295 3 3 3 1 1

G5,2 Wise PET 7 6 7 8 10

G5,3 Wise PET 12 12 12 12 12

G10,3 ArtComfort 1220 s/bis PUR 15 18 14 17 15

G12,3 ArtComfort 1220 s/bis PURv2 14 14 15 16 19

G13,2 ArtComfort 1800 bis PURv2 (Linear) 6 7 6 9 8

G13,3 ArtComfort 1800 bis PURv2 (Linear) 17 16 17 11 11

G14,3 ArtComfort 1800 bis PURv2 (Liso) 16 15 16 20 20

G18,2 LVT 1220X185 4 5 4 7 6

G18,3 LVT 1220X185 18 17 18 18 18

G19,2 LVT 1220X185 (S/Bisel.) 8 6 5 6 5

G19,3 LVT 1220X185 (S/Bisel.) 11 11 19 15 14

G21,2 Authentica 5 4 8 5 7

G21,3 Authentica 19 19 11 14 16

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39

Através da Tabela 6, percebe-se que, de facto, os parâmetros utilizados na regra multicritério

têm influência sobre a sequência de produção proposta. São eles que definem a ordem pela qual

os diferentes grupos e respetivos subgrupos devem ser produzidos. Tanto a inclusão do Termo

Tempo Acumulado, como também a alteração da formulação dos próprios termos presentes,

provocam alterações na sequência obtida.

Uma vez que a sequência em cada uma das configurações é diferente, é também esperado que

os resultados obtidos o sejam. O gráfico presente na Figura 19 mostra a distribuição da

quantidade total processada em AF1 e AF3 como um todo, para cada uma das configurações.

Destaca-se que os valores de quantidades processadas analisados dizem respeito às encomendas

entregues em armazém, por isso mesmo, as ordens que já começaram o seu processamento, mas

que ainda não finalizaram todas as operações, não são contabilizadas para efeitos de cálculo de

quantidade processada final. É também possível visualizar-se a quantidade que ficou em atraso,

i.e., encomendas relativas à semana 21 (vinte e um) e/ou semana 22 (vinte e dois) que não foram

completamente processadas. Percebe-se que, mesmo havendo a preocupação em respeitar a

prioridade das encomendas, em nenhuma das configurações estudadas se consegue cumprir o

plano semanal face às encomendas propostas. Ainda assim, a Configuração 5 (C5) apresenta-

se como a melhor proposta de sequenciamento para a Abordagem 1. Esta é a configuração com

o maior volume de quantidade processada referente ao plano semanal, como também a que

ainda consegue antecipar em maior quantidade as encomendas referentes à semana seguinte.

Relativamente à quantidade em atraso, a Configuração 5 apresenta-se também como a melhor

proposta. Para além disso, através da Figura 18, percebe-se que esta exibe a maior taxa de

utilização média das linhas de produção, próxima dos 90%. Em média, nesta configuração, os

tempos de espera nas linhas, bem como os tempos de setup, são baixos comparativamente com

os tempos de funcionamento. A taxa média de atividade não sofre muitas variações entre

configurações, mostrando-se, no geral, com valores baixos e próximos dos 30%. Isto significa

que as linhas, no geral, trabalham abaixo da sua capacidade semanal instalada, concluindo-se

que a falta de plano de fabrico tem impacto na rentabilidade das máquinas.

Abordagem 2 – Tempos de setup nulos como critério obrigatório

A sequência obtida na Abordagem 2, para cada uma das configurações criadas, pode ser

consultada na Tabela 7. À semelhança do que acontece na Abordagem 1, também aqui os

diferentes termos utilizados na regra multicritério têm impacto na sequência de produção

proposta, consoante os termos inseridos e a sua formulação. A principal diferença é que nesta

abordagem a prioridade das encomendas nem sempre é respeitada, uma vez que se prioriza os

Figura 19 - Distribuição das quantidades totais (m2) processadas e em

atraso (AF1+AF3) da Abordagem 1, por configuração Figura 18 - Taxas médias de

utilização e atividade (AF1+AF3) da

Abordagem 1, por configuração

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40

tempos de setup nulos e, consequentemente, o processamento contínuo dos materiais com

características semelhantes.

Tabela 7 - Sequência obtida na Abordagem 2 para cada uma das configurações

Relativamente aos resultados obtidos e tal como se pode observar através da Figura 21, a

produção antecipada exibe volumes maiores e, consequentemente, quantidades em atraso mais

elevadas, comparativamente com os resultados obtidos na Abordagem 1. Nota-se uma evolução

crescente da quantidade processada referente ao plano semanal desde a Configuração 1 (C1)

até à Configuração 5 (C5) e, por consequência, uma diminuição da antecipação ao plano e da

quantidade em atraso.

Desta forma, a inclusão do Termo Tempo Acumulado na regra multicritério mostra-se como

uma boa estratégia no que diz respeito a cumprimentos do plano semanal. Por sua vez, a Figura

20 demonstra que, em comparação com a Abordagem 1, para este caso, as taxas médias de

utilização e atividade das linhas de produção não sofrem tantas variações entre configurações.

A taxa média de atividade exibe valores baixos e próximos dos 30%, enquanto que, a taxa média

de utilização ronda os 80%, no geral. Ainda assim, a Configuração 5 é a que apresenta valores

médios mais elevados, com a taxa média de utilização a ultrapassar os 90%.

Grupo, Subgrupo Descrição C1 C2 C3 C4 C5

G1,1 Hydrocork 1225x145 1 1 1 5 5

G1,2 Hydrocork 1225x145 2 2 2 6 6

G1,3 Hydrocork 1225x145 3 3 3 7 7

G3,1 Hydrocork 1225x195 4 4 4 2 2

G3,2 Hydrocork 1225x195 5 5 5 3 3

G3,3 Hydrocork 1225x195 6 6 6 4 4

G4,1 Hydrocork 615x295 7 7 7 1 1

G5,2 Wise PET 14 12 14 14 16

G5,3 Wise PET 15 13 15 15 17

G10,3 ArtComfort 1220 s/bis PUR 19 20 18 20 18

G12,3 ArtComfort 1220 s/bis PURv2 18 18 19 19 19

G13,2 ArtComfort 1800 bis PURv2 (Linear) 12 14 12 16 14

G13,3 ArtComfort 1800 bis PURv2 (Linear) 13 15 13 17 15

G14,3 ArtComfort 1800 bis PURv2 (Liso) 20 19 20 18 20

G18,2 LVT 1220X185 8 10 8 12 10

G18,3 LVT 1220X185 9 11 9 13 11

G19,2 LVT 1220X185 (S/Bisel.) 16 16 10 10 8

G19,3 LVT 1220X185 (S/Bisel.) 17 17 11 11 9

G21,2 Authentica 10 8 16 8 12

G21,3 Authentica 11 9 17 9 13

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41

Comparação entre abordagens

Uma vez que a Abordagem 1 tem como critério obrigatório a prioridade das encomendas, é

expectável que o número de setups para este caso seja maior. Através da Figura 22, percebe-se

que com o aumento das trocas nas linhas de produção que obrigam a setups, existe tendência a

que a taxa média de utilização das máquinas diminua. No entanto, a taxa média de cumprimento

do plano apresenta, no geral, valores mais elevados, face aos resultados obtidos na Abordagem

2.

Figura 21 - Distribuição das quantidades totais (m2) processadas e em

atraso (AF1+AF3) da Abordagem 2, por configuração

Figura 20 - Taxas médias de

utilização e atividade (AF1+AF3) da

Abordagem 2, por configuração

Figura 22 - Variação da taxa média de cumprimento do plano semanal (AF1+AF3) por abordagem

e por configuração, tendo em conta o número de setups e a taxa média de utilização

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42

A Configuração 5 da Abordagem 1 (A1C5), apesar de não exibir a maior taxa média de

utilização das máquinas, apresenta a menor quantidade em atraso, como demonstra a Figura 23

e consequentemente, a maior taxa média de cumprimento do plano.

Dado o trade-off existente entre os objetivos estudados, constata-se que a escolha do melhor

método de sequenciamento não é uma decisão assim tão linear, estando sempre dependente dos

objetivos pretendidos, como também, do(s) objetivo(s) que se pretende(m) enaltecer. Desta

forma, foram analisados os valores referentes à função objetivo para cada uma das

configurações estudadas, fazendo-se variar os pesos atribuídos a cada um dos objetivos

considerados, i.e., α, β e γ. Assumiu-se que os pesos β e γ tomam os mesmos valores, uma vez

que as taxas médias de utilização e atividade das linhas de produção se encontram fortemente

relacionadas, apresentando um coeficiente de correlação superior a 0,90 (ver Tabela 3L do

Anexo L). As Tabelas 1L e 2L do Anexo L apresentam um resumo dos resultados obtidos para

cada uma das configurações, em cada uma das abordagens.

Através da Tabela 4L do Anexo L, verifica-se que a Configuração 5 da Abordagem 1 apresenta-

se como a melhor estratégia de sequenciamento quando existe uma valorização do aumento da

taxa média de cumprimento do plano. No entanto, à medida que o valor de α diminui e

consequentemente, existe um aumento dos pesos β e γ, a Configuração 5 da Abordagem 2 vai-

se tornando como a melhor solução, chegando mesmo a atingir o maior valor da função

objetivo, na transição de α=0,7 para α=0,6, apesar do valor de α ser ainda superior ao somatório

de β e γ.

4.5 Resumo e Proposta

Tendo em consideração a situação atual da empresa, que apresenta algumas dificuldades no

cumprimento dos planos semanais e, consequentemente, possui volumes consideráveis de

atraso na produção, a valorização da taxa média de cumprimento do plano, face aos restantes

objetivos, poderá ser a melhor estratégia. Neste caso, conclui-se que a Configuração 5 da

Abordagem 1 é o método que melhor atinge os objetivos propostos. Através deste modelo de

Figura 23 - Variação da quantidade total antecipada (AF1+AF3) por abordagem e por

configuração, tendo em conta o número de setups e a quantidade em atraso (m2)

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43

sequenciamento, existe uma preocupação em diminuir a quantidade em atraso e em cumprir o

plano semanal, sendo que apresenta também bons valores referentes às taxas médias de

utilização e atividade das máquinas. Seguidamente será feita uma análise mais detalhada aos

resultados obtidos através deste modelo de sequenciamento (A1C5), de forma a identificar

possíveis oportunidades de melhoria.

Todos os resultados obtidos através do procedimento desenvolvido para o método em causa

(A1C5) estão presentes no Anexo M.

Possíveis melhorias no método proposto

Atendendo aos valores da Figura 24, observa-se que, no geral, o tempo de paragem das

máquinas devido à falta de plano de fabrico (Tempo s/OF) é elevado, justificando, em grande

parte, os baixos valores das taxas de atividade das linhas de produção. Isto acontece

principalmente nas linhas que findam o processo produtivo, nomeadamente as linhas de corte.

Como as linhas de início de processo começam logo a trabalhar no início da semana (ver Figura

5M do Anexo M), conseguem ter capacidade suficiente para cumprir o plano semanal e ainda

processarem as encomendas da semana seguinte, sem atingirem a capacidade máxima instalada.

Por sua vez, e dado o pressuposto que todas as ordens planeadas ainda não iniciaram o seu

processamento, o tempo de paragem nas restantes linhas de produção vai ser maior, uma vez

que estas só podem começar a trabalhar quando as ordens nas linhas a montante estiverem

processadas. Para além disso, a maioria dos produtos necessita de períodos de estabilização

elevados, o que agrava ainda mais a situação. Desta forma, as linhas de fim do processo, por

norma, só começam a trabalhar a meio da semana (ver Figuras 6M a 9M do Anexo M).

Figura 24 - Distribuição do tempo instalado (nº de horas) por linha de produção

O sequenciamento nas linhas de corte do método proposto encontra-se visível na Figura 3M do

Anexo M. Por sua vez, a lista de despacho para todas as linhas de produção e o respetivo Gantt

Chart podem ser consultados na Tabela 2M e Figura 1M do Anexo M, respetivamente.

Apesar do tempo de espera no Corte Final 5 ser nulo, através da lista de despacho presente na

Tabela 2M do Anexo M, identifica-se oportunidades de melhoria, nomeadamente possíveis

trocas na sequência de algumas linhas de produção. É o caso dos processamentos dos conjuntos

G21, 2 e G13, 2, que podem ser antecipados no Corte Final 5 sem porem em causa os

processamentos das restantes ordens, uma vez que as operações a montante referentes a estes

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Estudo e Melhoria do Sequenciamento da Produção numa Fábrica de Revestimentos em Cortiça

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conjuntos podem ser facilmente antecipadas. O sequenciamento nas linhas de corte com as

respetivas trocas está presente na Figura 25.

Figura 25 - Gantt Chart proposto para as linhas de corte após melhorias no A1C5

Desta forma, reduz-se o número de atrasos e aumenta-se a taxa média de cumprimento do plano

em 12,39%, com a redução da quantidade por processar em 64,5%, como se pode observar na

Tabela 8. A taxa média de atividade sofre também um aumento devido ao Corte Final 5, que

passa de 22,76% de atividade para 42,58% (consultar Tabela 2N do Anexo N). Destaca-se o

facto de a “Embalagem 2” ser uma linha fictícia incorporada no Corte Final 5 e, por isso mesmo,

a ordem G13,2 só poderá ser antecipada caso o processamento do conjunto G19,2 não seja

realizado. Num futuro próximo este problema será contornado através da separação do Corte

Final 5 em duas linhas de produção distintas, onde as operações de corte e embalamento serão

facilmente distinguíveis. Para já e tendo em consideração a situação atual, é preferível atrasar

o embalamento do G13,2 para que o G19,2 possa ser processado e entregue, visto que este

apresenta uma quantidade maior. Todavia, a taxa média de utilização das linhas sofre uma

ligeira diminuição em 3,17% com as alterações realizadas.

Ainda assim, o tempo de inatividade nas linhas de produção, nomeadamente nas linhas de corte,

é elevado face à capacidade máxima instalada. Uma vez que nem todos os artigos de fabrico

estão a ser analisados, ainda existe potencial para aumentar a quantidade processada durante o

tempo em que as máquinas estão paradas devido à falta de plano de fabrico, através do

processamento das ordens de fabrico planeadas, mas que não estão incorporadas na análise.

Os resultados obtidos após as trocas propostas podem ser consultados no Anexo N.

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Estudo e Melhoria do Sequenciamento da Produção numa Fábrica de Revestimentos em Cortiça

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Tabela 8 - Variação dos resultados obtidos após melhorias no A1C5

Antes Depois Variação

AF1+AF3 AF1+AF3

Quantidade entregue (m2) 49186,219 54777,463 11,37%

Quantidade em atraso (m2) 8668,378 3077,133 -64,50%

Quantidade antecipada (m2) 5480,000 5480,000 -

Cumprimento do plano (%) 83,88% 94,28% 12,39%

Taxa média de utilização 85,13% 82,44% -3,17%

Taxa média de atividade 37,88% 39,12% 3,26%

Comparação com a situação atual

A fim de se comparar os resultados obtidos da metodologia proposta com a situação atual da

empresa, realizou-se uma análise comparativa. Para efeitos de simplificação da análise, esta foi

elaborada tendo como objetivo a maximização do cumprimento do plano, i.e., a minimização

da quantidade em atraso, e foi somente realizada para o Corte Final 1.

Primeiramente começou-se por analisar os registos de produção no Corte Final 1 referentes à

semana em análise, a fim de se identificar a sequência de produção implementada e possíveis

problemas que possam originar atrasos no processamento dos movimentos planeados. De facto,

após a análise dos registos de produção, observou-se a existência de diversas paragens não

programadas no Corte Final 1, principalmente avarias. Para além disso foram processados

artigos que não estão no âmbito do projeto e a linha esteve também parada devido a

reembalagens, retrabalhos e análise de material. No total foram contabilizadas

aproximadamente 23h (vinte e três horas) de paragem, correspondendo a 18,96% do tempo face

à capacidade máxima instalada. A esta percentagem deduziu-se o fator de disponibilidade

utilizado no Corte Final 1, obtendo-se um fator de correção de paragens de 12,96% (ver Tabela

2O do Anexo O). Este fator foi assim aplicado aos tempos de entrega obtidos com o método

proposto, de forma a que a comparação seja o mais realística possível (ver Tabela 3O do Anexo

O).

Através da Tabela 9, verifica-se que a sequência de produção implementada no Corte Final 1

difere da sequência proposta. Apesar de a empresa ter iniciado a atividade da linha com o

processamento das encomendas em atraso, a prioridade das ordens de fabrico nem sempre foi

respeitada, uma vez que houve a priorização do conjunto G3,2 face ao conjunto G4,1.

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Estudo e Melhoria do Sequenciamento da Produção numa Fábrica de Revestimentos em Cortiça

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Tabela 9 - Comparação da sequência e tempos de entrega do método proposto com a situação atual (CF1)

Ordem Método Proposto Situação Atual

Sequência Entrega prevista Sequência Entrega

G4,1 1 Quarta 4 Sexta

G3,1 2 Quarta 2 Terça

G1,1 3 Quinta 1 Segunda

G1,2 4 Sexta - -

G3,215 5 Sexta 3 Terça

G3,3 6 (Em processamento) - -

G1,3 7 (Em processamento) - -

Salienta-se o facto de nem todas as ordens utilizadas no método proposto terem sido

sequenciadas na vida real, devido a alterações que ocorreram nos movimentos planeados já

quando a semana em análise tinha arrancado (ver Tabela 4O do Anexo O). Estas mudanças

provocaram uma diminuição do plano, o que justifica a discrepância existente entre o valor do

método proposto e o plano real, visível na Tabela 10. Ainda assim, a metodologia proposta

apresenta-se como um melhor método de sequenciamento, uma vez que, face à quantidade total

presente no plano, consegue atingir os objetivos propostos e ainda produzir em avanço.

Tabela 10 - Comparação dos resultados obtidos entre o método proposto e a situação atual (CF1)

Método Proposto Situação Atual

Plano semanal (m2) 16280 10472

Quantidade em atraso (m2) 0 714

Quantidade antecipada (m2) 1405,085 0

Cumprimento do plano (%) 100% 93%

15 A quantidade do Grupo 3, Subgrupo 2 apenas tem em consideração a quantidade processada na realidade,

passando de 8280 m2 para 2520 m2 (ver Tabela 3O do Anexo O).

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5 Conclusões e Sugestões de Melhoria

O problema de sequenciamento da produção na vida real está sujeito a múltiplos eventos que

tornam o processo de sequenciar uma tarefa complexa. As constantes alterações no plano de

produção, provocadas pela entrada contínua de novas encomendas no sistema, como também

as frequentes paragens não programadas que acontecem nas máquinas, são alguns exemplos de

eventos que não são considerados nos métodos de sequenciamento. Aliás, a incorporação destes

parâmetros nem sempre é exequível e ainda hoje não é muito claro como é se podem abranger

todas as restrições reais nos métodos de sequenciamento desenvolvidos. Assim, a escolha do

melhor método depende de vários fatores, nomeadamente o tempo de resposta e os objetivos

pretendidos pela empresa. Uma vez que a obtenção de soluções na vida real tem que ser feita

no imediato, a capacidade de resposta dos métodos desenvolvidos tem que ser rápida, mas ao

mesmo tempo eficaz. Desta forma, as empresas optam por metodologias mais abrangentes, mas

que sejam suficientemente capazes de fazer jus às necessidades correntes, sacrificando a

obtenção de soluções ótimas de elevado esforço computacional.

No presente projeto comprovou-se que as regras de prioridade são heurísticas de fácil

implementação e que rapidamente conseguem gerar soluções. No entanto, pequenas alterações

nos parâmetros utilizados, nomeadamente mudanças na formulação dos termos presentes na

regra de prioridade multicritério, despoletaram soluções diferentes, sendo difícil a avaliação da

performance das soluções geradas. Para além disso, a existência de trade-offs nos objetivos

pretendidos, fez com que a escolha do método estivesse dependente do objetivo que se

pretendeu valorizar, o que nem sempre é uma decisão fixa. A Amorim Revestimentos, S.A.,

face à sua situação atual, hoje em dia tem como principal objetivo os cumprimentos dos planos

semanais. No entanto, após a normalização dos atrasos, a empresa pode optar por valorizar a

rentabilidade das máquinas, fazendo com que o método de sequenciamento proposto se altere

face ao que foi apresentado como a melhor solução.

Dada a complexidade do processo produtivo da Amorim Revestimentos, S.A., o método

desenvolvido não conseguiu abranger todas as variantes de sequenciamento, havendo espaço

de melhoria para o futuro. Uma vez que o método desenvolvido apenas tem em consideração

as linhas limitadoras de capacidade na aplicação da regra de prioridade multicritério, é esperado

que as restantes linhas ainda possam melhorar a sua performance. A sequência de produção

obtida tem em consideração as restrições das linhas de corte, é aplicada nas linhas de início do

processo e vai sendo transmitida para as restantes máquinas. No entanto, a melhor sequência

numa determinada máquina, poderá não ser a melhor sequência nas restantes, uma vez que estas

têm em consideração diferentes tipos de características dos materiais. Temos o exemplo das

linhas de pintura, que têm em consideração a cor e/ou decorativo do material, o embalamento

do produto, que deverá também considerar o tipo de caixa e os inserts16, ou as linhas de cola,

que não precisam de considerar um número tão elevado de características em comparação com

as linhas de corte, sendo que a agregação costuma apenas ter em consideração as famílias dos

produtos. Desta forma, após a obtenção da sequência em cada uma das linhas, poderão ser

analisadas, em cada uma das máquinas, eventuais trocas na sequência que beneficiem os outputs

da fábrica. Relativamente aos termos presentes na regra multicritério, a incorporação de outros

parâmetros poderá ser também uma oportunidade de melhoria para o futuro. Seria interessante

a empresa incorporar na análise um fator de penalização de atrasos, tendo em conta a ordem de

fabrico. A regra de prioridade tem em consideração as prioridades das ordens de fabrico, mas

não considera nenhum fator de penalização. Na realidade, as encomendas podem ter a mesma

prioridade, mas fatores de penalização de atrasos diferentes, dependendo do cliente em questão

ou do destino e/ou modo de transporte da encomenda.

16 Folheto explicativo que costuma ir dentro das caixas.

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No que diz respeito a vertentes de sequenciamento, a programação para a frente, onde o

sequenciamento começa nas linhas de início de processo e a sequência obtida vai sendo

transmitida ao longo das restantes linhas, foi a vertente analisada. Contudo, a análise da

programação para trás, de forma a que as linhas finais do processo estejam sempre ocupadas,

poderá trazer mais valias para a empresa. Nesta vertente de sequenciamento, as paragens nas

linhas responsáveis pela entrega dos produtos acabados são minimizadas, no entanto, os tempos

de entrega das encomendas tendem a ser mais elevados, uma vez que a produção é feita

exatamente para a data de entrega. Por outro lado, no método desenvolvido assumiu-se que as

linhas de corte são o gargalo de produção de AF1 e AF3 como um todo, sendo que a regra de

prioridade multicritério foi somente aplicada nestas linhas. No entanto, isto não é totalmente

verdade, uma vez que o gargalo é dependente do tipo de produto. O estudo do sequenciamento

tendo em conta os gargalos reais poderá ser também uma oportunidade de melhoria para o

futuro, aproximando ainda mais as soluções geradas com a realidade da empresa.

A respeito do controlo da produção, este deverá ser realizado em tempo real para que a empresa

consiga saber o estado da produção no momento e desta forma, antever com um maior nível de

precisão os tempos de entrega das encomendas. A criação de uma ferramenta de suporte ao

sequenciamento, que consiga analisar os outputs do chão de fábrica em “tempo real” poderá ser

uma mais valia para a empresa. Assim, torna-se visível a evolução da concretização dos planos

no imediato, sendo mais fácil a análise de eventuais alterações necessárias no sequenciamento

da produção, devido a problemas que tenham ocorrido nas máquinas e que comprometeram a

solução proposta. Na realidade, a implementação de um software de sequenciamento capaz de

abranger um número suficientemente elevado de restrições e de se adaptar às constantes

alterações que acontecem na procura e/ou disponibilidade das linhas de produção, seria o ideal

para o futuro da empresa.

Não obstante, a busca por novos métodos operacionais deve ser uma constante em qualquer

instituição que pretende evoluir e marcar a sua posição no mercado. A Amorim Revestimentos,

S.A. deve continuar a apostar no desenvolvimento de projetos que visem o aumento da

eficiência operacional da área de operações. As empresas são dinâmicas e as metodologias

desenvolvidas têm que ter a capacidade de acompanhar esse dinamismo, existindo sempre

espaço para melhorar e crescer.

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Estudo e Melhoria do Sequenciamento da Produção numa Fábrica de Revestimentos em Cortiça

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ANEXO A: Produtos

Tabela 1A - Caracterização dos produtos existentes, por família de produto

Família Componentes Fornecedor

Hydrocork

(LVT Cork Pro)

Bottom layer (Vinyl) Taiwan

NRT (Base cortiça + polímeros) Componentes

Top layer (Decorativo vinyl + pvc) Taiwan

Wise PET

(Subertech PET)

IN 1,3 (Cortiça) AR Lourosa

Subertech (Base cortiça + polímeros) Componentes

IN 1,3 (Cortiça) AR Lourosa

Top layer (Decorativo) Taiwan

Wise Printed

(Subertech

Printed)

BL (Cortiça) ACC

Subertech (Base cortiça + polímeros) Componentes

IN 1,6 (Cortiça) AR Lourosa

Wise Cork

(Subertech Cork)

BL (Cortiça) ACC

Subertech (Base cortiça + polímeros) Componentes

IN 1,3 (Cortiça) AR Lourosa

Decorativo cortiça Componentes

Authentica

(DecorVinylFloat

PVC)

BL (Cortiça) ACC

HDF Sonae

Semiacabado (Cortiça + filme impresso + pvc) Componentes

LVT

(LVT Floating)

BL (Cortiça) AR Lourosa

HDF Sonae

IN 1,3 (Cortiça) AR Lourosa

LVT (Decorativo vinyl + pvc) Taiwan

Artcomfort

(Cork Design)

IN 1,3 (Cortiça) Lourosa

HDF Sonae

XDP (Base cortiça) ou Decorativo Componentes

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Tabela 2A - Exemplo de artigos de fabrico e respetivas características

Artigo fabrico GaOp Descrição Tp Fam N3 Decorativo N6 N7 N8 N9 Biselamento Dimensão Espessura Acabamento N16 N17 N28 N18 Encaixe N24 N22 ChAc2 N25

9S17A006 6D404 Glacier Oak PA Flg Cork Cov. LVT Floating PVC LVT Flutuantes Reve Base B N2-3T-6399-GS/Bisel. 1220x185 10.5 LVT 1.8 - PVC 0.2 ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Branco Enc. LOC HDF ABX - Amorim BeneluxABX Special Mix

9S17A007 6D404 Rustic Grey OakPA Flg Cork Cov. LVT Floating PVC LVT Flutuantes Reve Base B N3-3T-6500-2AS/Bisel. 1220x185 10.5 LVT 1.8 - PVC 0.2 ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Branco Enc. LOC HDF ABX - Amorim BeneluxABX Special Mix

9S17A008 6D404 Rustic Whiten OakPA Flg Cork Cov. LVT Floating PVC LVT Flutuantes Reve Base B WB-YS-LT003-10S/Bisel. 1220x185 10.5 LVT 1.8 - PVC 0.2 ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Branco Enc. LOC HDF ABX - Amorim BeneluxABX Special Mix

9S17A009 6D404 Rustic Brown OakPA Flg Cork Cov. LVT Floating PVC LVT Flutuantes Reve Base B WC-YS-LT003-4S/Bisel. 1220x185 10.5 LVT 1.8 - PVC 0.2 ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Branco Enc. LOC HDF ABX - Amorim BeneluxABX Special Mix

9S17A010 6G052 Rustic Chalked OakPA Flg Cork Cov. Cork Design S/Decor. Impressao Flutuantes Vern Base BW 00 S/Bisel. 1220x185 10.5 PUR-Rolo2 Z2 - Branco/Branco ImpMadeira F93-rustic_oak Private LabelEnc. LOC HDF ADE ADE-TOOM Private Labels

9S17A011 6H401 Classic CherryPA Flg Cork Cov. DecorVinyl Float PVC DecorVinyl Flutuantes Reve Base BW WD-TW-6931-124 lados 0,7mm 1220x185 10.5 PVC0.50Tr-emb.BarnsideYU19-HPS ZZ - S/Cor Natural N/A Branco Enc. LOC HDF AFS - Amorim Flooring (Suiça)AFS Special Mix

9S17A012 6D404 Frost Oak PA Flg Cork Cov. LVT Floating PVC LVT Flutuantes Reve Base B L5-3T-6506-12S/Bisel. 1220x185 10.5 LVT 1.8 - PVC 0.3 ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Private LabelEnc. LOC HDF Korkkitrio KORKKITRIOPrivate Labels

9S18A002 6G052 Prime Rustic OakPA Flg Cork Cov. Cork Design S/Decor. Impressao Flutuantes Vern Base BW 00 S/Bisel. 1220x185 10.5 PUR-Rolo2 Z2 - Branco/Branco ImpMadeira G32-Oak Principal V3 Wicanders Enc. LOC HDF Sugheropuro SUGHEROPUROSpecial Mix

9S18A006 6H401 Snow Rustic PinePA Flg Cork Cov. DecorVinyl Float PVC DecorVinyl Flutuantes Reve Base BW XD-3T-9007-94 lados 0,7mm 1220x185 10.5 PVC0.50Tr-emb.BarnsideYU19-HPS ZZ - S/Cor Natural N/A CorkLife Enc. LOC HDF ADE ADE-GLOBUSSpecial Mix

9S18A010 6D404 Wheat Oak PA Flg Cork Cov. LVT Floating PVC LVT Flutuantes Reve Base B WR-3T 6523-154 lados 0,7mm 1220x185 10.5 LVT 1.8 - PVC 0.5 ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Wicanders Enc. LOC HDF WR Timberman TIMBERMANSpecial Mix

9S18A018 6H401 Light Oak PA Flg Cork Cov. DecorVinyl Float PVC DecorVinyl Flutuantes Reve Base BW XG-3T-6522-154 lados 0,7mm 1220x185 10.5 PVC0.50Tr-emb.BarnsideYU19-HPS ZZ - S/Cor Natural N/A Cortex Enc. LOC HDF CORTEX (07307)CORTEX Special Mix

AA2L001 6F300 Identity NightshadePA Flg C.C.Subertech Cork Cortiça Velat Flutuantes NGVern Base B 2139 4 lados 1mm 1225x190 7.0 PURv2-Liso TA - T-01 Black Preto N/Serig. Amorim Enc. LOC Subertech EcoMix Amorim AMORIM Standard Mix

AA2N001 6F300 Identity MoonlightPA Flg C.C.Subertech Cork Cortiça Velat Flutuantes NGVern Base B 2139 4 lados 1mm 1225x190 7.0 PURv2-Liso TC - T-03 White Branco N/Serig. Amorim Enc. LOC Subertech EcoMix Amorim AMORIM Standard Mix

AA3G001 6F300 Identity ChestnutPA Flg C.C.Subertech Cork Cortiça Velat Flutuantes NGVern Base B 2139 4 lados 1mm 1225x190 7.0 PURv2-Liso UB - T-02 ChestnutCastanho N/Serig. Amorim Enc. LOC Subertech EcoMix Amorim AMORIM Standard Mix

AA4M001 6F300 Traces Tea PA Flg C.C.Subertech Cork Cortiça Velat Flutuantes NGVern Base B 22 4 lados 1mm 1225x190 7.0 PURv2-Liso TG - T-08 Dark BrownCinza N/Serig. Amorim Enc. LOC Subertech EcoMix Amorim AMORIM Standard Mix

AA4N001 6F300 Traces Spice PA Flg C.C.Subertech Cork Cortiça Velat Flutuantes NGVern Base B 22 4 lados 1mm 1225x190 7.0 PURv2-Liso TH - T-09 Dark Pink BrownRosa N/Serig. Amorim Enc. LOC Subertech EcoMix Amorim AMORIM Standard Mix

AA5R001 6F300 Traces ChestnutPA Flg C.C.Subertech Cork Cortiça Velat Flutuantes NGVern Base B 22 4 lados 1mm 1225x190 7.0 PURv2-Liso UB - T-02 ChestnutCastanho N/Serig. Amorim Enc. LOC Subertech EcoMix Amorim AMORIM Standard Mix

AA7Z001 6F300 Traces JasmimPA Flg C.C.Subertech Cork Cortiça Velat Flutuantes NGVern Base B 22 4 lados 1mm 1225x190 7.0 PURv2-Liso IH - IF+KE Cinza N/Serig. Amorim Enc. LOC Subertech EcoMix Amorim AMORIM Standard Mix

AA8A001 6F300 Traces Marfim PA Flg C.C.Subertech Cork Cortiça Velat Flutuantes NGVern Base B 22 4 lados 1mm 1225x190 7.0 PURv2-Liso IJ - IF+RU Creme N/Serig. Amorim Enc. LOC Subertech EcoMix Amorim AMORIM Standard Mix

AA8B001 6F300 Traces NaturalPA Flg C.C.Subertech Cork Cortiça Velat Flutuantes NGVern Base B 22 4 lados 1mm 1225x190 7.0 PURv2-Liso RY - White 1% Branco N/Serig. Amorim Enc. LOC Subertech EcoMix Amorim AMORIM Standard Mix

AA8C001 6F300 Shell Jasmim PA Flg C.C.Subertech Cork Cortiça Velat Flutuantes NGVern Base B 24 4 lados 1mm 1225x190 7.0 PURv2-Liso IH - IF+KE Cinza N/Serig. Amorim Enc. LOC Subertech EcoMix Amorim AMORIM Standard Mix

AA8D001 6F300 Shell Marfim PA Flg C.C.Subertech Cork Cortiça Velat Flutuantes NGVern Base B 24 4 lados 1mm 1225x190 7.0 PURv2-Liso IJ - IF+RU Creme N/Serig. Amorim Enc. LOC Subertech EcoMix Amorim AMORIM Standard Mix

AA8E001 6F300 Originals ShellPA Flg C.C.Subertech Cork Cortiça Velat Flutuantes NGVern Base B 24 4 lados 1mm 1225x190 7.0 PURv2-Liso RY - White 1% Branco N/Serig. Amorim Enc. LOC Subertech EcoMix Amorim AMORIM Standard Mix

AA8F001 6F300 Originals HarmonyPA Flg C.C.Subertech Cork Cortiça Velat Flutuantes NGVern Base B 2139 4 lados 1mm 1225x190 7.0 PURv2-Liso RY - White 1% Branco N/Serig. Amorim Enc. LOC Subertech EcoMix Amorim AMORIM Standard Mix

AA8G001 6F300 Originals RhapsodyPA Flg C.C.Subertech Cork Cortiça Velat Flutuantes NGVern Base B A0 4 lados 1mm 1225x190 7.0 PURv2-Liso RY - White 1% Branco N/Serig. Amorim Enc. LOC Subertech EcoMix Amorim AMORIM Standard Mix

AA8H001 6F300 Lane AntracitePA Flg C.C.Subertech Cork Cortiça Velat Flutuantes NGVern Base B B6 4 lados 1mm 1225x190 7.0 PURv2-Liso IK - IF+RV Cinza N/Serig. Amorim Enc. LOC Subertech EcoMix Amorim AMORIM Standard Mix

AA8I001 6F300 Lane Camel PA Flg C.C.Subertech Cork Cortiça Velat Flutuantes NGVern Base B B6 4 lados 1mm 1225x190 7.0 PURv2-Liso II - IF+RW Castanho N/Serig. Amorim Enc. LOC Subertech EcoMix Amorim AMORIM Standard Mix

AA8J001 6F300 Lane Antique WhitePA Flg C.C.Subertech Cork Cortiça Velat Flutuantes NGVern Base B B6 4 lados 1mm 1225x190 7.0 PURv2-Liso IG - IF+EM+JK Branco N/Serig. Amorim Enc. LOC Subertech EcoMix Amorim AMORIM Standard Mix

AA8K001 6F300 Fashionable Ant. WhitePA Flg C.C.Subertech Cork Cortiça Velat Flutuantes NGVern Base B F7 4 lados 1mm 1225x190 7.0 PURv2-Liso IG - IF+EM+JK Branco N/Serig. Amorim Enc. LOC Subertech EcoMix Amorim AMORIM Standard Mix

AA8L001 6F300 Fashionable CementPA Flg C.C.Subertech Cork Cortiça Velat Flutuantes NGVern Base B F7 4 lados 1mm 1225x190 7.0 PURv2-Liso IL - P8 Cinza N/Serig. Amorim Enc. LOC Subertech EcoMix Amorim AMORIM Standard Mix

AA8M001 6F300 Fashionable GrafitePA Flg C.C.Subertech Cork Cortiça Velat Flutuantes NGVern Base B F7 4 lados 1mm 1225x190 7.0 PURv2-Liso IM - IF+RX Castanho N/Serig. Amorim Enc. LOC Subertech EcoMix Amorim AMORIM Standard Mix

AA8W001 6F300 Identity CamelPA Flg C.C.Subertech Cork Cortiça Velat Flutuantes NGVern Base B 2139 4 lados 1mm 1225x190 7.0 PURv2-Liso II - IF+RW Castanho N/Serig. Amorim Enc. LOC Subertech EcoGesco Limited Part. (Shnier)GESCO-SHNIERSpecial Mix

AA8X001 6F300 Identity AnthracitePA Flg C.C.Subertech Cork Cortiça Velat Flutuantes NGVern Base B 2139 4 lados 1mm 1225x190 7.0 PURv2-Liso IK - IF+RV Cinza N/Serig. Amorim Enc. LOC Subertech EcoGesco Limited Part. (Shnier)GESCO-SHNIERSpecial Mix

ADF1001 6F301 Dapple Oak PA Flg C.C.Subertech Printed S/Decor. Impressao Flutuantes NGVern Base B 00 4 lados 1mm 1225x190 7.0 PURv2-Linear H5 - EP 60% Madeira G08-Elegant brushed light Amorim Enc. LOC Subertech EcoMix Amorim AMORIM Standard Mix

ADF2001 6F301 Coal Oak PA Flg C.C.Subertech Printed S/Decor. Impressao Flutuantes NGVern Base B 00 4 lados 1mm 1225x190 7.0 PURv2-Linear H5 - EP 60% Madeira G09-Elegant brushed dark Amorim Enc. LOC Subertech EcoMix Amorim AMORIM Standard Mix

ADF3001 6F301 Nebula Oak PA Flg C.C.Subertech Printed S/Decor. Impressao Flutuantes NGVern Base B 00 4 lados 1mm 1225x190 7.0 PURv2-Linear H5 - EP 60% Madeira G10-Elegant brushed medium Amorim Enc. LOC Subertech EcoMix Amorim AMORIM Standard Mix

ADF4001 6F301 Classic Prime OakPA Flg C.C.Subertech Printed S/Decor. Impressao Flutuantes NGVern Base B 00 4 lados 1mm 1225x190 7.0 PURv2-Linear H5 - EP 60% Madeira G11-Elegant oak Amorim Enc. LOC Subertech EcoMix Amorim AMORIM Standard Mix

ADF5001 6F301 Prime Desert OakPA Flg C.C.Subertech Printed S/Decor. Impressao Flutuantes NGVern Base B 00 4 lados 1mm 1225x190 7.0 PURv2-Linear H5 - EP 60% Madeira G12-Elegant washed medium Amorim Enc. LOC Subertech EcoMix Amorim AMORIM Standard Mix

ADF6001 6F301 Prime Artic OakPA Flg C.C.Subertech Printed S/Decor. Impressao Flutuantes NGVern Base B 00 4 lados 1mm 1225x190 7.0 PURv2-Linear H5 - EP 60% Madeira G13-Elegant washed light Amorim Enc. LOC Subertech EcoMix Amorim AMORIM Standard Mix

ADF7001 6F301 Golden Prime OakPA Flg C.C.Subertech Printed S/Decor. Impressao Flutuantes NGVern Base B 00 4 lados 1mm 1225x190 7.0 PURv2-Linear H5 - EP 60% Madeira G14-Natural rustic golden Amorim Enc. LOC Subertech EcoMix Amorim AMORIM Standard Mix

ADF8001 6F301 Country Prime OakPA Flg C.C.Subertech Printed S/Decor. Impressao Flutuantes NGVern Base B 00 4 lados 1mm 1225x190 7.0 PURv2-Linear H5 - EP 60% Madeira G15-Natural rustic medium Amorim Enc. LOC Subertech EcoMix Amorim AMORIM Standard Mix

ADF9001 6F301 Rustic Eloquent OakPA Flg C.C.Subertech Printed S/Decor. Impressao Flutuantes NGVern Base B 00 4 lados 1mm 1225x190 7.0 PURv2-Linear H5 - EP 60% Madeira G16-Rustic brushed red Amorim Enc. LOC Subertech EcoMix Amorim AMORIM Standard Mix

ADG0001 6F301 Rustic Forest OakPA Flg C.C.Subertech Printed S/Decor. Impressao Flutuantes NGVern Base B 00 4 lados 1mm 1225x190 7.0 PURv2-Linear H5 - EP 60% Madeira G17-Rustic brushed green Amorim Enc. LOC Subertech EcoMix Amorim AMORIM Standard Mix

ADG1001 6F301 Washed Arcaine OakPA Flg C.C.Subertech Printed S/Decor. Impressao Flutuantes NGVern Base B 00 4 lados 1mm 1225x190 7.0 PURv2-Linear H5 - EP 60% Madeira G18-Rustic washed light Amorim Enc. LOC Subertech EcoMix Amorim AMORIM Standard Mix

ADG2001 6F301 Washed Haze OakPA Flg C.C.Subertech Printed S/Decor. Impressao Flutuantes NGVern Base B 00 4 lados 1mm 1225x190 7.0 PURv2-Linear H5 - EP 60% Madeira G19-Rustic washed white Amorim Enc. LOC Subertech EcoMix Amorim AMORIM Standard Mix

ADG3001 6F301 Washed Highland OakPA Flg C.C.Subertech Printed S/Decor. Impressao Flutuantes NGVern Base B 00 4 lados 1mm 1225x190 7.0 PURv2-Linear H5 - EP 60% Madeira G20-Rustic washed medium Amorim Enc. LOC Subertech EcoMix Amorim AMORIM Standard Mix

ADG4001 6F301 Washed Castle OakPA Flg C.C.Subertech Printed S/Decor. Impressao Flutuantes NGVern Base B 00 4 lados 1mm 1225x190 7.0 PURv2-Linear H5 - EP 60% Madeira G21-Rustic washed grey Amorim Enc. LOC Subertech EcoMix Amorim AMORIM Standard Mix

ADH7001 6F304 Classic WalnutPA Flg C.C.Subertech Printed S/Decor. Impressao Flutuantes NGVern Base B 00 4 lados 1mm 1225x190 7.0 PURv2-Liso H5 - EP 60% Madeira G34-Nogueira Amorim Enc. LOC Subertech EcoMix Amorim AMORIM Standard Mix

ADJ1001 6F301 Sahara Oak PA Flg C.C.Subertech Printed S/Decor. Impressao Flutuantes NGVern Base B 00 4 lados 1mm 1225x190 7.0 PURv2-Linear H5 - EP 60% Madeira G48-Soft Bege Amorim Enc. LOC Subertech EcoMix Amorim AMORIM Standard Mix

ADJ2001 6F301 Royal Gold OakPA Flg C.C.Subertech Printed S/Decor. Impressao Flutuantes NGVern Base B 00 4 lados 1mm 1225x190 7.0 PURv2-Linear H5 - EP 60% Madeira G49-Clean Natural Amorim Enc. LOC Subertech EcoMix Amorim AMORIM Standard Mix

ADJ3001 6F301 Natural Brown OakPA Flg C.C.Subertech Printed S/Decor. Impressao Flutuantes NGVern Base B 00 4 lados 1mm 1225x190 7.0 PURv2-Linear H5 - EP 60% Madeira G50-Clean Brown Amorim Enc. LOC Subertech EcoMix Amorim AMORIM Standard Mix

ADJ4001 6F301 Dark Amber OakPA Flg C.C.Subertech Printed S/Decor. Impressao Flutuantes NGVern Base B 00 4 lados 1mm 1225x190 7.0 PURv2-Linear H5 - EP 60% Madeira G51-Elegant Black Amorim Enc. LOC Subertech EcoMix Amorim AMORIM Standard Mix

ADJ5001 6F301 Smoked Grey OakPA Flg C.C.Subertech Printed S/Decor. Impressao Flutuantes NGVern Base B 00 4 lados 1mm 1225x190 7.0 PURv2-Linear H5 - EP 60% Madeira G52-Clean Grey Amorim Enc. LOC Subertech EcoMix Amorim AMORIM Standard Mix

ADJ6001 6F301 Smoky BarnwoodPA Flg C.C.Subertech Printed S/Decor. Impressao Flutuantes NGVern Base B 00 4 lados 1mm 1225x190 7.0 PURv2-Linear H5 - EP 60% Madeira G53-Dark Green Amorim Enc. LOC Subertech EcoMix Amorim AMORIM Standard Mix

ADJ7001 6F301 Brooklyn Oak PA Flg C.C.Subertech Printed S/Decor. Impressao Flutuantes NGVern Base B 00 4 lados 1mm 1225x190 7.0 PURv2-Linear H5 - EP 60% Madeira G54-Soft Rustic Amorim Enc. LOC Subertech EcoMix Amorim AMORIM Standard Mix

ADJ8001 6F301 Beachwood PA Flg C.C.Subertech Printed S/Decor. Impressao Flutuantes NGVern Base B 00 4 lados 1mm 1225x190 7.0 PURv2-Linear H5 - EP 60% Madeira G55-Clean Bege Amorim Enc. LOC Subertech EcoMix Amorim AMORIM Standard Mix

ADJ9001 6F301 Dark Premium OakPA Flg C.C.Subertech Printed S/Decor. Impressao Flutuantes NGVern Base B 00 4 lados 1mm 1225x190 7.0 PURv2-Linear H5 - EP 60% Madeira G56-Dark Rustic Amorim Enc. LOC Subertech EcoMix Amorim AMORIM Standard Mix

ADK0001 6F301 Sherwood OakPA Flg C.C.Subertech Printed S/Decor. Impressao Flutuantes NGVern Base B 00 4 lados 1mm 1225x190 7.0 PURv2-Linear H5 - EP 60% Madeira G57-Soft Medium Amorim Enc. LOC Subertech EcoMix Amorim AMORIM Standard Mix

ADK1001 6F304 American WalnutPA Flg C.C.Subertech Printed S/Decor. Impressao Flutuantes NGVern Base B 00 4 lados 1mm 1225x190 7.0 PURv2-Liso H5 - EP 60% Madeira G58-Tobaco New Amorim Enc. LOC Subertech EcoMix Amorim AMORIM Standard Mix

ADK2001 6F301 Taupe Washed OakPA Flg C.C.Subertech Printed S/Decor. Impressao Flutuantes NGVern Base B 00 4 lados 1mm 1225x190 7.0 PURv2-Linear H5 - EP 60% Madeira G59-Washed Dark Amorim Enc. LOC Subertech EcoMix Amorim AMORIM Standard Mix

ADK3001 6F301 Indian Oak PA Flg C.C.Subertech Printed S/Decor. Impressao Flutuantes NGVern Base B 00 4 lados 1mm 1225x190 7.0 PURv2-Linear H5 - EP 60% Madeira G60-Dark Brown Amorim Enc. LOC Subertech EcoMix Amorim AMORIM Standard Mix

AEUA001 6F302 Contempo LoftPA Flg C.C.Subertech PET Polimero DecorPET Flutuantes NGReve Base B UA-3.0083.0014 lados 0,7mm 1225x190 7.0 PET 0,25 - 1 018 00 ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Amorim Enc. LOC Subertech EcoMix Amorim AMORIM Standard Mix

AEUB001 6F302 Contempo CopperPA Flg C.C.Subertech PET Polimero DecorPET Flutuantes NGReve Base B UB-3.0083.0024 lados 0,7mm 1225x190 7.0 PET 0,25 - 1 018 00 ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Amorim Enc. LOC Subertech EcoMix Amorim AMORIM Standard Mix

AEUC001 6F302 Contempo RustPA Flg C.C.Subertech PET Polimero DecorPET Flutuantes NGReve Base B UC-9.3224.0024 lados 0,7mm 1225x190 7.0 PET 0,25 - 1 018 00 ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Amorim Enc. LOC Subertech EcoMix Amorim AMORIM Standard Mix

AEUD001 6F302 Contempo IvoryPA Flg C.C.Subertech PET Polimero DecorPET Flutuantes NGReve Base B UD-9.3224.0034 lados 0,7mm 1225x190 7.0 PET 0,25 - 1 018 00 ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Amorim Enc. LOC Subertech EcoMix Amorim AMORIM Standard Mix

AEUK001 6F302 Natural Dark OakPA Flg C.C.Subertech PET Polimero DecorPET Flutuantes NGReve Base B UK-BA-18-2074 18-096A4 lados 0,7mm 1225x190 7.0 PET 0,25 - 1 018 00 ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Amorim Enc. LOC Subertech EcoMix Amorim AMORIM Standard Mix

AEUM001 6F302 Natural Light OakPA Flg C.C.Subertech PET Polimero DecorPET Flutuantes NGReve Base B UM-BA-18-2076 18-106A4 lados 0,7mm 1225x190 7.0 PET 0,25 - 1 018 00 ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Amorim Enc. LOC Subertech EcoMix Amorim AMORIM Standard Mix

AEUP001 6F302 Treehouse PA Flg C.C.Subertech PET Polimero DecorPET Flutuantes NGReve Base B UP-BA-18-2084 18-105A4 lados 0,7mm 1225x190 7.0 PET 0,25 - 1 018 00 ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Amorim Enc. LOC Subertech EcoMix Amorim AMORIM Standard Mix

AEUQ001 6F302 Farmhouse PA Flg C.C.Subertech PET Polimero DecorPET Flutuantes NGReve Base B UQ-BA-18-2085 18-107A4 lados 0,7mm 1225x190 7.0 PET 0,25 - 1 018 00 ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Amorim Enc. LOC Subertech EcoMix Amorim AMORIM Standard Mix

AEUR001 6F302 Beach house PA Flg C.C.Subertech PET Polimero DecorPET Flutuantes NGReve Base B UR-BA-18-2086 18-109A4 lados 0,7mm 1225x190 7.0 PET 0,25 - 1 018 00 ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Amorim Enc. LOC Subertech EcoMix Amorim AMORIM Standard Mix

AEUS001 6F302 White Forest OakPA Flg C.C.Subertech PET Polimero DecorPET Flutuantes NGReve Base B US-BA-18-2087 18-108A4 lados 0,7mm 1225x190 7.0 PET 0,25 - 1 018 00 ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Amorim Enc. LOC Subertech EcoMix Amorim AMORIM Standard Mix

AEUT001 6F302 Dark Forest OakPA Flg C.C.Subertech PET Polimero DecorPET Flutuantes NGReve Base B UT-BA-18-2088 18-110A4 lados 0,7mm 1225x190 7.0 PET 0,25 - 1 018 00 ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Amorim Enc. LOC Subertech EcoMix Amorim AMORIM Standard Mix

AEUU001 6F302 Chocolate Brown OakPA Flg C.C.Subertech PET Polimero DecorPET Flutuantes NGReve Base B UU-BA-18-2089 18-112A4 lados 0,7mm 1225x190 7.0 PET 0,25 - 1 018 00 ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Amorim Enc. LOC Subertech EcoMix Amorim AMORIM Standard Mix

AEUV001 6F302 Mystic Grey OakPA Flg C.C.Subertech PET Polimero DecorPET Flutuantes NGReve Base B UV-BA-18-2090 18-115A4 lados 0,7mm 1225x190 7.0 PET 0,25 - 1 018 00 ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Amorim Enc. LOC Subertech EcoMix Amorim AMORIM Standard Mix

AEUW001 6F302 Barnwood PA Flg C.C.Subertech PET Polimero DecorPET Flutuantes NGReve Base B UW-BA-18-2091 18-111A4 lados 0,7mm 1225x190 7.0 PET 0,25 - 1 018 00 ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Amorim Enc. LOC Subertech EcoMix Amorim AMORIM Standard Mix

AP2N001 6F300 Schiffsboden SchneePA Flg C.C.Subertech Cork Cortiça Velat Flutuantes NGVern Base B 2139 4 lados 1mm 1225x190 7.0 PURv2-Liso TC - T-03 White Branco N/Serig. Cortex Enc. LOC Subertech EcoCORTEX (07307)CORTEX Special Mix

AP4M001 6F300 Reverso UmbraPA Flg C.C.Subertech Cork Cortiça Velat Flutuantes NGVern Base B 22 4 lados 1mm 1225x190 7.0 PURv2-Liso TG - T-08 Dark BrownCinza N/Serig. Cortex Enc. LOC Subertech EcoCORTEX (07307)CORTEX Special Mix

AP7Z001 6F300 Reverso Alpin PA Flg C.C.Subertech Cork Cortiça Velat Flutuantes NGVern Base B 22 4 lados 1mm 1225x190 7.0 PURv2-Liso IH - IF+KE Cinza N/Serig. Cortex Enc. LOC Subertech EcoCORTEX (07307)CORTEX Special Mix

AP8B001 6F300 Reverso NaturalPA Flg C.C.Subertech Cork Cortiça Velat Flutuantes NGVern Base B 22 4 lados 1mm 1225x190 7.0 PURv2-Liso RY - White 1% Branco N/Serig. Cortex Enc. LOC Subertech EcoCORTEX (07307)CORTEX Special Mix

AP8G001 6F300 Ambra NaturalPA Flg C.C.Subertech Cork Cortiça Velat Flutuantes NGVern Base B A0 4 lados 1mm 1225x190 7.0 PURv2-Liso RY - White 1% Branco N/Serig. Cortex Enc. LOC Subertech EcoCORTEX (07307)CORTEX Special Mix

AP8J001 6F300 Verso Titan PA Flg C.C.Subertech Cork Cortiça Velat Flutuantes NGVern Base B B6 4 lados 1mm 1225x190 7.0 PURv2-Liso IG - IF+EM+JK Branco N/Serig. Cortex Enc. LOC Subertech EcoCORTEX (07307)CORTEX Special Mix

AQF8001 6F301 Rubineiche PA Flg C.C.Subertech Printed S/Decor. Impressao Flutuantes NGVern Base B 00 4 lados 1mm 1225x190 7.0 PURv2-Linear H5 - EP 60% Madeira G15-Natural rustic medium Cortex Enc. LOC Subertech EcoCORTEX (07307)CORTEX Special Mix

AQG3001 6F301 Raucheiche grauPA Flg C.C.Subertech Printed S/Decor. Impressao Flutuantes NGVern Base B 00 4 lados 1mm 1225x190 7.0 PURv2-Linear H5 - EP 60% Madeira G20-Rustic washed medium Cortex Enc. LOC Subertech EcoCORTEX (07307)CORTEX Special Mix

AQG7001 6F301 Eiche Natur PA Flg C.C.Subertech Printed S/Decor. Impressao Flutuantes NGVern Base B 00 4 lados 1mm 1225x190 7.0 PURv2-Linear H5 - EP 60% Madeira G24-Rustic Golden Cortex Enc. LOC Subertech EcoCORTEX (07307)CORTEX Special Mix

AQG8001 6F301 Steineiche PA Flg C.C.Subertech Printed S/Decor. Impressao Flutuantes NGVern Base B 00 4 lados 1mm 1225x190 7.0 PURv2-Linear H5 - EP 60% Madeira G25-Rustic Grey Cortex Enc. LOC Subertech EcoCORTEX (07307)CORTEX Special Mix

AQH1001 6F301 Eiche RustikalPA Flg C.C.Subertech Printed S/Decor. Impressao Flutuantes NGVern Base B 00 4 lados 1mm 1225x190 7.0 PURv2-Linear H5 - EP 60% Madeira G28-Heavy Rustic Golden Cortex Enc. LOC Subertech EcoCORTEX (07307)CORTEX Special Mix

AQJ1001 6F301 Kieseleiche PA Flg C.C.Subertech Printed S/Decor. Impressao Flutuantes NGVern Base B 00 4 lados 1mm 1225x190 7.0 PURv2-Linear H5 - EP 60% Madeira G48-Soft Bege Cortex Enc. LOC Subertech EcoCORTEX (07307)CORTEX Special Mix

ARYA001 6F302 Bergfichte PA Flg C.C.Subertech PET Polimero DecorPP Flutuantes NGReve Base B YA-01021 ›œ•V L 1858194 lados 0,7mm 1225x190 7.0 PP 0,25 - 35M Wood ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Cortex Enc. LOC Subertech EcoCORTEX (07307)CORTEX Special Mix

ARYB001 6F302 Fichte Altholz PA Flg C.C.Subertech PET Polimero DecorPP Flutuantes NGReve Base B YB-02009 ›œ•V L 1858174 lados 0,7mm 1225x190 7.0 PP 0,25 - 35M Wood ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Cortex Enc. LOC Subertech EcoCORTEX (07307)CORTEX Special Mix

ARYC001 6F302 HochlandeichePA Flg C.C.Subertech PET Polimero DecorPP Flutuantes NGReve Base B YC-10016 ›œ•V L 1859054 lados 0,7mm 1225x190 7.0 PP 0,25 - 35M Wood ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Cortex Enc. LOC Subertech EcoCORTEX (07307)CORTEX Special Mix

ARYD001 6F302 Eiche Royal PA Flg C.C.Subertech PET Polimero DecorPP Flutuantes NGReve Base B YD-10019 - L 1859714 lados 0,7mm 1225x190 7.0 PP 0,25 - 35M Wood ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Cortex Enc. LOC Subertech EcoCORTEX (07307)CORTEX Special Mix

ARYE001 6F302 Gutseiche PA Flg C.C.Subertech PET Polimero DecorPP Flutuantes NGReve Base B YE-10044 ›œ•V L 1859044 lados 0,7mm 1225x190 7.0 PP 0,25 - 35M Wood ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Cortex Enc. LOC Subertech EcoCORTEX (07307)CORTEX Special Mix

ARYF001 6F302 Juraeiche PA Flg C.C.Subertech PET Polimero DecorPP Flutuantes NGReve Base B YF-10227 ›œ•V L 1858144 lados 0,7mm 1225x190 7.0 PP 0,25 - 35M Wood ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Cortex Enc. LOC Subertech EcoCORTEX (07307)CORTEX Special Mix

ARYG001 6F302 Feldeiche PA Flg C.C.Subertech PET Polimero DecorPP Flutuantes NGReve Base B YG-10417 ›œ•V L 1858414 lados 0,7mm 1225x190 7.0 PP 0,25 - 35M Wood ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Cortex Enc. LOC Subertech EcoCORTEX (07307)CORTEX Special Mix

ARYI001 6F302 Diamanteiche PA Flg C.C.Subertech PET Polimero DecorPP Flutuantes NGReve Base B YI-10432 ›œ•V L 1858154 lados 0,7mm 1225x190 7.0 PP 0,25 - 35M Wood ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Cortex Enc. LOC Subertech EcoCORTEX (07307)CORTEX Special Mix

ARYJ001 6F302 Bergahorn PA Flg C.C.Subertech PET Polimero DecorPP Flutuantes NGReve Base B YJ-12067 ›œ•V L 1858164 lados 0,7mm 1225x190 7.0 PP 0,25 - 35M Wood ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Cortex Enc. LOC Subertech EcoCORTEX (07307)CORTEX Special Mix

ARYK001 6F302 Lavaeiche PA Flg C.C.Subertech PET Polimero DecorPP Flutuantes NGReve Base B YK-10432 - L 1862784 lados 0,7mm 1225x190 7.0 PP 0,25 - 35M Wood ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Cortex Enc. LOC Subertech EcoCORTEX (07307)CORTEX Special Mix

ARYL001 6F302 Moccaeiche PA Flg C.C.Subertech PET Polimero DecorPP Flutuantes NGReve Base B YL-10432 - L 1862794 lados 0,7mm 1225x190 7.0 PP 0,25 - 35M Wood ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Cortex Enc. LOC Subertech EcoCORTEX (07307)CORTEX Special Mix

ARYM001 6F302 Quarzeiche PA Flg C.C.Subertech PET Polimero DecorPP Flutuantes NGReve Base B YM-10432 - L 1863534 lados 0,7mm 1225x190 7.0 PP 0,25 - 35M Wood ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Cortex Enc. LOC Subertech EcoCORTEX (07307)CORTEX Special Mix

B0M5001 6D404 Midnight Oak PA Flg Cork Cov. LVT Floating PVC LVT Flutuantes Reve Base B M5-3T-6398-13S/Bisel. 1220x185 10.5 LVT 1.8 - PVC 0.3 ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Wicanders Enc. LOC HDF Mix WicandersWICANDERSStandard Mix

B0M6001 6D404 Platinum Oak PA Flg Cork Cov. LVT Floating PVC LVT Flutuantes Reve Base B M6-3T-6398-10AS/Bisel. 1220x185 10.5 LVT 1.8 - PVC 0.3 ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Wicanders Enc. LOC HDF Mix WicandersWICANDERSStandard Mix

B0M7001 6D404 Pearl Oak PA Flg Cork Cov. LVT Floating PVC LVT Flutuantes Reve Base B M7-3T-6502-ES/Bisel. 1220x185 10.5 LVT 1.8 - PVC 0.3 ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Wicanders Enc. LOC HDF AFS - Amorim Flooring (Suiça)AFS Special Mix

B0M8001 6D404 White Oak PA Flg Cork Cov. LVT Floating PVC LVT Flutuantes Reve Base B M8-3T-6502-1S/Bisel. 1220x185 10.5 LVT 1.8 - PVC 0.3 ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Wicanders Enc. LOC HDF Mix WicandersWICANDERSStandard Mix

B0N1001 6D404 Blonde Oak PA Flg Cork Cov. LVT Floating PVC LVT Flutuantes Reve Base B N1-3T-6398-4S/Bisel. 1220x185 10.5 LVT 1.8 - PVC 0.2 ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Wicanders Enc. LOC HDF Mix WicandersWICANDERSStandard Mix

B0N2001 6D404 Ivory Salt Oak PA Flg Cork Cov. LVT Floating PVC LVT Flutuantes Reve Base B N2-3T-6399-GS/Bisel. 1220x185 10.5 LVT 1.8 - PVC 0.2 ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Wicanders Enc. LOC HDF Mix WicandersWICANDERSStandard Mix

B0N3001 6D404 Storm Oak PA Flg Cork Cov. LVT Floating PVC LVT Flutuantes Reve Base B N3-3T-6500-2AS/Bisel. 1220x185 10.5 LVT 1.8 - PVC 0.2 ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Wicanders Enc. LOC HDF Mix WicandersWICANDERSStandard Mix

B0N4001 6D404 Shell Oak PA Flg Cork Cov. LVT Floating PVC LVT Flutuantes Reve Base B N4-3T-6500-9S/Bisel. 1220x185 10.5 LVT 1.8 - PVC 0.2 ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Wicanders Enc. LOC HDF Mix WicandersWICANDERSStandard Mix

B0N6001 6D404 Savanna Limed OakPA Flg Cork Cov. LVT Floating PVC LVT Flutuantes Reve Base B N6-3T-6502-MS/Bisel. 1220x185 10.5 LVT 1.8 - PVC 0.2 ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Wicanders Enc. LOC HDF Mix WicandersWICANDERSStandard Mix

B0N7001 6D404 Olive Ash PA Flg Cork Cov. LVT Floating PVC LVT Flutuantes Reve Base B N7-3T-6512-13S/Bisel. 1220x185 10.5 LVT 1.8 - PVC 0.3 ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Wicanders Enc. LOC HDF ADE ADE Special Mix

B0N8001 6D404 Brume Oak PA Flg Cork Cov. LVT Floating PVC LVT Flutuantes Reve Base B N8-TW-8161-6MS/Bisel. 1220x185 10.5 LVT 1.8 - PVC 0.3 ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Wicanders Enc. LOC HDF Mix WicandersWICANDERSStandard Mix

B0N9001 6D404 Frozen Oak PA Flg Cork Cov. LVT Floating PVC LVT Flutuantes Reve Base B N9-TW-8161-10MS/Bisel. 1220x185 10.5 LVT 1.8 - PVC 0.3 ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Wicanders Enc. LOC HDF Mix WicandersWICANDERSStandard Mix

B0N9002 6D404 Oak Arctic PA Flg Cork Cov. LVT Floating PVC LVT Flutuantes Reve Base B N9-TW-8161-10MS/Bisel. 1220x185 10.5 LVT 1.8 - PVC 0.3 ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Wicanders Enc. LOC HDF Korkkitrio KORKKITRIOSpecial Mix

B0O0001 6D400 Raw Umber PA Flg Cork Cov. LVT Floating PVC LVT Flutuantes Reve Base B O0-TA-P.2271-5MS/Bisel. 905x295 10.5 LVT 1.8 - PVC 0.3 ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Wicanders Enc. LOC HDF ADE ADE Special Mix

B0O2001 6D400 Bianco TravertinePA Flg Cork Cov. LVT Floating PVC LVT Flutuantes Reve Base B O2-TM-P3581-2S/Bisel. 905x295 10.5 LVT 1.8 - PVC 0.3 ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Wicanders Enc. LOC HDF ADE ADE/AFS Special Mix

B0O3001 6D400 Volcanic Ash PA Flg Cork Cov. LVT Floating PVC LVT Flutuantes Reve Base B O3-IT-3118-CS/Bisel. 905x295 10.5 LVT 1.8 - PVC 0.3 ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Wicanders Enc. LOC HDF ADE ADE Special Mix

B0O9001 6D404 Light SucupiraPA Flg Cork Cov. LVT Floating PVC LVT Flutuantes Reve Base B O9-3T-6505-8S/Bisel. 1220x185 10.5 LVT 1.8 - PVC 0.3 ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Wicanders Enc. LOC HDF Mix WicandersWICANDERSStandard Mix

B0P0001 6D404 Castle Raffia OakPA Flg Cork Cov. LVT Floating PVC LVT Flutuantes Reve Base B P0-TW-8341-64 lados 0,7mm 1220x185 10.5 LVT 1.8 - PVC 0.5 ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Wicanders Enc. LOC HDF Mix WicandersWICANDERSStandard Mix

B0P1001 6D404 Castle Toast OakPA Flg Cork Cov. LVT Floating PVC LVT Flutuantes Reve Base B P1-TW-8341-84 lados 0,7mm 1220x185 10.5 LVT 1.8 - PVC 0.5 ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Wicanders Enc. LOC HDF Mix WicandersWICANDERSStandard Mix

B0P2001 6D404 Sawn Twine OakPA Flg Cork Cov. LVT Floating PVC LVT Flutuantes Reve Base B P2-TW-8351-44 lados 0,7mm 1220x185 10.5 LVT 1.8 - PVC 0.5 ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Wicanders Enc. LOC HDF Mix WicandersWICANDERSStandard Mix

B0P3001 6D404 Sawn Bisque OakPA Flg Cork Cov. LVT Floating PVC LVT Flutuantes Reve Base B P3-TW-8351-84 lados 0,7mm 1220x185 10.5 LVT 1.8 - PVC 0.5 ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Wicanders Enc. LOC HDF Mix WicandersWICANDERSStandard Mix

B0P4001 6D404 Arcadian Soya PinePA Flg Cork Cov. LVT Floating PVC LVT Flutuantes Reve Base B P4-TW-8401-14 lados 0,7mm 1220x185 10.5 LVT 1.8 - PVC 0.5 ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Wicanders Enc. LOC HDF Mix WicandersWICANDERSStandard Mix

B0P5001 6D404 Arcadian Rye PinePA Flg Cork Cov. LVT Floating PVC LVT Flutuantes Reve Base B P5-TW-8401-24 lados 0,7mm 1220x185 10.5 LVT 1.8 - PVC 0.5 ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Wicanders Enc. LOC HDF Mix WicandersWICANDERSStandard Mix

B0P6001 6D404 Century Morocco pinePA Flg Cork Cov. LVT Floating PVC LVT Flutuantes Reve Base B P6-3T-6526-24 lados 0,7mm 1220x185 10.5 LVT 1.8 - PVC 0.5 ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Wicanders Enc. LOC HDF Mix WicandersWICANDERSStandard Mix

B0P7001 6D404 Century Fawn PinePA Flg Cork Cov. LVT Floating PVC LVT Flutuantes Reve Base B P7-3T-6526-14 lados 0,7mm 1220x185 10.5 LVT 1.8 - PVC 0.5 ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Wicanders Enc. LOC HDF Mix WicandersWICANDERSStandard Mix

B0P8001 6D400 White CeramicPA Flg Cork Cov. LVT Floating PVC LVT Flutuantes Reve Base B P8-1T-3266-BS/Bisel. 905x295 10.5 LVT 1.8 - PVC 0.3 ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Wicanders Enc. LOC HDF ADE ADE/AFS Special Mix

B0P9001 6D400 Beige CeramicPA Flg Cork Cov. LVT Floating PVC LVT Flutuantes Reve Base B P9-TA-2711-2MS/Bisel. 905x295 10.5 LVT 1.8 - PVC 0.3 ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Wicanders Enc. LOC HDF ADE ADE/AFS Special Mix

B0Q0003 6D404 Alaska Oak PA Flg Cork Cov. LVT Floating PVC LVT Flutuantes Reve Base B Q0-TW-8151-1MS/Bisel. 1220x185 10.5 LVT 1.8 - PVC 0.3 ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Wicanders Enc. LOC HDF Mix WicandersWICANDERSStandard Mix

B0Q1003 6D404 Chalk Oak PA Flg Cork Cov. LVT Floating PVC LVT Flutuantes Reve Base B Q1-TW-8161-3S/Bisel. 1220x185 10.5 LVT 1.8 - PVC 0.3 ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Wicanders Enc. LOC HDF Mix WicandersWICANDERSStandard Mix

B0Q2004 6D404 European OakPA Flg Cork Cov. LVT Floating PVC LVT Flutuantes Reve Base B Q2-TW-6791-11S/Bisel. 1220x185 10.5 LVT 1.8 - PVC 0.3 ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Wicanders Enc. LOC HDF Mix WicandersWICANDERSStandard Mix

B0Q3003 6D404 Provence Oak PA Flg Cork Cov. LVT Floating PVC LVT Flutuantes Reve Base B Q3-TW-8161-1S/Bisel. 1220x185 10.5 LVT 1.8 - PVC 0.3 ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Wicanders Enc. LOC HDF Mix WicandersWICANDERSStandard Mix

B0Q5003 6D404 Smoked Oak PA Flg Cork Cov. LVT Floating PVC LVT Flutuantes Reve Base B Q5-TW-8161-2S/Bisel. 1220x185 10.5 LVT 1.8 - PVC 0.3 ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Wicanders Enc. LOC HDF ADE ADE/AFS Special Mix

B0Q7003 6D404 Amber Cherry PA Flg Cork Cov. LVT Floating PVC LVT Flutuantes Reve Base B Q7-3T-6312-FS/Bisel. 1220x185 10.5 LVT 1.8 - PVC 0.3 ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Wicanders Enc. LOC HDF Mix WicandersWICANDERSStandard Mix

B0R0001 6D404 Linen Cherry PA Flg Cork Cov. LVT Floating PVC LVT Flutuantes Reve Base B R0-3T-6265-AB4 lados 0,7mm 1220x185 10.5 LVT 1.8 - PVC 0.5 ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Wicanders Enc. LOC HDF Mix WicandersWICANDERSStandard Mix

B0R1001 6D404 Sand Oak PA Flg Cork Cov. LVT Floating PVC LVT Flutuantes Reve Base B R1-3T-6267-A4 lados 0,7mm 1220x185 10.5 LVT 1.8 - PVC 0.5 ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Wicanders Enc. LOC HDF Mix WicandersWICANDERSStandard Mix

B0R3001 6D404 Wheat Pine PA Flg Cork Cov. LVT Floating PVC LVT Flutuantes Reve Base B R3-3T-6268-GA4 lados 0,7mm 1220x185 10.5 LVT 1.8 - PVC 0.5 ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Wicanders Enc. LOC HDF Mix WicandersWICANDERSStandard Mix

B0R4001 6D404 Elegant Oak PA Flg Cork Cov. LVT Floating PVC LVT Flutuantes Reve Base B R4-3T-6266-B4 lados 0,7mm 1220x185 10.5 LVT 1.8 - PVC 0.5 ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Wicanders Enc. LOC HDF Mix WicandersWICANDERSStandard Mix

B0R7001 6D404 Cinder Oak PA Flg Cork Cov. LVT Floating PVC LVT Flutuantes Reve Base B R7-3T-6267-F4 lados 0,7mm 1220x185 10.5 LVT 1.8 - PVC 0.5 ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Wicanders Enc. LOC HDF Mix WicandersWICANDERSStandard Mix

B0R9001 6D404 Polar Nature OakPA Flg Cork Cov. LVT Floating PVC LVT Flutuantes Reve Base B R9-3T-6267-1S/Bisel. 1220x185 10.5 LVT 1.8 - PVC 0.2 ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Wicanders Enc. LOC HDF Mix WicandersWICANDERSStandard Mix

B0S0001 6D404 Fall Pine PA Flg Cork Cov. LVT Floating PVC LVT Flutuantes Reve Base B S0-3T-6268-2ES/Bisel. 1220x185 10.5 LVT 1.8 - PVC 0.2 ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Wicanders Enc. LOC HDF Mix WicandersWICANDERSStandard Mix

B0S1001 6D404 Highland Pine PA Flg Cork Cov. LVT Floating PVC LVT Flutuantes Reve Base B S1-3T-6268-5BS/Bisel. 1220x185 10.5 LVT 1.8 - PVC 0.2 ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Wicanders Enc. LOC HDF Mix WicandersWICANDERSStandard Mix

B0S3001 6D404 Classic Nature OakPA Flg Cork Cov. LVT Floating PVC LVT Flutuantes Reve Base B S3-3T-6266-1S/Bisel. 1220x185 10.5 LVT 1.8 - PVC 0.2 ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Wicanders Enc. LOC HDF Mix WicandersWICANDERSStandard Mix

B0S5001 6D404 Indian Dark OakPA Flg Cork Cov. LVT Floating PVC LVT Flutuantes Reve Base B S5-3T-6267-CAS/Bisel. 1220x185 10.5 LVT 1.8 - PVC 0.2 ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Wicanders Enc. LOC HDF Mix WicandersWICANDERSStandard Mix

B0T0002 6D404 Light Beech PA Flg Cork Cov. LVT Floating PVC LVT Flutuantes Reve Base B T0-3T-6503-14 lados 0,7mm 1220x185 10.5 LVT 1.8 - PVC 0.5 ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Wicanders Enc. LOC HDF Mix WicandersWICANDERSStandard Mix

B0T0003 6D404 Light Beech PA Flg Cork Cov. LVT Floating PVC LVT Flutuantes Reve Base B T0-3T-6503-1S/Bisel. 1220x185 10.5 LVT 1.8 - PVC 0.5 ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Wicanders Enc. LOC HDF ADE ADE Special Mix

B0T5001 6D404 Nature Oak PA Flg Cork Cov. LVT Floating PVC LVT Flutuantes Reve Base B T5-3T-6266-A4 lados 0,7mm 1220x185 10.5 LVT 1.8 - PVC 0.5 ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Wicanders Enc. LOC HDF Mix WicandersWICANDERSStandard Mix

B0T7001 6D404 Limed grey Oak PA Flg Cork Cov. LVT Floating PVC LVT Flutuantes Reve Base B T7-3T-6267-114 lados 0,7mm 1220x185 10.5 LVT 1.8 - PVC 0.5 ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Wicanders Enc. LOC HDF Mix WicandersWICANDERSStandard Mix

B0U0001 6D404 Rustic limed gray OakPA Flg Cork Cov. LVT Floating PVC LVT Flutuantes Reve Base B U0-3T-6267-74 lados 0,7mm 1220x185 10.5 LVT 1.8 - PVC 0.5 ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Wicanders Enc. LOC HDF Mix WicandersWICANDERSStandard Mix

B0U4001 6D404 Smoked rustic OakPA Flg Cork Cov. LVT Floating PVC LVT Flutuantes Reve Base B U4-TW-8151-24 lados 0,7mm 1220x185 10.5 LVT 1.8 - PVC 0.5 ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Wicanders Enc. LOC HDF Mix WicandersWICANDERSStandard Mix

B0V3001 6D404 Claw Silver OakPA Flg Cork Cov. LVT Floating PVC LVT Flutuantes Reve Base B V3-3T-6500-10A4 lados 0,7mm 1220x185 10.5 LVT 1.8 - PVC 0.5 ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Wicanders Enc. LOC HDF Mix WicandersWICANDERSStandard Mix

B0V4001 6D404 Nordic Ash PA Flg Cork Cov. LVT Floating PVC LVT Flutuantes Reve Base B V4-3T-6512-24 lados 0,7mm 1220x185 10.5 LVT 1.8 - PVC 0.5 ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Wicanders Enc. LOC HDF Mix WicandersWICANDERSStandard Mix

B0V5002 6D400 Aphanite BasaltPA Flg Cork Cov. LVT Floating PVC LVT Flutuantes Reve Base B V5-1T-3296-DS/Bisel. 905x295 10.5 LVT 1.8 - PVC 0.2 ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Wicanders Enc. LOC HDF Mix WicandersWICANDERSStandard Mix

B0V6001 6D400 Cloudy Chalk StonePA Flg Cork Cov. LVT Floating PVC LVT Flutuantes Reve Base B V6-TM-4621-4MS/Bisel. 905x295 10.5 LVT 1.8 - PVC 0.2 ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Wicanders Enc. LOC HDF Mix WicandersWICANDERSStandard Mix

B0V8001 6D404 Bark Oak PA Flg Cork Cov. LVT Floating PVC LVT Flutuantes Reve Base B V8-3T-6268-9S/Bisel. 1220x185 10.5 LVT 1.8 - PVC 0.3 ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Wicanders Enc. LOC HDF Mix WicandersWICANDERSStandard Mix

B0V9001 6D404 Croft Oak PA Flg Cork Cov. LVT Floating PVC LVT Flutuantes Reve Base B V9-TW-8151-11MS/Bisel. 1220x185 10.5 LVT 1.8 - PVC 0.3 ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Wicanders Enc. LOC HDF Mix WicandersWICANDERSStandard Mix

B0VB001 6D404 Argent Oak PA Flg Cork Cov. LVT Floating PVC LVT Flutuantes Reve Base B VB-CDW-Z583HXL-10S/Bisel. 1220x185 10.5 LVT 1.8 - PVC 0.2 ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Wicanders Enc. LOC HDF Mix WicandersWICANDERSStandard Mix

B0VC001 6D404 Linen Oak PA Flg Cork Cov. LVT Floating PVC LVT Flutuantes Reve Base B VC-CDW-Z583HXL-6S/Bisel. 1220x185 10.5 LVT 1.8 - PVC 0.2 ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Wicanders Enc. LOC HDF Mix WicandersWICANDERSStandard Mix

B0VI001 6D404 Pastel Oak PA Flg Cork Cov. LVT Floating PVC LVT Flutuantes Reve Base B VI-TWG-15461-1S/Bisel. 1220x185 10.5 LVT 1.8 - PVC 0.2 ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Wicanders Enc. LOC HDF Mix WicandersWICANDERSStandard Mix

B0VJ001 6D404 Almond Oak PA Flg Cork Cov. LVT Floating PVC LVT Flutuantes Reve Base B VJ-TWG-15461-7S/Bisel. 1220x185 10.5 LVT 1.8 - PVC 0.2 ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Wicanders Enc. LOC HDF Mix WicandersWICANDERSStandard Mix

B0VK001 6D404 Washed Tundra OakPA Flg Cork Cov. LVT Floating PVC LVT Flutuantes Reve Base B VK-YSLT025-1S/Bisel. 1220x185 10.5 LVT 1.8 - PVC 0.2 ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Wicanders Enc. LOC HDF Mix WicandersWICANDERSStandard Mix

B0VM001 6D404 Washed Moon OakPA Flg Cork Cov. LVT Floating PVC LVT Flutuantes Reve Base B VM-YSLT025-3S/Bisel. 1220x185 10.5 LVT 1.8 - PVC 0.2 ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Wicanders Enc. LOC HDF Mix WicandersWICANDERSStandard Mix

B0VP001 6D404 Washed Desert OakPA Flg Cork Cov. LVT Floating PVC LVT Flutuantes Reve Base B VP-YSLT025-9S/Bisel. 1220x185 10.5 LVT 1.8 - PVC 0.2 ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Wicanders Enc. LOC HDF Mix WicandersWICANDERSStandard Mix

B0W3001 6D404 Quartz Larch PA Flg Cork Cov. LVT Floating PVC LVT Flutuantes Reve Base B W3-TW-8411-3MS/Bisel. 1220x185 10.5 LVT 1.8 - PVC 0.2 ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Wicanders Enc. LOC HDF Mix WicandersWICANDERSStandard Mix

B0W5001 6D404 Natural Larch PA Flg Cork Cov. LVT Floating PVC LVT Flutuantes Reve Base B W5-TW-8411-8MS/Bisel. 1220x185 10.5 LVT 1.8 - PVC 0.2 ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Wicanders Enc. LOC HDF Mix WicandersWICANDERSStandard Mix

B0W6001 6D404 Old Larch PA Flg Cork Cov. LVT Floating PVC LVT Flutuantes Reve Base B W6-TW-8411-9MS/Bisel. 1220x185 10.5 LVT 1.8 - PVC 0.2 ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Wicanders Enc. LOC HDF Mix WicandersWICANDERSStandard Mix

B0WA001 6D404 Oiled Taupe OakPA Flg Cork Cov. LVT Floating PVC LVT Flutuantes Reve Base B WA-3T-6522-11S/Bisel. 1220x185 10.5 LVT 1.8 - PVC 0.2 ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Wicanders Enc. LOC HDF Mix WicandersWICANDERSStandard Mix

B0WB001 6D404 Limed White Rustic OakPA Flg Cork Cov. LVT Floating PVC LVT Flutuantes Reve Base B WB-YS-LT003-10S/Bisel. 1220x185 10.5 LVT 1.8 - PVC 0.2 ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Wicanders Enc. LOC HDF Mix WicandersWICANDERSStandard Mix

B0WC001 6D404 Rustic Taupe OakPA Flg Cork Cov. LVT Floating PVC LVT Flutuantes Reve Base B WC-YS-LT003-4S/Bisel. 1220x185 10.5 LVT 1.8 - PVC 0.2 ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Wicanders Enc. LOC HDF Mix WicandersWICANDERSStandard Mix

B0WR001 6D404 Wheat Oak PA Flg Cork Cov. LVT Floating PVC LVT Flutuantes Reve Base B WR-3T 6523-154 lados 0,7mm 1220x185 10.5 LVT 1.8 - PVC 0.5 ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Wicanders Enc. LOC HDF Timberman TIMBERMANSpecial Mix

B0WT001 6D404 Arcadian Artic PinePA Flg Cork Cov. LVT Floating PVC LVT Flutuantes Reve Base B WT-TW -8401-D014 lados 0,7mm 1220x185 10.5 LVT 1.8 - PVC 0.5 ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Wicanders Enc. LOC HDF Timberman TIMBERMANSpecial Mix

B0WX001 6D404 Caribbean OakPA Flg Cork Cov. LVT Floating PVC LVT Flutuantes Reve Base B WX-3T-9021-1S/Bisel. 1220x185 10.5 LVT 1.8 - PVC 0.2 ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Wicanders Enc. LOC HDF Mix WicandersWICANDERSStandard Mix

9S17A014 6F201 Bamboo PA Flg Cork Cov. LVT CorkPro PVC LVT Flutuantes NGReve Base NRT 3DWW-YS-T8282-94 lados 0,7mm 1225x145 6.0 LVT 1.8 - PVC 0.5 ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Wicanders Enc. WRDR/PressFit N/A ABX - Amorim BeneluxABX-CITIZENSpecial Mix

B5P0001 6F201 Castle Raffia OakPA Flg Cork Cov. LVT CorkPro PVC LVT Flutuantes NGReve Base NRT 3DP0-TW-8341-64 lados 0,7mm 1225x145 6.0 LVT 1.8 - PVC 0.5 ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Wicanders Enc. WRDR/PressFit N/A Mix WicandersWICANDERSStandard Mix

B5P1001 6F201 Castle Toast OakPA Flg Cork Cov. LVT CorkPro PVC LVT Flutuantes NGReve Base NRT 3DP1-TW-8341-84 lados 0,7mm 1225x145 6.0 LVT 1.8 - PVC 0.5 ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Wicanders Enc. WRDR/PressFit N/A Mix WicandersWICANDERSStandard Mix

B5P2001 6F201 Sawn Twine OakPA Flg Cork Cov. LVT CorkPro PVC LVT Flutuantes NGReve Base NRT 3DP2-TW-8351-44 lados 0,7mm 1225x145 6.0 LVT 1.8 - PVC 0.5 ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Wicanders Enc. WRDR/PressFit N/A Mix WicandersWICANDERSStandard Mix

B5P3001 6F201 Sawn Bisque OakPA Flg Cork Cov. LVT CorkPro PVC LVT Flutuantes NGReve Base NRT 3DP3-TW-8351-84 lados 0,7mm 1225x145 6.0 LVT 1.8 - PVC 0.5 ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Wicanders Enc. WRDR/PressFit N/A Mix WicandersWICANDERSStandard Mix

B5P4001 6F201 Arcadian Soya PinePA Flg Cork Cov. LVT CorkPro PVC LVT Flutuantes NGReve Base NRT 3DP4-TW-8401-14 lados 0,7mm 1225x145 6.0 LVT 1.8 - PVC 0.5 ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Wicanders Enc. WRDR/PressFit N/A Mix WicandersWICANDERSStandard Mix

B5P5001 6F201 Arcadian Rye PinePA Flg Cork Cov. LVT CorkPro PVC LVT Flutuantes NGReve Base NRT 3DP5-TW-8401-24 lados 0,7mm 1225x145 6.0 LVT 1.8 - PVC 0.5 ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Wicanders Enc. WRDR/PressFit N/A Mix WicandersWICANDERSStandard Mix

B5P5002 6F201 Kentucky PinePA Flg Cork Cov. LVT CorkPro PVC LVT Flutuantes NGReve Base NRT 3DP5-TW-8401-24 lados 0,7mm 1225x145 6.0 LVT 1.8 - PVC 0.5 ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Wicanders Enc. WRDR/PressFit N/A Korkkitrio KORKKITRIOSpecial Mix

B5P6001 6F201 Century Morocco PinePA Flg Cork Cov. LVT CorkPro PVC LVT Flutuantes NGReve Base NRT 3DP6-3T-6526-24 lados 0,7mm 1225x145 6.0 LVT 1.8 - PVC 0.5 ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Wicanders Enc. WRDR/PressFit N/A Mix WicandersWICANDERSStandard Mix

B5P7001 6F201 Century Fawn PinePA Flg Cork Cov. LVT CorkPro PVC LVT Flutuantes NGReve Base NRT 3DP7-3T-6526-14 lados 0,7mm 1225x145 6.0 LVT 1.8 - PVC 0.5 ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Wicanders Enc. WRDR/PressFit N/A Mix WicandersWICANDERSStandard Mix

B5Q0001 6F201 Alaska Oak PA Flg Cork Cov. LVT CorkPro PVC LVT Flutuantes NGReve Base NRT 3DQ0-TW-8151-1M4 lados 0,7mm 1225x145 6.0 LVT 1.8 - PVC 0.5 ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Wicanders Enc. WRDR/PressFit N/A Mix WicandersWICANDERSStandard Mix

B5Q1001 6F201 Chalk Oak PA Flg Cork Cov. LVT CorkPro PVC LVT Flutuantes NGReve Base NRT 3DQ1-TW-8161-34 lados 0,7mm 1225x145 6.0 LVT 1.8 - PVC 0.5 ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Wicanders Enc. WRDR/PressFit N/A Mix WicandersWICANDERSStandard Mix

B5Q2001 6F201 European OakPA Flg Cork Cov. LVT CorkPro PVC LVT Flutuantes NGReve Base NRT 3DQ2-TW-6791-114 lados 0,7mm 1225x145 6.0 LVT 1.8 - PVC 0.5 ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Wicanders Enc. WRDR/PressFit N/A Mix WicandersWICANDERSStandard Mix

B5R0001 6F201 Linen Cherry PA Flg Cork Cov. LVT CorkPro PVC LVT Flutuantes NGReve Base NRT 3DR0-3T-6265-AB4 lados 0,7mm 1225x145 6.0 LVT 1.8 - PVC 0.5 ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Wicanders Enc. WRDR/PressFit N/A Mix WicandersWICANDERSStandard Mix

B5R1001 6F201 Sand Oak PA Flg Cork Cov. LVT CorkPro PVC LVT Flutuantes NGReve Base NRT 3DR1-3T-6267-A4 lados 0,7mm 1225x145 6.0 LVT 1.8 - PVC 0.5 ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Wicanders Enc. WRDR/PressFit N/A Mix WicandersWICANDERSStandard Mix

B5R3001 6F201 Wheat Pine PA Flg Cork Cov. LVT CorkPro PVC LVT Flutuantes NGReve Base NRT 3DR3-3T-6268-GA4 lados 0,7mm 1225x145 6.0 LVT 1.8 - PVC 0.5 ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Wicanders Enc. WRDR/PressFit N/A Mix WicandersWICANDERSStandard Mix

B5R4001 6F201 Elegant Oak PA Flg Cork Cov. LVT CorkPro PVC LVT Flutuantes NGReve Base NRT 3DR4-3T-6266-B4 lados 0,7mm 1225x145 6.0 LVT 1.8 - PVC 0.5 ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Wicanders Enc. WRDR/PressFit N/A Mix WicandersWicanders Standard Mix

B5R7001 6F201 Cinder Oak PA Flg Cork Cov. LVT CorkPro PVC LVT Flutuantes NGReve Base NRT 3DR7-3T-6267-F4 lados 0,7mm 1225x145 6.0 LVT 1.8 - PVC 0.5 ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Wicanders Enc. WRDR/PressFit N/A Mix WicandersWICANDERSStandard Mix

B5T0001 6F201 Light Beech PA Flg Cork Cov. LVT CorkPro PVC LVT Flutuantes NGReve Base NRT 3DT0-3T-6503-14 lados 0,7mm 1225x145 6.0 LVT 1.8 - PVC 0.5 ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Wicanders Enc. WRDR/PressFit N/A Mix WicandersWICANDERSStandard Mix

B5T5001 6F201 Nature Oak PA Flg Cork Cov. LVT CorkPro PVC LVT Flutuantes NGReve Base NRT 3DT5-3T-6266-A4 lados 0,7mm 1225x145 6.0 LVT 1.8 - PVC 0.5 ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Wicanders Enc. WRDR/PressFit N/A Mix WicandersWICANDERSStandard Mix

B5T7001 6F201 Limed Grey OakPA Flg Cork Cov. LVT CorkPro PVC LVT Flutuantes NGReve Base NRT 3DT7-3T-6267-114 lados 0,7mm 1225x145 6.0 LVT 1.8 - PVC 0.5 ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Wicanders Enc. WRDR/PressFit N/A Mix WicandersWICANDERSStandard Mix

B5U0001 6F201 Rustic Limed Grey OakPA Flg Cork Cov. LVT CorkPro PVC LVT Flutuantes NGReve Base NRT 3DU0-3T-6267-74 lados 0,7mm 1225x145 6.0 LVT 1.8 - PVC 0.5 ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Wicanders Enc. WRDR/PressFit N/A Korkkitrio KORKKITRIOSpecial Mix

B5V3001 6F201 Claw Silver OakPA Flg Cork Cov. LVT CorkPro PVC LVT Flutuantes NGReve Base NRT 3DV3-3T-6500-10A4 lados 0,7mm 1225x145 6.0 LVT 1.8 - PVC 0.5 ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Wicanders Enc. WRDR/PressFit N/A Mix WicandersWICANDERSStandard Mix

B5V3002 6F201 Nordic Silver OakPA Flg Cork Cov. LVT CorkPro PVC LVT Flutuantes NGReve Base NRT 3DV3-3T-6500-10A4 lados 0,7mm 1225x145 6.0 LVT 1.8 - PVC 0.5 ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Wicanders Enc. WRDR/PressFit N/A Korkkitrio KORKKITRIOSpecial Mix

B5X3001 6F201 Chocolate OakPA Flg Cork Cov. LVT CorkPro PVC LVT Flutuantes NGReve Base NRT 3DX3-TW-8341-18K4 lados 0,7mm 1225x145 6.0 LVT 1.8 - PVC 0.5 ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Wicanders Enc. WRDR/PressFit N/A AFNA-Amorim Flo.North AméricaAFNA-C HARDSpecial Mix

B5X8001 6F201 Black Ash PA Flg Cork Cov. LVT CorkPro PVC LVT Flutuantes NGReve Base NRT 3DX8-3T-6502-P4 lados 0,7mm 1225x145 6.0 LVT 1.8 - PVC 0.5 ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Wicanders Enc. WRDR/PressFit N/A Gesco Limited Part. (Shnier)GESCO-SHNIERSpecial Mix

B5X9001 6F201 Grey European OakPA Flg Cork Cov. LVT CorkPro PVC LVT Flutuantes NGReve Base NRT 3DX9-3T-6398-124 lados 0,7mm 1225x145 6.0 LVT 1.8 - PVC 0.5 ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Wicanders Enc. WRDR/PressFit N/A Gesco Limited Part. (Shnier)GESCO-SHNIERSpecial Mix

JSP0001 6F201 Oak - LVT1009PA Flg Cork Cov. LVT CorkPro PVC LVT Flutuantes NGReve Base NRT 3DP0-TW-8341-64 lados 0,7mm 1225x145 6.0 LVT 1.8 - PVC 0.5 ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Private LabelEnc. WRDR/PressFit N/A BCI - USA BCI Private Labels

JSP0002 6F201 Sahara Oak PA Flg Cork Cov. LVT CorkPro PVC LVT Flutuantes NGReve Base NRT 3DP0-TW-8341-64 lados 0,7mm 1225x145 6.0 LVT 1.8 - PVC 0.5 ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Private LabelEnc. WRDR/PressFit N/A AFS - Amorim Flooring (Suiça)AFS-CABANAPrivate Labels

JSP1001 6F201 Hazelnut - LVT1005PA Flg Cork Cov. LVT CorkPro PVC LVT Flutuantes NGReve Base NRT 3DP1-TW-8341-84 lados 0,7mm 1225x145 6.0 LVT 1.8 - PVC 0.5 ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Private LabelEnc. WRDR/PressFit N/A BCI - USA BCI Private Labels

JSP1002 6F201 Castle Toast OakPA Flg Cork Cov. LVT CorkPro PVC LVT Flutuantes NGReve Base NRT 3DP1-TW-8341-84 lados 0,7mm 1225x145 6.0 LVT 1.8 - PVC 0.5 ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Branco Enc. WRDR/PressFit N/A China CHINA Special Mix

JSP2001 6F201 Autumn Leaf OakPA Flg Cork Cov. LVT CorkPro PVC LVT Flutuantes NGReve Base NRT 3DP2-TW-8351-44 lados 0,7mm 1225x145 6.0 LVT 1.8 - PVC 0.5 ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Private LabelEnc. WRDR/PressFit N/A QEP QEP Private Labels

JSP2002 6F201 Maple - LVT1008PA Flg Cork Cov. LVT CorkPro PVC LVT Flutuantes NGReve Base NRT 3DP2-TW-8351-44 lados 0,7mm 1225x145 6.0 LVT 1.8 - PVC 0.5 ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Private LabelEnc. WRDR/PressFit N/A BCI - USA BCI Private Labels

JSP2003 6F201 Eik Trad heritagePA Flg Cork Cov. LVT CorkPro PVC LVT Flutuantes NGReve Base NRT 3DP2-TW-8351-44 lados 0,7mm 1225x145 6.0 LVT 1.8 - PVC 0.5 ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Private LabelEnc. WRDR/PressFit N/A SANTANA (07317)SANTANA Private Labels

JSP3001 6F201 Sheer Almond OakPA Flg Cork Cov. LVT CorkPro PVC LVT Flutuantes NGReve Base NRT 3DP3-TW-8351-84 lados 0,7mm 1225x145 6.0 LVT 1.8 - PVC 0.5 ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Private LabelEnc. WRDR/PressFit N/A QEP QEP Private Labels

JSP3002 6F201 Willow - LVT1011PA Flg Cork Cov. LVT CorkPro PVC LVT Flutuantes NGReve Base NRT 3DP3-TW-8351-84 lados 0,7mm 1225x145 6.0 LVT 1.8 - PVC 0.5 ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Private LabelEnc. WRDR/PressFit N/A BCI - USA BCI Private Labels

JSP3003 6F201 Sawn Bisque OakPA Flg Cork Cov. LVT CorkPro PVC LVT Flutuantes NGReve Base NRT 3DP3-TW-8351-84 lados 0,7mm 1225x145 6.0 LVT 1.8 - PVC 0.5 ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Branco Enc. WRDR/PressFit N/A China CHINA Special Mix

JSP3004 6F201 Eik Trd herit. patinePA Flg Cork Cov. LVT CorkPro PVC LVT Flutuantes NGReve Base NRT 3DP3-TW-8351-84 lados 0,7mm 1225x145 6.0 LVT 1.8 - PVC 0.5 ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Private LabelEnc. WRDR/PressFit N/A SANTANA (07317)SANTANA Private Labels

JSP4001 6F201 Hemlock - LVT1006PA Flg Cork Cov. LVT CorkPro PVC LVT Flutuantes NGReve Base NRT 3DP4-TW-8401-14 lados 0,7mm 1225x145 6.0 LVT 1.8 - PVC 0.5 ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Private LabelEnc. WRDR/PressFit N/A BCI - USA BCI Private Labels

JSP4002 6F201 Oregon Trad smokedPA Flg Cork Cov. LVT CorkPro PVC LVT Flutuantes NGReve Base NRT 3DP4-TW-8401-14 lados 0,7mm 1225x145 6.0 LVT 1.8 - PVC 0.5 ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Private LabelEnc. WRDR/PressFit N/A SANTANA (07317)SANTANA Private Labels

JSP5001 6F201 Driftwood - LVT1003PA Flg Cork Cov. LVT CorkPro PVC LVT Flutuantes NGReve Base NRT 3DP5-TW-8401-24 lados 0,7mm 1225x145 6.0 LVT 1.8 - PVC 0.5 ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Private LabelEnc. WRDR/PressFit N/A BCI - USA BCI Private Labels

JSP5002 6F201 Arcadian Rye PinePA Flg Cork Cov. LVT CorkPro PVC LVT Flutuantes NGReve Base NRT 3DP5-TW-8401-24 lados 0,7mm 1225x145 6.0 LVT 1.8 - PVC 0.5 ZZ - S/Cor Natural N/Serig. Branco Enc. WRDR/PressFit N/A China CHINA Special Mix

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Estudo e Melhoria do Sequenciamento da Produção numa Fábrica de Revestimentos em Cortiça

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ANEXO B: Disposição das Linhas de Produção

Figura 1B - Disposição das linhas de produção em AF1

Figura 2B - Disposição das linhas de produção em AF3

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Estudo e Melhoria do Sequenciamento da Produção numa Fábrica de Revestimentos em Cortiça

53

ANEXO C: Taxa de Ocupação Histórica das Linhas de Produção

Figura 1C - Taxa de ocupação das linhas de produção de AF1 (1º semana 2019 – 8º semana 2019)

Figura 2C - Taxa de ocupação das linhas de produção de AF3 (1º semana 2019 – 8º semana 2019)

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Estudo e Melhoria do Sequenciamento da Produção numa Fábrica de Revestimentos em Cortiça

54

ANEXO D: Cálculo do OEE

𝑂𝐸𝐸 = 𝐷𝑖𝑠𝑝𝑜𝑛𝑖𝑏𝑖𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 × 𝑉𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 × 𝑄𝑢𝑎𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒

𝐷𝑖𝑠𝑝𝑜𝑛𝑖𝑏𝑖𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 = 𝑇𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑑𝑒 𝑎𝑏𝑒𝑟𝑡𝑢𝑟𝑎 − 𝑃𝑎𝑟𝑎𝑔𝑒𝑛𝑠

𝑇𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑑𝑒 𝑎𝑏𝑒𝑟𝑡𝑢𝑟𝑎

Onde 𝑇𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑑𝑒 𝑎𝑏𝑒𝑟𝑡𝑢𝑟𝑎 = 𝑇𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 (ℎ𝑜𝑟á𝑟𝑖𝑜 𝑜𝑓𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 + ℎ𝑜𝑟𝑎𝑠 𝑒𝑥𝑡𝑟𝑎) −𝑇𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑛ã𝑜 𝑢𝑡𝑖𝑙𝑖𝑧𝑎𝑑𝑜

𝑉𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 = 𝑃𝑟𝑜𝑑𝑢çã𝑜 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 × 𝑇𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑑𝑒 𝑓𝑢𝑛𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜

𝑇𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑑𝑒 𝐹𝑢𝑛𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜

Onde 𝑇𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑑𝑒 𝐹𝑢𝑛𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 = 𝑇𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑑𝑒 𝐴𝑏𝑒𝑟𝑡𝑢𝑟𝑎 − 𝑃𝑎𝑟𝑎𝑔𝑒𝑛𝑠

𝑄𝑢𝑎𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 = 𝑃𝑟𝑜𝑑𝑢çã𝑜 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 − 𝑃𝑟𝑜𝑑𝑢çã𝑜 𝐷𝑒𝑓𝑒𝑖𝑡𝑢𝑜𝑠𝑎

𝑃𝑟𝑜𝑑𝑢çã𝑜 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙

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Estudo e Melhoria do Sequenciamento da Produção numa Fábrica de Revestimentos em Cortiça

55

ANEXO E: Disponibilidade das Linhas de Produção

Figura 1E - Tempo total de ocupação e inatividade (horas) nas linhas de produção de AF1 (2019)

Figura 2E - Tempo total de ocupação e inatividade (horas) nas linhas de produção de AF3 (2019)

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Estudo e Melhoria do Sequenciamento da Produção numa Fábrica de Revestimentos em Cortiça

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ANEXO F: Paragens por Linha de Produção

Tabela 1F - Análise da frequência e duração de paragem (horas), por tipo de paragem e linha de produção em AF1

(2018 e 2019)

Tempo médio (horas) Desvio Padrão (horas) Soma total tempo (horas) % Duração Tempo Contagem Frequência Tempo médio (horas) Desvio Padrão (horas) Soma total tempo (horas) % Duração Tempo Contagem Frequência

Colagem 9 1,478 1,476 195,034 132 1,322 1,498 619,883 469

ABS - Absentismo 0,500 0,000 0,500 0,26% 1 0,76% 2,722 2,035 16,333 2,63% 6 1,28%

ARR - Arranque/Paragem 0,875 0,590 34,983 17,94% 40 30,30% 0,901 0,485 104,466 16,85% 116 24,73%

AVR - Avaria 1,690 1,287 40,550 20,79% 24 18,18% 1,616 1,080 84,033 13,56% 52 11,09%

DIV - Diversos 1,313 1,459 32,834 16,83% 25 18,94% 0,993 1,443 139,050 22,43% 140 29,85%

ENS - Ensaios 2,014 1,035 12,083 6,20% 6 4,55% 1,450 1,113 7,250 1,17% 5 1,07%

FMT - Falta de material 3,405 2,335 47,667 24,44% 14 10,61% 1,671 1,856 217,250 35,05% 130 27,72%

FOR - Formação 0,167 0,083 0,333 0,17% 2 1,52% 1,083 0,000 1,083 0,17% 1 0,21%

MLR - Melhorias 0,00% 0,00% 0,333 0,083 0,667 0,11% 2 0,43%

MPT - Manutenção Preventiva 3,167 0,167 6,333 3,25% 2 1,52% 4,717 1,230 18,867 3,04% 4 0,85%

RET - Retrabalho 0,00% 0,00% 7,750 0,000 7,750 1,25% 1 0,21%

SET - Setup 1,097 0,912 19,750 10,13% 18 13,64% 1,989 1,535 21,883 3,53% 11 2,35%

SFR - Substituição Ferramentas 0,00% 0,00% 1,250 0,000 1,250 0,20% 1 0,21%

Corte final 1 1,292 1,549 74,917 58 1,338 1,567 144,550 108

ABS - Absentismo 0,00% 0,00% 1,097 1,862 27,417 18,97% 25 23,15%

ARR - Arranque/Paragem 0,354 0,091 2,833 3,78% 8 13,79% 0,333 0,000 0,333 0,23% 1 0,93%

AVR - Avaria 0,870 0,528 15,667 20,91% 18 31,03% 1,508 1,453 33,167 22,94% 22 20,37%

DIV - Diversos 2,639 2,679 15,833 21,13% 6 10,34% 1,833 0,736 7,333 5,07% 4 3,70%

EN - Energia 0,750 0,000 0,750 1,00% 1 1,72% 0,00% 0,00%

ENS - Ensaios 1,917 0,417 3,833 5,12% 2 3,45% 0,00% 0,00%

FMT - Falta de material 0,00% 0,00% 0,917 0,583 1,833 1,27% 2 1,85%

FOR - Formação 0,500 0,000 0,500 0,67% 1 1,72% 0,917 0,000 0,917 0,63% 1 0,93%

FPF - Falta Plano de Fabrico 0,00% 0,00% 0,667 0,000 0,667 0,46% 1 0,93%

INV - Inventario 0,00% 0,00% 1,500 0,000 1,500 1,04% 1 0,93%

MLR - Melhorias 0,00% 0,00% 0,00% 0,00%

MPT - Manutenção Preventiva 0,823 0,875 6,583 8,79% 8 13,79% 0,796 0,637 13,533 9,36% 17 15,74%

RET - Retrabalho 3,333 3,067 6,667 8,90% 2 3,45% 6,000 0,000 6,000 4,15% 1 0,93%

SET - Setup 1,962 1,580 21,583 28,81% 11 18,97% 1,584 1,663 50,683 35,06% 32 29,63%

SFR - Substituição Ferramentas 0,667 0,000 0,667 0,89% 1 1,72% 1,167 0,000 1,167 0,81% 1 0,93%

Corte final 2 1,656 1,813 220,267 133 1,385 1,284 375,334 271

ABS - Absentismo 0,00% 0,00% 2,999 2,210 65,983 17,58% 22 8,12%

ARR - Arranque/Paragem 0,737 0,552 18,433 8,37% 25 18,80% 0,450 0,145 2,250 0,60% 5 1,85%

AVR - Avaria 1,569 1,210 36,083 16,38% 23 17,29% 1,288 1,297 28,333 7,55% 22 8,12%

DIV - Diversos 1,341 1,331 17,433 7,91% 13 9,77% 1,315 0,943 32,867 8,76% 25 9,23%

EN - Energia 2,438 1,023 9,750 4,43% 4 3,01% 2,667 0,000 2,667 0,71% 1 0,37%

ENS - Ensaios 3,125 3,038 25,000 11,35% 8 6,02% 1,989 1,901 5,967 1,59% 3 1,11%

FMT - Falta de material 3,200 2,363 16,000 7,26% 5 3,76% 2,640 2,467 34,317 9,14% 13 4,80%

FOR - Formação 0,333 0,000 0,333 0,15% 1 0,75% 1,104 0,575 4,417 1,18% 4 1,48%

FPF - Falta Plano de Fabrico 0,00% 0,00% 1,617 0,000 1,617 0,43% 1 0,37%

MLR - Melhorias 1,000 0,000 1,000 0,45% 1 0,75% 0,00% 0,00%

MPT - Manutenção Preventiva 0,933 0,653 23,333 10,59% 25 18,80% 1,064 0,587 145,817 38,85% 137 50,55%

RET - Retrabalho 0,00% 0,00% 2,292 0,292 4,583 1,22% 2 0,74%

SET - Setup 2,604 2,404 72,900 33,10% 28 21,05% 1,293 1,059 45,267 12,06% 35 12,92%

SFR - Substituição Ferramentas 0,00% 0,00% 1,250 0,000 1,250 0,33% 1 0,37%

Embalagem 1 1,323 1,352 191,783 145 1,106 1,262 410,233 371

ABS - Absentismo 1,833 0,000 1,833 0,96% 1 0,69% 0,993 1,516 42,716 10,41% 43 11,59%

ARR - Arranque/Paragem 0,00% 0,00% 0,412 0,096 2,883 0,70% 7 1,89%

AVR - Avaria 1,051 1,050 37,833 19,73% 36 24,83% 0,882 0,964 67,950 16,56% 77 20,75%

DIV - Diversos 0,896 0,758 21,500 11,21% 24 16,55% 1,126 1,401 56,300 13,72% 50 13,48%

ENS - Ensaios 1,500 0,500 3,000 1,56% 2 1,38% 1,208 0,591 4,833 1,18% 4 1,08%

FMT - Falta de material 2,299 1,581 52,883 27,57% 23 15,86% 1,540 1,556 130,867 31,90% 85 22,91%

FOR - Formação 0,250 0,000 0,750 0,39% 3 2,07% 1,987 1,063 9,933 2,42% 5 1,35%

FPF - Falta Plano de Fabrico 0,00% 0,00% 1,833 0,000 1,833 0,45% 1 0,27%

INV - Inventario 0,542 0,125 1,083 0,56% 2 1,38% 1,218 0,802 15,833 3,86% 13 3,50%

MLR - Melhorias 0,00% 0,00% 0,00% 0,00%

MPT - Manutenção Preventiva 0,750 0,313 2,250 1,17% 3 2,07% 1,281 0,585 17,933 4,37% 14 3,77%

RET - Reembalar 0,00% 0,00% 0,372 0,444 1,117 0,27% 3 0,81%

RET - Retrabalho 2,591 1,945 49,233 25,67% 19 13,10% 2,557 1,858 17,900 4,36% 7 1,89%

SET - Setup 0,669 0,257 21,417 11,17% 32 22,07% 0,647 0,469 40,134 9,78% 62 16,71%

Envernizamento 1 1,671 2,024 177,133 106 1,230 1,701 327,282 266

ABS - Absentismo 0,00% 0,00% 0,917 0,000 0,917 0,28% 1 0,38%

ARR - Arranque/Paragem 0,724 0,558 11,583 6,54% 16 15,09% 0,538 0,223 39,800 12,16% 74 27,82%

AVR - Avaria 1,053 0,667 10,533 5,95% 10 9,43% 1,782 1,637 55,234 16,88% 31 11,65%

DIV - Diversos 0,958 0,208 1,917 1,08% 2 1,89% 2,327 1,916 25,600 7,82% 11 4,14%

EN - Energia 0,00% 0,00% 1,472 1,358 8,833 2,70% 6 2,26%

ENS - Ensaios 3,355 1,327 36,900 20,83% 11 10,38% 1,660 1,277 21,583 6,59% 13 4,89%

FMT - Falta de material 2,144 2,056 34,300 19,36% 16 15,09% 3,000 0,816 9,000 2,75% 3 1,13%

FOR - Formação 0,417 0,000 0,417 0,24% 1 0,94% 1,333 0,000 1,333 0,41% 1 0,38%

FPF - Falta Plano de Fabrico 5,063 3,315 50,633 28,58% 10 9,43% 5,872 2,641 76,333 23,32% 13 4,89%

INV - Inventario 1,500 0,000 1,500 0,85% 1 0,94% 0,00% 0,00%

MPT - Manutenção Preventiva 2,375 2,292 4,750 2,68% 2 1,89% 2,313 0,890 9,250 2,83% 4 1,50%

RET - Retrabalho 0,00% 0,00% 0,00% 0,00%

SET - Setup 0,596 0,403 19,683 11,11% 33 31,13% 0,648 0,885 65,482 20,01% 101 37,97%

SFR - Substituição Ferramentas 1,229 0,605 4,917 2,78% 4 3,77% 1,740 2,336 13,917 4,25% 8 3,01%

Tipo de Paragem 20182019 (até oitava semana)

Page 69: Estudo e Melhoria do Sequenciamento da Produção numa · Estudo e Melhoria do Sequenciamento da Produção numa Fábrica de Revestimentos em Cortiça iii Resumo O crescimento da

Estudo e Melhoria do Sequenciamento da Produção numa Fábrica de Revestimentos em Cortiça

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Tabela 2F - Análise da frequência e duração de paragem (horas), por tipo de paragem e linha de produção em AF3

(2018 e 2019)

Tempo médio (horas) Desvio Padrão (horas) Soma total tempo (horas) % Duração Tempo Contagem Frequência Tempo médio (horas) Desvio Padrão (horas) Soma total tempo (horas) % Duração Tempo Contagem Frequência

AF3-Linha Pintura 3 1,906 2,117 202,000 106 1,740 1,936 400,251 230

ABS - Absentismo 2,500 0,500 5,000 2,48% 2 1,89% 0,00% 0,00%

ARR - Arranque/Paragem 0,868 0,490 10,417 5,16% 12 11,32% 0,757 0,456 91,584 22,88% 121 52,61%

AVR - Avaria 0,740 0,310 5,917 2,93% 8 7,55% 2,142 1,579 21,417 5,35% 10 4,35%

DIV - Diversos 1,383 0,966 6,917 3,42% 5 4,72% 4,583 2,276 13,750 3,44% 3 1,30%

EN - Energia 0,00% 0,00% 2,917 0,000 2,917 0,73% 1 0,43%

ENS - Ensaios 3,685 2,184 88,433 43,78% 24 22,64% 2,269 1,910 108,917 27,21% 48 20,87%

FMT - Falta de material 2,458 1,743 9,833 4,87% 4 3,77% 0,00% 0,00%

FOR - Formação 0,250 0,000 0,250 0,12% 1 0,94% 2,688 1,823 10,750 2,69% 4 1,74%

MLR - Melhorias 2,583 0,000 2,583 1,28% 1 0,94% 3,615 2,704 47,000 11,74% 13 5,65%

MPT - Manutenção Preventiva 4,576 2,704 50,333 24,92% 11 10,38% 4,560 2,421 95,750 23,92% 21 9,13%

RET - Retrabalho 0,00% 0,00% 0,00% 0,00%

SET - Setup 0,587 0,476 22,317 11,05% 38 35,85% 0,907 1,049 8,167 2,04% 9 3,91%

Colagem 6 1,637 1,254 137,550 84 0,786 0,901 143,751 183

ABS - Absentismo 1,666 1,052 33,317 24,22% 20 23,81% 1,282 1,275 15,383 10,70% 12 6,56%

ARR - Arranque/Paragem 1,333 0,000 1,333 0,97% 1 1,19% 0,571 0,628 63,401 44,10% 111 60,66%

AVR - Avaria 1,167 1,122 8,167 5,94% 7 8,33% 0,833 0,358 11,667 8,12% 14 7,65%

DIV - Diversos 0,972 0,702 12,633 9,18% 13 15,48% 1,094 0,695 17,500 12,17% 16 8,74%

ENS - Ensaios 2,911 1,380 40,750 29,63% 14 16,67% 0,630 0,797 5,667 3,94% 9 4,92%

FMT - Falta de material 1,746 1,466 20,950 15,23% 12 14,29% 1,277 1,347 17,883 12,44% 14 7,65%

FPF - Falta Plano de Fabrico 0,00% 0,00% 2,361 2,641 7,083 4,93% 3 1,64%

INV - Inventario 0,00% 0,00% 0,00% 0,00%

FOR - Formação 0,458 0,208 0,917 0,67% 2 2,38% 0,00% 0,00%

MLR - Melhorias 0,00% 0,00% 0,00% 0,00%

MPT - Manutenção Preventiva 1,711 0,583 15,400 11,20% 9 10,71% 1,611 0,550 4,833 3,36% 3 1,64%

RET - Retrabalho 0,00% 0,00% 0,00% 0,00%

SET - Setup 0,681 0,295 4,083 2,97% 6 7,14% 0,333 0,000 0,333 0,23% 1 0,55%

Colagem 7 2,217 1,904 124,167 56 2,101 2,155 317,283 151

ABS - Absentismo 1,000 0,707 3,000 2,42% 3 5,36% 2,583 2,183 7,750 2,44% 3 1,99%

ARR - Arranque/Paragem 0,00% 0,00% 0,594 0,656 19,600 6,18% 33 21,85%

AVR - Avaria 2,088 2,397 22,967 18,50% 11 19,64% 1,155 0,664 8,083 2,55% 7 4,64%

DIV - Diversos 2,433 1,966 12,167 9,80% 5 8,93% 0,250 0,000 0,250 0,08% 1 0,66%

EN - Energia 0,00% 0,00% 0,778 0,314 2,333 0,74% 3 1,99%

ENS - Ensaios 0,00% 0,00% 0,625 0,375 1,250 0,39% 2 1,32%

FMT - Falta de material 2,400 1,757 67,200 54,12% 28 50,00% 2,080 1,720 112,300 35,39% 54 35,76%

FPF - Falta Plano de Fabrico 2,667 1,795 16,000 12,89% 6 10,71% 3,552 2,619 163,383 51,49% 46 30,46%

INV - Inventario 0,00% 0,00% 0,00% 0,00%

MPT - Manutenção Preventiva 0,944 0,682 2,833 2,28% 3 5,36% 1,167 0,333 2,333 0,74% 2 1,32%

RET - Retrabalho 0,00% 0,00% 0,00% 0,00%

SFR - Substituição Ferramentas 0,00% 0,00% 0,00% 0,00%

Colagem 8 0,839 0,607 12,583 15 0,960 1,345 78,733 82

ABS - Absentismo 0,00% 0,00% 0,00% 0,00%

ARR - Arranque/Paragem 0,740 0,528 5,917 47,02% 8 53,33% 0,542 0,442 31,983 40,62% 59 71,95%

AVR - Avaria 1,500 0,500 3,000 23,84% 2 13,33% 0,908 0,455 9,083 11,54% 10 12,20%

DIV - Diversos 0,333 0,000 0,333 2,65% 1 6,67% 1,417 0,000 1,417 1,80% 1 1,22%

ENS - Ensaios 0,00% 0,00% 3,200 0,000 3,200 4,06% 1 1,22%

FMT - Falta de material 0,833 0,632 3,333 26,49% 4 26,67% 1,500 1,168 4,500 5,72% 3 3,66%

FOR - Formação 0,00% 0,00% 1,500 0,000 1,500 1,91% 1 1,22%

FPF - Falta Plano de Fabrico 0,00% 0,00% 5,294 3,626 15,883 20,17% 3 3,66%

MPT - Manutenção Preventiva 0,00% 0,00% 1,750 0,000 1,750 2,22% 1 1,22%

SET - Setup 0,00% 0,00% 0,00% 0,00%

SFR - Substituição Ferramentas 0,00% 0,00% 3,139 1,033 9,417 11,96% 3 3,66%

Corte Final 5 1,040 1,130 210,033 202 0,959 1,175 511,383 533

ABS - Absentismo 0,258 0,024 2,833 1,35% 11 5,45% 1,712 2,337 22,250 4,35% 13 2,44%

ARR - Arranque/Paragem 0,00% 0,00% 0,561 0,446 7,850 1,54% 14 2,63%

AVR - Avaria 1,111 0,945 63,317 30,15% 57 28,22% 0,975 0,927 130,683 25,55% 134 25,14%

DIV - Diversos 0,765 1,138 13,000 6,19% 17 8,42% 0,644 1,022 27,683 5,41% 43 8,07%

EN - Energia 0,389 0,196 1,167 0,56% 3 1,49% 0,373 0,219 7,834 1,53% 21 3,94%

ENS - Ensaios 0,850 0,515 4,250 2,02% 5 2,48% 0,597 0,493 6,567 1,28% 11 2,06%

FMT - Falta de material 1,278 0,208 3,833 1,83% 3 1,49% 2,917 1,580 20,417 3,99% 7 1,31%

FOR - Formação 0,556 0,295 3,333 1,59% 6 2,97% 1,208 0,794 4,833 0,95% 4 0,75%

FPF - Falta Plano de Fabrico 0,00% 0,00% 0,317 0,000 0,317 0,06% 1 0,19%

INV - Inventario 0,00% 0,00% 0,903 0,294 5,417 1,06% 6 1,13%

MLR - Melhorias 3,294 1,657 29,650 14,12% 9 4,46% 2,273 2,587 25,000 4,89% 11 2,06%

MPT - Manutenção Preventiva 3,067 1,020 21,467 10,22% 7 3,47% 2,662 1,134 71,867 14,05% 27 5,07%

RET - Reembalar 0,00% 0,00% 0,650 1,005 8,450 1,65% 13 2,44%

RET - Retrabalho 2,000 1,619 12,000 5,71% 6 2,97% 1,365 1,627 53,216 10,41% 39 7,32%

SET - Setup 0,733 0,692 52,016 24,77% 71 35,15% 0,649 0,679 100,633 19,68% 155 29,08%

SFR - Substituição Ferramentas 0,452 0,285 3,167 1,51% 7 3,47% 0,540 0,424 18,367 3,59% 34 6,38%

Envernizamento 4 1,414 1,575 189,450 134 1,368 1,622 440,517 322

ABS - Absentismo 0,00% 0,00% 3,438 2,064 13,750 3,12% 4 1,24%

ARR - Arranque/Paragem 0,467 0,315 22,433 11,84% 48 35,82% 0,509 0,485 60,067 13,64% 118 36,65%

AVR - Avaria 1,642 1,570 16,417 8,67% 10 7,46% 1,307 1,036 49,667 11,27% 38 11,80%

DIV - Diversos 1,353 1,412 17,583 9,28% 13 9,70% 1,583 0,935 15,833 3,59% 10 3,11%

ENS - Ensaios 2,628 1,760 39,417 20,81% 15 11,19% 1,258 1,680 22,650 5,14% 18 5,59%

FMT - Falta de material 2,970 1,962 59,400 31,35% 20 14,93% 2,730 2,197 166,533 37,80% 61 18,94%

FOR - Formação 0,250 0,000 0,250 0,13% 1 0,75% 1,000 0,250 2,000 0,45% 2 0,62%

FPF - Falta Plano de Fabrico 0,00% 0,00% 4,583 0,000 4,583 1,04% 1 0,31%

MLR - Melhorias 0,00% 0,00% 3,476 2,171 24,333 5,52% 7 2,17%

MPT - Manutenção Preventiva 3,111 1,184 18,667 9,85% 6 4,48% 3,668 0,426 44,017 9,99% 12 3,73%

RET - Retrabalho 0,00% 0,00% 0,00% 0,00%

SET - Setup 0,678 0,350 11,533 6,09% 17 12,69% 0,682 0,672 34,083 7,74% 50 15,53%

SFR - Substituição Ferramentas 0,938 0,207 3,750 1,98% 4 2,99% 3,000 0,000 3,000 0,68% 1 0,31%

Linha Pintura 2 - Ink Jet 0,997 1,193 76,734 77 0,705 0,962 291,282 413

ABS - Absentismo 4,167 0,589 12,500 16,29% 3 3,90% 0,00% 0,00%

ARR - Arranque/Paragem 0,824 0,498 30,500 39,75% 37 48,05% 0,488 0,441 104,350 35,82% 214 51,82%

AVR - Avaria 2,021 1,575 8,083 10,53% 4 5,19% 1,344 0,964 18,817 6,46% 14 3,39%

DIV - Diversos 0,00% 0,00% 1,250 0,167 2,500 0,86% 2 0,48%

EN - Energia 0,00% 0,00% 0,458 0,042 0,917 0,31% 2 0,48%

ENS - Ensaios 0,00% 0,00% 0,638 0,548 8,300 2,85% 13 3,15%

FMT - Falta de material 0,00% 0,00% 1,167 1,231 7,000 2,40% 6 1,45%

FOR - Formação 0,00% 0,00% 2,417 0,000 2,417 0,83% 1 0,24%

FPF - Falta Plano de Fabrico 0,00% 0,00% 0,050 0,000 0,050 0,02% 1 0,24%

MLR - Melhorias 0,00% 0,00% 2,000 0,000 2,000 0,69% 1 0,24%

MPT - Manutenção Preventiva 4,042 0,921 16,167 21,07% 4 5,19% 2,561 2,276 81,967 28,14% 32 7,75%

SET - Setup 0,327 0,129 9,483 12,36% 29 37,66% 0,496 0,285 62,966 21,62% 127 30,75%

SFR - Substituição Ferramentas 0,00% 0,00% 0,00% 0,00%

2019 (até oitava semana) 2018Tipo de Paragem

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Estudo e Melhoria do Sequenciamento da Produção numa Fábrica de Revestimentos em Cortiça

58

ANEXO G: Setups por Tipo de Troca

Linha Tipo de SetupTempo médio setup

(horas)

Desvio

padrãoTipos de setup's

Dimensão 1,15 900 <-> 1200

tipo de material 0,75 Hydro <-> pet

média global 0,74 0,50

troca de referência 0,33 padrão de pintura

troca referência + base 0,58 padrão de pintura + base

troca de referência + dimensão 0,5 900<->1200<->1800

troca de referência 0,33 padrão de pintura

troca referência + base 0,83 padrão de pintura + base

troca de referência + dimensão 1,25 900<->1200<->1800

média global 1,79 1,46 pintura+verniz ou pintura ou verniz

Pintura + Verniz -

Pintura ou Verniz -

Envernizamento

4 média global 0,98 0,52

Troca rápida 0,35 dimensão ou acabamento(s/ PUR)

Troca longa 1,67 acabamento e dimensão

Embalagem 1 média global 1,14 0,70 Comprimento; Largura; Caixas; etiquetas; tipo palete

Corte final 1 média global 4,00 3,48

Corte final 2 média global 3,81 3,56 comprimento; largura; biselado; tipo material

Troca rápida 0,45 embalagem; lvt<->authentica

Troca média 1,00 comprimento<-> largura

Troca Longa 1,83 biselado pintado - 22/4 deixou de ser produzido

Corte Final 5

Pintura 2

Pintura 3

Envernizamento

1

Colagem 9

Tabela 1G - Tempo médio de setup (horas), por tipo de troca e por linha de produção

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Estudo e Melhoria do Sequenciamento da Produção numa Fábrica de Revestimentos em Cortiça

59

ANEXO H: Grupos de Sequenciamento

Grupo Família Dimensão Acabamento Biselamento Encaixe Espessura Gama Operatória Descrição

G1 Flg Cork Cov. LVT CorkPro 1225x145 LVT 1.8 - PVC 0.5 4 lados 0,7mm Enc. WRDR/PressFit 6.0 6F201 Hydrocork 1225x145

G2 Flg Cork Cov. LVT CorkPro 1225x145 LVT 1.8 - PVC 0.3 S/Bisel. Enc. WRDR/PressFit 6.0 6F202 Hydrocork 1225x145

G3 Flg Cork Cov. LVT CorkPro 1225x195 LVT 1.8 - PVC 0.5 4 lados 0,7mm Enc. WRDR/PressFit 6.0 6F206 Hydrocork 1225x195

G4 Flg Cork Cov. LVT CorkPro 615x295 LVT 1.8 - PVC 0.5 4 lados 0,7mm Enc. WRDR/PressFit 6.0 6F205 Hydrocork 615x295

G5 Flg C.C.Subertech PET 1225x190 PET 0,25 - 1 018 00 4 lados 0,7mm Enc. LOC 7.0 6F302 Wise PET

G6 Flg C.C.Subertech PET 1225x190 PP 0,25 - 35M Wood 4 lados 0,7mm Enc. LOC 7.0 6F302 Wise PET

G7 Flg C.C.Subertech Cork 1225x190 PURv2-Liso 4 lados 1mm Enc. LOC 7.0 6F300 Wise Cork

G8 Flg C.C.Subertech Printed 1225x190 PURv2-Liso 4 lados 1mm Enc. LOC 7.0 6F304 Wise Printed

G9 Flg C.C.Subertech Printed 1225x190 PURv2-Linear 4 lados 1mm Enc. LOC 7.0 6F301 Wise Printed

G10 Flg Cork Cov. Cork Design 1220x185 PUR-Rolo2 S/Bisel. Enc. LOC 10.5 6G052 ArtComfort 1220 s/bis PUR

G11 Flg Cork Cov. Cork Design 1220x185 PUR-Rolo2 4L1 A0 Enc. LOC 10.5 6G053 ArtComfort 1220 bis PUR

G11 Flg Cork Cov. Cork Design 1220x185 PUR-Rolo2 4L1 A1 Enc. LOC 10.5 6G053 ArtComfort 1220 bis PUR

G11 Flg Cork Cov. Cork Design 1220x185 PUR-Rolo2 4L1 A2 Enc. LOC 10.5 6G053 ArtComfort 1220 bis PUR

G11 Flg Cork Cov. Cork Design 1220x185 PUR-Rolo2 4L1 A4 Enc. LOC 10.5 6G053 ArtComfort 1220 bis PUR

G11 Flg Cork Cov. Cork Design 1220x185 PUR-Rolo2 4L1 A5 Enc. LOC 10.5 6G053 ArtComfort 1220 bis PUR

G11 Flg Cork Cov. Cork Design 1220x185 PUR-Rolo2 4L1 A6 Enc. LOC 10.5 6G053 ArtComfort 1220 bis PUR

G12 Flg Cork Cov. Cork Design 1220x185 PURv2-Linear S/Bisel. Enc. LOC 10.5 6G061 ArtComfort 1220 s/bis PURv2

G13 Flg Cork Cov. Cork Design 1830x185 PURv2-Linear 4 lados 1mm Enc. LOC 11.5 6G060 ArtComfort 1800 bis PURv2

G14 Flg Cork Cov. Cork Design 1830x185 PURv2-Liso 4 lados 1mm Enc. LOC 11.5 6G060 ArtComfort 1800 bis PURv2

G15 Flg Cork Cov. Cork Design 1830x185 PUR-Rolo2 4L1 A0 Enc. LOC 11.5 6G054 ArtComfort 1800 bis PUR

G15 Flg Cork Cov. Cork Design 1830x185 PUR-Rolo2 4L1 A1 Enc. LOC 11.5 6G054 ArtComfort 1800 bis PUR

G15 Flg Cork Cov. Cork Design 1830x185 PUR-Rolo2 4L1 A2 Enc. LOC 11.5 6G054 ArtComfort 1800 bis PUR

G15 Flg Cork Cov. Cork Design 1830x185 PUR-Rolo2 4L1 A3 Enc. LOC 11.5 6G054 ArtComfort 1800 bis PUR

G16 Flg Cork Cov. Cork Design 905x295 PUR-Liso S/Bisel. Enc. LOC 10.5 6G050 ArtComfort 900 PUR

G17 Flg Cork Cov. Cork Design 605x445 PUR-Liso S/Bisel. Enc. Loc 5G 10.5 6G051 ArtComfort 600 PUR

G18 Flg Cork Cov. LVT Floating 1220x185 LVT 1.8 - PVC 0.5 4 lados 0,7mm Enc. LOC 10.5 6D404 LVT 1220x185

G19 Flg Cork Cov. LVT Floating 1220x185 LVT 1.8 - PVC 0.2 S/Bisel. Enc. LOC 10.5 6D404 LVT 1220x185

G19 Flg Cork Cov. LVT Floating 1220x185 LVT 1.8 - PVC 0.3 S/Bisel. Enc. LOC 10.5 6D404 LVT 1220x185

G19 Flg Cork Cov. LVT Floating 1220x185 LVT 1.8 - PVC 0.5 S/Bisel. Enc. LOC 10.5 6D404 LVT 1220x185

G20 Flg Cork Cov. LVT Floating 905x295 LVT 1.8 - PVC 0.2 S/Bisel. Enc. LOC 10.5 6D400 LVT 905X295

G20 Flg Cork Cov. LVT Floating 905x295 LVT 1.8 - PVC 0.3 S/Bisel. Enc. LOC 10.5 6D400 LVT 905X295

G21 Flg Cork Cov. DecorVinyl Float 1220x185 PVC0.50Tr-emb.BarnsideYU19-HPS 4 lados 0,7mm Enc. LOC 10.5 6H401 Authentica

Grupo Descrição

G1 HydroCork 1225x145

G2 HydroCork 1225x145 (s/Bisel.)

G3 HydroCork 1225x195

G4 HydroCork 615x295

G5 Wise PET

G6 Wise PP

G7 Wise Cork

G8 Wise Printed (Liso)

G9 Wise Printed (Linear)

G10 ArtComfort 1220 s/bis PUR

G11 ArtComfort 1220 bis PUR

G12 ArtComfort 1220 s/bis PURv2

G13 ArtComfort 1800 bis PURv2 (Linear)

G14 ArtComfort 1800 bis PURv2 (Liso)

G15 ArtComfort 1800 bis PUR

G16 ArtComfort 900 PUR

G17 ArtComfort 600 PUR

G18 LVT 1220x185

G19 LVT 1220x185 (S/Bisel.)

G20 LVT 905X295

G21 Authentica

Tabela 1H - Grupos de sequenciamento e respetiva descrição

Tabela 2H- Caracterização dos grupos de sequenciamento

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Estudo e Melhoria do Sequenciamento da Produção numa Fábrica de Revestimentos em Cortiça

60

ANEXO I: Variáveis de Entrada do Modelo de Sequenciamento

Gama Operatória Sequência Tarefa Máquina TmpPrep (min) Cadência (m2/h) Local

6D400 1 Encolar bases madeira Colagem 6 0 478 ARO AF3

6D400 2 Colar folhas decorativo Colagem 7 0 521 ARO AF3

6D400 3 Estabilizar Estabilização semi-acabados 1440 0

6D400 4 Pré-corta;corta;escolhe;embala Corte Final 5 0 395 ARO AF3

6D404 1 Encolar bases madeira Colagem 6 0 655 ARO AF3

6D404 2 Colar folhas decorativo Colagem 7 0 659 ARO AF3

6D404 3 Estabilizar Estabilização semi-acabados 1440 0

6D404 4 Pré-corta;corta;escolhe;embala Corte Final 5 0 710 ARO AF3

6F201 1 Encolar bases cortiça Colagem 9 0 528 ARO AF1

6F201 2 Estabilizar Estabilização semi-acabados 1440 0

6F201 3 Pré-corta;corta/bisela Corte final 1 0 389 ARO AF1

6F202 1 Encolar bases cortiça Colagem 9 0 528 ARO AF1

6F202 2 Estabilizar Estabilização semi-acabados 1440 0

6F202 3 Pré-corta;corta/bisela Corte final 1 0 389 ARO AF1

6F206 1 Encolar bases cortiça Colagem 9 0 553 ARO AF1

6F206 2 Estabilizar Estabilização semi-acabados 1440 0

6F206 3 Pré-corta;corta/bisela Corte final 1 0 407 ARO AF1

6F300 1 Encolar bases cortiça Colagem 6 0 655 ARO AF3

6F300 2 Prensar Prensa Hymmen 0 527 ARO Componentes

6F300 3 Lixar Lixagem 3 0 925 ARO Componentes

6F300 4 Pré-corta;corta/bisela Corte final 2 0 447 ARO AF1

6F300 5 Pintar/Envernizar Envernizamento 1 0 520 ARO AF1

6F300 6 Escolher; embalar Embalagem 1 0 405 ARO AF1

6F301 1 Encolar bases cortiça Colagem 6 0 655 ARO AF3

6F301 2 Lixar Lixagem 3 0 925 ARO Componentes

6F301 3 Pré-corta;corta/bisela Corte final 2 0 447 ARO AF1

6F301 4 Pintar p/jato tinta AF3-Linha Pintura 3 0 101 ARO AF3

6F301 5 Envernizar c/embossing Envernizamento 4 0 158 ARO AF3

6F301 6 Escolher; embalar Embalagem 1 0 405 ARO AF1

6F302 1 Encolar bases cortiça Colagem 6 0 655 ARO AF3

6F302 2 Lixar Lixagem 3 0 969 ARO Componentes

6F302 3 Encolar bases cortiça Colagem 9 0 503 ARO AF1

6F302 4 Pré-corta;corta/bisela Corte final 2 0 496 ARO AF1

6F302 5 Escolher; embalar Embalagem 1 0 405 ARO AF1

6F304 1 Encolar bases cortiça Colagem 6 0 655 ARO AF3

6F304 2 Lixar Lixagem 3 0 925 ARO Componentes

6F304 3 Pré-corta;corta/bisela Corte final 2 0 447 ARO AF1

6F304 4 Pintar p/jato tinta AF3-Linha Pintura 3 0 101 ARO AF3

6F304 5 Envernizar Envernizamento 4 0 158 ARO AF3

6F304 6 Escolher; embalar Embalagem 1 0 405 ARO AF1

6G052 1 Encolar bases madeira Colagem 6 0 655 ARO AF3

6G052 2 Pintar p/jato tinta Linha Pintura 2 - Ink Jet 0 329 ARO AF3

6G052 3 Envernizar c/embossing Envernizamento 4 0 250 ARO AF3

6G052 4 Estabilizar Estabilização semi-acabados 1440 0

6G052 5 Corta; escolhe; embala Corte Final 5 0 492 ARO AF3

6G053 1 Encolar bases madeira Colagem 6 0 655 ARO AF3

6G053 2 Pintar p/jato tinta Linha Pintura 2 - Ink Jet 0 329 ARO AF3

6G053 3 Envernizar c/embossing Envernizamento 4 0 250 ARO AF3

6G053 4 Estabilizar Estabilização semi-acabados 1440 0

6G053 5 Corta;PintaBis;Esc;Emb Corte Final 5 0 421 ARO AF3

6G054 1 Encolar bases madeira Colagem 8 0 170 ARO AF3

6G054 2 Estabilizar Estabilização semi-acabados 1440 0

6G054 3 Pintar p/jato tinta Linha Pintura 2 - Ink Jet 0 329 ARO AF3

6G054 4 Envernizar c/embossing Envernizamento 4 0 449 ARO AF3

6G054 5 Estabilizar Estabilização semi-acabados 1440 0

6G054 6 Corta;PintaBis;Esc;Emb Corte Final 5 0 288 ARO AF3

6G060 1 Encolar bases madeira Colagem 8 0 170 ARO AF3

6G060 2 Estabilizar Estabilização semi-acabados 1440 0

6G060 3 Pré-corta;corta/bisela;escolhe Corte Final 5 0 501 ARO AF3

6G060 4 Pintar p/jato tinta AF3-Linha Pintura 3 0 102 ARO AF3

6G060 5 Envernizar Envernizamento 4 0 304 ARO AF3

6G060 6 Escolher; embalar Embalagem 2 0 108 ARO AF3

6G061 1 Encolar bases madeira Colagem 6 0 655 ARO AF3

6G061 2 Pintar p/jato tinta AF3-Linha Pintura 3 0 101 ARO AF3

6G061 3 Envernizar Envernizamento 4 0 279 ARO AF3

6G061 4 Corta; escolhe; embala Corte Final 5 0 492 ARO AF3

6H401 1 Encolar bases madeira Colagem 6 0 655 ARO AF3

6H401 2 Envernizar Envernizamento 4 0 494 ARO AF3

6H401 3 Pré-corta;corta/bis.;esc.;emb. Corte Final 5 0 492 ARO AF3

6F205 1 Encolar bases cortiça Colagem 9 0 443 ARO AF1

6F205 2 Estabilizar Estabilização semi-acabados 1440 0

6F205 3 Pré-corta;corta/bis.;esc.;emb. Corte final 1 0 171 ARO AF1

6G050 1 Encolar bases madeira Colagem 6 0 478 ARO AF3

6G050 2 Pintar p/jato tinta Linha Pintura 2 - Ink Jet 0 276 ARO AF3

6G050 3 Envernizar Envernizamento 4 0 276 ARO AF3

6G050 4 Estabilizar Estabilização semi-acabados 1440 0

6G050 5 Corta; escolhe; embala Corte Final 4 0 733 ARO AF2

6G051 1 Encolar bases madeira Colagem 6 0 488 ARO AF3

6G051 2 Pintar p/jato tinta Linha Pintura 2 - Ink Jet 0 281 ARO AF3

6G051 3 Envernizar Envernizamento 4 0 279 ARO AF3

6G051 4 Estabilizar Estabilização semi-acabados 1440 0

6G051 5 Corta; escolhe; embala Corte final 1 0 183 ARO AF1

Tabela 1I - Gamas operatórias e respetivas operações

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Estudo e Melhoria do Sequenciamento da Produção numa Fábrica de Revestimentos em Cortiça

61

Máquina Descrição Fator correção disponibilidade

I254 Colagem 6 12,00%

I255 Colagem 7 6,00%

I256 Colagem 8 7,20%

I257 Colagem 9 20,00%

I270 Linha Pintura 2 - Ink Jet 35,00%

I273 AF3-Linha Pintura 3 6,00%

I331 Envernizamento 1 16,00%

I341 Envernizamento 4 10,00%

I471 Embalagem 1 15,00%

I511 Corte final 1 6,00%

I513 Corte final 2 17,00%

I519 Corte Final 5 23,00%

- Embalagem 2 23,00%

I517 Corte Final 4 22,00%

I391 Estabilização semi-acabados -

I212 Prensa Hymmen 9,00%

I231 Lixagem 3 17,00%

A B C A B C A B C A B C A B C A B C Capacidade semanal

Colagem 6 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 120,00

Colagem 7 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 120,00

Colagem 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 120,00

Colagem 9 7,75 7,75 7,75 7,75 7,75 7,75 7,75 7,75 7,75 7,75 7,75 7,75 7,75 7,75 7,75 7,75 7,75 7,75 116,25

Linha Pintura 2 - Ink Jet 7,75 7,75 7,75 7,75 7,75 7,75 7,75 7,75 7,75 7,75 7,75 7,75 7,75 7,75 7,75 7,75 7,75 7,75 116,25

AF3-Linha Pintura 3 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 120,00

Envernizamento 1 7,75 0 0 7,75 0 0 7,75 0 0 7,75 0 0 7,75 0 0 7,75 0 0 38,75

Envernizamento 4 7,75 7,75 0 7,75 7,75 0 7,75 7,75 0 7,75 7,75 0 7,75 7,75 0 7,75 7,75 0 77,50

Embalagem 1 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 120,00

Corte final 1 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 120,00

Corte final 2 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 120,00

Corte Final 5 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 120,00

Embalagem 2 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8 120,00

SábadoCapacidade máxima

Segunda Terça Quarta Quinta Sexta

Corte final 1 G1 G2 G3 G4 G17

G1 4 4 4 4

G2 4 4 4 4

G3 4 4 4 4

G4 4 4 4 4

G17 4 4 4 4

Corte final 2 G5 G6 G7 G8 G9

G5 0 3,81 3,81 3,81

G6 0 3,81 3,81 3,81

G7 3,81 3,81 3,81 3,81

G8 3,81 3,81 3,81 3,81

G9 3,81 3,81 3,81 3,81

Corte Final 5 G10 G11 G12 G13 G14 G15 G18 G19 G20 G21

G10 1,83 0,16 1 1 1,83 0,25 0,16 1 0,25

G11 0,25 0,25 1 1 1,83 0,16 0,25 1 0,16

G12 0,16 1,83 1 1 1,83 0,25 0,16 1 0,25

G13 1 1,83 1 0,16 1,83 1 1 1 1

G14 1 1,83 1 0,16 1,83 1 1 1 1

G15 1 1,83 1 1 1 1 1 1 1

G18 0,25 1,83 0,25 1 1 1,83 0,25 1 0,45

G19 0,16 1,83 0,16 1 1 1,83 0,25 1 0,45

G20 1 1,83 1 1 1 1,83 1 1 0,45

G21 0,25 1,83 0,25 1 1 1,83 0,45 0,45 0,45

Tabela 2I - Linhas de produção e respetivo fator de correção de disponibilidade

Tabela 3I - Número de horas instalado por semana e por turno, por linha de produção

Tabela 4I - Matriz de setups CF1 Tabela 5I - Matriz de setups CF2

Tabela 6I - Matriz de setups CF5

Page 74: Estudo e Melhoria do Sequenciamento da Produção numa · Estudo e Melhoria do Sequenciamento da Produção numa Fábrica de Revestimentos em Cortiça iii Resumo O crescimento da

Estudo e Melhoria do Sequenciamento da Produção numa Fábrica de Revestimentos em Cortiça

62

Colagem 6 G5 G6 G7 G8 G9 G10 G11 G12 G16 G17 G18 G19 G20 G21

G5 0 0 0 0 0,82 0,82 0,82 0,82 0,82 0,82 0,82 0,82 0,82

G6 0 0 0 0 0,82 0,82 0,82 0,82 0,82 0,82 0,82 0,82 0,82

G7 0 0 0 0 0,82 0,82 0,82 0,82 0,82 0,82 0,82 0,82 0,82

G8 0 0 0 0 0,82 0,82 0,82 0,82 0,82 0,82 0,82 0,82 0,82

G9 0 0 0 0 0,82 0,82 0,82 0,82 0,82 0,82 0,82 0,82 0,82

G10 0,82 0,82 0,82 0,82 0,82 0 0 0,82 0,82 0,82 0,82 0,82 0,82

G11 0,82 0,82 0,82 0,82 0,82 0 0 0,82 0,82 0,82 0,82 0,82 0,82

G12 0,82 0,82 0,82 0,82 0,82 0 0 0,82 0,82 0,82 0,82 0,82 0,82

G16 0,82 0,82 0,82 0,82 0,82 0,82 0,82 0,82 0,82 0,82 0,82 0,82 0,82

G17 0,82 0,82 0,82 0,82 0,82 0,82 0,82 0,82 0,82 0,82 0,82 0,82 0,82

G18 0,82 0,82 0,82 0,82 0,82 0,82 0,82 0,82 0,82 0,82 0 0,82 0,82

G19 0,82 0,82 0,82 0,82 0,82 0,82 0,82 0,82 0,82 0,82 0 0,82 0,82

G20 0,82 0,82 0,82 0,82 0,82 0,82 0,82 0,82 0,82 0,82 0,82 0,82 0,82

G21 0,82 0,82 0,82 0,82 0,82 0,82 0,82 0,82 0,82 0,82 0,82 0,82 0,82

Colagem 9 G1 G2 G3 G4 G5 G6

G1 0 0 1,15 0,75 0,75

G2 0 0 1,15 0,75 0,75

G3 0 0 1,15 0,75 0,75

G4 1,15 1,15 1,15 0,75 0,75

G5 0,75 0,75 0,75 0,75 0

G6 0,75 0,75 0,75 0,75 0

AF3-Linha Pintura 3 G8 G9 G12 G13 G14

G8 0 1,25 1,25 1,25

G9 0 1,25 1,25 1,25

G12 1,25 1,25 1,25 1,25

G13 1,25 1,25 1,25 0

G14 1,25 1,25 1,25 0

Linha Pintura 2 - Ink Jet G10 G11 G15 G16 G17

G10 0 0,5 0,5 0,5

G11 0 0,5 0,5 0,5

G15 0,5 0,5 0,5 0,5

G16 0,5 0,5 0,5 0,5

G17 0,5 0,5 0,5 0,5

Envernizamento 4 G8 G9 G10 G11 G12 G13 G14 G15 G21

G8 0,35 1,67 1,67 1,67 1,67 0,35 1,67 0,35

G9 0,35 1,67 1,67 1,67 0,35 1,67 1,67 0,35

G10 1,67 1,67 0 0,35 1,67 1,67 0,35 0,35

G11 1,67 1,67 0 0,35 1,67 1,67 0,35 0,35

G12 1,67 1,67 0,35 0,35 0,35 1,67 1,67 0,35

G13 1,67 0,35 1,67 1,67 0,35 0,35 0,35 1,67

G14 0,35 1,67 1,67 1,67 1,67 0,35 0,35 1,67

G15 1,67 1,67 0,35 0,35 1,67 0,35 0,35 1,67

G21 0,35 0,35 0,35 0,35 0,35 1,67 1,67 1,67

Embalagem 1 G1 G2 G3 G4 G5 G6 G7 G8 G9

G1 0 0 1,14 1,14 1,14 1,14 1,14 1,14

G2 0 0 1,14 1,14 1,14 1,14 1,14 1,14

G3 0 0 1,14 1,14 1,14 1,14 1,14 1,14

G4 1,14 1,14 1,14 1,14 1,14 1,14 1,14 1,14

G5 1,14 1,14 1,14 1,14 0 0 0 0

G6 1,14 1,14 1,14 1,14 0 0 0 0

G7 1,14 1,14 1,14 1,14 0 0 0 0

G8 1,14 1,14 1,14 1,14 0 0 0 0

G9 1,14 1,14 1,14 1,14 0 0 0 0

Tabela 7I - Matriz de setups Colagem 6

Tabela 8I - Matriz setups Envernizamento 4

Tabela 9I – Matriz de setups Pintura 3 Tabela 10I - Matriz de setups Pintura 2

Tabela 11I - Matriz de setups Colagem 9

Tabela 12I - Matriz de setups Embalagem 1

Page 75: Estudo e Melhoria do Sequenciamento da Produção numa · Estudo e Melhoria do Sequenciamento da Produção numa Fábrica de Revestimentos em Cortiça iii Resumo O crescimento da

Estudo e Melhoria do Sequenciamento da Produção numa Fábrica de Revestimentos em Cortiça

63

Arra

nque

Co

rte fin

al 1

Co

rte fin

al 2

Co

rte F

ina

l 5C

ola

gem

6C

ola

gem

7C

ola

gem

8C

ola

gem

9L

inha

Pin

tura

2 - In

k J

et

AF

3-L

inha

Pin

tura

3E

nv

ern

izam

ento

1E

nv

ern

izam

ento

4E

mba

lag

em

1

G1

0,4

61,1

0,4

G2

0,4

61,1

0,4

G3

0,4

61,1

0,4

G4

0,4

61,1

0,4

G5

0,9

90,7

51,1

0,4

G6

0,9

90,7

51,1

0,4

G7

0,9

90,7

50,8

0,4

G8

0,9

90,7

51,2

30,6

80,4

G9

0,9

90,7

51,2

30,6

80,4

G1

00,9

80,7

51,5

10,6

8

G1

10,9

80,7

51,5

10,6

8

G1

20,9

80,7

51,2

30,6

8

G1

30,9

80,9

21,2

30,6

8

G1

40,9

80,9

21,2

30,6

8

G1

50,9

80,9

21,5

10,6

8

G1

60,7

51,5

1

G1

70,4

60,7

51,5

1

G1

80,9

80,7

50,5

G1

90,9

80,7

50,5

G2

00,9

80,7

50,5

G2

10,9

80,7

50,6

8

Tabela 13I - Tempos de arranque por grupo de sequenciamento e linha de produção

Page 76: Estudo e Melhoria do Sequenciamento da Produção numa · Estudo e Melhoria do Sequenciamento da Produção numa Fábrica de Revestimentos em Cortiça iii Resumo O crescimento da

Estudo e Melhoria do Sequenciamento da Produção numa Fábrica de Revestimentos em Cortiça

64

ANEXO J: Critérios de Seleção

Figura 1J - Pseudo código do método de seleção da Abordagem 1

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Estudo e Melhoria do Sequenciamento da Produção numa Fábrica de Revestimentos em Cortiça

65

Figura 2J - Pseudo código do método de seleção da Abordagem 2

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Estudo e Melhoria do Sequenciamento da Produção numa Fábrica de Revestimentos em Cortiça

66

ANEXO K: Movimentos Planeados

Art NºOF Semana Qtd(m2) GaOp Grupo SubGrupo

LJS0005 568432 201922 5000 6D404 G19 2

L5N6001 568356 201922 1000 6D404 G19 2

B0T5001 568278 201922 664,608 6D404 G18 2

B0P5001 568274 201922 664,608 6D404 G18 2

B0P0001 568267 201922 1329,216 6D404 G18 2

E1XK001 568262 201922 769,356 6H401 G21 2

BGXH001 568261 201922 512,904 6H401 G21 2

E1Q0001 568259 201922 641,13 6H401 G21 2

E1XA001 568104 201922 512,904 6H401 G21 2

E1WN001 568037 201922 512,904 6H401 G21 2

BGN9002 567838 201922 641,13 6H401 G21 2

L5W3001 568360 201922 664,608 6D404 G19 2

B0VB001 568359 201922 664,608 6D404 G19 2

LJUZ001 568358 201922 664,608 0

LJQ0004 568357 201922 664,608 6D404 G19 2

LJVZ001 568280 201922 664,608 0

L5N1001 568279 201922 664,608 6D404 G19 2

B0N9001 568277 201922 4652,256 6D404 G19 2

B0Q3003 568276 201922 664,608 6D404 G19 2

LJUY001 568275 201922 1827,672 0

B0M8001 568272 201922 664,608 6D404 G19 2

B0S3001 568271 201922 664,608 6D404 G19 2

L5S3001 568270 201922 664,608 6D404 G19 2

B0M6001 568269 201922 664,608 6D404 G19 2

B0V9001 568268 201922 830,76 6D404 G19 2

B0Q7003 568244 201922 498,456 6D404 G19 2

D8F8001 568355 201922 804 6G060 G13 2

BAI7001 568354 201922 536 6G060 G13 2

D8F4001 568266 201922 1072 6G060 G13 2

BAG6001 568265 201922 268 6G060 G13 2

B5P3001 568172 201922 1400 6F201 G1 2

B5P3002 568343 201922 560 6F206 G3 2

B5T7001 568332 201922 1120 6F201 G1 2

B5P7002 568326 201922 560 6F206 G3 2

B5P1002 568379 201922 560 6F206 G3 2

B5T5001 568337 201922 560 6F201 G1 2

B5R4001 568325 201922 840 6F201 G1 2

JSR1001 568384 201922 280 6F201 G1 2

B5Q1001 568333 201922 560 6F201 G1 2

B5Q1002 568382 201922 560 6F206 G3 2

KLR3001 568415 201922 560 6F201 G1 2

B5V3001 568385 201922 560 6F201 G1 2

B5V3003 568378 201922 720 6F206 G3 2

B5Q0001 568383 201922 560 6F201 G1 2

B5P0001 568336 201922 560 6F201 G1 2

B5R0002 568341 201922 560 6F206 G3 2

B5WR001 568338 201922 1120 6F206 G3 2

B5WQ001 568170 201922 840 6F206 G3 2

B5WT001 568342 201922 1960 6F206 G3 2

B5WU001 568339 201922 560 6F206 G3 2

B5P2001 568335 201922 560 6F201 G1 2

JSX2002 568340 201922 280 6F206 G3 2

C81X001 568327 201922 600 0

BL84005 568329 201922 400 0

BL12020 568132 201922 240 0

BL91001 568030 201922 307,584 0

BL85004 568330 201922 200 0

C83T001 568328 201922 400 0

BLU3004 568032 201922 615,168 0

AEUP001 568418 201922 1200 6F302 G5 2

AEUW001 568377 201922 1035,445 6F302 G5 2

AEUM001 92 201922 7,448 6F302 G5 2

AEUR001 568419 201922 1200 6F302 G5 2

AEYM001 568288 201922 1200 0

AEYA001 568420 201922 1200 0

AEYJ001 568422 201922 1200 0

BLZ3002 568331 201922 200 0

LJS0005 568447 201923 7600 6D404 G19 3

D885001 568480 201923 384,678 6G052 G10 3

BAI3001 568479 201923 512,904 6G061 G12 3

KA56001 568478 201923 897,582 6G052 G10 3

LJW8001 568439 201923 498,456 6D404 G18 3

B0P4001 568428 201923 498,456 6D404 G18 3

B0P2001 568427 201923 996,912 6D404 G18 3

E1XD001 568473 201923 512,904 6H401 G21 3

E1R4001 568260 201923 1410,486 6H401 G21 3

E1WM001 568142 201923 1923,39 6H401 G21 3

E1U4001 568346 201923 897,582 6H401 G21 3

B0VJ001 568438 201923 332,304 6D404 G19 3

B0VC001 568437 201923 498,456 6D404 G19 3

LJU6003 568435 201923 498,456 6D404 G19 3

L5S4001 568434 201923 498,456 6D404 G19 3

B0S1001 568433 201923 498,456 6D404 G19 3

LJQ0009 568431 201923 498,456 6D404 G19 3

B0Q0003 568430 201923 3156,888 6D404 G19 3

B0N8001 568426 201923 830,76 6D404 G19 3

LJN3001 568425 201923 996,912 6D404 G19 3

LJN1001 568424 201923 498,456 6D404 G19 3

D8H8001 568489 201923 268,092 6G060 G14 3

BAJ0001 568488 201923 268,092 6G060 G13 3

BAG7001 568487 201923 268,092 6G060 G13 3

D8F6001 568486 201923 268,092 6G060 G13 3

D8F5001 568485 201923 536,184 6G060 G13 3

D8F8001 568484 201923 536,184 6G060 G13 3

B5P3001 568469 201923 1120 6F201 G1 3

B5T7001 568467 201923 1120 6F201 G1 3

B5T7002 568458 201923 1400 6F206 G3 3

B5P4001 568472 201923 1120 6F201 G1 3

B5R1001 568476 201923 1120 6F201 G1 3

KLR3001 568477 201923 560 6F201 G1 3

B5R3001 568475 201923 1120 6F201 G1 3

KLV3001 568471 201923 560 6F201 G1 3

B5V3001 568466 201923 1120 6F201 G1 3

B5Q0001 568465 201923 1120 6F201 G1 3

B5Q0002 568462 201923 560 6F206 G3 3

B5P0001 568474 201923 1120 6F201 G1 3

B5R0001 568468 201923 1120 6F201 G1 3

B5WQ001 568461 201923 560 6F206 G3 3

JSW9003 568460 201923 560 6F206 G3 3

K837001 126 201923 45,078 0

AEUM001 568417 201923 1200 6F302 G5 3

AEUD001 568416 201923 1200 6F302 G5 3

AEYL001 568423 201923 1200 0

AEYF001 568421 201923 1200 0

B5P3002 568018 201921 280 6F206 G3 1

B5R4001 568171 201921 280 6F201 G1 1

B5V3001 568016 201921 280 6F201 G1 1

B5V5001 567886 201921 600 6F205 G4 1

B5Q0001 568013 201921 1400 6F201 G1 1

B5P0002 568019 201921 280 6F206 G3 1

B5R0002 568022 201921 280 6F206 G3 1

B5XW001 567889 201921 400 6F205 G4 1

B5WR001 568021 201921 560 6F206 G3 1

B5L8001 568020 201921 560 6F206 G3 1

B5WT001 568130 201921 280 6F206 G3 1

B5XS001 567888 201921 600 6F205 G4 1

B5V6001 567887 201921 400 6F205 G4 1

Tabela 1K - Movimentos planeados reais para a semana 22

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Estudo e Melhoria do Sequenciamento da Produção numa Fábrica de Revestimentos em Cortiça

67

ANEXO L: Resultados Obtidos (Configurações e Abordagens)

C1 C2 C3 C4 C5 C1-C2 C1-C3 C2-C4 C3-C5

Makespan 234,311 254,909 285,209 273,673 267,789 8,79% 21,72% 7,36% -6,11%

Número de atrasos 6 6 8 7 6 0,00% 33,33% 16,67% -25,00%

Tempo médio de atrasos (dias) 2,67 2,67 3,00 2,83 3,20 0,00% 12,50% 6,25% 6,67%

Número de setups 44 45 41 41 40 2,27% -6,82% -8,89% -2,44%

% Cumprimento Plano 76,16% 76,16% 65,25% 73,21% 83,88% 0,00% -14,33% -3,88% 28,56%

Taxa média utilização 58,91% 58,41% 58,12% 62,30% 85,13% -0,85% -1,34% 6,67% 46,49%

Taxa média atividade 35,01% 34,99% 34,42% 35,03% 37,88% -0,07% -1,67% 0,14% 10,04%

Quantidade total processada (m2) 42107,590 42107,590 36659,523 40673,344 49186,219 0,00% -12,94% -3,41% 34,17%

Quantidade em atraso (m2) 12667,011 12667,011 18115,070 14101,250 8668,378 0,00% 43,01% 11,32% -52,15%

Quantidade Antecipada (m2) 2400,000 2400,000 2400,000 2400,000 5480,000 0,00% 0,00% 0,00% 128,33%

Quantidade processada do plano (m2) 39707,590 39707,590 34259,523 38273,344 43706,219 0,00% -13,72% -3,61% 27,57%

Abordagem 1 Variações

C1 C2 C3 C4 C5 C1-C2 C1-C3 C2-C4 C3-C5

Makespan 204,698 233,677 289,230 283,541 296,920 14,16% 41,30% 21,34% 2,66%

Número de atrasos 6 6 7 7 7 0,00% 16,67% 16,67% 0,00%

Tempo médio de atrasos (dias) 4,75 4,00 4,00 3,40 4,00 -15,79% -15,79% -15,00% 0,00%

Número de setups 31 31 29 29 30 0,00% -6,45% -6,45% 3,45%

% Cumprimento Plano 49,51% 49,51% 65,03% 73,56% 81,16% 0,00% 31,34% 48,57% 24,81%

Taxa média utilização 82,16% 83,16% 83,48% 82,93% 93,04% 1,22% 1,61% -0,27% 11,45%

Taxa média atividade 38,71% 37,56% 38,90% 38,84% 38,33% -2,96% 0,49% 3,38% -1,46%

Quantidade total processada (m2) 45659,035 45659,035 47382,559 47461,680 47200,676 0,00% 3,77% 3,95% -0,38%

Quantidade em atraso (m2) 26672,328 26672,328 18327,801 14156,586 10070,359 0,00% -31,29% -46,92% -45,05%

Quantidade Antecipada (m2) 19956,766 19956,766 13335,761 9243,662 4896,433 0,00% -33,18% -53,68% -63,28%

Quantidade processada do plano (m2) 25702,270 25702,270 34046,798 38218,018 42304,243 0,00% 32,47% 48,70% 24,25%

Abordagem 2 Variações

Tabela 1L - Resultados gerais das configurações da Abordagem 1

Tabela 2L - Resultados gerais das configurações da Abordagem 2

Taxa média cumprimento do plano Taxa média utilização Taxa média atividade

A1C1 0,7616 0,5891 0,3501

A1C2 0,7616 0,5841 0,3499

A1C3 0,6525 0,5812 0,3442

A1C4 0,7321 0,6230 0,3503

A1C5 0,8388 0,8513 0,3788

A2C1 0,4951 0,8216 0,3871

A2C2 0,4951 0,8316 0,3756

A2C3 0,6503 0,8348 0,3890

A2C4 0,7356 0,8293 0,3884

A2C5 0,8116 0,9304 0,3833

Coeficiente de correlação 0,9403

(entre taxa média de utilização e taxa média de atividade)

Tabela 3L - Valores dos objetivos estudados para cada uma das configurações e respetivo coeficiente de

correlação existente entre a taxa média de utilização e taxa média de atividade

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Estudo e Melhoria do Sequenciamento da Produção numa Fábrica de Revestimentos em Cortiça

68

A1C1 0,7324 0,7032 0,6740 0,6448 0,6156 0,5864 0,5572 0,5280 0,4988

A1C2 0,7322 0,7027 0,6732 0,6438 0,6143 0,5848 0,5554 0,5259 0,4964

A1C3 0,6335 0,6145 0,5956 0,5766 0,5576 0,5386 0,5196 0,5007 0,4817

A1C4 0,7075 0,6830 0,6584 0,6339 0,6094 0,5848 0,5603 0,5357 0,5112

A1C5 0,8165 0,7941 0,7717 0,7493 0,7270 0,7046 0,6822 0,6598 0,6375

A2C1 0,5060 0,5170 0,5279 0,5388 0,5497 0,5607 0,5716 0,5825 0,5934

A2C2 0,5060 0,5168 0,5277 0,5385 0,5494 0,5602 0,5711 0,5819 0,5928

A2C3 0,6464 0,6426 0,6388 0,6349 0,6311 0,6273 0,6234 0,6196 0,6157

A2C4 0,7229 0,7103 0,6976 0,6849 0,6722 0,6595 0,6469 0,6342 0,6215

A2C5 0,7961 0,7806 0,7652 0,7497 0,7342 0,7187 0,7033 0,6878 0,6723

α 0,90 0,8 0,7 0,6 0,5 0,4 0,3 0,2 0,1

β 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 0,3 0,35 0,4 0,45

γ 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 0,3 0,35 0,4 0,45

Soma 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00

Função Objetivo

Tabela 4L- Variação da função objetivo tendo em conta os pesos atribuídos a cada um dos objetivos

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Estudo e Melhoria do Sequenciamento da Produção numa Fábrica de Revestimentos em Cortiça

69

ANEXO M: Resultados Obtidos (A1C5)

Grupo Subgrupo Descrição

G4 1 HydroCork 615x295

G3 1 HydroCork 1225x195

G1 1 HydroCork 1225x145

G1 2 HydroCork 1225x145

G19 2 LVT 1220x185 (S/Bisel.)

G18 2 LVT 1220x185

G21 2 Authentica

G13 2 ArtComfort 1800 bis PURv2 (Linear)

G3 2 HydroCork 1225x195

G5 2 Wise PET

G13 3 ArtComfort 1800 bis PURv2 (Linear)

G5 3 Wise PET

G3 3 HydroCork 1225x195

G19 3 LVT 1220x185 (S/Bisel.)

G10 3 ArtComfort 1220 s/bis PUR

G21 3 Authentica

G1 3 HydroCork 1225x145

G18 3 LVT 1220x185

G12 3 ArtComfort 1220 s/bis PURv2

G14 3 ArtComfort 1800 bis PURv2 (Liso)

SEQUÊNCIA

Tabela 1M - Sequência obtida para a Configuração 5 da Abordagem 1 (A1C5)

Figura 1M - Gantt Chart obtido para a Configuração 5 da Abordagem 1

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Estudo e Melhoria do Sequenciamento da Produção numa Fábrica de Revestimentos em Cortiça

70

Linhas Ordem Semana Descrição Quantidade (m2) Hora Inicial Turno Inicial Dia Inicial Tempo Setup Tempo Processamento Hora Final Turno Final Dia Final

Colagem 6 G19,2 201922 LVT 1220x185 (S/Bisel.) 17962,943 5,000 A Segunda 0,750 31,186 36,936 A Terça

G18,2 201922 LVT 1220x185 2658,432 36,936 A Terça 0,000 4,615 41,551 B Terça

G21,2 201922 Authentica 3590,328 41,551 B Terça 0,820 6,233 48,604 C Terça

G5,2 201922 Wise PET 3442,893 48,604 C Terça 0,820 5,977 55,401 A Quarta

G5,3 201923 Wise PET 2400,000 55,401 A Quarta 0,000 4,167 59,568 A Quarta

G19,3 201923 LVT 1220x185 (S/Bisel.) 15907,600 59,568 A Quarta 0,820 27,617 88,005 B Quinta

G10,3 201923 ArtComfort 1220 s/bis PUR 1282,260 88,005 B Quinta 0,820 2,226 91,052 B Quinta

G21,3 201923 Authentica 4744,362 91,052 B Quinta 0,820 8,237 100,108 C Quinta

G18,3 201923 LVT 1220x185 1993,824 100,108 C Quinta 0,820 3,461 104,390 A Sexta

G12,3 201923 ArtComfort 1220 s/bis PURv2 512,904 104,390 A Sexta 0,820 0,890 106,100 A Sexta

Colagem 7 G19,2 201922 LVT 1220x185 (S/Bisel.) 17962,943 36,936 A Terça 0,500 29,019 66,455 B Quarta

G18,2 201922 LVT 1220x185 2658,432 66,455 B Quarta 0,000 4,295 70,750 C Quarta

G19,3 201923 LVT 1220x185 (S/Bisel.) 15907,600 88,005 B Quinta 0,000 25,699 113,704 B Sexta

G18,3 201923 LVT 1220x185 1993,824 113,704 B Sexta 0,000 3,221 116,925 B Sexta

Colagem 8 G13,2 201922 ArtComfort 1800 bis PURv2 (Linear) 2680,000 5,000 A Segunda 0,920 16,962 22,882 C Segunda

G13,3 201923 ArtComfort 1800 bis PURv2 (Linear) 1876,644 22,882 C Segunda 0,000 11,877 34,760 A Terça

G14,3 201923 ArtComfort 1800 bis PURv2 (Liso) 268,092 34,760 A Terça 0,000 1,697 36,456 A Terça

Colagem 9 G4,1 201921 HydroCork 615x295 2000,000 5,000 A Segunda 1,100 5,650 11,750 A Segunda

G3,1 201921 HydroCork 1225x195 1812,325 11,750 A Segunda 1,150 4,100 17,000 B Segunda

G3,1 201921 HydroCork 1225x195 427,675 17,250 B Segunda 0,000 0,968 18,218 B Segunda

G1,1 201921 HydroCork 1225x145 1960,000 18,218 B Segunda 0,000 4,645 22,862 C Segunda

G1,2 201922 HydroCork 1225x145 902,177 22,862 C Segunda 0,000 2,138 25,000 C Segunda

G1,2 201922 HydroCork 1225x145 3270,500 25,250 C Segunda 0,000 7,750 33,000 A Terça

G1,2 201922 HydroCork 1225x145 3387,323 33,250 A Terça 0,000 8,027 41,277 B Terça

G3,2 201922 HydroCork 1225x195 3413,640 41,277 B Terça 0,000 7,723 49,000 C Terça

G3,2 201922 HydroCork 1225x195 3425,500 49,250 C Terça 0,000 7,750 57,000 A Quarta

G3,2 201922 HydroCork 1225x195 1440,860 57,250 A Quarta 0,000 3,260 60,510 A Quarta

G5,2 201922 Wise PET 1503,534 60,510 A Quarta 0,750 3,740 65,000 B Quarta

G5,2 201922 Wise PET 1939,357 65,250 B Quarta 0,000 4,824 70,074 C Quarta

G5,3 201923 Wise PET 1176,143 70,074 C Quarta 0,000 2,926 73,000 C Quarta

G5,3 201923 Wise PET 1223,856 73,250 C Quarta 0,000 3,044 76,294 C Quarta

G3,3 201923 HydroCork 1225x195 1748,367 76,294 C Quarta 0,750 3,956 81,000 A Quinta

G3,3 201923 HydroCork 1225x195 1331,632 81,250 A Quinta 0,000 3,013 84,263 A Quinta

G1,3 201923 HydroCork 1225x145 1999,123 84,263 A Quinta 0,000 4,737 89,000 B Quinta

G1,3 201923 HydroCork 1225x145 3270,500 89,250 B Quinta 0,000 7,750 97,000 C Quinta

G1,3 201923 HydroCork 1225x145 3270,500 97,250 C Quinta 0,000 7,750 105,000 A Sexta

G1,3 201923 HydroCork 1225x145 2659,876 105,250 A Sexta 0,000 6,303 111,553 B Sexta

Linha Pintura 2 - Ink Jet G10,3 201923 ArtComfort 1220 s/bis PUR 949,813 91,052 B Quinta 1,510 4,438 97,000 C Quinta

G10,3 201923 ArtComfort 1220 s/bis PUR 332,447 97,250 C Quinta 0,000 1,553 98,803 C Quinta

AF3-Linha Pintura 3 G13,2 201922 ArtComfort 1800 bis PURv2 (Linear) 2680,000 147,250 C Sábado 1,230 27,917 176,397 Em espera

G13,3 201923 ArtComfort 1800 bis PURv2 (Linear) 1876,644 176,397 Em espera 0,000 19,548 195,945 Em espera

G12,3 201923 ArtComfort 1220 s/bis PURv2 512,904 195,945 Em espera 1,250 5,399 202,594 Em espera

G14,3 201923 ArtComfort 1800 bis PURv2 (Liso) 268,092 257,867 Em espera 1,250 2,793 261,910 Em espera

Envernizamento 4 G21,2 201922 Authentica 1477,400 53,000 A Quarta 0,680 3,320 57,000 A Quarta

G21,2 201922 Authentica 2112,928467 57,250 A Quarta 0,000 4,748 61,998 B Quarta

G13,2 201922 ArtComfort 1800 bis PURv2 (Linear) 2680 176,397 Em espera 1,670 9,781 187,848 Em espera

G13,3 201923 ArtComfort 1800 bis PURv2 (Linear) 1876,644043 195,945 Em espera 0,000 6,849 202,794 Em espera

G10,3 201923 ArtComfort 1220 s/bis PUR 1282,26001 202,794 Em espera 1,670 5,699 210,163 Em espera

G21,3 201923 Authentica 4744,361816 210,163 Em espera 0,350 10,661 221,175 Em espera

G12,3 201923 ArtComfort 1220 s/bis PURv2 512,9039917 221,175 Em espera 0,350 2,043 223,568 Em espera

G14,3 201923 ArtComfort 1800 bis PURv2 (Liso) 268,0920105 261,910 Em espera 1,670 0,978 264,559 Em espera

Embalagem 1 G5,2 201922 Wise PET 3442,892822 79,421 A Quinta 0,400 10,008 89,829 B Quinta

G5,3 201923 Wise PET 2400 89,829 B Quinta 0,000 6,977 96,806 C Quinta

Corte final 1 G4,1 201921 HydroCork 615x295 2000 35,750 A Terça 0,460 12,422 48,632 C Terça

G3,1 201921 HydroCork 1225x195 2240 48,632 C Terça 4,000 5,849 58,481 A Quarta

G1,1 201921 HydroCork 1225x145 1960 58,481 A Quarta 4,000 5,355 67,836 B Quarta

G1,2 201922 HydroCork 1225x145 7560 67,836 B Quarta 0,000 20,656 88,492 B Quinta

G3,2 201922 HydroCork 1225x195 8280 88,492 B Quinta 4,000 21,619 114,110 B Sexta

G3,3 201923 HydroCork 1225x195 3080 114,110 B Sexta 0,000 8,042 122,152 C Sexta

G1,3 201923 HydroCork 1225x145 11200 135,553 B Sábado 4,000 30,601 170,154 Em espera

Corte final 2 G5,2 201922 Wise PET 3442,892822 70,074 C Quarta 0,990 8,357 79,421 A Quinta

G5,3 201923 Wise PET 2400 79,421 A Quinta 0,000 5,825 85,246 B Quinta

Corte Final 5 G19,2 201922 LVT 1220x185 (S/Bisel.) 17962,94336 90,455 B Quinta 0,980 32,839 124,274 C Sexta

G18,2 201922 LVT 1220x185 2658,431885 124,274 C Sexta 0,250 4,860 129,384 A Sábado

G21,2 201922 Authentica 3590,328125 129,384 A Sábado 0,450 9,473 139,307 B Sábado

G13,2 201922 ArtComfort 1800 bis PURv2 (Linear) 2680 139,307 B Sábado 1,000 6,943 147,250 C Sábado

G13,3 201923 ArtComfort 1800 bis PURv2 (Linear) 1876,644043 147,250 C Sábado 0,000 4,862 152,112 Em espera

G19,3 201923 LVT 1220x185 (S/Bisel.) 15907,59961 152,112 Em espera 1,000 29,082 182,193 Em espera

G10,3 201923 ArtComfort 1220 s/bis PUR 1282,26001 234,163 Em espera 0,160 3,383 237,706 Em espera

G21,3 201923 Authentica 4744,361816 237,706 Em espera 0,250 12,518 250,475 Em espera

G18,3 201923 LVT 1220x185 1993,823975 250,475 Em espera 0,450 3,645 254,570 Em espera

G12,3 201923 ArtComfort 1220 s/bis PURv2 512,9039917 254,570 Em espera 0,250 1,353 256,173 Em espera

G14,3 201923 ArtComfort 1800 bis PURv2 (Liso) 268,0920105 256,173 Em espera 1,000 0,695 257,867 Em espera

Embalagem 2 G13,2 201922 ArtComfort 1800 bis PURv2 (Linear) 2680 187,848 Em espera 0,000 32,289 220,137 Em espera

G13,3 201923 ArtComfort 1800 bis PURv2 (Linear) 1876,644043 220,137 Em espera 0,000 22,610 242,747 Em espera

G14,3 201923 ArtComfort 1800 bis PURv2 (Liso) 268,0920105 264,559 Em espera 0,000 3,230 267,789 Em espera

Tabela 2M - Lista de despacho obtida para a Configuração 5 da Abordagem 1

Page 83: Estudo e Melhoria do Sequenciamento da Produção numa · Estudo e Melhoria do Sequenciamento da Produção numa Fábrica de Revestimentos em Cortiça iii Resumo O crescimento da

Estudo e Melhoria do Sequenciamento da Produção numa Fábrica de Revestimentos em Cortiça

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Tabela 4M - Performance das linhas de produção, por dia e por semana

Linhas Nº Ordens Nº Setups Tempo Setups (nº horas) Tempo de Espera (nº horas) Tempo s/ OF (nº horas) Tempo Inatividade (nºhoras) Tempo Funcionamento (nº horas) Taxa Atividade Taxa Utilização Disponibilidade (nºhoras) Quantidade Processada (m2) Quantidade em atraso Quantidade antecipada

Colagem 6 10 8 6,490 0,000 18,900 25,390 94,610 78,84% 93,58% 120,000 54495,547 0,000 26840,949

Colagem 7 4 1 0,500 17,256 40,010 57,766 62,234 51,86% 77,80% 120,000 38522,801 0,000 17901,424

Colagem 8 3 1 0,920 0,000 88,544 89,464 30,536 25,45% 97,08% 120,000 4824,736 0,000 2144,736

Colagem 9 9 4 3,750 0,000 16,947 20,697 100,053 82,86% 96,39% 116,250 42162,887 0,000 16679,996

Linha Pintura 2 - Ink Jet 1 1 1,510 0,000 113,248 114,758 5,992 4,96% 79,87% 116,250 1282,260 0,000 1282,260

AF3-Linha Pintura 3 4 3 0,000 0,000 120,000 120,000 0,000 0,00% 0,00% 120,000 0,000 2680,000 0,000

Envernizamento 1 0 0 0,000 0,000 38,750 38,750 0,000 0,00% 0,00% 38,750 0,000 0,000 0,000

Envernizamento 4 7 6 0,680 29,252 42,500 72,432 8,068 10,02% 21,23% 77,500 3590,328 2680,000 0,000

Embalagem 1 2 1 0,400 0,000 102,615 103,015 16,985 14,15% 97,70% 120,000 5842,893 0,000 2400,000

Corte final 1 7 5 12,460 2,848 30,750 46,058 73,942 61,62% 82,85% 120,000 25120,000 0,000 3080,000

Corte final 2 2 1 0,990 0,000 104,828 105,818 14,182 11,82% 93,47% 120,000 5842,893 0,000 2400,000

Corte Final 5 11 10 1,230 0,000 85,455 86,685 33,315 27,76% 96,44% 120,000 18223,326 8668,378 0,000

Embalagem 2 3 0 0,000 0,000 120,000 120,000 0,000 0,00% 0,00% 120,000 0,000 2680,000 0,000

Linhas Nº Ordens Nº Setups Tempo Setups (nº horas) Tempo de Espera (nº horas) Tempo s/ OF (nº horas) Tempo Inatividade (nºhoras) Tempo Funcionamento (nº horas) Taxa Atividade Taxa Utilização Disponibilidade (nºhoras) Quantidade Processada (m2)

Colagem 6 1 1 0,750 0,000 0,000 0,750 23,250 96,88% 96,88% 24,000 13392,000

Colagem 7 0 0 0,000 0,000 24,000 24,000 0,000 0,00% 0,00% 24,000 0,000

Colagem 8 2 1 0,920 0,000 0,000 0,920 23,080 96,17% 96,17% 24,000 3646,640

Colagem 9 4 2 2,250 0,000 0,500 2,750 21,250 88,54% 90,43% 23,250 8684,676

Linha Pintura 2 - Ink Jet 0 0 0,000 0,000 23,250 23,250 0,000 0,00% 0,00% 23,250 0,000

AF3-Linha Pintura 3 0 0 0,000 0,000 24,000 24,000 0,000 0,00% 0,00% 24,000 0,000

Envernizamento 1 0 0 0,000 0,000 7,750 7,750 0,000 0,00% 0,00% 7,750 0,000

Envernizamento 4 0 0 0,000 0,000 15,500 15,500 0,000 0,00% 0,00% 15,500 0,000

Embalagem 1 0 0 0,000 0,000 24,000 24,000 0,000 0,00% 0,00% 24,000 0,000

Corte final 1 0 0 0,000 0,000 24,000 24,000 0,000 0,00% 0,00% 24,000 0,000

Corte final 2 0 0 0,000 0,000 24,000 24,000 0,000 0,00% 0,00% 24,000 0,000

Corte Final 5 0 0 0,000 0,000 24,000 24,000 0,000 0,00% 0,00% 24,000 0,000

Embalagem 2 0 0 0,000 0,000 24,000 24,000 0,000 0,00% 0,00% 24,000 0,000

Linhas Nº Ordens Nº Setups Tempo Setups (nº horas) Tempo de Espera (nº horas) Tempo s/ OF (nº horas) Tempo Inatividade (nºhoras) Tempo Funcionamento (nº horas) Taxa Atividade Taxa Utilização Disponibilidade (nºhoras) Quantidade Processada (m2)

Colagem 6 4 2 1,640 0,000 0,000 1,640 22,360 93,17% 93,17% 24,000 12879,360

Colagem 7 1 1 0,500 0,000 7,936 8,436 15,564 64,85% 96,89% 24,000 9634,323

Colagem 8 2 0 0,000 0,000 16,544 16,544 7,456 31,07% 100,00% 24,000 1178,096

Colagem 9 3 0 0,000 0,000 0,750 0,750 23,500 96,91% 100,00% 23,250 10146,463

Linha Pintura 2 - Ink Jet 0 0 0,000 0,000 23,250 23,250 0,000 0,00% 0,00% 23,250 0,000

AF3-Linha Pintura 3 0 0 0,000 0,000 24,000 24,000 0,000 0,00% 0,00% 24,000 0,000

Envernizamento 1 0 0 0,000 0,000 7,750 7,750 0,000 0,00% 0,00% 7,750 0,000

Envernizamento 4 0 0 0,000 0,000 15,500 15,500 0,000 0,00% 0,00% 15,500 0,000

Embalagem 1 0 0 0,000 0,000 24,000 24,000 0,000 0,00% 0,00% 24,000 0,000

Corte final 1 2 2 4,460 0,000 6,750 11,210 12,790 53,29% 74,15% 24,000 2140,915

Corte final 2 0 0 0,000 0,000 24,000 24,000 0,000 0,00% 0,00% 24,000 0,000

Corte Final 5 0 0 0,000 0,000 24,000 24,000 0,000 0,00% 0,00% 24,000 0,000

Embalagem 2 0 0 0,000 0,000 24,000 24,000 0,000 0,00% 0,00% 24,000 0,000

Linhas Nº Ordens Nº Setups Tempo Setups (nº horas) Tempo de Espera (nº horas) Tempo s/ OF (nº horas) Tempo Inatividade (nºhoras) Tempo Funcionamento (nº horas) Taxa Atividade Taxa Utilização Disponibilidade (nºhoras) Quantidade Processada (m2)

Colagem 6 3 1 0,820 0,000 0,000 0,820 23,180 96,58% 96,58% 24,000 13351,679

Colagem 7 2 0 0,000 6,250 0,000 6,250 17,750 73,96% 73,96% 24,000 10987,052

Colagem 8 0 0 0,000 0,000 24,000 24,000 0,000 0,00% 0,00% 24,000 0,000

Colagem 9 4 2 1,500 0,000 1,250 2,750 21,750 88,78% 93,55% 23,250 9032,118

Linha Pintura 2 - Ink Jet 0 0 0,000 0,000 23,250 23,250 0,000 0,00% 0,00% 23,250 0,000

AF3-Linha Pintura 3 0 0 0,000 0,000 24,000 24,000 0,000 0,00% 0,00% 24,000 0,000

Envernizamento 1 0 0 0,000 0,000 7,750 7,750 0,000 0,00% 0,00% 7,750 0,000

Envernizamento 4 1 1 0,680 0,000 7,502 8,182 8,068 49,65% 92,23% 15,500 3590,329

Embalagem 1 0 0 0,000 0,000 24,000 24,000 0,000 0,00% 0,00% 24,000 0,000

Corte final 1 3 1 4,000 0,000 0,000 4,000 20,000 83,33% 83,33% 24,000 7413,171

Corte final 2 1 1 0,990 0,000 17,074 18,064 5,936 24,73% 85,71% 24,000 2445,520

Corte Final 5 0 0 0,000 0,000 24,000 24,000 0,000 0,00% 0,00% 24,000 0,000

Embalagem 2 0 0 0,000 0,000 24,000 24,000 0,000 0,00% 0,00% 24,000 0,000

Linhas Nº Ordens Nº Setups Tempo Setups (nº horas) Tempo de Espera (nº horas) Tempo s/ OF (nº horas) Tempo Inatividade (nºhoras) Tempo Funcionamento (nº horas) Taxa Atividade Taxa Utilização Disponibilidade (nºhoras) Quantidade Processada (m2)

Colagem 6 4 3 2,460 0,000 0,000 2,460 21,540 89,75% 89,75% 24,000 12407,042

Colagem 7 1 0 0,000 11,005 0,000 11,005 12,995 54,14% 54,14% 24,000 8043,609

Colagem 8 0 0 0,000 0,000 24,000 24,000 0,000 0,00% 0,00% 24,000 0,000

Colagem 9 3 0 0,000 0,000 1,500 1,500 23,250 93,94% 100,00% 23,250 9951,755

Linha Pintura 2 - Ink Jet 1 1 1,510 0,000 17,248 18,758 5,992 24,21% 79,87% 23,250 1282,260

AF3-Linha Pintura 3 0 0 0,000 0,000 24,000 24,000 0,000 0,00% 0,00% 24,000 0,000

Envernizamento 1 0 0 0,000 0,000 7,750 7,750 0,000 0,00% 0,00% 7,750 0,000

Envernizamento 4 0 0 0,000 0,000 15,500 15,500 0,000 0,00% 0,00% 15,500 0,000

Embalagem 1 2 1 0,400 0,000 6,615 7,015 16,985 70,77% 97,70% 24,000 5842,893

Corte final 1 2 1 4,000 0,000 0,000 4,000 20,000 83,33% 83,33% 24,000 7464,643

Corte final 2 2 0 0,000 0,000 15,754 15,754 8,246 34,36% 100,00% 24,000 3397,373

Corte Final 5 1 1 0,980 0,000 13,455 14,435 9,565 39,85% 90,71% 24,000 5232,079

Embalagem 2 0 0 0,000 0,000 24,000 24,000 0,000 0,00% 0,00% 24,000 0,000

Linhas Nº Ordens Nº Setups Tempo Setups (nº horas) Tempo de Espera (nº horas) Tempo s/ OF (nº horas) Tempo Inatividade (nºhoras) Tempo Funcionamento (nº horas) Taxa Atividade Taxa Utilização Disponibilidade (nºhoras) Quantidade Processada (m2)

Colagem 6 2 1 0,820 0,000 18,900 19,720 4,280 17,83% 83,92% 24,000 2465,463

Colagem 7 2 0 0,000 0,000 8,075 8,075 15,925 66,36% 100,00% 24,000 9857,814

Colagem 8 0 0 0,000 0,000 24,000 24,000 0,000 0,00% 0,00% 24,000 0,000

Colagem 9 2 0 0,000 0,000 14,697 14,697 10,303 41,21% 100,00% 23,250 4347,876

Linha Pintura 2 - Ink Jet 0 0 0,000 0,000 23,250 23,250 0,000 0,00% 0,00% 23,250 0,000

AF3-Linha Pintura 3 0 0 0,000 0,000 24,000 24,000 0,000 0,00% 0,00% 24,000 0,000

Envernizamento 1 0 0 0,000 0,000 7,750 7,750 0,000 0,00% 0,00% 7,750 0,000

Envernizamento 4 0 0 0,000 0,000 15,500 15,500 0,000 0,00% 0,00% 15,500 0,000

Embalagem 1 0 0 0,000 0,000 24,000 24,000 0,000 0,00% 0,00% 24,000 0,000

Corte final 1 2 0 0,000 2,848 0,000 2,848 21,152 88,13% 88,13% 24,000 8101,271

Corte final 2 0 0 0,000 0,000 24,000 24,000 0,000 0,00% 0,00% 24,000 0,000

Corte Final 5 2 1 0,250 0,000 0,000 0,250 23,750 98,96% 98,96% 24,000 12991,248

Embalagem 2 0 0 0,000 0,000 24,000 24,000 0,000 0,00% 0,00% 24,000 0,000

Semana

Sexta

Segunda

Terça

Quarta

Quinta

Ordem Descrição Quantidade (m2) Semana Estado Dia de entrega previsto Dias em atraso

G5,2 Wise PET 3442,893 201922 Sequenciado Quinta 0

G5,3 Wise PET 2400,000 201923 Sequenciado Quinta 0

G1,1 HydroCork 1225x145 1960,000 201921 Sequenciado Quarta 5

G1,2 HydroCork 1225x145 7560,000 201922 Sequenciado Quinta 0

G1,3 HydroCork 1225x145 11200,000 201923 Em espera Em espera 0

G3,1 HydroCork 1225x195 2240,000 201921 Sequenciado Quarta 5

G3,2 HydroCork 1225x195 8280,000 201922 Sequenciado Sexta 0

G3,3 HydroCork 1225x195 3080,000 201923 Sequenciado Sexta 0

G4,1 HydroCork 615x295 2000,000 201921 Sequenciado Terça 4

G18,2 LVT 1220x185 2658,432 201922 Sequenciado Sábado 1

G18,3 LVT 1220x185 1993,824 201923 Em espera Em espera 0

G19,2 LVT 1220x185 (S/Bisel.) 17962,943 201922 Sequenciado Sexta 0

G19,3 LVT 1220x185 (S/Bisel.) 15907,59961 201923 Em espera Em espera 0

G10,3 ArtComfort 1220 s/bis PUR 1282,26001 201923 Em espera Em espera 0

G12,3 ArtComfort 1220 s/bis PURv2 512,9039917 201923 Em espera Em espera 0

G21,2 Authentica 3590,328125 201922 Sequenciado Sábado 1

G21,3 Authentica 4744,361816 201923 Em espera Em espera 0

G13,2 ArtComfort 1800 bis PURv2 (Linear) 2680 201922 Em espera Em espera 0

G13,3 ArtComfort 1800 bis PURv2 (Linear) 1876,644043 201923 Em espera Em espera 0

G14,3 ArtComfort 1800 bis PURv2 (Liso) 268,0920105 201923 Em espera Em espera 0

Tabela 3M - Tempos de entrega previstos para a Configuração 5 da Abordagem 1

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Estudo e Melhoria do Sequenciamento da Produção numa Fábrica de Revestimentos em Cortiça

72

Figura 2M - Comparação do número de setups e grupos sequenciados por linha de produção (semana)

Figura 3M - Gantt Chart obtido para as linhas de corte

Figura 4M - Distribuição de tempo de produção instalado, por linha de produção

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Estudo e Melhoria do Sequenciamento da Produção numa Fábrica de Revestimentos em Cortiça

73

Figura 5M- Taxas de atividade e utilização por linha de

produção (Segunda) Figura 6M - Taxas de atividade e utilização por linha de

produção (Terça)

Figura 7M - Taxas de atividade e utilização por linha de

produção (Quarta)

Figura 8M - Taxas de atividade e utilização por linha de

produção (Quinta)

Figura 9M - Taxas de atividade e utilização por linha de

produção (Sexta)

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Estudo e Melhoria do Sequenciamento da Produção numa Fábrica de Revestimentos em Cortiça

74

ANEXO N: Resultados Obtidos após Melhorias (A1C5)

Tabela 1N - Lista de despacho nas linhas de produção onde houve alterações

Tabela 2N - Performance das linhas de produção após alterações

Linhas Ordem Semana Descrição Quantidade (m2) Hora Inicial Turno Inicial Dia Inicial Tempo Setup Tempo Processamento Hora Final Turno Final Dia Final

AF3-Linha Pintura 3 G13,2 201922 ArtComfort 1800 bis PURv2 (Linear) 2680,000 54,805 C Quarta 1,230 27,917 83,952 Quinta

G13,3 201923 ArtComfort 1800 bis PURv2 (Linear) 1876,644 176,397 Em espera 0,000 19,548 195,945 Em espera

G12,3 201923 ArtComfort 1220 s/bis PURv2 512,904 195,945 Em espera 1,250 5,399 202,594 Em espera

G14,3 201923 ArtComfort 1800 bis PURv2 (Liso) 268,092 257,867 Em espera 1,250 2,793 261,910 Em espera

Envernizamento 4 G21,2 201922 Authentica 1477,400 53,000 A Quarta 0,680 3,320 57,000 A Quarta

G21,2 201922 Authentica 2112,928467 57,250 A Quarta 0,000 4,748 61,998 B Quarta

G13,2 201922 ArtComfort 1800 bis PURv2 (Linear) 2680 83,952 Quinta 0,680 9,781 94,413 Quinta

G13,3 201923 ArtComfort 1800 bis PURv2 (Linear) 1876,644043 195,945 Em espera 0,000 6,849 202,794 Em espera

G10,3 201923 ArtComfort 1220 s/bis PUR 1282,26001 202,794 Em espera 1,670 5,699 210,163 Em espera

G21,3 201923 Authentica 4744,361816 210,163 Em espera 0,000 10,661 220,825 Em espera

G12,3 201923 ArtComfort 1220 s/bis PURv2 512,9039917 220,825 Em espera 0,350 2,043 223,218 Em espera

G14,3 201923 ArtComfort 1800 bis PURv2 (Liso) 268,0920105 261,910 Em espera 1,670 0,978 264,559 Em espera

Embalagem 1 G5,2 201922 Wise PET 3442,892822 79,421 A Quinta 0,400 10,008 89,829 B Quinta

G5,3 201923 Wise PET 2400 89,829 B Quinta 0,000 6,977 96,806 C Quinta

Corte final 1 G4,1 201921 HydroCork 615x295 2000 35,750 A Terça 0,460 12,422 48,632 C Terça

G3,1 201921 HydroCork 1225x195 2240 48,632 C Terça 4,000 5,849 58,481 A Quarta

G1,1 201921 HydroCork 1225x145 1960 58,481 A Quarta 4,000 5,355 67,836 B Quarta

G1,2 201922 HydroCork 1225x145 7560 67,836 B Quarta 0,000 20,656 88,492 B Quinta

G3,2 201922 HydroCork 1225x195 8280 88,492 B Quinta 4,000 21,619 114,110 B Sexta

G3,3 201923 HydroCork 1225x195 3080 114,110 B Sexta 0,000 8,042 122,152 C Sexta

G1,3 201923 HydroCork 1225x145 11200 135,553 B Sábado 4,000 30,601 170,154 Em espera

Corte final 2 G5,2 201922 Wise PET 3442,892822 70,074 C Quarta 0,990 8,357 79,421 A Quinta

G5,3 201923 Wise PET 2400 79,421 A Quinta 0,000 5,825 85,246 B Quinta

Corte Final 5 G13,2 201922 ArtComfort 1800 bis PURv2 (Linear) 2680 46,882 B Terça 0,980 6,943 54,805 C Quarta

G21,2 201922 Authentica 3590,328125 61,998 C Sexta 1,000 9,473 72,471 A Quinta

G19,2 201922 LVT 1220x185 (S/Bisel.) 17962,94336 90,455 B Quinta 0,450 32,839 124,274 C Sexta

G18,2 201922 LVT 1220x185 2658,431885 124,274 C Sexta 0,250 4,860 129,384 A Sábado

G13,3 201923 ArtComfort 1800 bis PURv2 (Linear) 1876,644043 147,250 C Sábado 0,000 4,862 152,112 Em espera

G19,3 201923 LVT 1220x185 (S/Bisel.) 15907,59961 152,112 Em espera 1,000 29,082 182,193 Em espera

G10,3 201923 ArtComfort 1220 s/bis PUR 1282,26001 234,163 Em espera 0,160 3,383 237,706 Em espera

G21,3 201923 Authentica 4744,361816 237,706 Em espera 0,250 12,518 250,475 Em espera

G18,3 201923 LVT 1220x185 1993,823975 250,475 Em espera 0,450 3,645 254,570 Em espera

G12,3 201923 ArtComfort 1220 s/bis PURv2 512,9039917 254,570 Em espera 0,250 1,353 256,173 Em espera

G14,3 201923 ArtComfort 1800 bis PURv2 (Liso) 268,0920105 256,173 Em espera 1,000 0,695 257,867 Em espera

Embalagem 2 G13,2 201922 ArtComfort 1800 bis PURv2 (Linear) 2680 94,413 Quinta 0,000 32,289 126,702 Sábado

G13,3 201923 ArtComfort 1800 bis PURv2 (Linear) 1876,644043 220,137 Em espera 0,000 22,610 242,747 Em espera

G14,3 201923 ArtComfort 1800 bis PURv2 (Liso) 268,0920105 264,559 Em espera 0,000 3,230 267,789 Em espera

DEPOIS

Linhas Nº Ordens Nº Setups Tempo Setups (nº horas) Tempo de Espera (nº horas) Tempo s/ OF (nº horas) Tempo Inatividade (nºhoras) Tempo Funcionamento (nº horas) Taxa Atividade Taxa Utilização Disponibilidade (nºhoras) Quantidade Processada (m2) Quantidade em atraso Quantidade antecipada

Colagem 6 10 8 6,490 0,000 18,900 25,390 94,610 78,84% 93,58% 120,000 54495,547 0,000 26840,949

Colagem 7 4 1 0,500 17,256 40,010 57,766 62,234 51,86% 77,80% 120,000 38522,801 0,000 17901,424

Colagem 8 3 1 0,920 0,000 88,544 89,464 30,536 25,45% 97,08% 120,000 4824,736 0,000 2144,736

Colagem 9 9 4 3,750 0,000 16,947 20,697 100,053 82,86% 96,39% 116,250 42162,887 0,000 16679,996

Linha Pintura 2 - Ink Jet 1 1 1,510 0,000 113,248 114,758 5,992 4,96% 79,87% 116,250 1282,260 0,000 1282,260

AF3-Linha Pintura 3 4 3 0,000 0,000 120,000 120,000 0,000 0,00% 0,00% 120,000 0,000 2680,000 0,000

Envernizamento 1 0 0 0,000 0,000 38,750 38,750 0,000 0,00% 0,00% 38,750 0,000 0,000 0,000

Envernizamento 4 7 5 0,680 29,252 42,500 72,432 8,068 10,02% 21,23% 77,500 3590,328 2680,000 0,000

Embalagem 1 2 1 0,400 0,000 102,615 103,015 16,985 14,15% 97,70% 120,000 5842,893 0,000 2400,000

Corte final 1 7 5 12,460 2,848 30,750 46,058 73,942 61,62% 82,85% 120,000 25120,000 0,000 3080,000

Corte final 2 2 1 0,990 0,000 104,828 105,818 14,182 11,82% 93,47% 120,000 5842,893 0,000 2400,000

Corte Final 5 11 10 2,680 25,177 41,882 67,059 49,731 42,58% 64,10% 120,000 26494,570 397,133 0,000

Embalagem 2 3 0 0,000 0,000 120,000 120,000 0,000 0,00% 0,00% 120,000 0,000 2680,000 0,000

Semana

AF1 AF3 Total AF1 AF3 Total

Quantidade entregue 30962,893 18223,326 49186,219 0,000 23814,570 54777,463 11,37%

Quantidade em atraso 0,000 8668,378 8668,378 0,000 3077,133 3077,133 -64,50%

Quantidade antecipada 5480,000 0,000 5480,000 0,000 0,000 5480,000 0,00%

Cumprimento do plano 100,00% 67,77% 83,88% 0,00% 88,56% 94,28% 12,39%

Taxa média de utilização 92,60% 77,67% 85,13% 0,00% 72,28% 82,44% -3,17%

Taxa média de atividade 42,61% 33,15% 37,88% 0,00% 35,62% 39,12% 3,26%

Antes DepoisVariação

Tabela 3N - Análise comparativa após alterações

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Estudo e Melhoria do Sequenciamento da Produção numa Fábrica de Revestimentos em Cortiça

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ANEXO O: Comparação com Situação Atual (Corte Final 1)

Sequência Quantidade (m2)Hora entrega Dia de entrega

G4,1 2000 48,632 Terça

G3,1 2240 58,481 Quarta

G1,1 1960 67,836 Quarta

G1,2 7560 88,492 Quinta

G3,2 8280 114,11 Sexta

G3,3 3080 122,152 Sexta

G1,3 11200 170,154 (Em processamento)

Avarias 3,25 h

Reembalagens 12 h

Retrabalhos 3 h

Análise de material 4,5 h

Total 22,75 h

Capacidade instalada 120 h

% paragens 18,96%

% fator correção de disponibilidade utilizado 6%

% correção paragens 12,96%

Tabela 1O - Sequência de produção obtida no Corte Final 1 e dias de entrega previstos com o método proposto

(antes da aplicação do fator de correção de paragens)

Tabela 2O - Paragens sucedidas no Corte Final 1 (semana 22) e respetivo fator de correção

Sequência Quantidade (m2) Correção hora entrega Fator correção paragens - hf

G4,1 2000 48,632 54,934

G3,1 2240 58,481 66,059

G1,1 1960 67,836 76,626

G1,2 7560 88,492 99,959

G3,2 2520 99,072 111,910

G3,3 3080 122,152 137,981

G1,3 11200 170,154 192,203

Tabela 3O - Correção das horas de entrega previstas com o método proposto (após correção da quantidade

processada da ordem G3,2 e aplicação do fator de correção de paragens)

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Estudo e Melhoria do Sequenciamento da Produção numa Fábrica de Revestimentos em Cortiça

76

Ordem Artigo OF Quantidade (m2)

G1,1 B5R4001 568171 280,000

B5V3001 568016 280,000

B5Q0001 568013 1400,000

G1,2 B5P3001 568172 1400,000

B5T7001 568332 1120,000

B5T5001 568337 560,000

B5R4001 568325 840,000

JSR1001 568384 280,000

B5Q1001 568333 560,000

KLR3001 568415 560,000

B5V3001 568385 560,000

B5Q0001 568383 560,000

B5P0001 568336 560,000

B5P2001 568335 560,000

G1,3 B5P3001 568469 1120,000

B5T7001 568467 1120,000

B5P4001 568472 1120,000

B5R1001 568476 1120,000

KLR3001 568477 560,000

B5R3001 568475 1120,000

KLV3001 568471 560,000

B5V3001 568466 1120,000

B5Q0001 568465 1120,000

B5P0001 568474 1120,000

B5R0001 568468 1120,000

G3,1 B5P3002 568018 280,000

B5P0002 568019 280,000

B5R0002 568022 280,000

B5WR001 568021 560,000

B5L8001 568020 560,000

B5WT001 568130 280,000

G3,2 B5P3002 568343 560,000

B5P7002 568326 560

B5P1002 568379 560

B5Q1002 568382 560

B5V3003 568378 720

B5R0002 568341 560

B5WR001 568338 1120

B5WQ001 568170 840

B5WT001 568342 1960

B5WU001 568339 560

JSX2002 568340 280

G3,3 B5T7002 568458 1400

B5Q0002 568462 560

B5WQ001 568461 560

JSW9003 568460 560

G4,1 B5V5001 567886 600

B5XW001 567889 400

B5XS001 567888 600

B5V6001 567887 400

Tabela 4O - Movimentos planeados considerados na análise do método proposto (sublinhado nas ordens de

fabrico pertencentes ao plano semanal e que não foram processadas na vida real)