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Ilíada R ainha de Souza -U FSC Secretaria de Estado da Saúde Secretaria de Estado do D esenvolvim ento Econôm ico Sustentável ESTUDO LONGITUDINAL DOS RISCOS NUTRICIONAIS EM LACTENTES NASCIDOS COM BAIXO PESO E PESO INSUFICIENTE NO MUNICÍPIO DE ITAJAÍ - SC, BRASIL. Drª. Elisete Navas Sanches Próspero

ESTUDO LONGITUDINAL DOS RISCOS NUTRICIONAIS EM LACTENTES NASCIDOS COM BAIXO PESO E PESO INSUFICIENTE NO MUNICÍPIO DE ITAJAÍ - SC, BRASIL. Drª. Elisete

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Ilíada Rainha de Souza - UFSC

Secretaria de Estado da SaúdeSecretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico

Sustentável

ESTUDO LONGITUDINAL DOS RISCOS NUTRICIONAIS EM LACTENTES

NASCIDOS COM BAIXO PESO E PESO INSUFICIENTE NO MUNICÍPIO DE ITAJAÍ

- SC, BRASIL.

Drª. Elisete Navas Sanches Próspero

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Sustentável

Identificar, segundo a distribuição geográfica do município, as zonas administrativas de maior freqüência de baixo peso e peso insuficiente ao nascer, segundo a Declaração de Nascido Vivo;

Acompanhar crianças com baixo peso e peso insuficiente ao nascer, em seus domicílios, avaliando o crescimento, o desenvolvimento, as condições socioeconômicas;

Comparar o desenvolvimento e crescimento das crianças, conforme a ocorrência de eventos adversos à saúde, no primeiro ano de vida.

OBJETIVOS

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Metodologia Aplicada

Trata-se de um estudo de coorte, também chamado longitudinal, prospectivo, uma vez que a coorte foi acompanhada no primeiro ano de vida.

A definição das coortes foram realizadas por meio das Declarações de Nascidos Vivos do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC), na Secretaria de Saúde de Itajaí.

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Metodologia Aplicada

Foram selecionadas duas coortes de crianças: a primeira composta por recém-nascidos com baixo peso ao nascer (19); e a segunda coorte composta por recém-nascidos com peso adequado ao nascer (100).

Paralelamente ao acompanhamento das coortes, foi realizado mensalmente um monitoramento da mortalidade de menores de 1 ano, através dos atestado de óbitos da Secretaria de Saúde, no intuito de diagnosticar alguma perda da população selecionada tendo com causa o óbito.

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Gestação 0 mês 1 mês 2 mês 3 mês 4 mês 5 mês 6 mês 7 mês 8 mês 9 mês 10 mês 11mês 12 mês Cidade

32 ☻ Itajaí33 # ☻ Itajaí34 ☻ Itajaí

5 ☺ ☻ Itajaí24 ☻ Itajaí

25 ☻ Itajaí26 ‡ ☻ Itajaí

27 ☻ Itajaí

11 §@ ☼ ☻ Itajaí

4 ☻ Itajaí

6 Ψ ☻ Itajaí

7 ☻ Itajaí

14 ¥ ☺ v ☻ Itajaí

15 D ☻ Itajaí16 ☻ Itajaí

17 ◘ ☻ Itajaí23 ¥ ☻ Itajaí29 ¥ ☺ ☻ Itajaí

30 ☻ Itajaí

GRAFICO DE SEGUIMENTO DE CRIANÇAS - "ITAJAÍ/PIÇARRAS"

IndividuoMeses do seguimento

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RESULTADOS

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Barra do RioBarra do RioBPBP

CentroCentroPNPN

CabeçudasCabeçudasPNPN

Praia BravaPraia BravaPNPN

CanhandubaCanhandubaBPBPPIPI

RessacadaRessacadaBPBPPIPI

Dom BoscoDom BoscoBPBP

Vila OperáriaVila OperáriaPIPI

São JoãoSão JoãoPIPI

CordeirosCordeirosPIPI

Cidade NovaCidade NovaBPBP

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Relação do peso ao nascer e a ocorrência de patologias gestacionais no município de Itajaí 2005/6

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Relação do peso ao nascer e as características dos recém-nascidos no município de Itajaí 2005/6

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Sustentável

Características Casos n

Percentual %

Controles n

Percentual %

Risco Relativo

Intervalo de Confiança de 95%

Valor de p

Idade gestacional

n=19 n=100 10,11 4,34-23,53 0,00000012

< 37 semanas 13 68,4 8 8 ≥ 37 semanas 6 31,5 92 92

Estatura n=19 n=100 3,91 1,57-9,77 0,0052 < 45 cm 10 53,3 18 18 ≥ 45 cm 9 46,6 82 82

Vitalidade Fetal

Apgar no 1º minuto

n=19 n=100 2,59 1,59-4,22 0,0021

Baixa vitalidade fetal

12 64,7 25 25

Boa Vitalidade fetal

7 35,2 75 75

Apgar no 5º

minuto n=19 n=100 3,65 1,55-8,58 0,011

Baixa vitalidade fetal

6 29,41 7 7

Boa Vitalidade fetal

13 70,5 93 93

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Relação do peso ao nascer e a ocorrência de patologias no período neonatal no município de Itajaí

2005/6Características Casos

n Percentual

% Controles

n Percentual

% Risco

Relativo

Intervalo de Confiança de

95%

Valor de p

Doença da Membrana Hialina

n=19 n=100 9,33 5,47-15,93 0,00000012

Sim 7 36,8 0 0 Não 12 36,1 100 100 Desconforto Respiratório

n=19 n=100 4,51 1,7-11,9 0,0062

Sim 6 31,5 7 7 Não 13 68,4 93 93 Hipoglicemia n=19 n=100 6,88 4,43-10,68 0,022 Sim 2 10,5 0 0 Não 17 89,4 100 100

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Relação do peso ao nascer e a adequação do peso, da estatura, do desenvolvimento neuropsicomotor e da ocorrência de patologias no primeiro ano de vida no

município de Itajaí 2005/6

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Sustentável

Características Casos n Percen-tual %

Controles n Percentual %

Risco Rela-tivo

Intervalo de Confiança de

95%

Valor de p

Adequação Peso/idade – 1ºvisita

n=15 n=100 6,67 2,95-15,8 0,00000012

P≤10 8 53,3 8 8 P>10 7 46,6 92 92 Adequação Peso/idade – 2ºvisita

n=15 n=95 4,52 2,48-8,26 0,00000012

P≤10 10 66,6 14 14,7 P>10 5 33,3 81 85,2 Adequação Estatura/idade – 1ºvisita

n=15 n=100 8,67 4,66-16,12 0,00000012

P≤10 13 86,6 10 10 P>10 2 13,3 90 90 Adequação Estatura/idade – 2ºvisita

n=15 n=95 15,83 5,69-44,07 0,00000012

P≤10 10 66,6 4 4,2 P>10 5 33,3 91 95,7 Óbito n=19 n=100 7,67 4,78-12,29 0,0004

2 Sim 4 21,0 0 0 Não 15 78,9 100 100

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CONCLUSÃO

•A condição sócio demográfica, familiar, hábito de fumar materno a assistência pré-natal não apresentaram associação estatística com o baixo peso ao nascer.•As principais doenças gestacionais referidas pelas mulheres foram: DHEG, anemia, diabete gestacional, infecções do trato urinário. •A infecção do trato urinário foi a patologia que apresentou associação com baixo peso.•Entre as mães que deram a luz a recém-nascidos de baixo peso, 40% tiveram a assistência pré-natal classificada como inadequada. •No período neonatal houve associação do baixo peso ao nascer, com prematuridade, baixa estatura e baixa vitalidade fetal no primeiro e quinto minuto de vida.

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CONCLUSÃO•As complicações neonatais associadas ao baixo peso ao nascer no período neonatal precoce foram: prematuridade, hipoglicemia e doença da membrana hialina.•As crianças com baixo peso ao nascer tiveram dificuldade significativa de alcançar o peso adequado, em comparação com as crianças que nasceram de peso normal.•Com relação à estatura ao nascer, foi possível estabelecer associação estatística entre o baixo peso ao nascer e a dificuldade em alcançar a estatura esperada para a idade. •No primeiro encontro, 66,6% dos recém-nascidos de baixo peso encontrava-se com a estatura inadequada para idade, e no segundo encontro 33,3% dos nascidos de baixo peso apresentavam estatura inadequada para a idade, enquanto que entre os nascidos com peso adequado apenas 4% estavam inadequados no fator estatura idade.

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Impactos do Projeto

Geração de novos conhecimentosGeração de conhecimento passível de difusãoFormação de novas linhas de pesquisa

Melhoria da qualidade de vida da populaçãoRedução das desigualdades sociaisDesenvolvimento regional

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Impactos do Projeto

Os resultados encontrados poderão ser utilizados como parâmetros para adoção de medidas que propiciem: o acompanhamento do adequado crescimento e desenvolvimento infantil; a melhoria da assistência pré-natal; a implementação de medidas preventivas visando a diminuição de nascimento de crianças de baixo peso e peso insuficiente.

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Aplicabilidade para o SUS

Subsidio ao aperfeiçoamento da Política Nacional de SaúdeContribuição para avaliação de Modelo de Atenção/incorporação dos resultados pelos serviçosMelhoria da qualidade dos serviçosRedução da morbi-mortalidade relacionada ao agravo estudadoRedução dos custos de atendimentoAumento da cobertura de serviços

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Aplicabilidade para o SUS

A melhoria da assistência à mulher no ciclo gravídico puerperal e da assistência ao recém-nascido com baixo peso e peso insuficiente resultará na melhoria da qualidade de vida da população, neste sentido, a Estratégia Saúde da Família tem um papel fundamental na captação precoce das gestantes e dos recém-nascidos de risco, através de busca ativa, encaminhando para os serviços de atenção propiciando a criação de um vínculo entre a mulher e os serviços de saúde.