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ESTUDO DIRIGIDO DE PLANEJAMENTO DE MATEIRAIS.

Ol pessoal, estamos no final desta fase e para auxili-los, ns preparamos um

material que certamente ir ser muito til para as provas objetivas e

discursivas.

Ao longo das 6 aulas estudamos que conceitualmente, armazenar consiste em

proporcionar um estoque-pulmo e, para atender s suas demandas

logsticas, muitas empresas precisam de estoques a mdio e longo prazo.

Assim sendo, os objetivos de um bom armazenamento so:

Controlar a quantidade estocada;

Conservar a qualidade dos materiais;

Mantendo inalteradas as suas caractersticas;

Permitir e manter clara a identificao dos materiais.

Alm disso, a armazenagem no uma atividade isolada. Dessa forma, produz

reflexos no processo produtivo e na cadeia de suprimentos. Dentre os reflexos

positivos ou vantagens, podemos destacar:

Proporcionar balanceamento do fluxo produtivo;

Controle da sazonalidade;

Continuidade do processo produtivo e ganhos especulativos.

Existem diferentes denominaes ou tipos de estoques, que podem ser

alocados em um ou mais almoxarifados. Sendo assim podemos citar:

Almoxarifado de matrias-primas: que estoca os materiais que sero

submetidos aos processos de transformao nas instalaes industriais

da empresa, resultando em produtos acabados ou semiacabados, que

sero encaminhados aos seus respectivos almoxarifados;

Almoxarifado de manuteno: onde ficam os componentes utilizados nas

instalaes, equipamentos e edifcios;

O projeto do leiaute de um almoxarifado exige que se tomem alguns cuidados

iniciais, a fim de que se obtenha a mxima utilizao do espao, eficincia no

uso dos recursos disponveis, adequada proteo dos itens estocados e rpido

acesso a eles. Alguns dados se fazem necessrios ao planejar o espao para

um almoxarifado, que so:

Estoque mximo, estoque mdio, unidade de estocagem e volume

recebido e expedido por unidade de tempo etc.

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Na otimizao do leiaute, diferentes alternativas influem de modo diverso na

movimentao de materiais. Entretanto, em qualquer alternativa adotada, duas

variveis se destacam por seu poder de influncia que so:

1. Intensidade de fluxos; e

2. distncia.

Os estoques tm a funo de funcionar como reguladores do fluxo de

negcios. Como os estoques constituem parcela considervel dos ativos das

empresas, eles recebem um tratamento contbil minucioso. So classificados,

principalmente para efeitos contbeis, em cinco grandes categorias.

1. Estoques de Materiais,

2. Estoques de produtos em processos,

3. Estoques de produtos acabados,

4. Estoques de trnsito: correspondem a todos os itens que j foram

despachados de uma unidade fabril para outra, normalmente da mesma

empresa, e que ainda no chegaram a seu destino final.

5. Estoque em consignao.

A compreenso dos objetivos estratgicos da existncia e do gerenciamento

dos estoques fundamental para se definir metas, funes, tipos de estoque e

forma como eles afetam as organizaes em suas atividades produtivas e de

relacionamento com o mercado. O investimento em estoques tem dois

objetivos estratgicos principais:

1. Maximizar os recursos da empresa;

2. Fornecer um nvel satisfatrio de servios ao cliente ou consumidor.

Deming (1990), clebre especialista norte-americano em qualidade e gesto

industrial, popularizou uma ferramenta administrativa criada por Schewart, cuja

aplicao contnua ao longo do tempo produz significativos incrementos na

qualidade de qualquer ambiente operacional, levando ao processo de melhoria

contnua. Essa ferramenta chama-se:

Roda de Deming ou Ciclo PDCA (Plan Do Check Action).

Atualmente, as organizaes buscam reduzir e at mesmo eliminar etapas de

estocagem dentro de seus sistemas logsticos. As operaes nas quais os

produtos so transferidos do modal transportador em que chegam diretamente

para o modal transportador com o qual saem, eliminando uma etapa de

estocagem. Esse operao denominada de:

Cross-docking.

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O sistema de gerenciamento de armazm (Warehouse Management System

WMS) rene, em sua concepo, as principais funes necessrias ao controle

de um almoxarifado. Entre as principais funes, podemos destacar:

Rastreabilidade das operaes;

Inventrios fsicos rotativos gerais;

Planejamento e controle da capacidade;

Definio das caractersticas de uso de cada local de armazenagem;

Sistema de codificao e classificao de itens.

A partir do fluxograma da operao de recebimento, podemos dividi-lo em

quatro etapas:

1. Entrada de materiais: receber o veculo transportador, checar a

documentao e checar o material descrito na nota fiscal contra a

existncia de autorizao de compra.

2. Controle quantitativo;

3. Controle qualitativo: confrontar o material recebido e solicitado no que se

refere s caractersticas dimensionais, composio qumica, normas,

especificaes tcnicas e demais caractersticas;

4. Regularizao da documentao: liberar o pagamento ao fornecedor,

devolver o material ao fornecedor, reclamar de falta ao fornecedor e

entrada do material no estoque.

Alguns indicadores ajudam-nos a dirigir nossos esforos para resultados

sempre melhores nas aes de estocagem de materiais. Um dos principais

indicadores que pode nos orientar se estamos explorando bem os recursos

para tais atividades o inventrio. Sua principal caracterstica :

Garantir que as quantidades fsicas de materiais existentes no estoque

sejam coerentes com os registros contbeis que nele constam.

As previses de demanda so fundamentais para auxiliar na determinao dos

recursos necessrios para uma empresa. Para obter e confirmar uma demanda

futura, facilitando a programao de recursos e garantindo o ganho de uma

oportunidade de mercado, faz-se necessrio conhecer os modelos e mtodos

que so aplicados de acordo com a realidade de demanda. Entre as

caractersticas do modelo de evoluo sazonal de consumo, podemos citar:

Os nveis de consumo oscilam em perodos regulares, positivamente ou

negativamente.

Entre as principais caractersticas da classificao ABC, podemos citar:

Ordenar os materiais consumidos a partir de uma avaliao financeira

do seu custo de aquisio e possibilita identificar quais itens recebero

tratamento diferenciado.

Conhecida tambm como curva ABC, essa classificao ordena os materiais

consumidos a partir de uma avaliao financeira do seu custo de aquisio. O

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processo, vlido para materiais e produtos acabados, pode ser dividido em 3

etapas, que so:

1. Coleta de dados;

2. Clculo do custo anual total para cada item;

3. Organizao dos itens em ordem decrescente de valor.

Os itens so classificados como (Carvalho, 2002, p. 227):

Classe A: de maior importncia, valor ou quantidade, correspondendo a 20%

do total (podem ser itens do estoque com uma demanda de 65% num dado

perodo);

Classe B: com importncia, quantidade ou valor intermedirio, correspondendo

a 30% do total (podem ser itens do estoque com uma demanda de 25% num

dado perodo);

Classe C: de menor importncia, valor ou quantidade, correspondendo a 50%

do total (podem ser itens do estoque com uma demanda de 10% num dado

perodo). Ou seja, ao grupo dos itens de menor importncia, que no merecem

maiores atenes ou controle.

Conhecido tambm como sistema de quantidades fixas, o sistema dos

mximos e mnimos nos ajuda a lidar com as dificuldades de determinao do

consumo e de variaes dos prazos de fornecimento de um item. As variveis

que representam esse sistema so:

Estoque mximo;

Estoque mnimo;

Consumo mdio;

Tempo de reposio;

Ponto de pedido e lote de compra.

Como vimos, vrios mtodos so utilizados para a valorizao dos estoques. A

valorizao do estoque pelo mtodo UEPS significa:

ltimo a entrar, primeiro a sair.

Qualquer tipo de material armazenado gera custos. Uma eficiente gesto dos

estoques exige o conhecimento e o clculo dos custos que afetam a

armazenagem. Os principais componentes referentes aos custos de

manuteno do estoque correspondem ao equipamento, deteriorao e

obsolescncia.

O MRP um sistema que calcula imediatamente as necessidades de materiais

a cada mudana ocorrida na programao da produo, bem como nos

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registros de estoques ou no projeto do produto. Dentre os principais benefcios

do MRP, podemos citar:

Assegurar ao PCP ou (PPCP) a disponibilidade dos materiais e

componentes necessrios demanda produtiva, garantir o cumprimento

dos prazos de entrega aos clientes e manter os estoques nos menores

nveis possveis.

O PCP (Planejamento e Controle da Produo) em uma empresa desenvolve

diversas funes, as quais compreendem: o gerenciamento e a operao do

sistema de informaes da produo, planejamento da produo, emisso de

ordens, a gerncia dos estoques, a movimentao, o recebimento e a

expedio, bem como a funo de centralizador das informaes.

Planejamento da produo: traduz-se considerando a previso de vendas, a

capacidade produtiva da fbrica e a poltica financeira por fixar quanto ser

produzido no perodo, em termos de produtos finais (Paranhos, 2007).

O gerenciamento e a operao do sistema de informaes da produo: [...]

essa uma funo muito importante, pois o PCP o principal operador e

gestor do SIG (Sistema de Informao Gerencial), mesmo que existam

informaes alimentadas por outros setores, ainda assim o PCP ser

responsvel pela integrao de tais informaes e pelo gerenciamento do

sistema a elas inerentes (Paranhos, 2007).

No mundo competitivo atual, um planejador da produo tem que lidar

constantemente com objetivos conflitantes, tais como o cumprimento de todos

os prazos de entrega, manuteno de estoques baixos, priorizao de pedidos

de clientes especficos, reduo de despesas operacionais, e ainda se depara

com frequentes mudanas deflagradas por clientes, fornecedores e demais

atores do ambiente produtivo. Diante dessas circunstncias, pode-se afirmar

que a finalidade do plano mestre de produo retratar aquilo que deve ser

efetivamente produzido. Deriva das previses de vendas e dos pedidos em

carteira e envolve a programao das mquinas e as necessidades de mo de

obra.

Os principais enfoques dos administradores de materiais sero dirigidos

administrao de recursos, sistemas de controle e de informaes, e

processos. A administrao de recursos em grande parte baseada em

tcnicas que integram os elementos de tecnologia de manufatura e otimizam a

utilizao de pessoas, materiais e instalaes ou equipamentos.

Fornecedor preferencial: tcnica que consiste em selecionar

fornecedores e garantir qualidade, eliminando testes de recebimento e

garantindo feedback e correo de defeitos na fbrica do fornecedor.

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Qualidade em tempo real e Seis Sigma: Usa o controle estatstico de

processos (CEP) para detectar rapidamente variaes perante o padro,

identificando causas assinalveis de defeitos e estabelecendo

diagnsticos para aes corretivas.

Kanban: Tecnologia de controle de fbrica pela qual as necessidades de

entregas determinam os nveis de estoque no decorrer do processo.

Este sistema de controle de produo controlado por meio de cartes,

os quais autorizam a produo ou a reposio de peas em um sistema

de produo puxado.

Just-in-time (JIT): sistema em que os fornecedores devem mandar os

suprimentos medida que eles vo sendo necessrios na produo.

um sistema de administrao da produo que determina que nada deve

ser produzido, transformado ou comprado antes da hora exata em que

ser necessrio. Ou seja, um mtodo de produo com o objetivo de

disponibilizar os materiais requerido pela manufatura apenas quando

forem necessrios pra que o custo de estoque seja menor.

Programao de fornecedores: manter um esquema de alimentao

contnua da programao e controle da produo (PCP) do fornecedor

com as necessidades de entrega, via EDI, evitando o trnsito de papis.

A globalizao, como no poderia deixar de ser, tem trazido grande impacto na

forma como as compras so efetuadas. Hoje se fala em mercado global, e

consequentemente, em compras globalizadas (global sourcing), as novas

formas de compra so:

EDI, Internet, Cartes de Crdito, Leiles.

O processo de demanda a forma sob a qual a informao chega rea de

compras para desencadear o processo de aquisio de bem material ou

patrimonial.

MRP, Just-in-time, Reposio Peridica, Ponto de Pedido, Caixeiro

Viajante e Contratos de Fornecimento.

Aps uma previso de vendas, o prximo passo do planejamento de produo

ser o estabelecimento de um Plano Mestre de Produo, conhecido como

PMP o qual deve considerar:

O que deve ser produzido.

Que quantidade deve ser produzida.

Quando deve ser entregue esse produto.

Aps definido o PMP (Plano Mestre de Produo), os seus dados devem

alimentar um sistema de planejamento de materiais, onde o mais usado e

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estudado por ns foi o MRP (Material Requeriment Plan). Esse sistema ir

detalhar as necessidades de material, mo de obra e insumos, para, em

seguida, confront-lo com os estoques existentes e determinar o que deve ser

comprado, o total de horas e a quantidade de mo de obra. Com base nessa

informao, o sistema MRP tem suas entradas, processamento e suas sadas

que so:

Entradas:

Previso de vendas por modelo.

Lista de material.

Capacidades produtivas por estao de processamento.

Sadas

Ordens de compra.

Ordens de fabricao.

Recursos materiais so os itens ou componentes que uma empresa utiliza nas

suas operaes do dia-a-dia, na elaborao do seu produto final ou na

execuo do seu objeto social. Como tal so adquiridos regularmente,

constituindo os estoques da empresa. Eles podem ser classificados em:

Materiais auxiliares: so aqueles que no se incorporam ao produto

final;

Matriaprima: so os materiais que se incorporam ao produto final,

incluindo os de embalagem;

Produtos em processo: so os materiais que esto em processo de

fabricao

Produtos acabados: so os materiais, agora j sob a forma de produto

final.

As perdas no processo esto ligadas m administrao de alguns recursos

bsicos utilizados na produo e que podem ser resumidos em acrscimo de

tempo e de recursos financeiros, motivados pelo desperdcio de material, m

utilizao de mo-de-obra e equipamentos, estoques elevados e desempenho

de produo no satisfatria. Algumas destas perdas so:

Produo acima do planejamento;

Tempo de espera;

Transporte desnecessrio;

Nvel de estoque;

Processo;

Movimentao; Defeitos.

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De um modo geral podemos afirmar que, na composio do custo final e,

consequentemente no preo de venda, a participao relativa do custo da

matria-prima cada vez maior. Isso se deve ao fato de as empresas

tornarem-se cada vez mais enxutas. Os trs grandes componentes da

formao do custo de um produto so:

1. Material direto;

2. Mo-de-obra-direta; e

3. Gastos Indiretos de Fabricao.

tambm bastante usual a diviso desses custos em duas subcategorias:

Custo de Capital, correspondendo ao custo do capital investido, e Custo de

Armazenagem, compreendendo o somatrio de todos os demais fatores de

custos, como a prpria armazenagem, o manuseio de perdas.

Os diversos horizontes de planejamento das operaes de uma fbrica so,

por via de regra, cuidados por diferentes nveis da empresa (reas ou setores).

Planejamento estratgico e a longo prazo: alta administrao;

Planejamento geral do perodo: setor de vendas e alta administrao;

Planejamento da cadeia produtiva: setor de planej. e controle da

produo;

Planejamento da qualidade: setor de qualidade.

Vrias so as formas utilizadas pelas empresas para avaliarem os seus

fornecedores. O fornecedor inovativo cria uma alavancagem muito importante

no cliente-comprador, embora o mais comum seja a necessidade de atender a

solicitaes de inovaes.

O sistema de planejamento de necessidades de materiais deve levar em conta

o lead time (tempo entre a colocao do pedido e o recebimento do mesmo)

dos fornecedores, para poder traar corretamente o cronograma de produo

dos itens necessrios. Quanto maior o lead time, maior a necessidade de

estoques.

A administrao eficiente de materiais em uma empresa industrial fator

preponderante para o seu sucesso, pois os materiais, em geral, representam

parcela significativa do capital de giro da empresa. Quanto maior o giro de

materiais, menor o capital de giro empregado pela empresa.

Caros alunos chegamos ao final do nosso estudo dirigido, desejo a todos muito

sucesso!

Prof. Emerson Seixas