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ESTUDOS DE VEGETAÇÃO CAMPESTRE NO BIOMA PAMPA COM DADOS E TÉCNICAS DE SENSORIAMENTO REMOTO Principais Resultados Seminário de Avaliação dos Subprogramas PCI do INPE ANDREISE MOREIRA (BOLSISTA PCI DB) TATIANA MORA KUPLICH DANIELA WANCURA BARBIERI ANA CAROLINA RODRIGUES DA SILVEIRA Centro Regional Sul de Pesquisas Espaciais - CRS/INPE Caixa Postal 5021 - 97105-970 Santa Maria - RS, Brasil

ESTUDOS DE VEGETAÇÃO CAMPESTRE NO BIOMA PAMPA …ppci/welcome_arquivos/Andreise Moreira - CRS... · bioma Pampa, com base em imagens de NDVI, pôde ser identificada. 2. As tipologias

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ESTUDOS DE VEGETAÇÃO CAMPESTRE NO

BIOMA PAMPA COM DADOS E TÉCNICAS DE

SENSORIAMENTO REMOTO

Principais Resultados

Seminário de Avaliação dos Subprogramas PCI do INPE

ANDREISE MOREIRA

(BOLSISTA PCI DB)

TATIANA MORA KUPLICH

DANIELA WANCURA BARBIERI

ANA CAROLINA RODRIGUES DA SILVEIRA

Centro Regional Sul de Pesquisas Espaciais - CRS/INPE

Caixa Postal 5021 - 97105-970 – Santa Maria - RS, Brasil

IUCN – INTERNATIONAL UNION FOR CONSERVATION OF NATURE

WCPA – WORLD COMMISSION ON PROTECTED AREAS

INTRODUÇÃO

Oferecem beleza cênica com potencial

turístico.

INTRODUÇÃO

Mapa de biomas do Brasil, IBGE.

Ecossistemas naturais com alta

diversidade de espécies animais e

vegetais.

Principal fonte forrageira para a

pecuária.

Garantem serviços ambientais

importantes como conservação dos

recursos hídricos, da biodiversidade de

espécies da fauna e da flora, entre

outros. 2,07% do

território

nacional

INTRODUÇÃO

75% da vegetação

campestre do Brasil.

- 2 Biomas Mata Atlântica e Pampa.

- Pampa área de ~ 178.000 Km²

23% vegetação nativa.

- Variação florística

Mapa da cobertura vegetal do bioma Pampa, PROBIO/UFRGS - 2007.

- RS ~ 281.000 km².

63% Bioma

Pampa.

2.200 espécies. + Diminuição da área campestre:

- expansão agrícola;

- áreas de pastagem plantada;

- silvicultura;

- uso inadequado do espaço.

Área de estudo

- Dar continuidade ao estudo e mapeamento da cobertura vegetal, com destaque para

vegetação campestre, e sua dinâmica no estado do Rio Grande do Sul (RS), utilizando

como base séries temporais do produto MODIS (Moderate Resolution Imaging

Spectroradiometer) MOD13 (NDVI - Índice de Vegetação da Diferença Normalizada e EVI

- Índice de Vegetação Melhorado);

- Verificar o potencial de dados radiométricos coletados em parcelas de campo com

manejo rotativo em área de estudo do Departamento de Zootecnia da UFSM;

- Correlacionar os dados de NDVI, EVI e variáveis meteorológicas (precipitação pluvial e

temperatura do ar) para identificação da dinâmica dos dados e períodos de anomalias

nas variáveis estudadas;

- Aplicar testes estatísticos para identificar diferenças significativas na formação de

diferentes tipologias vegetais, com destaque para a vegetação campestre nos dados NDVI

e EVI.

OBJETIVOS

METODOLOGIA

1. Revisão de iniciativas de mapeamento de cobertura da terra e inventários para o Rio

Grande do Sul.

2. Processamento de bandas NDVI e EVI em banco de dados no aplicativo SPRING, para

data a partir de Fevereiro de 2000.

3. Classificação dos dados NDVI e EVI para o mapeamento das formações vegetais e

agrícolas do RS.

4. Obtenção e análise de dados meteorológicos em 20 estações meteorológicas no RS

(notadamente precipitação pluvial e temperatura do ar), por meio de Anomalia,

Correlação Cruzada com defasagem de tempo e Análise de Agrupamento.

5. Geração e análise de ondaletas (wavelets) dos dados de NDVI, EVI e meteorológicos no

aplicativo MatLab.

6. Análise estatística de amostras de NDVI de vegetação campestre para formação de

uma base dados para o Programa de Pesquisa Ecológica de Longa Duração (PELD) e

Sistema Nacional de Pesquisa em Biodiversidade (SISBIOTA).

7. Visitas ao campo para coleta de dados radiométricos e sua relação com variáveis

biofísicas da vegetação (biomassa e altura).

RESULTADOS

1. A espectrorradiometria de campo permitiu identificar que existe relação entre a

reflectância medida em campo e dados de biomassa e altura coletados em parcelas

de campo nativo sob diferentes tipos de manejo.

2. Quanto mais material verde ou fotossinteticamente ativo e prostrado, maior a

acurácia nas estimativas de biomassa e produtividade a partir de dados remotos.

3. Para a variável altura as correlações também foram significativas para as parcelas

estudadas.

4. A reflectância realizada em parcela de exclusão, com presença de material seco em

maior quantidade, não apresentou correlação com a biomassa.

RESULTADOS

RESULTADOS

1. A caracterização da dinâmica fenológica das tipologias campestres que compõem o

bioma Pampa, com base em imagens de NDVI, pôde ser identificada.

2. As tipologias campestres possuem comportamento sazonal bem definido, com período

de crescimento das espécies nos meses quente do ano, ou seja, durante a primavera

e verão.

3. Como esperado, entretanto, a amostragem do NDVI para as tipologias com base no

mapa de vegetação do IBGE não conduziu ao reconhecimento de padrões sazonais

distintos para cada tipologia.

4. A análise por ondaletas demonstra potencial neste tipo de abordagem, uma vez que,

identifica períodos em que ocorreram anomalias no comportamento da vegetação.

5. A manipulação dos dados de NDVI, por meio da análise de ondaleta, apresenta uma

nova possibilidade de análise da dinâmica da vegetação campestre.

RESULTADOS

RESULTADOS

1. Ocorrem diferenças significativas estatisticamente entre as médias anuais e

quinzenais (16 dias) do EVI e NDVI das tipologias estudadas, principalmente no verão

e início da primavera, período de crescimento e ganho de massa foliar das espécies.

2. Durante o outono e inverno, as tipologias apresentam um comportamento sazonal

semelhante, já que estão no mesmo estado fenológico, em período de senescência.

Exceção foi encontrada para as amostras de pastagem plantada, que está em fase

produtiva justamente nesta época do ano.

3. Apesar das diferenças intra-anuais encontradas, não foram observados padrões

típicos para cada tipologia que permitam suas discriminações através de séries

temporais.

4. Os valores de NDVI demonstraram uma maior sensibilidade às variações fenológicas

intra-anuais das tipologias vegetais consideradas.

RESULTADOS

RESULTADOS

1. Além do ciclo anual de vegetação campestre, é possível com uso de transformada de

ondaleta identificar variação em períodos distintos.

2. Por meio do espectro de potência e espectro de potência global é possível identificar

variação no ciclo fenológico da vegetação que no escalograma com valores médios não

se observa.

3. Os espectros de potência para os dados de EVI apresentaram maior variabilidade que

o NDVI em diferentes períodos da série.

RESULTADOS

Escalograma da série NDVI para amostra de Eldorado (A), Espectro de

potência (B) e Espectro de potência global (C).

RESULTADOS

1. As duas estratégias de manejo empregados pelo Departamento de Zootecnia da

UFSM - intervalos de pastoreio de 375 graus dia e 750 graus dias - em parcelas de

pastagem natural apresentaram diferentes características espectrais.

2. A quantidade de material verde e seco na pastagem natural, resultante do intervalo

entre pastoreios, revela comportamentos espectrais variados nas regiões do visível e

infra-vermelho próximo.

3. No visível e IR próximo, maior reflectância é observada para as parcelas com maior

número de espécies prostradas (375 GD), que apresentam mais material verde e

menos matéria seca e sombras.

4. Parcelas com maior quantidade de espécies que formam touceiras (750 GD)

apresentaram reflectância mais baixa em praticamente todas as regiões

consideradas, revelando maior presença de material seco e sombras no dossel

campestre.

5. Dados no infra-vermelho médio (2000 a 2200 nm), se disponíveis, ajudariam a

quantificar a matéria seca no dossel campestre (Guershman et al. 2009), melhorando

a estimativa de oferta de forragem nas pastagens naturais.

RESULTADOS

RESULTADOS

1. As séries temporais de EVI podem ser utilizadas para caracterizar a dinâmica

fenológica de tipologias vegetais no Rio Grande do Sul.

2. As tipologias consideradas possuem comportamento sazonal bem definido, com

período de crescimento e ganho de massa foliar das espécies nas estações quentes do

ano (primavera e verão) e decréscimo durante estações frias (outono e inverno).

3. São necessários estudos adicionais para quantificar a relação existente entre a série

EVI e a série de variáveis meteorológicas para o mesmo período temporal.

4. A análise por ondaletas é útil neste tipo de abordagem uma vez que identifica os

ciclos intra e inter-anuais de desenvolvimento da vegetação, assim como períodos em

que ocorrem anomalias neste comportamento.

RESULTADOS

RESULTADOS

1. Além da dinâmica fenológica anual de vegetação campestre, é possível com uso da

TO identificar variação em períodos distintos durante a série considerada.

2. Estudos futuros analisarão as relações do NDVI com fenômenos climáticos como El

Niño e La Niña.

3. Observou-se que há maior correlação dos dados de NDVI com a temperatura do ar e

correlação fraca com dados de precipitação pluvial. Pode-se notar que a resposta da

vegetação à temperatura ocorre com maior intensidade após 30 dias de defasagem.

RESULTADOS

Período de Defasagem Temperatura do ar Precipitação pluvial

LAG 0 0,64 0,11

LAG 1 0,65 0,16

LAG 2 0,51 0,21

Escalograma da série NDVI para amostra de Santa

Maria (A), Espectro de potência (B) e Espectro de

potência global (C).

Correlação de NDVI com dados de Temperatura do ar e

Precipitação pluvial para o período de 2002 - 2012 para a

amostra de Santa Maria

RESULTADOS

RESULTADOS

1. A análise das correlações entre NDVI e as variáveis meteorológicas mostram que há

uma forte correlação dos dados de NDVI com a temperatura e correlação fraca com

dados de precipitação para todas as áreas estudadas (Aceguá, Santa Maria e

Eldorado Sul).

2. Pode-se notar que a resposta da vegetação à temperatura apresenta maior correlação

após 30 dias de defasagem.

3. Isso expressa o tempo de resposta da vegetação às mudanças de temperatura e

corrobora a influência desta variável no crescimento e dinâmica vegetacionais.

RESULTADOS

RESULTADOS

1. Além do ciclo anual de vegetação campestre, é possível com uso da TO identificar

variação em períodos distintos. Por meio do espectro de potência e espectro de

potência global é possível identificar variação no ciclo fenológico da vegetação.

2. Na Análise de Correlação entre NDVI e as variáveis meteorológicas observou-se que

há maior correlação dos dados de NDVI com a temperatura do ar e correlação fraca

com dados de precipitação pluvial.

3. Pode-se notar que a resposta da vegetação à temperatura ocorre com mais força após

30 dias de defasagem, sendo que esta variável mantém influência direta no

crescimento e dinâmica da vegetação.

RESULTADOS

RESULTADOS

1. A variação anual nos dados de EVI e NDVI para a série temporal (2000 - 2011)

permitiu a identificação de um padrão sazonal, com aumento nos valores durante a

primavera e verão e diminuição no outono e inverno para as amostras de Aparados,

Aratinga, Tainhas e Santa Maria.

2. No espectro de potência e espectro de potência global foi possível identificar a

sazonalidade da vegetação campestre com ciclo anual bem marcado. Notou-se que,

os espectros de potência para o EVI apresentam maior variabilidade que o NDVI em

diferentes períodos da série.

3. Para as amostras de Aceguá, Santa Maria e Eldorado do Sul, aplicou-se Correlação

Cruzada para os dados de precipitação pluvial e temperatura do ar e NDVI.

Identificou-se que entre os valores de NDVI e as variáveis meteorológicas há forte

correlação com a temperatura e correlação fraca com dados de precipitação para

todas as áreas citadas.

4. Observou-se que a resposta da vegetação à variação de temperatura ocorre após 30

dias de defasagem.

CONSIDERAÇÕES GERAIS

1. Os trabalhos desenvolvidos demonstram potencial no estudo da vegetação campestre

no Rio Grande do Sul através de dados e técnicas de sensoriamento remoto,

permitindo a identificação de variações no padrão fenológico.

2. Análise dos dados com uso da TO é útil neste tipo de abordagem, uma vez que

identifica os ciclos intra e inter-anuais de desenvolvimento da vegetação, assim como

períodos em que ocorrem anomalias neste comportamento.

3. Até o momento considera-se o EVI um índice que apresenta maior sensibilidade às

variações estruturais da vegetação campestre.

4. A análise de índices de vegetação (NDVI/EVI) e dados meteorológicos (precipitação

pluvial e temperatura do ar) permitiram identificar correlações entre estas variáveis,

principalmente com a temperatura do ar.

5. A continuidade dos projetos, com introdução de outras variáveis e técnicas apresenta

potencial, com geração de resultados que visam colaborar na elaboração de projetos

de monitoramento e conservação do bioma Pampa.

1. Coleta de amostras de NDVI em série temporal (2000 – 2012) MODIS para formação

de uma base dados para o Programa de Pesquisa Ecológica de Longa Duração (PELD) e

Sistema Nacional de Pesquisa em Biodiversidade (SISBIOTA), projetos com apoio do

CNPq e Fapergs.

2. Elaboração de capítulo para publicação em Boletim de Pesquisa e Desenvolvimento

da Embrapa Pecuária Sul.

3. Elaboração de artigo com base em série temporal de NDVI/EVI de diferentes

tipologias de vegetação campestre com base no Mapa das Savanas Uruguaias (Hasenack

et al., 2010), com verificação de tendência nos dados pela análise de ondaleta.

4. Elaboração de artigo com base em série temporal de NDVI de diferentes tipologias de

vegetação campestre, dados radiométricos e correlação com variáveis meteorológicas em

parcelas de estudo do Programa de Pesquisa Ecológica de Longa Duração (PELD.

ATIVIDADES EM DESENVOLVIMENTO

OBRIGADA!

ESTUDOS DE VEGETAÇÃO CAMPESTRE NO

BIOMA PAMPA COM DADOS E TÉCNICAS DE

SENSORIAMENTO REMOTO

Principais Resultados

ANDREISE MOREIRA1

TATIANA MORA KUPLICH1

DANIELA WANCURA BARBIERI¹

ANA CAROLINA RODRIGUES DA SILVEIRA2

[email protected]¹

[email protected]¹

[email protected]¹

[email protected]²