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ESTUDOS EMPÍRICO-QUANTITATIVOS SOBRE
CAPACIDADE DE APRENDIZAGEM ORGANIZACIONAL: UM MAPEAMENTO BIBLIO
Área temática: Gestão do Conhecimento Organizacional
Edson Oliveira Neves
Andrea Valéria Steil
João Artur de Souza
Gertrudes Aparecida Dandolin
Resumo: Este trabalho apresenta os resultados de uma pesquisa que teve como objetivo mapear a produção científica
internacional, de natureza empírico-quantitativa, sobre o construto capacidade de aprendizagem organizacional. O
estudo se fundamenta em uma revisão de literatura e utiliza da abordagem bibliométrica para o levantamento de dados
gerais, tendocomo referência a base de dadosISI Web of Knowledge,sub-baseSocial Sciences Citation Index
(SSCI).Quatro etapas estão compreendidas neste:a escolha da base de dados; a definição dos critérios de busca
sistemática das publicações; a coleta e análise dos dados e, a apresentação e discussão dos resultados obtidos.Foram
recuperados e analisados um total de 20 trabalhos, de 11 países, desenvolvidos por 34 autores e publicados em 15
periódicos. Os resultados da investigação evidenciam um cenário de pesquisa emergente, com grande parte dos estudos
se dedicando ao exame das relações entre a capacidade de aprendizagem organizacional e um ou mais construtos, entre
os quais, desempenho da empresa, inovação e gestão de pessoas.
Palavras-chaves: Capacidade de Aprendizagem Organizacional, Pesquisas, Bibliometria,
Empírico-quantitativa.
ISSN 1984-9354
XI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 13 e 14 de agosto de 2015
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1. INTRODUÇÃO
A capacidade de aprendizagem organizacional tem sido definida enquanto o conjunto de
características ou fatores organizacionais que facilitam o processo de aprendizagem da organização ou
permitam que esta aprenda (GOH; RICHARDS, 1997; CHIVA et al., 2007). É pontuada por muitos
autores como um aspecto fundamental para a sobrevivência da organização, existindo um
entendimento comum quanto a sua importância para o alcance e a consolidação de vantagens
competitivas (DIBELLA et al., 1996; ALEGRE; CHIVA, 2008).
Quando considerado o contexto de negócios, caracterizado pela intensa competição, pela
complexidade e imprevisibilidade, essa capacidade de aprendizagem revela-se um diferencial de
sustentabilidade, independente do tamanho, atividade ou natureza da organização (DE GEUS, 1988;
STATA, 1989; JEREZ-GOMÉZ et al., 2005).
A área de estudos está alinhada com a visão baseada em recursos (BARNEY, 1991; 2001; HELFAT;
PETERAF, 2003) e, da mesma forma, com a abordagem de capacidades dinâmicas da organização
(EISENHARDT; MARTIN, 2000). Se enquadra como uma temática precedente ao processo de
aprendizagem organizacional (DIBELLA et al., 1996) e, em função disso, apresenta-se como uma
abordagem de interesse de diferentes linhas de pesquisa no âmbito dos estudos da organização.
Em sua essência, a capacidade de aprendizagem organizacional leva em consideração a propensão da
organização para aprender a partir de fatores que facilitam este processo. E, nesse sentido, a
verificação da magnitude de influência destes fatores e a sua interferência no aprendizado da
organização assumem uma importância significativa, tendo em vista a associação dessa aprendizagem
com aspectos como a inovação (JIMÉNEZ-JIMÉNEZ; SANZ-VALLE, 2011) e renovação estratégica
da empresa (CROSSAN et al., 1999).
Neste trabalho busca-se evidenciar os estudos de natureza empírico-quantitativa. A escolha de
trabalhos com este perfil se justifica em razão de que os estudos sobre capacidade de aprendizagem
organizacional enfatizam aspectos que favorecem o processo de aprendizagem, e este recorte permite o
contato com pesquisas que empreendem a operacionalização, mensuração e testes de hipóteses em
relação a estes fenômenos.
Da mesma forma, os estudos empírico-quantitativos possibilitam uma descrição mais objetiva possível
de dados da realidade, do estudo de relações de causalidade, generalizações, análise de variáveis e,
como consequência, validação ou rejeição de pressupostos e teorias (DEMO, 1994; CRESWELL,
2010; CERVI et al., 2009).
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Dado o exposto, o objetivo deste trabalho é realizar um mapeamento da produção científica
internacional de caráter empírico-quantitativa sobre capacidade de aprendizagem organizacional.
Busca-se, a partir da adoção de procedimentos de análise bibliométrica, apreender os números da
pesquisa no campo em termos de volume, origem das publicações, autores, número de citações,
periódicos, base teórica dos estudos, dentre outros indicadores.
Considerando o impacto que a temática aprendizagem organizacional tem apresentado no âmbito dos
estudos organizacionais, este trabalho se mostra relevante ao disponibilizar aos pesquisadores um
amplo quadro informativo que permite uma orientação teórico-epistemológica da produção
internacional na área, assim como corrobora para a identificação de tendências e linhas de pesquisa em
relação ao tema.
Além desta seção introdutória, este trabalho compreende mais quatro seções. Primeiramente, é feita
uma breve discussão sobre os aspectos teóricos e conceituais em torno do tema capacidade de
aprendizagem organizacional. Num segundo momento, são apresentados os procedimentos
metodológicos em que se embasam este estudo, destacando-se os procedimentos bibliométricos e os
critérios estabelecidos para seleção dos trabalhos analisados. Em terceiro lugar, passa-se à explicitação
dos resultados obtidos no estudo e desenvolvimento de uma discussão em torno destes. Por fim,
conclui-se o trabalho com algumas considerações sobre o estudo, bem como suas limitações e
contribuições para a literatura.
2. Capacidade de Aprendizagem Organizacional
A aprendizagem organizacional é um processo dinâmico de construção do conhecimento da
organização que ocorre ao longo do tempo, iniciando na esfera individual e se estabelecendo em nível
organizacional a partir de processos sociais e psicológicos de intuição, interpretação, integração e
institucionalização do aprendizado (CROSSAN et al., 1999; BONTIS et al., 2002; STEIL, 2006).
Para outra importante corrente, mais alinhada com a perspectiva de gestão de informações e
conhecimento, a aprendizagem organizacional envolve a aquisição de conhecimento, distribuição e
interpretação de informação e memória organizacional, ocorrendo quando qualquer uma das unidades
adquire conhecimento reconhecido como potencialmente útil para a organização (HUBER, 1991;
TEMPLETON et al., 2002; LIAO; WU, 2010).
Estas duas correntes partilham de algumas linhas comuns, entre elas o entendimento que a
aprendizagem organizacional pode desencadear mudanças significativas na organização, tanto
cognitivas como comportamentais. Também compartilham que a sua ocorrência está vinculada a
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condições e fatores específicos que podem impedir e/ou contribuir para o seu desenvolvimento,
refletindo, portanto, a capacidade de aprendizagem da organização. Ou seja, a orientação ou propensão
da organização para o aprendizado (JEREZ-GOMÉZ et al., 2005; CHIVA et al., 2007).
Conseguinte, a capacidade de aprendizagem organizacional envolve uma dinâmica inter-relação de
elementos contextuais, características, rotinas e processos organizacionais, que facilitam o
desenvolvimento da aprendizagem. Os aspectos salientados envolvem, entre outros, o trabalho em
equipe, comunicação, experimentação, a interação com o ambiente externo e tomada de decisão
participativa (DIBELLA et al., 1996; GOH; RICHARDS, 1997; HULT; FERRELL, 1997; JEREZ-
GOMÉZ et al., 2005; CHIVA et al., 2007).
Os primeiros trabalhos sobre capacidade de aprendizagem organizacional datam de meados da
década de 1990, a partir dos estudos desenvolvidos por Dibella, Nevis e Gould (1996), Goh e Richards
(1997) e Hult e Ferrell (1997). Nesta fase inicial, a investigação dos fatores que facilitam a
aprendizagem organizacional teve como sua principal referência a literatura de organizações de
aprendizagem, caracterizada por uma perspectiva eminentemente prescritiva e centrada no
desenvolvimento de orientações acerca da criação de organizações que aprendem (CHIVA et al.,
2007).
Essa literatura teve importante contribuição na determinação de fatores facilitadores da aprendizagem
e fomentou os estudos posteriores sobre capacidade de aprendizagem organizacional, especialmente os
de natureza empírico-quantitativa focados em análises de correlação e causalidade.
Todavia, a literatura de aprendizagem organizacional, de natureza mais investigativa e descritiva,
também tem sem mostrado muito presente nos estudos. Sobretudo após o ano de 2010, os
pesquisadores têm recorrido a esta literatura em busca de aporte teórico para seus estudos. Sua
contribuição proeminente está na clarificação do processo de aprendizagem, sendo este entendimento
muito importante para se avançar nos estudos em relação aos determinantes da capacidade de
aprendizagem organizacional.
Os aspectos salientados acima fazem com que os estudos sobre o tema tenham características bem
singulares quanto à sua base teórica, convergindo contribuições tanto do campo de estudos da
aprendizagem organizacional como de organizações de aprendizagem (citam-se como exemplos:
Jerez-Goméz et al., 2005; Bhatnagar, 2007; Alegre e Chiva, 2013; Hooi e Ngui, 2014). No entanto, a
área continua sendo predominantemente explorada por autores vinculados a esta última.
3. Procedimentos Metodológicos
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Para atender ao objetivo proposto nesta pesquisa, recorreu-se a procedimentos de busca e análise
bibliométricas que permitem mapear o cenário da produção científica de determinada área do
conhecimento, neste caso específico, da capacidade de aprendizagem organizacional.
Macias-Chapula (1998, p.134) define a bibliometria como sendo “o estudo dos aspectos quantitativos
da produção, disseminação e uso da informação registrada”. Vanti (2002) avança um pouco mais nessa
definição, observando que a bibliometria também se relaciona com as estratégias e instrumentos de
busca sistemática on-line e técnicas de recuperação de informações. De um modo geral, a bibliometria
refere-se ao tratamento dado a um conjunto de referências bibliográficas por meio de métodos
estatísticos e/ou matemáticos, permitindo uma visão ampliada de unidades bibliométricas em termos
de números, fator de impacto e rede de conexões sobre um determinado tema de estudo.
As unidades bibliométricas podem ser entendidas como “autores, textos, revistas, compêndios,
terminologias, técnicas, metodologias, editais, citações etc. na condição de objetos de avaliação”
(RUMMLER, 2008, p. 52). A aplicação de procedimentos bibliométricos permite a produção de
indicadores e padrões que dão suporte à análise destas unidades, possibilitando a elaboração de
tendências, conclusões, agrupamentos, sistematização e apoio à tomada de decisões relacionadas aos
desenvolvimentos no campo de estudo de interesse.
Esta pesquisa se apoiou fortemente em procedimentos bibliométricos, sendo o planejamento desta,
delineado a partir de quatro meta-ações que consistiram na: 1) identificação de uma base de dados que
atenda ao interesse de estudo; 2) definição dos critérios de busca sistemática das publicações; 3) coleta
e análise das publicações recuperadas e, finalmente, 4) a apresentação e discussão dos resultados
obtidos.
Em função de fatores limitantes como recursos de busca e diferentes níveis de qualidade dos estudos,
buscou-se delimitar o material de pesquisa elegendo-se uma base de dados única de trabalho. Para a
seleção desta, teve-se como critérios: primeiramente, sua identificação como base de cunho
multidisciplinar, por assim entender como correspondente à natureza do tema matter aprendizagem
organizacional. Em segundo lugar, que contemple os principais periódicos internacionais relacionados
ao campo de estudo e, por fim, que contemple produções internacionais de diferentes origens
(nacionalidades) e atenda satisfatoriamente aos aspectos qualitativos de produção indexada.
Tendo em vista os critérios elencados, optou-se pela ISI Web of Knowledge, sub-base Social Sciences
Citation Index (SSCI), assim como procedido por outros importantes estudos dentro da área de ciências
sociais (como exemplos citam-se: Baumgartner e Pieters, 2003; Chapman e Ellinger, 2009; Crossan e
Apaydin, 2010).
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Como estratégia para recuperação das publicações relacionadas ao tema, buscou-se associar o termo
“capacidade de aprendizagem organizacional” (e suas variantes), com outros termos que remetem aos
estudos de natureza empírico-quantitativa, como “levantamento”, “amostra”, “empírico”,
“quantitativo” e “hipótese”. Fez-se uso do operador booleano “OR” entre os termos para que, durante
o rastreamento, sejam recuperados trabalhos que possuam pelo menos um destes tópicos. Utilizou-se
também de recursos de truncagem (asterisco e interrogação), com o objetivo de abranger possíveis
variações nos termos de busca (plurais, gerúndios, infinitivos, origem) e na forma de expressão destes.
Como resultado, chegou-se ao seguinte caminho de busca: no campo Title da plataforma ISI Web of
Knowledge inseriu-se os termos “organi?ational learning capabili*” OR “organi?ational learning
capaci*” OR “organi?ational learning ability*” e no campo Topic, “survey” OR “sample” OR
“empiric*” OR “quantitative” OR “hypothesis”.
O objetivo desta estratégia foi direcionar a busca para trabalhos efetivamente ligados ao tema, sendo a
adoção de variações para abarcar o maior número possível de trabalhos que estejam relacionados à
temática de interesse. No processo de busca também se optou por filtros que permitissem a
recuperação apenas de artigos e revisões; e, para efeito de delimitação temporal, tomou-se como
referência as publicações científicas indexadas até o final do ano de 2014.
4. Resultados e Discussão
As estratégias de busca utilizadas retornaram um total de 20 publicações, representando toda produção
empírico-quantitativa sobre capacidade de aprendizagem organizacional, no âmbito da ISI Web of
Knowledge. Um valor muito pequeno, apesar dos mecanismos para abarcar o maior número possível
de publicações internacionais. No entanto, o resultado se mostra coerente, tendo em vista que os
artigos e revisões específicos sobre o tema (considerando o título do trabalho) somam 58 publicações,
independente da metodologia de pesquisa utilizada.
Os 20 trabalhos recuperados foram desenvolvidos por 34 autores, vinculados a 19 instituições e
publicados - todos em língua inglesa - em 15 diferentes periódicos. Em suas pesquisas, os autores
recorreram a 1461 referências bibliográficas. Os estudos são originários de 11 países, sendo que cerca
de 45% dos trabalhos são oriundos da Espanha e 15% de Taiwan, países com o maior volume de
publicações dentro dessa linha de pesquisa. Na tabela 1, é apresentada uma síntese geral dos resultados
obtidos.
Tabela 1 – Síntese dos dados gerais do levantamento bibliométrico
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Critérios Quantidade
Publicações 20
Fontes de publicação/Periódicos indexados 15
Autores 34
Instituições (vinculo dos autores) 19
Países 11
Palavras-chave 92
Referências Citadas 1461
Fonte: Elaboração própria a partir dos dados da pesquisa.
Quanto às fontes de publicação, verifica-se que não há qualquer concentração das produções em
determinados periódicos. Os trabalhos se encontram dispersos com certa uniformidade pelas 15 fontes.
Estas, por sua vez, concentram-se na especialidade de economia empresarial.
Na Tabela 2 a seguir é apresentada a relação de periódicos com os maiores índices TGCS (Total
Global Citation Score), assim como o seu respectivo número de artigos publicados sobre o tema. O
índice TGCS está relacionado ao grau de impacto e considera o número de vezes que um determinado
trabalho é citado por outros no âmbito da base Web of Knowledge. Os periódicos com maior índice de
impacto são, respectivamente, o Journal of Business Research (147) e Technovation (75). Já o
periódico com o maior número de publicações é o International Journal of Manpower, com 3
trabalhos.
Tabela 2 – Fontes de Publicação com mais citações e trabalhos publicados
N. Fontes das Publicações / Periódicos TGCS Trabalhos
1 JOURNAL OF BUSINESS RESEARCH 147 2
2 TECHNOVATION 75 1
3 INTERNATIONAL JOURNAL OF HUMAN
RESOURCE MANAGEMENT 66 2
4 INTERNATIONAL JOURNAL OF MANPOWER 45 3
5 TECHNOLOGICAL FORECASTING AND SOCIAL
CHANGE 34 1
6 PERSONNEL REVIEW 23 2
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8
7 BRITISH JOURNAL OF MANAGEMENT 21 1
8 INTERNET RESEARCH 20 1
9 JOURNAL OF THE AMERICAN SOCIETY FOR
INFORMATION SCIENCE AND TECHNOLOGY 18 1
10 SERVICE INDUSTRIES JOURNAL 7 1
Fonte: Elaboração própria a partir dos dados da pesquisa.
Dentre os trabalhos recuperados, os três mais citados são, respectivamente, de Jerez-Goméz, Céspedes-
Lorente e Valle-Cabrera (2005), Alegre e Chiva (2008) e Hult e Ferrell (1997), que em conjunto,
correspondem a mais de 47% de todas as citações recebidas pelas publicações analisadas neste estudo
(Tabela 3).
Chiva e Alegre, além de serem os autores mais citados no cômputo geral (165), são também os que
mais publicaram pesquisas de cunho empírico-quantitativas, sete publicações, representando mais de
30% dos estudos recuperados. Destas, cinco foram trabalhos realizados em parceria. Com exceção de
Jyotsna Bhatnagar, com duas publicações, todos os demais autores identificados neste levantamento
possuem apenas uma publicação, sendo a grande maioria destas realizada em parcerias.
Tabela 3. Os dez trabalhos empírico-quantitativos mais citados sobre tema
N. Autores Título do trabalho Fonte da Publicação Ano Citações
1 Jerez-Goméz,
Céspedes-
Lorente e
Valle-Cabrera
Organizational
learning capability: a proposal
of measurement
Journal of Business
Research
2005 78
2 Alegre e
Chiva
Assessing the impact of
organizational learning
capability on product
innovation performance: An
empirical test
Technovation 2008 75
3 Hult e Ferrell Global organizational
learning capacity in
purchasing: Construct and
Journal of Business
Research
1997 69
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9
measurement.
4 Chiva, Alegre
e Lapiedra
Measuring organisational
learning capability among the
workforce
International Journal
of Manpower
2007 45
5 Bhatnagar Predictors of organizational
commitment in India:
strategic HR roles,
organizational learning
capability and psychological
empowerment
International Journal
of Human Resource
Management
2007 41
6 Hsu e Fang Intellectual capital and new
product development
performance: The mediating
role of organizational learning
capability
Technological
Forecasting and Social
Change
2009 34
7 Bhatnagar e
Sharma
The Indian perspective of
strategic HR roles and
organizational learning
capability
International Journal
of Human Resource
Management
2005 25
8 Chiva e
Alegre
Organizational Learning
Capability and Job
Satisfaction: an Empirical
Assessment in the Ceramic
Tile Industry
British Journal of
Management
2009 21
9 Lin, Hsiu-Fen Empirically testing
innovation characteristics and
organizational learning
capabilities in e-business
implementation success
Internet Research 2008 20
10 Teo, Wang,
Wei, Sai e
Organizational learning
capacity and attitude toward
Journal of the
American Society for
2006 18
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10
Lee complex technological
innovations: An empirical
study
Information Science
and Technology
Fonte: Elaboração própria a partir dos dados da pesquisa.
A análise bibliométrica revelou que para o desenvolvimento de seus estudos os 34 autores recorreram
a um total 1461 referências bibliográficas. As dez obras mais referenciadas estão relacionadas na
Tabela 4. Entre elas, destacam-se clássicos da própria área de capacidade de aprendizagem
organizacional, como a obra de Goh e Richards, de 1997 - Benchmarking the learning capability of
organizations; e, de DiBella, Nevis e Gould, de 1996 - Understanding organizational learning
capability. Estes dois trabalhos são citados por, pelo menos, metade dos trabalhos analisados.
Nesta relação é possível verificar a predominância da matriz teórica de organizações de aprendizagem
entre as referências mais citadas, fato que se repete quando consideradas as referências em termos
globais. Esta ocorrência é compreensível, tendo em vista que foi esta literatura que deu o impulso
inicial para os estudos relacionados aos fatores que facilitam a aprendizagem da organização, como
salientado na seção 2 deste trabalho. Já a literatura de aprendizagem organizacional é menos
representativa, concentrando-se, em sua grande maioria, em estudos publicados nos últimos cinco
anos.
Tabela 4. Referências mais citadas pelos trabalhos analisados
N. Autores Título Fonte da
Publicação Ano Tipo Citações
1 Goh e
Richards
Benchmarking the learning
capability of organizations
European
Management
Journal
1997 Artigo 13
2 DiBella,
Nevis e Gould
Understanding
organizational learning
capability
Journal of
Management
Studies
1996 Artigo 10
3 Nevis, Dibella
e Gould
Understanding
Organizations as Learning-
Systems
Sloan
Management
Review
1995 Artigo 10
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11
4 Anderson e
Gerbing
Structural equation
modelling in practice: a
review and recommended
two-step approach
Psychological
Bulletin
1988 Artigo 9
5 Garvin Building a learning
organization
Harvard
Business
Review
1993 Artigo 9
6 Hult e Ferrell Global organizational
learning capacity in
purchasing: Construct and
measurement.
Journal of
Business
Research
1997 Artigo 9
7 Nunnally Psychometric Theory Mcgraw-Hill 1978 Livro 9
8 Tippins e Sohi IT competency and firm
performance: is
organizational learning a
missing link?
Strategic
Management
Journal
2003 Artigo 9
9 Fornell e
Larcker
Evaluating Structural
Equation Models with
Unobservable Variables
and Measurement Error
Journal of
Marketing
Research
1981 Artigo 8
10 Hurley e Hult Innovation, market
orientation, and
organizational learning: An
integration and empirical
examination
Journal of
Marketing
1998 Artigo 8
Fonte: Elaboração própria a partir dos dados da pesquisa.
O cenário exposto mostra que os estudos empírico-quantitativos de capacidade de aprendizagem
organizacional ainda são poucos. Com exceção do trabalho de Hult e Ferrell, de 1997, todas as
publicações ocorreram após o ano 2005. Refletindo, portanto, a produção global da área, que é
concentrada em um lastro temporal relativamente curto e recente, entre 1996 e 2014.
XI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 13 e 14 de agosto de 2015
12
Os apontamentos anteriores podem representar um indicativo do estágio inicial da pesquisa no campo.
Ressalta-se, no entanto, que quando considerada a evolução das publicações ao longo daquele período,
percebe-se um aumento do interesse e preferência dos pesquisadores pelas pesquisas quantitativas,
sobrepujando em alguns desses anos a produção científica de outra natureza.
A explicação para isso pode estar na própria natureza pragmática do tema, sua aplicabilidade e, no
potencial direcionamento a um público de mercado. Esse contexto remete à necessidade de validações
e confirmações de premissas anteriormente levantadas e que, necessariamente, conduzem a estudos
com aquele perfil.
Neste sentido, foi verificado que a maior parte dos estudos analisados (15) buscam examinar as
relações entre a capacidade de aprendizagem organizacional e um ou mais construtos, utilizando-se
para este fim de testes de hipóteses. Apenas alguns poucos trabalhos (5), que se debruçam na
proposição de medidas e desenvolvimento de instrumentos para avaliar a capacidade de aprendizagem
organizacional, fogem a este padrão (Quadro 1).
Aspectos considerados1
Qtd.
Trabalho
s
Temáticas
relacionadas com
capacidade de
aprendizagem
organizacional mais
presentes nos estudos
Desempenho organizacional 5
Gestão de recursos humanos 4
Inovação nas organizações 5
Orientação empreendedora, capital intelectual,
confiança, satisfação no trabalho, e-business, entre
outros
1
Estudos específicos de desenvolvimento e validação
de escalas para avaliação da capacidade de
aprendizagem organizacional
5
Universo de pesquisa
mais destacado
Pequenas e médias empresas 8
Mista (pequenas, médias e grandes; públicas ou
privadas) 5
1 Algumas pesquisas examinam a relação da capacidade de aprendizagem organizacional com duas ou mais das temáticas
informadas, aplicam ao construto mais de uma categorização de variável e utilizam de mais de uma técnica para análise de
dados.
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Grandes empresas 2
Organizações públicas ou de serviços sociais sem
fins lucrativos 2
Procedimentos mais
utilizados para
tratamento e análise
dos dados
Modelagem de Equações Estruturais 12
Método dos mínimos quadrados parciais 3
Análise fatorial confirmatória 6
Análise de Variância 4
Categorização da
variável capacidade
de aprendizagem
organizacional
Independente 12
Dependente 2
Mediadora 3
Literaturas de
medidas e
instrumentos mais
utilizadas
Jerez-Goméz et al. (2005) 5
Chiva et al. (2007) 7
Quadro 1 – Características e aspectos metodológicos mais presentes nos estudos.
Fonte: Elaboração própria a partir dos dados da pesquisa.
São investigadas, entre outras, as relações entre a capacidade de aprendizagem organizacional e o
desempenho da organização (HOOI; NGUI, 2014; GUINOT, et al., 2013; HSU; FANG, 2009),
inovação (LIN, 2008; TEO et al., 2006; ALEGRE et al., 2012), gestão de recursos humanos
(BHATNAGAR; SHARMA, 2005; LÓPEZ-CABRALES et al., 2011) e orientação empreendedora
(ALEGRE; CHIVA, 2013), sendo a capacidade de aprendizagem organizacional categorizada tanto
como variável independente (12), como também, dependente (2) e mediadora (3).
Em suas análises, a grande maioria dos autores utiliza de modelagem de equações estruturais para o
exame das hipóteses levantadas e elegem as pequenas e médias empresas como universo de pesquisa
de preferência para a coleta de dados. Da mesma forma, o setor industrial é o que concentra a maior
parte dos trabalhos, seguido pelo setor de serviços.
As principais bases teóricas para aplicação dos instrumentos nas pesquisas empírica-quantitativas
foram respectivamente de Chiva et al. (2007) e de Jerez-Goméz et al. (2005). As medidas de
mensuração da capacidade de aprendizagem organizacional propostas por Chiva et al. (2007)
compreendem cinco dimensões, sendo elas a experimentação; a assunção de riscos; a interação com o
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ambiente externo; o diálogo e a tomada de decisão participativa. O instrumento resultante dessa
literatura foi o mais utilizado entre as pesquisas analisadas (7).
Já as medidas propostas por Jerez-Goméz et al. (2005) para capturar a capacidade de uma organização
aprender foram utilizadas por cinco estudos e envolvem o compromisso gerencial; perspectiva de
sistemas; abertura e experimentação e, transferência e integração do conhecimento.
5. Considerações Finais
É indiscutível a importância e a influência do conceito de aprendizagem organizacional no cenário
acadêmico-científico e no âmbito das práticas de gestão (ARGOTE; MIRON-SPEKTOR, 2011;
CROSSAN et al., 2011). Nesse sentido, a compreensão dos elementos que envolvem a aprendizagem
das organizações desponta como linhas de pesquisa de grande atratividade. Entre estas, destaca-se a
capacidade de aprendizagem organizacional.
Os estudos nesta área evidenciam os principais fatores ou características organizacionais que facilitam
o processo de aprendizagem da organização, consistindo em um fenômeno que antecede esta
aprendizagem (DIBELLA et al., 1996; GOH; RICHARDS, 1997; JEREZ-GOMÉZ et al., 2005).
Este trabalho contribui para o campo com um panorama geral da produção científica internacional
relacionada à capacidade de aprendizagem organizacional, uma linha de pesquisa emergente e que,
pelas suas peculiaridades, tem estabelecido uma conexão entre autores das matrizes teóricas de
aprendizagem organizacional e organizações de aprendizagem (CHIVA et al., 2007). O estudo
enfatizou as pesquisas de cunho empírico-quantitativas e utilizou de procedimentos bibliométricos
para possibilitar o levantamento de dados sobre a temática. Apesar do rigor do método utilizado, este
estudo apresenta limitações, tendo em vista a possibilidade de não recuperação de alguma pesquisa de
relevância indexada em outra base ou, a omissão de outros trabalhos relacionados à temática em
função da estratégia utilizada para recuperação das publicações.
Os indicadores bibliométricos obtidos a partir da ISI Web of Knowledge apontam para uma pesquisa
sobre capacidade de aprendizagem organizacional ainda incipiente, com poucas pesquisas
desenvolvidas no campo de estudo. A produção geral está concentrada em um período recente, entre
1996 e 2014.
Quando considerados, especificamente, os estudos de natureza empírico-quantitativa, são identificados
apenas vinte trabalhos. Deste montante, verifica-se que, com exceção de um estudo datado de 1997,
todos os trabalhos foram publicados após o ano 2005.
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A maior parte dos estudos analisados examinam relações entre a capacidade de aprendizagem
organizacional e um ou mais construtos, como desempenho da organização, inovação, capital
intelectual e gestão de recursos humanos. Outra parte, se dedica à proposição de medidas e
desenvolvimento de instrumentos para avaliar a capacidade de aprendizagem organizacional.
Para estes fins, os autores recorrem principalmente à modelagem de equações estruturais e têm as
pequenas e médias empresas como universo de pesquisa mais adotado. As principais referências dos
autores em relação às medidas e instrumentos para avaliar a capacidade de aprendizagem das
organizações são os trabalhos de Jerez-Goméz et al. (2005) e Chiva et al. (2007), sendo as proposições
destes últimos as mais adotadas pelos estudos empírico-quantitativos analisados.
Notadamente, o presente estudo não almeja, nem pode, exaurir todas as questões envolvidas
nas discussões sobre a produção empírico-quantitativa em capacidade de aprendizagem
organizacional. Contudo, com este mapeamento parcial, espera-se contribuir para o direcionamento
das estratégias de investigação de pesquisadores envolvidos ou interessados na temática.
Como sugestões de pesquisas futuras, aponta-se o estudo mais aprofundado das dimensões e fatores
que envolvem a capacidade de aprendizagem organizacional considerados nos trabalhos. Assim como
das relações estudadas, confrontando os diferentes resultados encontrados pelos pesquisadores, tendo
em vista o contexto de realização da pesquisa e a matriz teórico-conceitual que orientou os estudos.
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