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ESTUDOS EMPÍRICO-QUANTITATIVOS SOBRE CAPACIDADE DE APRENDIZAGEM ORGANIZACIONAL: UM MAPEAMENTO BIBLIO Área temática: Gestão do Conhecimento Organizacional Edson Oliveira Neves [email protected] Andrea Valéria Steil [email protected] João Artur de Souza [email protected] Gertrudes Aparecida Dandolin [email protected] Resumo: Este trabalho apresenta os resultados de uma pesquisa que teve como objetivo mapear a produção científica internacional, de natureza empírico-quantitativa, sobre o construto capacidade de aprendizagem organizacional. O estudo se fundamenta em uma revisão de literatura e utiliza da abordagem bibliométrica para o levantamento de dados gerais, tendocomo referência a base de dadosISI Web of Knowledge,sub-baseSocial Sciences Citation Index (SSCI).Quatro etapas estão compreendidas neste:a escolha da base de dados; a definição dos critérios de busca sistemática das publicações; a coleta e análise dos dados e, a apresentação e discussão dos resultados obtidos.Foram recuperados e analisados um total de 20 trabalhos, de 11 países, desenvolvidos por 34 autores e publicados em 15 periódicos. Os resultados da investigação evidenciam um cenário de pesquisa emergente, com grande parte dos estudos se dedicando ao exame das relações entre a capacidade de aprendizagem organizacional e um ou mais construtos, entre os quais, desempenho da empresa, inovação e gestão de pessoas. Palavras-chaves: Capacidade de Aprendizagem Organizacional, Pesquisas, Bibliometria, Empírico-quantitativa. ISSN 1984-9354

ESTUDOS EMPÍRICO-QUANTITATIVOS SOBRE CAPACIDADE … · conhecimento, neste caso específico, da capacidade de aprendizagem organizacional. Macias-Chapula (1998, p.134) define a bibliometria

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ESTUDOS EMPÍRICO-QUANTITATIVOS SOBRE

CAPACIDADE DE APRENDIZAGEM ORGANIZACIONAL: UM MAPEAMENTO BIBLIO

Área temática: Gestão do Conhecimento Organizacional

Edson Oliveira Neves

[email protected]

Andrea Valéria Steil

[email protected]

João Artur de Souza

[email protected]

Gertrudes Aparecida Dandolin

[email protected]

Resumo: Este trabalho apresenta os resultados de uma pesquisa que teve como objetivo mapear a produção científica

internacional, de natureza empírico-quantitativa, sobre o construto capacidade de aprendizagem organizacional. O

estudo se fundamenta em uma revisão de literatura e utiliza da abordagem bibliométrica para o levantamento de dados

gerais, tendocomo referência a base de dadosISI Web of Knowledge,sub-baseSocial Sciences Citation Index

(SSCI).Quatro etapas estão compreendidas neste:a escolha da base de dados; a definição dos critérios de busca

sistemática das publicações; a coleta e análise dos dados e, a apresentação e discussão dos resultados obtidos.Foram

recuperados e analisados um total de 20 trabalhos, de 11 países, desenvolvidos por 34 autores e publicados em 15

periódicos. Os resultados da investigação evidenciam um cenário de pesquisa emergente, com grande parte dos estudos

se dedicando ao exame das relações entre a capacidade de aprendizagem organizacional e um ou mais construtos, entre

os quais, desempenho da empresa, inovação e gestão de pessoas.

Palavras-chaves: Capacidade de Aprendizagem Organizacional, Pesquisas, Bibliometria,

Empírico-quantitativa.

ISSN 1984-9354

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1. INTRODUÇÃO

A capacidade de aprendizagem organizacional tem sido definida enquanto o conjunto de

características ou fatores organizacionais que facilitam o processo de aprendizagem da organização ou

permitam que esta aprenda (GOH; RICHARDS, 1997; CHIVA et al., 2007). É pontuada por muitos

autores como um aspecto fundamental para a sobrevivência da organização, existindo um

entendimento comum quanto a sua importância para o alcance e a consolidação de vantagens

competitivas (DIBELLA et al., 1996; ALEGRE; CHIVA, 2008).

Quando considerado o contexto de negócios, caracterizado pela intensa competição, pela

complexidade e imprevisibilidade, essa capacidade de aprendizagem revela-se um diferencial de

sustentabilidade, independente do tamanho, atividade ou natureza da organização (DE GEUS, 1988;

STATA, 1989; JEREZ-GOMÉZ et al., 2005).

A área de estudos está alinhada com a visão baseada em recursos (BARNEY, 1991; 2001; HELFAT;

PETERAF, 2003) e, da mesma forma, com a abordagem de capacidades dinâmicas da organização

(EISENHARDT; MARTIN, 2000). Se enquadra como uma temática precedente ao processo de

aprendizagem organizacional (DIBELLA et al., 1996) e, em função disso, apresenta-se como uma

abordagem de interesse de diferentes linhas de pesquisa no âmbito dos estudos da organização.

Em sua essência, a capacidade de aprendizagem organizacional leva em consideração a propensão da

organização para aprender a partir de fatores que facilitam este processo. E, nesse sentido, a

verificação da magnitude de influência destes fatores e a sua interferência no aprendizado da

organização assumem uma importância significativa, tendo em vista a associação dessa aprendizagem

com aspectos como a inovação (JIMÉNEZ-JIMÉNEZ; SANZ-VALLE, 2011) e renovação estratégica

da empresa (CROSSAN et al., 1999).

Neste trabalho busca-se evidenciar os estudos de natureza empírico-quantitativa. A escolha de

trabalhos com este perfil se justifica em razão de que os estudos sobre capacidade de aprendizagem

organizacional enfatizam aspectos que favorecem o processo de aprendizagem, e este recorte permite o

contato com pesquisas que empreendem a operacionalização, mensuração e testes de hipóteses em

relação a estes fenômenos.

Da mesma forma, os estudos empírico-quantitativos possibilitam uma descrição mais objetiva possível

de dados da realidade, do estudo de relações de causalidade, generalizações, análise de variáveis e,

como consequência, validação ou rejeição de pressupostos e teorias (DEMO, 1994; CRESWELL,

2010; CERVI et al., 2009).

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Dado o exposto, o objetivo deste trabalho é realizar um mapeamento da produção científica

internacional de caráter empírico-quantitativa sobre capacidade de aprendizagem organizacional.

Busca-se, a partir da adoção de procedimentos de análise bibliométrica, apreender os números da

pesquisa no campo em termos de volume, origem das publicações, autores, número de citações,

periódicos, base teórica dos estudos, dentre outros indicadores.

Considerando o impacto que a temática aprendizagem organizacional tem apresentado no âmbito dos

estudos organizacionais, este trabalho se mostra relevante ao disponibilizar aos pesquisadores um

amplo quadro informativo que permite uma orientação teórico-epistemológica da produção

internacional na área, assim como corrobora para a identificação de tendências e linhas de pesquisa em

relação ao tema.

Além desta seção introdutória, este trabalho compreende mais quatro seções. Primeiramente, é feita

uma breve discussão sobre os aspectos teóricos e conceituais em torno do tema capacidade de

aprendizagem organizacional. Num segundo momento, são apresentados os procedimentos

metodológicos em que se embasam este estudo, destacando-se os procedimentos bibliométricos e os

critérios estabelecidos para seleção dos trabalhos analisados. Em terceiro lugar, passa-se à explicitação

dos resultados obtidos no estudo e desenvolvimento de uma discussão em torno destes. Por fim,

conclui-se o trabalho com algumas considerações sobre o estudo, bem como suas limitações e

contribuições para a literatura.

2. Capacidade de Aprendizagem Organizacional

A aprendizagem organizacional é um processo dinâmico de construção do conhecimento da

organização que ocorre ao longo do tempo, iniciando na esfera individual e se estabelecendo em nível

organizacional a partir de processos sociais e psicológicos de intuição, interpretação, integração e

institucionalização do aprendizado (CROSSAN et al., 1999; BONTIS et al., 2002; STEIL, 2006).

Para outra importante corrente, mais alinhada com a perspectiva de gestão de informações e

conhecimento, a aprendizagem organizacional envolve a aquisição de conhecimento, distribuição e

interpretação de informação e memória organizacional, ocorrendo quando qualquer uma das unidades

adquire conhecimento reconhecido como potencialmente útil para a organização (HUBER, 1991;

TEMPLETON et al., 2002; LIAO; WU, 2010).

Estas duas correntes partilham de algumas linhas comuns, entre elas o entendimento que a

aprendizagem organizacional pode desencadear mudanças significativas na organização, tanto

cognitivas como comportamentais. Também compartilham que a sua ocorrência está vinculada a

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condições e fatores específicos que podem impedir e/ou contribuir para o seu desenvolvimento,

refletindo, portanto, a capacidade de aprendizagem da organização. Ou seja, a orientação ou propensão

da organização para o aprendizado (JEREZ-GOMÉZ et al., 2005; CHIVA et al., 2007).

Conseguinte, a capacidade de aprendizagem organizacional envolve uma dinâmica inter-relação de

elementos contextuais, características, rotinas e processos organizacionais, que facilitam o

desenvolvimento da aprendizagem. Os aspectos salientados envolvem, entre outros, o trabalho em

equipe, comunicação, experimentação, a interação com o ambiente externo e tomada de decisão

participativa (DIBELLA et al., 1996; GOH; RICHARDS, 1997; HULT; FERRELL, 1997; JEREZ-

GOMÉZ et al., 2005; CHIVA et al., 2007).

Os primeiros trabalhos sobre capacidade de aprendizagem organizacional datam de meados da

década de 1990, a partir dos estudos desenvolvidos por Dibella, Nevis e Gould (1996), Goh e Richards

(1997) e Hult e Ferrell (1997). Nesta fase inicial, a investigação dos fatores que facilitam a

aprendizagem organizacional teve como sua principal referência a literatura de organizações de

aprendizagem, caracterizada por uma perspectiva eminentemente prescritiva e centrada no

desenvolvimento de orientações acerca da criação de organizações que aprendem (CHIVA et al.,

2007).

Essa literatura teve importante contribuição na determinação de fatores facilitadores da aprendizagem

e fomentou os estudos posteriores sobre capacidade de aprendizagem organizacional, especialmente os

de natureza empírico-quantitativa focados em análises de correlação e causalidade.

Todavia, a literatura de aprendizagem organizacional, de natureza mais investigativa e descritiva,

também tem sem mostrado muito presente nos estudos. Sobretudo após o ano de 2010, os

pesquisadores têm recorrido a esta literatura em busca de aporte teórico para seus estudos. Sua

contribuição proeminente está na clarificação do processo de aprendizagem, sendo este entendimento

muito importante para se avançar nos estudos em relação aos determinantes da capacidade de

aprendizagem organizacional.

Os aspectos salientados acima fazem com que os estudos sobre o tema tenham características bem

singulares quanto à sua base teórica, convergindo contribuições tanto do campo de estudos da

aprendizagem organizacional como de organizações de aprendizagem (citam-se como exemplos:

Jerez-Goméz et al., 2005; Bhatnagar, 2007; Alegre e Chiva, 2013; Hooi e Ngui, 2014). No entanto, a

área continua sendo predominantemente explorada por autores vinculados a esta última.

3. Procedimentos Metodológicos

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Para atender ao objetivo proposto nesta pesquisa, recorreu-se a procedimentos de busca e análise

bibliométricas que permitem mapear o cenário da produção científica de determinada área do

conhecimento, neste caso específico, da capacidade de aprendizagem organizacional.

Macias-Chapula (1998, p.134) define a bibliometria como sendo “o estudo dos aspectos quantitativos

da produção, disseminação e uso da informação registrada”. Vanti (2002) avança um pouco mais nessa

definição, observando que a bibliometria também se relaciona com as estratégias e instrumentos de

busca sistemática on-line e técnicas de recuperação de informações. De um modo geral, a bibliometria

refere-se ao tratamento dado a um conjunto de referências bibliográficas por meio de métodos

estatísticos e/ou matemáticos, permitindo uma visão ampliada de unidades bibliométricas em termos

de números, fator de impacto e rede de conexões sobre um determinado tema de estudo.

As unidades bibliométricas podem ser entendidas como “autores, textos, revistas, compêndios,

terminologias, técnicas, metodologias, editais, citações etc. na condição de objetos de avaliação”

(RUMMLER, 2008, p. 52). A aplicação de procedimentos bibliométricos permite a produção de

indicadores e padrões que dão suporte à análise destas unidades, possibilitando a elaboração de

tendências, conclusões, agrupamentos, sistematização e apoio à tomada de decisões relacionadas aos

desenvolvimentos no campo de estudo de interesse.

Esta pesquisa se apoiou fortemente em procedimentos bibliométricos, sendo o planejamento desta,

delineado a partir de quatro meta-ações que consistiram na: 1) identificação de uma base de dados que

atenda ao interesse de estudo; 2) definição dos critérios de busca sistemática das publicações; 3) coleta

e análise das publicações recuperadas e, finalmente, 4) a apresentação e discussão dos resultados

obtidos.

Em função de fatores limitantes como recursos de busca e diferentes níveis de qualidade dos estudos,

buscou-se delimitar o material de pesquisa elegendo-se uma base de dados única de trabalho. Para a

seleção desta, teve-se como critérios: primeiramente, sua identificação como base de cunho

multidisciplinar, por assim entender como correspondente à natureza do tema matter aprendizagem

organizacional. Em segundo lugar, que contemple os principais periódicos internacionais relacionados

ao campo de estudo e, por fim, que contemple produções internacionais de diferentes origens

(nacionalidades) e atenda satisfatoriamente aos aspectos qualitativos de produção indexada.

Tendo em vista os critérios elencados, optou-se pela ISI Web of Knowledge, sub-base Social Sciences

Citation Index (SSCI), assim como procedido por outros importantes estudos dentro da área de ciências

sociais (como exemplos citam-se: Baumgartner e Pieters, 2003; Chapman e Ellinger, 2009; Crossan e

Apaydin, 2010).

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Como estratégia para recuperação das publicações relacionadas ao tema, buscou-se associar o termo

“capacidade de aprendizagem organizacional” (e suas variantes), com outros termos que remetem aos

estudos de natureza empírico-quantitativa, como “levantamento”, “amostra”, “empírico”,

“quantitativo” e “hipótese”. Fez-se uso do operador booleano “OR” entre os termos para que, durante

o rastreamento, sejam recuperados trabalhos que possuam pelo menos um destes tópicos. Utilizou-se

também de recursos de truncagem (asterisco e interrogação), com o objetivo de abranger possíveis

variações nos termos de busca (plurais, gerúndios, infinitivos, origem) e na forma de expressão destes.

Como resultado, chegou-se ao seguinte caminho de busca: no campo Title da plataforma ISI Web of

Knowledge inseriu-se os termos “organi?ational learning capabili*” OR “organi?ational learning

capaci*” OR “organi?ational learning ability*” e no campo Topic, “survey” OR “sample” OR

“empiric*” OR “quantitative” OR “hypothesis”.

O objetivo desta estratégia foi direcionar a busca para trabalhos efetivamente ligados ao tema, sendo a

adoção de variações para abarcar o maior número possível de trabalhos que estejam relacionados à

temática de interesse. No processo de busca também se optou por filtros que permitissem a

recuperação apenas de artigos e revisões; e, para efeito de delimitação temporal, tomou-se como

referência as publicações científicas indexadas até o final do ano de 2014.

4. Resultados e Discussão

As estratégias de busca utilizadas retornaram um total de 20 publicações, representando toda produção

empírico-quantitativa sobre capacidade de aprendizagem organizacional, no âmbito da ISI Web of

Knowledge. Um valor muito pequeno, apesar dos mecanismos para abarcar o maior número possível

de publicações internacionais. No entanto, o resultado se mostra coerente, tendo em vista que os

artigos e revisões específicos sobre o tema (considerando o título do trabalho) somam 58 publicações,

independente da metodologia de pesquisa utilizada.

Os 20 trabalhos recuperados foram desenvolvidos por 34 autores, vinculados a 19 instituições e

publicados - todos em língua inglesa - em 15 diferentes periódicos. Em suas pesquisas, os autores

recorreram a 1461 referências bibliográficas. Os estudos são originários de 11 países, sendo que cerca

de 45% dos trabalhos são oriundos da Espanha e 15% de Taiwan, países com o maior volume de

publicações dentro dessa linha de pesquisa. Na tabela 1, é apresentada uma síntese geral dos resultados

obtidos.

Tabela 1 – Síntese dos dados gerais do levantamento bibliométrico

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Critérios Quantidade

Publicações 20

Fontes de publicação/Periódicos indexados 15

Autores 34

Instituições (vinculo dos autores) 19

Países 11

Palavras-chave 92

Referências Citadas 1461

Fonte: Elaboração própria a partir dos dados da pesquisa.

Quanto às fontes de publicação, verifica-se que não há qualquer concentração das produções em

determinados periódicos. Os trabalhos se encontram dispersos com certa uniformidade pelas 15 fontes.

Estas, por sua vez, concentram-se na especialidade de economia empresarial.

Na Tabela 2 a seguir é apresentada a relação de periódicos com os maiores índices TGCS (Total

Global Citation Score), assim como o seu respectivo número de artigos publicados sobre o tema. O

índice TGCS está relacionado ao grau de impacto e considera o número de vezes que um determinado

trabalho é citado por outros no âmbito da base Web of Knowledge. Os periódicos com maior índice de

impacto são, respectivamente, o Journal of Business Research (147) e Technovation (75). Já o

periódico com o maior número de publicações é o International Journal of Manpower, com 3

trabalhos.

Tabela 2 – Fontes de Publicação com mais citações e trabalhos publicados

N. Fontes das Publicações / Periódicos TGCS Trabalhos

1 JOURNAL OF BUSINESS RESEARCH 147 2

2 TECHNOVATION 75 1

3 INTERNATIONAL JOURNAL OF HUMAN

RESOURCE MANAGEMENT 66 2

4 INTERNATIONAL JOURNAL OF MANPOWER 45 3

5 TECHNOLOGICAL FORECASTING AND SOCIAL

CHANGE 34 1

6 PERSONNEL REVIEW 23 2

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8

7 BRITISH JOURNAL OF MANAGEMENT 21 1

8 INTERNET RESEARCH 20 1

9 JOURNAL OF THE AMERICAN SOCIETY FOR

INFORMATION SCIENCE AND TECHNOLOGY 18 1

10 SERVICE INDUSTRIES JOURNAL 7 1

Fonte: Elaboração própria a partir dos dados da pesquisa.

Dentre os trabalhos recuperados, os três mais citados são, respectivamente, de Jerez-Goméz, Céspedes-

Lorente e Valle-Cabrera (2005), Alegre e Chiva (2008) e Hult e Ferrell (1997), que em conjunto,

correspondem a mais de 47% de todas as citações recebidas pelas publicações analisadas neste estudo

(Tabela 3).

Chiva e Alegre, além de serem os autores mais citados no cômputo geral (165), são também os que

mais publicaram pesquisas de cunho empírico-quantitativas, sete publicações, representando mais de

30% dos estudos recuperados. Destas, cinco foram trabalhos realizados em parceria. Com exceção de

Jyotsna Bhatnagar, com duas publicações, todos os demais autores identificados neste levantamento

possuem apenas uma publicação, sendo a grande maioria destas realizada em parcerias.

Tabela 3. Os dez trabalhos empírico-quantitativos mais citados sobre tema

N. Autores Título do trabalho Fonte da Publicação Ano Citações

1 Jerez-Goméz,

Céspedes-

Lorente e

Valle-Cabrera

Organizational

learning capability: a proposal

of measurement

Journal of Business

Research

2005 78

2 Alegre e

Chiva

Assessing the impact of

organizational learning

capability on product

innovation performance: An

empirical test

Technovation 2008 75

3 Hult e Ferrell Global organizational

learning capacity in

purchasing: Construct and

Journal of Business

Research

1997 69

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9

measurement.

4 Chiva, Alegre

e Lapiedra

Measuring organisational

learning capability among the

workforce

International Journal

of Manpower

2007 45

5 Bhatnagar Predictors of organizational

commitment in India:

strategic HR roles,

organizational learning

capability and psychological

empowerment

International Journal

of Human Resource

Management

2007 41

6 Hsu e Fang Intellectual capital and new

product development

performance: The mediating

role of organizational learning

capability

Technological

Forecasting and Social

Change

2009 34

7 Bhatnagar e

Sharma

The Indian perspective of

strategic HR roles and

organizational learning

capability

International Journal

of Human Resource

Management

2005 25

8 Chiva e

Alegre

Organizational Learning

Capability and Job

Satisfaction: an Empirical

Assessment in the Ceramic

Tile Industry

British Journal of

Management

2009 21

9 Lin, Hsiu-Fen Empirically testing

innovation characteristics and

organizational learning

capabilities in e-business

implementation success

Internet Research 2008 20

10 Teo, Wang,

Wei, Sai e

Organizational learning

capacity and attitude toward

Journal of the

American Society for

2006 18

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10

Lee complex technological

innovations: An empirical

study

Information Science

and Technology

Fonte: Elaboração própria a partir dos dados da pesquisa.

A análise bibliométrica revelou que para o desenvolvimento de seus estudos os 34 autores recorreram

a um total 1461 referências bibliográficas. As dez obras mais referenciadas estão relacionadas na

Tabela 4. Entre elas, destacam-se clássicos da própria área de capacidade de aprendizagem

organizacional, como a obra de Goh e Richards, de 1997 - Benchmarking the learning capability of

organizations; e, de DiBella, Nevis e Gould, de 1996 - Understanding organizational learning

capability. Estes dois trabalhos são citados por, pelo menos, metade dos trabalhos analisados.

Nesta relação é possível verificar a predominância da matriz teórica de organizações de aprendizagem

entre as referências mais citadas, fato que se repete quando consideradas as referências em termos

globais. Esta ocorrência é compreensível, tendo em vista que foi esta literatura que deu o impulso

inicial para os estudos relacionados aos fatores que facilitam a aprendizagem da organização, como

salientado na seção 2 deste trabalho. Já a literatura de aprendizagem organizacional é menos

representativa, concentrando-se, em sua grande maioria, em estudos publicados nos últimos cinco

anos.

Tabela 4. Referências mais citadas pelos trabalhos analisados

N. Autores Título Fonte da

Publicação Ano Tipo Citações

1 Goh e

Richards

Benchmarking the learning

capability of organizations

European

Management

Journal

1997 Artigo 13

2 DiBella,

Nevis e Gould

Understanding

organizational learning

capability

Journal of

Management

Studies

1996 Artigo 10

3 Nevis, Dibella

e Gould

Understanding

Organizations as Learning-

Systems

Sloan

Management

Review

1995 Artigo 10

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11

4 Anderson e

Gerbing

Structural equation

modelling in practice: a

review and recommended

two-step approach

Psychological

Bulletin

1988 Artigo 9

5 Garvin Building a learning

organization

Harvard

Business

Review

1993 Artigo 9

6 Hult e Ferrell Global organizational

learning capacity in

purchasing: Construct and

measurement.

Journal of

Business

Research

1997 Artigo 9

7 Nunnally Psychometric Theory Mcgraw-Hill 1978 Livro 9

8 Tippins e Sohi IT competency and firm

performance: is

organizational learning a

missing link?

Strategic

Management

Journal

2003 Artigo 9

9 Fornell e

Larcker

Evaluating Structural

Equation Models with

Unobservable Variables

and Measurement Error

Journal of

Marketing

Research

1981 Artigo 8

10 Hurley e Hult Innovation, market

orientation, and

organizational learning: An

integration and empirical

examination

Journal of

Marketing

1998 Artigo 8

Fonte: Elaboração própria a partir dos dados da pesquisa.

O cenário exposto mostra que os estudos empírico-quantitativos de capacidade de aprendizagem

organizacional ainda são poucos. Com exceção do trabalho de Hult e Ferrell, de 1997, todas as

publicações ocorreram após o ano 2005. Refletindo, portanto, a produção global da área, que é

concentrada em um lastro temporal relativamente curto e recente, entre 1996 e 2014.

XI CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 13 e 14 de agosto de 2015

12

Os apontamentos anteriores podem representar um indicativo do estágio inicial da pesquisa no campo.

Ressalta-se, no entanto, que quando considerada a evolução das publicações ao longo daquele período,

percebe-se um aumento do interesse e preferência dos pesquisadores pelas pesquisas quantitativas,

sobrepujando em alguns desses anos a produção científica de outra natureza.

A explicação para isso pode estar na própria natureza pragmática do tema, sua aplicabilidade e, no

potencial direcionamento a um público de mercado. Esse contexto remete à necessidade de validações

e confirmações de premissas anteriormente levantadas e que, necessariamente, conduzem a estudos

com aquele perfil.

Neste sentido, foi verificado que a maior parte dos estudos analisados (15) buscam examinar as

relações entre a capacidade de aprendizagem organizacional e um ou mais construtos, utilizando-se

para este fim de testes de hipóteses. Apenas alguns poucos trabalhos (5), que se debruçam na

proposição de medidas e desenvolvimento de instrumentos para avaliar a capacidade de aprendizagem

organizacional, fogem a este padrão (Quadro 1).

Aspectos considerados1

Qtd.

Trabalho

s

Temáticas

relacionadas com

capacidade de

aprendizagem

organizacional mais

presentes nos estudos

Desempenho organizacional 5

Gestão de recursos humanos 4

Inovação nas organizações 5

Orientação empreendedora, capital intelectual,

confiança, satisfação no trabalho, e-business, entre

outros

1

Estudos específicos de desenvolvimento e validação

de escalas para avaliação da capacidade de

aprendizagem organizacional

5

Universo de pesquisa

mais destacado

Pequenas e médias empresas 8

Mista (pequenas, médias e grandes; públicas ou

privadas) 5

1 Algumas pesquisas examinam a relação da capacidade de aprendizagem organizacional com duas ou mais das temáticas

informadas, aplicam ao construto mais de uma categorização de variável e utilizam de mais de uma técnica para análise de

dados.

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13

Grandes empresas 2

Organizações públicas ou de serviços sociais sem

fins lucrativos 2

Procedimentos mais

utilizados para

tratamento e análise

dos dados

Modelagem de Equações Estruturais 12

Método dos mínimos quadrados parciais 3

Análise fatorial confirmatória 6

Análise de Variância 4

Categorização da

variável capacidade

de aprendizagem

organizacional

Independente 12

Dependente 2

Mediadora 3

Literaturas de

medidas e

instrumentos mais

utilizadas

Jerez-Goméz et al. (2005) 5

Chiva et al. (2007) 7

Quadro 1 – Características e aspectos metodológicos mais presentes nos estudos.

Fonte: Elaboração própria a partir dos dados da pesquisa.

São investigadas, entre outras, as relações entre a capacidade de aprendizagem organizacional e o

desempenho da organização (HOOI; NGUI, 2014; GUINOT, et al., 2013; HSU; FANG, 2009),

inovação (LIN, 2008; TEO et al., 2006; ALEGRE et al., 2012), gestão de recursos humanos

(BHATNAGAR; SHARMA, 2005; LÓPEZ-CABRALES et al., 2011) e orientação empreendedora

(ALEGRE; CHIVA, 2013), sendo a capacidade de aprendizagem organizacional categorizada tanto

como variável independente (12), como também, dependente (2) e mediadora (3).

Em suas análises, a grande maioria dos autores utiliza de modelagem de equações estruturais para o

exame das hipóteses levantadas e elegem as pequenas e médias empresas como universo de pesquisa

de preferência para a coleta de dados. Da mesma forma, o setor industrial é o que concentra a maior

parte dos trabalhos, seguido pelo setor de serviços.

As principais bases teóricas para aplicação dos instrumentos nas pesquisas empírica-quantitativas

foram respectivamente de Chiva et al. (2007) e de Jerez-Goméz et al. (2005). As medidas de

mensuração da capacidade de aprendizagem organizacional propostas por Chiva et al. (2007)

compreendem cinco dimensões, sendo elas a experimentação; a assunção de riscos; a interação com o

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14

ambiente externo; o diálogo e a tomada de decisão participativa. O instrumento resultante dessa

literatura foi o mais utilizado entre as pesquisas analisadas (7).

Já as medidas propostas por Jerez-Goméz et al. (2005) para capturar a capacidade de uma organização

aprender foram utilizadas por cinco estudos e envolvem o compromisso gerencial; perspectiva de

sistemas; abertura e experimentação e, transferência e integração do conhecimento.

5. Considerações Finais

É indiscutível a importância e a influência do conceito de aprendizagem organizacional no cenário

acadêmico-científico e no âmbito das práticas de gestão (ARGOTE; MIRON-SPEKTOR, 2011;

CROSSAN et al., 2011). Nesse sentido, a compreensão dos elementos que envolvem a aprendizagem

das organizações desponta como linhas de pesquisa de grande atratividade. Entre estas, destaca-se a

capacidade de aprendizagem organizacional.

Os estudos nesta área evidenciam os principais fatores ou características organizacionais que facilitam

o processo de aprendizagem da organização, consistindo em um fenômeno que antecede esta

aprendizagem (DIBELLA et al., 1996; GOH; RICHARDS, 1997; JEREZ-GOMÉZ et al., 2005).

Este trabalho contribui para o campo com um panorama geral da produção científica internacional

relacionada à capacidade de aprendizagem organizacional, uma linha de pesquisa emergente e que,

pelas suas peculiaridades, tem estabelecido uma conexão entre autores das matrizes teóricas de

aprendizagem organizacional e organizações de aprendizagem (CHIVA et al., 2007). O estudo

enfatizou as pesquisas de cunho empírico-quantitativas e utilizou de procedimentos bibliométricos

para possibilitar o levantamento de dados sobre a temática. Apesar do rigor do método utilizado, este

estudo apresenta limitações, tendo em vista a possibilidade de não recuperação de alguma pesquisa de

relevância indexada em outra base ou, a omissão de outros trabalhos relacionados à temática em

função da estratégia utilizada para recuperação das publicações.

Os indicadores bibliométricos obtidos a partir da ISI Web of Knowledge apontam para uma pesquisa

sobre capacidade de aprendizagem organizacional ainda incipiente, com poucas pesquisas

desenvolvidas no campo de estudo. A produção geral está concentrada em um período recente, entre

1996 e 2014.

Quando considerados, especificamente, os estudos de natureza empírico-quantitativa, são identificados

apenas vinte trabalhos. Deste montante, verifica-se que, com exceção de um estudo datado de 1997,

todos os trabalhos foram publicados após o ano 2005.

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A maior parte dos estudos analisados examinam relações entre a capacidade de aprendizagem

organizacional e um ou mais construtos, como desempenho da organização, inovação, capital

intelectual e gestão de recursos humanos. Outra parte, se dedica à proposição de medidas e

desenvolvimento de instrumentos para avaliar a capacidade de aprendizagem organizacional.

Para estes fins, os autores recorrem principalmente à modelagem de equações estruturais e têm as

pequenas e médias empresas como universo de pesquisa mais adotado. As principais referências dos

autores em relação às medidas e instrumentos para avaliar a capacidade de aprendizagem das

organizações são os trabalhos de Jerez-Goméz et al. (2005) e Chiva et al. (2007), sendo as proposições

destes últimos as mais adotadas pelos estudos empírico-quantitativos analisados.

Notadamente, o presente estudo não almeja, nem pode, exaurir todas as questões envolvidas

nas discussões sobre a produção empírico-quantitativa em capacidade de aprendizagem

organizacional. Contudo, com este mapeamento parcial, espera-se contribuir para o direcionamento

das estratégias de investigação de pesquisadores envolvidos ou interessados na temática.

Como sugestões de pesquisas futuras, aponta-se o estudo mais aprofundado das dimensões e fatores

que envolvem a capacidade de aprendizagem organizacional considerados nos trabalhos. Assim como

das relações estudadas, confrontando os diferentes resultados encontrados pelos pesquisadores, tendo

em vista o contexto de realização da pesquisa e a matriz teórico-conceitual que orientou os estudos.

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