Etanol e Biodiesel Mais Recente 2003

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Um trabalho que resume a indústria de Etanol e Biodiesel

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2

UFF- Universidade Federal Fluminense

Anny Beatriz Cabral de Andrade

Cssio Coe Callado AnciesLucas Viana Ferreira

MaurcioCoutinho da Cunha RodriguesETANOL E BIODIESEL

Niteri

2013

UFF- Universidade Federal Fluminense

Anny Beatriz Cabral de Andrade

Cssio Coe Callado AnciesLucas Viana Ferreira

Maurcio Coutinho da Cunha RodriguesETANOL E BIODIESEL

Trabalho acadmico junto ao curso de Engenharia de Petrleo da

Universidade Federal Fluminense, na disciplinaEstrutura e Organizao da Indstria do Petrleo,

como requisito parcial a aprovao da disciplina.

Niteri

2013

Andrade, Anny Beatriz Cabral de, 1992-

Ancies, Cssio Coe Callado, 1992-

Ferreira, Lucas Viana, 1991-

Rodrigues, Maurcio Coutinho da Cunha, 1991-

Etanol e Biodiesel/ Anny Beatriz Cabral de Andrade, Cssio Coe Callado Ancies,

Lucas Viana Ferreira, Maurcio Coutinho da Cunha Rodrigues Niteri, Rio de Janeiro 2013

34 f: il. color.

Trabalho acadmico (graduao) Universidade Federal Fluminense, Curso de Engenharia de Petrleo, 2013

1. Etanol. 2. Biodiesel. I. Universidade Federal Fluminense. Curso de Engenharia de Petrleo. III. Etanol e Biodiesel.

Anny Beatriz Cabral de Andrade

Cssio Coe Callado AnciesLucas Viana Ferreira

Maurcio Coutinho da Cunha RodriguesETANOL E BIODIESEL

Trabalho acadmico junto

ao curso de Engenharia de Petrleo da

Universidade Federal Fluminense, na disciplina

Estrutura e Organizao da Indstria do Petrleo,

como requisito parcial a aprovao da disciplina.

EXAMINADOR

____________________________________

Prof. Dr. Albino Lopes D'AlmeidaResumo

Os biocombustveis so combustveis de origem biolgica e apresentam muitas vantagens ambientais. Entre elas esto a diminuio das emisses de gs carbnico e menor gerao de partculas poluentes.Entre os biocombustveis, se destacam o etanol e o biodiesel. O etanol um lcool obtido atravs de um mtodo onde biomassa rica em celulose convertida em acares, que posteriormente so fermentados em etanol e que depois destilado na sua forma final.O biodiesel um ster e pode ser obtido atravs de diversos leos, especificamente de gorduras vegetais e animais, atravs de um processo chamado transesterificao, onde se combinam derivados dos leos com lcool e que so quimicamente alterados para a forma de steres, tais como etilo ou stermetilo.AbstractThe purpose of this paper consists in showing the evolution of biofuels as a new way of generating clean and renewable energy. Also, it will be introducing conceptions of ethanol and biodiesel, as well as presenting statistics and data, in order to compare those with other kinds of fuel.SUMRIO

6Introduo

71 Etanol

71.1 Conceito

71.2 Incentivo produo de etanol no Brasil

111.3 O lcool como um novo produto para o mundo

131.4 Anlise econmica do mercado nacional

161.5 Produo, exportao e importao

161.5.1 Aspectos gerais

181.5.2 Aspectos econmicos

201.6 Participao do etanol no balano energtico

211.7 Principais Empresas Produtoras de Etanol no Brasil

222. Biodiesel

222.1 Conceito

232.2 Aspectos mundiais do biodiesel

252.3 Biodiesel no Brasil

252.3.1. Aspectos gerais

262.3.2 Aspectos econmicos

32Concluso

33Referncias

Introduo

O carvo mineral e o petrleo tm sido as principais matrias-primas para a gerao de energia e tm assegurado, por dcadas, o suprimento de fontes energticas em todos os pases. Porm, devido ao impacto ambiental causado e os altos preos dos combustveis fsseis, de preocupao mundial a procura por novas fontes renovveis e limpas.

Os combustveis derivados da biomassa tm despertado grande interesse por serem renovveis, e serem neutros ou superavitrios na emisso de dixido de carbono. Esta atividade de produo destinada produo de lcool etlico, a partir de sacarose (cana-de-acar e beterraba aucareira) ou amido (plantas amilceas, como o milho e o trigo) ou de biodiesel, com o uso de plantas oleaginosas (soja, canola e palma).

A maioria dos pases tem condies de cultivar matrias-primas para a produo desse tipo de combustvel. A questo relevante est em desenhar programas que sejam capazes de produzir grandes volumes e com custos de produo razoveis.1Etanol1.1 Conceito

O etanol, tambm conhecido como lcool etlico, uma substncia pura, constituda por um nico tipo de molcula, ao contrrio da gasolina. Sua produo diferenciada entre etanol anidro e etanol hidratado, sendo estes diferenciados com base no teor de gua existente no etanol. Enquanto o etanol anidro apresenta 0,5% em volume de gua, o etanol hidratado, comercializado diretamente em postos de combustvel, apresenta 5% em volume de gua. Na indstria, o etanol hidratado retirado diretamente da coluna de destilao, enquanto que para a obteno do etanol anidro, h necessidade da realizao de um processo para a retirada de gua.

O etanol anidro usado na produo de gasolina C, a nica que pode ser comercializada em territrio nacional para a utilizao no abastecimento de veculos automotores. A produo deste tipo de gasolina ocorre atravs da mistura de gasolina A com etanol anidro na proporo de 20 a 25% deste, sendo essa proporo definida pela Lei federal n 8.723/93 que trata da reduo da emisso de poluentes por veculos automotores.

1.2 Incentivo produo de etanol no Brasil

As etapas na produo do acar e do lcool diferem apenas a partir da obteno do suco, que poder ser fermentado para a produo de lcool ou tratado para o acar. Caso a produo de acar se torne menos atrativa devido s redues de preos internacionais, o que frequentemente ocorre, poder ser mais vantajoso a mudana na produo para lcool ou vice-versa. A deciso de produo de etanol a partir de cana-de-acar, alm do preo do acar, poltica e econmica, envolvendo investimentos adicionais.

Em 1975, o preo do acar no mercado internacional vinha decaindo rapidamente, o que tornou conveniente a mudana de produo para o lcool. Ento foi criado o Programa Nacional do lcool (Prolcool) pelo decreto n 76.593 com o objetivo de estimular a produo do etanol, visando o atendimento das necessidades do mercado interno e externo e da poltica de combustveis automotivos. Para isso, a produo do lcool oriundo da cana-de-acar, da mandioca ou de qualquer outro insumo deveria ser incentivada por meio da expanso da oferta de matrias-primas, com especial nfase no aumento da produo agrcola, da modernizao e ampliao das destilarias existentes e da instalao de novas unidades produtoras, anexas a usinas ou autnomas, e de unidades armazenadoras. Com isso, o governo federal encorajou a produo do lcool em substituio gasolina pura, a fim de reduzir as importaes de petrleo, ento com um grande peso na balana comercial externa.

Para a implementao do Prolcool, foi estabelecido, em um primeiro instante, um processo de transferncia de recursos arrecadados a partir de parcelas dos preos da gasolina, diesel e lubrificantes para compensar os custos de produo do lcool, de modo a viabiliz-lo como combustvel. Assim, foi estabelecida uma relao de paridade de preos entre o lcool e o acar para o produtor e incentivos de financiamento para as fases agrcola e industrial de produo do combustvel. Inicialmente, entre 1975-79, o esforo foi dirigido, sobretudo, para a produo de lcool anidro para a mistura com gasolina. A produo alcooleira cresceu de 600 milhes de l/ano (1975-76) para 3,4 bilhes de l/ano (1979-80).Com o advento do veculo a lcool hidratado, a partir de 1979, adotaram-se polticas de preos relativos entre o lcool hidratado combustvel e a gasolina, nos postos de revenda, de forma a estimular o uso do combustvel renovvel.Em 1979-80, houve um corte na venda e distribuio de petrleo do Ir que, na poca, era o segundo maior produtor de petrleo e estava em meio revoluo fundamentalista. Esse corte ficou conhecido como o segundo choque do Petrleo. Com isso o preo do barril triplicou e as compras desse produto passaram a representar 46% da pauta de importaes brasileiras. Ento foram criados organismos como o Conselho Nacional do lcool (CNAL) e a Comisso Executiva Nacional do lcool (CENAL) para agilizar o programa.

A produo alcooleira atingiu um pico de 12,3 bilhes de litros em 1986-87, superando em 15% a meta inicial do governo de 10,7 bilhes de l/ano para o fim desse perodo. A proporo de carros a lcool no total de automveis de ciclo Otto (passageiros e de uso misto) produzidos no pas aumentou de 0,46% em 1979 para 26,8% em 1980, atingindo um teto de 76,1% em 1986.A partir de 1986, o cenrio internacional do mercado petrolfero alterado. Os preos do barril de leo bruto caram de um patamar de US$ 30 a 40 para um nvel de US$ 12 a 20. Esse novo perodo denominado contra-choque do petrleo. Na poltica energtica brasileira, seus efeitos foram sentidos a partir de 1988, coincidindo com um perodo de escassez de recursos pblicos para subsidiar os programas de estmulo aos energticos alternativos, resultando num sensvel decrscimo no volume de investimentos nos projetos de produo interna de energia. A oferta de lcool no pde acompanhar o crescimento descompassado da demanda, com as vendas de carro a lcool atingindo nveis superiores a 95,8% das vendas totais de veculos de ciclo Otto para o mercado interno em 1985.Os baixos preos pagos aos produtores de lcool a partir da abrupta queda dos preos internacionais do petrleo (que se iniciou ao final de 1985) impediram a elevao da produo interna do produto. Por outro lado, a demanda pelo etanol, por parte dos consumidores, continuou sendo estimulada por meio da manuteno de preo relativamente atrativo ao da gasolina e da manuteno de menores impostos nos veculos a lcool comparados aos gasolina. Essa combinao de desestmulo produo de lcool e de estmulo sua demanda, pelos fatores de mercado e interveno governamental assinalados, gerou a crise de abastecimento da entressafra 1989-90. Vale ressaltar que, no perodo anterior crise de abastecimento houve desestmulo tanto produo de lcool, conforme citado, quanto produo e exportao de acar, que quela poca tinha seus preos fixados pelo governo.

Como mostra o Grfico 1, a produo de lcool e de acar no Brasil manteve-se em nveis praticamente constantes. J as exportaes de acar, por sua vez, reduziram-se nesse perodo, passando de 1,9 milhes de toneladas na safra 1985-86 para 1,1 milho de toneladas na safra 1989-90.Grfico 1: produo de lcool e acar no Brasil

Fonte: Elaborao prpria a partir de dados de biodiesel.com/proalcoolApesar de seu carter efmero, a crise de abastecimento de lcool do fim dos anos 1980 afetou a credibilidade do Prolcool, que, juntamente com a reduo de estmulos ao seu uso, provocou, nos anos seguintes, um significativo decrscimo da demanda e, consequentemente, das vendas de automveis movidos por esse combustvel.

Deve-se acrescentar ainda que, alm da sensvel diminuio do preo do barril de petrleo, outros motivos tambm contriburam para a reduo da produo dos veculos a lcool. Tal realidade, que se manteve praticamente como a tnica dos dez anos seguintes, somou-se tendncia, cada vez mais forte, da indstria automobilstica de optar pela fabricao de modelos e motores padronizados mundialmente (na verso a gasolina). No incio da dcada de 1990, houve tambm a liberao, no Brasil, das importaes de veculos automotivos (produzidos, na sua origem exclusivamente na verso gasolina e diesel) e, ainda, a introduo da poltica de incentivos para o carro popular de at 1000 cilindradas desenvolvido para ser movido a gasolina.

A crise de abastecimento de lcool somente foi superada com a introduo no mercado do que se convencionou chamar de mistura MEG, que substitua, com igual desempenho, o lcool hidratado. Essa mistura (60% de etanol hidratado, 34% de metanol e 6% de gasolina) obrigaria o pas a realizar importaes de etanol e metanol (que no perodo entre 1989-95 superou a 1 bilho de litros) para garantir o abastecimento do mercado ao longo da dcada de 1990. A mistura atendeu s necessidades do mercado e no foram constatados problemas srios de contaminao e de sade pblica.

Os mercados de lcool combustvel, tanto anidro quanto hidratado, encontravam-se liberados em todas as suas fases de produo, distribuio e revenda sendo os seus preos determinados pelas condies de oferta e procura. De cerca de 1,1 milho de toneladas de acar que o pas exportava em 1990 passou-se exportao de at 10 milhes de toneladas por ano (dominando o mercado internacional e barateando o preo do produto). Questionou-se como o Brasil, sem a presena da gesto governamental no setor, encontrar mecanismos de regulao para os seus produtos (altamente competitivos): acar para o mercado interno, acar para o mercado externo, etanol para o mercado interno e etanol para o mercado externo. Dadas as externalidades positivas do lcool e com o intuito de direcionar polticas para o setor sucroalcooleiro, foi criado, por meio do decreto de 21 de agosto de 1997, o Conselho Interministerial do Acar e do lcool (CIMA). Segundo os dados da Associao Nacional de Fabricantes de Veculos Automotores (ANFAVEA), de 1998 a 2000, a produo de veculos a lcool manteve-se em nveis de cerca de 1%.

A constituio da chamada frota verde, ou seja, o estmulo e a determinao do uso do lcool hidratado em determinadas classes de veculos leves, como os carros oficiais e txis, provocaram um debate entre especialistas da rea econmica, contrrios aos incentivos, e os especialistas da rea ambiental, favorveis aos incentivos ao etanol. Em 28/05/1998, a medida provisria n 1.662 disps que o Poder Executivo elevasse o percentual de adio de lcool etlico anidro combustvel gasolina obrigatrio em 20% em todo o territrio nacional at o limite de 25%. Os produtores e centros de pesquisa testaram a mistura de lcool e leo diesel.

Trinta anos depois do incio do Prolcool, o Brasil viveu uma nova expanso dos canaviais com o objetivo de oferecer, em grande escala, o combustvel alternativo. O plantio avanou alm das reas tradicionais, do interior paulista e do Nordeste, e espalhando-se pelos cerrados. A nova escalada no foi um movimento comandado pelo governo, como a ocorrida no final da dcada de 70, quando o Brasil encontrou no lcool a soluo para enfrentar o aumento abrupto dos preos do petrleo que importava. A corrida para ampliar unidades e construir novas usinas foi movida por decises da iniciativa privada, convicta de que o lcool teria, a partir daquele momento, um papel cada vez mais importante como combustvel, no Brasil e no mundo.

Fonte: biodiesel.com/proalcool1.3 O lcool como um novo produto para o mundo

A partir de 2003, com a ocorrncia de alguns fatos de carter mundial, como ainvaso do Iraque pelos EUA, que suscitou a questo estratgica da dependncia do petrleo; as consequncias do furaco Katrina, em agosto de 2005, na regio suldos EUA, que revelou, de forma contundente, a face ameaadora do aquecimentodo planeta provocado pelos gases que causam o efeito estufa, em especial odixido de carbono emitido pela atividade humana, particularmente atravs daqueima de derivados de petrleo; e o incio da escalada de preos do petrleo, quemultiplicou por cinco seus preos desde 1995, o lcool etlico combustvel (etanol) que era uma exclusividade brasileira, passoua ser assunto de discusso de um enorme contingente de pases em todo o mundo.Esta preocupao levou o governo brasileiro e o setor produtivo a estudarmaneiras de preservar o lcool etlico como um combustvel alternativo para osconsumidores brasileiros. Como os fatores que determinam a dimenso da safra de cana-de-acare a produo de lcool e a disposio dos consumidores de adquirir umveculo com esse tipo de motorizao no tm qualquer relao entre si, e como atemporalidade da deciso de produzir mais cana cana-de-acar e mais veculos so completamente divergentes (um novo canavial deve levar dois ou mais anos para ser formado e colhido e um novo veculo feito em minutos com o atual nveltecnolgico) a chance de uma crise de abastecimento seria uma ameaasuperveniente e permanente. A sada encontrada pelos agentes pblicos e privados envolvidos nadiscusso desse assunto, na ocasio, foi patrocinar o lanamento do veculo tipoflex-fuel. Pode-se observar a variao brusca que houve no consumo deste tipo de automvel a partir do ano de 2003 na Tabela 1.Tabela 1: Licenciamento de autoveculos leves por combustvel

Flex-FuelGasolinaDiesel

20033,6%85,9%10,5%

200420,8%68,5%10,7%

200548,3%41,4%10,3%

200674,3%16,4%9,3%

200785,6%10,5%3,9%

200887,2%8,1%4,7%

200988,2%7,4%4,4%

201086,4%8,4%5,2%

201183,1%11,0%5,9%

201287%7,5%5,5%

Fonte: RegistroNacional de Veculos Automotores (Renavan)/ Departamento Nacional de Trnsito(Denatran)/ Associao Nacional de Fabricantes de Veculos Automotores (ANFAVEA)O aumento do consumo de carros flex-fuel acompanhado do aumento da demanda de etanol at 2009 e ambos apresentam uma queda nos dois ltimos anos. Apesar do consumo de etanol ter se elevado muito desde 2004, a produo de gasolina no diminuiu, como ilustra o Grfico 2.Grfico 2: Demanda anual de etanol hidratado e gasolina C

Fonte:Empresa de Pesquisa Energtica (EPE) com base na Agncia Natural de Petrleo, Gs Natural e Biocombustveis (ANP)A sbita importncia do lcool etlico combustvel, ocasionada de um ladopelo crescente interesse internacional e, de outro, pelo aumento da demandapotencial associada forte expanso da frota desse novo tipo de veculo, implica um esforo de anteviso de quanto o produto ser necessrio para atender a todas essas necessidades no futuro.1.4 Anlise econmica do mercado nacionalO Grfico 3 mostra a evoluo histrica da demanda de etanol hidratado desde janeiro de 2004, primeiro ano aps a introduo dos veculos flex-fuel. Percebe-se que, at 2009, o consumo cresce intensamente, com taxas superiores a 30% ao ano e atinge o pico de 1,64 bilho de litros no ms de dezembro daquele ano. A partir de 2010, porm, o consumo cai, apresentando significativa volatilidade e fechando dezembro de 2011 com aproximadamente 1 bilho de litros.Grfico 3: Demanda Mensal de Etanol Hidratado

Fonte:Fonte: EPE com base em ANP

A consequncia direta da perda de competitividade do etanol foi a reduo no consumo e na participao em volume do biocombustvel no total de combustveis consumidos pela frota de ciclo Otto. possvel identificar no Grfico 4, movimentos relativamente simtricos desde 2009: queda no volume consumido de etanol (ou na participao) associado ao aumento de preo (ou da relao de preos) e, analogamente, aumento do volume associado queda do preo.Grfico 4: Comparao entre o Preo e a Demanda do Etanol Hidratado

Fonte: EPE com base em ANP

O Grfico 5 ilustra a participao na produo de etanol hidratado por regio do Brasil. Tem-se um crescimento brusco na regio sudeste a partir de 2005 at 2009, e em seguida uma queda na produo. O mesmo comportamento observado nas outras regies, mas com intensidade menor.Grfico 5: Vendas de etanol hidratado por regio (mil m)

Fonte: ANP/Superintendncia de Abastecimento (SAB) Elaborao: Instituto Brasileiro de Petrleo, Gs e Biocombustveis (IBP)

O crescimento observado na regio sudeste, desde 2005, devido ao aumento das unidades de produo de acar e etanol, como consequncia uma queda nos preos do combustvel. Como o lcool etlico combustvel tem, no Brasil, preos mais atraentes que a gasolina, o automvel flex-fueltornou-se um sucesso de vendas ainda maior.1.5 Produo, exportao e importao1.5.1 Aspectos geraisO Brasil tem trabalhado no s no sentido de aumentar sua produo de lcool etlico para fins carburantes, a partir da cana-de-acar,como tambm de transferir sua experincia e tecnologia para que outros pases tropicais, que dispem de terras, mo-de-obra e radiao solar intensa, possam ser produtores e exportadores de lcool, ampliando e diversificando sua oferta no mercado mundial. A inteno tornar olcool uma commodity internacional.

O comrcio externo de etanol do pas , historicamente, um mercado pequeno(em torno de 16,0% do total da produo) e o produto exportado sempre teve comodestinao o uso como matria-prima industrial ou fabricao de bebida destilada.Apenas a partir de 2004 as importaes para uso automotivo comearam a teralguma importncia no comrcio internacional.Quando examinamos as aes dos pases que iniciam a introduo dessenovo combustvel na matriz energtica observamos que existem quatro diferentesmotivaes, e a importncia relativa dessas razes varia de acordo com osinteresses locais. A primeira motivao que tem sido considerada diz respeito squestes ambientais, particularmente aos problemas associados ao dixido decarbono. Os pases que mais valorizam este aspecto tm sido os pases ricos cujapopulao reclama de suas autoridades as iniciativas necessrias para enfrentar osgraves problemas climticos que esto associados ao chamado efeito estufa e aumento da temperatura mdia do planeta.

A segunda se relaciona s questes macroeconmicasassociadas aos altos preos do petrleo no mercado internacional. Osatuais nveis de preos oneram todos os pases importadores, principalmente osmais pobres que necessitam dessa matria-prima para gerar energia eltrica, almde seu uso nos meios de transporte.O terceiro ponto que induz a busca de novas fontes energticas est nosefeitos econmicos e sociais que a introduo de um ramo de atividades provoca. No caso da biomassa, a nova atividade de produo ser destinada produo de lcool etlico, a partir de sacarose (cana-de-acar e beterraba aucareira) ou amido (plantas amilceas, como o milho e o trigo) ou de biodiesel, com o uso de plantas oleaginosas (soja, canola e palma).A quarta motivao est associada natureza do mercado internacional decombustveis que, em decorrncia de sua forte instabilidade, fonte permanente deconflitos. Essa delicada questo coloca esse mercado como um item da agenda dasegurana nacional da maior parte dos pases, e recomenda que sejam reduzidosao mnimo indispensvel a dependncia de terceiros.Em termos do potencial futuro dos atuais mercados, podemos agrupar osquatro mais importantes e indicar suas principais motivaes e as matrias-primasbsicas que vm sendo utilizadas na produo de lcool etlico:PASMOTIVAOMATRIA-PRIMA

Estados Unidos da Amrica

(EUA)Estratgica

AmbientalMilho

Unio EuropiaAmbiental

EconmicaTrigo

JapoAmbientalNo disponvel

ChinaAmbiental

EstratgicaMilho

Outras

Os Estados Unidos so atualmente o principal destino do lcool brasileiro exportado, comexportaes diretas e exportaes indiretas, via pases daregio do Caribe (com baixa incidncia tarifria). Em decorrncia das motivaesestratgicas desse pas e do objetivo nacional de reduo da importao depetrleo, este mercado o mais promissor tambm para o futuro. A principalrestrio para uma expanso mais acelerada est na elevada barreira tarifria e nasubveno domstica que protegem a cadeia de produo local e limitam asimportaes.Para os produtores brasileiros, as exportaes para este mercado,mesmo com as onerosas regras atuais, tm sido interessantes, pois funciona comouma vlvula de escape aos limites da demanda domstica. Qualquer excesso deoferta, em face da inelasticidade do consumo, causaria uma reduo mais queproporcional nos preos. A exportao, mesmo gravosa, tem sido uma forma deminimizar este risco.No caso da Unio Europeia, a ambiguidade na definio da obrigatoriedade decumprimento das metas de consumo dos biocombustveis e dos meios adequadospara sua realizao, coloca dvidas sobre qual ser, de fato, o futuro dessecombustvel e a dimenso das oportunidades de negcio que devero surgir.

Atualmente, as barreiras tarifrias e ambientais limitam o acesso externo. O nico ponto que parece ser majoritrio na Unio Europeia est na exigncia decertificao scio-ambiental para os pases candidatos a fornecer lcool etlico aospases comunitrios. De qualquer modo, como as metas de consumo parecem estaracima da capacidade de produo, este destino poder vir a ser, no futuro, umagrande opo de comrcio.

O Japo est estudando o uso dessas fontes alternativas para cumprir a metade reduo de emisso de gases de efeito estufa estabelecida pelo Protocolo deKyoto. Como esse pas no tem, com o atual nvel de conhecimento tecnolgico,disponibilidade de matrias-primas para a produo de lcool etlico em grandesvolumes, seu programa legalmente autorizado de mistura de 3,0% na gasolina,somente poder ser implementado com a importao desse produto. Apesar de o assunto ter sido amplamente discutido por representantes daquele pas comautoridades e dirigentes privados brasileiros, o programa ainda no foi iniciado, eno possvel antever quando ter incio em larga escala.

Outro mercado que tem chance de vir a ser um forte cliente para o produtobrasileiro o chins. O impressionante crescimento econmico desse pas, que tem aumentado de forma acelerada a frota circulante de veculos leves e necessitaimportar boa parte das matrias-primas energticas para gerao eltrica e combustveis para transporte, tem estimulado a diversificao de sua matrizenergtica.

1.5.2 Aspectos econmicosEm 2011 (at dezembro)o Brasil exportou1,964bilhode litros de lcool, volume 3,4%superior aomesmo perodo de 2010.Em 2010o Brasil exportou1,901 bilho de litros de lcool, volume 42,4%inferior ao de 2009. As receitas obtidas com as exportaes de lcool em 2010 foram de US$1 bilho (reduo de 24% em relao a 2009).

Tambm em 2011o Brasil importou1,281bilhode litros de lcool, volume1585%superior aomesmo perodo de 2010, sendo1,099 bilho de litros importados diretamente dos EUA.O Grfico 6 ilustra as taxas de exportao e importao desde 1996. Observa-se que o pas s passou a ser autossuficiente em etanol desde o ano 2000.

No Grfico 6 esto os dados de importao e exportao de etanol no Brasil no perodo de 1996 a 2012. Percebe-se uma diminuio da exportao e consequente aumento da importao a partir de 2008 devido a dois fatores: Aumento do preo do acar no mercado internacional, que gerou forte atrativo para se produzir acar, em detrimento do etanol, que remunerou menos durante a safra;

Fenmenos climticos que provocaram a quebra das duas ltimas safras de cana-de-acar. Tais quebras prejudicaram a qualidade da cana (teor de sacarose) e a produtividade da colheita que permitiriam o aumento da produo de cana e de etanol. Na safra 2009/2010, houve chuva muito acima da mdia e na safra 2010/2011 houve estiagem.Grfico 6: Exportaes e importaes brasileiras de etanol

Fonte: Secretaria de Comrcio Exterior (SECEX)O volume de lcool exportado para os Estados Unidos em 2010 foram direcionados principalmente para o cumprimento de contratos entre empresas brasileiras e americanas. No entanto, o Brasil necessitou importar deste pas um volume de etanol anidro quase igual para o atendimento da sua demanda interna. (Fonte: Empresa de Pesquisa Energtica EPE)Tabela 2: Saldo entre exportaes e importaes brasileiras de etanolAnosSaldo (milhes m)

1996-887,74

1997-394,82

1998-11,8

19991

200029

2001221

2002651

2003681

20042320,62

20052591,77

20063428,9

20073528

20085122,53

20093292

20101825

2011683

2012-127

Fonte: Elaborao prpria a partir de dados da Secretaria de Comrcio Exterior (SECEX)

A Tabela 2 ilustra o saldo de importao e exportao do etanol, com base no grfico 6. O valor do saldo negativo representa que neste ano o pas teve uma taxa de exportao maior que a taxa de importao, enquanto o saldo positivo indica o contrrio.1.6 Participao do etanol no balano energtico

Em relao ao gasto energtico na produo de etanol em comparao ao potencial energtico desde, ou seja, o balano energtico do etanol,nota-se que este varia com base nas matrias primas utilizadas. No caso da cana-de-acar, utilizada no Brasil, obtemos em mdia uma proporo de energia renovvel produzida e energia fssil utilizada de 8,3, enquanto que para a produo com base no milho, encontrada nos Estados Unidos esta proporo em mdia de 1,4 com base em dados de 2010, de forma que a produo no Brasil apresenta maior sustentabilidade.

Com base nos dados do Balano Energtico Nacional de 2012, realizado pelo Ministrio de Minas e Energia, observamos no Grfico 7que em2011 a participao de energias renovveis na matriz energtica brasileira foi de 44,1%, dos quais 15,7% so provenientes de biomassa de cana, que apresentou uma oferta interna de energia de 42,8 Mtep (mega toneladas equivalentes de petrleo). O etanol especificamente teve participao de 4.7% no consumo final de energia do pas nesse mesmo ano, o equivalente a 10.735 Ktep, e 14.1% no consumo de energia nos transportes. Grfico 7: Consumo final por fonte

Fonte: Balano Energtico Nacional 20121.7 Principais Empresas Produtoras de Etanol no BrasilDentre as principais empresas produtoras de etanol no Brasil esto a Raizen, formada deuma fuso entre Shell e Cosan, que possui 24 unidades de produo em territrio nacional, a ETHda organizao Odebrecht, que possui 9 unidades de produo, a Biosev do grupo Louis Dreyus, quepossui 13 unidades de produo, a Petrobras que possui 9 unidades de produo, e a Compersucar. Osdados de produo destas empresas na safra de 2011-2012 podem ser observados no grfico abaixo.Estas 5 empresas sozinhas foram responsveis por aproximadamente 23,2% da produo nacional deetanol na safra 2011-2012, sendo esta 23,687 milhes de m de etanol segundo a Compania Nacionalde Abastecimento (Conab), dos quais 9,137 milhes foram de etanol anidro enquanto os outros 14,55milhes de etanol hidratado.Grfico 8: Produo de etanol da safra 2011-2012

Fontes: Relatrio anual: Safra 2011-2012 da ETH/ Relatrio de sustentabilidade: 2011-2012 da Raizen/ petrobras.com.br/ Relatrio Administrativo da Biosev 2012/ Relatrio de Gesto e Sustentabilidade: Safras 2010-2011 e 2011-2012 da Copersucar

2. Biodiesel

2.1 Conceito

O biodiesel um combustvel para ser utilizado nos carros, caminhes ou at aviao, obtido a partir das plantas (leos vegetais) ou de animais (gordura animal) e tem sua origem datada com o advento do primeiro motor que funcionava com leo de amendoim, exposto na Exposio Mundial de Paris, em 1900.Atualmente o diesel vendido nos postos brasileiros (B5) possui 5% do biodiesel propriamente dito e 95% de diesel mineral. Pases como Argentina, Estados Unidos, Malsia, Alemanha, Frana e Itlia tambm produzem biodiesel comercialmente, estimulando o desenvolvimento em escala industrial.

2.2 Aspectos mundiais do biodieselNo comeo dos anos 90, o processo de industrializao do biodiesel foi iniciado na Europa. Portanto, mesmo tendo sido desenvolvido no Brasil, o seu principal mercado produtor e consumidor em grande escala foi e continua sendo a Europa, que produz anualmente mais de 1,35 milho de toneladas de biodiesel, em cerca de 40 unidades de produo. Isso corresponde a 90% da produo mundial de biodiesel. Os governos garantem incentivo fiscal aos produtores, alm de promover leis especficas para o produto, visando melhoria das condies ambientais atravs da utilizao de fontes de energia mais limpas. A tributao dos combustveis de petrleo na Europa, inclusive do leo diesel mineral, extremamente alta, garantindo a competitividade do biodiesel no mercado.

O Grfico9 ilustra uma taxa de aumento gritante, sendo destaque a Alemanha, que utiliza a colza (tambm chamada de couve-nabia) para sua produo e o maior produtor e consumidor de biodiesel atualmente. De 2010 para 2011, houve um declnio por causa do aumento das importaes de biodiesel, que diminuram a venda e produo europeia. Isso se deve, em grande parte, pelo preo ser elevado, dando margem para outras fontes mais baratas.

Grfico 9: Capacidade de produo dos pases europeus

Fonte: Europpean Biodiesel Board (EBB)

H muitas empresas europeias voltadas para o biodiesel, dentre elas, podemos citar as alems ADM, Cargill, VerbioPetrotec, Biopetrol, EcoMotion, Mannheim e Vesta;as italianas Eco, Novaol, Ital Bi Oil e Oxem; e as francesas Diester, Ineos e Veolia.

J o programa americano de biodiesel bem menor que o europeu e apresenta diferenas importantes. A principal matria-prima utilizada a soja, complementada com leos de fritura usados.A grande motivao americana para o uso do biodiesel a qualidade do meio ambiente. Os americanos esto se preparando, para o uso desse combustvel em larga escala, especialmente nas grandes cidades. A capacidade de produo estimada de 210 a 280 milhes de litros por ano.

O Programa Americano de Biodiesel baseado em pequenos produtores. Como o diesel americano possui uma menor carga tributria, apenas a renncia fiscal no permite viabilizar o biodiesel. Alm das medidas de carter tributrio, tm sido adotados incentivos diretos produo como o CommodityCredit Corporation BioenergyProgram, que subsidia a aquisio de matrias-primas para fabricao de etanol e biodiesel, e atos normativos que determinam um nvel mnimo de consumo de biocombustveis, por rgos pblicos e frotas comerciais, como definido no Energy PolicyAct (EPAct). (Fonte: US Energy Information Administration)Grfico10:United States Biodiesel Production

Fonte: US National Biodiesel Board

O Grfico 10 apresenta a produo de biodiesel nos EUA. Houve um decrscimo na produo entre 2008 e 2010 devido a seca nas plantaes, elevando bruscamente o preo do biodiesel. Observa-se que entre o ano de 2010 e 2011, h uma maior taxa de crescimento, encaixando com os dados europeus de queda na produo por importao. Nesse perodo, os EUA dobraram suas exportaes de biodiesel.Assim como na Europa, h grandes empresas produtoras de biodiesel nos EUA. Dentre as mais importantes esto a Arizona Biodiesel, AmericoBiofuels, PetroSun e a DesertSweetBiofuels.

Outros pases que merecem destaque na produo do biodiesel so a Argentina, que fica em quarto lugar como produtor (atrs da Alemanha, Frana e Brasil segundo dados de 2011), e produziu 3milhes de toneladas em 2011 e tem sua produo baseada na soja e Cingapura, umas das pioneiras na atividade e que teve a maior usina de biodiesel (construda com a parceria da empresa finlandesa Neste Oil) inaugurada em 2011.

2.3 Biodiesel no Brasil

2.3.1. Aspectos gerais

O Brasil tem em sua geografia grandes vantagens agrnomas, por se situar em uma regio tropical, com altas taxas de luminosidade e temperaturas mdias anuais. Associada disponibilidade hdrica e regularidade de chuvas, torna-se o pas com maior potencial para produo de energia renovvel.

O pas explora menos de um tero de sua rea agricultvel, o que constitui a maior fronteira para expanso agrcola do mundo. O potencial de cerca de 150 milhes de hectares, sendo 90 milhes referentes s novas fronteiras, e outros referentes a terras de pastagens que podem ser convertidas em explorao agrcola a curto prazo. O Programa Biodiesel visa utilizao apenas de terras inadequadas para o plantio de gneros alimentcios.

H tambm a grande diversidade de opes para produo de biodiesel, tais como a palma e o babau no norte, a soja, o girassol e o amendoim nas regies sul, sudeste e centro-oeste, e a mamona, que alm de ser a melhor opo do semi-rido nordestino, apresenta-se tambm como alternativa s demais regies do pas.

Segundo a ANP, o Brasil produziu em 2012 2,74 bilhes de litros e uma capacidade instalada, no mesmo ano, para cerca de 6,6 bilhes de litros. O uso do biodiesel pode atender a diferentes demandas de mercado, significando uma opo singular para diversas caractersticas regionais existentes ao longo do territrio nacional.

No h exportaes significativas de biodiesel, mas, segundo o Ministrio do Desenvolvimento, Indstria e Comrcio Exterior (MDIC), h previses e inclinaes para exportar-semeio bilho de litros de biodiesel exportados dentro em 2014, no havendo nenhum tipo de previso para os anos que sucedero a esse, uma vez que o pas no um exportador de biodiesel.2.3.2 Aspectos econmicosGrfico 11:Evoluo anual da produo, da demanda compulsria e da capacidade nominal autorizada pela ANP

Fonte: ANP

De acordo com o Grfico 11, a produo anual de biodiesel foi relativamente maior que sua demanda compulsria, com exceo apenas do ano de 2010. Como o biodiesel serve como estratgia de combustvel alternativo aos de origem fssil e vai integrado ao diesel que escoa para os postos do pas, ele no pode ser produzido sem o aval da ANP.O Grfico 12 nos indica a capacidade autorizada contra a produo propriamente dita por regio. Aqui, torna-se visvel que existe uma janela bastante ampla para a produo de mais biodiesel ao compararmos as colunas.Grfico 12: Evoluo mensal da produo, da demanda compulsria e da capacidade nominal autorizada pela ANP por regiono ano de 2012

Fonte: ANP

Nossa principal fonte vem da soja, que pode ser alternada, assim como a cana de acar, entre combustvel ou commodities. Como somos um grande produtor de carnes, essa caracterstica se espelha tambm da fonte do biodiesel, de onde 21% vm do sebo bovino.

O Grfico 13 ilustra as quantidades em porcentagem das matrias primas utilizadas para a produo de biodiesel no Brasil em 2010.Grfico 13: Matrias-prima utilizadas para produo de biodiesel (perfil nacional)

Fonte: ANP

Abaixo, temos um mapa que indica de onde vm algumas das fontes para o biodiesel no Brasil.

Mapa 1: Potencialidade Brasileira para produo e consumo de combustveis vegetais

Fonte: biodieselbr.com

Para quantificar as informaes que o Mapa 1 nos indica, o Grfico 14 apresenta dados da ANP, que nos ajuda a entender a profuso de fontes brasileiras para se produzir Biodiesel.Grfico 14: Taxa de fontes brasileiras para produo de biodiesel por regio no ano de 2010

Fonte: ANP

As principais empresas brasileiras no ramo so a Granol, grande produtora de gros; a ADM Brasil; a Petrobrs Biocombustveis, que uma subsidiria da Petrobrs; a Camururu; a Oleoplan; BSBIOS; a Brasil ECODIESEL; a JBS Biodiesel; a Biocapital; e, por fim, a Fiagril S/A e a Cooperbio. Todas as empresas foram apresentadas em ordem decrescente de produo.Tabela 3: As 10 maiores empresas autorizadas a produzir biodiesel em 2010.

Capacidade

Estimada (m)Produo

Efetiva (m)

ADM do Brasil Ltda. MT343.800237.535

Oleoplan S/A. - leos Vegetais Planalto. RS378.000196.145

Granol Indstria, Comrcio e Exportao S/A. GO220.680176.402

Granol - Indstria Comrcio e Exportao S.A. RS335.998158.940

Caramuru Alimentos S /A. So Simo/ GO225.000153.860

Bsbios - ind. Comrcio de Biodiesel Sul Brasil S/A. RS159.840129.396

JBS S/A. SP201.682119.974

Biocapital Consultoria Empresarial e Particip. S/A. SP296.640119.653

Fiagril Ltda. MT202.680109.430

Cooperbio - Cooperativa de Biocombustvel /MT122.40082.349

Fonte: ANP, 2011

Na tabela 3 esto relacionadas as 10 maiores empresas com produo efetiva acima de 2.000m de biodiesel, autorizadas a produzir e comercializar biodiesel em 2010, conforme dados levantados junto a ANP (2011). Esta tabela foi construda a partir da soma das produes das maiores unidades produtoras pertencentes s dez empresas.ConclusoDevido aos fatores ambientais e ao elevado preo dos combustveis fsseis, de preocupao mundial a gerao de novas fontes renovveis e limpas. O etanol e o biodiesel so as grandes apostas dos pases. Apesar de ainda no serem os principais recursos na produo de energia, nos ltimos anos sua participao vem aumentado cada vez mais. No caso do Brasil, existem grandes quantidades de usinas em andamento e muitas para serem concludas a curto, mdio e longo prazo. Os investimentos superam a casa dos bilhes de reais. Outros Pases como Alemanha j conhecem a tecnologia do biodiesel, onde j existem at postos de abastecimento do biocombustvel, porm a agricultura ainda escassa.A maioria dos pases tem condies de cultivar matrias-primas para a produo desse tipo de combustvel. Para isso se tornar economicamente vivel, foram e ainda so criadas formas de incentivos governamentais e/ou privados produo destas, sejam com subsdios agrcolas, renncias fiscais, atos normativos para um nvel mnimo de consumo, criao de programas de implementao destas recentes atividades economia dos pases, visando tambm estimular o consumo por parte da populao, etc.Sendo assim, analisando os dados dos ltimos anos, considerando a juno de fatores ambientais e econmicos contra a atual matriz energtica mundial, mesmo tendo um longo caminho a percorrer, fica claro que as energias renovveis esto crescendo e ainda vo crescer muito no cenrio mundial.Referncias

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Principais Operaes

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Relatrio Administrativo da Biosev 2012; A Louis Dreyfus CommoditCompanyDisponvel em:

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Relatrio anual: Safra 2011-2012 ETH Bioenergia

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