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ETEC PRESIDENTE VARGAS PESQUISA DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS NO ATERRO SANITÁRIO PAJOAN

ETEC PRESIDENTE VARGAS[1].doc

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ETEC PRESIDENTE VARGAS PESQUISA DE GERENCIAMENTO DE RESDUOS SLIDOSNO ATERRO SANITRIO PAJOAN

MOGI DAS CRUZES2010 ANATASHY ARLLANZA THOMAS SOUSA

RAFAEL BARROS DE JESUS

SIMONI DA SILVA CABRAL

PESQUISA DE GERENCIAMENTO DE RESDUOS SLIDOS

NO ATERRO SANITRIO PAJOAN

MOGI DAS CRUZES2010

IntroduoA Associao Brasileira de Normas Tcnicas (ABNT) define da seguinte forma os aterros sanitrios: "aterros sanitrios de resduos slidos urbanos, consiste na tcnica de disposio de resduos slidos urbanos no solo, sem causar danos ou riscos sade pblica e segurana, minimizando os impactos ambientais, mtodo este que utiliza os princpios de engenharia para confinar os resduos slidos ao menor volume permissvel, cobrindo-os com uma camada de terra na concluso de cada jornada de trabalho ou intervalos menores se for necessrio."

Sendo ele portanto um espao destinado deposio final de resduos slidos gerados pela atividade humana, como resduos domsticos, comerciais, de servios de sade, da indstria de construo, ou dejetos slidos retirados do esgoto. um mtodo em que o lixo comprimido atravs de mquinas que diminuem seu volume. Com o trabalho do trator, o lixo empurrado, espalhado e amassado sobre o solo havendo assim sua compactao. A compactao tem como objetivo reduzir a rea disponvel prolongando a vida til do aterro, ao mesmo tempo em que o propicia a firmeza do terreno possibilitando seu uso futuro para outros fins. Um aterro sanitrio deve ser construdo observando-se uma srie de medidas tcnicas para evitar a contaminao do solo e do lenol fretico. O terreno deve ser preparado e impermeabilizado antes de receber os resduos. Existem dois procedimentos bsicos a serem adotados: a coleta do chorume e do gs metano, ambos subprodutos da decomposio de matria orgnica. O chorume a mistura de gua e matria orgnica em decomposio e contm uma srie de contaminantes, devendo ser coletado e encaminhado para tratamento.J o gs metano deve ser queimado, reduzindo-se assim o seu potencial efeito estufa. Atualmente muitos aterros j utilizam o gs coletado para a gerao de energia eltrica. O terreno deve ser completamente recoberto com terra ao final de sua vida til, e deve ser monitorado por muitos anos, em relao contaminao e movimentaes do solo. Como a disponibilidade de terrenos para a construo de aterros sanitrios cada vez menor, o lixo coletado percorre grandes distncias at chegar ao seu destino final, tornando a atividade de coleta cara e tambm poluente.A porcentagem de lixo vem crescendo continuamente e por isso novas solues so procuradas para desafogar os aterros, pois estes com o passar dos anos podem no mais comportar a necessidade da populao. Tendo assim um possivel problema ambiental maior do que pensamos futuramente, devemos ento procurar medidas simples que ajudem na melhoria da destinao de nossos resduos como por exemplo, a separao dos materiais para uma reciclagem, essa seria uma saida, porm cabe a cada um tentar fazer sua parte para que tenhamos uma supremacia continua de nossos dias. Conscientizao o primeiro passo para que vejamos a necessidade de uma organizao quanto ao nosso lixo, desde a hora de descartar at como descartar, importante de fato que isso seja levado em considerao tendo em vista que existem mais pessoas envolvidas no descarte de lixo como os coletores, que podem sofrer algum tipo de acidente com materiais perfuro cortantes que no foram descartados de forma adequada ao lixo, mesmo com os EPIs feitos para aquela atividade muitas vezes os acidentes acontecem e trazem consigo uma srie de transtornos para o colaborador e para a empresa que ele presta servio, os catadores que fazem do lixo sua renda e as pessoas que trabalham em cooperativas de reciclagem so exemplos bem claros do que o descarte adequado pode contribuir para a preveno de acidentes.O aterro sem dvidas uma necessidade, mas devemos pensar em alternativas que consigam comportar pelo menos uma parte de tudo que vai para o aterro. L podemos encontrar de cooperativas que da reciclagem tiram sua sobrevivncia que no possuem muitas vezes a informao de como mexer no lixo pode ser perigoso sem algum tipo de proteo, para muitos tudo que est sendo jogado fora no existe mais possibilidade de reuso, mau sabem estes que quase tudo tem uma reutilizao e que quando separado fica com um acesso mais fcil para quem depende daquilo para viver.

Portanto este Trabalho de Concluso de Curso tenta trazer as informaes necessrias para quem deseja ter um conhecimento mais aprofundado por este tema, focando principalmente o aterro sanitrio Pajoan localizado na cidade de Itaquaquecetuba SP, mostrando seus beneficios e maleficios e todos os seus processos do tratamento dos residuos slidos at os programas de responsabilidade social promovidos por eles. Espera mil anos e vers que ser precioso at o lixo deixado atrs por uma civilizao extinta.

Isaac Asimov.Objetivos GeraisContribuir para uma viso mais ampla sobre o gerenciamento dos resduos slidos destinados ao aterro sanitrio da Pajoan, mostrando os impactos causados ao meio ambiente e aos moradores das proximidades a este, visando auxiliar na preveno de acidentes e a conscientizao dos funcionrios do local e de sua categoria, com os resultados obtidos neste Trabalho de Concluso de Curso.

Tratamento dado ao resduo assim que chegam ao aterro. Identificao dos antigos locais de disposio final, e avaliao de sua situao atual, em foco principalmente a dos moradores das proximidades.

Qualidade de vida e trabalho dos colaboradores do aterro sanitrio. Segurana e promoo de sade dentro do ambiente de trabalho.

Reciclagem uma alternativa que d certo. Logstica reversa uma opo bem vista. rgos responsveis pelo gerenciamento de resduos Proporcionar a alunos que desejam ter mais conhecimentos sobre o assunto uma forma mais simples de entendimento.Captulo 1 - A Realizao do Desenvolvimento do Trabalho

1.1. Material e Mtodos

O desenvolvimento deste trabalho foi feito a partir de pesquisas bibliogrficas e monografias, tenho assim um aprofundamento nos conhecimentos tericos, para que se haja uma melhor compreenso sobre o assunto a ser tratado neste trabalho. Os principais temas abordados so: gerenciamento de resduos, impactos ambientais causados pelo aterro sanitrio, qualidade de vida dos moradores do entorno, tratamento dado aos resduos antes da destinao final e a aplicao de meios de segurana para os colaboradores do local.Foi necessria a realizao de reunies de grupo para discusses e trocas de conhecimentos sobre o assunto, tanto adquiridos na leitura quanto os adquiridos na pesquisa de campo, a elaborao de questionrios, entrevistas com os colaboradores e com os moradores do entorno.A principal parte deste trabalho foi feita em campo onde foi possvel a coletagem de informaes sobre os tratamentos aplicados aos resduos, a qualidade de vida dos moradores do entorno, a qualidade de vida dos colaboradores e a forma de preveno de acidentes e promoo de sade. Assim foi possvel se achar possveis solues para os problemas, e perceber o quanto a falta de cooperativas de reciclagem fazem falta, pois alem de ajudar em seu sustento a reciclagem importante para a diminuio dos resduos.Um questionrio foi forma encontrada para se diagnosticar a situao tanto para quem trabalha, quanto para quem mora perto do local. Uma analise de dos antigos locais onde eram depositados os resduos para se ver o impacto que as atividades feitas naqueles locais causaram ao meio ambiente e aos moradores.Captulo 2 - O ciclo de vida dos produtos 2.1 De onde vem para onde voQuando adquirimos um produto poucos de ns nos preocupamos em saber de onde eles vieram e para onde vo aps o consumo.O ciclo de vida se faz importante para uma empresa, pois este vem a reduzir as perdas e a falta de controle sobre o processo de fabricao fazendo assim que haja uma ajuda na organizaes e nas instalaes tendo uma melhor forma de atenter as necessidades do produto e do gerenciamento ambiental.

As normas tcnicas sempre foram as principais preocupaes tratando-se da produo, principalmente no que se refere ao dimensionamento de valores limite em relao a questo ambiental, tal preocupao com o passar do tempo veio a ser relacionada com os processos de fabricao fazendo sua reduo no impacto que causariam ao nosso planeta.

Os produtos esto tendo um ciclo de vida cada vez mais curtos, obrigando as industrias a fazer uma revitalizao em seus produtos atravs da diferenciao e da segmentao do mercado procurando melhorar os estgios do ciclo estes que so: o lanamento, o crescimento, a maturidade e o declinio.

No se fcil saber quando cada estgio comea e termina por isso as empresas pratico a caracterizao, ou seja, quando as taxas de crescimento ou declinio se tornam muito pronunciadas eles demarcam os outros estgios, tentando assim ver a durao mdia de cada estgio.

Uma forma de implantao eficaz do ciclo de vida dos produtos a ISO 14000 que traz consigo ideias e as melhores maneiras de incorporar na empresa a ideia de ciclo de vida.

Tratando-se de forma tcnica o ciclo compe-se da seguinte maneira na ISO 14000:

ISO 14040 Anlise do Ciclo de Vida Princpios gerais e prticas;

ISO 14041 Anlise do Ciclo de Vida Inventrios;

ISO 14042 Anlise do Ciclo de Vida Anlise dos impactos e

ISO 14043 Anlise do Ciclo de Vida Interpretaes 2.2 LanamentoPara que o produto traga um retorno desejado necessrio marketing aquele que focado em estabelecer a identidade do produto e promover o maior nmero de beneficios a que aquele produto foi desenvolvido. Quando se feito um bom trabalho h as compras de testes ai se inicia o periodo de crescimento lento das vendas, necessrio nesse estgio a viso de lucro a longo prazo, pois os lucros ainda sero inexistentes apenas haveram grandes despesas de lanamento que so relativamente necessrias para que o produto se introduza no mercado e consiga clientes.

2.3 Crescimento

Neste estgio a melhoria percebida quanto ao lucro, nesta fase se mostra a aceitao do mercado quanto ao produto e sua expanso, esta que deve ser explorada. principalmente caracterizado pelo maior volume de vendas, mas consigo traz a concorrncia, o marketing essencial para que alm de se manter os clientes j conquistados conseguir outros.

Existem algumas estratgias para se manter um crescimento continuo que so as seguintes:

Melhoria da qualidade e adio de novas caractersticas

Acrescentar novos modelos e produtos de flanco

Entrar em novos segmentos de mercado

Aumentar a cobertura de mercado e entrar em novos canais de distribuio

Mudar o apelo de propaganda de conscientizao sobre o produto para preferncia do produto

Reduzir preos para atrair novos consumidores

Segmentao demogrfica2.4 Maturidade

Onde h a reduo do crescimento de vendas, pelo fato da aceitao da maioria dos consumidores potenciais, neste estgio possivel se ver a estabilidade de vendas e onde seus muitos dos seus concorrentes deixam o mercado ou no conseguem obter a mesma colocao que seu produto conseguiu no mercado. O lucro estabiliza-se at entrar em declinio por causa do aumento das despesas com marketing para tentar um possivel aumento de vendas, e tambm o estgio onde se v a conquista de fieis consumidores que sempre utilizam seu produto. Assim como o crescimento pode-se adotar algumas estratgias para essa fase:

Modificao do mercado

Expanso dos consumidores

Expanso da taxa de consumo Modificao do produto

Melhoria da qualidade

Melhoria de caractersticas

Melhoria de estilo (design) Modificao do composto de marketing

Preo

Distribuio

Propaganda

Promoo de vendas

Venda pessoal

Marketing direto

Servios

Marketing de relacionamento

2.5 Declinio

Estgio onde as vendas tem altas quedas de venda e de lucro, pode ser causado talvez pela concorrncia, mudanas de tendncias, condies econmicas desfavorecidas entre outros.

o momento onde se v a eliminao ou o desaceleramento do produto no mercado pela introduo de um novo produto e seu prprio ciclo de vida. Como todos os estgios anteriores se necessria uma estratgia para que essa fase no afete de forma irreversivel o fabricante segue abaixo algumas:

Identificao dos produtos fracos

Manter

Modificar

Abandonar Manter o nvel de investimento Aumentar o investimento Reduzir o investimento

Retrair seletivamente

Recuperar ao mximo

Desacelerar rapidamente logisticakm.blogspot.comCapitulo 3 - Medidas de Reaproveitamento

3.1 Reciclagem, Coleta Seletiva e Resduos SlidosDe fato um assunto muito importante nos dias de hoje, pois sem sombra de duvidas o reaproveitamento de produtos reciclveis algo muito interessante no somente para a diminuio de resduos slidos no planeta, mas tambm uma renda para muitas famlia que vivem disso. Com a modernizao e falta de tempo a procura por produtos descartveis vem aumentando significantemente nos ltimos tempos, aps o consumo os resduos so jogados fora, porm poucos se preocupam para onde aquilo tudo ir.Entretanto existe um processo do qual devemos saber, e aquele que vai desde o transporte at as influencias dos nossos resduos na natureza e at mesmo em nossas vidas. Com o aumento da populao aumentou-se consequentemente o volume de resduos, com isso a vida til de aterros e lixes acabam diminuindo muito trazendo consigo a contaminao do solo, lenis freticos e ar, entre outros problemas.

Falar sobre resduos tambm abordar sobre alguns outros assuntos como a destruio da natureza, os direitos e os deveres dos rgos pblicos e da sociedade que no esto sendo cumpridos.

A coleta seletiva apesar de no ser novidade muitas pessoas ainda no tem informaes sobre a sua importncia, de como ela contribui para o meio ambiente, pois todo lixo pode se transformar em algo til para todos, pets e outros produtos de plsticos podem virar artigos de artesanato por exemplo.

necessrio um trabalho conjunto para a resoluo do problema com resduos, sociedade e rgos pblicos, unidos podem conseguir solues que beneficiem tanto um quanto ao outro. A coleta coletiva uma soluo barata e que ajuda e muito o meio ambiente e tambm as pessoas que trabalham em cooperativas e catadores de resduos reciclveis.3.2 Definies dos conceitos utilizadosResduos Slidos: Resduos nos estados slidos e semisslidos, que resultam de atividade da comunidade de origem: industrial, domstica, hospitalar, comercial, agrcola, de servios e de varrio. Ficam includos nesta definio os lodos provenientes de sistemas de tratamento de gua, aqueles gerados em equipamentos e instalaes de controle de poluio, bem como determinados lquidos cujas particularidades tornem invivel o seu lanamento na rede de esgotos ou corpos de gua, ou exijam para isto solues tcnicas e economicamente inviveis, devido a uma melhor tecnologia disponvel no Pas.

(ABNT NBR 10.004, 1987)Reciclagem: o processo de transformao de um material, cuja primeira utilidade terminou, em outro produto. Por exemplo: transformar o plstico da garrafa PET em cerdas de vassoura ou fibras para moletons. (SECRETARIA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE, 2001).

Coleta Seletiva: um sistema de recolhimento de materiais reciclveis: papis, plstico, vidros, metais e orgnicos, previamente separados na fonte geradora e que podem ser reutilizados ou reciclados. (SECRETARIA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE, 2001).

Aterro sanitrio - Tcnica de disposio do lixo, fundamentado em critrios de engenharia e normas operacionais especficas, que permite a confinao segura em termos de controle da poluio ambiental e proteo sade pblica. (IBGE,2002).

Aterro controlado - local utilizado para despejo do lixo coletado, em bruto, com cuidado de, aps a jornada de trabalho, cobri-lo com uma camada de terra, sem causar danos ou riscos sade pblica e a segurana, minimizando os impactos ambientais. (IBGE, 2002)

Lixo ou Vazadouro a cu aberto - disposio final do lixo pelo seu lanamento, em bruto, sobre o terreno sem qualquer cuidado ou tcnica especial (IBGE, 2002)Lixo Domiciliar originado na vida diria das residncias.Lixo Comercial originado nos estabelecimentos comerciais de servio; tem um forte componente de papel, plstico, embalagens diversas e material de asseio, como papel toalha e papel higinico.

Lixo Pblico originado dos servios de limpeza pblica urbana, incluindo os resduos de varrio das vias pblicas, limpeza de praias, de galerias, crregos e terrenos baldios.

Lixo Hospitalar constitudo de resduos spticos que contm ou potencialmente podem conter germes patognicos. Este lixo constitudo de agulhas, seringas, gazes, bandagens, algodes, rgos e tecidos removidos, meios de culturas, animais usados em teste, sangue coagulado, entre outros.

Lixo Especial o lixo encontrado em portos, aeroportos, terminais rodovirios ou ferrovirios. Constitudo de resduos spticos, pode conter agentes patognicos oriundos de um quadro de endemia de outro lugar, cidade, estado ou pas.

Lixo Industrial aquele originado nas atividades industriais, dentro dos diversos ramos produtivos existentes.

Lixo Agrcola resduos slidos das atividades agrcolas e da pecuria, como, por exemplo, embalagens de adubos e agrotxicos, defensivos agrcolas, reao e restos de colheita.

3.3 Resduos, Reciclagem e Cooperativas no BrasilPara falarmos de reciclagem necessrio que reciclemos nossos pensamentos primeiramente, pois muitos entendem como lixo algo que no tem mais utilidade, devemos inverter este pensamento e trazer conosco a ideia de que lixo pode alm de trazer lucro traz um bem para a sociedade.Reciclar economizar tanto nos recursos naturais quanto energia e assim com isso o ciclo produtivo trago de volta. A palavra reciclagem comeou a ser utilizada mundialmente na dcada de 80, quando se foi visto que o petrleo e algumas outras matrias-primas no so renovveis, tendo o seguinte significado: Re (repetir) + Cycle (ciclo).

A reciclagem traz os seguintes benefcios: Contribui para diminuir a poluio do solo, gua e ar.

Melhora a limpeza da cidade e a qualidade de vida da populao.

Prolonga a vida til de aterros sanitrios.

Melhora a produo de compostos orgnicos.

Gera empregos para a populao no qualificada.

Gera receita com a comercializao dos reciclveis.

Estimula a concorrncia, uma vez que produtos gerados a partir dos reciclados so comercializados em paralelo queles gerados a partir de matrias-primas virgens.

Contribui para a valorizao da limpeza pblica e para formar uma conscincia ecolgica.Seria de uma forma muito interessante se pequenas e mdias empresas contassem com o apoio financeiro e tecnolgico de rgos pblicos para assim ajudariam melhor a sociedade, pois alm da criao de novos empregos estariam contribuindo tambm para a diminuio de resduos.

A melhor soluo para resduos slidos aquela que consegue diminuir na fonte a sua gerao, quando no existe a possibilidade de serem evitados devem seguir para locais onde a reciclagem poder ser feita, fazendo com que o mnimo possvel tenha como destino final aterros sanitrios. Reintroduzir no sistema uma parte da matria e reutilizar, assim nasceu o conceito reciclagem. Tudo aquilo que se tornaria lixo, sendo separados depois viram matria-prima na manufatura de bens, aqueles que seriam feitos com matria-prima virgem, dessa forma os recursos naturais sofreriam bem menos e principalmente trazendo lucros e economia.

3.4 Classe dos resduosEm 31 de maio de 2004 a ABNT Associao Brasileira de Normas Tcnicas publicou uma nova verso de sua NBR 10.004 Resduos Slidos, esta que mostra a classificao dos resduos slidos quanto aos seus riscos a sade pblica e os riscos potenciais ao meio ambiente, para que se haja um gerenciamento adequado.

Quando falamos em gerenciamento de resduos slidos temos que lembrar de uma ferramenta imprescindvel a NBR 10.004, pois esta aplicada por instituies e rgos fiscalizadores. A partir desta classificao o gerador de um determinado residuo consegue identificar o potencial de risco do mesmo, bem como saber de uma melhor forma a destinao final.

Nesta sua nova verso a classificao dos residuos so divididas em classes, que so as seguintes:

Classe I (Perigosos)

Classe II (No-Inertes)

Classe III (Inertes)

Classe I

Residuos perigosos: so aqueles que apresentam riscos a sade publica e ao meio ambiente, exigindo tratamento e disposio especiais em funo de suas caractersticas de inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxidade e patogenicidade.

Classe II

Residuos no-inertes: so aqueles que no representam periculosidade, porm no so inertes, basicamente tem as caractersticas do lixo domstico, podem ter algumas propiedades como por exemplo, combustibilidade, biodegradabilidade ou solubilidade em gua.

Classe III

Residuos Inertes: so aqueles residuos que no tem nenhum de seus constituintes solubilizados em concentraes superiores aos padres de potabilidade da agua, ou seja, a gua continua potvel mesmo quando est em contato com ese tipo de resduo. Em sua maioria so reciclveis, eles no se degradam e no se decopem quando dispostos no solo,

O quadro 1 mostra a origem, classes e responsvel pelos resduos.

Fonte: Grippi, 2001.

Existe uma lei que ampara a destinao dos resduos slidos esta que aps muitos anos foi discutida, foi avaliada, foi modificada at ento perceberem sua real importancia, ento segue logo abaixo ela para melhor entendimento:Segundo a LEI 12.305/2010 (LEI ORDINRIA) 02/08/2010, CAPTULO I, Art. 1o Esta Lei institui a Poltica Nacional de Resduos Slidos, dispondo sobre seus princpios, objetivos e instrumentos, bem como sobre as diretrizes relativas gesto integrada e ao gerenciamento de resduos slidos, inclundo os perigosos, s responsabilidades dos geradores e do poder pblico e aos instrumentos econmicos aplicveis.

1o Esto sujeitas observncia desta Lei as pessoas fsicas ou jurdicas, de direito pblico ou privado, responsveis, direta ou indiretamente, pela gerao de resduos slidos e as que desenvolvam aes relacionadas gesto integrada ou ao gerenciamento de resduos slidos.

2o Esta Lei no se aplica aos rejeitos radioativos, que so regulados por legislao especfica. Art. 2o Aplicam-se aos resduos slidos, alm do disposto nesta Lei, nas Leis nos 11.445, de 5 de janeiro de 2007, 9.974, de 6 de junho de 2000, e 9.966, de 28 de abril de 2000, as normas estabelecidas pelos rgos do Sistema Nacional do Meio Ambiente (Sisnama), do Sistema Nacional de Vigilncia Sanitria (SNVS), do Sistema Unificado de Ateno Sanidade Agropecuria (Suasa) e do Sistema Nacional de Metrologia, Normalizao e Qualidade Industrial (Sinmetro).

3.5 As vantagens econmicas da reciclagemA reciclagem traz consigo alm da melhoria para o meio ambiente uma economia para a sociedade. Ela gera a economia de recursos naturais, a diminuio de limpeza urbana, tratamentos para a sade, controle de poluio, construo de aterros sanitrios, entre outros, tambm sua utilizao serve para gerar energia eltrica, abrindo por ventura vagas de empregos tanto para populao no qualificada como tambm para setores industriais que veem no lixo grande potencial de economia. O mercado de reciclveis, se coordenado de forma justa, pode remunerar adequadamente os sucateiros e catadores, que desempenham tarefas necessrias redistribuio do lixo destinado armazenagem, enfardamento e reciclagem.Outro exemplo de economia a da gua com a reutilizao do papel pode-se economizar cerca de R$ 694 milhes por ano, e tambm a cada 28 toneladas de papel reciclado evita-se o corte de 1 hectare de floresta sendo considerado que 1 tonelada equivale de 50 a 60 eucaliptos, 100 mil litros de gua e 5 mil KW/h de energia, sendo que o papel reciclado usa cerca de 2 mil litros de gua e de 1000 a 2500 KW/h para 1 tonelada de papel.

bem dito que a reciclagem traz uma boa aconomia, encarar a realidade de que reciclar melhor essencial para uma qualidade de vida no somente de uma famlia, mas de uma sociedade completa. A reciclagem pode ser mais barata do que a disposio dos rejeitos, alm de ter o potencial de tornar o preo de matrias-primas mais convidativos. Afinal, mesmo sem pensar nos aspectos do impacto ambiental, o monumental problema do lixo nas grandes metrpoles brasileiras esbarra ainda numa limitao territorial intransponvel, ou seja, em breve no haver mais locais disponveis para armazenagem de detritos, como se faz hoje nos chamados lixes e aterros sanitrios.

"No Brasil, a questo da reciclagem do lixo ainda mal resolvida, mas j desponta como um caminho natural para sociedade e governo resolverem os agudos problemas do impacto ambiental representado pelos lixes e aterros sanitrios que esgotam sua capacidade de armazenagem em ritmo cada vez mais rpido, devido crescente complexidade e volume dos detritos slidos produzidos pela cultura urbano-industrial", adverte Antnio Csar da Costa e Silva, presidente da Associao Brasileira de Engenharia Sanitria e Ambiental (Abes), que tem sede no Rio de Janeiro.No se possvel reciclar em quantidades significativas se no houver, dentro de nossas casas, empresas ou em qualquer outro lugar a conscincia da importncia da separao do lixo levando em considerao o bem que est fazendo ao meio ambiente e ao prximo.

Capitulo 4 - Nossa Visita

4.1 O Histrico da Pajoan

A Empreiteira Pajoan Ltda. opera o aterro sanitrio em Itaquaquecetuba desde 20 de abril de 2001, em propriedade particular de 884.000 m2, confrontante rea do antigo aterro sanitrio pblico (CIPAS) que encerrou suas atividades em 30 de novembro de 2000.

Os resduos dispostos pela empreiteira desde 2001 ocupam uma rea de 181.000 m2, que quando reunida aos resduos dispostos pela CIPAS totalizam cerca de 207.000 m2 de rea total ocupada atualmente por resduos. A rea adicional reservada para a ampliao do aterro de 201.600 m.O aterro sanitrio existente foi concebido para receber resduos slidos domiciliares e industriais Classe II, o quadro a seguir mostra suas caractersticas: CaractersticasUnidades

rea do terreno884.000 m2

rea destinada disposio de resduos181.000 m2

Capacidade de recebimento de resduos2.000 t/dia

Quantidade de viagens dirias300 milhes (90% compactadores)

Situado na Rua Nossa Senhora das Graas, n 599, Bairro Pinheirinho, no municpio de Itaquaquecetuba. Atualmente o aterro sanitrio existente conta com os seguintes sistemas: Dispositivos de drenagem de gases e lquido percolado Sistema de drenagem superficial Cobertura vegetal dos taludes em solo exposto, imediatamente aps a concluso dos trabalhos de estabilizao final. Impermeabilizao da base do aterro Queima de gases Sistema de tratamento de efluentesTem uma via de acesso principal, sendo o trecho inicial, de asfalto e primrio (com brita), tambm possue vias secundrias sem revestimento at a frente de disposio do lixo, mesmo assim apresenta uma boa condio de trfego. feita a umectao das vias de acessos no pavimentadas duas a trs vezes por dia, durante o perodo de estiagem.

O isolamento da propriedade foi efetuado com cerca de arame farpado e plantio de eucaliptos. A gua potvel fornecida pela SABESP, e o esgotamento sanitrio em fossas spticas. A energia eltrica fornecida pela BANDEIRANTE ENERGIA S.A, sendo o consumo mensal de aproximadamente 70.000kWh. As instalaes e servios de apoio ao empreendimento so constitudos por: balana, prdio administrativo, auditrio, oficina de manuteno, vestirio e portaria. Ressaltamos que estas instalaes de apoio encontram-se devidamente licenciadas junto a CETESB.

4.2 Seus Sistemas A Pajoan dispe dos seguintes sistemas para seu bom funcionamento:Dispositivos de drenagem de gases e lquido percolado: Esse dispositivo permite a dissipao dos gases e a remoo, captao e conduo dos lquidos percolados aos sistemas de reservao e tratamento. So usados para isso drenos de fundao, drenos horizontais e drenos verticais.Na Pajoan podemos ver que os drenos de chorume (percolado) na fundao sobre a camada de impermeabilizao de base, constitudo por um dreno principal de tubo de 0,60 m de dimetro perfurado e recoberto por racho, interligados por drenos secundrios construdos com racho. A rede de drenagem sub-superficial visa coletar e conduzir os lquidos percolados para uma unidade de armazenamento temporrio (lagoa de chorume) e de vital importncia, pois evita que os resduos fiquem encharcados de modo a comprometer a estabilidade do macio.Existindo tambm os drenos verticais de gs/chorume que so constitudos por tubos perfurados de concreto armado, com dimetro de 0,60 m formando uma coluna vertical. Ao redor desses tubos dever disposta uma camada de racho, com espessura mnima de 0,30 m, interligando os drenos horizontais; o dreno construdo verticalmente medida que o Aterro desenvolve-se e os gases que se formam pela decomposio anaerbia do lixo so basicamente compostos por metano e sua queima certificada gera Crditos de Carbono, conforme determina o Protocolo de Kyoto, por meio da empresa Alto Tiet Biogs.

Os drenos horizontais so interligados aos drenos verticais, que por gravidade conduz o percolado das clulas at a drenagem de fundao na base do aterro sanitrio;

A tubulao que conduz o percolado das caixas de passagem para lagoa de chorume constituda de geotubo rgido-soldvel com dimetro de 12 polegadas, e inclinao mnima de 1 %.Sistema de drenagem superficial: A drenagem superficial das guas provenientes de precipitao direta sobre o aterro, bem como as de escoamentos superficiais das reas adjacentes, so fundamentais para minimizar a gerao de percolado e evitar que processos erosivos provoquem instabilidade nos taludes e descobrimento dos resduos. So geralmente constitudos de canaletas, bermas e descidas dgua no talude e so constitudas por elementos flexveis como mantas, brita, etc.Esse sistema constitudo por canaletas meia cana de concreto, nos ps e nas cristas dos taludes de cortes e aterro que fazem esse processo junto com as caixas de passagem de alvenaria estrutural, onde ocorrem as mudanas de direo de canaletas e tubos de drenagem. Nisso as travessias com tubulaes so de concreto em valas, apoiadas em beros com brita e reaterro com solo compactado, instaladas ao longo das vias onde h ou haver trfego de caminhes coletores e carretas.

O conjunto de drenagem superficial composto por captaes instaladas na base das clulas atravs de canaletas de concreto pr-fabricadas (meia-cana), canaletas de concreto executadas in loco, canais de passagem, tubos de travessia (subterrnea), caixas de passagem (quebra de energia), escadas hidrulicas e gabies em colcho reno.

Cobertura vegetal dos taludes em solo exposto, imediatamente aps a concluso dos trabalhos de estabilizao final: a implantao de cobertura vegetal nos taludes, podendo esse plantio ser realizado por revestimento com grama em placas ou hidrossemeadura (lanamento de mistura soluo+sementes em pequenas covas pr-escavadas nos taludes). Este procedimento impede o surgimento de processos erosivos pela ao de guas pluviais. Impermeabilizao da base do aterro: A impermeabilizao da base executada com aplicao de manta geotxtil e no tecido, da geomembrana de PEAD (Polietileno de Alta Densidade - geomembrana que combina excelente resistncia qumica, mecnica e ao intemperismo), da camada de areia, do geocomposto drenante e da camada de proteo do aterro (GCL - geo-synthetic clay liner). Essas camadas so executadas aps todos os servios de limpeza e da compactao do solo. Abaixo exemplo de uma impermeabilizao:

Queima de gases: realizada a queima de todo gs gerado com captao de crdito de carbono. A implantao e operao desta queima so de responsabilidade da empresa Alto Tiet Biogs. E gera energia para a empresa.Sistema de tratamento de efluentes: A Pajoan possui uma ETE (Estao de Tratamento de Efluentes), que se localiza a jusante (ponto referencial ou seo de rio compreendido entre o observador e a foz de um curso dgua, ou seja, rio-abaixo em relao a este observador) do aterro atual, e ocupa uma rea de 10.000 m2. O chorume encaminhado para o tanque de equalizao (1 etapa da ETE) atravs de tubulao de 12 polegadas. Aps tratamento parcial fsico-qumico e biolgico, o chorume pr-tratado enviado SABESP (Estao de Tratamento de Efluentes So Miguel em So Paulo-SP) e/ou OPERSAN (Jundia-SP) por caminhes tanques.

O chorume coletado por meio de drenos horizontais constitudos de pedra tipo racho, que formam um caminho preferencial para que o efluente possa se encontrar com as drenagens verticais de gases, que tambm so responsveis por interligar as drenagens horizontais de uma clula para outra, at que o chorume ingresse na estao de tratamento.

As tcnicas empregadas para o tratamento de rejeitos industriais tm sido empregadas para o tratamento de chorume incluindo os tradicionais processos biolgicos, aerbio e anaerbio, como tambm uma variedade de processos fsico-qumicos.

Este modelo de estao composto basicamente de:Calha Parshall: Responsvel por medir a vazo de efluente que ingressa no sistema de tratamento;Tanque de Equalizao/Sedimentao: A equalizao e sedimentao consistem na regularizao da vazo e carga de poluentes unidade principal da ETE. Estas operaes so realizadas naturalmente no tanque e esta fase de fundamental importncia, pois permite: Interrupo do processo de tratamento por ocasio de manuteno e reformas de unidades subsequentes; O alto tempo de deteno hidrulico promove um nvel preliminar de tratamento, garantindo a homogeneizao da carga de poluentes para o tanque aerado; Economia de materiais de consumo no processo devido a variaes de vazo.Tratamento fsico-qumico: O tratamento fsico-qumico tem por finalidade remover os metais pesados comumente presentes no chorume, protegendo o tratamento biolgico contra a possibilidade de inibio do processo pela presena de concentraes inadequadas dos mesmos.Tanque anxico: O tratamento anxico possui quatro misturadores para realizao da desnitrificao. Os misturadores so do tipo turbina e contam com variadores de frequncia, de modo a operarem como misturadores ou floculadores.Tanque de aerao: Pelo processo dos lodos ativados ocorre o consumo da matria orgnica, devido constante injeo de oxignio atravs de soprador.Adensadores: Dois tanques responsveis pelo armazenamento e adensamento do lodo, para posterior descarte em leito de secagem.Tanques de Polimento: Dois tanques com a finalidade de remoo adicional de DBO, remoo de nutrientes e remoo de organismos patognicos.Leitos de secagem: O lodo produzido em excesso ser disposto em leitos de secagem, para que desgue naturalmente e seja enviado posteriormente para o corpo do aterro sanitrio.A figura a seguir, apresenta o fluxograma da Estao de Tratamento de Efluentes (ETE).

As fotos a seguir mostram o mtodo construtivo e operacional do aterro sanitrio da Pajoan de uma forma mais simples de entendimento:

A tecnologia empregada nas obras do aterro a tradicional com a realizao de escavaes, cortes e aterros, compactao de lixo e terra, instalao de drenos e outras obras de terraplanagem.4.2 Monitoramento AmbientalO monitoramento ambiental efetuado por duas empresas (FRAL Consultoria Ltda geotcnico, e OPERATOR gua) buscando aferir a todo instante como esto, em relao s normas, o controle dos aspectos e consequentemente os impactos ambientais do aterro nos corpos receptores e de estabilidade de taludes.

Atualmente so efetuados: Plano de Monitoramento da Qualidade das guas Superficiais e Subterrneas (trimestralmente), Programa de Monitoramento Geotcnico (mensalmente), e Controle da vazo de chorume (mensalmente)

4.3 Procedimentos Operacionais Como em todas as empresas no aterro sanitrio tambm se necessrio procedimentos para que se haja uma maior eficincia nos servios prestados.No quadro a seguir nos d uma ideia de como esses procedimentos so executados:

ItemProcedimento

Tipos de resduos

recebidosDever ser recebido no aterro todo e qualquer tipo de resduos slidos, classificados nas Classes IIA no inertes , segundo a norma NBR 10.004 da ABNT, excludos os da Classe I Perigosos

Resduos industriaisOs resduos de origem industrial Classes IIA ou comercial sero recebidos no Aterro em conformidade com as diretrizes municipais e dos rgos de controle de poluio ambiental do Estado de So Paulo

Disposio dos

resduos no aterroA produo diria de resduos (materiais no reaproveitados nas usinas de reciclagem e triagem) dever ser colocada em clulas de em mdia 4,00m formando camadas compactadas sucessivas de 0,30m a 0,60m de espessura, inclinadas em talude no superior a 45

Compactao dos

resduosOs resduos devero ser descarregados no p do talude, mantendo-se a menor frente de trabalho possvel, sendo que o equipamento de terraplanagem dever empurra-los no sentido de baixo para cima, subindo pelo talude e compactando de trs a cinco passagens

Operao da clula

diariamenteA medida que a clula de lixo for crescendo, sua cobertura com saibro, areia ou outro material inerte e permevel, dever ser mantida de tal maneira que a frente oferecida para a descarga seja a menor possvel, desde que compatvel com a recepo prevista

Cobertura da clulaA complementao do recobrimento final dever ser realizada com uma espessura de saibro de 0,50m a 1,00m a ser colocada sobre o aterro

Estoque de saibro para

coberturaDever ser considerado o estoque de saibro para recobrimento das clulas para um perodo chuvoso de 15 dias

Presena de catadoresA catao ou seleo de materiais, bem como a permanncia de pessoas estranhas ou de qualquer animal ser terminantemente vetada na rea

Estoque de materiais

de consumoPreparao de ptios para estocagem de materiais (brita, racho, argila, tubulaes de concreto e outros necessrios operao do Aterro)

Preparao de frentes

de trabalhoPreparao de reas nas frentes de trabalho, para descarga dos resduos slidos, incluindo a abertura e manuteno de uma frente de trabalho reservada para poca de chuva, com acessos e locais de descarga, obrigatoriamente devem ser cascalhados, drenados.

Encerramento de frente

de trabalhoNa rea que no receber nova sobreposio de lixo, dever ser realizada complementao da cobertura das clulas j encerradas, atendendo configurao final do projeto do aterro

Manuteno de ptios e

acessosOs acessos no interior da rea e o local de descarga na frente de trabalho devero ser mantidos em perfeitas condies de trfego, inclusive cascalhados e drenados, se necessrio, com sinalizao para orientao dos motoristas.

Drenagem superficialDever ser executado direcionamento, captao e drenagem das guas pluviais e das nascentes, quando houver, e das drenagens superficiais para afastamento das guas pluviais.

InstrumentaoInstrumentao do aterro (instalao de piezmetros, marcos superficiais para medir recalque diferencial dos taludes e poos de monitoramento do lenol fretico, bem como execuo de leituras de vazo de lquido percolado chorume), segundo as especificao.

Estabilidade geotcnicaDever ser realizado monitoramento constante da estabilidade do aterro e da qualidade do lenol fretico, com medies mensais.

Relatrio mensalApresentao de relatrio mensal de monitoramento da estabilidade do macio, anlises fsico-qumicas dos lquidos percolados (chorume) segundo os parmetros estabelecidos no Artigo 18 da Lei Estadual n 997/76 e Decreto 8468/76 e anlises de potabilidade

Combate a focos de

fogo no aterroExtino de eventuais focos de fogo no aterro dever ser realizada atravs de recobrimento do macio com saibro

Coleta de resduos

espalhados pela ao

dos ventosColeta manual dos detritos eventualmente espalhados pelo vento bem como fechamento com cerca rudimentar a fim de evitar maior espalhamento por ao do vento

IluminaoIluminao das frentes de trabalho e balizamento dos caminhos de acesso, para viabilizar a operao do aterro no perodo noturno

Retirada das lonas de

caminhesConstruo de plataforma metlica para a retirada da lona de cobertura dos semirreboques de transporte dos resduos slidos (o desenlonamento e abertura e descarga das caambas das carretas de responsabilidade dos transportadores)

Manuteno das

balanasManuteno preventiva e corretiva das balanas, com aferio e calibragem atravs de pesos padro e ajustes do mecanismo de pesagem e impresso, aferio geral de folgas, com suspenso da plataforma de carga, com verificao e fiscalizao de metrologia l

Base do aterroPreparao de novo aterro de base (liner) antes da exausto da frente em operao

Drenos de percolados e

gasesConstruo de drenos horizontais e verticais para drenagem de lquidos percolados (chorume) e

gases, quando ocorrer o seu afloramento

4.4 Estimativas de Gerao de Resduos Domiciliares Temos logo abaixo, os municpios relacionados atualmente atendidos, junto com uma estimativa do volume de resduos domiciliares de cada municpio para o ano 2020. Fonte:FRAL, 20094.5 Aspectos LegaisProcuramos aqui mostrar como um aterro se enquadra nas leis ambientais, municipais, estaduais e federais para assim ter o funcionamento liberado, colocamos nesta tabela partes das legislaes e suas descries das quais a Pajoan se enquadra:

Legislao e normas incidentesLegislao Interveniente

Descrio

Lei n 6.938 de 31 de agosto de

1981.Dispe sobre a Poltica Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulao e aplicao, e d outras providncias.

Constituio Federal de 05 de

outubro de1988.A CF/88 destinou captulo especfico para a defesa do meio ambiente (Captulo VI do Ttulo VIII), estipulando o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado a todos (presentes e futuras geraes), e impondo ao poder pblico e coletividade o dever de defend-lo e preserv-lo para as presentes e as futuras geraes.

Lei Federal n 11.445, de 05 de

janeiro 2007.Estabelece diretrizes nacionais para o saneamento bsico; altera as Leis nos 6.766, de 19 de dezembro de 1979, 8.036, de 11 de maio de 1990, 8.666, de 21 de junho de 1993, 8.987, de 13 de fevereiro de 1995; revoga a Lei no 6.528, de 11 de maio de 1978; e d outras providncias.

Lei Estadual n 9.509, de 20 de

maro de 1997.Dispe sobre a Poltica Estadual do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulao e aplicao

Lei 12.300 de 16 de maro de

2006.Institui a Poltica Estadual de Resduos Slidos e d providncias correlatas.

A Lei Estadual n 7.750, de 31

de maro de 1992Dispe sobre a Poltica Estadual de Saneamento e d outras providncias.

Lei Estadual n 997, de 31 de

maio de 1976 e o seu

regulamento dado pelo

Decreto n 8.468, de 8 de

setembro de 1976.Dispe sobre o Controle da Poluio do Meio Ambiente

Lei Federal n 9.605, de 12 de

fevereiro de 1998Dispe sobre as sanes penais e administrativas derivadas de condutas lesivas ao meio ambiente.

Resoluo CONAMA n 001 de

23 de janeiro de 1986Dispe sobre critrios bsicos e diretrizes gerais para o EIA Estudo de Impacto Ambiental e Relatrio de Impacto Ambiental RIMA.

Resoluo SMA n 42, de 29 de

dezembro de 1994.Dispe sobre a compatibilizao entre o licenciamento ambiental e exigncia de EIA/RIMA no mbito do Estado de So Paulo.

Resoluo CONAMA n 237 de

19 de dezembro de 1997Regulamenta os aspectos de licenciamento ambiental estabelecidos na Poltica Nacional do Meio Ambiente.

NBR 10.004/2004 (ABNT).Esta Norma estabelece os critrios de classificao e os cdigos para a identificao dos resduos de acordo com suas caractersticas

NBR 10.005/ NBR 10.006/ NBR

10.007/2004 (ABNT).Coletnea de normas de Resduos Slidos

Lei Complementar Municipal no

113 de 25 de agosto de 2005Dispe sobre Poltica Municipal de Gesto e Saneamento Ambiental e d outras providncias.

Lei Complementar Municipal no

131 de 01 de novembro de

2006.Institui o Plano Diretor estratgico do municpio de Itaquaquecetuba.

Lei Complementar Municipal no

156 de 10 de julho de 2008.Dispe sobre o uso e ocupao do solo no municpio de Itaquaquecetuba

Resoluo SMA n 1, de 02 de

janeiro de 1990.Determina a necessidade de apresentao de EIA/RIMA para os empreendimentos em andamento ou ainda no iniciados, mesmo que licenciados, mediante fundamentao tcnica da SMA.

Decreto n 47.397, de 4 de

dezembro de 2002D nova redao ao Ttulo V - Das Licenas e ao Anexo 5 e acrescenta os Anexos 9 e 10, ao Regulamento da Lei n 997, de 31 de maio de 1976, aprovado pelo Decreto n 8.468, de 8/09/1976, que dispe sobre a preveno e o controle da poluio do meio ambiente.

Decreto n 47.400, de 4 de

dezembro de 2002.Regulamenta os dispositivos da Lei Estadual n 9.509, de 20/03/1997, referentes ao licenciamento ambiental, estabelece prazos de validade para cada modalidade de licenciamento ambiental e condies para sua renovao, estabelece prazo de anlise dos requerimentos e licenciamento ambiental, institui procedimento obrigatrio de notificao de suspenso ou encerramento de atividade e o recolhimento de valor referente ao preo de anlise.

Sobre as guasLegislao IntervenienteDescrio

Decreto Federal n 24.643 de

10 de julho de1934.Institui o Cdigo de guas

Resoluo CONAMA 357 de

17 de maro de 2005.

Dispe sobre a classificao dos corpos de gua e diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece as condies e padres de lanamento de efluentes, e d outras providncias.

Resoluo CONAMA N 357,

de 17 de maro de 2005.

Dispe sobre a classificao dos corpos de gua e diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece as condies e padres de lanamento de efluentes, e d outras providncias.

Decreto Estadual n 8.468, de

8 de setembro de 1976.

O decreto que regulamenta a Lei n 997, de 31/05/1976, dispe sobre a Preveno e o Controle da Poluio do Meio Ambiente.

Em seu Ttulo II Da Poluio das guas, o decreto estabelece paramentos e padres de lanamento de efluentes lquidos, bem como os de qualidade de guas, alm de definir a classificao das mesmas, segundo os usos preponderantes.

Lei n 6.134, de 2 de junho de

1988.

Dispe sobre a preservao dos depsitos naturais de guas subterrneas do Estado de So Paulo, e d outras providncias.

Decreto n 32.955, de 7 de

fevereiro de 1991.

Regulamenta a Lei n 6.134, de 2/06/1988 sobre guas subterrneas do Estado.

Decreto Estadual n 10.755 de

22 de novembro de 1977.

Dispe sobre o enquadramento dos corpos de gua receptores na classificao prevista no Decreto n 8.468, de 08.09.76, e d providncias correlatas.

Sobre RudosLegislao IntervenienteDescrio

Resoluo CONAMA n001, de

08 de maro de 1990.Dispe sobre a emisso de rudos, em decorrncia de quaisquer atividades industriais, comerciais, sociais ou recreativas.

NBR n10.151/2000.Fixa as condies exigveis para a avaliao da aceitabilidade do rudo em comunidade.

NBR n10.152/1987Fixa os nveis de rudos compatveis com o conforto acstico em ambientes diversos, no excluindo as demais normas e as recomendaes bsicas referentes s demais condies de conforto.

Sobre o Licenciamento

Legislao IntervenienteDescrio

Resoluo CONAMA n 001,

de 23 de janeiro de 1986Dispe sobre a exigncia de elaborao e aprovao de EIA/RIMA

Resoluo SMA 54, de 30 de

novembro de 2004.Dispe sobre procedimentos para o licenciamento ambiental no mbito da Secretaria do Meio Ambiente

Resoluo SMA 22, de 16 de

maio de 2007.Dispe sobre a execuo do Projeto Ambiental Estratgico Licenciamento Ambiental Unificado, que visa integrar e unificar o licenciamento ambiental no Estado de So Paulo, altera procedimentos para o licenciamento das atividades que especifica e d outras providncias.

Resoluo SMA-50, de 13

de novembro de 2007.Dispe sobre o Projeto Ambiental Estratgico Lixo Mnimo e d providncias correlatas.

Resoluo CONAMA n 237,

de 19 de dezembro de 1997.Dispe sobre o licenciamento ambiental, estabelecendo critrios para a definio de competncias e lista as atividades sujeitas ao licenciamento.

Resoluo CONAMA n 237,

de 19 de dezembro de 1997.Dispe sobre o licenciamento ambiental, estabelecendo critrios para a definio de competncias e lista as atividades sujeitas ao licenciamento.

Resoluo SMA n 42, de 29

de dezembro de 1994.Dispe sobre a compatibilizao entre o licenciamento ambiental e exigncia de EIA/RIMA no mbito do Estado de So Paulo.

Sobre ResduosNormasDescrio

NBR 11.174/1990.Armazenamento de resduos classes II (no inertes) e III (inertes) Procedimento.

NBR 8.419/1992.Apresentao de projetos de Aterros Sanitrios de Resduos Slidos urbanos.

NBR 8849/1985.Apresentao de projetos de aterros controlados de resduos slidos urbanos.

NBR 13.221/1994.Transporte de resduos- Procedimento.

NBR 13.896/1.997.Aterro de resduos no perigosos: critrios para projeto,

implantao e operao.

NBR 15.495-1/2007.Poos de monitoramento de guas subterrneas em aquferos granulares - Parte 1: Projeto e construo

NBR 15495-2/2008.Poos de monitoramento de guas subterrneas em aqferos granulares - Parte 2: Desenvolvimento.

Resoluo SMA n 51/1997.Dispe sobre a exigncia ou dispensa do RAP para aterros e

usinas de reciclagem e compostagem.

NBR 7500/2007.Identificao para o transporte terrestre, manuseio, movimentao e armazenamento de produtos.

NBR 13463/1995.Coleta de resduos slidos.

4.6 Os moradores do entorno

A populao do Municpio de 334.914 conseguimos alcanar 00,1% da populao o que corresponde a 132 pessoas. Identificamos dentre este 0,04% da populao aproximadamente 250 composta por crianas e adolescentes, correspondente a 195% da populao diagnosticada.

Dos 400 Bairros existentes alcanamos 1,25% dos bairros, com isso pudermos identificar o que o aterro da Pajoan representa para os moradores do entorno, atravs de grficos buscamos mostrar de forma mais fcil todos os dados recolhidos.4.6.1 Perfil da populao entrevistada

Destacamos aqui o perfil geral da populao do entorno, as localidades alcanadas, etnia, faixa etria, nvel de escolaridade, pois achamos que assim uma forma de conhecermos um pouco das pessoas que ali vivem, abaixo seguem os dados em forma de grficos:

Localidades Alcanadas

Etnia

Faixa Etria

Escolaridade

4.6.2 Avaliao da Populao para com o Aterro PajoanSegue abaixo mais dados de nossa pesquisa com os moradores, estes que nessa parte expressaram sua opinio quanto diretamente ao trabalho desenvolvido pela Pajoan no municpio.

Os resultados nos impressionaram principalmente a parte de criticas quanto a Pajoan, espervamos ndices bem mais altos a essa parte e o inverso na parte onde ela proporciona um bom trabalho, porm no contvamos com os trabalhos sociais feitos por eles mostrando assim a preocupao com o prximo e exercendo o papel tico e bem muito bem visto pela sociedade. Buscamos trazer os possveis impactos causados a vizinhana apontado por eles tambm. Segue abaixo grfico com a satisfao do trabalho desenvolvido pela Pajoan.Trabalho desenvolvido pela Pajoan

Como a populao conheceu o Trabalho da Pajoan

Incmodos vizinhanaIdentificao dos Aspectos SocioambientaisAspectos AmbientaisImpactos Ambientais

Implantao e operao do aterro sanitrioGerao de particulados pelo trfego de veculos pesados na rea do aterro

Gerao de rudo pelo trfego de veculos pesados.

Trfego de veculos pesados nas vias locais.

Desvalorizao imobiliria

Alterao das propriedades fisioqumicas dos resduos dispostos no aterro sanitrio.Gerao de odores desagradveis pelo processo de decomposio dos resduos depositados no aterro

Gerao de vetores de doenas, como ratos, baratas, moscas e outros.

Atividades potencialmente geradoras dos impactos possveis:Trfego de caminhes de carga.

Disposio de resduos no aterro sanitrio situado em rea urbana.

Identificao dos impactos socioambientais e de suas possveis reas de influncia

Gerao de particulados pelo trfego de veculos pesados transportadores de resduos.

Gerao de rudo pelo trfego de veculos pesados.

Aumento no trfego de veculos pesados nas vias locais.

Desvalorizao imobiliria Essa regio do municpio de Itaquaquecetuba foi alvo de ocupao irregular, sobretudo a partir de 1990, fato que j caracteriza uma acentuada desvalorizao imobiliria. Ressalta-se que a referida ocupao da AID se deu posteriormente implantao dessa atividade ligada destinao de resduos.

Gerao de odores desagradveis pelo processo de decomposio dos resduos depositados no aterro De acordo com as rosas dos ventos para os anos de 2004 a 2008 apresentadas, a direo predominante dos ventos de nordeste para sudoeste. H reas urbanizadas nos limites leste e oeste da rea do aterro sanitrio. Ao sul do empreendimento est a Rodovia Ayrton Senna da Silva (SP70). Essa caracterstica de direo dos ventos pode acarretar em uma propagao de odores oriundos da decomposio dos resduos, caso esses no venham a ser recobertos diariamente.

Gerao de vetores de doenas, como ratos, baratas, moscas e outros.

A caracterizao dos impactos socioambientais identificados apresentada no quadro abaixo:

A avaliao/valorao do impacto socioambiental identificado apresentada no quadro abaixo:Medidas mitigadoras e/ou compensatrias propostas provvel que no ocorra processo de desvalorizao imobiliria no entorno do empreendimento ocasionada pela atividade desenvolvida no aterro, uma vez que a rea se urbanizou posteriormente a implantao do aterro existente, portanto, no cabe nenhuma medida mitigadora.

Os odores desagradveis gerados pela degradao da matria orgnica disposta no aterro so minimizados com a cobertura diria dos resduos depositados com camada de solo.

Monitoramento e controle socioambiental

O Programa de Comunicao e Participao Social visa, entre outros objetivos, ser um canal que possibilita vizinhana apresentar as suas queixas e sugestes para melhor gerenciar eventuais conflitos de interesse quanto ao uso do solo para a disposio de resduos slidos.Reavaliao dos impactos identificados

A reavaliao dos impactos identificados, considerando-se as medidas propostas, apresentada no quadro a seguir:

A implementao das medidas mitigadoras propostas possibilitar a diminuio do impacto de gerao de odores originados pela decomposio dos resduos depositados no aterro. Cabe ao empreendedor tomar as medidas propostas para minimizar os eventuais impactos negativos possveis caso venham a ocorrer. Sendo assim a legislao socioambiental interveniente no se aplica nesses casos abordados.

4.6.3 Diagnstico Ambiental

O Diagnstico Ambiental apresenta os aspectos relativos aos meios fsico, bitico e antrpico das diferentes reas de influncia do aterro em estudo.

Referentes ao meio fsico so abordados vrios temas entre eles decidimos dar foco na qualidade do ar que o meio que atinge no s os colaboradores do aterro e dos moradores do entorno, mas qualquer pessoa que passe por perto.

4.6.3.1 reas de Influnciarea Diretamente Afetada ADA: Consiste no espao estrito da implantao fsica do empreendimento, isto , onde as alteraes no ambiente sero intensas, seja pela substituio completa dos usos atuais, seja pela alterao das feies morfolgicas, de vegetao e de outros fatores ambientais. Esta classe de rea de influncia se aplica para os meios fsico e bitico e nem sempre se aplica para o meio socioeconmico.

rea de Influncia Direta AID: Compreende o espao onde as alteraes nos fatores do meio ambiente resultam clara e diretamente dos processos e tarefas inerentes implantao, operao e desativao do empreendimento. Os limites desta rea iro variar de acordo com aspectos ambientais analisados, mas para maior facilidade de representao cartogrfica, geralmente se define um permetro para o meio fsico, outro para o meio bitico e um terceiro para o socioeconmico.

rea de Influncia Indireta AII: Abrange o espao onde se desenvolvero os impactos indiretos da instalao, operao e desativao do empreendimento, sendo de definio mais precisa para o meio socioeconmico. Para os meios fsico e bitico, especialmente para o primeiro, sua delimitao no to precisa e muitas vezes se restringe a uma abordagem do contexto regional ou da bacia hidrogrfica, quando aplicvel.

.4.6.3.2 Diagnstico do Meio Fsico - Qualidade do ArEm aterros sanitrios, a emisso de poluentes atmosfricos decorrente do trfego de maquinrios e veculos que proporciona a emisso de particulados, e da emisso de gases derivados do processo de decomposio dos resduos slidos. Essas partculas podem ser transportadas pelos ventos e colocar em risco a sade da populao vizinha e causar danos ao meio ambiente de uma forma geral.A Resoluo CONAMA 003, de 28 de junho de 1990, estabelece os Padres Nacionais de Qualidade do Ar para o material particulado em suspenso tanto para curtos perodos de exposio (mdias de 24 h) quanto para perodos longos (mdias anuais). No quadro a seguir so apresentados os padres nacionais de qualidade do ar para PTS:

No caso do aterro Pajoan, os resultados apresentados caracterizam a situao da qualidade do ar apresentam todas as concentraes mostradas abaixo do limite dirio de 240 g/m3 estabelecido pela resoluo CONAMA n 357/05 e Decreto Estadual n 8.468/76.Emisso de gases poluentesO biogs, derivado da decomposio dos resduos orgnicos dispostos em aterros sanitrios, composto basicamente pelos seguintes gases: metano (CH4), dixido de carbono (CO2), nitrognio (N2), hidrognio (H2), oxignio (O2) e gs sulfdrico (H2S).

Alguns destes elementos como CH4, CO2, xido de azoto (N2O), e clorofluorcabonetos (CFC) contribuem para a poluio do ar atmosfrico e para a formao do fenmeno conhecido como efeito estufa, que contribui para o aquecimento do planeta.O sistema de captao do biogs no aterro sanitrio da Pajoan foi implantado recentemente pela empresa Alto Tiet Biogs Ltda e conta dentre outros com os seguintes componentes:

Poos de drenagem de Biogs: Constitudos por britas dispostos verticalmente na massa de resduos slidos;Rede coletora: Constituda por tubos polietileno de alta densidade, e tem por finalidade drenar o biogs e encaminh-lo a unidade de queima;Bomba de Vcuo (sopradores): Que tem como funo compensar as perdas de carga nas tubulaes e garantir um escoamento regular do biogs para a unidade de queima;Evacuador de Condensados: Tem como funo extrair os condensados que se formam nos coletores de transporte de biogs, devido aos assentamentos diferenciais das estruturas e ao sobreaquecimento que as tubulaes sofrem; Estao de Regulao e Medio (ERM): Instaladas no final de recolha do biogs, e tem por finalidade monitorar o biogs captado e queimado.

Instalaes da usina de recuperao do Biogs no aterro da PajoanA queima do Biogs, trs uma srie de vantagens, a saber:

Aspecto ambiental: Eliminao de diversos gases como o metano, dixido de carbono, xido de azoto, e clorofluorcabonetos que contribuem no s para a poluio atmosfrica, como tambm para a formao do efeito estufa.

O metano, gs predominante do Biogs de um aterro sanitrio, quando queimado tem como subprodutos a gua e o dixido de carbono, que 21 vezes menos prejudicial para o efeito estufa do que o metano.Num aterro sanitrio corretamente explorado, o sistema de recuperao do biogs se assemelha ao funcionamento de um reator biolgico. Comparando-se este sistema com sistemas de tecnologia avanada, tais como instalaes de digesto anaerbica ou centrais incineradoras, o sistema de recuperao de biogs de aterro mais simples e menos oneroso.

O Biogs possui um potencial energtico considervel e pode substituir, em determinadas circunstncias, os combustveis fsseis.

Cabe salientar que o Aterro Sanitrio Pajoan proposto sempre fez parte dos planos operacionais do Projeto Alto Tiet e ser interligado ao sistema de coleta e queima do aterro existente, e dever se utilizar das instalaes da Alto Tiet Biogs Ltda para a queima do Biogs garantindo assim, a utilizao das melhores tcnicas de gesto das emisses de GEEs, e contribuindo significativamente para o combate ao aquecimento global, melhoria das condies de vida das comunidades locais e desenvolvimento sustentvel.4.7 Trabalhos Sociais Desenvolvidos pela PajoanA Pajoan desenvolve alguns trabalhos em pr a comunidade prxima tendo o objetivo de resgatar a cidadania e contribuir para um mundo mais sustentvel, atravs de algumas atividades culturais, scio educacionais, esportivas e de promoo social.

Entre elas esto a capoeira, brincando e aprendendo programa direcionado a crianas de 5 a 10 anos onde alm da alfabetizao tenta trazer o gosto pela leitura, tambm tendo capacitao profissional como contabilidade, informtica entre outros.

Assim como a maioria das empresas que promovem projetos sociais a Pajoan conta com parceiros como: Secretaria de Educao de Itaquaquecetuba, Intenational Youth Fellowship Brasil, UNICEF, Instituto Cenpe, Instituto Cieds, Instituto Sou da Paz, Secretaria de Habitao, Secretaria de Moradores, SUNIMPA e Usp Leste, Microlins, Educanto, Sisec, etc, todos esses alm de colaborarem para as atividades capacitam tambm os voluntrios que fazem parte dos projetos.

Ainda procuram fazer o encaminhamento dos jovens para o 1 emprego, mostrando assim que todos tem a oportunidade de crescer. Doaes a entidades tambm so feitas proporcionando assim uma melhoria para todos aqueles que precisam doando roupas arrecadadas por funcionrios, brinquedos, alimentos entre outros.4.8 Segurana e Promoo de Sade para com os ColaboradoresComo toda empresa voltada para seu crescimento a Pajoan busca sempre as melhores formas de promover a sade e segurana de seus funcionrios. Atravs de treinamentos e melhorias nas condies de trabalho e no seu ambiente.

Considerando que em algumas mquinas no existe a viabilidade de se utilizar um EPC, se foi necessrio a implantao de alternativas para assim melhorar as condies dos colaboradores como:

Implantao e conservao constante de sinalizao viria e outros dispositivos que restrinjam e regulamentem a velocidade mxima.

Diminuio do trfego de veculos pesados no perodo noturno.

Manuteno de veculos, mquinas e equipamentos, para que no emitam rudos alm do comum.

Treinamento de operadores de mquinas, motoristas de caminhes, funcionrios do aterro e aos coletores de resduos quanto necessidade de se prevenir com relao operao dos veculos e equipamentos de proteo individual.

Uso de protetores auriculares pelos operadores de mquinas ou funcionrios que trabalhem perto de mquinas e equipamentos e que esto expostos a rudos constantes.So feitos alm de treinamentos campanhas para a conscientizao dos colaboradores de como sua segurana e sade no so importantes somente para a empresa, mas tambm para si mesmo e sua famlia.

Atravs de reunies da CIPA so identificados os pontos onde precisam de melhorias, onde conseguimos observar grande parte aparente de funcionrios sempre buscando as melhorias cabveis para um trabalho melhor ser desenvolvido.Seu SESMT composto por dois tcnicos em Segurana do Trabalho e mais um Engenheiro, estes que ministram os treinamentos e procuram promover a saude e bem estar dos colaboradores.Capitulo 5 - Logstica Reversa5.1 Uma ideia que d certo

Quando falamos em logstica imaginamos um fluxo de produtos, desde o momento em que gerada a necessidade de atendimento de um produto at sua entrega ao cliente que estar aguardando a sua chegada, mas importante ressaltar que existe um fluxo reverso que se chama logstica reversa. um processo que existe h anos, entretanto no denominado como tal, um exemplo simples de logstica reversa o retorno das garrafas/vasilhames. Atualmente por se tratar de um assunto de muita importncia para as empresas a conscientizao da escassez de matria-prima e a super produo de lixo praticamente feita pela falta de buscas por solues alternativas.

A logstica inversa aborda principalmente sobre a recuperao de produtos ou pelo menos parte deles, com o menor risco de prejudicar o meio ambiente possvel, logo percebe-se que o desenvolvimento sustentvel e as polticas ambientais so temas de relevo na nossa sociedade nos dias de hoje.

Atualmente a logstica no aborda somente suas tradicionais formas de trabalho, esta abrangendo e envolvendo toda gesto de materiais e toda informao inerente nos dois sentidos o direto e o inverso. A logstica inversa tem um papel slido neste novo conceito de logstica.

Segundo os autores Rogers e Tibben-Lembke (1998), a logstica inversa pode ser definida como: "O processo de planeamento, implementao e controle da eficincia e eficcia e dos custos, dos fluxos de matrias-primas, produtos em curso, produtos acabados e informao relacionada, desde o ponto de consumo at ao ponto de origem, com o objetivo de recapturar valor ou realizar a deposio adequada".Seus principais objetivos so o planejamento, implementao e controle de um modo eficiente e eficaz:

O retorno ou recuperao de produtos

A reduo do consumo de matrias-primas

A deposio de residuos

A reparao e refabricao de produtos

Dessa forma o ciclo logistico se torna completo, montando assim um circuito da cadeia de abastecimento.

Os fluxos fisicos de sentido inverso esto ligados a industrias de reaproveitamento de produtos ou materiais quando estes chegam ao fim de seus ciclos de vida, por exemplos: produtos deteriorados ou objetos de reclamao e consequentemente de devoluo e veiculos no fom de sua vida til. Temos como um exemplo de que a logistica reversa traz muitos beneficios a Whirlpool Latin America, que atua no Brasil com as marcas Brastemp, Cnsul e KitchenAid, que em 2005 criou um programa pioneiro de logstica reversa para a reciclagem de eletrodomsticos. Desde a implantao do processo, j foram recicladas cerca de 990 toneladas de materiais, colocando em prtica as diretrizes da companhia traadas pela Jornada da Sustentabilidade, que tm como foco a gesto responsvel de resduos no ciclo de vida de seus produtos. Ela tinha como objetivo inicial atender a demanda interna, ou seja, para os produtos aos quais no passavam no controle de qualidade, mas com o passar do tempo viu a importncia desse trabalho e hoje a empresa tem centrais de reciclagem em Joinville (SC), Rio Claro (SP), e em So Paulo onde mantm a linha de desmontagem de purificadores de gua Brastemp, em ciclo fechado de produo e consumos, indito no setor.

Atualmente, a Central de Joinville recicla 90% dos materiais de refrigeradores e freezers, os 10% restantes so adequadamente destinados para aterros industriais licenciados de acordo com legislao ambiental brasileira. Expandindo o processo de reciclagem, a empresa participa da reposio de refrigeradores com distribuidoras de energia eltrica, operao direcionada, prioritariamente, ao pblico de baixa renda. Os refrigeradores usados retornam fbrica e, no processo de desmontagem e separao de materiais, a primeira etapa corresponde retirada do gs refrigerante como o clorofluorcarbono (CFC) armazenado em tanques especficos e regenerado por uma empresa terceirizada e licenciada. Os materiais metlicos e plsticos so igualmente reciclados por empresas licenciadas e os materiais isolantes, como l de vidro e poliuretano, enviados para aterros industriais ou utilizados na construo civil. Abaixo um exemplo de logistica reversa da Brastemp.

Os processos de logstica reversa trazem considerveis retornos para as empresas. O reaproveitamento de materiais e a economia com embalagens retornveis tm trazido ganhos que estimulam cada vez mais novas iniciativas e esforos em desenvolvimento e melhoria nos processos de logstica reversa. O custo que o processo de logstica reversa pode acarretar para as empresas tambm no podem ser ignorados, quando no feito de forma intencional, isto , nas linhas anteriores percebemos que a logstica reversa utilizada exclusivamente para as empresa, transformando materiais, que seriam inutilizados, em matria-prima, reduzindo assim, os custos para a empresa. Acontece que o contrrio tambm pode acontecer, e o que notamos com mais frequncia, isto , materiais que voltam aos seus centros produtivos devido s falhas na produo, pedidos emitidos em desacordo com aquilo que o cliente queria, troca de embalagens, etc. Em nosso pas no h legislaes que abrangem a questo da logstica reversa, aqui considerado ainda um processo em difuso que no visto como necessrio, portanto grandes partes das empresas ainda no possuem um departamento especifico para cuidar disso ento algumas resolues so usadas como o Conama, por exemplo, n 258 de 26/08/99, que estabelece que as empresas que fabricam e as que importam pneus ficam obrigadas a coletar e a dar destinao final ambientalmente adequada, aos pneus inservveis, proporcionalmente as quantidades fabricadas e importadas definida nesta resoluo, nisso faz com que as empresas deste ramo utilizem a logstica reversa obrigatoriamente.

Capitulo 6 - rgos Responsveis Pelo Gerenciamento de Resduos6.1 Quem So os ResponsveisA dcada de 70 foi a dcada da gua, a de 80 foi a dcada do ar e a de 90, de resduos slidos, conforme Cavalcanti (1998). Isso no foi s no Brasil. Nos Estados Unidos tambm se iniciou a abordagem relativa a resduos slidos somente no limiar da dcada de 80, quando foi instaurado o Superfund que era uma legislao especfica que visava recuperar os grandes lixes de resduos slidos que havia e ainda h espalhados nos EUA. E essa abordagem propiciou a Agncia de Proteo Ambiental EPA a fazer toda uma legislao sobre resduos slidos, que constava no Federal Register n 40.

Na Europa, a situao dos resduos caracterizada por uma forte preocupao em relao recuperao e ao reaproveitamento energtico. A dificuldade de gerao de energia, devida aos escassos recursos disponveis e aliada a um alto consumo energtico, favorece a estratgia de reciclagem dos materiais e seu aproveitamento trmico. O autor acima menciona que na indstria do alumnio, por exemplo, 99% dos resduos da produo so reutilizados, enquanto a indstria de plstico chega a 88% de reaproveitamento de suas sobras. Do total de resduos municipais europeus, cerca de 24% so destinados incinerao, sendo 16% com reaproveitamento energtico.

Na China, pas de extenso territorial considervel e com grande contingente populacional concentrado nas cidades, o povo considera os resduos orgnicos como uma responsabilidade do cidado, ou melhor, do gerador. Este tipo de valor cultural facilita a introduo de mtodos mais racionais de controle dos resduos slidos, com participao ativa da populao. H um envolvimento individual do cidado chins com vistas reintegrao dos resduos cadeia natural da vida do planeta. A massa dos resduos slidos urbanos composta predominantemente de material orgnico que utilizado na agricultura. Assim, o resduo no visto como um problema, mas sim como uma soluo para a fertilizao dos solos, o que estimula a formao de uma extensa rede de compostagem e biodigesto de resduos. Esta diferena de tratamento fundamenta-se em valores culturais totalmente diferenciados dos ocidentais, que originaram outro paradigma para tratamento da questo.

Resduos so o resultado de processos de diversas atividades da comunidade de origem: industrial, domstica, hospitalar, comercial, agrcola, de servios e ainda da varrio pblica. Os resduos apresentam-se nos estados slidos, gasoso e lquido. 6.2 CONAMAO Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA o rgo consultivo e deliberativo do Sistema Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA, foi institudo pela Lei 6.938/81, que dispe sobre a Poltica Nacional do Meio Ambiente, regulamentada pelo Decreto 99.274/90.

O CONAMA composto por Plenrio, CIPAM, Grupos Assessores, Cmaras Tcnicas e Grupos de Trabalho. O Conselho presidido pelo Ministro do Meio Ambiente e sua Secretaria Executiva exercida pelo Secretrio-Executivo do MMA.

O Conselho tem cinco setores, que so: rgos federais, estaduais e municipais, setor empresarial e sociedade civil. Compem o Plenrio:

O Ministro de Estado do Meio Ambiente, que o presidir;

O Secretrio-Executivo do Ministrio do Meio Ambiente, que ser o seu Secretrio-Executivo;

Um representante do IBAMA;

Um representante da Agncia Nacional de guas - ANA;

Um representante de cada um dos Ministrios, das Secretarias da Presidncia da Repblica e dos Comandos Militares do Ministrio da Defesa, indicados pelos respectivos titulares; Um representante de cada um dos Governos Estaduais e do Distrito Federal, indicados pelos respectivos governadores;

Oito representantes dos Governos Municipais que possuam rgo ambiental estruturado e Conselho de Meio Ambiente com carter deliberativo, sendo:

Um representante de cada regio geogrfica do Pas;

Um representante da Associao Nacional de Municpios e Meio Ambiente - ANAMMA;

Dois representantes de entidades municipalistas de mbito nacional;

Vinte e dois representantes de entidades de trabalhadores e da sociedade civil, sendo:

Dois representantes de entidades ambientalistas de cada uma das Regies Geogrficas do Pas;

Um representante de entidade ambientalista de mbito nacional;

Trs representantes de associaes legalmente constitudas para a defesa dos recursos naturais e do combate poluio, de livre escolha do Presidente da Repblica; (uma vaga no possui indicao)

Um representante de entidades profissionais, de mbito nacional, com atuao na rea ambiental e de saneamento, indicado pela Associao Brasileira de Engenharia Sanitria e Ambiental - ABES;

Um representante de trabalhadores indicado pelas centrais sindicais e confederaes de trabalhadores da rea urbana (Central nica dos Trabalhadores - CUT, Fora Sindical, Confederao Geral dos Trabalhadores - CGT, Confederao Nacional dos Trabalhadores na Indstria - CNTI e Confederao Nacional dos Trabalhadores no Comrcio - CNTC), escolhido em processo coordenado pela CNTI e CNTC;

Um representante de trabalhadores da rea rural, indicado pela Confederao Nacional dos Trabalhadores na Agricultura - CONTAG;

Um representante de populaes tradicionais, escolhido em processo coordenado pelo Centro Nacional de Desenvolvimento Sustentvel das Populaes Tradicionais - CNPT/IBAMA;

Um representante da comunidade indgena indicado pelo Conselho de Articulao dos Povos e Organizaes Indgenas do Brasil - CAPOIB;

Um representante da comunidade cientfica, indicado pela Sociedade Brasileira para o Progresso da Cincia - SBPC;

Um representante do Conselho Nacional de Comandantes Gerais das Polcias Militares e Corpos de Bombeiros Militares - CNCG;

Um representante da Fundao Brasileira para a Conservao da Natureza - FBCN;

Oito representantes de entidades empresariais; e

Um membro honorrio indicado pelo Plenrio;

Integram tambm o Plenrio do CONAMA, na condio de Conselheiros Convidados, sem direito a voto:

Um representante do Ministrio Pblico Federal;

Um representante dos Ministrios Pblicos Estaduais, indicado pelo Conselho Nacional dos Procuradores-Gerais de Justia; e

Um representante da Comisso de Defesa do Consumidor, Meio Ambiente e Minorias da Cmara dos Deputados.

As Cmaras Tcnicas so instncias encarregadas de desenvolver, examinar e relatar ao Plenrio as matrias de sua competncia. O Regimento Interno prev a existncia de 11 Cmaras Tcnicas, compostas por 10 Conselheiros, que elegem um Presidente, um Vice-presidente e um Relator. Os Grupos de Trabalho so criados por tempo determinado para analisar, estudar e apresentar propostas sobre matrias de sua competncia.

O CONAMA rene-se ordinariamente a cada 3 meses no Distrito Federal, podendo realizar Reunies Extraordinrias fora do Distrito Federal, sempre que convocada pelo seu Presidente, por iniciativa prpria ou a requerimento de pelo menos 2/3 dos seus membros.

da competncia do CONAMA:

Estabelecer, mediante proposta do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovveis - IBAMA, dos demais rgos integrantes do SISNAMA e de Conselheiros do CONAMA, normas e critrios para o licenciamento de atividades efetiva ou potencialmente poluidoras, a ser concedido pela Unio, pelos Estados, pelo Distrito Federal e Municpios e supervisionado pelo referido Instituto;

Determinar, quando julgar necessrio, a realizao de estudos das alternativas e das possveis consequncias ambientais de projetos pblicos ou privados, requisitando aos rgos federais, estaduais e municipais, bem como s entidades privadas, informaes, notadamente as indispensveis apreciao de Estudos Prvios de Impacto Ambiental e respectivos Relatrios, no caso de obras ou atividades de significativa degradao ambiental, em especial nas reas consideradas patrimnio nacional;

Decidir, aps o parecer do Comit de Integrao de Polticas Ambientais, em ltima instncia administrativa, em grau de recurso, mediante depsito prvio, sobre as multas e outras penalidades impostas pelo IBAMA;

Determinar, mediante representao do IBAMA, a perda ou restrio de benefcios fiscais concedidos pelo Poder Pblico, em carter geral ou condicional, e a perda ou suspenso de participao em linhas de financiamento em estabelecimentos oficiais de crdito;

Estabelecer, privativamente, normas e padres nacionais de controle da poluio causada por veculos automotores, aeronaves e embarcaes, mediante audincia dos Ministrios competentes;

Estabelecer normas, critrios e padres relativos ao controle e manuteno da qualidade do meio ambiente, com vistas ao uso racional dos recursos ambientais, principalmente os hdricos;

Estabelecer os critrios tcnicos para a declarao de reas crticas, saturadas ou em vias de saturao;

Acompanhar a implementao do Sistema Nacional de Unidades de Conservao da Natureza - SNUC conforme disposto no inciso I do art. 6 o da Lei 9.985, de 18 de julho de 2000;

Estabelecer sistemtica de monitoramento, avaliao e cumprimento das normas ambientais;

Incentivar a criao, a estruturao e o fortalecimento institucional dos Conselhos Estaduais e Municipais de Meio Ambiente e gesto de recursos ambientais e dos Comits de Bacia Hidrogrfica;

Avaliar regularmente a implementao e a execuo da poltica e normas ambientais do Pas, estabelecendo sistemas de indicadores;

Recomendar ao rgo ambiental competente a elaborao do Relatrio de Qualidade Ambiental, previsto no inciso X do art. 9 o da Lei 6.938, de 1981;

Estabelecer sistema de divulgao de seus trabalhos;

Promover a integrao dos rgos colegiados de meio ambiente;

Elaborar, aprovar e acompanhar a implementao da Agenda Nacional do Meio Ambiente, a ser proposta aos rgos e s entidades do SISNAMA, sob a forma de recomendao;

Deliberar, sob a forma de resolues, proposies, recomendaes e moes, visando o cumprimento dos objetivos da Poltica Nacional de Meio Ambiente;

Elaborar o seu regimento interno.

So atos do CONAMA: Resolues, quando se tratar de deliberao vinculada a diretrizes e normas tcnicas, critrios e padres relativos proteo ambiental e ao uso sustentvel dos recursos ambientais;

Moes, quando se tratar de manifestao, de qualquer natureza, relacionada com a temtica ambiental;

Recomendaes, quando se tratar de manifestao acerca da implementao de polticas, programas pblicos e normas com repercusso na rea ambiental, inclusive sobre os termos de parceria de que trata a Lei no 9.790, de 23 de maro de 1999;

Proposies, quando se tratar de matria ambiental a ser encaminhada ao Conselho de Governo ou s Comisses do Senado Federal e da Cmara dos Deputados;

Decises, quando se tratar de multas e outras penalidades impostas pelo IBAMA, em ltima instncia administrativa e grau de recurso, ouvido previamente o CIPAM.6.3 SisnamaSistema Nacional do Meio Ambiente o Sisnama foi instituido em 31 de agosto de 1981 pela Lei 6.938, regulamentada pelo Decreto 99.274 de 06 de junho de 1990, constituido pelos rgos e entidades da Unio, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municipios e pelas Fundaes institudas pelo poder pblico, sendo estes responsveis pela proteo e melhoria da qualidade ambiental sua estrutura formada da seguinte maneira: rgo Superior: O Conselho de Governo

rgo Consultivo e Deliberativo: O Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA rgo Central: O Ministrio do Meio Ambientel - MMA

rgo Executor: O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovveis - IBAMA

rgos Seccionais: os rgos ou entidades estaduais responsveis pela execuo de programas, projetos e pelo controle e fiscalizao de atividades capazes de provocar a degradao ambiental;

rgos Locais: os rgos ou entidades municipais, responsveis pelo controle e fiscalizao dessas atividades, nas suas respectivas jurisdies;

Sua atuao s feita mediante a opinio pblica dos rgos e entidades que o constituem suas opinies relativas as agresses ao meio ambiente e as aes de proteo ambiental, na forma estabelecida pelo CONAMA.

As medidas emanadas do SISNAMA cabem aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municpios, a elaborao de normas e padres supletivos e complementares. Os rgos seccionais devem sempre prestar informaes sobre os seus planos de ao e programas em execuo concretizadas em relatrios anuais, que sero consolidados pelo Ministrio do Meio Ambiente, com um relatrio anual sobre a situao do meio ambiente no pas, sendo publicado e submetido considerao do CONAMA.6.4 SNVS

O Sistema Nacional de Vigilncia Sanitria compreende o conjunto de aes definido pelo 1 do art. 6 e pelos arts. 15 a 18 da Lei n 8.080, de 19 de setembro de 1990, executado por instituies da Administrao Pblica direta e indireta da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios, que exeram atividades de regulao, normatizao, controle e fiscalizao na rea de vigilncia sanitria.

De acordo com a LEI N 9.782, DE 26 DE JANEIRO DE 1999 que define o Sistema Nacional de Vigilncia Sanitria compete a Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria - ANVISA, do Ministrio da Sade o papel de coordenar, com o objetivo de regulamentar e executar as aes com abrangncia nacional.

A nvel estadual esto os rgos de coordenao estadual suas regionais e os municipos, que seguem as estruturas de organizao existentes que variam nas diferentes unidades da federao. Dentro dos preceitos do SUS, que privilegia o municpio como o espao de ao das prticas de sade, a Vigilncia Sanitria deve ser descentralizada e municipalizada. Municipalizar as aes de vigilncia sanitria significa adotar uma poltica especfica com a finalidade de operacionaliz-la recorrendo-se a novas bases de financiamento, criao de equipes e demais infra-estruturas.

No Art. 2 Lei 9.782, compete Unio no mbito do Sistema Nacional de Vigilncia Sanitria:

I - definir a poltica nacional de vigilncia sanitria;

II - definir o Sistema Nacional de Vigilncia Sanitria;

III - normatizar, controlar e fiscalizar produtos, substncias e servios de interesse para a sade;

IV - exercer a vigilncia sanitria de portos, aeroportos e fronteiras, podendo essa atribuio ser supletivamente exercida pelos Estados, pelo Distrito Federal e pelos Municpios;

V - acompanhar e coordenar as aes estaduais, distrital e municipais da vigilncia sanitria;

VI - prestar cooperao tcnica e financeira aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municpios;

VII - atuar em circunstncias especiais de risco sade; e

VIII - manter sistema de informaes em vigilncia sanitria, em cooperao com os Estados, o Distrito Federal e os Municpios.

1 A competncia da Unio ser exercida:

I - pelo Ministrio da Sade, no que se refere formulao, ao acompanhamento e avaliao da poltica nacional de vigilncia sanitria e das diretrizes gerais do Sistema Nacional de Vigilncia Sanitria;

II - pela Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria, em conformidade com as atribuies que lhe so conferidas por esta Lei; e

III - pelos demais rgos e entidades do Poder Executivo Federal, cujas reas de atuao se relacionem com o sistema.

2 O Poder Executivo Federal definir a alocao, entre os seus rgos e entidades, das demais atribuies e atividades executadas pelo Sistema Nacional de Vigilncia Sanitria, no abrangidas por esta Lei.

3 Os Estados, o Distrito Federal e os Municpios fornecero, mediante convnio, as informaes solicitadas pela coordenao do Sistema Nacional de Vigilncia Sanitria.

importante ressaltar que todos esses rgos tm atribuies de normatizar, em carter complementar e harmnico e exercer a fiscalizao, no modelo de organizao do SUS.

Fica a cargo do municpio, de acordo com as suas possibilidades financeiras, recursos humanos e materiais, e segundo o quadro epidemiolgico-sanitrio existente, definir as aes que ele vai programar e as que sero compartilhadas ou complementadas pelo Estado.

Como prtica de sade do Sistema nico de Sade- SUS e por referncia ao preceito institucional de equidade, isto , princpio de igualdade, a Vigilncia Sanitria insere-se no espao social que dever abranger uma atuao sobre o que pblico e previsto indistintamente na defesa do cidado e da populao em geral.6.4.1 CVSO Cdigo Sanitrio do Estado de So Paulo(Lei 10.083/98) estabelece de maneira abrangente as atribuies da Vigilncia no tocante aos resduos slidos. Por conta disto, o Centro de Vigilncia Sanitria - CVS vem desenvolvendo instrumentos para regulamentar a Lei em suas vrias aplicaes, com nfase em normas tcnicas especficas, roteiros de inspeo e sistemas de informao. Tais iniciativas tm o propsito de dar suporte tcnico e capacitar as instncias regionais e municipais do Sistema Estadual de Vigilncia Sanitria - SEVISA, assim como informar e servir populao paulista em geral.

Os resduos slidos esto contemplados tambm na Portaria CVS 01/2007, que regulamenta a organizao, as informaes e os procedimentos administrativos do Sistema Estadual de Vigilncia Sanitria. A portaria sujeita a cadastro na Vigilncia as empresas envolvidas na coleta, tratamento e disposio de resduos, alm daquelas atividades voltadas a reciclagem ou recuperao de determinados tipos de resduos, permitindo com isto conhecer e fiscalizar com maior agilidade e eficincia tais tipos de estabelecimentos.

Entre as aes do Centro de Vigilncia Sanitria em resduos slidos, destacam-se as direcionadas aos Resduos de Servios de Sade (RSS). Eles so os gerados por servios relacionados ao atendimento sade humana ou animal, tais como hospitais, clnicas mdicas e odontolgicas, laboratrios de anlises clnicas, farmcias, drogarias, dentre muitos outros, que encerram diferentes riscos sade em razo de suas caractersticas microbiolgicas qumicas. Por sua capacidade de gerar impactos ao meio ambiente e riscos sade humana, o gerenciamento de RSS entendido como assunto afeto aos rgos de controle ambiental e Vigilncia Sanitria. Nesses ltimos anos, tem-se trabalhado a nvel nacional na convergncia de princpios e diretrizes entre os setores ambiental e de sade para regulamentao conjunta do assunto. Iniciativas recentes nesse sentido por parte da Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria - ANVISA e do Conselho Nacional de Meio Ambiente - Conama resultaram na publicao da RDC n 306/2004 e da Resoluo n 358/2005 que disciplina o assunto de maneira integrada.No Estado de So Paulo o gerenciamento de RSS foi objeto de abordagem intersecretarial em 1998, quando publicada a Resoluo Conjunta SS/SMA/SJDC-/98. Esta Resoluo merece agora ser revisada para contemplar os novos entendimentos que se tem do tema, constantes no s das resolues da ANVISA e do Conama, mas tambm da Poltica Estadual de Resduos Slidos (Lei 12.300/06).

6.4.2 O Contexto geral dos riscos associados aos resduos slidos

A Vigilncia Sanitria de resduos slidos enfrenta, hoje, dois grandes desafios. Por um lado, precisamos lidar com o crescimento, em volume e complexidade, das novas demandas que a evoluo tecnolgica cria a cada dia e, ao mesmo tempo, dar conta de problemas relativamente bem conhecidos, mas que persistem h dcadas sem soluo.

Acompanhar a rpida evoluo dos riscos sanitrios e ambientais relacionados aos resduos slidos uma grande dificuldade para todos que lidam com o tema. A gerao de resduos um fenmeno que reflete as constantes mudanas culturais, tecnolgicas e socioeconmicas, ou seja, os diversos modos de vida em constante evoluo expressos nos padres de produo e consumo das sociedades urbanas contemporneas. Infelizmente, esse fenmeno tem resultado, via de regra, no aumento da quantidade de resduos gerados, em termos absolutos e per capita, e na modificao da composio desses resduos, cada vez mais diversificada, complexa e perigosa.A rea de resduos envolve tambm problemas antigos e bem conhecidos, mas no menos difceis de solucionar. A quantidade de lixes, mantidos por entidades pblicas e privadas, as inmeras reas comprometidas por despejos clandestinos de resduos domiciliares ou industriais, a situao de degradao das vrzeas, crregos, reas de mananciais e bairros inteiros abandonados pela populao ou mal atendidos pelos servios de coleta e limpeza pblica demonstram que mesmo os procedimentos mais bsicos como manter o lixo no lixo, ou operar um aterro sanitrio, podem ser seriamente prejudicados pela falta de cuidado ou compromisso com o problema.

Desde os primeiros agrupamentos urbanos e, principalmente, nos primrdios da r