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Seminário Teológico Evangélico

Ética Cristã 2

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Seminário Teológico Evangélico

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A palavra Ética é originada do grego “ethos”, que significa modo de ser, caráter.

Através do latim “mos”(ou no plural mores), que significa costumes, derivou-se a palavra moral.

Etimologicamente "ética" e "moral" são expressões sinônimas, sendo a primeira de origem grega, enquanto a segunda é sua tradução para o latim.

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Tanto “ethos” (caráter) como “mos” (costume) indicam um tipo de comportamento propriamente humano que não é natural, o homem não nasce com ele como se fosse um instinto, mas que é “adquirido ou conquistado por hábito”.

Diz respeito a uma realidade humana que é construída histórica e socialmente a partir das relações coletivas dos seres humanos nas sociedades onde nascem e vivem.

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A ética é a ciência da moral ou dos valores e tem a ver com as normas sob as quais o indivíduo e a sociedade vivem.

Essas normas podem variar grandemente de uma cultura para outra e dependem da fonte de autoridade que lhes serve de fundamento.

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Em Filosofia, Ética significa o que é bom para o indivíduo e para a sociedade, e seu estudo contribui para estabelecer a natureza de deveres no relacionamento:

indivíduo-sociedade.

A questão geralmente considerada fundamentalmente na ética filosófica é a justificação da moralidade, isto é, se é possível ou não demonstrar que uma ação moral é racional.

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As correntes éticas filosóficas podem ser divididas em três categorias:

1. Ética Aristotélica. Derivada da "Ética de Aristóteles" enfatiza as virtudes:

Justiça, caridade e generosidadePor valorizar a harmonia entre a moralidade e a

natureza humana, concebendo a humanidade como parte da ordem natural do mundo, é

também qualificada como naturalista.

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2. Kantiana: a Deontologia .Do grego δέον, transliterado “deon”: dever, obrigação +

λόγος, “logos”: ciênciaNa filosofia moral contemporânea, é uma das teorias

normativas segundo as quais as escolhas são moralmente necessárias, proibidas ou permitidas.

Portanto inclui-se entre as teorias morais que orientam nossas escolhas sobre o que deve ser feito.

É conhecida também sob o nome de "Teoria do Dever".

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2. Kantiana: a Deontologia

Também se refere ao conjunto de princípios e regras de conduta — os deveres — inerentes a uma determinada profissão.

Assim, cada profissional está sujeito a uma deontologiaprópria a regular o exercício de sua profissão, conforme o Código de Ética de sua categoria.

São normas estabelecidas pelos próprios profissionais, tendo em vista não exatamente a qualidade moral mas a correção de suas intenções e ações, em relação a direitos, deveres ou princípios, nas relações entre a profissão e a sociedade.

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3. Utilitarismo .Seus seguidores são geralmente muito pragmáticos e de certo

modo imediatistas (contentando-se com uma moral provisória)

São menos especulativos, e raciocinam praticamente assim: O maior valor ético deve consistir em procurar o maior bem possível para o maior número possível de homens (ou “de pessoas”).

Esta formulação é útil e prática,não perde tempo em especulações que acabam atrapalhando, ou mesmo substituindo, o agir. E não há dúvidas de que no campo da moral ou da ética as palavras jamais conseguem substituir as ações.

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3. Utilitarismo .

Entretanto, o utilitarismo move-se um pouco no ar, na medida em que não define o que seria o “maior bem”.

O que se deve conseguir para o maior número possível de pessoas: mais livros ou mais manteiga?

Sobre o que seria o bem final para os homens, esta corrente geralmente não pensa muito.

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Comportamento no qual a ação parece não ser guiada por nenhum tipo de premeditação.

Admiti-se, desde o choro ou riso de um bebê, que é um resultado, imediato de algum estímulo externo, até uma atitude de um adulto que lhe seja involuntário , como o desviar de um galho de árvore que cai sobre a cabeça.

Crítica: Esse tipo de ética é incoerente.

Não podemos considerar uma reação do estímulo como sendo uma ação ética, pois não envolve decisão interior, este nível de imediatismo não faz do indivíduo um ser ético na verdadeira acepção da palavra.

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Concorda-se com algum hábito predominante, com o que a maioria das pessoas está fazendo ou querendo que elas façam.

Não questionam a razão de sua atitude.

Crítica: Não é sábio rejeitar todos os costumes, tradições e hábitos culturais, porém deve se ter convicção do que se faz e a importância de cada atitude, hábito ou costume.

Por exemplo: ir aos cultos aos domingos.

Devemos participar do culto não como um hábito social ou tradição religiosa e sim, como expressão da nossa adoração e devoção a Deus.

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É aquela cujo conceito supremo é o prazer.

O hedonista valoriza uma ação pelo prazer que essa ação proporciona ao seu ego.

O bem é definido como aquilo que dá prazer e o mal como aquilo que causa dor.

Crítica: Este tipo de ética destrona DEUS da vida humana, e torna DEUS apenas como um meio para alcançar desejos e fins egoístas.

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A Igreja é vista como um instrumento utilitário para alcançar o que se deseja: a "felicidade" do indivíduo o verdadeiro objetivo da sua vida.

A marca dos ensinos: O prazer, a ausência da dor e do sofrimento como essência da felicidade.

Infelizmente uma parte da teologia cristã atual e seus pressupostos se baseia nesse tipo de hedonismo religioso.

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Ressalta o homem como produto da natureza, produto dum processo evolutivo.

Argumenta que é mau interferir na natureza encorajando a sobrevivência dos inabilitados que ela quer eliminar (doente e fracos).

Crítica: Apoiando-se na teoria da evolução, o naturalismo é muito perigoso.

O exemplo histórico é Adolf Hitler que tentou estabelecer a supremacia da raça ariana, justificando assim a morte de mais de 6 milhões de judeus.

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O homem é a medida de todas as coisas.

Cada homem estabelece seus próprios conceitos éticos, pois tudo é relativo.

A opinião e visão de cada pessoa varia de acordo com sua perspectiva pessoal de certo e errado, bom e mal.

Todas as religiões são boas, desde que exercidas com sinceridade. Todos os caminhos levam a Deus.

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Crítica: O pluralismo religioso dos dias atuais tem motivado o homem pós-moderno a esse relativismo levando-o a se afastar cada vez mais do Deus único e verdadeiro.

Assim não importa que um creia em JESUS, outro em ALÁ, outro em BUDA, outro nos ORIXÁS, outro na REENCARNAÇÃO, o importante é ter fé em algo ou alguém.

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Quanto à sua aplicação:

1. Ética social: abrange os princípios que regem o comportamento da família e da sociedade como um todo.

2. Ética política: fala dos princípios de condução e administração do bem público nos municípios estados e federação.

3. Ética religiosa: tem a ver com os princípios que regem o comportamento espiritual do homem, pertença ele a qualquer religião.

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1. A ética cristã tem elementos distintivos em relação a outros sistemas.

2. O teólogo Emil Brunner declarou que a ética cristã é a ciência da conduta humana que se determina pela conduta divina.

3. Os fundamentos da ética cristã encontram-se nas Escrituras do Antigo e do Novo Testamento, entendidas como a revelação especial de Deus aos seres humanos.

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No contexto evangélico "ética cristã" é um somatório de princípios que formam e dão sentido à vida cristã normal.

É a marca registrada de cada crente.

É o que cada crente é, pensa e faz.

Por aquilo que o crente é e faz, evidencia sua dependência de Deus e do seu próximo.

Esta é a diferença fundamental entre "ética cristã" e "ética" como simples estudo crítico da moralidade.

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1. O caráter do homem regenerado por

Deus,nascido de novo. (2Co 5.17; Jo 3.3; Tt 3.5-6)

2. A demonstração visível do caráter do cristão

nascido de novo (Mt. 5.13-16)

Ser o sal da terra. Dar sabor, conservar, cicatrizar ou sarar

Ser a luz do mundo. Brilhar nas trevas do mundo

Ser testemunha do poder do evangelho. (I Pe 2.9-10)

É a ética do amor, da verdade, e da justiça.

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A ética cristã é uma visão superior de autoridade das Escrituras Sagradas.

A fundamentação da ética cristã encontra-se:

Nos princípios,

Nos mandamentos e

Nos propósitos divinos revelados na Bíblia Sagrada

(Jo 5.39; Mt 22.29; SI119.105; 19.7-11)

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Ressaltam-se nas Escrituras como princípios éticos morais, sociais e religiosas:

Os 10 mandamentos (Ex 20.1-17 e Dt 5)

Os profetas e seus ensinamentos, exortações e denúncias.

Os sábios como Jó, Davi, Salomão que escreveram os livros poéticos por inspiração divina, com princípios sobre a vida, o sofrimento, os relacionamentos humanos, sociais e políticos, vida religiosa, temor a Deus, etc.

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Os Evangelhos com os ensinos do Senhor Jesus Cristo.

Os escritos apostólicos com ensinamentos para vida cristã individual e vida comunitária da igreja, e doutrinas básicas da fé cristã

Queda, pecado, regeneração, justificação, adoção, ressurreição, juízo divino, a vontade de Deus, família, estado, trabalho etc.

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O Hierarquismo sustenta um arranjo ou

ordem hierárquica das normas éticas,

subtendendo uma pirâmide de valores

normativos de inferior à superior.

Superior

Médio

Inferior

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As escrituras realmente apresentam uma

hierarquia de valores morais.

Jesus referiu-se a alguns pecados como

sendo maiores que outros.

Ele disse a Pilatos em Jo 19.11:

“Por isso quem me entregou a ti,

maior pecado tem."

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Mt 22.34-40 - Qual é o maior mandamento?

" E Jesus disse-lhe: Amarás ao Senhor teu Deus de todo teu coração, e de toda a tua alma e de todo teu pensamento. Este é o primeiro e grande mandamento. E o segundo, semelhante a este é: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo.“

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O Senhor Jesus Cristo hierarquizou os mandamentos não dizendo qual era o único

mandamento, mas qual era o primeiro mandamento quanto à sua importância.

Amar ao Senhor

Amar ao Próximo

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O exemplo de Pedro e João: Atos 4:13-22.

Obedecer a Deus

Obedecer aos

Homens