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  • TICA

    MDULO I AULA 01

  • ESTATUTO DA OAB LEI N. 8096/94 E CDIGO DE TICA E DISCIPLINA DA OAB

    O estatuto lei federal ordinria, discutida no Congresso Nacional e sancionada pelo Poder Executivo Federal (equipara-se aos Cdigos Civil, Penal, Processo Civil, Processo Civil).

    Mais abrangente que o Cdigo

  • ESTATUTO DA OAB LEI N. 8096/94 E CDIGO DE TICA E DISCIPLINA DA OAB

    O cdigo de tica e disciplina mero ato administrativo de competncia do Conselho Federal da OAB carter eminentemente deontolgico (voltado para os deveres do profissional).

    Relaes entre advogado e cliente; publicidade

    66 artigos

  • CDIGO DE TICA E DISCIPLINA - DAS REGRAS DEONTOLGICAS FUNDAMENTAIS

    Art. 1 . O exerccio da advocacia exige conduta compatvel com os preceitos deste Cdigo, do Estatuto, do Regulamento Geral, dos Provimentos e com os demais princpios da moral individual, social e profissional.

    MORAL

  • CDIGO DE TICA E DISCIPLINA - DAS REGRAS DEONTOLGICAS FUNDAMENTAIS

    O vocbulo moral algumas vezes utilizado como sinnimo de tica

    Mais frequentemente utilizado para designar cdigos, condutas e costumes de indivduos ou de grupos (moral de uma pessoa ou de um povo)

    tica palavra de origem grega Moral tem origem latina

  • CDIGO DE TICA E DISCIPLINA - DAS REGRAS DEONTOLGICAS FUNDAMENTAIS

    O adjetivo moral tem, dois significados correspondentes aos do substantivo moral:

    1 atinente doutrina tica, 2 atinente conduta e, portanto,suscetvel de

    avaliao M., especialmente de avaliao M. positiva.

    Assim, no s se fala de atitude M. para indicar uma atitude moralmente valorvel, mas tambm coisas positivamente valorveis, ou seja, boas. (Abbagnano, Nicola)

  • CDIGO DE TICA E DISCIPLINA - DAS REGRAS DEONTOLGICAS FUNDAMENTAIS

    mos ou mores -> costumes, carter ou gnero da vida

    Substantivo: 1) a moral (grafado com minscula) e precedido do artigo definido refere-se ao conjunto de princpios, preceitos, comandos, proibies, normas de conduta, valores e ideais de vida boa que, em seu conjunto, constitudo por um grupo humano concreto em uma determinada poca histrica.

  • CDIGO DE TICA E DISCIPLINA - DAS REGRAS DEONTOLGICAS FUNDAMENTAIS

    2) Quando a palavra moral usada para fazer referncia ao cdigo pessoal de algum (fulano possui uma moral muito rgida ou beltrano carece de moral), estamos falando de um cdigo moral que guia os atos de uma pessoa concreta ao longo de sua vida.

    o conjunto de convices e pautas de conduta que costuma constituir a base para os juzos morais que cada um faz das outras pessoas e de si mesmo.

  • CDIGO DE TICA E DISCIPLINA - DAS REGRAS DEONTOLGICAS FUNDAMENTAIS

    3) O termo moral com maiscula (Moral) usado para referir-se a uma cincia que trata do bem em geral, das aes humanas arcadas pela bondade ou pela malcia. (Martins Filho)

    A rigor, esta cincia no existe. O que existe uma variedade de doutrinas como, por exemplo, a moral catlica, protestante, islmica, budista, marxista, etc.

  • CDIGO DE TICA E DISCIPLINA - DAS REGRAS DEONTOLGICAS FUNDAMENTAIS

    4) Quando a palavra moral se refere a expresses que a utilizam no masculino, tais como ter o moral elevado ou estar com o moral alto e outras semelhantes, a moral torna-se sinnimo de boa disposio do esprito, ter fora, coragem suficiente para enfrentar com dignidade os desafios que a vida nos apresenta. Essa acepo tem um profundo significado filosfico, pois a moral no apenas um saber, nem um dever, mas sobretudo uma atitude e um carter

  • CDIGO DE TICA E DISCIPLINA - DAS REGRAS DEONTOLGICAS FUNDAMENTAIS

    Dicionrio Houaiss: Moral denota bons costumes, boa conduta, segundo

    os preceitos socialmente estabelecidos pela sociedade ou por determinado grupo social. Cada um dos sistemas de leis e valores estudados pela tica (disciplina autnoma da filosofia), caracterizados por organizarem a vida das mltiplas comunidades humanas, diferenciando e definindo comportamentos proscritos, desaconselhados, permitidos ou ideais.

  • CDIGO DE TICA E DISCIPLINA - DAS REGRAS DEONTOLGICAS FUNDAMENTAIS

    Observa-se que o segundo conceito menciona que o sistema de leis (referindo-se a regras ou normas sociais) e valores so estudados pela tica.

    Da a diferena entre os dois termos. A tica significa Cincia da moral, quer

    dizer, tica seria a construo intelectual, organizada pela mente humana sobre a moral. Esta seria, pois, o seu objeto (G Coimbra)

  • CDIGO DE TICA E DISCIPLINA - DAS REGRAS DEONTOLGICAS FUNDAMENTAIS

    Poder-se-ia dizer que a moral a matria prima da tica

    Concluso:

    Entende-se por moral um sistema de normas, princpios e valores, segundo o qual so regulamentadas as relaes mtuas entre os indivduos e entre estes com a comunidade, de tal forma que estas normas, dotadas de carter histrico e social, sejam acatadas de forma livre e conscientemente, por convico ntima, e no por imposio externa e impessoal.

    A tica, por sua parte, no cumpre tarefa de fixar normas, mas conhec-las, investig-las e elucid-las. (G Korte)

  • CDIGO DE TICA E DISCIPLINA - DAS REGRAS DEONTOLGICAS FUNDAMENTAIS

    Art. 2 O advogado, indispensvel administrao da Justia, defensor do Estado democrtico de direito, da cidadania, da moralidade pblica, da Justia e da paz social, subordinando a atividade do seu Ministrio Privado elevada funo pblica que exerce.

  • CDIGO DE TICA E DISCIPLINA - DAS REGRAS DEONTOLGICAS FUNDAMENTAIS

    Constituio Federal/88:

    Art. 133 - O advogado indispensvel administrao da justia, sendo inviolvel por seus atos e manifestaes no exerccio da profisso, nos limites da lei.

  • CDIGO DE TICA E DISCIPLINA - DAS REGRAS DEONTOLGICAS FUNDAMENTAIS

    Art 2. - Pargrafo nico. So deveres do advogado:

    I preservar, em sua conduta, a honra, a nobreza e a dignidade da profisso, zelando

    pelo seu carter de essencialidade e indispensabilidade;

    II atuar com destemor, independncia, honestidade, decoro, veracidade, lealdade, dignidade e boa-f;

  • CDIGO DE TICA E DISCIPLINA - DAS REGRAS DEONTOLGICAS FUNDAMENTAIS

    III velar por sua reputao pessoal e profissional;

    IV empenhar-se, permanentemente, em seu aperfeioamento pessoal e profissional;

    V contribuir para o aprimoramento das instituies, do Direito e das leis;

  • CDIGO DE TICA E DISCIPLINA - DAS REGRAS DEONTOLGICAS FUNDAMENTAIS

    VI estimular a conciliao entre os litigantes, prevenindo, sempre que possvel, a instaurao de litgios;

    VII aconselhar o cliente a no ingressar em aventura judicial;

  • CDIGO DE TICA E DISCIPLINA - DAS REGRAS DEONTOLGICAS FUNDAMENTAIS

    VIII abster-se de: a) utilizar de influncia indevida, em seu benefcio ou

    do cliente; b) patrocinar interesses ligados a outras atividades

    estranhas advocacia, em que tambm atue; c) vincular o seu nome a empreendimentos de cunho

    manifestamente duvidoso; d) emprestar concurso aos que atentem contra a tica,

    a moral, a honestidade e a dignidade da pessoa humana;

    e) entender-se diretamente com a parte adversa que tenha patrono constitudo, sem o assentimento deste.

  • CDIGO DE TICA E DISCIPLINA - DAS REGRAS DEONTOLGICAS FUNDAMENTAIS

    IX pugnar pela soluo dos problemas da cidadania e pela efetivao dos seus direitos individuais, coletivos e difusos, no mbito da comunidade.

    Art. 3 O advogado deve ter conscincia de que o Direito um meio de mitigar as desigualdades para o encontro de solues justas e que a lei um instrumento para garantir a igualdade de todos.

  • CDIGO DE TICA E DISCIPLINA - DAS REGRAS DEONTOLGICAS FUNDAMENTAIS

    CDIGO DE PROCESSO CIVIL

    Art. 14. So deveres das partes e de todos aqueles que de qualquer forma participam do processo:

    I - expor os fatos em juzo conforme a verdade; II - proceder com lealdade e boa-f; III - no formular pretenses, nem alegar defesa, cientes de que

    so destitudas de fundamento; IV - no produzir provas, nem praticar atos inteis ou

    desnecessrios declarao ou defesa do direito. V - cumprir com exatido os provimentos mandamentais e no

    criar embaraos efetivao de provimentos judiciais, de natureza antecipatria ou final.

  • CDIGO DE TICA E DISCIPLINA - DAS REGRAS DEONTOLGICAS FUNDAMENTAIS

    Art. 15. defeso s partes e seus advogados empregar expresses injuriosas nos escritos apresentados no processo, cabendo ao juiz, de ofcio ou a requerimento do ofendido, mandar risc-las.

    Pargrafo nico. Quando as expresses injuriosas forem proferidas em defesa oral, o juiz advertir o advogado que no as use, sob pena de Ihe ser cassada a palavra.

  • CDIGO DE TICA E DISCIPLINA - DAS REGRAS DEONTOLGICAS FUNDAMENTAIS

    (Dano processual)

    Art. 17. Reputa-se litigante de m-f aquele que: I - deduzir pretenso ou defesa contra texto expresso de lei ou

    fato incontroverso; II - alterar a verdade dos fatos; III - usar do processo para conseguir objetivo ilegal; IV - opuser resistncia injustificada ao andamento do processo; V - proceder de modo temerrio em qualquer incidente ou ato do

    processo; Vl - provocar incidentes manifestamente infundados. VII - interpuser recurso com intuito manifestamente protelatrio.

  • TICA

    MDULO I AULA 02

  • ESTATUTO DA OAB LEI N. 8096/94 E CDIGO DE TICA E DISCIPLINA DA OAB

    CDIGO DE TICA "A boa natureza dos animais a fora do

    corpo; a dos homens, a excelncia do carter." - Demcrito

  • ESTATUTO DA OAB LEI N. 8096/94 E CDIGO DE TICA E DISCIPLINA DA OAB

    importante lembrar que tica se refere tanto aos advogados l iberais ou empregados de sociedades de advogados, quanto aos pblicos.(Procuradores em geral...) conjunto de deveres comuns: lealdade, probidade, moderao e dignidade.

  • CDIGO DE TICA E DISCIPLINA

    o advogado mensage i ro e

    representante jurdico da vontade dos cidados representa, aconselha e assessora, previne

  • CDIGO DE TICA E DISCIPLINA

    Lei e Justia Mnus pblico de conferir populao

    acesso aos seus prprios direitos - acesso justia (CF)

  • CDIGO DE TICA E DISCIPLINA

    EOAB: Art. 2 O advogado indispensvel

    administrao da justia. 1 No seu ministrio privado, o advogado

    presta servio pblico e exerce funo social.

  • CDIGO DE TICA E DISCIPLINA

    EOAB: Art. 6 No h hierarquia nem subordinao entre advogados, magistrados e membros do Ministrio Pblico, devendo todos tratar-se com considerao e respeito recprocos.

    Pargrafo nico. As autoridades, os servidores pblicos e os serventurios da justia devem dispensar ao advogado, no exerccio da profisso, tratamento compatvel com a dignidade da advocacia e condies adequadas a seu desempenho.

  • CDIGO DE TICA E DISCIPLINA

    acima dos interesses pessoais, existe o interesse geral da sociedade em torno da causa da justia

    cnones do julgamento: imparcialidade,

    legalidade, regularidade formal

  • CDIGO DE TICA E DISCIPLINA

    atividade pblica de postulao e atividade privada de representao da no se poder admitir ser o advogado simplesmente um mandatrio

  • CDIGO DE TICA E DISCIPLINA

    EOAB: Art. 7 So direitos do advogado: I - exercer, com liberdade, a profisso em todo o

    territrio nacional; ...

  • CDIGO DE TICA E DISCIPLINA

    procurao ad judicia ou ad negotia defesa do exerccio e da autonomia da profisso

    a defesa da prpria possibilidade da democracia e do Estado Democrtico de Direito

    compromisso com a cidadania e com a efetivao dos direitos individuais, coletivos e difusos previstos na CF/88

  • CDIGO DE TICA E DISCIPLINA

    Art. 4. O advogado vinculado ao cliente ou constituinte, mediante relao empregatcia ou por contrato de prestao permanente de servios, integrante de departamento jurdico, ou rgo de assessoria jurdica, pblico ou privado, deve zelar pela sua liberdade e independncia.

    Pargrafo nico. legtima a recusa, pelo advogado, do patrocnio de pretenso concernente a lei ou direito que tambm lhe seja aplicvel, ou contrarie expressa orientao sua, manifestada anteriormente.

  • CDIGO DE TICA E DISCIPLINA

    LIBERDADE E INDEPENDNCIA DO ADVOGADO - liberdade moral (art. 7, I, EAOB - exercer com liberdade a profisso em todo o territrio nacional)

    Recusa legtima

  • CDIGO DE TICA E DISCIPLINA

    Art. 5. O exerccio da advocacia incompatvel c o m q u a l q u e r p r o c e d i m e n t o d e mercantilizao.

    Art. 6. defeso ao advogado expor os fatos em Juzo falseando deliberadamente a verdade ou estribando-se na m-f.

    Art. 7. vedado o oferecimento de servios profissionais que impliquem, direta ou indiretamente, inculcao ou captao de clientela.

  • CDIGO DE TICA E DISCIPLINA

    CAPTULO II DAS RELAES COM O CLIENTE Art. 8. O advogado deve informar o cliente, de

    forma clara e inequvoca, quanto a eventuais riscos da sua pretenso, e das consequncias que podero advir da demanda.

    informar sobre riscos e consequncias

  • CDIGO DE TICA E DISCIPLINA

    Art. 9. A concluso ou desistncia da causa, com ou sem a extino do mandato, obriga o advogado devoluo de bens, valores e documentos recebidos no exerccio do mandato, e pormenorizada prestao de contas, no excluindo outras prestaes solicitadas, pelo cliente, a qualquer momento. devoluo de bens, valores e documentos e

    prestao de contas

  • CDIGO DE TICA E DISCIPLINA

    Art. 10. Concluda a causa ou arquivado o processo, presumem-se o cumprimento e a cessao do mandato.

    Art. 11. O advogado no deve aceitar procurao de quem j tenha patrono constitudo, sem prvio conhecimento deste, salvo por motivo justo ou para adoo de medidas judiciais urgentes e inadiveis.

  • CDIGO DE TICA E DISCIPLINA

    Art. 12. O advogado no deve deixar ao abandono ou ao desamparo os feitos, sem motivo justo e comprovada cincia do constituinte.

    Art. 13. A renncia ao patrocnio implica omisso do motivo e a continuidade da responsabilidade profissional do advogado ou escritrio de advocacia, durante o prazo estabelecido em lei; no exclui, todavia, a responsabilidade pelos danos causados dolosa ou culposamente aos clientes ou a terceiros.

  • TICA

    MDULO I AULA 03

  • ESTATUTO DA OAB LEI N. 8096/94 E CDIGO DE TICA E DISCIPLINA DA OAB

    Art. 14. A revogao do mandato judicial por vontade do cliente no o desobriga do pagamento das verbas honorrias contratadas, bem como no retira o direito do advogado de receber o quanto lhe seja devido em eventual verba honorria de sucumbncia, calculada proporcionalmente, em face do servio efetivamente prestado.

  • ESTATUTO DA OAB LEI N. 8096/94 E CDIGO DE TICA E DISCIPLINA DA OAB

    Art. 15. O mandato judicial ou extrajudicial deve ser outorgado individualmente aos advogados que integrem sociedade de que faam parte, e ser exercido no interesse do cliente, respeitada a liberdade de defesa.

    Art. 16. O mandato judicial ou extrajudicial no se extingue pelo decurso de tempo, desde que permanea a confiana recproca entre o outorgante e o seu patrono no interesse da causa.

  • CDIGO DE TICA E DISCIPLINA

    Art. 17. Os advogados integrantes da mesma sociedade profissional, ou reunidos em carter permanente para cooperao recproca, no podem representar em juzo clientes com interesses opostos.

    Art. 18. Sobrevindo conflitos de interesse entre seus constituintes, e no estando acordes os interessados, com a devida prudncia e discernimento, optar o advogado por um dos mandatos, renunciando aos demais, resguardado o sigilo profissional.

  • CDIGO DE TICA E DISCIPLINA

    Art. 19. O advogado, ao postular em nome de terceiros, contra ex-cliente ou ex-empregador, judicial e extrajudicialmente, deve resguardar o segredo profissional e as informaes reservadas ou privilegiadas que lhe tenham sido confiadas.

  • CDIGO DE TICA E DISCIPLINA

    Art. 20. O advogado deve abster-se de patrocinar causa contrria tica, moral ou validade de ato jurdico em que tenha colaborado, orientado ou conhecido em consulta; da mesma forma, deve declinar seu impedimento tico quando tenha sido convidado pela outra parte, se esta lhe houver revelado segredos ou obtido seu parecer.

    Art. 21. direito e dever do advogado assumir a defesa criminal, sem considerar sua prpria opinio sobre a culpa do acusado.

  • CDIGO DE TICA E DISCIPLINA

    Art. 22. O advogado no obrigado a aceitar a imposio de seu cliente que pretenda ver com ele atuando outros advogados, nem aceitar a indicao de outro profissional para com ele trabalhar no processo.

    Art. 23. defeso ao advogado funcionar no mesmo processo, simultaneamente, como patrono e preposto do empregador ou cliente.

  • CDIGO DE TICA E DISCIPLINA

    Art. 24. O substabelecimento do mandato, com reserva de poderes, ato pessoal do advogado da causa.

    1 O substabelecimento do mandato sem reservas de poderes exige o prvio e inequvoco conhecimento do cliente.

    2 O substabelecido com reserva de poderes deve ajustar antecipadamente seus honorrios com o substabelecente.

  • CDIGO DE TICA E DISCIPLINA

    CAPTULO III DO SIGILO PROFISSIONAL1 Art. 25. O sigilo profissional inerente profisso,

    impondo-se o seu respeito, salvo grave ameaa ao direito vida, honra, ou quando o advogado se veja afrontado pelo prprio cliente e, em defesa prpria, tenha que revelar segredo, porm sempre restrito ao interesse da causa.

  • CDIGO DE TICA E DISCIPLINA

    Art. 26. O advogado deve guardar sigilo, mesmo em depoimento judicial, sobre o que saiba em razo de seu ofcio, cabendo-lhe recusar-se a depor como testemunha em processo no qual funcionou ou deva funcionar, ou sobre fato relacionado com pessoa de quem seja ou tenha sido advogado, mesmo que autorizado ou solicitado pelo constituinte.

  • CDIGO DE TICA E DISCIPLINA

    Art. 27. As confidncias feitas ao advogado pelo cliente podem ser utilizadas nos limites da necessidade da defesa, desde que autorizado aquele pelo constituinte.

    Pargrafo nico. Presumem-se confidenciais as comunicaes epistolares entre advogado e cliente, as quais no podem ser reveladas a terceiros

  • Testes

    1) Considerando o disposto no Estatuto da Advocacia e da OAB e no Cdigo de tica e Disciplina da OAB, assinale a opo correta.

    a) A lei prev, expressamente, o termo prescricional para a ao de prestao de contas pelas quantias que o advogado recebe de seu cliente ou de terceiros por conta deste.

    b) De acordo com o Cdigo de tica, o advogado deve recusar-se a depor como testemunha em processo no qual tenha atuado, salvo quando autorizado pelo cliente.

    c) Os prazos recursais no processo disciplinar seguem as disposies do CPP.

    d) Em nenhuma hiptese, o Cdigo de tica permite a participao de advogado em bens particulares de clientes comprovadamente sem condies pecunirias.

  • Testes

    2) CESPE/UnB, Junho de 2010 2) Jlio e Lauro constituram o mesmo advogado para, juntos, ajuizarem ao de interesse comum. No curso do processo, sobrevieram conflitos de interesse entre os constituintes, tendo Jlio deixado de concordar com Lauro com relao aos pedidos. Nessa situao hipottica, deve o advogado

    a) optar, com prudncia e discernimento, por um dos mandatos, e renunciar ao outro, resguardando o sigilo profissional.

    b) manter com os constituintes contrato de prestao de servios jurdicos no interesse da causa, resguardando o sigilo profissional.

    c) assumir, com a cautela que lhe peculiar, o patrocnio de ambos, em aes individuais.

    d) designar, com prudncia e cautela, por substabelecimento com reservas, um advogado de sua confiana.

  • Testes

    3) Mrio, advogado regularmente inscrito na OAB, foi condenado pela prtica de crime hediondo e, aps a sentena penal transitada em julgado, respondeu a processo disciplinar, tendo sofrido, como consequncia, penalidade de excluso da Ordem. Considerando a situao hipottica apresentada e o Estatuto da Advocacia e da OAB, assinale a opo correta.

    a) Ainda que se reabilite criminalmente, Mrio no poder mais se inscrever na OAB, visto que no preenche o requisito de idoneidade moral.

    b) Sero considerados inexistentes os atos privativos de advogado praticados por Mrio aps a excluso, dado o impedimento do exerccio do mandato em razo da sano disciplinar aplicada.

    c) A penalidade de excluso somente poderia ter sido aplicada caso Mrio tivesse recebido trs suspenses.

    d) Supondo-se que o processo disciplinar tenha ficado paralisado por mais de trs anos, aguardando o julgamento, a pretenso punibilidade de Mrio estaria prescrita e ele no poderia ser excludo da Ordem.

  • TESTES 4) Renato, advogado em incio de carreira, contactado para

    defender os interesses de Rodrigo que est detido em cadeia pblica. Dirige-se ao local onde seu cliente est retido e busca informaes sobre sua situao, recebendo como resposta do servidor pblico que estava de planto que os autos do inqurito estariam conclusos com a autoridade policial e, por isso, indisponveis para consulta e que deveria o advogado retornar quando a autoridade tivesse liberado os autos para realizao de diligncias. luz das normas aplicveis,

    a) o advogado, diante do seu dever de urbanidade, deve aguardar os atos cabveis da autoridade policial.

    b) o acesso aos autos, no caso, depende de procurao e de prvia autorizao da autoridade policial.

    c) no caso de ru preso, somente com autorizao do juiz pode o advogado acessar os autos do inqurito policial.

    d) o acesso aos autos de inqurito policial direito do advogado, mesmo sem procurao ou conclusos autoridade policial.

  • TESTES

    5) Mauro, advogado com larga experincia profissional, resolve contratar com emissora de televiso, um novo programa, includo na grade normal de horrios da empresa, cujo titulo o Advogado na TV, com o ?to de proporcionar informaes sobre a carreira, os seus percalos, suas angstias, alegrias e comprovar a possibilidade de sucesso profissional. No curso do programa, inclui referncia s causas ganhas, bem como quelas ainda em curso e que podem ter repercusso no meio jurdico, todas essas vinculadas ao seu escritrio de advocacia. Consoante as normas aplicveis, correto armar que:

    a) a participao em programa televisivo est vedada aos advogados. b) a publicidade, como narrada, compatvel com as normas do Cdigo

    de tica. c) o advogado, no caso, deveria se limitar ao aspecto educacional e

    instrutivo da atividade profissional. d) programas televisivos so franqueados aos advogados, inclusive para

    realizar propaganda dos seus escritrios.

  • Testes

    6) Michel, Philippe e Lgia, bacharis em Direito recm-formados e colegas de bancos universitrios, comprometem-se a empreender a atividade advocatcia de forma conjunta logo aps a aprovao no Exame de Ordem. Para gudio dos bacharis, todos so aprovados no certame e obtm sua inscrio no Quadro de Advogados da OAB. Assim, alugam sala compatvel em local prximo ao prdio do Frum do municpio onde pretendem exercer sua nobre funo. De incio, as causas so individuais, por indicao de amigos e parentes. Logo, no entanto, diante do sucesso profissional alcanado, so contactados por sociedades empresrias ansiosas pela prestao de servios profissionais advocatcios de qualidade. Uma exigncia, no entanto, realizada: a prestao deve ocorrer por meio de sociedade de advogados. No concernente ao tema, luz das normas aplicveis

    a) a sociedade de advogados de natureza empresarial. b) os advogados scios da sociedade de advogados respondem limitadamente por

    danos causados aos clientes. c) o registro da sociedade de advogados realizado no Conselho Seccional da

    OAB onde a mesma mantiver sede. d) no possvel associao com advogados, sem vnculo de emprego, para

    participao nos resultados.

  • Testes

    7) No concernente Sociedade de Advogados, correto afirmar, luz do Estatuto e do Cdigo de tica e Disciplina da OAB, que

    a) pode se organizar de forma mercantil, com registro na Junta Comercial.

    b) est vinculada s regras de tica e disciplina dos advogados.

    c) seus scios esto imunes ao controle disciplinar da OAB. d) seus componentes podem, isoladamente, representar

    clientes com interesses conflitantes.