ETICS – Revestimento Exterior Delgado sobre Isolante Térmico

Revestimentos e Acabamentos

Objectivo do IsolamentoDe forma a aumentar a eficiência foi implementado pelo Estado

Português o Sistema Nacional de Certificação Energética e da

Qualidade do Ar Interior e Edifícios (SCE) - obrigatório Emitir

certificado energético

Como tal é fundamental minimizar as trocas de calor com o

exterior através das paredes de fachada, de forma a responder

com eficácia às crescentes

exigências do comportamento

Térmico das fachadas desenvolveu-se

um novo sistema baseado na

aplicação do isolamento térmico de

diversos modos na fachada

chegando ao isolamento pelo exterior

Evolução Histórica

Evolução Histórica

Surgiu na Suécia (anos 40), o primeiro sistema de isolamento térmico

aplicado pelo exterior;

Constituição inicial de lã mineral revestida com reboco de cimento/cal;

Nos finais dos anos 50, na Alemanha, já usava-se EPS;

Com o aumento do petróleo, anos 70, o sistema tem sido utilizado em

países como a Sibéria e Arábia Saudita;

Nos dias de hoje a Alemanha tem 60% das construções com este

sistema de isolamento;

Em Portugal, com o aparecimento do novo regulamento RCCTE, a

aplicação do sistema tende a aumentar.

Materiais Cola é uma argamassa de ligante misto, fornecida em pó

ou em pasta;

Isolamento pode ser:

EPS – Fácil manuseamento, baixa absorção de água, combustível;

Lã de Rocha – Bom isolante acústico, incombustível, resistente à água, produto inerte;

Cortiça - Bom isolante acústico, produto natural, , combustível, durabilidade ilimitada, resistência à compressão, coesão e corte;

Materiais Armadura, em fibra de vidro, reforçadas (com

maior espessura) ou normais, com tratamento

anti-alcalino.

A camada de base consiste num reboco com alguns milímetros

de espessura, idêntico ao produto de colagem.

O Primário é uma solução aquosa à base de resinas, compatível

com a alcalinidade da camada de base;

Revestimento final, em cor clara, que contribui para a protecção

do sistema contra agentes climáticos.

Materiais Fixação mecânica do isolamento através de

buchas/cavilhas utilizada quando a cola não garante fixação eficaz.

Fixação mecânica do isolamento através de perfis.

Acessórios para reforços de pontos singulares.

Recomendações de ProjectoANÁLISE PRÉVIA

Área de fachada a revestir, atendendo à sua acessibilidade;

Características do suporte;

Dimensão e forma dos vãos e dos peitoris;

Características dos dispositivos de oclusão e forma de fixação;

Localização e forma de fixação das tubagens da rede de drenagem de

águas pluviais;

Grelhas de ventilação;

Terraços e varandas;

Juntas de dilatação;

Instalação eléctrica;

Tipo de cobertura e configuração do seu contorno;

Identificação de todos os outros elementos a fixar na fachada.

Recomendações de ProjectoLIMITE INFERIOR DO SISTEMA Protecção do sistema a infiltrações ou impactos no sistema, com

consequente degradação. Existem diferentes soluções construtivas possíveis, dependendo do grau de

exposição expectável e do efeito estético desejado.

LIMITE SUPERIOR DO SISTEMA Evitar infiltrações no sistema, escorrências ou desenvolvimento de fungos

na superfície do revestimento. Pormenorizar elementos, como sejam platibandas e beirados dos edifícios.

CONSOLAS E PEITORIS Estes elementos, quando devidamente especificados, minimizam a

ocorrência de escorrências na fachada. Em obras de reabilitação, seleccionar elementos pré-fabricados para a

substituição dos peitoris existentes. Juntas e Ligações com outros sistemas de revestimento As juntas estruturais deverão ser acompanhadas pelo sistema, devendo

para tal ser prescrito um elemento prefabricado, incorporado após a fixação das placas de isolamento. Nas ligações com outros sistemas, dever-se-á prever dessolidarização do sistema.

Pormenores

Pormenores

Pormenores

Pormenores

Pormenores

Pormenores

Pormenores

Pormenores

Suportes Edifícios Novos:

Eliminação do descofrante;

Aplicação de reboco nivelante;

Edifícios Existentes

Remoção do reboco degradado;

Não aplicar em caso de fissuras existentes activas e

capilaridade ascendente;

Verificar a aderência;

Eliminação de sujidades;

Em caso de ser em tijolo à vista ou pedra assegurar a sua

consistência e alinhamento.

Condições de Aplicação

Temperaturas entre os 5ºC e os 30ºC;

Não aplicar em caso de chuva, ventos e sol

fortes;

Não aplicar em suporte gelados ou em risco de

gelar em 24H.

Poderão ser utilizados andaimes cobertos, para

proteger a aplicação;

HomologaçãoRequisitos Essenciais

ER1 – Resistência mecânica e estabilidade

ER2 – Segurança contra incêndios

ER3 – Higiene, saúde e ambiente

ER4 – Segurança na utilização

ER5 – Protecção contra o ruído

ER6 – Economia de energia e retenção de calor

Todos os Requisitos Essenciais mencionados acima

deverão ser satisfeitos durante a vida útil do sistema e

para as acções a que estará sujeito.

Principais Verificações e Ensaios

Estabilidade ao vento

Ensaio higrotérmico

Resistência aos choques

Aderência

Reacção ao fogo

Capilaridade

Permeabilidade ao vapor de água

Exigências FuncionaisHabitabilidade:

Estanquidade à água (protecção contra chuva)

Condensações internas

Isolamento térmico (condutibilidade térmica do isolamento).

Segurança:

Peso próprio

Acções climáticas extremas (vento)

Acções correspondentes à utilização normal (choque)

Segurança em caso de incêndio.

Exigências FuncionaisDurabilidade:

Intrínseca dos materiais constituintes;

Do sistema de isolamento térmico

Acção do colar e do frio;

Constância de qualidade e controlos de qualidade

Comportamento perante as acções mecânicas decorrentes da utilização normal

Comportamento face aos movimentos da construção. Outras:

Planeza e aspecto

Fixação de objecto

Manutenção

Facilidade de aplicação

Exigências Funcionais Condições Higrotérmicas;

Fixação do Sistema em Função do Tipo de Suporte;

Sistema Alvenaria / Isolante;

Função das Condições Ambientais;

Exposição ao vento;

Exposição à precipitação;

Exposição aos choques e à degradação;

Revestimento

Manutenção Limpeza por lavagem;

Eliminação de microorganismos;

Renovação por pintura;

Reparação Quando a área degradada não ultrapassa os 2 cm2, a reparação consiste em

preencher o vazio com produto idêntico ao utilizado na camada de acabamento ;

Superfícies de maior dimensão implica a substituição do sistema na zona afectada;

• Delimitar uma superfície rectangular ou quadrada, que envolva a parte degradada;

• Cortar o reboco e o isolamento térmico e remover todas as camadas do sistema até

ao suporte;

Reparação Limpar o suporte e eliminar todos os resíduos de cola; A partir dos cantos da área a tratar, fazer cortes a 45º no reboco da zona envolvente, de forma a libertar a armadura até uma distância de 10 cm; Remover o reboco aderente à armadura; Recortar uma placa de isolamento com dimensão idêntica à da zona a tratar e aplicá-la com uma cola idêntica à utilizada para fixação do sistema; Após secagem da cola, preparar um enxerto de armadura cujas dimensões sejam superiores em 5 cm à área de sistema a refazer; Aplicar a primeira camada de reboco e colar o enxerto de armadura; De seguida dobrar a armadura libertada na zona envolvente sobre o enxerto; Aplicar a segunda camada de reboco de forma a revestir totalmente as armaduras; Após secagem aplicar o primário e o revestimento final.

Estudo Efectuado

Realizadas várias inspecções a sistemas ETICS na Europa Central;

E investigações em zonas climáticas adversas, onde caso o sistema funcione, funcionará nas outras zonas do país;

3 Classificações:

Praticamente sem defeitos. (Sem defeitos visíveis. Pequenas fendas dificilmente visíveis a uma distância normal estão aqui agrupadas);

Defeitos menores (Pequenas fendas, por exemplo, começando nos cantos das janelas, fendas mais longas ou isoladas ao longo das juntas de isolamento, difíceis de notar, só visíveis através de um exame mais de perto);

Defeitos maiores (Fendas mais longas e frequentes na maior parte das juntas de isolamento, bolhas ou descamação das camadas claramente visíveis).

Estudo Efectuado A idade de ETICS investigada varia entre 18 e 35 anos;

Na maioria dos casos os ETICS foram usados em Reabilitação;

Todos os ETICS com mais de 20 anos foram reparados ;

ETICS são muito menos susceptível a danos devidos a deformações do que as fachadas tradicionais;

Obteve-se um valor mediano de aproximadamente 20 anos para a frequência da reparação dos ETICS inspeccionados;

A maior susceptibilidade do ETICS é o crescimento microbiano devido à chuva ou condensação nocturna pode obviamente ser compensada por aditivos apropriados na camada protectora;

Os custos e a frequência da manutenção do ETICS são equivalentes ao da alvenaria convencional;

O mesmo acontece com a durabilidade e esperança de vida que é geralmente estimada no mínimo em 60 anos para as paredes de alvenaria;

O comportamento favorável a longo prazo, uma excelente protecção contra a chuva e uma protecção térmica alta são as razões porque o ETICS se tornou tão popular na Europa central. Actualmente mais de 30 milhões de metros quadrados de ETICS são instalados na Alemanha todos os anos.

FIM