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COMISSÃO EUROPEIA

Bruxelas, XXX […](2012) XXX draft

COMUNICAÇÃO DA COMISSÃO

Documento dos serviços da DG Concorrência contendo o projeto das orientações relativas aos auxílios com finalidade regional para o período 2014-2020

(Texto relevante para efeitos do EEE)

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Índice

Introdução..................................................................................................................................2

1. Âmbito de aplicação e definições.......................................................................................3

1.1. Âmbito de aplicação dos auxílios com finalidade regional....................................3

1.2. Definições...................................................................................................................5

2. Auxílios com finalidade regional sujeitos a notificação...................................................8

2.1. Regimes de auxílios ao investimento orientados para setores específicos da atividade económica..............................................................................................................8

2.2. Auxílios individuais ao investimento que excedem o limiar de notificação.........9

2.3. Auxílios individuais ao investimento (potencialmente) ligados ao encerramento de uma atividade idêntica ou semelhante no EEE.............................................................9

2.4. Regimes de auxílios ao funcionamento com finalidade regional..........................9

3. Apreciação da compatibilidade dos auxílios estatais com finalidade regional.............10

3.1. Contribuição para um objetivo comum................................................................113.1.1. Condições gerais...................................................................................................113.1.2. Auxílios individuais ao investimento....................................................................123.1.3. Regimes de auxílios ao funcionamento................................................................13

3.2. Não-satisfação do objetivo de equidade pelo mercado........................................14

3.3. Adequação dos auxílios com finalidade regional.................................................143.3.1. Adequação em relação a outros instrumentos de intervenção..............................143.3.2. Adequação dos diversos instrumentos de auxílio.................................................15

3.4. Efeito de incentivo...................................................................................................153.4.1. Condições gerais...................................................................................................153.4.2. Auxílios ao investimento individuais....................................................................163.4.3. Regimes de auxílios ao funcionamento................................................................17

3.5. Proporcionalidade do auxílio/auxílio limitado ao mínimo necessário...............183.5.1. Condições gerais...................................................................................................183.5.2. Auxílios ao investimento individuais....................................................................203.5.3. Auxílios ao funcionamento...................................................................................21

3.6. Efeitos negativos......................................................................................................213.6.1. Observações gerais................................................................................................213.6.2. Regimes de auxílios ao investimento....................................................................233.6.3. Auxílios ao investimento individuais....................................................................243.6.4. Regimes de auxílios ao funcionamento................................................................25

3.7. Transparência.........................................................................................................253.7.1. Regimes.................................................................................................................253.7.2. Auxílios individuais..............................................................................................26

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4. Avaliação..........................................................................................................................26

5. Mapas dos auxílios com finalidade regional..................................................................26

5.1. Cobertura da população elegível para efeitos de auxílios com finalidade regional.................................................................................................................................27

5.2. Derrogação prevista no artigo 107.º, n.º 3, alínea a)............................................27

5.3. Derrogação prevista no artigo 107.º, n.º 3, alínea c)............................................285.3.1. Regiões «c» predefinidas......................................................................................295.3.2. Regiões «c» não predefinidas...............................................................................30

5.4. Intensidades máximas de auxílio aplicáveis aos auxílios ao investimento com finalidade regional..............................................................................................................32

5.4.1. Intensidades máximas de auxílio nas regiões «a».................................................325.4.2. Intensidades máximas de auxílio nas regiões «c».................................................32

5.5. Notificação e declaração de compatibilidade.......................................................32

5.6. Alterações.................................................................................................................335.6.1. Reserva de população...........................................................................................335.6.2. Revisão intercalar das regiões «c»........................................................................33

6. Entrada em vigor e aplicabilidade...................................................................................34

7. Revisão..............................................................................................................................35

Anexo I

Anexo II

Anexo III

Anexo IV 5

Anexo V 6

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INTRODUÇÃO

1. Com base no artigo 107.º, n.º 3, alíneas a) e c), do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia (TFUE), a Comissão pode considerar compatíveis com o mercado interno os auxílios estatais destinados a facilitar o desenvolvimento económico de certas regiões desfavorecidas da União Europeia1. Este tipo de auxílios estatais é designado por auxílios com finalidade regional.

2. O objetivo do desenvolvimento regional é o que distingue os auxílios com finalidade regional de outras formas de auxílio, como os auxílios à investigação, ao desenvolvimento e à inovação, os auxílios ao emprego, os auxílios à formação ou os auxílios à proteção do ambiente que prosseguem outros objetivos de interesse comum, em conformidade com o artigo 107.º, n.º 3, do TFUE [embora, por vezes, os auxílios sejam mais elevados nas regiões desfavorecidas, em reconhecimento das dificuldades específicas que enfrentam2].

3. Os auxílios com finalidade regional só podem desempenhar um papel eficaz se forem empregues com parcimónia e de forma proporcionada e se concentrarem nas regiões mais desfavorecidas da União Europeia. Em especial, os limiares de auxílio autorizados devem refletir a relativa gravidade dos problemas que afetam o desenvolvimento das regiões em causa. Além disso, as vantagens do auxílio em termos do desenvolvimento de uma região desfavorecida devem compensar as distorções da concorrência daí resultantes3. A importância atribuída às vantagens do auxílio é suscetível de variar em função da derrogação aplicada, pelo que pode ser aceite uma maior distorção da concorrência no caso das regiões mais desfavorecidas abrangidas pelo artigo 107.º, n.º 3, alínea a), do que naquelas abrangidas pelo artigo 107.º, n.º 3, alínea c)4.

4. O objetivo primordial do controlo dos auxílios estatais no domínio dos auxílios com finalidade regional consiste em autorizar os auxílios a favor do desenvolvimento regional, garantindo simultaneamente a igualdade das condições de concorrência entre os Estados-Membros, evitando em especial as corridas às subvenções, o que pode acontecer quanto estes tentam atrair ou manter empresas em regiões desfavorecidas da UE, e limitando ao mínimo necessário os efeitos dos auxílios com finalidade regional sobre as trocas comerciais e a concorrência.

1 As regiões elegíveis para efeitos de auxílios com finalidade regional nos termos do artigo 107.º, n.º 3, alínea a), do TFUE, habitualmente denominadas regiões «a», tendem a ser as mais desfavorecidas na UE em termos de desenvolvimento económico. As regiões elegíveis nos termos do artigo 107.º, n.º 3, alínea c), do TFUE, denominadas regiões «c», tendem igualmente a ser desfavorecidas, mas em menor grau.

2 [As majorações regionais dos auxílios concedidos para este efeito não são assim consideradas como auxílios com finalidade regional].

3 Ver a este respeito o acórdão do Tribunal de Justiça, proferido no processo 730/79, Philip Morris, n.º 17, Coletânea 1980, p. 2671, e o acórdão proferido no processo C-169/95, Espanha / Comissão, n.º 20, Coletânea. 1997, p. I-135.

4 Ver a este respeito o acórdão do Tribunal de Primeira Instância proferido no processo T-380/94, AIUFFASS e AKT / Comissão, n.º 54, Coletânea. 1996, p. II-2169.

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5. Nas presentes orientações, a Comissão enuncia as condições ao abrigo das quais os auxílios com finalidade regional podem ser considerados compatíveis com o mercado interno, definindo os critérios para a identificação das regiões que preenchem as condições previstas no artigo 107.º, n.º 3, alíneas a) e c), do TFUE.

6. Os auxílios com finalidade regional podem ser eficazes para promover o desenvolvimento económico das regiões desfavorecidas unicamente quando se centram em determinadas regiões5 e quando são concedidos para incentivar um maior investimento ou atividade económica nessas regiões. Em determinados casos muito limitados e bem definidos, as deficiências de uma região em termos da sua capacidade para atrair ou manter uma atividade económica podem ser tão graves ou permanentes que os auxílios ao investimento podem ser insuficientes, por si só, para permitir o desenvolvimento dessa região. Unicamente nesses casos, poderão os auxílios ao investimento com finalidade regional ser complementados por auxílios ao funcionamento com finalidade regional, não relacionados com um investimento6.

7. Na Comunicação intitulada «Modernização da política da UE no domínio dos auxílios estatais», de 8 de maio de 20127, a Comissão anunciou três objetivos em matéria de modernização do controlo dos auxílios estatais:

(a) promover o crescimento inteligente, sustentável e inclusivo num mercado interno concorrencial;

(b) centrar o controlo ex ante da Comissão nos casos com maior impacto no mercado interno, reforçando simultaneamente a cooperação com os Estados-Membros para efeitos de aplicação da legislação no domínio dos auxílios estatais;

(c) simplificar as regras e acelerar o processo de tomada de decisões.

8. A Comunicação preconizava, nomeadamente, a adoção de uma abordagem comum na revisão das diferentes orientações e enquadramentos, centrada no reforço do mercado interno e na promoção de uma maior eficácia das despesas públicas, mediante uma melhor contribuição dos auxílios estatais para a prossecução dos objetivos de interesse comum, numa avaliação mais aprofundada do efeito de incentivo e na limitação do auxílio ao montante mínimo, bem como dos potenciais efeitos negativos dos auxílios sobre a concorrência e as trocas comerciais.

1. ÂMBITO DE APLICAÇÃO E DEFINIÇÕES

1.1. Âmbito de aplicação dos auxílios com finalidade regional

9. As grandes empresas tendem a ser menos afetadas que as pequenas e médias empresas (PME)8 pelas carências regionais em termos de investimento ou manutenção da atividade económica numa região menos desenvolvida. Em primeiro lugar, as grandes empresas podem mais facilmente mobilizar fundos e obter crédito nos mercados à escala mundial, sendo a sua escolha menos condicionada pela oferta

5 Cada Estado-Membro pode identificar essas regiões num mapa de auxílios com finalidade regional com base nas condições enunciadas na Secção 5.

6 Para as definições destes conceitos, ver ponto 16, alíneas k) e p). 7 COM/2012/0209 final.8 Tal como definidas na Recomendação da Comissão, de 6 de maio de 2003, relativa à definição de

micro, pequenas e médias empresas (JO L 124 de 20.5.2003, p. 36).

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mais limitada de serviços financeiros numa determinada região desfavorecida. Os investimentos efetuados pelas grandes empresas podem ser fonte de economias de escala que reduzem os custos iniciais inerentes à situação geográfica e que, em relação a muitos aspetos, não estão relacionados com a região em que o investimento é realizado. Em segundo lugar, as grandes empresas que efetuam investimentos dispõem geralmente de um poder de negociação significativo perante as autoridades, o que pode conduzir à concessão de auxílios não fundamentados. Por último, as grandes empresas são mais suscetíveis de serem operadores significativos no mercado em causa, pelo que o investimento a favor do qual o auxílio é concedido pode alterar as condições de concorrência nesse mercado. Em consequência, pode não ser assegurado o efeito de incentivo e a proporcionalidade desse auxílio, o que pode conduzir a distorções significativas da concorrência.

10. Atendendo aos efeitos de distorção potencialmente mais acentuados, os auxílios com finalidade regional não podem ser concedidos a grandes empresas para os seus investimentos em regiões elegíveis para efeitos de auxílios com finalidade regional nos termos do artigo 107.º, n.º 3, alínea c), do TFUE. Além disso, as grandes empresas não podem beneficiar de auxílios ao funcionamento, nem sequer em regiões elegíveis para efeitos de auxílios nos termos do artigo 107.º, n.º 3, alínea a), do TFUE. As grandes empresas podem, todavia, beneficiar de auxílios ao funcionamento nas regiões ultraperiféricas, conforme definidas ao abrigo do artigo 349.º do TFUE e nas regiões escassamente povoadas, na aceção do ponto 144, n.º 1, alíneas a) e b), das presentes orientações.

11. Os auxílios com finalidade regional também não podem ser concedidos a empresas em dificuldade na aceção das Orientações comunitárias relativas aos auxílios estatais de emergência e à reestruturação a empresas em dificuldade9.

12. Os auxílios com finalidade regional aos setores do carvão10, da siderurgia11 e das fibras sintéticas12 não devem ser considerados compatíveis com o mercado interno.

13. Os auxílios ao funcionamento não podem ser concedidos a empresas cuja atividade principal se insere na secção K «Atividades financeiras e de seguros» da NACE Rev. 2, Nomenclatura Estatística das Atividades Económicas13 ou a empresas que desempenham atividades intragrupo e cuja atividade principal se insere nas

9 JO C 244 de 1.10.2004, p. 2. Como explicado no ponto 20 das presentes orientações, uma vez que a sua própria existência se encontra em risco, uma empresa em dificuldade não pode ser considerada um veículo adequado para promover objetivos de outras políticas estratégicas enquanto a sua viabilidade não for assegurada.

10 Por «carvão», entende-se o carvão de nível alto, médio ou baixo da classe «A» e «B», na aceção da classificação estabelecida pela Comissão Económica para a Europa das Nações Unidas no Sistema Internacional de Codificação dos Carvões.

11 Conforme definido no anexo IV.12 Conforme definido no anexo IV.13 Conforme previsto no Regulamento (CE) n.º 1893/2006 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 20

de dezembro de 2006, que estabelece a nomenclatura estatística das atividades económicas NACE Revisão 2 e que altera o Regulamento (CEE) n.º 3037/90 do Conselho, assim como certos regulamentos CE relativos a domínios estatísticos específicos (JO L 393 de 30.12.2006, p. 1). Regulamento com a última redação que lhe foi dada pelo Regulamento (CE) n.º 973/2007 da Comissão, de 20 de agosto de 2007, que altera certos regulamentos CE relativos a domínios estatísticos específicos que aplicam a nomenclatura estatística das atividades económicas NACE Revisão 2 (JO L 216 de 21.8.2007, p. 10).

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subdivisões 70.10 «Atividades das sedes sociais» ou 70.22 «Atividades de consultoria para os negócios e outra consultoria para a gestão» da NACE Rev. 2.

14. As presentes orientações são aplicáveis aos auxílios com finalidade regional em todos os setores de atividade económica14, com exceção da pesca e da aquicultura15, da agricultura16 e dos transportes17, que estão sujeitos a regras especiais previstas em instrumentos jurídicos específicos, suscetíveis de derrogar total ou parcialmente as presentes orientações.

15. As infraestrutura de banda larga, as infraestruturas relacionadas com a energia e as infraestruturas ambientais, bem como de IDI podem beneficiar de auxílios ao investimento com finalidade regional se, para além das condições fixadas nas orientações relativas a este tipo de auxílios, satisfizerem as condições específicas a seguir referidas. No caso das infraestruturas de banda larga: i) os auxílios só podem ser concedidos em regiões onde não existem infraestruturas comparáveis18; ii) as redes que beneficiam de auxílio devem facultar o acesso grossista de forma aberta e não-discriminatória a todos os operadores terceiros; e iii) o beneficiário do auxílio deve ser selecionado através de concurso público, em conformidade com o ponto 78, alíneas c) e d), das Orientações relativas à banda larga19. [No caso das infraestruturas relacionadas com a energia, o âmbito dos custos elegíveis para efeitos de investimentos associados à produção de energia será objeto das consultas sobre as orientações relativas aos auxílios estatais no domínio da energia e do ambiente e das consultas sobre a adequação da produção de energia, dos mecanismos de capacidade e do mercado interno da eletricidade. O mesmo é válido no que se refere à definição das condições de compatibilidade no domínio da energia. As condições adicionais pertinentes aplicáveis às infraestruturas ambientais ou de IDI que correspondam a alguns dos objetivos fundamentais das orientações em matéria de auxílios estatais no domínio da energia e do ambiente e das orientações relativas às infraestruturas de IDI serão integradas no projeto das presentes orientações relativas aos auxílios com finalidade regional, logo que as discussões sobre essas orientações se encontrarem numa fase suficientemente avançada.]

14 Após a cessação da vigência, em 31 de dezembro de 2013, do Enquadramento dos auxílios estatais à construção naval (JO C 364, 14.12.2011, p. 9.), os auxílios com finalidade regional a favor da construção naval passarão a ser igualmente abrangidos pelas presentes orientações.

15 Abrangidos pelo Regulamento (CE) n.º 104/2000 do Conselho, de 17 de dezembro de 1999, que estabelece a organização comum de mercado no setor dos produtos da pesca e da aquicultura (JO L 17 de 21.1.2000, p. 22).

16 Ou seja, a produção primária, a transformação e a comercialização de produtos agrícolas enumerados no Anexo I do TFUE.

17 Ou seja, o transporte aéreo, marítimo, rodoviário, ferroviário e por via navegável.18 À luz do ponto 51 das Orientações relativas à banda larga, uma rede subvencionada deve conduzir a

«uma mudança radical» em termos de disponibilidade da banda larga na região em causa, ou seja, a rede subvencionada traduz-se em novas possibilidades significativas no mercado em termos de disponibilidade, capacidade, velocidade e concorrência. A rede subvencionada deve ser comparada com a rede existente e ainda com as expansões previstas da rede na prática, em consonância com o ponto 63 das Orientações relativas à banda larga [Comunicação da Comissão intitulada «Orientações da UE relativas à aplicação das regras em matéria de auxílios estatais à implantação rápida de redes de banda larga» [C(2012)9609] [referência ao JO a acrescentar após a publicação das orientações].

19 Comunicação da Comissão intitulada «Orientações da UE relativas à aplicação das regras em matéria de auxílios estatais à implantação rápida de redes de banda larga» [C(2012)9609] [referência ao JO a acrescentar após a publicação das orientações].

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1.2. Definições

16. Para efeitos das presentes orientações, são aplicáveis as definições que se seguem. Entende-se por:

(a) «regiões "a" e "c"», as regiões designadas num mapa de auxílios com finalidade regional em aplicação do disposto no artigo 107.º, n.º 3, alíneas a) e c), do TFUE;

(b) «data de concessão do auxílio», a data em que o Estado-Membro assumiu o compromisso juridicamente vinculativo de conceder o auxílio e que pode ser invocada perante uma jurisdição nacional;

(c) «auxílio ad hoc», um auxílio individual que não seja concedido com base num regime;

(d) «equivalente-subvenção bruto» (ESB), o valor atualizado do auxílio expresso em percentagem do valor atualizado dos custos elegíveis. O equivalente-subvenção bruto é calculado em relação à data da concessão do auxílio com base na taxa de referência em vigor nessa data;

(e) «custos elegíveis», para efeitos de um auxílio ao investimento, o montante do investimento ou os custos salariais;

(f) «auxílio ao investimento», um auxílio concedido para um investimento inicial;

(g) «custos de investimento», os ativos corpóreos e incorpóreos que façam parte de um investimento inicial;

(h) «ativos corpóreos», os ativos relacionados com terrenos, edifícios e instalações, maquinaria e equipamentos. Se o beneficiário exercer a sua atividade no setor dos transportes, os ativos móveis não são considerados custos elegíveis;

(i) «ativos incorpóreos», os ativos adquiridos através da transferência de tecnologia, como os direitos de patente, licenças, saber-fazer ou conhecimentos técnicos não protegidos por patente;

(j) «custos salariais», o montante total efetivo a pagar pelo beneficiário do auxílio relativamente aos postos de trabalho em causa, incluindo o salário bruto, antes de impostos, e as contribuições obrigatórias para a segurança social durante um período de tempo definido;

(k) «investimento inicial»:

– um investimento em ativos corpóreos e incorpóreos relacionados com: 1) a criação de um novo estabelecimento; 2) o aumento da capacidade de um estabelecimento já existente; 3) a diversificação da produção de um estabelecimento no que se refere a produtos não fabricados anteriormente por esse estabelecimento ou 4) uma alteração fundamental do processo global de produção de um estabelecimento existente; ou ainda

– a aquisição de ativos diretamente ligados a um estabelecimento, desde que o estabelecimento tenha sido ou viesse a ser encerrado na ausência desta aquisição e desde que seja adquirido por um investidor não relacionado com o adquirente. A mera aquisição das ações de uma empresa não é considerada um investimento inicial.

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(l) «grande projeto de investimento», um investimento inicial com custos elegíveis superiores a 50 milhões de EUR, calculados com base no preço e na taxa de câmbio em vigor à data de concessão do auxílio;

(m) «intensidades máximas do auxílio», as percentagens previstas na subsecção 5.4, refletidas no mapa dos auxílios com finalidade regional e aplicáveis aos custos elegíveis;

(n) «criação de emprego», um aumento líquido do número de trabalhadores diretamente empregados no estabelecimento considerado em comparação com a média dos doze meses anteriores. Devem assim ser deduzidos do número aparente de postos de trabalho criados durante o período de doze meses em questão os postos de trabalho eventualmente suprimidos durante o mesmo período;

(o) «número de trabalhadores», o número de unidades de trabalho anuais (UTA), isto é, o número de assalariados a tempo inteiro durante um ano; os trabalhadores a tempo parcial e os trabalhadores sazonais serão considerados como frações de UTA;

(p) «auxílio ao funcionamento», um auxílio destinado a reduzir custos correntes da empresa e que não esteja ligado a um investimento inicial. Inclui categorias de custos como os custos de pessoal, materiais, serviços contratados, comunicações, energia, manutenção, rendas, administração, etc., mas exclui os encargos de amortização e os custos de financiamento se estes tiverem sido incluídos nos custos elegíveis aquando da concessão do auxílio ao investimento com finalidade regional. Os auxílios ao funcionamento podem basear-se nos custos efetivos, mas podem também ser concedidos sob a forma de pagamentos periódicos para cobrir custos previstos (pagamento periódico de montantes fixos);

(q) «mapa dos auxílios com finalidade regional», a lista das regiões indicadas por um Estado-Membro nos termos das condições fixadas nas presentes orientações e aprovada pela Comissão;

(r) «montante ajustado do auxílio», o montante máximo do auxílio admissível para um grande projeto de investimento, calculado de acordo com a seguinte fórmula: montante máximo do auxílio = R × (50 + 0,50 × B + 0,34 × C), sendo R a intensidade máxima de auxílio permitida na região em causa, excluindo o aumento da intensidade do auxílio para as PME, B os custos elegíveis entre 50 e 100 milhões de EUR e C os custos elegíveis entre 100 e 500 milhões de EUR20. As intensidades de auxílio ajustadas são as seguintes:

Custos elegíveis Intensidade de auxílio ajustada

Até 50 milhões de EUR 100% do limite máximo de auxílio regional

20 Este cálculo será efetuado com base nas taxas de câmbio oficiais aplicáveis na data de concessão do auxílio.

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Parcela entre 50 e 100 milhões de EUR 50 % do limite máximo de auxílio regional

Parcela entre 100 milhões e 500 milhões de EUR 34 % do limite máximo de auxílio regional

(s) «projeto de investimento único», um investimento inicial iniciado pelo mesmo beneficiário (a nível do grupo) ao longo de um período de três anos a contar da data de início dos trabalhos associados a outro investimento que beneficia de auxílio na mesma região de nível NUTS 3;

(t) «início dos trabalhos», tanto o início dos trabalhos de construção como o primeiro compromisso firme de encomenda de equipamentos ou qualquer outro compromisso que torne o investimento irreversível, se este se verificar primeiro que aquele. Os trabalhos preparatórios, como a obtenção de licenças e a realização de estudos de viabilidade preliminares não são considerados início das obras.

(u) «PME», uma empresa que satisfaz as condições fixadas na Recomendação da Comissão de 6 de maio de 2003 relativa à definição de micro, pequenas e médias empresas21.

2. AUXÍLIOS COM FINALIDADE REGIONAL SUJEITOS A NOTIFICAÇÃO

17. Em princípio, os Estados-Membros devem notificar os auxílios com finalidade regional nos termos do artigo 108.º, n.º 3, do TFUE, salvo as medidas que satisfaçam as condições previstas no regulamento de isenção por categoria adotado pela Comissão nos termos do artigo 1.º do Regulamento (CE) n.º 994/98, de 7 de maio de 1998, relativo à aplicação dos artigos 92.º e 93.º do Tratado que institui a Comunidade Europeia, a determinadas categorias de auxílios estatais horizontais22.

18. Em especial, continuam a estar sujeitos à obrigação de notificação nos termos do artigo 108.º, n.º 3, do TFUE os regimes de auxílio ao investimento orientados para setores específicos da atividade económica e formas específicas de regimes de auxílio ao funcionamento, pelo facto de comportarem riscos mais elevados de distorção da concorrência e das trocas comerciais. Além disso, continuam a estar sujeitas à obrigação de notificação as duas categorias de auxílios individuais ao investimento a seguir referidas: 1) os auxílios concedidos com base num regime de auxílio existente ou fora de um regime, cujo montante exceda o limiar de notificação estabelecido no ponto 22 e 2) qualquer auxílio ao investimento (potencialmente) ligado ao encerramento de uma atividade idêntica ou semelhante no EEE, independentemente do montante em causa.

2.1. Regimes de auxílios ao investimento orientados para setores específicos da atividade económica

19. Regra geral, os auxílios ao investimento devem ser concedidos no âmbito de sistemas multissetoriais que façam parte integrante de uma estratégia de desenvolvimento regional com objetivos claramente definidos. Os regimes de auxílios ao investimento orientados para setores específicos da atividade económica devem ser notificados.

20. A Comissão considera que um regime está orientado para um setor específico da atividade económica quando abrange apenas uma atividade ou um número limitado

21 JO L 124 de 20.5.2003, p. 36.22 JO L 142 de 14.5.1998, p. 1.

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de atividades no domínio da indústria transformadora ou dos serviços. Os regimes de auxílios destinados a atividades turísticas ou à transformação e comercialização de produtos agrícolas não abrangidos pelo Anexo I não são considerados orientados para setores específicos da atividade económica. Contudo, os regimes que incluem a possibilidade de concessão de auxílios ao investimento no setor da construção naval também têm de ser notificados.

2.2. Auxílios individuais ao investimento que excedem o limiar de notificação

21. Um Estado-Membro deve notificar um auxílio a um projeto de investimento sempre que o auxílio concedido por todas as fontes supere o montante máximo de auxílio admissível que um investimento com custos elegíveis de 100 milhões de EUR pode receber de acordo com a intensidade de auxílio máxima ajustada, tal como referido no ponto 16, alínea r).

22. Os limiares de notificação para as intensidades máximas de auxílio previstas na subsecção 5.4 são os indicados no quadro seguinte:

Intensidade de auxílio 20 % 25 % 30 % 35 % 50 %

Limiar de notificação 15 milhões de EUR

18,75 milhões de EUR

22,5 milhões de EUR

26,25 milhões de EUR

37,5 milhões de EUR

23. Para os investimentos que formam um projeto de investimento único, o Estado-Membro deve notificar o auxílio concedido ao projeto com o início dos trabalhos mais recente, relativamente ao qual o limiar de notificação tenha sido ultrapassado.

2.3. Auxílios individuais ao investimento (potencialmente) ligados ao encerramento de uma atividade idêntica ou semelhante no EEE

24. A Comissão considera que os auxílios que resultam na deslocalização de capacidades existentes no território do EEE podem falsear gravemente a concorrência e as trocas comerciais entre os Estados-Membros. Em especial, o auxílio concedido numa dada região pode conduzir à cessação prematura da atividade económica existente noutra região e pode expor a economia desta última a custos de ajustamento significativos devido a tensões no mercado de trabalho e à reafetação do capital investido.

25. Consequentemente, os Estados-Membros devem notificar os auxílios ao investimento a favor de qualquer projeto realizado por grandes empresas ou PME se o seu beneficiário tiver encerrado uma atividade produtiva semelhante no EEE nos dois anos anteriores à concessão do auxílio ou tencionar encerrar essa atividade nos dois anos seguintes à conclusão do investimento.

2.4. Regimes de auxílios ao funcionamento com finalidade regional

26. Os auxílios ao funcionamento com finalidade regional são normalmente proibidos. Todavia, a título excecional, podem ser concedidos nas regiões «a», incluindo as regiões ultraperiféricas, e nas regiões com uma densidade populacional muito baixa, desde que se justifiquem pelo seu contributo para o desenvolvimento regional e o seu nível seja proporcional às dificuldades ou desvantagens que visam atenuar.

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27. Consequentemente, dados os riscos mais elevados de distorção da concorrência e das trocas comerciais, os seguintes regimes de auxílio ao funcionamento com finalidade regional devem ser notificados: 1) auxílios que visam reduzir certas dificuldades específicas enfrentadas pelas PME nas regiões «a»; 2) auxílios destinados a compensar determinados custos adicionais (exceto os custos de transporte) nas regiões ultraperiféricas; 3) auxílios destinados a prevenir ou a reduzir o despovoamento em regiões com uma densidade populacional muito baixa.

3. APRECIAÇÃO DA COMPATIBILIDADE DOS AUXÍLIOS ESTATAIS COM FINALIDADE REGIONAL

28. Para avaliar se uma medida de auxílio notificada pode ser considerada compatível com o mercado interno, a Comissão avalia se a conceção da medida garante que o seu impacto positivo para alcançar um determinado objetivo de interesse comum compensa os seus efeitos potencialmente negativos sobre as trocas comerciais e a concorrência. Para o efeito, a Comissão verifica se foram satisfeitos os seguintes critérios:

a) Contributo para um objetivo de interesse comum claramente definido: os auxílios com finalidade regional têm como principal objetivo satisfazer considerações de equidade, nomeadamente promover a coesão económica da UE e contribuir para reduzir as disparidades entre os níveis de desenvolvimento das várias regiões da UE.

b) Não-satisfação do objetivo de equidade pelo mercado: a fim de serem eficazes, os auxílios devem responder a uma deficiência do mercado ou a um problema de equidade claramente definido. No âmbito das presentes orientações, este elemento da avaliação da compatibilidade é satisfeito se as regiões em causa figurarem nos mapas dos auxílios com finalidade regional que indiquem as regiões elegíveis para efeitos de auxílio ao abrigo das derrogações previstas no artigo 107.º, n.º 3, alíneas a) e c), do TFUE (ver secção 5).

c) Adequação da medida de auxílio: uma medida de auxílio não pode ser considerada compatível se existirem outros instrumentos de intervenção ou de auxílio que causem menores distorções ou permitam alcançar o mesmo contributo positivo a favor do desenvolvimento regional.

d) Efeito de incentivo: o auxílio deve alterar o comportamento da empresa de modo a que esta crie novas atividades que contribuam para o desenvolvimento da região, atividades essas que não seriam realizadas na ausência do auxílio ou que só seriam realizadas de uma forma limitada ou diferente, ou ainda noutro local.

e) Auxílio limitado ao mínimo necessário: o auxílio deve ser limitado ao mínimo necessário para induzir investimentos ou atividades suplementares na região em causa.

f) Prevenção de efeitos negativos indesejados: os efeitos negativos da medida de auxílio em termos de distorção da concorrência e de impacto sobre as trocas comerciais entre os Estados-Membros devem ser limitados; na prática, isto implica a exclusão de certos tipos de medidas ou de beneficiários (ver subsecção 1.1) e a identificação dos casos em que os efeitos negativos sejam suscetíveis de preponderar sobre os eventuais efeitos positivos (ver pontos 122 e 123).

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g) Transparência: o auxílio deve ser concedido de forma transparente; em especial, deve ser assegurado que os Estados-Membros, os operadores económicos, as partes interessadas e a Comissão disponham facilmente de acesso a todos os atos relevantes e informações pertinentes sobre a concessão do auxílio em causa.

29. Se não forem respeitados todos estes critérios, a medida não pode ser considerada compatível com o mercado interno. Em todos os outros casos, a Comissão efetuará uma análise do equilíbrio assegurado entre os efeitos positivos em termos de contributo para o desenvolvimento da região e as potenciais distorções da concorrência e das trocas comerciais.

30. Além disso, se uma medida de auxílio estatal ou as condições a ela inerentes (incluindo quando a sua forma de financiamento for dela indissociável) implicar uma violação intrínseca do direito da UE, o auxílio não pode ser declarado compatível com o mercado interno23.

31. Na presente secção, a Comissão apresenta as condições com base nas quais deve ser avaliado o cumprimento dos critérios supramencionados. Se necessário, serão indicadas as condições específicas aplicáveis aos auxílios ao investimento e ao funcionamento individuais.

3.1. Contribuição para um objetivo comum

32. O objetivo dos auxílios com finalidade regional é reduzir as desigualdades de desenvolvimento entre as diferentes regiões da União Europeia. Através do objetivo de equidade ou de coesão, podem contribuir para a realização da estratégia Europa 2020 tendo em vista um crescimento inclusivo e sustentável.

3.1.1. Condições gerais

33. Os regimes de auxílios com finalidade regional devem fazer parte integrante de uma estratégia de desenvolvimento regional com objetivos claramente definidos, para além de serem consentâneos e contribuir para a realização desses objetivos.

34. É esse o caso, nomeadamente, das medidas aplicadas em conformidade com as estratégias de desenvolvimento regional definidas no contexto do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), do Fundo Social Europeu, do Fundo de Coesão, do Fundo Europeu Agrícola de Desenvolvimento Rural ou do Fundo Europeu dos Assuntos Marítimos e das Pescas, a fim de contribuir para a realização dos objetivos da estratégia Europa 2020.

35. Em relação aos regimes de auxílio não abrangidos por um programa operacional financiado a partir dos fundos da política de coesão, os Estados-Membros devem demonstrar que a medida é consentânea e contribui para a estratégia de desenvolvimento da região em causa. Para o efeito, os Estados-Membros podem apoiar-se nas avaliações dos regimes de auxílios estatais anteriores, em avaliações de impacto efetuadas pelas autoridades que concederam os auxílios ou ainda em pareceres elaborados por peritos.

36. Para garantir que o regime de auxílio contribua para a estratégia de desenvolvimento, este deve contemplar um sistema que permita à autoridade que o concede estabelecer prioridades e selecionar os projetos de investimento segundo os objetivos do regime

23 Ver, por exemplo, o processo C-156/98 Alemanha / Comissão, n.º 78, Coletânea. 2000, p.I-6857 e processo C-333/07 Régie Networks /Rhone Alpes Bourgogne, n.ºs 94-116, Coletânea. 20008, p.I-10807.

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(por exemplo, com base numa abordagem de classificação formal). No caso de regimes que executam prioridades definidas num programa operacional apoiado por fundos no âmbito do quadro estratégico comum, o Estado-Membro pode basear a definição das prioridades e a seleção dos projetos no resultado de processos semelhantes utilizados para as operações apoiadas por esses fundos24.

37. Ao conceder auxílios no âmbito de um regime aos projetos individuais de investimento, a autoridade que o faz deve verificar e confirmar que o projeto selecionado contribui para o objetivo do regime e, por conseguinte, para a estratégia de desenvolvimento da região em causa.

38. Para que o investimento possa contribuir de forma efetiva e sustentável para o desenvolvimento da região, deve ser mantido na região em causa durante um período mínimo de cinco anos (três anos no caso das PME) após a sua finalização25.

39. Se o auxílio for calculado com base nos custos salariais, os postos de trabalho devem ser ocupados no prazo de três anos subsequente à conclusão dos trabalhos. Cada posto de trabalho criado graças ao investimento deve ser mantido na região em causa por um período de cinco anos a contar da data em que tiver sido ocupado pela primeira vez. No caso de investimentos efetuados por PME, os Estados-Membros poderão reduzir esse período de cinco anos relativo à manutenção do investimento e dos postos de trabalho criados para um mínimo de três anos.

40. Para que o investimento seja viável, o Estado-Membro deve garantir que a contribuição financeira do beneficiário seja equivalente a, pelo menos, 25% dos custos elegíveis, sendo efetuada através de recursos próprios ou de financiamento externo, mas de uma forma que não inclua qualquer apoio financeiro público26.

41. A fim de evitar que as medidas de auxílio estatal resultem em danos ambientais, os Estados-Membros devem igualmente velar pela elaboração de uma avaliação de impacto ambiental, sempre que tal seja exigido pelo direito nacional ou da UE.

42. No caso de um auxílio ad hoc e salvo menção em contrário, o Estado-Membro deve demonstrar que o projeto é coerente e contribui para a estratégia de desenvolvimento da região em causa, respeitando as mesmas condições que um auxílio ao investimento concedido ao abrigo de um regime.

3.1.2. Auxílios individuais ao investimento

43. Para demonstrar o contributo para o desenvolvimento regional de um determinado auxílio ao investimento, os Estados-Membros podem utilizar os seguintes indicadores, que podem ser diretos (como a criação direta de emprego) ou indiretos (por exemplo, a inovação local):

24 No que se refere à infraestrutura de banda larga, o beneficiário do auxílio deve ser selecionado com base num concurso público à luz do disposto no ponto 78, alíneas c) e d), das Orientações relativas à banda larga.

25 Esta disposição não impede a substituição de instalações ou de equipamentos que se tenham tornado obsoletos dentro desse prazo em virtude da evolução tecnológica, desde que a atividade económica seja mantida na região em causa durante o período mínimo.

26 Não é o caso, por exemplo, de um empréstimo bonificado, de um empréstimo público participativo ou de participações públicas que não satisfaçam o princípio do investidor numa economia de mercado, nem de uma garantia estatal que inclua elementos de auxílio ou de apoio público concedida ao abrigo da regra de minimis.

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a) O número de postos de trabalho diretos criados pelo investimento constitui um indicador importante do seu contributo para o desenvolvimento regional. A qualidade e o nível de qualificação requerido para os postos de trabalho criados também devem ser tidos em conta.

b) Poderá ser criado um número ainda maior de novos postos de trabalho na rede local de (sub)fornecedores, contribuindo para uma melhor integração do investimento na região em causa e assegurando efeitos indiretos mais alargados. Consequentemente, deve ser igualmente tido em conta o número de postos de trabalho indiretos criados.

c) O compromisso do beneficiário no sentido de organizar atividades de formação alargadas para melhorar as qualificações (gerais e específicas) da sua mão-de-obra será considerado um fator que contribui para o desenvolvimento regional. Será também atribuída importância à realização de estágios, nomeadamente para os jovens, e à formação destinada a contribuir para melhorar os conhecimentos e a empregabilidade dos trabalhadores exteriores à empresa. A fim de não ser tida em conta duas vezes, a formação geral ou específica relativamente à qual é aprovado um auxílio à formação não será tida em conta como um efeito positivo do auxílio com finalidade regional.

d) Podem ser obtidas economias de escala externas ou outros benefícios do ponto de vista do desenvolvimento regional em consequência da proximidade (efeito de aglomeração). A criação de aglomerados de empresas do mesmo setor permite uma maior especialização das empresas individuais, permitindo um reforço da eficiência. No entanto, a importância deste indicador para determinar o contributo a favor do desenvolvimento regional depende da fase de desenvolvimento da referida aglomeração.

e) Os investimentos incorporam conhecimentos técnicos e podem estar na origem de uma transferência substancial de tecnologias (difusão dos conhecimentos). Os investimentos em setores de forte índice tecnológico têm mais probabilidades de estar na origem de transferências de tecnologias para a região beneficiária. O nível e a especificidade dos conhecimentos difundidos são também importantes sob este ponto de vista.

f) Pode também ser tida em conta a contribuição dos projetos para a capacidade de criar novas tecnologias na região, através da inovação a nível local. A cooperação da nova estrutura de produção com os estabelecimentos de ensino superior locais pode ser considerada um elemento positivo sob este ponto de vista.

g) A duração do investimento e os possíveis investimentos futuros a realizar na sua sequência indiciam um compromisso duradouro da empresa em relação à região.

44. Os Estados-Membros podem também fazer referência ao plano de atividades do beneficiário do auxílio, que pode fornecer informações sobre o número de postos de trabalho a criar, os salários a pagar (aumento da riqueza das famílias, como efeito indireto), o volume de vendas dos produtores locais, o volume de negócios gerado pelo investimento e que beneficia a região, eventualmente através de receitas fiscais adicionais.

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3.1.3. Regimes de auxílios ao funcionamento

45. Um auxílio ao funcionamento pode ser considerado compatível com o mercado interno se for concedido para satisfazer um dos seguintes objetivos:

(a) reduzir certas dificuldades específicas que as PME enfrentam nas regiões «a»;

(b) compensar determinados custos adicionais (exceto os custos de transporte) suportados nas regiões ultraperiféricas em consequência direta de uma ou várias das desvantagens permanentes referidas no artigo 349.º do TFUE27;

(c) prevenir ou reduzir o despovoamento em regiões muito escassamente povoadas28.

46. A Comissão deve considerar, por conseguinte, que um auxílio destinado a resolver esses problemas contribui para o desenvolvimento regional.

47. O Estado-Membro deve demonstrar a existência e a importância desses problemas na região em causa.

3.2. Não-satisfação do objetivo de equidade pelo mercado

48. No intuito de apreciar a eficácia do auxílio estatal para alcançar o objetivo de interesse comum, é necessário dispor, em primeiro lugar, de um diagnóstico do problema a resolver. Os auxílios estatais devem visar situações em que os auxílios são suscetíveis de se traduzirem numa melhoria concreta que o mercado, por si só, não criará. Tal é nomeadamente válido num contexto de escassez de recursos públicos.

49. No presente contexto, em relação às regiões incluídas no mapa dos auxílios com finalidade regional em conformidade com as regras enunciadas na secção 5, a Comissão considera que o mercado não alcançará os objetivos previstos em matéria de equidade sem uma intervenção do Estado, pelo que essas regiões devem ser elegíveis para efeitos da concessão de auxílios estatais nos termos do artigo 107.º, n.º 3, alíneas a) e c), do TFUE.

3.3. Adequação dos auxílios com finalidade regional

3.3.1. Adequação em relação a outros instrumentos de intervenção

3.3.1.1. Regimes de auxílios ao investimento

50. Os auxílios ao investimento com finalidade regional não constituem o único instrumento à disposição dos Estados-Membros para apoiar o investimento e a criação de emprego nas regiões desfavorecidas. Com efeito, os Estados-Membros podem recorrer a outras medidas como o desenvolvimento das infraestruturas, o reforço da qualidade do ensino e da formação ou a melhoria das condições de funcionamento das empresas.

51. Os Estados-Membros devem indicar as razões pelas quais o auxílio com finalidade regional constitui um instrumento adequado para atingir o objetivo comum de

27 Designadamente, afastamento, insularidade, pequena superfície, relevo e clima difíceis e dependência económica em relação a um pequeno número de produtos.

28 As regiões muito escassamente povoadas devem, em princípio, corresponder às regiões NUTS 2 com menos de 8 habitantes por km² (com base nos dados do Eurostat sobre a densidade populacional em 2010) ou a partes dessas regiões NUTS 2. Essas regiões podem, todavia, ser alargadas a pequenas regiões adjacentes com menos de 8 habitantes por km².

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equidade ou coesão quando introduzem um regime não abrangido por um programa operacional financiado a partir dos fundos da política de coesão.

52. Se um Estado-Membro decidir criar um regime de auxílios setorial não abrangido por um programa operacional financiado a partir dos fundos da política de coesão, deve demonstrar as vantagens desse instrumento em comparação com um regime multissetorial ou com outros meios de ação. A Comissão terá em conta, nomeadamente, qualquer avaliação de impacto do regime de auxílio proposto que o Estado-Membro possa disponibilizar.

3.3.1.2. Auxílios individuais ao investimento

53. No caso de um auxílio ad hoc, o Estado-Membro deve demonstrar a forma como o desenvolvimento da região em causa pode ser mais bem assegurado por esse tipo de auxílio do que por um regime de auxílio ou outro tipo de medidas.

3.3.1.3. Regimes de auxílios ao funcionamento

54. O Estado-Membro deve demonstrar que o auxílio é adequado para alcançar o objetivo do regime, em função dos problemas que o auxílio visa resolver. A fim de demonstrar o caráter adequado do auxílio, o Estado-Membro calculará o montante do auxílio ex ante sob a forma de um montante fixo que assegurará a cobertura dos custos adicionais previstos ao longo de um dado período, em vez de proceder à sua determinação com base nos custos e receitas à medida que estes são incorridos. Neste último caso, os incentivos são normalmente insuficientes para que a empresa proceda à contenção dos custos e ao desenvolvimento das atividades ao longo do tempo29.

3.3.2. Adequação dos diversos instrumentos de auxílio

55. Os auxílios com finalidade regional podem ser concedidos sob diversas formas. O Estado-Membro deve, todavia, garantir que o auxílio seja concedido sob a forma suscetível de gerar menores distorções das trocas comerciais e da concorrência. A este respeito, se os auxílios forem concedidos sob uma forma que proporciona uma vantagem pecuniária direta (por exemplo, subvenções diretas, isenções ou reduções de impostos, das contribuições para a segurança social ou de outros encargos obrigatórios, ou a disponibilização de terrenos, bens ou serviços a preços vantajosos, etc.), o Estado-Membro deve demonstrar por que razão outras formas de auxílio que causem potencialmente menos distorções não se revelam adequadas, tais como os adiantamentos reembolsáveis ou outras formas de auxílio que se baseiem em instrumentos de dívida ou de capitais próprios (por exemplo, empréstimos com taxa de juros reduzida ou bonificação de juros, garantias estatais, aquisição de uma participação ou outras contribuições de capital em condições favoráveis).

56. Em relação aos regimes de auxílio que aplicam os objetivos e as prioridades dos programas operacionais, o instrumento de financiamento escolhido no âmbito deste programa é considerado um instrumento adequado.

29 No entanto, quando prevalece um elevado grau de incerteza quanto à evolução dos custos e das receitas e se verifica uma forte assimetria em termos de informação, a autoridade pública pode igualmente pretender adotar modelos de compensação que não são exclusivamente ex ante, sendo antes uma combinação de elementos ex ante e ex post (por exemplo, recorrendo a mecanismos de recuperação de molde a permitir a partilha de receitas inesperadas).

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3.4. Efeito de incentivo

3.4.1. Condições gerais

57. Os auxílios regionais só podem ser considerados compatíveis com o Tratado, se tiverem um efeito de incentivo. Apenas se verifica este efeito quando o auxílio altera o comportamento de uma empresa de um modo que a leve a exercer uma atividade adicional que contribua para o desenvolvimento de uma região, que não realizaria na ausência do auxílio ou apenas de forma limitada ou diferente ou num outro local. Os auxílios não devem subvencionar os custos de uma atividade que uma empresa suportaria em todo o caso, nem compensar o risco comercial normal de uma atividade económica.

58. A existência de um efeito de incentivo pode ser determinada com base em dois cenários possíveis:

1. O auxílio incentiva a adoção de uma decisão de investimento positiva, uma vez que, de outra forma, o investimento não seria suficientemente rentável para que o beneficiário o realizasse na região em causa30 (cenário 1, decisão de investimento) ou

2. O auxílio incentiva a realização do investimento projetado na região relevante, em detrimento de outra, visto compensar as desvantagens e os custos líquidos associados à implantação nessa região (cenário 2, decisão de localização).

59. Se o auxílio não alterar o comportamento do beneficiário incentivando investimentos (adicionais) na região em causa, pode considerar-se que o mesmo investimento teria sido nela realizado, mesmo na ausência do auxílio. Esse auxílio não tem um efeito de incentivo suficiente para alcançar o objetivo regional e não pode ser considerado compatível com o mercado interno. Todavia, no que respeita aos auxílios concedidos a favor dos investimentos necessários para alcançar as normas estabelecidas pela legislação da UE, esses auxílios podem ser considerados como denotando um efeito de incentivo se, na sua ausência, a realização do investimento na região em causa não teria sido suficientemente rentável para o beneficiário, resultando assim no encerramento das instalações existentes nessa região.

60. Os trabalhos relativos ao projeto não podem ser iniciados antes da adoção da decisão pelas autoridades públicas que concedem o auxílio. No que diz respeito aos auxílios ao investimento sujeitos à obrigação de notificação, o ato de concessão do auxílio deve estar subordinado à decisão de aprovação do auxílio pela Comissão.

61. Se os trabalhos se iniciarem antes da adoção da decisão referida no ponto 60 pelas autoridades que concedem o auxílio, o projeto não será elegível na sua globalidade para efeitos de auxílio.

62. Deve ser utilizado o formulário de pedido normalizado, em anexo às presentes orientações31. Neste formulário, os beneficiários devem explicar o que teria sucedido na ausência do auxílio (isto é, a situação contrafactual), indicando se é aplicável o cenário descrito no ponto 58.

63. Quando o auxílio é concedido a uma grande empresa com base num regime, a autoridade responsável pela concessão do auxílio deve exigir ao beneficiário que

30 Estes investimentos podem criar condições que permitem a realização de outros investimentos viáveis, sem a concessão de auxílios adicionais.

31 Ver anexo V.

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apresente elementos comprovativos do efeito de incentivo, conforme referido nos pontos 62 a 65.

64. As grandes empresas devem apresentar documentos que comprovem a situação contrafactual descrita no formulário de notificação.

65. A autoridade responsável pela concessão do auxílio deve verificar a credibilidade desta situação contrafactual e confirmar que o auxílio com finalidade regional tem o efeito de incentivo pretendido, descrito no ponto 58. Um cenário contrafactual é credível quando é realista e incide nas condições que prevaleciam no momento em que o beneficiário tomou a decisão relativa ao investimento e que nela influíram.

3.4.2. Auxílios ao investimento individuais

66. No que se refere aos casos sujeitos à obrigação de notificação, o Estado-Membro deve demonstrar à Comissão a existência do efeito de incentivo do auxílio. Deve apresentar elementos comprovativos claros de que o auxílio tem um impacto efetivo a nível da realização do investimento ou quanto à escolha da localização32. Deve especificar o cenário aplicável. A fim de permitir uma avaliação exaustiva, o Estado-Membro deve fornecer não só informações sobre o projeto subvencionado, como também uma descrição abrangente do cenário contrafactual, em que nenhum Estado-Membro concederia um auxílio ao beneficiário.

67. No cenário 1, o Estado-Membro poderá demonstrar a existência do efeito de incentivo do auxílio mediante a apresentação de documentos da empresa que indiquem que o investimento não seria suficientemente rentável sem o auxílio.

68. No cenário 2, o Estado-Membro poderá comprovar o efeito de incentivo do auxílio mediante a apresentação de documentos da empresa que demonstrem que foi efetuada uma comparação entre os custos e os benefícios inerentes à localização na região em causa e numa região alternativa. A Comissão verifica se esses cenários comparativos são realistas.

69. Os Estados-Membros são convidados, nomeadamente, a basearem-se em documentos oficiais do conselho de administração, avaliações de risco (nomeadamente avaliações do risco inerente a localizações específicas), relatórios financeiros, planos de atividades internos das empresas, pareceres de peritos e outros estudos relacionados com o projeto de investimento em apreciação. A apresentação de documentos que contenham previsões sobre a procura e os custos ou previsões financeiras, bem como dos documentos transmitidos a um comité de investimento, em que sejam analisados os diversos cenários de investimento, ou ainda de documentos dirigidos às instituições financeiras, pode contribuir para determinar o efeito de incentivo.

70. Neste contexto e, nomeadamente no cenário 1, o nível de rendibilidade pode ser avaliado graças a metodologias que sejam prática corrente no setor específico em causa, tais como os métodos de avaliação do valor atual líquido (VAL) do projeto, da taxa interna de rendibilidade (TIR) ou da taxa de rendibilidade média do capital investido (RMCI).

71. Se o auxílio não alterar o comportamento do beneficiário, incentivando investimentos (adicionais) na região em causa, não se verifica qualquer efeito

32 Os cenários contrafactuais são os descritos no ponto 58.

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positivo para a região. Além disso, se o auxílio não incentivar a realização do objetivo de equidade ou coesão, pode ser considerado uma mobilização gratuita de capitais a favor da empresa. Por conseguinte, o auxílio não será aprovado quando se afigurar que um investimento idêntico teria sido efetuado na região, mesmo na ausência do auxílio.

3.4.3. Regimes de auxílios ao funcionamento

72. Em relação aos regimes de auxílios ao funcionamento, verifica-se um efeito de incentivo se for provável que o nível da atividade económica na área ou região em causa seria consideravelmente reduzido na ausência do auxílio, devido à existência de problemas que o auxílio visa resolver.

73. Por conseguinte, a Comissão considerará que o auxílio incentiva uma atividade económica adicional nas áreas ou regiões em causa, se o Estado-Membro demonstrar a existência e a importância desses problemas na área em causa (ver pontos 47 e 54).

3.5. Proporcionalidade do auxílio/auxílio limitado ao mínimo necessário

3.5.1. Condições gerais

74. Em princípio, para que um auxílio com finalidade regional seja considerado proporcionado, o seu montante deve limitar-se ao mínimo necessário para induzir investimentos ou atividades adicionais na região em causa.

75. Regra geral, considerar-se-á que os auxílios sujeitos a uma obrigação de notificação individual se limitam ao mínimo necessário se o montante do auxílio corresponder aos custos adicionais líquidos decorrentes da realização do investimento na região em causa, em comparação com a situação contrafactual que se verificaria na ausência do auxílio. De igual forma, no que respeita aos auxílios ao investimento individuais concedidos a favor a grandes empresas ao abrigo de um regime notificado, os Estados-Membros devem garantir que o montante do auxílio corresponde aos custos adicionais líquidos decorrentes da realização do investimento na região em causa, comparativamente à situação contrafactual que prevaleceria na ausência do auxílio.

76. A fim de garantir a previsibilidade e a igualdade das condições de concorrência, a Comissão aplica, além disso, intensidades máximas de auxílio no que se refere aos auxílios ao investimento. Em relação aos regimes notificados, estas intensidades máximas de auxílio servem de limiares de segurança para as PME: considera-se que o critério de «auxílio limitado ao montante mínimo» é preenchido, desde que a intensidade do auxílio se situe abaixo deste limite máximo. Nos demais casos, as intensidades máximas de auxílio constituem um requisito mínimo em matéria de proporcionalidade, visando impedir o recurso a auxílios estatais para projetos cujo rácio entre montante de auxílio e custos elegíveis é considerado elevado e fonte potencial de distorções.

77. As intensidades máximas de auxílio são moduladas em função de três critérios: 1) a situação socioeconómica da região em causa, enquanto indicador da medida em que a área tem necessidade de um maior desenvolvimento e, potencialmente, da medida em que sofre de uma desvantagem em termos da sua capacidade para atrair e manter a atividade económica33; 2) a dimensão do beneficiário, enquanto indicador das dificuldades específicas de financiamento ou execução de um projeto na região; e 3)

33 Ver subsecção 5.4 sobre mapas dos auxílios com finalidade regional.

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a dimensão do projeto de investimento, enquanto indicador do nível previsto de distorção da concorrência e das trocas comerciais. Por conseguinte, são autorizadas intensidades de auxílio mais elevadas (acarretando, potencialmente, maiores efeitos de distorção das trocas comerciais e da concorrência) quanto menos desenvolvida for a região visada e se o beneficiário do auxílio for uma PME. Em relação aos grandes projetos de investimento, a intensidade de auxílio é ajustada segundo o mecanismo descrito no ponto 16, alínea r), limitando-se ao montante que pode ser concedido a favor de um projeto com custos elegíveis no montante de 500 milhões de EUR.

78. No que se refere às medidas de Cooperação Territorial Europeia, o limiar de auxílio na região em que o projeto se situa é aplicável a todos os beneficiários que participam no projeto de Cooperação Territorial Europeia, desde que os custos elegíveis sejam atribuídos a um projeto de investimento inicial. Se o projeto for realizado em diversos locais, o limiar de auxílio aplicável é aquele que se aplica à região em que é concedido o maior montante de auxílio porque um dos investimentos iniciais se situa numa região assistida. Contudo, nas regiões «c», estas disposições só são aplicáveis às PME em conformidade com o disposto no ponto 9 das presentes orientações.

79. Os auxílios ao investimento devem respeitar a intensidade máxima de auxílio ou a intensidade reduzida para os grandes projetos de investimento. No caso de o auxílio ser concedido a um beneficiário para vários projetos iniciados durante o período de três anos, sendo, por conseguinte, considerado como fazendo parte de um único investimento, o auxílio deve ser ajustado no que respeita ao projeto subvencionado se ultrapassar o limiar de 50 milhões de EUR. Não podem ser concedidas quaisquer majorações a favor de PME no que se refere aos grandes projetos de investimento.

80. A intensidade máxima de auxílio e o montante de auxílio por projeto devem ser calculados pela autoridade responsável pela concessão do auxílio no momento em que o concede. A intensidade do auxílio deve ser calculada com base num equivalente-subvenção bruto, em relação ao investimento total elegível ou aos custos salariais declarados pelo beneficiário do auxílio aquando da apresentação desse pedido de auxílio.

81. Se um auxílio ao investimento calculado com base nos custos de investimento for combinado com um auxílio ao investimento com finalidade regional, calculado com base nos custos salariais, o montante total do auxílio não pode exceder o montante de auxílio mais elevado resultante de um destes dois cálculos, com base na intensidade máxima de auxílio admissível.

82. Os auxílios ao investimento podem ser concedidos simultaneamente ao abrigo de vários regimes de auxílio com finalidade regional ou cumulados com auxílios ad hoc, desde que o auxílio total proveniente de todas as fontes não exceda a intensidade máxima de auxílio admissível por projeto, que deve ser previamente calculada pela autoridade que concede o primeiro auxílio.

3.5.1.1. Auxílios calculados com base nos custos de investimento

83. Os ativos elegíveis devem ser novos, salvo no caso das PME, e na eventualidade da aquisição de instalações34.

34 Definida nos termos do ponto 16, alínea k).

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84. Em relação às PME, os custos de estudos preparatórios e os custos de serviços de consultoria associados ao investimento podem ser considerados elegíveis até 50 % dos custos efetivamente incorridos.

85. No que respeita aos auxílios concedidos a favor de uma alteração fundamental, os custos elegíveis devem exceder as amortizações realizadas no que se refere à atividade a modernizar no decurso dos três exercícios precedentes. Se a nova atividade substituir uma atividade existente e utilizar os ativos anteriormente afetos à atividade substituída, os custos elegíveis afetados ao novo investimento devem ser superiores em, pelo menos, 200 % ao valor contabilístico dos ativos que se tornaram obsoletos ou foram reutilizados, tal como registado no exercício que precede o início dos trabalhos.

86. Os custos relacionados com a aquisição de ativos corpóreos em regime de locação só podem ser tidos em conta nas seguintes condições:

a) No caso da locação de terrenos e edifícios, o contrato deve continuar a vigorar pelo menos cinco anos após a data projetada de conclusão do investimento no que se refere às grandes empresas e três anos no que se refere às PME.

b) No caso da locação de instalações ou máquinas, o contrato deve assumir a forma de uma locação financeira e prever a obrigação de adquirir o ativo no termo do contrato.

87. No caso de aquisição de instalações35, só devem ser tidos em conta os custos de aquisição dos ativos a terceiros não relacionados com o adquirente. A operação deve ser efetuada em condições de mercado. Os ativos a adquirir em relação aos quais já tenha sido concedido um auxílio antes dessa aquisição devem ser deduzidos.

88. No que diz respeito às grandes empresas, os custos dos ativos incorpóreos só são elegíveis até 50 % da totalidade dos custos de investimento elegíveis do projeto. Em relação às PME, podem ser tomados em consideração todos os custos relacionados com ativos incorpóreos.

89. Os ativos incorpóreos elegíveis devem continuar a estar ligados à região beneficiária elegível para efeitos de auxílios com finalidade regional e não devem ser transferidos para outras regiões. Os ativos incorpóreos devem preencher as seguintes condições:

a) ser exclusivamente utilizados nas instalações que beneficia do auxílio;

b) ser amortizáveis;

c) ser adquiridos em condições de mercado a terceiros sem quaisquer vínculos jurídicos, económicos ou financeiros com o adquirente.

90. Os ativos incorpóreos devem ser incluídos nos ativos da empresa e continuar a estar associados ao projeto a favor do qual o auxílio foi concedido durante pelo menos cinco anos (três anos no que se refere às PME).

3.5.1.2. Auxílios calculados com base nos custos salariais

91. Os auxílios regionais podem igualmente ser calculados por referência aos custos salariais previstos decorrentes da criação de postos de trabalho, em consequência de um investimento inicial. O auxílio só pode compensar os custos salariais correspondentes ao trabalhador empregue, calculados durante um período de dois

35 Ver nota 34.

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anos, e a consequente intensidade não pode exceder a intensidade de auxílio aplicável na região em causa.

3.5.2. Auxílios ao investimento individuais

92. No que diz respeito às situações no cenário 1 (decisão de investimento), a Comissão verificará se o montante do auxílio ultrapassa o mínimo necessário para tornar o projeto suficientemente rentável, por exemplo, se aumenta a sua TIR para além do nível de referência ou da taxa crítica de rendibilidade específica da empresa ou do setor. Quando estas taxas não estiverem disponíveis, podem ser igualmente utilizadas como parâmetro de referência as taxas de rendibilidade normais aplicadas pela empresa a outros projetos de investimento, o custo de capital da empresa no seu conjunto ou as rendibilidades normalmente observadas no setor em causa.

93. No cenário 2, no caso de um incentivo em termos de localização, a Comissão irá comparar o valor líquido atual do investimento a favor da região visada com o valor líquido atual do investimento num local alternativo. Devem ser tidos em conta todos os custos e benefícios pertinentes, incluindo, por exemplo, os custos administrativos, os custos de transporte, os custos de formação não financiados por auxílios à formação e também as diferenças salariais. No entanto, quando o local alternativo se situar no EEE, não podem ser tomadas em consideração as subvenções concedidas a favor desse local.

94. Os cálculos utilizados na análise do efeito de incentivo podem também ser utilizados para avaliar a proporcionalidade do auxílio. O Estado-Membro deve demonstrar essa proporcionalidade com base nos documentos referidos no ponto 69.

95. A intensidade de auxílio não deve exceder a intensidade de auxílio ajustada admissível.

3.5.3. Auxílios ao funcionamento

96. O Estado-Membro deve demonstrar que o nível do auxílio é proporcional aos problemas que o auxílio visa resolver.

97. Em especial, devem ser cumpridas as seguintes condições gerais:

(a) O auxílio deve ser determinado em relação a um conjunto predefinido de custos elegíveis que são totalmente imputáveis aos problemas que o auxílio visa resolver, conforme demonstrado pelo Estado-Membro. O auxílio deve ser limitado a uma certa proporção desses custos elegíveis, não os devendo exceder.

(b) O montante de auxílio por beneficiário deve ser proporcional ao nível dos problemas efetivamente enfrentados por cada beneficiário.

98. No que se refere aos auxílios que se destinam a compensar certos custos adicionais (exceto custos de transporte) nas regiões ultraperiféricas, os custos elegíveis devem ser plenamente imputáveis a uma ou a várias das desvantagens permanentes referidas no artigo 349.º do TFUE. Esses custos adicionais devem excluir os custos de transporte, bem como quaisquer custos adicionais que possam ser imputáveis a outros fatores, e devem ser quantificados em função do nível dos custos incorridos por empresas semelhantes estabelecidas noutras regiões do Estado-Membro em causa.

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99. No que respeita aos auxílios destinados a atenuar certas dificuldades específicas enfrentadas pelas PME nas regiões «a», o seu nível deve ser reduzido durante o período de vigência do regime36.

3.6. Efeitos negativos

3.6.1. Observações gerais

100. A Comissão identificou duas formas principais de distorções potenciais da concorrência e das trocas comerciais provocadas pelos auxílios com finalidade regional. Trata-se das distorções dos mercados dos produtos (que resultam sobretudo numa afetação ineficiente dos recursos) e dos efeitos inerentes à localização (que podem conduzir tanto a uma afetação ineficiente dos recursos como a problemas de distribuição).

101. Um efeito potencialmente nefasto dos auxílios estatais advém do facto de impedirem os mecanismos de mercado de reforçar a eficiência, recompensando os produtores mais eficientes e exercendo pressões sobre os menos ineficientes no sentido de melhorarem, reestruturarem ou abandonarem o mercado. Uma expansão substancial da capacidade induzida pelos auxílios estatais num mercado pouco eficiente (conforme definido infra) pode nomeadamente traduzir-se numa distorção indevida da concorrência, uma vez que a criação ou a manutenção de um excesso de capacidade pode resultar numa compressão das margens de lucro e numa contração dos investimentos realizados pelos concorrentes ou mesmo na sua evicção do mercado. Daí poderá advir uma situação em que os concorrentes que, de outro modo, se teriam mantido no mercado, são obrigados a abandoná-lo, em consequência do auxílio estatal. Esta situação pode também impedir as empresas de entrar no mercado e desincentivar a inovação por parte dos concorrentes. Tal traduz-se na criação de estruturas de mercado ineficientes que, a longo prazo, serão também prejudiciais para os consumidores. Além disso, a existência de um auxílio pode tornar os beneficiários (potenciais) demasiado confiantes ou mais propensos a assumir maiores riscos. O efeito a longo prazo sobre o desempenho global do setor é suscetível de ser negativo.

102. Os auxílios podem igualmente criar distorções em termos de aumento ou manutenção de um poder de mercado substancial por parte do beneficiário. Mesmo quando o auxílio não reforça diretamente o poder de mercado substancial, pode fazê-lo indiretamente, desincentivando a expansão dos concorrentes existentes, provocando a sua evicção do mercado ou desincentivando a entrada no mercado de novos concorrentes.

103. Para além de induzir distorções nos mercados dos produtos, os auxílios com finalidade regional, dada a sua natureza intrínseca, afetam também a localização da atividade económica. Quando uma região atrai um investimento na sequência de um auxílio, tal revela-se em detrimento de outra região que não tira partido dessa oportunidade. Estes efeitos negativos nas regiões adversamente afetadas pelo auxílio podem traduzir-se na perda de atividade económica e de emprego, nomeadamente a nível dos subcontratantes. Podem igualmente traduzir-se na perda de externalidades positivas (por exemplo, efeito de aglomeração, difusão dos conhecimentos, educação e formação, etc.).

36 Incluindo no caso de regimes de auxílios ao funcionamento que são notificados com vista a prorrogar medidas de auxílio existentes.

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104. A especificidade geográfica dos auxílios com finalidade regional é aquilo que os diferencia de outras formas de auxílios horizontais. Uma característica específica dos auxílios com finalidade regional é o facto de se destinarem a influenciar a escolha da localização dos projetos de investimento por parte dos investidores. Quando os auxílios com finalidade regional compensam os custos adicionais decorrentes das deficiências regionais e apoiam a realização de investimentos adicionais nas regiões assistidas, sem que tal seja feito em detrimento de outras regiões assistidas, contribuem não só para o desenvolvimento da região, mas também para a coesão, o que reverte em última instância em benefício da União no seu conjunto. No que respeita aos potenciais efeitos negativos, em termos de localização, dos auxílios com finalidade regional, estes são já limitados, em certa medida, pelos mapas dos auxílios com finalidade regional, que definem de forma exaustiva as regiões elegíveis para a concessão de auxílios com finalidade regional, tendo em conta os objetivos de equidade e da política de coesão, bem como as intensidades de auxílio máximas admissíveis. Todavia, entender o que teria acontecido na ausência do auxílio continua a ser importante para avaliar o impacto efetivo do auxílio a nível do objetivo de coesão.

105. No quadro da apreciação dos efeitos dos auxílios ao investimento, a Comissão estabelece uma distinção entre os dois cenários contrafactuais descritos nos pontos 92 e 93.

106. No cenário 1, a Comissão atribui particular importância aos efeitos negativos associados à acumulação de excesso de capacidade nos setores em declínio, à prevenção da saída do mercado e ao conceito de poder de mercado substancial. Quando o projeto cria capacidade num mercado que se encontra estruturalmente em declínio absoluto, a Comissão pode considerar que se trata de um elemento negativo, que não é suscetível de ser compensado por qualquer outro elemento positivo.

107. Se a análise contrafactual indicar que, na ausência do auxílio, o investimento teria sido realizado noutro local no EEE (cenário 2), pertencente ao mesmo mercado geográfico do produto, e se o auxílio for proporcional, os eventuais efeitos em termos de excesso de capacidade ou poder de mercado substancial seriam, em princípio, idênticos, independentemente do auxílio. Em tais casos, as preocupações da Comissão incidem principalmente nos efeitos negativos relacionados com o local alternativo.

3.6.2. Regimes de auxílios ao investimento

108. Os regimes de auxílios ao investimento não devem conduzir a distorções da concorrência significativas a nível da concorrência e das trocas comerciais. Em especial, mesmo no caso de as distorções serem consideradas limitadas a nível individual (na condição de serem preenchidas todas as condições para efeitos do auxílio ao investimento), os regimes podem todavia resultar, numa base cumulativa, em elevados níveis de distorções. Tais distorções podem afetar os mercados dos produtos, criando ou agravando uma situação de excesso de capacidade ou ainda criando aumentando ou mantendo o poder de mercado substancial de alguns beneficiários, de uma forma que afetará negativamente os incentivos dinâmicos. Os auxílios gerais concedidos ao abrigo de regimes poderão igualmente resultar numa perda significativa da atividade económica noutras regiões do EEE. No caso de um

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regime de auxílios centrado em determinados setores, o risco dessas distorções é ainda mais acentuado.

109. Por conseguinte, o Estado-Membro deve demonstrar que estes efeitos negativos serão limitados ao mínimo, tendo em conta, por exemplo, a dimensão dos projetos em causa, os montantes de auxílio individuais e cumulados, os beneficiários previstos, bem como as características dos setores visados. A fim de permitir à Comissão avaliar os eventuais efeitos negativos, o Estado-Membro pode apresentar as eventuais avaliações de impacto de que disponha, bem como as avaliações ex post realizadas no que se refere a regimes anteriores semelhantes.

110. Aquando da concessão do auxílio ao abrigo de um regime a favor de projetos individuais, a autoridade que o concede deve verificar e confirmar que o auxílio não visa desviar um investimento de uma região caraterizada por uma intensidade de auxílio com finalidade regional igual ou superior à da região visada. No caso de projetos de investimento realizados pelas PME, esta verificação pode basear-se na declaração da empresa que figura no formulário de pedido constante do anexo V.

111. A Comissão pode exigir que o Estado-Membro limite a vigência de determinados regimes (normalmente a um período igual ou inferior a quatro anos) e proceda a uma avaliação destes regimes, conforme descrito na secção 4.

3.6.3. Auxílios ao investimento individuais

3.6.3.1. Distorções nos mercados dos produtos

112. No intuito de identificar e avaliar as potenciais distorções da concorrência e das trocas comerciais, os Estados-Membros devem fornecer elementos comprovativos que permitam à Comissão: i) identificar os mercados dos produtos relevantes (ou seja, os produtos afetados pela alteração no comportamento do beneficiário do auxílio) e ii) identificar os concorrentes e os clientes/consumidores afetados.

113. A Comissão recorrerá a vários critérios para avaliar estas distorções potenciais, tais como a estrutura do mercado do produto relevante, o desempenho do mercado (mercado em crescimento ou em declínio), o processo de seleção do beneficiário do auxílio, os obstáculos à entrada e à saída do mercado e a diferenciação do produto.

114. Uma dependência sistemática em relação aos auxílios estatais por parte de uma empresa pode indicar que esta última é incapaz de enfrentar a concorrência por si só, ou que beneficia de vantagens indevidas em comparação com os seus concorrentes.

115. A Comissão estabelece uma distinção entre duas fontes principais de potenciais efeitos negativos sobre os mercados dos produtos: i) casos em que se verifica uma expansão significativa da capacidade que cria ou agrava uma situação de excesso de capacidade, nomeadamente num mercado em declínio; e ii) casos em que o beneficiário dispõe de um poder de mercado substancial.

116. A fim de avaliar se o auxílio contribui para criar ou manter estruturas de mercado ineficientes, a Comissão terá em conta a capacidade de produção suplementar criada pelo projeto e o fraco desempenho eventual do mercado.

117. Em geral, quando o mercado em causa está em crescimento, existem menos razões para recear que o auxílio afete negativamente os incentivos dinâmicos ou entrave de forma indevida a saída ou a entrada no mercado.

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118. Justificam-se maiores preocupações quando os mercados se encontram em declínio. A este respeito, a Comissão estabelece uma distinção entre os casos em que, numa perspetiva a longo prazo, o mercado relevante se encontra em declínio estrutural (ou seja, denota uma taxa de crescimento negativa) e os casos em que o mercado relevante se encontra em declínio relativo (ou seja, denota uma taxa de crescimento positiva, mas não excede a taxa de crescimento de referência).

119. O fraco desempenho do mercado será normalmente avaliado por referência à taxa média de crescimento anual do PIB do EEE nos últimos três anos que precedem o início do projeto (taxa de referência); pode igualmente ser estabelecido com base nas taxas de crescimento projetadas para os próximos 3 a 5 anos. Os indicadores podem incluir o futuro crescimento previsível do mercado relevante e as taxas previstas de utilização da capacidade daí resultantes, bem como o impacto provável do aumento da capacidade nos concorrentes, através dos seus efeitos nos preços e nas margens de lucro.

120. Em certos casos, o crescimento do mercado do produto no EEE pode não constituir o parâmetro adequado para avaliar os efeitos do auxílio, nomeadamente quando se trata de um mercado geográfico de âmbito mundial e se verifica apenas uma produção ou um consumo limitado dos produtos relevantes no mercado do EEE. Nesses casos, a Comissão terá em conta os efeitos do auxílio nas estruturas de mercado, nomeadamente, o potencial daí resultante em termos de evicção dos produtores do EEE

121. A fim de apreciar a existência de um poder de mercado substancial, a Comissão terá em conta a posição do beneficiário ao longo de um período de tempo antes de receber o auxílio e a posição prevista no mercado após a conclusão do investimento. A Comissão terá em conta as quotas de mercado do beneficiário, bem como as dos seus concorrentes e ainda outros fatores, se for caso disso, incluindo, por exemplo, a estrutura de mercado, analisando o grau de concentração no mercado, os eventuais obstáculos à entrada37, o poder de compra38 e os obstáculos à expansão ou à saída do mercado.

3.6.3.2. Efeitos inerentes à localização

122. No cenário 2, em que, na ausência do auxílio, o investimento teria sido realizado numa região caracterizada por uma intensidade de auxílio com finalidade regional superior ou igual ao da região visada, tal facto constituirá um efeito negativo pouco suscetível de ser compensado por qualquer elemento positivo, uma vez que colide com a própria lógica dos auxílios estatais com finalidade regional.

123. Quando o beneficiário encerra uma atividade idêntica ou semelhante noutra região do EEE e transfere essa atividade para a região visada e existir uma ligação causal entre o auxílio e a deslocação da atividade, tal constitui um efeito negativo pouco suscetível de ser compensado por qualquer elemento positivo.

37 Estes obstáculos à entrada incluem os obstáculos jurídicos (nomeadamente os direitos de propriedade intelectual), as economias de escala e de escopo, os obstáculos de acesso às redes e à infraestrutura. Quando o auxílio incide num mercado em que o beneficiário é o operador histórico, os eventuais obstáculos à entrada podem exacerbar o potencial poder de mercado substancial exercido pelo beneficiário do auxílio e, deste modo, os eventuais efeitos negativos desse poder de mercado.

38 Quando há fortes compradores no mercado, revela-se menos provável que um beneficiário do auxílio possa aumentar os preços face a estes compradores.

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124. Quando aprecia as medidas notificadas, a Comissão deve dispor de todas as informações necessárias para determinar se o auxílio estatal pode resultar numa perda substancial de postos de trabalho noutros locais do EEE.

3.6.4. Regimes de auxílios ao funcionamento

125. Se o auxílio for necessário e proporcionado para alcançar o objetivo comum descrito na subsecção 3.1.3, é provável que os efeitos negativos do auxílio sejam compensados pelos seus efeitos positivos. Contudo, nalguns casos, os auxílios podem resultar numa alteração da estrutura do mercado ou das características de um setor ou ramo de atividade que é suscetível de distorcer significativamente a concorrência mediante a criação de obstáculos à entrada ou à saída do mercado, efeitos de substituição ou deslocação dos fluxos comerciais. Nesses casos, os efeitos negativos identificados são pouco suscetíveis de serem compensados por quaisquer elementos positivos

126. A Comissão pode exigir aos Estados-Membros que limitem a vigência de determinados regimes (normalmente a um período igual ou inferior a quatro anos) e que procedam a uma avaliação desses regimes, conforme descrito na secção 4.

3.7. Transparência

3.7.1. Regimes

127. Os Estados-Membros devem publicar num sítio Web central pelo menos as informações a seguir referidas sobre as medidas de auxílio estatal: o texto integral do regime de auxílio autorizado e as suas disposições de execução, a autoridade responsável pela concessão do auxílio, a designação dos beneficiários individuais, o montante do auxílio, a intensidade do auxílio e as vantagens previstas do projeto a favor do desenvolvimento regional39. Essas informações, publicadas uma vez adotada a decisão de concessão do auxílio, devem ser conservadas durante pelo menos dez anos e disponibilizadas ao público em geral, sem restrições40.

3.7.2. Auxílios individuais

128. Em relação aos auxílios individuais, as informações exigidas no ponto 127 devem ser divulgadas ao público nas mesmas condições que as acima referidas.

4. AVALIAÇÃO

129. As avaliações referidas nos pontos 111 e 126 devem abordar as seguintes questões: 1) se as premissas e condições que conduziram à decisão de compatibilidade se concretizaram; 2) a eficácia da medida de auxílio à luz dos seus objetivos predefinidos; 3) o seu impacto nos mercados e na concorrência e ausência de quaisquer efeitos de distorção indevidos durante a vigência do regime de auxílio que sejam contrários aos interesses da União.

130. Atendendo aos seus objetivos e a fim de não criar encargos desproporcionados a nível dos Estados-Membros e dos projetos de auxílio de dimensão mais reduzida,

39 Nos termos do ponto 37, a autoridade responsável pela concessão do auxílio deve verificar os efeitos positivos do projeto subvencionado e confirmar, com base nos elementos comprovativos apresentados pelo beneficiário, que contribuirá para o desenvolvimento da região.

40 Estas informações devem ser regularmente atualizadas (por exemplo, numa base semestral) e disponibilizadas em formato de acesso livre.

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esta avaliação é apenas aplicável no que se refere aos regimes de auxílio caracterizados por importantes montantes de auxílio, contendo características inéditas ou quando sejam previstas alterações significativas em termos de mercado, tecnologia ou regulamentação. A avaliação será realizada por um perito independente da autoridade responsável pela concessão do auxílio com base numa metodologia comum41 e divulgada ao público. A avaliação será apresentada à Comissão de forma atempada a fim de permitir a apreciação da eventual prorrogação do regime de auxílio e, em todo o caso, antes do termo do regime. O âmbito exato e as modalidades precisas da avaliação serão definidos na decisão de aprovação da medida de auxílio. Qualquer medida de auxílio subsequente com um objetivo semelhante deve ter em conta os resultados dessa avaliação.

5. MAPAS DOS AUXÍLIOS COM FINALIDADE REGIONAL

131. Na presente secção, a Comissão estabelece os critérios para identificar as regiões que satisfazem as condições do artigo 107.º, n.º 3, alíneas a) e c), do TFUE. As regiões que preenchem estas condições devem ser identificadas num mapa dos auxílios com finalidade regional notificado à Comissão tendo em vista a respetiva aprovação antes de os auxílios regionais poderem ser concedidos a empresas situadas nas regiões designadas. Os mapas devem igualmente especificar as intensidades máximas de auxílio aplicáveis nessas regiões.

5.1. Cobertura da população elegível para efeitos de auxílios com finalidade regional

132. Dado que a atribuição dos auxílios com finalidade regional constitui uma derrogação à proibição geral de concessão de auxílios estatais prevista no artigo 107.º, n.º 1, do TFUE, a Comissão considera que a cobertura da população global combinada das regiões «a» e «c» na União deve ser inferior à das regiões não designadas. Consequentemente, a cobertura total dessas regiões designadas deve ser significativamente inferior a 50 % da população da União.

133. Nas orientações relativas aos auxílios estatais com finalidade regional para o período 2007-201342, a cobertura global das regiões «a» e «c» foi fixada em 42 % da população da UE-25 (45,5 % da população da UE-27). A Comissão considera que este nível de cobertura da população global inicial deve ser mantido, em termos absolutos.

134. Assim, o limite máximo da cobertura global das regiões «a» e «c» deve ser fixado em 42 % da população da UE-27 para o período 2014-202043.

5.2. Derrogação prevista no artigo 107.º, n.º 3, alínea a)

135. O artigo 107.º, n.º 3, alínea a), do TFUE estabelece que «os auxílios destinados a promover o desenvolvimento económico de regiões em que o nível de vida seja anormalmente baixo ou em que exista grave situação de subemprego, bem como o desenvolvimento das regiões referidas no artigo 349.º, tendo em conta a sua situação estrutural, económica e social» podem ser considerados compatíveis com o mercado interno. De acordo com o Tribunal de Justiça, o uso dos termos «anormalmente» e

41 Essa metodologia comum pode ser fornecida pela Comissão.42 JO C 54 de 4.3.2006, p. 13.43 Este limite máximo é fixado, utilizando dados relativos à população de 2010. O limite máximo

corresponderá a […] % da população EU-28 após a adesão da Croácia à UE.

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«grave» na derrogação prevista no artigo 107.º, n.° 3, alínea a), demonstra que esta apenas abrange regiões em que a situação económica é particularmente desfavorável em relação ao conjunto da [União]44.

136. A Comissão considera que as condições previstas no artigo 107.º, n.º 3, alínea a), do TFUE estão preenchidas no que se refere às regiões NUTS 245 que tenham um produto interno bruto (PIB) per capita inferior a 75 % da média da União46.

137. Consequentemente, um Estado-Membro pode designar as seguintes regiões como regiões «a»:

(a) as regiões NUTS 2, cujo PIB per capita medido em padrão de poder de compra (PPC)47 seja inferior a 75 % da média da UE-27 (com base na média dos três últimos anos relativamente ao qual o Eurostat disponibiliza dados48);

(b) as regiões referidas no artigo 349.º do TFUE (a seguir designadas «regiões ultraperiféricas»)49.

138. As regiões «a» elegíveis são enumeradas por Estado-Membro no anexo I.

5.3. Derrogação prevista no artigo 107.º, n.º 3, alínea c)

139. Nos termos do artigo 107.º, n.º 3, alínea c), do TFUE, «os auxílios destinados a facilitar o desenvolvimento de certas atividades ou regiões económicas, quando não alterem as condições das trocas comerciais de maneira que contrariem o interesse comum» podem ser considerados compatíveis com o mercado interno. De acordo com o Tribunal de Justiça, «a derrogação estabelecida no artigo [107.º], n.º 3, alínea c), [...] permite o desenvolvimento de determinadas regiões, sem se encontrar limitada pelas condições económicas previstas no artigo [107.º], n.º 3, alínea a),

44 Acórdão de 14 de outubro de 1987 proferido no processo 248/84, Alemanha / Comissão (n.º 19, Coletânea 1987, p. 4036); acórdão de 14 de janeiro de 1997 proferido no processo C-169/95, Espanha / Comissão (n.º 15, Coletânea 1997, p. I-148); e acórdão de 7 de março de 2002 proferido no processo C-310/99, Itália / Comissão (n.º 77, Coletânea 2002, p. I-2289).

45 Regulamento (CE) n.º 105/2007 da Comissão, de 1 de fevereiro de 2007, que altera os anexos do Regulamento (CE) n.º 1059/2003 do Parlamento Europeu e do Conselho relativo à instituição de uma Nomenclatura Comum das Unidades Territoriais Estatísticas (NUTS) (JO L 39 de 10.2.2007, p. 1) e Regulamento (CE) n.° 176/2008 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 20 de fevereiro de 2008, que altera o Regulamento (CE) n.° 1059/2003 relativo à instituição de uma Nomenclatura Comum das Unidades Territoriais Estatísticas (NUTS) devido à adesão da Bulgária e da Roménia à União Europeia (JO L 61 de 5.3.2008, p. 1). Os dados utilizados nas presentes orientações baseiam-se na nomenclatura NUTS 2006.

46 A referência às regiões com um PIB per capita inferior a 75 % da média [comunitária] foi introduzida pela Comunicação da Comissão sobre as modalidades de aplicação do n.º 3, alíneas a) e c), do artigo 92º aos auxílios com finalidade regional (JO C 212 de 12.8.88, p. 2).

47 Em todas as referências subsequentes ao PIB per capita nas presentes orientações, o PIB é medido em PPC.

48 Os dados abrangem o período 2008-2010. Em todas as referências subsequentes ao PIB per capita em relação à média da UE-27, os dados serão baseados na média de dados regionais do Eurostat para 2008-2010.

49 Atualmente: Guadalupe, Guiana Francesa, Martinica, Reunião, Saint-Martin, Açores, Madeira e das ilhas Canárias. Em conformidade com a Decisão 2010/718/UE do Conselho Europeu, de 29 de outubro de 2010, que altera o estatuto perante a União Europeia da ilha de São Bartolomeu (JO L 325 de 9.12.2010, p. 4), a partir de 1 de janeiro de 2012, São Bartolomeu deixou de ser uma região ultraperiférica e tornou-se um país ou território ultramarino referidos na Parte IV do TFUE. Em conformidade com a Decisão 2012/419/UE do Conselho Europeu, de 11 de julho de 2012, que altera o estatuto de Maiote perante a União Europeia (JO L 204 de 31.7.2012, p. 131), a partir de 1 de janeiro de 2014, Maiote deixa de ser um país ou território ultramarino e passa a ser uma região ultraperiférica.

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desde que os auxílios com essa finalidade não «alterem as condições das trocas comerciais de maneira que contrariem o interesse comum». Esta disposição atribui à Comissão a faculdade de autorizar os auxílios destinados a promover o desenvolvimento económico das regiões de um Estado-Membro que se encontrem em situação desfavorável relativamente à média nacional»50.

140. O limite máximo da cobertura global para as regiões «c» na União (a seguir designada cobertura «c») é obtido deduzindo a população das regiões «a» elegíveis da União do limite máximo da cobertura global estabelecido no ponto 134.

141. Existem duas categorias de regiões «c»:

(a) as regiões «c» que preenchem certas condições preestabelecidas e que, por conseguinte, o Estado-Membro pode designar como regiões «c» sem necessidade de qualquer outra justificação (a seguir designadas «regiões «c» predefinidas»);

(b) as regiões que um Estado-Membro pode, por iniciativa própria, designar como regiões «c», desde que demonstre que essas regiões preenchem determinados critérios socioeconómicos (a seguir designadas «regiões "c" não predefinidas»);

5.3.1. Regiões «c» predefinidas

5.3.1.1. Repartição específica da cobertura «c» para as regiões «c» predefinidas

142. A Comissão considera que cada Estado-Membro em causa deve ter uma cobertura «c» suficiente, de modo a poder designar como regiões «c», as regiões que foram designadas como «a» no anterior mapa dos auxílios com finalidade regional durante o período 2011-201351 e cujo PIB per capita continua a ser significativamente inferior à média da UE-27.

143. A Comissão considera igualmente que cada Estado-Membro em causa deve possuir uma cobertura «c» suficiente, de modo a poder designar como regiões «c», as regiões que têm uma fraca densidade populacional52.

144. Consequentemente, as seguintes regiões são consideradas como regiões «c» predefinidas:

(a) as antiga regiões «a» com um PIB per capita inferior a 90 % da média da UE-27: as regiões NUTS 2 que foram designadas como regiões «a» durante o período 2011-2013 e cujo PIB per capita é inferior a 90 % da média da UE-27;

50 Acórdão de 14 de outubro de 1987 proferido no processo 248/84, Alemanha / Comissão (n.º 19, Coletânea 1987, p. 4036);

51 A lista de regiões «a» foi alterada em 2011 (ver Comunicação da Comissão relativa à reapreciação do estatuto de auxílio estatal e do limiar de auxílio das regiões afetadas pelo efeito estatístico nos seguintes mapas nacionais de auxílios estatais com finalidade regional para o período compreendido entre 1.1.2011 e 31.12.201 (JO C 222 de 17.8.2010, p. 2).

52 A possibilidade de estes Estados-Membros designarem regiões com baixa densidade populacional como regiões «c» foi introduzida pela Comunicação da Comissão dirigida aos Estados-Membros e terceiros interessados relativa a uma alteração introduzida no ponto II da Comunicação da Comissão sobre as modalidades de aplicação do n.º 3, alíneas a) e c) do artigo 92.º aos auxílios com finalidade regional (JO C 364 de 20.12.1994, p. 8).

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(b) regiões escassamente povoadas: as regiões NUTS 3 com uma densidade populacional inferior a 12,5 habitantes por km² (com base nos dados do Eurostat sobre a densidade da população relativamente a 2010).

145. Cada Estado-Membro em causa receberá uma repartição específica da cobertura «c» correspondente à população das regiões «c» predefinidas nesse Estado-Membro. A repartição específica da cobertura «c» só pode ser utilizada para designar regiões «c» predefinidas. A repartição específica da cobertura «c» predefinida é estabelecida por Estado-Membro no anexo I.

5.3.1.2. Designação das regiões «c» predefinidas

146. Um Estado-Membro pode designar como regiões «c», as regiões «c» predefinidas referidas no ponto 144.

147. Para as regiões escassamente povoadas, um Estado-Membro deve designar, em princípio, regiões NUTS 3 com uma densidade populacional inferior a 12,5 habitantes por km². No entanto, um Estado-Membro pode designar partes de regiões NUTS 3 com uma população inferior a 12,5 habitantes por km² ou outras regiões contíguas a essas regiões NUTS 3, desde que as regiões designadas tenham uma densidade populacional inferior a 12,5 habitantes por km² e que a sua designação não exceda a repartição específica da cobertura «c» referida no ponto 143, no ponto 144, alínea c), e no ponto 145.

5.3.2. Regiões «c» não predefinidas

5.3.2.1. Método de repartição da cobertura «c» não predefinida entre os Estados-Membros

148. O limite máximo da cobertura global das regiões «c» não predefinidas na União é obtido deduzindo a população das regiões «a» elegíveis e das regiões «c» predefinidas do limite máximo da cobertura global estabelecido no ponto 134. A cobertura «c» não predefinida é distribuída entre os Estados-Membros (com exceção dos Estados-Membros cujo território seja integralmente elegível como região «a»), utilizando o método estabelecido no anexo II.

5.3.2.2. Rede de segurança e cobertura de população mínima

149. Para assegurar a continuidade dos mapas dos auxílios com finalidade regional e um âmbito de ação mínimo para todos os Estados-Membros, a Comissão considera que cada Estado-Membro não deve perder mais de metade da sua cobertura total em relação ao período anterior e que cada Estado-Membro deve ter uma cobertura de população mínima.

150. Por conseguinte, em derrogação do limite máximo de cobertura global previsto no ponto 13453, a cobertura «c» para cada Estado-Membro em causa deve ser aumentada à medida do necessário, a fim de a cobertura «a» e «c» de cada Estado-Membro não ser reduzida em mais de 50 %, em comparação com o período de 2007-2013 e cada Estado-Membro ter uma cobertura da população correspondente a, pelo menos, 7,5 % da sua população nacional.

151. A cobertura «c» não predefinida, incluindo a rede de segurança e a cobertura de população mínima, é estabelecida por Estado-Membro no anexo I.

53 Esta disposição aumenta a cobertura global para […] % da população da UE-27.

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5.3.2.3. Designação das regiões «c» não predefinidas

152. A Comissão considera que os critérios utilizados pelos Estados-Membros para designar as regiões «c» devem refletir a diversidade das situações em que a concessão de auxílios regionais pode ser justificada. Consequentemente, os critérios devem contemplar certos problemas socioeconómicos, geográficos ou estruturais e proporcionar salvaguardas suficientes no sentido de a atribuição de auxílios estatais com finalidade regional não afetar as condições das trocas comerciais de maneira que contrarie o interesse comum.

153. Assim, um Estado-Membro pode designar como regiões «c», as regiões «c» não predefinidas com base nos seguintes critérios:

(a) Critério 1: as regiões contíguas de, pelo menos, 100 000 habitantes54 localizadas em regiões NUTS 2 ou NUTS 3 que apresentam as seguintes características:

– um PIB per capita inferior à média da UE-27; ou

– uma taxa de desemprego superior a 115 % da média nacional55.

(b) Critério 2: as regiões NUTS 3 com menos de 100 000 habitantes, que apresentam as seguintes características:

– um PIB per capita inferior à média da UE-27; ou

– uma taxa de desemprego superior a 115 % da média nacional.

(c) Critério 3: as ilhas e regiões contíguas caracterizadas por um isolamento geográfico semelhante (por exemplo, penínsulas ou zonas de montanha) que tenham:

– um PIB per capita inferior à média da UE-2756; ou

– uma taxa de desemprego superior a 115 % da média nacional57; ou

– menos de 5 000 habitantes.

(d) Critério 4: as regiões NUTS 3, ou partes de regiões NUTS 3 que formam regiões contíguas, que sejam adjacentes a uma região «a» que partilham uma fronteira terrestre com um país fora do Espaço Económico Europeu (EEE) ou da Associação Europeia de Comércio Livre (EFTA).

(e) Critério 5: as regiões contíguas com, pelo menos, 50 000 habitantes58 que se encontrem num processo de grande transformação estrutural ou numa situação

54 Este limiar de população será reduzido para 50 000 habitantes para os Estados-Membros que tenham uma cobertura «c» não predefinida inferior a um milhão de habitantes ou para 10 000 habitantes para os Estados-Membros cuja população total seja inferior a um milhão de habitantes.

55 Relativamente ao desemprego, os cálculos devem basear-se nos dados regionais do Eurostat, utilizando a média dos três últimos anos para os quais existem dados disponíveis (no momento da notificação do mapa dos auxílios com finalidade regional). Salvo indicação em contrário, esta disposição será aplicável em todas as referências subsequentes à taxa de desemprego em relação à média nacional.

56 Para determinar se essas ilhas e regiões contíguas apresentam um PIB per capita inferior à média da UE-27, o Estado-Membro pode referir-se aos dados fornecidos pelo serviço nacional de estatística ou por outras fontes reconhecidas.

57 Para determinar se essas ilhas e regiões contíguas apresentam uma taxa de desemprego superior a 115 % da média nacional, o Estado-Membro pode referir-se aos dados fornecidos pelo serviço nacional de estatística ou por outras fontes reconhecidas.

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de declínio relativamente grave, desde que tais regiões não estejam situadas em regiões NUTS 3 ou regiões contíguas que preenchem as condições para serem designadas como regiões predefinidas ou ao abrigo dos critérios 1 a 4. O Estado-Membro deve demonstrar que as condições aplicáveis são respeitadas, comparando as regiões em causa com a situação de outras regiões similares na União, com base em indicadores socioeconómicos.

154. Para efeitos dos critérios referidos no ponto 153, a noção de regiões contíguas deve referir-se às unidades administrativas locais (UAL 2) completas59 ou a um grupo de regiões UAL 2 completas. Deve considerar-se que um grupo de regiões UAL 2 forma uma região contígua se cada uma das referidas regiões partilha uma fronteira administrativa com outra região do grupo. Se uma ou mais das regiões UAL 2 desse grupo tiver uma população superior à população mínima exigida para as regiões contíguas em virtude dos critérios 1 ou 5 (incluindo os limiares de população reduzidos para esses critérios), o Estado-Membro pode designar partes dessas regiões, desde que a população de cada parte corresponda a, pelo menos, 75 % da população mínima exigida em virtude do critério aplicável.

155. A observância da cobertura de população autorizada para cada Estado-Membro será determinada com base nos dados mais recentes relativos à população residente total nas regiões em causa, publicados pelo serviço nacional de estatística.

5.4. Intensidades máximas de auxílio aplicáveis aos auxílios ao investimento com finalidade regional

156. A Comissão considera que as intensidades máximas de auxílio aplicáveis aos auxílios ao investimento com finalidade regional devem ter em conta a natureza e o âmbito das disparidades entre os níveis de desenvolvimento das regiões da União. As intensidades de auxílio devem, por conseguinte, ser mais elevadas nas regiões «a» do que nas regiões «c».

5.4.1. Intensidades máximas de auxílio nas regiões «a»

157. A intensidade de auxílio nas regiões «a» não deve exceder:

(a) 50 % ESB em regiões NUTS 2 cujo PIB per capita é inferior a 45 % da média da UE-27;

(b) 35 % ESB em regiões NUTS 2 cujo PIB per capita é inferior a 45 % da média da UE-27;

(c) 25 % ESB em regiões NUTS 2 cujo PIB per capita é superior a 60 % da média da UE-27.

158. As intensidades máximas de auxílio previstas no ponto 157 podem ser aumentadas até 10 pontos percentuais nas regiões ultraperiféricas que apresentem um PIB per capita inferior a 75 % da média da UE-27 ou até 5 pontos percentuais nas restantes regiões ultraperiféricas.

58 Este limiar de população será reduzido para 25 000 habitantes para os Estados-Membros que tenham uma cobertura «c» não predefinida inferior a um milhão de habitantes ou para 10 000 habitantes para os Estados-Membros cuja população total seja inferior a um milhão de habitantes.

59 Esta disposição aplica-se às regiões UAL 1 se tais regiões tiverem uma população mais pequena do que a região UAL 2 de que fazem parte.

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159. As intensidades máximas de auxílio previstas no ponto 157 podem ser majoradas até um máximo de 20 pontos percentuais para as pequenas empresas ou até 10 pontos percentuais para as médias empresas.

5.4.2. Intensidades máximas de auxílio nas regiões «c»

160. Tal como indicado no ponto 9, a Comissão considera que, nas regiões «c», é provável que os efeitos negativos diretos dos auxílios regionais ao investimento a favor de grandes empresas sejam superiores aos eventuais efeitos positivos. Consequentemente, os auxílios regionais ao investimento nas regiões «c» devem ser reservados às PME.

161. Por conseguinte, a intensidade de auxílio nas regiões «c» não deve, em princípio, exceder 30 % ESB para as pequenas empresas ou 20 % ESB para as médias empresas.

162. Nas antigas regiões «a» com um PIB per capita inferior a 90 % da média da UE-27, as intensidades de auxílio podem ser aumentadas até 5 pontos percentuais de 1 de janeiro de 2014 a 31 de dezembro de 2017.

163. Se uma região «c» é adjacente a uma região «a», a intensidade máxima de auxílio autorizada nessa região «c» pode ser aumentada, consoante necessário, para que a diferença em termos de intensidade de auxílio entre ambas as regiões não seja superior a 15 pontos percentuais.

5.5. Notificação e declaração de compatibilidade

164. Na sequência da publicação das presentes orientações no Jornal Oficial da União Europeia, cada Estado-Membro deve notificar à Comissão, sem demora, um único mapa dos auxílios com finalidade regional aplicável de 1 de janeiro de 2014 a 31 de dezembro de 2020. Cada notificação deve incluir as informações solicitadas no formulário constante do anexo III.

165. A Comissão examinará essas notificações com base nas presentes orientações. No termo desse exame, a Comissão adotará decisões em que aprova um mapa dos auxílios com finalidade regional para cada Estado-Membro. Cada mapa dos auxílios com finalidade regional será publicado no Jornal Oficial da União Europeia e fará parte integrante das orientações relativas aos auxílios com finalidade regional.

5.6. Alterações

5.6.1. Reserva de população

166. Por sua própria iniciativa, um Estado-Membro pode decidir criar uma reserva da cobertura da população nacional, consistindo na diferença entre o limite máximo da cobertura nacional para esse Estado-Membro, tal como atribuído pela Comissão60, e a cobertura utilizada para as regiões «a» e «c» designadas no seu mapa dos auxílios com finalidade regional.

167. Se um Estado-Membro tiver decidido criar essa reserva, pode, a qualquer momento, recorrer a ela para acrescentar novas regiões «c» no seu mapa, até que seja alcançado o seu limite máximo de cobertura nacional. Para o efeito, o Estado-Membro pode fazer referência aos últimos dados socioeconómicos disponíveis fornecidos pelo seu serviço nacional de estatística ou por outras fontes reconhecidas. A população das

60 Ver anexo II.

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regiões «c» em causa é calculada com base nos dados relativos à população utilizados para elaborar o mapa inicial.

168. O Estado-Membro deve notificar à Comissão cada utilização da sua reserva de população antes de aplicar essas alterações.

5.6.2. Revisão intercalar das regiões «c»

169. A Comissão procederá a uma revisão intercalar das regiões «c» em 2017.

170. Um Estado-Membro pode alterar a lista de regiões «c» incluídas no seu mapa dos auxílios com finalidade regional (dentro do seu limite máximo de cobertura nacional «c», com base nos dados da população utilizados para a elaboração do seu mapa) de 1 de janeiro de 2018 a 31 de dezembro de 2020. Essas alterações não podem ser superiores a 50 % da cobertura de regiões «c» de cada Estado-Membro.

171. Para o efeito, o Estado-Membro pode fazer referência aos dados sobre o PIB per capita e à taxa de desemprego fornecidos pelo serviço nacional de estatística ou por outras fontes reconhecidas, utilizando a média dos três últimos anos para os quais existem dados disponíveis (no momento da notificação do mapa alterado). A população das regiões «c» em causa é calculada com base nos dados relativos à população utilizados para elaborar o mapa inicial.

172. O Estado-Membro deve notificar à Comissão tais alterações até 1 de abril de 2017 e antes de proceder à sua aplicação.

6. ENTRADA EM VIGOR E APLICABILIDADE

173. As presentes orientações entram em vigor no dia da sua publicação no Jornal Oficial da União Europeia. A Comissão aplicará as presentes orientações no âmbito da apreciação de compatibilidade de todos os auxílios com finalidade regional a conceder após 31 de dezembro de 2013. Os auxílios regionais concedidos ilegalmente ou a conceder antes de 1 de janeiro de 2014 serão apreciados em conformidade com as regras em vigor na data em que o auxílio é concedido.

174. Uma vez que devem ser coerentes com o mapa dos auxílios com finalidade regional, as notificações de regimes de auxílios com finalidade regional ou de medidas de auxílio a conceder após 31 de dezembro de 2013 não serão, em princípio, consideradas completas até que o mapa dos auxílios com finalidade regional tenha sido adotado pelo Estado-Membro em causa em conformidade com o procedimento descrito na subsecção 5.5. Por conseguinte, a Comissão não examinará, em princípio, as notificações de regimes de auxílios com finalidade regional a aplicar após 31 de dezembro de 2013 ou os auxílios a conceder após essa data até à adoção do mapa dos auxílios com finalidade regional para o Estado-Membro em causa.

175. A Comissão considera que a aplicação das presentes orientações conduzirá a alterações substanciais nas regras aplicáveis aos auxílios com finalidade regional em toda a UE. Além disso, à luz das novas condições económicas e sociais existentes na UE, afigura-se necessário reapreciar se continuam a justificar-se todos os regimes de auxílios com finalidade regional, bem como a respetiva eficácia, incluindo os regimes de auxílios ao investimento e ao funcionamento. Por estes motivos, a Comissão propõe aos Estados-Membros as seguintes medidas adequadas, em conformidade com o artigo 108.º, n.º 1, do TFUE:

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– Os Estados-Membros devem limitar temporalmente a aplicação de todos os regimes de auxílios com finalidade regional existentes que não beneficiam de uma isenção por categoria e de todos os mapas dos auxílios com finalidade regional aos auxílios a conceder até 31 de dezembro de 2013;

– Os Estados-Membros devem alterar os outros regimes de auxílios horizontais existentes que prevejam um tratamento específico dos auxílios a favor de projetos em regiões assistidas, a fim de assegurar que os auxílios a conceder após 31 de dezembro de 2013 estejam em conformidade com o mapa de auxílios com finalidade regional em vigor na data em que o auxílio é concedido.

– Os Estados-Membros devem confirmar que aceitam as propostas supra até [….] de 2013.

176. É de observar que os regimes de auxílios com finalidade regional que beneficiam de uma isenção por categoria ao abrigo do Regulamento (CE) n.º 800/2008 (Regulamento geral de isenção por categoria – RGIC)61 e do Regulamento de isenção por categoria dos auxílios estatais ao investimento com finalidade regional62 cessam no final de 2013 e que o período transitório de seis meses autorizado para a aplicação de certos regimes de isenção por categoria ao abrigo do RGIC após o seu termo não se aplica aos auxílios com finalidade regional.

7. REVISÃO

177. A Comissão pode decidir reapreciar ou alterar as presentes orientações em qualquer altura, se tal for considerado necessário por razões inerentes à política de concorrência ou para ter em conta outras políticas da UE e compromissos internacionais.

61 Regulamento (CE) n.º 800/2008 da Comissão, de 6 de agosto de 2008, que declara certas categorias de auxílios compatíveis com o mercado comum, em aplicação dos artigos 87.º e 88.º do Tratado (Regulamento geral de isenção categoria) (JO L 214 de 9.8.2008, p.3).

62 Regulamento (CE) n.º 1628/2006 da Comissão, de 24 de outubro de 2006, relativo à aplicação dos artigos 87.º e 88.º do Tratado aos auxílios estatais ao investimento com finalidade regional (JO L 302 de 1.11.2009).

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Anexo I

Cobertura dos auxílios com finalidade regional por Estado-Membro para o período 2014-2020

Bélgica Regiões NUTS PIB63 População64

Regiões «c» predefinidas (antigas regiões «a»65)

BE32 Prov. Hainaut ##,## ##,##

Regiões «c» não predefinidas — — ##,##

Cobertura da população total 2014-2020

— — ##,##

Bulgária Regiões NUTS PIB População

Regiões «a» BG31 Severozapaden ##,## ##,##

BG32 Severen tsentralen ##,## ##,##

BG33 Severoiztochen ##,## ##,##

BG34 Yugoiztochen ##,## ##,##

BG41 Yugozapaden ##,## ##,##

BG42 Yuzhen tsentralen ##,## ##,##

Cobertura da população total 2014-2020

— — 100,0

República Checa Regiões NUTS PIB População

Regiões «a» CZ02 Střední Čechy ##,## ##,##

CZ03 Jihozápad ##,## ##,##

CZ04 Severozápad ##,## ##,##

CZ05 Severovýchod ##,## ##,##

CZ06 Jihovýchod ##,## ##,##

CZ07 Střední Morava ##,## ##,##

CZ08 Moravskoslezsko ##,## ##,##

Cobertura da população total 2014- — — ##,##

63 PIB per capita em PPC, média para 2008-2010 (EU-27 = 100 %).64 Percentagem da população nacional (população em 2010).65 Antigas regiões «a» com um PIB per capita inferior a 90 % da média UE-27. [NB:Para efeitos do

presente anexo, as regiões «c» predefinidas são tidas em conta com base no PIB per capita para o período 2007-2009 (para determinar o limiar de 90 % da média da UE-27) e nos dados Eurostat sobre a densidade populacional em 2009.

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2020

Dinamarca Regiões NUTS PIB População

Regiões «c» não predefinidas — — ##,##

Cobertura da população total 2014-2020

— — ##,##

Alemanha Regiões NUTS PIB População

Regiões «a» predefinidas (antigas regiões «a»)

DE41 Brandenburg - Nordost ##,## ##,##

DE80 Mecklenburg-Vorpommern

##,## ##,##

DED1 Chemnitz ##,## ##,##

DED2 Dresden ##,## ##,##

DEE0 Sachsen-Anhalt ##,## ##,##

DEG0 Thüringen ##,## ##,##

Regiões «c» não predefinidas — — ##,##

Cobertura da população total 2014-2020

— — ##,##

Estónia Regiões NUTS PIB População

Regiões «a» EE00 Eesti ##,## 100,0

Cobertura da população total 2014-2020

— — 100,0

Irlanda Regiões NUTS PIB População

Regiões «c» não predefinidas — ##,## ##,##

Cobertura da população total 2014-2020

— — ##,##

Grécia Regiões NUTS PIB População

Regiões «a» GR11 Anatoliki Makedonia Thraki

##,## ##,##

GR12 Kentriki Makedonia ##,## ##,##

GR14 Thessalia ##,## ##,##

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GR21 Ipeiros ##,## ##,##

GR23 Dytiki Ellada ##,## ##,##

Regiões «c» predefinidas (antigas regiões «a»)

GR13 Dytiki Makedonia ##,## ##,##

GR22 Ionia Nisia ##,## ##,##

GR25 Peloponnisos ##,## ##,##

GR41 Voreio Aigaio ##,## ##,##

GR43 Kriti ##,## ##,##

Regiões «c» predefinidas (regiões escassamente povoadas)

GR243 Evrytania — ##,##

Regiões «c» não predefinidas — — ##,##

Cobertura da população total 2014-2020

— — ##,##

Espanha Regiões NUTS PIB População

Regiões «a» ES43 Extremadura ##,## ##,##

ES70 Canarias ##,## ##,##

Regiões «c» predefinidas (antigas regiões «a»)

ES42 Castilla-la Mancha ##,## ##,##

ES61 Andalucia ##,## ##,##

Regiões «c» predefinidas (escassamente povoadas)

ES242 Teruel — ##,##

ES417 Soria — ##,##

Regiões «c» não predefinidas — — ##,##

Cobertura da população total 2014-2020

— — ##,##

França Regiões NUTS PIB População

Regiões «a» FR91 Guadeloupe ##,## ##,##

FR92 Martinique ##,## ##,##

FR93 Guyane ##,## ##,##

FR94 Réunion ##,## ##,##

Saint-Martin* : :

Mayotte* : :

Regiões «c» não predefinidas — — ##,##

Cobertura da população total 2014-2020

— — ##,##

* Saint-Martin e Mayotte são regiões ultraperiféricas, mas não figuram na nomenclatura NUTS 2006, dado que o seu estatuto administrativo foi alterado ao abrigo do direito nacional em 2007 e 2011, respectivamente.

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Itália Regiões NUTS PIB População

Regiões «a» ITF3 Campania ##,## ##,##

ITF4 Puglia ##,## ##,##

ITF5 Basilicata ##,## ##,##

ITF6 Calabria ##,## ##,##

ITG1 Sicilia ##,## ##,##

Regiões «c» não predefinidas — — ##,##

Cobertura da população total 2014-2020

— — ##,##

Chipre Regiões NUTS PIB População

Regiões «c» não predefinidas — — ##,##

Cobertura da população total 2014-2020

— — ##,##

Letónia Regiões NUTS PIB População

Regiões «a» LV00 Latvija ##,## 100,0

Cobertura da população total 2014-2020

— — 100,0

Lituânia Regiões NUTS PIB População

Regiões «a» LT00 Lietuva ##,## 100,0

Cobertura da população total 2014-2020

— — 100,0

Luxemburgo Regiões NUTS PIB População

Regiões «c» não predefinidas — — ##,##

Cobertura da população total 2014-2020

— — ##,##

Hungria Regiões NUTS PIB População

Regiões «a» HU21 Közép-Dunántúl ##,## ##,##

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HU22 Nyugat-Dunántúl ##,## ##,##

HU23 Dél-Dunántúl ##,## ##,##

HU31 Észak-Magyarország ##,## ##,##

HU32 Észak-Alföld ##,## ##,##

HU33 Dél-Alföld ##,## ##,##

Regiões «c» não predefinidas — — ##,##

Cobertura da população total 2014-2020

— — ##,##

Malta Regiões NUTS PIB População

Regiões «c» predefinidas (antigas regiões «a»)

MT00 Malta ##,## 100,0

Cobertura da população total 2014-2020

— — 100,0

Países Baixos Regiões NUTS PIB População

Regiões «c» não predefinidas — — 7,5

Cobertura da população total 2014-2020

— — 7,5

Áustria Regiões NUTS PIB População

Regiões «c» não predefinidas — — ##,##

Cobertura da população total 2014-2020

— — ##,##

Polónia Regiões NUTS PIB População

Regiões «a» PL11 Łódzkie ##,## ##,##

PL21 Małopolskie ##,## ##,##

PL22 Śląskie ##,## ##,##

PL31 Lubelskie ##,## ##,##

PL32 Podkarpackie ##,## ##,##

PL33 Świętokrzyskie ##,## ##,##

PL34 Podlaskie ##,## ##,##

PL41 Wielkopolskie ##,## ##,##

PT 40

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PL42 Zachodniopomorskie ##,## ##,##

PL43 Lubuskie ##,## ##,##

PL51 Dolnośląskie ##,## ##,##

PL52 Opolskie ##,## ##,##

PL61 Kujawsko-Pomorskie ##,## ##,##

PL62 Warmińsko-Mazurskie ##,## ##,##

PL63 Pomorskie ##,## ##,##

Regiões «c» não predefinidas — — ##,##

Cobertura da população total 2014-2020

— — ##,##

Portugal Regiões NUTS PIB População

Regiões «a» PT11 Norte ##,## ##,##

PT16 Centro (PT) ##,## ##,##

PT18 Alentejo ##,## ##,##

PT20 Região Autónoma dos Açores

##,## ##,##

PT30 Região Autónoma da Madeira

##,## ##,##

Regiões «c» não predefinidas — — ##,##

Cobertura da população total 2014-2020

— — ##,##

Roménia Regiões NUTS PIB População

Regiões «a» RO11 Nord-Vest ##,## ##,##

RO12 Centru ##,## ##,##

RO21 Nord-Est ##,## ##,##

RO22 Sud-Est ##,## ##,##

RO31 Sud – Muntenia ##,## ##,##

RO41 Sud-Vest Oltenia ##,## ##,##

RO42 Vest ##,## ##,##

Cobertura da população total 2014-2020

— — ##,##

Eslovénia Regiões NUTS PIB População

PT 41

PT

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Regiões «a» SI01 Vzhodna Slovenija ##,## ##,##

Regiões «c» não predefinidas — — ##,##

Cobertura da população total 2014-2020

— — ##,##

Eslováquia Regiões NUTS PIB População

Regiões «a» SK02 Západné Slovensko ##,## ##,##

SK03 Stredné Slovensko ##,## ##,##

SK04 Východné Slovensko ##,## ##,##

Cobertura da população total 2014-2020

— — ##,##

Finlândia Regiões NUTS PIB População

Regiões «c» predefinidas (regiões escassamente povoamente)

FI131 Etelä-Savo — ##,##

FI133 Pohjois-Karjala — ##,##

FI134 Kainuu — ##,##

FI1A2 Pohjois-Pohjanmaa — ##,##

FI1A3 Lappi — ##,##

Regiões «c» não predefinidas — — ##,##

Cobertura da população total 2014-2020

— — ##,##

Suécia Regiões NUTS PIB População

PT 42

PT

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Regiões «c» predefinidas (regiões escassamente povoadas)

SE312 Dalarnas län — ##,##

SE321 Västernorrlands län — ##,##

SE322 Jämtlands län — ##,##

SE331 Västerbottens län — ##,##

SE332 Norrbottens län — ##,##

Cobertura da população total 2014-2020

— — ##,##

Reino Unido Regiões NUTS PIB População

Regiões «a» UKK30 Cornwall and the Isles of Scilly

##,## ##,##

UKL1 West Wales and The Valleys

##,## ##,##

Regiões «c» predefinidas (regiões escassamente povoadas)

UKM61 Caithness & Sutherland and Ross & Cromarty

— ##,##

UKM63 Lochaber, Skye & Lochalsh, Arran & Cumbrae and Argyll & Bute

— ##,##

UKM64 Eilean Siar (Western Isles)

— ##,##

Regiões «c» não predefinidas — — ##,##

Cobertura da população total 2014-2020

— — ##,##

PT 43

PT

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Anexo II

Método de repartição da cobertura «c» não predefinida entre os Estados-Membros

A Comissão determinará a cobertura «c» não predefinida para cada Estado-Membro pertinente, aplicando o seguinte método:

1. Em relação a cada Estado-Membro, identificará as regiões NUTS 3 no seu território que não se situam em qualquer das seguintes regiões:

– regiões «a» elegíveis enumeradas no anexo I;

– antigas regiões «a» com um PIB per capita inferior a 90 % da média da UE-27;

– regiões escassamente povoadas.

2. Entre as regiões NUTS 3 identificadas na etapa 1, a Comissão identificará aquelas:

– cujo PIB per capita66 é inferior ao limiar de disparidade do PIB per capita nacional67; ou

– cuja taxa de desemprego é superior ao limiar de disparidade da taxa de desemprego nacional68, ou superior a 150 % da média nacional; ou

– cujo PIB per capita é inferior a 90 % da média da UE-27; ou

– cuja taxa de desemprego é superior a 125 % da média da UE-27.

3. A repartição da cobertura «c» não predefinida para o Estado-Membro i (Ai) é determinada segundo a seguinte fórmula (expressa em percentagem da população da UE-27):

Ai = pi / P × 100

em que:

pi é a população69 das regiões NUTS 3 no Estado-Membro i identificado na etapa 2.

P é a população total das regiões NUTS 3 na UE-27 identificadas na etapa 2.

66 Todos os dados relativos ao PIB per capita e ao desemprego referidos no presente anexo baseiam-se na média dos três últimos anos para os quais se encontram disponíveis dados Eurostat, ou seja, 2008-2010 para o PIB per capita e 2009-2011 para o desemprego. Se os dados ao nível NUTS 3 não se encontrarem disponíveis em relação a qualquer ano, serão utilizados os dados relativos à região NUTS 2 em que essas regiões NUTS 3 se situam.

67 O limiar de disparidade do PIB nacional per capita para o Estado-Membro i (TGi) é determinado de acordo com a seguinte fórmula (expressa em percentagem do PIB nacional per capita):

(TG)i = 85 × ((1 + 100 / gi) / 2)

em que: gi é o PIB per capita do Estado-Membro i, expresso em percentagem da média da UE-27. 68 O limiar de disparidade da taxa de desemprego nacional para o Estado-Membro i (TUi) é determinado

de acordo com a seguinte fórmula (expressa em percentagem da taxa de desemprego nacional):

(TU)i = 115 × ((1 + 100 / ui) / 2)

em que: ui é a taxa de desemprego nacional do Estado-Membro i, expressa em percentagem da média da UE-27.

69 Os dados da população para as regiões NUTS 3 são estabelecidos com base nos dados da população utilizados pelo Eurostat para calcular o PIB regional per capita em 2010.

PT 44

PT

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Anexo III

Formulário de apresentação de informações sobre os mapas dos auxílios com finalidade regional

4. Um Estado-Membro deve, caso necessário, apresentar informações sobre cada uma das seguintes categorias das regiões propostas para serem designadas como:

– regiões «a»;

– antigas regiões «a» com um PIB per capita inferior a 90 % da média da UE-27;

– regiões escassamente povoadas;

– regiões «c» não predefinidas designadas com base no critério 1;

– regiões «c» não predefinidas designadas com base no critério 2;

– regiões «c» não predefinidas designadas com base no critério 3;

– regiões «c» não predefinidas designadas com base no critério 4;

– regiões «c» não predefinidas designadas com base no critério 5;

5. No âmbito de cada categoria, um Estado-Membro deve apresentar as seguintes informações para cada região proposta:

– identificação da região (através do código de região NUTS 2 ou NUTS 3, do código UAL 2 or UAL 1 das regiões que constituem regiões contíguas ou de outras denominações oficiais das unidades administrativas em causa);

– a intensidade de auxílio proposta na região para o período 2014-2020 ou, em relação às antigas regiões «a» com um PIB per capita inferior a 90 % da média da UE-27, para os períodos 2014-2016 e 2017-2020 (indicando, se for caso disso, qualquer aumento da intensidade do auxílio conforme referido nos pontos 158, 162 ou 163);

– população residente total da região, conforme definida no ponto 155.

6. Em relação às regiões escassamente povoadas e às regiões não predefinidas designadas com base nos critérios 1 a 5, um Estado-Membro deve apresentar elementos que comprovem de forma adequada que é preenchida cada uma das condições aplicáveis, enunciadas no ponto 147 e nos pontos 153 a 155.

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Anexo IV

Definição do setor siderúrgico

Para efeitos das presentes orientações, por «setor siderúrgico», deve entender-se todas as atividades relacionadas com a produção de um ou vários dos produtos a seguir referidos:

(a) gusa e ligas de ferro; gusa para o fabrico de aço, ferro de fundição e outros ferros fundidos em bruto, ferro spiegel (especular) e ferromanganês com alto teor de carbono, não incluindo as outras ferro-ligas;

(b) produtos em bruto e semiacabados de ferro macio, de aço corrente ou de aço especial: aço líquido vazado ou não em lingotes, incluindo os lingotes destinados à forja de produtos semi-acabados: «blooms», biletes e brames; «larget» e «bobinas»; bobinas largas laminadas a quente, com excepção da produção de aço líquido para peças vazadas de pequenas e médias empresas de fundição;

(c) produtos acabados a quente de ferro macio, de aço corrente ou de aço especial: carris, dormentes, eclissas, placas de apoio ou assentamento, perfis, perfis pesados com pelo menos 80 mm, estacas-pranchas, barras e perfis com menos de 80 mm e produtos planos com menos de 150 mm, fio-máquina, tubos de secção circular ou quadrada, bandas laminadas a quente (incluindo bandas para tubos), chapa laminada a quente (revestida ou não revestida), chapas com pelo menos 3 mm de espessura, chapa grossa em formatos com pelo menos 150 mm, com a excepção de arames e outros produtos de trefilaria, barras polidas e produtos de fundição;

(d) produtos acabados a frio: folha-de-flandres, chapa com banho de chumbo, chapa preparada, chapas galvanizadas, outras chapas revestidas, chapas laminadas a frio, chapas magnéticas e bandas destinadas à produção de folha-de-flandres, chapas grossas laminadas a frio, em rolos e em folhas;

(e) tubos: todos os tubos de aço sem costura, tubos de aço soldados com um diâmetro superior a 406,4 mm.

Definição do setor das fibras sintéticas

Para efeitos das presentes orientações, deve entender-se por «setor das fibras sintéticas»:

(a) a extrusão/texturização de todos os tipos genéricos de fibras e fios com base em poliéster, poliamida, acrílico ou polipropileno, independentemente da sua utilização final; ou

(b) a polimerização (incluindo a policondensação), quando esta se encontra integrada na extrusão em temos do equipamento utilizado; ou

(c) qualquer processo industrial conexo associado à instalação simultânea de uma capacidade de extrusão/texturização pelo futuro beneficiário ou por outra empresa pertencente ao mesmo grupo e que, na actividade industrial específica em causa, possua normalmente tais capacidades em termos de equipamento utilizado.

PT 46

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Anexo V

Formulário de pedido de auxílios ao investimento com finalidade regional:

- Informações sobre o beneficiário do auxílio:

designação, endereço da sede principal, principal setor de atividade (Código NACE); declaração de que a empresa não se encontra em dificuldade na acepção das Orientações relativas aos

auxílios estatais de emergência e à reestruturação a empresas em dificuldade; declaração relativa aos auxílios (de minimis e auxílios estatais) já recebidos a favor de outros projetos

durante os últimos três anos na mesma região NUTS 3 em que será realizado o novo investimento. Declaração relativa aos auxílios ao investimento com finalidade regional recebidos ou a receber a favor do mesmo projeto de outras autoridades.

- Informações sobre o projeto/atividade a apoiar:

breve descrição do projeto de investimento; breve descrição das efeitos positivos esperados para a região em causa (p.ex. número de postos de

trabalho criados ou salvaguardados, atividades de I&D&I, atividades de formação, criação de um aglomerado);

base jurídica pertinente (nacional, UE ou ambos); data prevista de início e conclusão do projeto localização(ões) do projeto

- Informações sobre o financiamento do projeto:

investimentos e outros custos conexos, análise custo/eficácia das medidas de auxílio notificadas; totalidade dos custos elegíveis; montante de auxílio solicitado; intensidade do auxílio.

- Informações sobre a necessidade do auxílio e o seu impacto esperado:

breve explicação da necessidade do auxílio e do seu impacto a nível da decisão relativa ao investimento ou quanto à localização. Deve ser indicado o eventual local alternativo na ausência do auxílio;

declaração quanto à ausência de um acordo irrevogável entre o beneficiário e os contratantes com vista à realização do projeto.

PT 47

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