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Evangelho Segundo Tomé - (Estudo do Evangelho apócrifo de Tomé) - Joaquim de Aruanda e organizados por Firmino José Leite e Márcia Liz Contieri Leite.pdf

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  • Evangelho segundo Tom Pgina 3

    Coleo Estudos Espiritualistas Assim, quando o corpo mortal se vestir com o que imortal e quando o que

    morre se vestir com o que no pode morrer, ento acontecer o que as Escrituras

    Sagradas dizem: a morte est destruda; a vitria total

    (Paulo Carta aos Corntios 1 Captulo 15 versculo 54).

    Evangelho segundo Tom

    (Estudo do Evangelho apcrifo de Tom)

    Este livro contm textos de palestras espirituais realizadas por

    incorporao pelo amigo espiritual JOAQUIM DE ARUANDA e

    organizados por FIRMINO JOS LEITE, MRCIA LIZ CONTIERI

    LEITE

    ESPIRITUALISMO ECUMNICO UNIVERSAL

    R. Pedro Pompermayer, 13 Rio das Pedras SP

    (19) 3493-6604

    WWW.meeu.com.br

    MARO - 2002

  • Evangelho segundo Tom Pgina 4

    ndice

    1 Prefcio .............................................................................................................................. 8

    Palavras de amor ............................................................................................................. 8

    2 - Apresentao .................................................................................................................... 13

    Logia 019 Doutrina Espiritualista Ecumnica Universal ................................................ 13

    Histrico ......................................................................................................................... 30

    Introduo ...................................................................................................................... 32

    Apresentao ................................................................................................................. 34

    3 - Ensinamentos ................................................................................................................... 36

    Logia 001 Morte e vida ................................................................................................ 36

    Logia 002 Reforma ntima ............................................................................................ 40

    Logia 003 Reino do cu ............................................................................................... 46

    Logia 004 - Nascimento .................................................................................................. 51

    Logia 005 Viso espiritual ............................................................................................ 57

    Logia 006 - Atos ............................................................................................................. 62

    Logia 007 Poder .......................................................................................................... 67

    Logia 008 Alimentao espiritual ................................................................................. 71

    Logia 009 Campo para a semeadura ........................................................................... 76

    Logia 010 Amor universal ............................................................................................ 82

    Logia 011 Mundo espiritual .......................................................................................... 87

    Logia 012 Justia e livre arbtrio................................................................................... 93

    Logia 013 - Conceitos ..................................................................................................... 99

    Logia 014. - Vigiai ......................................................................................................... 105

    Logia 015 - Filiao ...................................................................................................... 111

    Logia 016 - Paz ............................................................................................................ 116

    Logia 017 Vida de Jesus ............................................................................................ 122

    Logia 018 Vida espiritual ............................................................................................ 128

  • Evangelho segundo Tom Pgina 5

    Logia 020 O abrigo ..................................................................................................... 133

    Logia 021 Discpulos de Jesus ................................................................................... 138

    Logia 022 Nctar da vida ........................................................................................... 145

    Logia 023 Reencarnao ........................................................................................... 151

    Logia 024 Morada de Deus ........................................................................................ 156

    Logia 025 Ao e reao ........................................................................................... 161

    Logia 026 Percepes................................................................................................ 167

    Logia 027 Jejum do mundo ........................................................................................ 171

    Logia 028 Vinho inebriante ......................................................................................... 176

    Logia 029 Encarnao ............................................................................................... 182

    Logia 030 Ao amorosa ........................................................................................... 188

    Logia 031 Preconceito................................................................................................ 193

    Logia 032 Misses ..................................................................................................... 199

    Logia 033 Transmisso de ensinamentos .................................................................. 205

    Logia 034 Guia de cego ............................................................................................. 209

    Logia 035 O ladro ..................................................................................................... 214

    Logia 036 Preocupao ............................................................................................. 219

    Logia 037 Alcanando Jesus ...................................................................................... 226

    Logia 038 Religies .................................................................................................... 232

    Logia 039 Chaves do conhecimento .......................................................................... 238

    Logia 040 O amanh .................................................................................................. 245

    Logia 041 Posse espiritual ......................................................................................... 250

    Logia 042 Apego ........................................................................................................ 255

    Logia 043 Posse intelectual........................................................................................ 260

    Logia 044 Perdo ........................................................................................................ 265

    Logia 045 A crtica ..................................................................................................... 270

    Logia 046 Maior no Reino .......................................................................................... 274

    Logia 047 Desejos ..................................................................................................... 279

    Logia 048 Doao da razo ....................................................................................... 285

    Logia 049 Solitrio ..................................................................................................... 289

    Logia 050 O ser ......................................................................................................... 294

    Logia 051 Advento do novo mundo ............................................................................ 300

    Logia 052 O profeta dirio .......................................................................................... 304

  • Evangelho segundo Tom Pgina 6

    Logia 053 Circunciso espiritual ................................................................................ 309

    Logia 054 Pobre de esprito ....................................................................................... 314

    Logia 055 Igualdade .................................................................................................. 323

    Logia 056 Ser humano ............................................................................................... 328

    Logia 057 O joio e o trigo ........................................................................................... 334

    Logia 058 Situaes de sofrimento ............................................................................ 339

    Logia 059 Personalidade ........................................................................................... 344

    Logia 060 Doao da razo (2) .................................................................................. 349

    Logia 061 Imagem e semelhana de Deus ................................................................ 354

    Logia 062 As Quatro ncoras .................................................................................... 359

    Logia 063 Essncia da vida ....................................................................................... 365

    Logia 064 Individualismo ........................................................................................... 370

    Logia 065 Os necessitados ........................................................................................ 377

    Logia 066 Pedra angular ............................................................................................ 383

    Logia 067 Causa Primria.......................................................................................... 386

    Logia 068 Felicidade universal ................................................................................... 391

    Logia 069a Auto acusao......................................................................................... 396

    Logia 069b Busca espiritual ....................................................................................... 400

    Especial Amar a Deus sobre todas as coisas ............................................................ 404

    Logia 070 Viver para Deus......................................................................................... 407

    Logia 071 Situaes negativas .................................................................................. 411

    Logia 072 Comunho universal ................................................................................. 415

    Logia 073 Crescei e multiplicai-vos ............................................................................ 419

    Logia 074 Caminho, verdade e luz ............................................................................. 423

    Logia 075 A lei e o Cristo ........................................................................................... 429

    Logia 076 Conscincia crstica .................................................................................. 434

    Logia 077 Jesus......................................................................................................... 441

    Logia 078 Busca da Verdade Universal ..................................................................... 446

    Logia 079 Valorizao da vida carnal......................................................................... 451

    Logia 080 Divina comdia humana ............................................................................ 459

    Logia 081 Poltica e religio ....................................................................................... 465

    Logia 082 Meu reino no deste mundo ................................................................... 469

    Logia 083 As duas verdades ...................................................................................... 473

  • Evangelho segundo Tom Pgina 7

    Logia 084 Vaidade ..................................................................................................... 477

    Logia 085 Pecado original .......................................................................................... 482

    Logia 086 Sonhos ...................................................................................................... 486

    Logia 087 Religao com Deus .................................................................................. 494

    Logia 088 As doze tribos de Israel ............................................................................. 499

    Logia 089 Higiene espiritual ....................................................................................... 507

    Logia 090 Jugo leve ................................................................................................... 513

    4 - MENSAGENS ESPIRITUAIS............................................................................................ 517

    Academia Superior de Cincias Espirituais ................................................................... 517

    Logia 091 Deus, Causa Primria ................................................................................ 522

    Logia 092 Histria universal ....................................................................................... 527

    Logia 093 Deus capacita ............................................................................................ 532

    Logia 094 Entre .......................................................................................................... 536

    Logia 096 As aparncias enganam ............................................................................ 543

    Logia 097 Obrigao .................................................................................................. 546

    Logia 098 Minha vida ................................................................................................. 550

    Logia 099 Sendo feliz ................................................................................................. 553

    Logia 101 Mos e vozes ............................................................................................ 562

    Logia 102 A justia dada pela f ................................................................................ 568

    Logia 103 Os mestres e a idolatria ............................................................................. 572

    Logia 104 Hbitos e pecados ..................................................................................... 575

    Logia 105 O caminho estreito e o largo ...................................................................... 578

    Logia 106 Filhotes de homem .................................................................................... 582

    Logia 107 Um s rebanho para um s pastor ............................................................. 586

    Logia 108 Um Jesus .................................................................................................. 589

    Logia 109 Marcas da felicidade .................................................................................. 592

    Logia 110 O dcimo terceiro apstolo ........................................................................ 595

    Logia 111 Renncia ................................................................................................... 598

    Logia 112 Uma s realidade....................................................................................... 601

    Logia 113 Nova era .................................................................................................... 604

    Logia 114 Maria, a comandante da converso ........................................................... 607

  • Evangelho segundo Tom Pgina 8

    1 Prefcio

    Palavras de amor

    Este livro que vocs vo ler agora contm o segredo da melhoria

    espiritual. Contm todas as informaes que vocs precisam para passar no

    dia do julgamento.

    Procurem ler com toda ateno isto que est escrito aqui, porque

    tem todas as informaes para o esprito chegar no dia de aparecer na

    frente do Pai e poder dizer com toda tranqilidade: Eu estou no caminho

    certo Pai e tentei fazer as coisas da melhor forma.

    Todo ensinamento que vocs precisam para poder crescer

    espiritualmente est aqui, est neste livro. As outras coisas que vocs ainda

    tero notcias, nada mais so do que curiosidade. para aqueles que

    querem se especializar em algo. Mas, este livro que aqui est que traz o

    ensinamento para o seu crescimento espiritual.

    Este livro fala, sem falar, o tempo todo, nas quatro letras que so a

    coisa que vocs tm que fazer na vida: o AMOR.

    Sem isso nada se consegue neste universo de Deus. Sem ter amor

    no corao, sem ter vida no corao, pois amor vida, nada se consegue

    na verdade.

  • Evangelho segundo Tom Pgina 9

    Todos aqueles que vivem por objetivo outro que no seja de ter o

    amor dentro de si, um amor sem fronteiras, um amor sem barreiras, um

    amor sem sexo diferente, um amor sem nvel social diferente, um amor sem

    cor diferente, todos que vivem sem esse amor, com certeza no dia do juzo

    tero alguma coisa apontada contra si.

    A vida do esprito a coletividade, a busca de que todo mundo

    igual um ao outro e que ningum melhor ou pior nas leis de Deus.

    As coisas que ns sempre dizemos no tm nada mais no fundo do

    que o amor. Sem essa energia, sem esse sentimento, no h vida. H

    vegetao, pois a vida esse amor, essa procura de ser igual a todo

    mundo.

    Cumprindo suas misses que vocs demonstram esse amor pelo

    seu irmo. colocando em ao aquilo que levou tanto tempo no plano

    espiritual para aprender, que vocs trazem o amor para dentro de vocs.

    principalmente pagando at o ltimo dzimo, at o ltimo centavo, a dvida

    de cada um, que vocs conseguem recuperar o amor que perderam ao

    ofender.

    Sem essas trs coisas, no h vida. Passa-se pelo tempo. Prorroga-

    se o processo de encarnao e leva-se mais tempo para resolver seus

    problemas. No para isso que o esprito vem na carne. No para as

    coisas materiais, no para as tentaes materiais que ele vem na carne.

    Ele vem para provar que ama os seus irmos e principalmente para provar

    que se ama, porque s consegue se amar quem ama seu irmo.

    No a aparncia fsica que diz se uma pessoa bonita ou feia: o

    que diz o amor que essa pessoa passa nos atos que faz. O ato do amor

    quase nunca o ato que a gente esperava ou queria. Quando estamos na

    carne queremos a coisa da carne, enquanto que o ato do amor espiritual.

    Viver nada mais do que amar. Passar por esta vida cada dia

    estar aumentando o seu amor pelos outros e recebendo mais amor. Mas s

    recebe amor quem d o amor.

  • Evangelho segundo Tom Pgina 10

    Quem semeia vento, colhe tempestade. Quem semeia amor,

    recebe amor e isto a nica coisa que vale a pena nesta vida. a nica

    coisa importante que existe.

    Mas este velho no est falando do amor do homem pela mulher:

    est falando do amor do esprito pelo esprito, seja ele do sexo que for,

    classe social, nvel de escolaridade, cor ou que religio pratique.

    o amor de um pelo outro. No o amor de cobrar, o amor de exigir,

    mas um amor de buscar a compreenso. Um amor de provocar a trgua.

    Um amor de buscar a juno de duas pessoas para fazer algo e no o amor

    de um s para provar que melhor.

    O amor no pode nascer porque foi exigido que tivesse amor. O

    amor tem que brotar tem que vir de dentro de cada um. Entretanto, este

    amor s vai brotar, s vai nascer dentro de vocs, na hora que as suas

    vidas forem entregues totalmente nas mos de Deus. S Ele pode ser o

    amor colocado dentro de vocs.

    Enquanto o esprito procura, ele mesmo ser sempre o senhor de

    todo o Universo, no consegue. Na hora que diz: Senhor do Universo, sou

    uma partcula do Senhor, o amor brota e surge dentro do corao.

    Neste livro vocs aprendero a parte tcnica de como alcanar este

    amor. Aqui est para vocs compreenderem como se alcana o amor.

    Porm, no adianta nada, como j foi dito, se o ba cheio de

    moedas de outro ficar no fundo do mar. Se estes ensinamentos no forem

    resgatados, estudados e colocados na prtica, de nada adianta ter este livro

    na sua prateleira. Ele sozinho no vai se abrir para mudar a vida de vocs.

    Toda informao para ser dividida com o irmo, mas , principalmente,

    para ser o conhecimento e prtica de vocs mesmos.

    Quero finalizar com uma histria deste velho.

  • Evangelho segundo Tom Pgina 11

    A vida de vocs um eterno caminhar. Vocs caminham levando

    uma cruz nas costas. Uma cruz que, para cada um, sempre mais pesada

    que a do outro.

    A se conta que existiu um moo que era muito esperto e um dia

    disse:

    Eu vou ficar andando com esta cruz grande e pesada? Eu vou

    fazer uma coisa: vou cortar um pedacinho da cruz e ningum vai ver. Quer

    ver s?

    Ele cortou um pedao da cruz e continuou caminhando. Engraado,

    ningum falou nada como ele. Ningum cobrou dele aquele pedacinho da

    cruz. A ele disse:

    Est vendo como sou esperto? J que agora eu cortei um

    pedacinho e ningum reclamou, vou cortar mais um pedacinho.

    Continuou andando e ningum veio dizer para ele que no podia

    cortar pedaos da cruz. Ele continuou caminhando confiando, porque a cruz

    tinha ficado mais leve sem os dois pedaos.

    Assim foi ele fazendo a sua caminhada, cortando pedaos da cruz,

    at que a cruz ficou pequenina e ele a carregou nos ombros sem sentir

    muito peso, sem muito problema.

    Uma multido caminhava junto dele, cada um com a sua cruz

    pesada e ele, o grande homem, o homem que tinha descoberto o sentido da

    vida que era cortar a cruz, caminha tranqilo, sem esforo, sem sofrimento e

    sem cansao.

    Mas, como todos os homens que caminhavam pela plancie da vida,

    um dia ele chegou no desfiladeiro onde tinha um buraco muito grande para

    passar para o outro lado. Ele ento pensou:

    E agora, como eu vou fazer para passar?

  • Evangelho segundo Tom Pgina 12

    A um anjo apareceu para todos que estavam beira do precipcio e

    disse:

    Do outro lado est a terra prometida. Do outro lado est a vida que

    vocs sempre quiseram. Se vocs perceberem, a cruz que cada um carrega

    do tamanho exato do buraco por onde vocs tm que passar. Joguem a

    cruz que ela vai servir de ponte e vocs atravessam.

    Nosso amigo estava l com o seu cotoco de cruz e ela no

    alcanava o outro lado do buraco. Os outros passaram pela cruz e no

    momento que chegaram do outro lado, a cruz sumiu. Mas o homem que

    carregava o cotoco teve que voltar pela mesma estrada para recolher as

    partes que ele tinha cortado, para juntar tudo e poder passar.

    Esta histria mostra bem tudo o que est escrito neste livro. Mostra

    bem todas as tcnicas que sero passadas. No adianta fugir das suas

    lies, no adianta dizer que no precisa provar o que aprendeu e no

    adianta muito menos fugir dos pagamentos que deve.

    Na hora de atravessar o desfiladeiro se a sua cruz estiver muito

    pequena, voc ter que voltar com seus prprios passos para achar os

    pedaos da cruz abandonados.

    Com as graas de Nosso Senhor Jesus Cristo, nosso grande

    Governador Geral e com o Amor do Pai Eterno e Supremo, ns ficamos

    muito gratos de poder trazer esta humilde cooperao do plano espiritual

    para a evoluo de vocs.

    PAI JOAQUIM

    Esprito de Luz - Falange Africana - Preto Velho

  • Evangelho segundo Tom Pgina 13

    2 - Apresentao

    Logia 019 Doutrina Espiritualista Ecumnica Universal

    019. Jesus disse: Bendito aquele que era antes de

    existir. Se vos tornardes meus discpulos e ouvirdes

    minha palavra, estas pedras vos serviro. H, pois, cinco

    rvores no paraso que no se movem no vero nem no

    inverno, e suas folhas no caem. Aquele que as

    conhecer no provar da morte.

    Bendito aquele que era antes de existir

    Bendito aquele que bem falado, no caso por Deus, ou seja,

    aquele a quem Deus diz que est certo. Esta pessoa feliz, pois pratica as

    coisas da maneira que o Pai ensina. Portanto, os benditos so os felizes.

    Aquele que era antes de existir, nos leva a entender aquele que

    sabe que existiu antes deste momento. A partir do momento que

    existimos, nos tornamos seres humanos e esquecemos que somos

    alguma outra coisa. Esta outra coisa o esprito.

    Desta forma podemos afirmar que:

  • Evangelho segundo Tom Pgina 14

    Felizes so aqueles que se reconhecem como esprito,

    apesar de estarem na carne.

    Se vos tornardes meus discpulos e ouvirdes minha

    palavra, estas pedras vos serviro.

    Os discpulos de Jesus so aqueles que praticam o seu

    ensinamento: vivem o amor universal. Para nos tornarmos discpulos de

    Jesus necessrio que pratiquemos o amor que Ele nos ensinou.

    Para isto preciso entender os Seus ensinamentos, ou seja, ouvir

    as Suas palavras.

    Quem isto fizer no precisar de posses materiais e o mais simples

    dos elementos da natureza (a pedra) lhe bastar. Aquele que conjugar o

    amor universal no precisar de ouro ou de qualquer outro metal nobre:

    apenas uma pedra servir.

    H, pois, cinco rvores no paraso que no se

    movem no vero nem no inverno e suas folhas

    no caem.

    A rvore possui um sentido bblico de fonte da vida, ou do

    conhecimento necessrio para a vida na carne. isto que tambm

    simboliza a histria de Ado e Eva, quando a mulher aceita o fruto da rvore

    para comer. Os frutos da rvore do conhecimento so os ensinamentos

    necessrios para esta vida.

    A rvore que conhecemos possui razes fixas que no a deixa

    mover-se, mas se entendermos que a sombra projetada por ela uma

    extenso do seu corpo fsico, podemos afirmar que a rvore se move de

    acordo com a posio da luz que cria esta sombra.

  • Evangelho segundo Tom Pgina 15

    este o motivo da colocao das estaes do ano: de acordo com

    cada estao, o sol faz um caminho diferente e com isso a sombra muda de

    posio.

    Entretanto, as rvores citadas por Jesus no se movem, ou seja, a

    fonte de energia onde estas rvores se banham (Deus), est sempre na

    mesma posio. No Universo s existe uma coisa imutvel: Deus.

    Deus imutvel porque a causa primria de todas as coisas e

    porque a justia perfeita do Universo. Se Ele se alterasse, as coisas

    seriam diferentes e isto provocaria a injustia, pois o que j foi justo no

    mais o seria.

    Portanto, a fonte que abastece estas rvores o prprio Deus. Com

    isto, Jesus afirma que os ensinamentos provenientes destas cinco rvores

    do conhecimento so perfeitos e inalterveis, pois tm Deus como sua

    fonte.

    O conhecimento sempre foi e sempre ser exatamente o mesmo,

    pois a sua fonte (Deus) nunca foi alterada e por isso as folhas da rvore do

    conhecimento no caem. Desta forma, podemos afirmar que o

    conhecimento destas rvores completo em toda a sua essncia, mesmo

    que no tenhamos at agora conseguido entender todo ele.

    Aquele que as conhecer no provar da morte.

    Os ensinamentos destas rvores do conhecimento levam o ser

    humano a entender que ele no precisa passar por uma morte.

    At agora entendemos que a morte um processo de

    transformao de vida que o ser humano sofre. Por esse processo o ser

    humano se transforma em alguma outra coisa, que ir viver em outro local.

    Dentro da concepo geral, com a morte o ser humano se transforma em

  • Evangelho segundo Tom Pgina 16

    alma ou esprito, de acordo com cada crena e vai habitar o cu ou o

    inferno, de acordo com o seu merecimento.

    No podemos afirmar que o ser humano no mais passar por este

    processo, pois o corpo (carne) perecer. Portanto a afirmao de Jesus s

    poderia ser:

    Aquele que conhecer os ensinamentos das cinco rvores

    ter apenas uma vida em apenas um local de existncia.

    OS ENSINAMENTOS

    Compreendido o significado das palavras de Jesus, podemos iniciar

    o estudo do texto.

    O destinatrio dele claro logo no incio: o esprito. Jesus est

    dirigindo-se quele que sabia ser antes de existir e afirma que ele ser feliz

    quando reconhecer isto. Esta felicidade nada tem a ver com o estado que o

    ser humano consegue alcanar por momentos.

    Jesus est falando da felicidade universal, aquela que os santos

    alcanam, aquela que cria uma felicidade coletiva e no aquela que apenas

    premia desejos prprios. Para Deus s existe felicidade quando todos os

    seus filhos esto felizes e no quando apenas um ou um grupo est. A

    felicidade hoje conhecida no planeta assim.

    Para que um ser humano sinta-se feliz necessrio que as suas

    vontades sejam satisfeitas. Quando todas as coisas acontecem da forma

    que ele quer, ele encontra a felicidade. Entretanto, para se ter esta

    felicidade, algum tem que ficar infeliz, contrariado, fazendo o que no

    deseja.

    Desta forma, Jesus inicia convocando os espritos para alcanarem

    esta felicidade universal de ser esprito e viver na glria de Deus. Para isto

  • Evangelho segundo Tom Pgina 17

    diz que o esprito deve tornar-se seu discpulo, ou seja, praticar o que Ele

    pratica.

    Como vimos, esta prtica diz respeito ao Amor Universal. Este amor

    leva o esprito a enxergar o mundo com outros olhos, passa ver as coisas

    com uma viso universal e no a sua viso individual que leva posse das

    coisas. Quando o ser humano alcana a sua felicidade necessita possuir o

    objeto desta felicidade pensando, assim, manter este estado por mais

    tempo.

    O esprito no precisa disto, pois sabe que esta felicidade no est

    na coisa, mas dentro dele mesmo e em todo o Universo. O esprito, aquele

    que possui a viso universalista, entende que no precisa de coisas para

    ser feliz, pois a felicidade est dentro dele mesmo e no nas coisas.

    Mas, para alcanar este estado, necessrio que o ser humano

    primeiramente se reconhea como esprito que e conhea os cinco

    ensinamentos bsicos da vida: as CINCO VERDADES UNIVERSAIS.

    Estes ensinamentos so eternos e por isso nunca sofreram

    alteraes. Desde o incio dos tempos estiveram presentes em todas as

    transmisses de Deus aos espritos na carne, mas no foram

    compreendidos porque o homem no deixou de ser o que era naquele

    momento (SER HUMANO) para ser o que era antes (ESPRITO).

    Vamos ver cada um destes ensinamentos.

    PRIMEIRA VERDADE UNIVERSAL

    No existe o ser humano: eu sou um esprito.

    Se o ser humano reconhece que existia antes de ser, necessrio

    que ele entenda-se como esprito.

  • Evangelho segundo Tom Pgina 18

    O esprito gerado por Deus, por isso Seu filho. Se formos buscar

    definio do esprito nas transmisses dos enviados de Deus,

    encontraremos em Allan Kardec, no seu Livro dos Espritos a informao

    de que o esprito o princpio inteligente do Universo.

    Apesar desta definio clara, mais adiante a espiritualidade afirma

    no mesmo livro sobre a forma do esprito:

    88 Os espritos tm uma forma determinada, limitada

    e constante? Para vs, no; para ns sim. O esprito ,

    se quiserdes, uma chama, um claro ou uma centelha

    etrea.

    Fica ento o aviso: no podemos reconhecer o esprito por sua

    forma, pois ainda no a entendemos. Portanto, se queremos saber quem

    somos ns, os espritos que habitam uma carne, temos que procurar a

    nossa ao e no a nossa forma.

    Por princpio inteligente do Universo, podemos entender a prpria

    inteligncia, da forma como a conhecemos. Por isto, se queremos nos

    procurar nas aes que praticamos, temos que entender que somos a

    inteligncia que habita o corpo.

    Esta parte do ser humano que at hoje a cincia no conseguiu

    entender e nem mostrar fisicamente o que somos ns, mais nada: o resto

    acessrio para a vida carnal.

    No temos braos, pernas, corao e pulmo, pois a inteligncia

    no precisa disso para sobreviver, mas sim o corpo. Estas partes apenas

    servem para fazer o corpo funcionar e conviver com o mundo em que

    habitamos.

    Por isso Kardec comentou no Livro dos Espritos depois da resposta

    da espiritualidade pergunta 88:

  • Evangelho segundo Tom Pgina 19

    Representam-se ordinariamente os gnios com uma

    flama ou estrela sobre a fronte; uma alegoria que

    lembra a natureza essencial dos espritos. Colocam-na

    na altura da cabea porque a est a sede da

    inteligncia.

    Devemos nos lembrar que se hoje pouco conhecemos da

    inteligncia, por volta de 1880, quando Kardec escreveu o Livro dos

    Espritos, a psicologia, cincia que estuda a inteligncia, ainda engatinhava

    e por isso o codificador no pode traar informaes mais precisas.

    Hoje podemos conhecer a inteligncia como a capacidade de

    receber informaes e sentimentos, analisar, tomar decises e comandar a

    prtica de atos. Esta a funo do esprito dentro do corpo.

    A viso ser humano aconteceu por dois motivos: o primeiro

    fsico. O homem desconhecia esta informao e, ao contemplar a sua

    imagem, o que via era apenas o corpo fsico. Nem os rgos internos ele

    conhecia e por isso nasceu nele o sentimento de que ele era tudo. Este

    sentimento foi sendo passado pelas geraes, apagando a memria

    espiritual.

    Por reconhecer-se como corpo e sabendo que este termina com a

    morte, foi preciso o homem criar outra coisa diferente para depois que

    morresse: surgiu o esprito ou alma. Desta forma, o ser humano formou a

    imagem que ele sempre foi um ser humano, pois j nasceu assim, mas que

    ao morrer se transformaria em alma ou esprito, um outro ser...

    O segundo motivo tem mais a ver com a misso do esprito na

    carne. Segundo a Bblia Sagrada o homem foi expulso do paraso, veio

    habitar o planeta Terra por um motivo: o fato de Ado e Eva ter comido o

    fruto da rvore proibida. Entretanto isto um simbolismo como tudo que

    vem escrito sobre as informaes para o esprito.

    Como vimos neste texto, a rvore representa a fonte do saber, do

    conhecimento e o fruto o ensinamento. O esprito foi expulso do mundo

  • Evangelho segundo Tom Pgina 20

    espiritual e teve que habitar uma carne porque quis possuir um

    conhecimento (quis ser Deus) que no lhe era permitido (rvore proibida).

    Neste texto, a primeira rvore e seus frutos representam os

    ensinamentos que, quando ingeridos, nos diro que:

    Os habitantes do planeta Terra so as inteligncias que

    se encontram dentro de corpos fsicos.

    Este conhecimento leva o esprito a alterar sua viso do Universo

    para as verdades espirituais, pois no mais deve se reconhecer como ser

    humano, mas sim como esprito que .

    SEGUNDA VERDADE UNIVERSAL

    O planeta Terra um mundo espiritual.

    Assim como o esprito criou a figura ser humano para se auto

    designar enquanto estivesse na carne, ele tambm criou um local para esta

    figura viver: o mundo material.

    Por no se reconhecer como esprito, mas sim como ser humano,

    foi preciso que ele criasse outros lugares para viver quando se

    transformasse em esprito: o mundo espiritual.

    Estes dois locais precisavam, dentro da concepo humana,

    ocupar espaos distintos, por isso inventou o cu, a Terra e o inferno.

    Entretanto, tudo isto foi criao do ser humano para explicar o que no

    entendia, pois no se via como esprito.

    Na verdade existe apenas um Universo, onde habitam todos os

    espritos. A diviso s existe para aqueles que no conseguem

    compreender as outras coisas.

  • Evangelho segundo Tom Pgina 21

    Se no existe mais ser humano, no h mais necessidade de se

    separar o Universo em locais. Por isto, o ensinamento da segunda rvore

    nos diz que tudo no Universo um mundo espiritual. O que diferencia as

    coisas no o espao fsico, mas sim a densidade da matria que o esprito

    ocupa ou convive.

    Quanto mais o esprito avana dentro do conhecimento e da prtica

    das leis de Deus, mais ele se desmagnetiza, podendo, ento, habitar

    matrias menos densas, as quais no podem ser percebidas por aqueles

    que se encontram ainda em matrias mais densas.

    Por este motivo o esprito que habita a matria mais densa do

    Universo, o corpo fsico, no consegue ver os outros irmos que esto

    dentro de matrias menos densas. Entretanto eles esto ao seu lado, no

    mesmo local fsico. E no apenas um, mas diversos. So diversas as

    densidades de matria que prendem os espritos que habitam o planeta

    Terra de acordo com os diversos os graus de conhecimento e prtica das

    leis de Deus.

    Com isto podemos reescrever uma lei conhecida no planeta: dois

    corpos de mesma densidade, no podem ocupar o mesmo lugar no

    espao.

    A separao do Universo em mundos diferenciados tambm

    contribuiu para a prova que o esprito vem fazer na carne. Ao se sentir

    isolado do mundo de Deus, o ser humano achou necessrio criar um

    administrador para este mundo e elegeu a si mesmo como tal.

    Cada um dos seres humanos imagina-se como dono do mundo, de

    todas as coisas materiais ou no do planeta. O esprito tem que saber que

    neste mundo s existe um dono: Deus.

    Quando deseja administrar as coisas do planeta, o esprito que se

    v como ser humano quer obter o poder para ser um deus. Esta uma

    das batalhas que o esprito tem que vencer para poder entrar na plenitude

    do gozo da vida espiritual, mesmo na carne.

  • Evangelho segundo Tom Pgina 22

    Este novo ensinamento transforma o mundo: de professor, o esprito

    passa a aluno, de rei a vassalo e de comandante a comandado.

    Conhecendo esta verdade universal que traz o fruto da segunda

    rvore, o esprito pode ento buscar mais facilmente a reforma ntima que

    lhe far voltar a sentir-se como esprito que era antes de existir.

    TERCEIRA VERDADE UNIVERSAL

    O esprito vem carne fazer provas.

    O esprito no encarna porque quer, mas sim porque a lei universal

    assim o exige. Mesmo que a encarnao seja feita com consentimento

    prprio, o esprito o faz porque no tem outra opo a no ser esta durante

    o processo evolucionrio.

    A vinda do esprito carne acontece por trs motivos.

    Durante a sua vida antes da matria, o esprito aprende a lei de

    Deus e depois, como um aluno de escola do planeta Terra, vem executar

    provas dos ensinamentos que recebeu. A vida na carne, ento, uma

    prova que o esprito faz da compreenso dos ensinamentos que recebeu

    na sua vida espiritual.

    Esta prova feita atravs do relacionamento entre os espritos na

    carne, pois interfere na vida de cada um que se envolve com este esprito.

    Desta forma, a prova individual de cada esprito tambm uma misso

    para ajudar a prova dos outros espritos.

    Entretanto, quando est fazendo esta prova, cumprindo a sua

    misso, o esprito pode falhar e acabar produzindo sofrimentos em outro

    esprito. Quando isto acontece, o esprito tem ento que expiar estas faltas.

    A prova, a misso e a expiao so, portanto, a razo da vinda do

    esprito para a carne.

  • Evangelho segundo Tom Pgina 23

    Desta forma, fica bem claro que o esprito no est na carne a

    passeio ou de frias. Ele no vem aqui para divertir-se, mas para trabalhar.

    Alguns, no compreendendo bem esta funo do esprito na carne,

    acreditam que esto neste planeta para fazer o que bem entendem, mas

    isto no verdade.

    O esprito no est aqui para fazer o que quer, mas para fazer o que

    no quer: provar os ensinamentos. No h lugar para descanso, pois esta

    vida sempre uma questo aps outra para que, depois que acabem as

    provas, o esprito possa retornar ao mundo espiritual menos denso,

    enfrentar mais um ano de estudos para posteriormente retornar a este

    planeta mais denso e fazer novas provas.

    Se a vida uma prova de relacionamento com outros espritos na

    carne, podemos dizer que cada fato que acontece, em cada segundo,

    uma questo desta prova. Esta deve ser a forma do esprito encarar a vida.

    No existe uma vida construda pelo ser humano, mas questes de

    uma prova que Deus coloca ao esprito a cada segundo. Em cada instante

    da vida do esprito fatos estaro acontecendo para que ele, com o poder

    que tem de raciocnio, responda corretamente ou no as questes.

    Quando responde errado, Deus coloca questes mais difceis para

    que o esprito esforce-se mais ainda na sua aprovao.

    Portanto, a vida no planeta Terra nunca ser aquilo que o esprito

    sonha. Ele no est aqui para ter uma vida tranqila, mas sim para

    responder corretamente as questes da prova.

    QUARTA VERDADE UNIVERSAL

    A prova de conhecimento e prtica do Amor Universal.

  • Evangelho segundo Tom Pgina 24

    Todas as questes que Deus coloca na prova que os espritos vm

    fazer no planeta Terra versam sobre uma matria: o amor universal.

    Portanto, o esprito tem que, a cada momento, responder aos fatos

    que se sucedem em sua vida, utilizando amor universal. A aprovao final

    depende desta utilizao constante.

    A resposta errada do esprito a cada questo a utilizao de

    qualquer outro sentimento sem ser o amor universal.

    Podemos definir o amor universal como a soma de todos os

    sentimentos positivos do universo. Entretanto, o amor universal possui trs

    pilastras bsicas, ou sentimentos bsicos que o compem:

    Alegria

    No existe amor que premie a tristeza. O amor universal tem que

    ser vivido na alegria plena para que possa ser assim caracterizado. A

    alegria plena no aquela obtida pela satisfao pessoal, mas um

    sentimento que provoque o prazer coletivo.

    A alegria plena aquela que alcanada com a conscincia do

    mundo universal ou de Deus, com as Suas maravilhas, com a Sua justia,

    com a sublimidade do Seu amor. Somente esta alegria deve permear o

    amor universal.

    Compaixo

    Este sentimento ou estado de esprito mal conhecido entre os

    seres humanos. Eles acreditam que ter compaixo por uma pessoa sofrer

    a tristeza que a pessoa est sentindo.

    Esta forma de agir extingue o amor, uma vez que acaba com a

    alegria, primeiro pilar do amor universal. Tambm no auxilia o prximo,

    pois a funo de um esprito auxiliar o prximo a encontrar a alegria e o

    amor universal.

  • Evangelho segundo Tom Pgina 25

    A compaixo, componente do amor universal, pode ser definida

    como a conscincia do sofrimento que pode causar a si ou ao outro.

    Quando um esprito utiliza a compaixo ele evita de provocar sofrimento ao

    prximo, pois tem a perfeita conscincia do sofrimento que pode causar.

    Portanto, para se ter o amor universal o esprito precisa aprender

    que a compaixo no sofrer o sofrimento, mas repassar alegria para

    auxiliar o irmo.

    Igualdade

    Qualquer forma de amor que se baseie em superioridade exprime

    um domnio; qualquer que se baseie em inferioridade, exprime a submisso.

    O amor no pode dominar nem se sentir dominado.

    Portanto, para se ter o amor universal necessrio sentir-se igual

    s outras pessoas do Universo, independente do grau de cultura, social,

    monetrio, espiritual, etc. Todos os espritos so iguais perante o Pai e

    devem se portar desta forma para poder auxiliar os irmos.

    Este amor universal a base do ensinamento maior de Jesus Cristo

    quando afirma: Amar a Deus, a si e aos outros. No existe outro amor que

    possa atingir este grau proposto pelo Mestre.

    Este entendimento do amor explica a colocao de Jesus quando

    afirmou que no veio para alterar as leis Mosaicas, mas sim dar o

    verdadeiro sentido a elas.

    Quem nutre o amor universal dentro de si incapaz de matar,

    roubar, cobiar, adulterar, etc., porque sabe que ter uma atitude de

    superioridade, que trar um sofrimento e acabar com a alegria.

    Juntando-se todos os conhecimentos at agora, podemos dizer que

    somos espritos vivendo uma vida espiritual. Esta vida compe-se de

  • Evangelho segundo Tom Pgina 26

    provas que Deus coloca para que respondamos s questes com o amor

    universal, ou com qualquer outro sentimento.

    QUINTA VERDADE UNIVERSAL

    Todo ato do ser humano comandado por Deus na sua

    forma, de acordo com a essncia que o esprito nutre no

    momento.

    Se no somos seres humanos, se no existe uma vida material e as

    coisas no so o que pensamos ser, o que sero ento estas coisas?

    Afirmamos em nossas verdades universais que a vida do ser

    humano uma prova para o esprito que habita a carne e, portanto, todas

    as coisas que acontecem materialmente no passam de questes desta

    prova. Por isto, o ser humano no tem condies de nelas interferir, pois

    seria o aluno determinando a questo da prova. Somente o Autor Intelectual

    da prova pode escrever as questes.

    Desta forma, Deus escreve a cada segundo na vida do ser humano

    as questes que o esprito ter de responder com amor ou sem amor. Fica

    mais fcil compreender esta verdade universal compreendendo o ciclo da

    vida.

    Ciclo da vida: sentir / pensar / agir

    Sempre que alguma percepo penetra pelos sentidos do corpo

    fsico (viso, audio, olfato, sabor e tato), o esprito escolhe um sentimento

    para reagir a ela. Por exemplo: quando a viso forma a imagem de uma

    pessoa que um dia nos causou algum problema, certamente escolheremos

    a desconfiana para servir de base para o pensamento. Diferente ser o

    sentimento se a pessoa sempre houver sido nossa amiga: neste caso

    sentiremos carinho, amizade, etc.

  • Evangelho segundo Tom Pgina 27

    Com base neste sentimento Deus comanda, atravs de seus

    auxiliares espirituais, uma histria que o pensamento do ser humano. No

    primeiro caso do nosso exemplo, o ser humano dir para si: mesmo:

    cuidado, esta pessoa j o magoou. Este pensamento, entretanto, no do

    esprito, mas sim uma intuio que Deus manda a ele.

    Mas Deus no manda este pensamento porque quer que o ser

    humano no goste da outra pessoa, mas porque ele reflete o sentimento

    que o esprito sentiu. Portanto, se a prova sentir o amor, este ser humano

    foi reprovado naquela questo e nova questo ter que ser respondida.

    Podemos ento afirmar que o pensamento uma materializao do

    sentimento que o esprito nutre pela coisa ou pessoa.

    este pensamento que servir de base para o ato que ser

    praticado, que tambm ser intudo por Deus ao esprito. Isto fica bem claro

    com este texto do Livro dos Espritos de Allan Kardec.

    526 - Por exemplo, um homem deve perecer: ele sobe

    em uma escada, a escada se quebra e o homem se

    mata; so os espritos que fazem a escada quebrar para

    cumprir o destino do homem?

    bem verdade que os espritos tm uma ao sobre a

    matria, mas para o cumprimento das leis da Natureza e

    no para as derrogar, fazendo surgir no momento

    oportuno um acontecimento inesperado e contrrio a

    essas leis. No exemplo que citas, a escada se rompe

    porque ela estava carcomida ou no bastante forte para

    suportar o peso do homem. Se estava no destino desse

    homem perecer dessa maneira, eles lhe inspiraro o

    pensamento de subir por essa escada que dever se

    romper sob seu peso, e sua morte ter lugar por um

    efeito natural sem que seja necessrio um milagre para

    isso.

  • Evangelho segundo Tom Pgina 28

    As perguntas 527 e 528 expressam ainda melhor este pensamento,

    atravs do qual podemos ento afirmar que o esprito tem todos os seus

    passos conduzidos por outros espritos enviados de Deus, para que se

    cumpra o destino de cada um.

    Este destino nada mais do que o merecimento do esprito, ou seja,

    a resposta a questes anteriores na prova chamada vida. Portanto, as

    questes so escritas a cada momento pelo esprito, de acordo com as

    respostas s perguntas anteriores, no na sua forma, mas na sua essncia.

    Estas CINCO VERDADES UNIVERSAIS compem a base da DOUTRINA

    ESPIRITUALISTA ECUMNICA, trazida agora aos espritos na carne com

    a inteno de prepara-los para o novo sentido de vida sobre o planeta que

    est se iniciando e que premiar esta forma de proceder.

    A DOUTRINA ESPIRITUALISTA ECUMNICA representada

    nesta passagem de Tom, pelas palavras de Jesus, como as cinco rvores

    que existem no paraso e das quais o esprito necessita comer seus frutos

    (colocar em prtica) para no mais conhecer a morte, ou seja, para no

    mais necessitar transformar-se em outra coisa para poder viver.

    Esta uma doutrina de VIDA e no de morte porque diz respeito

    vida na carne e no a uma preparao para uma vida posterior. Enquanto

    todas as religies brindam a existncia de um local diferente deste planeta

    para que se alcance a vida espiritual e, portanto, preparam o ser humano

    para ir para l, a Doutrina Espiritualista Ecumnica ensina ao esprito a j

    viver em um mundo espiritual dentro da matria fsica.

    Encerramos esta lio com um ensinamento de Jesus divulgado

    pelo mesmo Evangelho de Tom que explica isto de forma definitiva:

    3. Jesus disse: Se aqueles que vos guiam disserem: V,

    o Reino est no cu, ento os pssaros vos precedero.

    Se vos disserem: Ele est no mar, ento os peixes vos

  • Evangelho segundo Tom Pgina 29

    precedero. Mas o reino est dentro de vs e est fora

    de vs. Se vos reconhecerdes, ento sereis

    reconhecidos e sabereis que sois filhos do Pai Vivo.

  • Evangelho segundo Tom Pgina 30

    Histrico

    Extrado do Livro Apcrifo Os Proscritos da Bblia

    Compilao de Maria Helena de Oliveira Tricca

    Editora Mercuryo

    Em 1945, no Alto Egito, na regio de Nag Hammadi, deu-se uma

    descoberta extraordinria. Um campons rabe encontrou em uma das

    cento e cinqenta cavernas existentes em certa montanha pergaminhos

    extremamente valiosos.

    Essas grutas eram usadas como sepulcros desde a VI Dinastia, h

    uns 4.300 anos. Os pergaminhos estavam encerrados em um jarro de barro

    de quase um metro de altura.

    Essa histria guarda muitas semelhanas com o achado dos

    Manuscritos do Mar Morto, em Qumran, ocorrido dois anos depois, em

    1947. Em ambos os casos, por total ignorncia, muitos dos textos foram

    queimados como lenha, outros viraram sapatos, outros ainda reverteram

    ao p ao serem desenrolados sem os cuidados tcnicos que exigiam.

    Os manuscritos de Nag Hammadi fazem parte, hoje, do acervo do

    Museu Copta do Cairo. Entre estas maravilhas encontrou-se o Evangelho

    Segundo Tom, o Ddimo, que o autor qualifica de secreto.

  • Evangelho segundo Tom Pgina 31

    O Evangelho Segundo Tom, o Ddimo, uma coletnea de logias

    frases ou palavras atribudas a Jesus Cristo e parbolas evanglicas.

    Este texto era muito citado como Evangelho de Tom, que no se deve

    confundir com o Evangelho Pseudo-Tom. Juntamente com o de Felipe, foi

    muito usado pelos maniqueus.

    O interessante que muito se lia nos escritos dos doutores da Igreja

    a respeito deste Evangelho, mas no se lhe conhecia o texto. Uma vez

    encontrado, uma surpresa: das cento e quatorze logias, dezessete j eram

    conhecidas nos fragmentos papirceos de Oxyrhynchus, papiro do sculo III

    descoberto em Bechnesa, antiga Oxyrhynchus, em 1907.

    nitidamente um Evangelho gnstico, com alguns textos de difcil

    entendimento, muitas vezes devido distoro da traduo do grego para o

    copta. Alm disso, h dvidas quanto lngua do original, se o semita ou o

    siraco. Mas o texto em questo parece no passar mesmo de uma

    traduo.

  • Evangelho segundo Tom Pgina 32

    Introduo

    Transmitida pela espiritualidade.

    Tom, o autor deste evangelho, filho de Jos, de um casamento

    anterior sua vida com Maria e, portanto, irmo de Jesus. Entretanto, no

    era o nico, pois da primeira unio Jos teve outros filhos.

    Esses irmos participaram com Jesus de todas as suas

    peregrinaes, porm dois deles foram muito importantes: Tiago e Tom

    (Felipe era irmo gmeo de Tom).

    Depois do desencarne de Jesus na cruz, os doze que ficaram como

    apstolos, dentre eles os irmos de Jesus, comearam a escrever o que o

    Mestre havia dito durante a sua vida. Porque O conheciam, eles no

    descreveram Jesus como homem, mas procuraram transmitir o que o

    Mestre havia ensinado.

    Muito tempo depois da morte de Jesus, comearam a perguntar

    como tinha sido a Sua vida. Foi neste momento que Marcos, Mateus, Lucas

    e Joo escreveram as histrias que esto na Bblia. O objetivo destes

    evangelistas era transmitir como tinha sido a vida de Jesus.

    Ento, as histrias do Mestre, escritas pelos quatro evangelistas,

    foram aquelas que os apstolos lhes contaram e no as que eles prprios

    tinham vivido.

  • Evangelho segundo Tom Pgina 33

    Assim, os autores dos textos constantes da Bblia apenas

    escreveram sobre Jesus, sem que tenham sentido a fora do Seu olhar ao

    transmiti-las. Escreveram com uma viso para seres humanos os

    ensinamentos. Porm os doze apstolos, que conviveram com Jesus,

    puderam sentir Sua "fora", ou seja, o sentido dos Seus ensinamentos e,

    por isso, escreveram as mensagens para espritos.

    Entre estes autores que conviveram com Jesus, quem melhor

    relatou Seus ensinamentos, quer em veracidade, quer em entendimento ou

    quantidade, foi Tom que, alm de ter cuidado de Jesus desde seu

    nascimento, tornou-se seu melhor amigo.

    o que ns vamos comear a estudar: o Evangelho de Tom.

    Neste evangelho esto os ensinamentos de Jesus que os escritores

    dos evangelhos cannicos ou no conseguiram entender ou no tiveram

    acesso.

    A inteno destes ensinamentos, como veremos, transmitir ao ser

    humano como se sentir esprito na carne e orientar a sua vida na matria

    como tal.

    Como muitos no conseguiram alcanar esta viso, as religies

    abandonaram este evangelho dizendo que ele no havia sido intudo pelo

    alto.

    Este Evangelho composto de 114 logias ou ensinamentos que

    Jesus transmitiu a Tom quando estavam a ss. Alguns foram depois at

    comentados pelos evangelistas, mas a sua grande maioria no

    comentada em nenhuma religio.

  • Evangelho segundo Tom Pgina 34

    Apresentao

    Eis as palavras secretas que Jesus, o Vivo, disse e que

    Ddimo Judas Tom, escreveu.

    NOTA: DDIMO = gmeo.

    Tom inicia o seu Evangelho afirmando que Jesus era o Vivo

    porque ele continuava "vivo" na carne.

    A vida e a morte possuem significados diferentes para os que se

    sabem espritos e os que ainda se acham seres humanos. Para estes,

    estar vivo significa ter aes materiais, praticar atos. Para os espritos, estar

    vivo viver na glria de Deus.

    No importa que densidade de matria o esprito ocupe, ele poder

    estar vivo se estiver vivendo na glria de Deus, ou seja, dentro do mundo

    espiritual positivo. Para que isto acontea necessrio que ele conhea e

    pratique as Cinco Verdades Universais:

    Sou um esprito.

    Moro em um mundo espiritual.

    Venho a esta densidade de matria fazer prova.

  • Evangelho segundo Tom Pgina 35

    Minha prova a utilizao do amor universal.

    Deus quem escreve as questes desta prova, pois Ele

    a Causa Primria das coisas.

    Aquele que compreende estas verdades e as coloca em prtica,

    vive; quem se v de forma diferente ou responde s questes da prova com

    outro sentimento, morre.

    Tom afirma que Jesus estava vivo, ou seja, que Ele conhecia e

    praticava estas Verdades.

    Portanto, a primeira afirmao de Tom que Jesus nunca teve

    como base as coisas materiais, ou a vida material, mas sempre viveu para o

    esprito, para as coisas espirituais.

    O Mestre no viveu com sentido de matria; todos os seus atos e

    mensagens dirigiram-se vida espiritual. Por isso Ele estava vivo e continua

    vivo mesmo depois de seu desencarne.

    Todos os espritos, quando encarnam, vivem apenas para a matria

    e, por isso, esto mortos para o mundo espiritual. Isto ocorre porque eles

    no conhecem nem praticam as Cinco Verdades Universais.

    O objetivo de Jesus era, portanto, ensinar estas verdades aos

    espritos na carne e, desta forma, trazer a vida para todos. Ser sob este

    prisma que iremos analisar os ensinamentos constantes do Evangelho

    Segundo Tom, o Ddimo.

  • Evangelho segundo Tom Pgina 36

    3 - Ensinamentos

    Logia 001 Morte e vida

    001 - E ele disse: - Aquele que descobrir a interpretao

    destas palavras no experimentar a morte.

    Jesus disse: aquele que entender o que Ele falar no vai morrer.

    Para compreendermos melhor, vamos buscar o significado de morrer.

    MORTE - 1. O fim da vida animal ou vegetal. 2. Termo,

    fim. 3. Destruio, runa (Dicionrio Aurlio).

    Para aqueles que no acreditam em religies, a morte se torna o fim

    completo, ou a cessao da vida. Entretanto, como a prpria cincia vem

    comprovando, nada acaba, tudo se transforma.

    A planta no morre e sim se transforma em adubo, ou seja, vida

    para novas plantas. Quando as clulas da folha que caiu penetram no solo

    e so absorvidas pelas razes de outras plantas, continuam existindo dentro

    destas.

    Ento a morte , na verdade, uma transformao que vai gerar nova

    vida. No existe fim para nada. Aqueles que acreditam na "morte" como o

    fim da vida porque desconhecem a transformao que acontece. Nada

    acaba, tudo se transforma.

  • Evangelho segundo Tom Pgina 37

    Nem mesmo os sentimentos, coisas imateriais, acabam: eles se

    transformam. O amor vira dio, a alegria passa a ser tristeza. Nada no

    planeta acaba: transforma-se. Nada tem fim: passa por transformaes.

    Este conhecimento, que j praticado por aqueles que acreditam

    em religies, importante para que o ser humano que no acredita nelas,

    saiba que ele tambm no acabar, mas se transformar.

    Baseadas neste princpio, todas as religies ensinaram at hoje que

    a morte transformar o ser humano em algo diferente do que : o catlico

    acredita que vai se transformar de "acordado" em "dormindo" e voltar a

    "acordar" no dia do juzo; os protestantes acham que se transformaro em

    anjos na glria do Senhor. Mesmo aqueles que se aprofundaram mais neste

    assunto (espritas kardecistas), acreditam que se transformaro de "alma"

    para esprito.

    Todas as religies promovem a transformao, ou seja, a mudana

    de uma coisa para outra. Entretanto Jesus afirma que, quem entender suas

    palavras, no vai conhecer a morte, ou seja, no vai passar por

    transformaes.

    Quem entender as palavras que Jesus confiou ao seu irmo mais

    querido, j vai se ver e se sentir como esprito, mesmo estando na carne.

    No vai ser preciso morrer para se transformar em esprito e, por isso, no

    haver um processo de transformao.

    Podemos ento entender as palavras de Jesus, escritas por Tom,

    da seguinte forma:

    Aquele que entender o que eu digo se ver agora como

    esprito e por isso no precisar passar por um processo

    de transformao.

    Esta a explicao para "no experimentar a morte", ou seja, no

    passar por transformao.

  • Evangelho segundo Tom Pgina 38

    Quem compreender as Cinco Verdades Universais e conseguir

    coloc-las em prtica, no precisar se transformar em nada mais, pois j

    ser. O esprito est preso a uma carne, habita um mundo espiritual e no

    material e, portanto, j um esprito e no uma "alma".

    As religies separam a vida em dois mundos: o mundo da matria e

    o fora dela. No existe esta separao e por isto, no existe morte,

    transformao. Mas para se viver uma vida espiritual, mesmo estando retido

    na carne, necessrio se entender as palavras de Jesus. Isto o que

    transmite Tom.

    Este estado foi alcanado por todos aqueles que entenderam as

    palavras de Jesus. Como um ser humano poderia entrar em uma arena com

    lees famintos, sabendo que ia morrer, sem sentir medo? Como poderia um

    ser humano enfrentar exrcitos, ser crucificado, queimado, com alegria e

    felicidade? A resposta s uma: j sendo esprito e sabendo que no

    haveria transformao ou mudanas.

    Aqueles cristos que entraram nas arenas, os santos que foram

    para as fogueiras j conheciam esta verdade e, por isso, no precisavam ter

    medo porque j sabiam que eram espritos e conheciam a verdade da no

    transformao.

    Esta compreenso no se alcana com mgica ou apertando um

    boto, mas sim com o prprio esforo: estudo, dedicao e, acima de tudo,

    a prtica. isto que faz alcanar a conscincia de j ser esprito.

    Ningum pode fazer nada por voc, a no ser voc mesmo. Como

    ensinou Buda Gautama: se voc quiser saber porque voc assim hoje,

    veja o que fez ontem; se quiser saber o que ser amanh, veja o que est

    fazendo hoje.

    Se voc quiser ser um esprito ao abandonar a carne, necessrio

    que voc desde hoje saiba que j o e viva como um esprito. No existe

    processo instantneo de transformao. No o desencarne que vai lhe

  • Evangelho segundo Tom Pgina 39

    trazer, automaticamente, este conhecimento: voc precisar estudar no

    plano espiritual menos denso para alcan-lo.

    Assim, a misso de Jesus foi ensinar como ser esprito hoje e ns

    no devemos adiar esta viso para depois.

    Esta , ento, uma das intenes do evangelho de Tom: trazer os

    ensinamentos para se viver como esprito, o que acabar com a viso de

    transformao, chamada morte.

  • Evangelho segundo Tom Pgina 40

    Logia 002 Reforma ntima

    002 - Jesus disse: Aquele que procura, no cesse de

    procurar at quando encontrar; e quando encontrar ficar

    perturbado; e ao perturbar-se, ficar maravilhado e

    reinar sobre o Todo.

    Aquele que procura, no cesse de procurar at

    quando encontrar

    O primeiro recado de Jesus que os espritos na carne no devem

    parar de procurar a vida espiritual, a Verdade Universal.

    Ser que as pessoas esto realmente procurando a vida espiritual

    ou esto cedendo s tentaes que Jesus enumerou para o planeta? Hoje

    os seres humanos enumeram diversas necessidades antes de procurar as

    suas verdades universais.

    Todos precisam fazer a sua vida, necessitam estudar, trabalhar,

    para que possam conquistar coisas materiais. Esforam-se em progredir

    materialmente, mas esquecem que estes valores materiais terminam com o

    fim da encarnao.

    preciso que o ser humano altere seus objetivos, premiando a vida

    espiritual em primeiro lugar, pois esta consistente e eterna enquanto que a

    primeira efmera e curta.

    Para evoluir espiritualmente e alcanar a viso esprito, o Mestre

    deixou como primeiro ensinamento a necessidade da procura incessante.

  • Evangelho segundo Tom Pgina 41

    Para fazer isto, h a necessidade de que o ser humano esteja

    vigilante o tempo inteiro nos seus valores espirituais e tenha persistncia

    para no ceder s tentaes materiais. Entre estas tentaes est a da

    omisso ("eu no consigo...").

    Todo esprito tem que brigar consigo mesmo e verificar que a

    forma que est pensando nada mais do que hbito. Tem que mostrar

    claramente a si mesmo que os pensamentos nada mais so do que

    conceitos enraizados dentro de si, voltados satisfao material e no

    espiritual.

    O ser humano no sabe a realidade das coisas que acontecem,

    apenas "acha" que elas so de uma determinada forma. Como ento pode

    se pronunciar sobre ela? Utilizar o achar e confundi-lo com o saber

    cessar de procurar a vida espiritual: pra de procurar a Verdade Universal

    para utilizar o poder de mandar nas coisas.

    Os seres humanos querem comandar a sua vida e a vida dos

    outros, mas no possuem base para tanto, pois possuem uma viso limitada

    dos sentimentos com os quais os atos so praticados. Quantas vezes

    acham que esto sendo amados e na verdade so alvos de outros

    sentimentos? Ao contrrio, muitas vezes identificam ataques onde est

    havendo compaixo.

    Assim, a procura do entender-se como esprito, que encerrar com

    o processo de transformao morte, comea pelo fim do "achar" as coisas,

    ou seja, utilizar parmetros prprios para julgar o que est acontecendo. Isto

    s conseguido vigiando constantemente a si mesmo.

    necessrio estar vigilante para saber se o que se est fazendo

    est trazendo alegria para todos ("ser que deixei algum triste com este

    meu pensamento?", "ser que eu fiquei triste com ele?"). tambm preciso

    verificar se est sempre presente a compaixo ("ser que o meu

    pensamento est ferindo ou magoando algum?").

  • Evangelho segundo Tom Pgina 42

    importante esta conscincia, pois ningum tem o direito de ferir ou

    magoar outra pessoa, sem que com isso esteja ferindo ou magoando a

    Deus, que o Pai, no s seu, mas de todos.

    Ningum tem o direito de dizer aos outros o que quer, o que "acha",

    obrigando-o a ouvir o que quer dizer. Seu direito acaba onde comea o dos

    outros.

    Enquanto o esprito se vir como ser humano, ou seja, o

    centro de um universo que ele chama de "minha vida",

    no h como se conscientizar de que parte de uma

    coletividade que vive para o Pai.

    Alm dos sentimentos alegria e compaixo, tem que haver a

    igualdade. No h condies de se obrigar as pessoas a fazer as coisas de

    determinada forma e nem podemos submet-las s nossas vontades. Cada

    uma tem o direito de fazer o que quiser, na forma que achar melhor, desde

    que no fira e nem tire a alegria de ningum.

    A vigilncia constante destes trs sentimentos traz o mundo de

    Deus para cada um e, portanto, leva a alcanar a viso de esprito.

    No pode haver a cessao da vigilncia e da procura da vida

    espiritual, pois se houver a interrupo, o esprito certamente cair no

    "pecado", ou seja, nos sentimentos contrrios ao amor universal. Quando

    isto ocorre, o esprito comea a merecer que Deus lhe d situaes

    negativas e a, no sofrimento, muito mais difcil manter este amor.

    No pare nunca de procurar o amor universal

    e quando encontrar, ficar perturbado

    Quem encontrar este amor universal, esta vida espiritual, vai ficar,

    inicialmente, perturbado, pois a sua vida se alterar completamente. Todas

  • Evangelho segundo Tom Pgina 43

    as coisas que esto sua frente mudaro completamente: deixaro de ser

    o que eram e tero outro sentido...

    A vida mudar completamente porque a vida material, vivida pelos

    seres humanos, nada tem a ver com a espiritual. A vida material iluso,

    no existe.

    Os seres humanos, para se sentirem felizes, necessitam que os

    seus conceitos sejam atendidos para que eles alcancem a felicidade. Isto

    no felicidade, mas sim satisfao que cessa quando cessam os motivos.

    O esprito, por no ter conceitos, vive a felicidade universal, aquela

    na qual apenas participar das maravilhas do mundo de Deus j satisfaz.

    Por no conhecer esta vida, o esprito quando sai da carne pelo

    processo morte fica preso a este planeta, procurando alcanar seus

    conceitos e a felicidade.

    No est sendo dito que em outros mundos menos densos no

    existam coisas materiais, mas o que est sendo afirmado que o esprito v

    essas coisas de forma diferente. O ser humano v as coisas materiais por

    sua forma, mas o esprito entende o "sentido" de cada uma delas, ou seja, a

    sua essncia.

    Tomemos como exemplo uma cadeira. Para o ser humano, ela nada

    mais do que pedaos de madeira, espumas e panos reunidos sob uma

    determinada forma. Para os espritos que se reconhecem como tal e vivem

    no mundo espiritual, essas informaes so sem importncia. Para eles, o

    que importa o sentido da existncia da cadeira, ou seja, a sua essncia.

    cadeira podem ser atribudos diversos sentidos ou essncias:

    conforto, segurana, descanso, beleza, luxo, orgulho etc. Entretanto, para o

    esprito pouco importa de que feita a cadeira, mas sim o sentido para o

    que ela existe. a escolha entre estas essncias que a prova que o

    esprito vem fazer na carne.

  • Evangelho segundo Tom Pgina 44

    Para o mundo espiritual a forma das coisas no tem importncia,

    pois qualquer que seja ela, o sentido ou a essncia ser sempre a mesma.

    No importa se a cadeira feita de ouro ou de tbua de caixote, ela sempre

    poder proporcionar uma essncia positiva.

    e ao perturbar-se, ficar maravilhado

    Quando o esprito entender que as coisas valem por sua essncia,

    encontrar o mundo espiritual mesmo nesta densidade de matria que vive

    hoje. Ao descobrir este mundo, encontrar o mundo de Deus. Ao ver-se

    nele, maravilhar-se- com a sua justia, beleza e amor!

    O mundo de Deus perfeito pela Perfeio que o criou.

    No mundo de Deus no existe lugar para injustia, pois

    Deus a Justia Suprema; no existe lugar para erros,

    pois Deus Inteligncia Suprema do Universo. No

    mundo de Deus no existe lugar para tristeza ou

    infelicidade, pois Deus o Amor Sublime.

    Quando o ser humano se transformar em esprito penetrar neste

    mundo e maravilhar-se- com todas estas coisas.

    O ser humano no consegue entender a justia, pois entende o

    mundo apenas pelas suas verdades pessoais (achar) e no pelas

    Verdades Universais das coisas. Encontra a injustia porque acha que ele

    que est certo; sofre porque suas verdades no so contentadas e v o

    erro, porque no conhece a essncia das coisas.

    Todo o Universo regido pela lei da ao e reao: tudo o que

    ocorre uma reao a uma ao. Como o ser humano imagina-se sempre

    certo, espera que a reao seja sempre ao seu contento. Quando isto no

    ocorre, no procura a reao em alguma ao sua, mas acusa Deus de

    estar cometendo uma injustia.

  • Evangelho segundo Tom Pgina 45

    O esprito no possui verdades individuais e por isso aceita as

    Verdades Universais. Para ele, tudo o que ocorre porque ele merecia, ou

    seja, procura cada ao que originou uma reao dentro de si mesmo e no

    externamente.

    Entendendo a ao de Deus sobre as coisas (Deus

    Causa Primria), o esprito se maravilha com a perfeio

    da vida universal e alegra-se por participar dela.

    e reinar sobre o Todo.

    O esprito que conhece as Cinco Verdades Universais no tem

    verdades individuais que possam ser menosprezadas e por isso no se fere

    nem se sente injustiado.

    Aceita tudo que lhe acontece como ato de uma Inteligncia

    Suprema, ou seja, no encontra erro; v sempre a Justia Suprema em

    ao e por isso no encontra injustia; entende que em todos os momentos

    est presente o Amor Sublime, que busca a igualdade entre todos e a

    manuteno da alegria universal.

    Quando alcanar esta viso, o esprito no mais perder sua

    alegria, pois ela no depender da satisfao de verdades individuais, no

    causar sofrimento aos outros, no precisar defender a sua verdade e

    ver como todos so iguais, apesar das diferenas fsicas.

    Aquele que se considerar esprito, estar apto a conduzir o seu

    irmo nesta mesma busca, pois aceitar que cada um tenha o seu prprio

    patamar de evoluo e no buscar impor suas verdades aos outros.

  • Evangelho segundo Tom Pgina 46

    Logia 003 Reino do cu

    003. Jesus disse: Se aqueles que vos guiam vos

    disserem: v, o Reino est no cu, ento os pssaros

    vos precedero. Se vos disserem: ele est no mar, ento

    os peixes vos precedero. Mas o reino est dentro de

    vs e est fora de vs. Se vos reconhecerdes, ento

    sereis reconhecidos e sabereis que sois filhos do Pai

    Vivo. Mas se vos no reconhecerdes, ento estareis na

    pobreza, sereis a pobreza.

    Se aqueles que vos guiam vos disserem: v, o

    Reino est no cu, ento os pssaros vos

    precedero. Se vos disserem: ele est no mar,

    ento os peixes vos precedero

    O incio deste ensinamento trata do que se conhece at ento como

    a localizao do reino de Deus: o mundo espiritual fora da carne.

    O Mestre afirma que este reino no se encontra acima ou abaixo do

    planeta Terra, pois se assim fosse, os seus habitantes j o teriam

    alcanado.

    Assim, Jesus s deixa uma opo: o reino est no mesmo espao

    fsico onde tambm existe o planeta Terra.

    Existe um nico Universo, independente da matria mais densa ou

    menos densa que o esprito ocupe. Na verdade, o que distingue o plano

    espiritual do que chamamos plano material no um lugar fsico, mas a

    densidade das coisas materiais.

  • Evangelho segundo Tom Pgina 47

    Todas as coisas e espritos em todas as dimenses coexistem em

    um mesmo espao fsico. S no podem ser percebidos porque os espritos

    que vivem em matrias de densidades maiores no conseguem ver as

    coisas e espritos que vivem em densidades menores.

    Portanto, todos aqueles que o esprito na carne acredita que

    estejam no cu, esto, na verdade, ao seu lado, mas em matria menos

    densa, o que dificulta a esse esprito tomar conhecimento da existncia

    deles.

    Esta informao de suma importncia para que os habitantes do

    planeta se reconheam como espritos j. A densidade das matrias

    existentes no planeta Terra uma das causas da viso ser humano que o

    esprito na carne possui.

    Como no consegue ver as outras densidades, o ser humano criou

    um local diferente para a existncia delas e separou o universo em planos e

    locais diferentes. Como o ser humano acredita que existe uma

    transformao para que se torne esprito, criou, tambm, um local

    diferenciado para a vida deste novo ser em que se transformar. Assim, o

    ser humano dividiu o Universo em dois mundos distintos: o material e o

    espiritual. Ao menos denso, ele atribuiu a Deus o comando das coisas, mas

    para o material, assumiu a posio de Deus j que Ele se encontra em

    outro lugar.

    Por este motivo, o ser humano dominador por natureza. Como

    no consegue ver Deus na Terra e acha que Ele habita outro lugar, quer

    dominar o planeta e agir livremente. Porm, o esprito sabendo que este

    um mundo espiritual onde a matria possui vrias densidades, consegue

    enxergar a ao do Pai sobre as coisas, inclusive sobre a sua vida.

    Para os momentos onde no conseguem dominar as coisas, os

    seres humanos criaram locais que servem de interligao entre o mundo

    material e o espiritual: os centros, igrejas, templos etc. Nestes locais

    buscam alcanar Deus e pedir a Sua interveno em determinados

  • Evangelho segundo Tom Pgina 48

    assuntos, ou seja, prenderam-No dentro destes locais e s O libertam

    quando Dele necessitam...

    Por isto Jesus faz meno queles que vos guiam. Os clrigos de

    todas as religies devem entender que para se religar a Deus no h

    necessidade de se recorrer a igrejas ou templos. Como morador do mundo

    de Deus, o esprito pode se religar ao Pai em qualquer local.

    mas o reino est dentro de vs e est fora de vs

    Deus no est confinado dentro de paredes de templos e sim dentro

    de cada esprito, pois age diretamente sobre seus filhos, buscando auxili-

    los na elevao espiritual.

    O esprito tem que compreender esta ao de Deus sobre ele para

    que O encontre em todos os momentos de sua vida. Necessita entender

    que Deus comanda os seus passos, momento a momento, com a finalidade

    de manter o equilbrio universal atravs da Justia Perfeita. Sem entender

    que nada consegue praticar sem a ao de Deus, o esprito transforma-se

    em um ser humano que se julga independente de Deus para a realizao de

    atos. Portanto, o esprito precisa encontrar dentro de si mesmo o Reino de

    Deus, ou seja, a morada do Senhor.

    A nica ao do esprito sentir e, por isso, seus atos fsicos no

    passam de materializao de seus sentimentos. Deus comanda estes

    atos de acordo com o sentimento do esprito, ou seja, para cada ao

    espiritual, uma reao. Se o esprito sente raiva, Deus comandar para que

    este esprito pratique um ato de raiva contra outra pessoa; se o esprito

    sente bondade, seus atos iro condizer com este sentimento. Portanto, o

    ato do esprito comandado, na forma, por Deus, de acordo com os

    sentimentos que ele nutre.

    Por isto Jesus resumiu as leis de Deus em apenas uma: AMAR.

  • Evangelho segundo Tom Pgina 49

    Quem ama no pratica atos para ferir outros espritos. Para amar

    necessrio ter alegria; para mant-la necessrio nunca ver injustia. S

    Deus, a Justia Suprema, pode nos garantir a justia de tudo o que

    acontece.

    O esprito deve procurar esta morada tambm externamente, ou

    seja, tem que entender que os fatos e atos que acontecem em qualquer

    lugar tambm pertencem ao Reino de Deus, ou seja, tambm so guiados

    por Deus.

    Se um esprito se sentir ferido por outro, deve entender que ali

    existe uma ao de Deus. Acusar o ofensor de ter praticado

    espontaneamente o ato negar a existncia de Deus no planeta. Sendo

    um ato de Deus, ento ali existiu justia e foi praticado da maneira que

    deveria ser, pois foi obra da Inteligncia Suprema do Universo. Assim

    sendo, o esprito que recebe o ato no deve sentir-se ofendido, mas

    acreditar que Deus, pelo Seu amor, s trar a ele o que o auxilie na sua

    evoluo.

    Todo esprito comandado por Deus porque habita o Seu mundo.

    Desta forma, tudo o que acontece a um esprito obra do Criador como

    reao a um sentimento que ele tenha emitido. Se algum consegue

    ofender um esprito porque este tambm j ofendeu algum.

    Se vos reconhecerdes, ento sereis reconhecidos e

    sabereis que sois filhos do Pai Vivo

    Aquele que encontrar Deus dentro de si e no mundo que habita, se

    reconhecer como esprito e buscar sempre o amor para se nutrir. Estes

    espritos sero reconhecidos por Deus e vero que Ele est Vivo, ou seja,

    que age dentro de cada um. Assim, no mais emitiro sentimentos

    negativos sobre o planeta e ento recebero as bnos de Deus.

  • Evangelho segundo Tom Pgina 50

    mas se vos no reconhecerdes, ento estareis na

    pobreza, sereis a pobreza

    Aqueles que ainda se entenderem seres humanos, capazes de criar

    atos e fatos, permanecero fora das bnos de Deus e, portanto, sero

    pobres.

    Jesus, em diversas outras passagens avisou que o esprito deve

    procurar juntar riquezas no mundo espiritual e no no material. As riquezas

    do mundo material geram o sentimento posse, que contrrio ao amor

    universal e afasta o esprito de sua real riqueza. Portanto, quanto mais

    bens materiais possuir o esprito, mais pobre ele ser e mais a pobreza

    representar.

    Quando falamos em bens materiais, no devem ser entendidas

    apenas as coisas materiais, mas tambm os bens morais e sentimentais. O

    ser humano quer possuir tudo que existe: seus parentes, seus cnjuges, os

    amigos, os inimigos (bens sentimentais) e a razo das coisas, o estar certo

    sempre (bens morais).

    Jesus no recrimina os bens materiais em si, mas a busca de sua

    posse. O esprito pode ter bens materiais desde que compreenda que eles

    pertencem a um mundo espiritual e no a um mundo material: no mundo

    material as coisas valem por sua forma, enquanto que no mundo espiritual

    as coisas valem por sua essncia. Na sua essncia uma casa um abrigo,

    mas para o mundo material a casa vale pela riqueza que tenha.

    O esprito que compreende o mundo espiritual em que vive, no se

    importa com detalhes. Para ele, a casa ser sempre um abrigo,

    independente dos adornos que tenha e ele ser sempre feliz, pois se sentir

    abrigado. Por isto, para um esprito, tanto faz morar em um palcio ou em

    um caixote: qualquer lugar que o abrigue, ali ele morar e ser feliz.

    O ser humano que no compreende esta essncia fica sempre

    procura de formas materiais mais ricas para poder possuir mais bens. Por

    isto vive na pobreza espiritual, e ser ela prpria...

  • Evangelho segundo Tom Pgina 51

    Logia 004 - Nascimento

    004. Jesus disse: o homem carregado em anos no

    hesitar em perguntar a uma criana de sete dias a

    respeito de onde est a Vida, e ele viver. Pois muitos

    que esto em primeiro lugar ficaro em ltimo e se

    tornaro um s.

    o homem carregado em anos no hesitar em

    perguntar a uma criana de sete dias a respeito

    de onde est a Vida, e ele viver.

    Se no existe o processo morte para transformao do ser

    humano em esprito, tambm no existe o processo nascimento para que

    o esprito altere-se para ser humano. O esprito um s durante a sua vida

    carnal e pode, desde o seu incio, praticar atos espirituais. Alis, nesta

    etapa da vida de recm-nascido, ele mais capaz de executar atos

    espirituais do que quando estiver mais avanado na vida carnal.

    O processo de crescimento do ser humano balizado pelos pais,

    parentes e amigos que lhe transmitem todos os conceitos adquiridos

    durante toda uma existncia como seres humanos. So eles os

    responsveis por gerar a imagem ser humano no esprito que encarna.

    A sociedade ensina o modo de viver, vestir, andar, comer, o que

    gostar e o que no gostar, o que fazer e o que no fazer, de acordo com as

    suas normas. Seu interesse formar mais um ser humano com sucesso

    material em primeiro lugar, mesmo que este sucesso seja alcanado com o

    cumprimento de normas divinas. Me e pai sabem obrigar o filho a estudar

    para ser gente, mas no lhe transmitem o amor necessrio para que ele se

  • Evangelho segundo Tom Pgina 52

    entenda como filho de Deus. Isto, porque eles tambm esto preocupados

    em ser algum.

    a viso ser humano que estabelece as prioridades do novo ser:

    primeiro, os responsveis pela criana preocupam-se em assegurar-lhe o

    seu sucesso material ou a