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EVI ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA LOTEAMENTO URBANO PARQUE DA MATA em TANGARÁ DA SERRAMT. BRDU PARIS EMPREENDIMENTOS - LTDA TANGARA DA SERRA - MT 2017

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EVI – ESTUDO DE IMPACTO DE

VIZINHANÇA LOTEAMENTO URBANO

PARQUE DA MATA em TANGARÁ DA

SERRA– MT.

BRDU PARIS EMPREENDIMENTOS - LTDA

TANGARA DA SERRA - MT

2017

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Sumário

1. APRESENTAÇÃO .................................................................................................................................. 4

2. INFORMAÇÕES GERAIS ..................................................................................................................... 5

2.1 NOME INTERESSADO ..................................................................................................................................... 5

2.2 ENDEREÇO E DOCUMENTOS PESSOAIS ......................................................................................................... 5

2.3 ENDEREÇO DO EMPREENDIMENTO............................................................................................................... 5

2.4 DADOS JURÍDICOS DO EMPREENDIMENTO ................................................................................................... 5

2.5 RESPONSÁVEL TÉCNICO ................................................................................................................................ 6

3. CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO ............................................................................... 7

3.1 ÁREA DO EMPREENDIMENTO ........................................................................................................................ 8

3.2 ÁREAS PÚBLICAS MUNICIPAIS (APM’S) ........................................................................................................ 10

3.3 ÁREA DE INFLUÊNCIA DIRETA E INDIRETA ................................................................................................... 11

3.4 QUANTIFICAÇÃO ARQUITETÔNICA DO EMPREENDIMENTO ....................................................................... 13

3.5 ESTIMATIVA DA POPULAÇÃO FIXA E FLUTUANTE ........................................................................................ 14

3.6 TIPOLOGIA DOS IMÓVEIS E CONSTRUÇÕES EXISTENTES, LOCALIZADOS NAS LIMÍTROFES .......................... 14

3.7 BENS E IMÓVEIS NATURAIS TOMBADOS ..................................................................................................... 16

3.8 DENSIDADE DEMOGRÁFICA DO ENTORNO .................................................................................................. 18

4. DESCRIÇÃO DA OPERAÇÃO DO EMPREENDIMENTO .............................................................. 18

4.1 DESCRIÇÃO DA OBRA ................................................................................................................................... 18

4.1.1 MEMORIAL DE CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE TRABALHO - PCMAT .................................................................. 18

4.1.2 PROTEÇÕES COLETIVAS ................................................................................................................................... 21

4.1.3 ESPECIFICAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL ............................................................................. 22

4.2 CANTEIRO DE OBRA .............................................................................................................................. 23

4.3 ACESSO À OBRA POR VEÍCULOS E PEDESTRES ............................................................................................. 23

4.4 MOVIMENTAÇÃO DE VEÍCULOS .................................................................................................................. 24

4.5 IMPLANTAÇÃO DA INFRAESTRUTURA ......................................................................................................... 24

4.6 IMPACTO VISUAL DA OBRA.......................................................................................................................... 24

4.7 MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS .................................................................................................................... 24

4.8 LEIS SANITÁRIAS, CÓDIGO DE POSTURA E DE SOSSEGO .............................................................................. 27

5. DESCRIÇÃO DA OPERAÇÃO DO EMPREENDIMENTO .............................................................. 27

5.1 ABASTECIMENTO DE ÁGUA ......................................................................................................................... 27

5.2 ENERGIA ELÉTRICA ...................................................................................................................................... 28

5.3 ESGOTO SANITÁRIO ..................................................................................................................................... 28

5.4 SERVIÇOS DE TELECOMUNICAÇÃO E INTERNET........................................................................................... 29

5.5 INFRAESTRUTURA EXISTENTE NAS VIAS LINDEIRAS..................................................................................... 29

5.6 PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS .................................................................................. 29 6. SISTEMA VIÁRIO E DE TRANSPORTE NA ÁREA DE INFLUÊNCIA DIRETA E INDIRETA

DO EMPREENDIMENTO ........................................................................................................................... 29

6.1 CARACTERIZAÇÃO FÍSICA E OPERACIONAL DAS VIAS DE ACESSO A REGIÃO ................................................ 31

6.2 CAPACIDADE VIÁRIA E DETERMINAÇÃO DO TRÁFEGO GERADO PELO EMPREENDIMENTO ........................ 35

6.4 PADRÕES DE CALÇADA E ACESSIBILIDADE ................................................................................................... 38

7. MEIO AMBIENTE ............................................................................................................................... 41

7.1 CONSIDERAÇÕES SOBRE O SOLO E O PERFIL DO TERRENO DA ÁREA DO EMPREENDIMENTO ..................... 41

7.2 CARACTERIZAÇÕES E DIAGNOSTICO DOS RESÍDUOS - PGRS ........................................................................ 45

7.2.1 AÇÕES PARA MINIMIZAÇÃO DOS RESÍDUOS GERADOS NA 1° E 2° FASE ...................................................................... 45

7.2.2 AÇÕES PARA ABSORÇÃO DOS RESÍDUOS NA PRÓPRIA OU EM OUTRA OBRA NA 1° E 2° FASE ........................................... 46

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7.2.3 AÇÕES PARA ACONDICIONAMENTO DIFERENCIADO E TRANSPORTE ADEQUADO NA 1° E 2° FASE ..................................... 47

7.2.4 AÇÕES PARA SEGREGAÇÃO, ACONDICIONAMENTO E DESTINAÇÃO DOS RESÍDUOS GERADOS NA 3° FASE ........................... 51

7.3 DEFINIÇÃO DOS FATORES GERADORES E MEDIÇÃO DE RUÍDOS E POEIRA NA FASE DE IMPLANTAÇÃO

(CONSTRUÇÃO) E OPERAÇÃO ............................................................................................................................ 52 8. PADRÕES DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO NA ÁREA DE INFLUÊNCIA DIRETA E

INDIRETA .................................................................................................................................................... 52

8.1 CARACTERIZAÇÃO DO SOLO E DETERMINAÇÕES LEGAIS ............................................................................. 52

8.2 EQUIPAMENTOS URBANOS E COMUNITÁRIOS............................................................................................ 53

8.3 IMPACTOS DECORRENTES DO AUMENTO DA DENSIDADE DEMOGRÁFICA ................................................. 55

8.4 VALORIZAÇÃO IMOBILIÁRIA ........................................................................................................................ 55

9. MATRIZ DE IMPACTO DE VIZINHANÇA ...................................................................................... 56

9.1 IMPACTOS POSITIVOS E NEGATIVOS ........................................................................................................... 56

9.2 AÇÕES MITIGADORAS PROPOSTAS.............................................................................................................. 58

9.3 MONITORAMENTO DOS IMPACTOS ............................................................................................................ 58

10. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO DAS MEDIDAS ............................................................................. 59

11. CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES. ................................................................................................ 64

12. EQUIPE TÉCNICA: ............................................................................................................................... 65

13. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................................... 66

14.ANEXOS ................................................................................................................................................... 67

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1. APRESENTAÇÃO

A BRDU Paris Empreendimentos LTDA vem apresentar proposta de loteamento

denominado Parque da Mata no que tange as suas características urbanísticas e soluções de

engenharia para apresentar um empreendimento que contemple uma integração entre

urbanização e conforto ambiental.

De acordo com o Lei complementar nº 210-2015, de 11 de setembro de 2.015 - Plano

Diretor do Município de Tangará da Serra, loteamento é a subdivisão de gleba em lotes

destinados à edificação, com abertura de novas vias de circulação, logradouros públicos ou

prolongamento, modificação ou ampliação das vias existentes.

Este Estudo cumpre as recomendações constantes da Lei Federal no. 10.257, aprovada

em 10/07/2001 e em vigor desde 10 de outubro do mesmo ano (especialmente no que tocam os

seus artigos 36 a 38), também conhecida como Estatuto da Cidade, regulamenta o Capítulo de

Política Urbana da Constituição Federal de 1988, ao tempo em que estabelece diretrizes gerais

e apresenta instrumentos de política urbana a serem utilizados pelos governos municipais e as

comunidades locais. Essas diretrizes e instrumentos atendem aos princípios do direito a cidades

sustentáveis para as atuais e futuras gerações.

Os problemas urbanos verificados principalmente nas grandes cidades brasileiras,

decorrentes do elevado ritmo de urbanização da população nas últimas décadas, ditam à

urgência na aplicação desses instrumentos, para minimizar os graves problemas urbanos já

acumulados, - o esgotamento dos grandes aglomerados urbanos, a degradação das relações de

vizinhança, as dificuldades de circulação, insalubridade, degradação do ambiente urbano,

consequência do processo crescente de degradação da vida urbana - em, busca da melhoria dos

padrões de qualidade de vida urbana.

Com o propósito de oferecer um embasamento consistente para subsidiar a execução,

discussão e implementação do mesmo foi elaborado este Estudo de Impacto de Vizinhança. O

foco deste EIV é o parcelamento do solo em área urbana, denominado Loteamento Parque da

Mata. Este Estudo apresenta os efeitos esperados sobre a cidade. Para o tema "valorização

imobiliária", por exemplo, descreve as consequências do projeto, e avalia se tais consequências

serão positivas (valorização propriamente dita) ou negativas (desvalorização imobiliária). Do

mesmo modo, em relação ao tráfego, demonstra os efeitos do empreendimento e as medidas

necessárias para que os problemas sejam contornados. Pois, há preocupação em controlar os

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efeitos deste empreendimento no planejamento urbano e indicar ações mitigadoras e

compensatórias.

2. INFORMAÇÕES GERAIS

2.1 NOME INTERESSADO

- Proprietário: BRDU Paris Empreendimentos LTDA

2.2 ENDEREÇO E DOCUMENTOS PESSOAIS

- Endereço: Av. Primeira Avenida, Qd. 1 – B, Lt 12, Condomínio Empresarial Village, Bairro

Cidade Vera Cruz

- CEP: 74.934-000

- CNPJ: 22.007.737/0001-79

- Município/Estado: Aparecida de Goiânia - GO

- Contato direto: Fernanda Borges (62 3932-3970)

2.3 ENDEREÇO DO EMPREENDIMENTO

- Endereço: CONJUNTO HABITACIONAL BOSQUE DA MATA

- Área total: 30.448361 ha

- Local do empreendimento: Estrada do Mutum na Gleba Boa Esperança, Tangará da Serra/MT,

Macro Setor A, Setor 20.

- Macrozona Urbana: Zona de Adensamento Secundário.

- Acessos principais: está localizado na prorrogação da Av. dos Ipes s/n.

- Latitude 14.587348” e Longitude 57.485450”.

- CEP: 78.300-000

- Município/Estado: Tangara da Serra/MT

2.4 DADOS JURÍDICOS DO EMPREENDIMENTO

-CNPJ: 22.007.737/0001-79 – Anexo I

- Inscrição Estadual: Isento

- Contrato Social – Última Alteração: Anexo II

- Matricula do Terreno: Anexo III

- Certidão de Uso e Ocupação do Solo e Certidão de Perímetro Urbano: Anexo IV

- Planta de Localização e Situação: Anexo V

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- Certidão Negativa Débitos Municipais – CND: Anexo VI

-Certidão declaração de disponibilidade dos serviços de: água (Anexo VII), esgoto (Anexo

VIII), coleta de resíduos sólidos (Anexo IX), energia elétrica (Anexo X).

2.5 RESPONSÁVEL TÉCNICO

- Nome: Luiz Fellipe Leal Weissheimer

- Função: Engenheiro Florestal

- Reg. Nacional CREA: 1211787192

- Contato: 65 98418-5276/ 65 3023-7780

- E-mail: [email protected]/[email protected]

- Responsável técnico: Patrícia D’Oliveira Marques

- Função: Arquiteta e Urbanista e Engª. Segurança do Trabalho

- Reg. CAU A76131-1

- Contato: 65 996760144

- Responsável técnico: Bianca Volta Ferreira,

- Função: Arquiteta e Urbanista

- Reg. CAU 167265-7

- Contato: 65 99969 5793

- Responsável técnico: Gilson Vilela D’Oliveira

- Função: Engenheiro Civil

- Reg. Nacional CREA: 120420434-8

- Reg. CREA: 4918/D-MT

- Contato: 65 99981 1511

- Responsável técnico: Patrícia Carla Cardoso

- Função: Assistente Social

- Registro: 1568

- Contato: 65 98147 9257

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3. CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO

O projeto de loteamento urbano proposto pela BRDU Paris Empreendimentos - LTDA

vem a atender uma demanda crescente para novas habitações, visto que no município de

Tangará da Serra está em um ciclo de desenvolvimento urbano, causado pela expansão da

cultura de grãos, da boa base canavieira e criação de gado tanto o leiteiro quando o destinado

ao abate.

O empreendimento urbano Parque da Mata está localizado na região norte do município

de Tangará da Serra, no prolongamento da Rua 42 que se torna a Estrada do Mutum,

confrontante com os bairros Altos do Tarumã, Vila Horizonte e pequenas propriedades rurais

que localizam ao longo da Estrada do Mutum. Na imagem 1 podemos ver no mapa a localização

do empreendimento Parque da Mata e a sua localização exata dentro do perímetro urbano da

cidade, ocupando em sua maior parte uma área já antropizada.

Pela Lei complementar nº 210, de 11 de setembro de 2.015 - Plano Diretor do Município

de Tangará da Serra essa região é caracterizada como Zona de Adensamento Secundário (ZAS)

(Imagem 2), pois é composta por áreas do território que possuem infraestrutura básica em sua

maioria e alguns setores existem galerias e/ou pavimentação asfáltica, apresentando fragilidade

ambiental, pois são cortadas por córregos urbanos e concentram grande número de vazios

urbanos, formados por lotes e/ou áreas de terra.

Imagem 1: Mapa de localização geral do loteamento Parque da Mata.

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Imagem 2: Mapa de Zoneamento.

3.1 ÁREA DO EMPREENDIMENTO

O projeto de loteamento urbano prevê a urbanização e fracionamento do uso do solo de

acordo com a legislação vigente e a optimização do espaço para melhor aproveitamento das

condições presentes. O quadro das áreas segue descrito na Tabela 1:

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Tabela 1: Tabela geral de áreas a serem utilizadas pelo loteamento urbano Parque da Mata.

DESCRIÇÃO ÁREAS PERCENTUAL

Área da Gleba 30.448361 ha 100,00%

Total Área de Lotes (585 unidades) 159.062,23 m² 52,24%

Total de Área Pública Municipal (A.P.M.) 45.672,54 m² 15,00%

Total de Área do Sistema Viário 99.748,82 m² 32,76%

O projeto prevê o parcelamento da área de 30,3 hectares em 23 quadras que irão compor

585 lotes individuais, conforme pode ser observado na imagem 3. Também prevê a construção

de uma área institucional e de uma área verde (Imagem 3), ambas de livre acesso ao público. A

área verde englobará parte do espaço do loteamento que possui cobertura vegetal natural e se

destinarão à ornamentação do loteamento e à recreação. Além disso, a área verde apresenta

algumas funções vitais, tais como: higiênica, paisagística, estética, plástica, valorização da

qualidade de vida local e defesa e recuperação do meio ambiente.

A área institucional por seu turno, é a reservada para a implantação futura de áreas de

lazer, equipamentos de uso comum, ou seja, é um espaço reservado à comunidade. Sua reserva

em loteamentos urbanos encontra-se prevista no Art. 4º, inc. I, da Lei nº 6.766 de 19 de

dezembro de 1979 (Dispões sobre o Parcelamento do Solo Urbano).

“Art. 4º. Os loteamentos deverão atender, pelo menos, aos seguintes requisitos:

I - as áreas destinadas a sistemas de circulação, a implantação de equipamento urbano e

comunitário, bem como a espaços livres de uso público, serão proporcionais à densidade de

ocupação prevista pelo plano diretor ou aprovada por lei municipal para a zona em que se

situem.”1

Imagem 3: Mapa de localização do empreendimento e projeção das quadras e avenidas internas.

1 Redação dada pela Lei nº 9.785, de 1999.

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3.2 ÁREAS PÚBLICAS MUNICIPAIS (APM’s)

Conforme consta no Art. 30, inciso VIII da Constituição da República Federativa do

Brasil, compete aos municípios promover o adequado ordenamento territorial.

“Art. 30. Compete aos Municípios:

VIII - promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante planejamento e

controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano; ”

Assim sendo, as áreas públicas municipais são as áreas pertencentes ao acervo

administrativo municipal, destinadas à locação de ruas, praças públicas, escolas, postos de

saúde, etc. A tabela a seguir (Tabela 2) traz a tabela do loteamento em relação as Áreas Públicas

Municipais, demonstrando as dimensões e as confrontações.

Tabela 2: Listagem dos Lotes Parque da Mata em relação as Área Públicas Municipais (APM’s), Tangará da Serra

– MT.

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3.3 ÁREA DE INFLUÊNCIA DIRETA E INDIRETA

A área de influência de um “empreendimento” é definida como o espaço suscetível de

sofrer alterações como consequência da sua implantação, manutenção e operação ao longo de

sua vida útil.

Usualmente a área de influência é delimitada em três âmbitos – Área de Influência

Indireta (AII), Área de Influência Direta (AID) e Área Diretamente Afetada (ADA). Cada um

desses subespaços recebe impactos nas fases de construção e operação do empreendimento, ora

com relações causais diretas, ora indiretas, e daí a denominação. Além disso, tem a ADA onde

se localiza o empreendimento propriamente dito, muitas vezes chamada de área de intervenção,

conforme a figura abaixo.

Imagem 4: Imagem demonstrativa de delimitação de áreas de influência.

Em termos da legislação aplicável, de acordo com o

artigo 2º da Resolução CONAMA 349/2004 - considera-se

a Área Diretamente Afetada – ADA – a área necessária para

a implantação do empreendimento. Das quais incluem suas

estruturas de apoio, vias de acesso privativo que precisarão

ser construídas, ampliadas ou reformadas, bem como todas

as demais operações unitárias associadas exclusivamente à infraestrutura do projeto, ou seja,

de uso privativo do empreendimento.

A Área de Influência Direta – AID – é a área geográfica diretamente afetada pelos

impactos decorrentes do empreendimento/projeto e corresponde ao espaço territorial contíguo

e ampliado da ADA, e como esta, deverá sofrer impactos, tanto positivos quanto negativos.

Tais impactos devem ser mitigados, compensados ou potencializados (se positivos) pelo

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empreendedor. Os impactos e efeitos são induzidos pela existência do empreendimento e não

como consequência de uma atividade específica do mesmo.

Por fim, a Área de Influência Indireta – AII – abrange um território que é afetado pelo

empreendimento, mas no qual os impactos e efeitos decorrentes do empreendimento são

considerados menos significativos do que nos territórios das outras duas áreas de influência

(ADA e a AID). Nessa área tem-se como objetivo analítico propiciar uma avaliação da inserção

regional do empreendimento. É considerado um grande contexto de inserção da área de estudo

propriamente dita.

Essas configurações territoriais, na verdade, são sínteses de rebatimentos de impactos que

podem ocorrer nos meios físico, biótico, socioeconômico, cultural e institucional. Mais que

isso, há situações em que uma dada área de influência, por exemplo a AID, se diferencia para

cada meio na ambiência local e/ou regional, desenhando contornos próprios, tendo-se dessa

forma mais que três áreas que se superpõem.

No Loteamento Parque da Mata foram utilizados como parâmetro a Área de Influência

Direta a uma distância de 1.000 metros a partir da Área Diretamente Afetada e 1.500 metros

para a Área de Influência Indireta, conforme imagem 5.

Imagem 5: Mapa de Projeção das Áreas de Influência.

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Portanto, a ADA atualmente é uma área inabitada, na qual passará por instalações de

infraestrutura, como água, esgoto, pavimentação e energia para se tornar o loteamento, sendo

assim, a área diretamente afetada. Haverá impactos ambientais negativos na instalação do

empreendimento, como a remoção da vegetação e revolvimento de poeiras e pequenas

partículas pelo tráfego de veículos pesados e atividades de escavação de solo e terraplanagem.

A AID foi analisada a uma distância de 1.000 metros, na qual atinge uma pequena área

do loteamento Parque do Bosque, como também, área verde e área rural. Os impactos nessas

áreas serão positivos no que diz respeito a relações econômicas e sociais, visto que haverá

crescimento populacional de forma ordenada e gerando pequenos comércios. Durante a

operação do empreendimento não haverá impactos negativos a população, devido o loteamento

vizinho também estar em fase de implantação.

A AII atinge uma outra parcela do loteamento vizinho e os Loteamentos Parque Tarumã,

Altos do Tarumã, Tarumã II, Vila Horizonte e Jardim São Paulo, além de área verde e área rural

e seus impactos serão mínimos na etapa de implantação do empreendimento. Os impactos serão

os mesmos que o AID, porém menos significativos devido estar mais distantes e a área verde

formar uma barreira acústica e para a poeira. O fluxo do trânsito será o mais afetado, pois a área

de influência direta e indireta que atinge o loteamento Parque do Bosque receberá as vias de

acesso principal do empreendimento, portanto, essas vias são mais largas possibilitando um

fluxo maior de veículos. Essas vias principais são existentes, não gerando outros impactos,

apenas sofrerá com grande circulação de veículos.

3.4 QUANTIFICAÇÃO ARQUITETÔNICA DO EMPREENDIMENTO

Tabela 3: Divisão das quadras e lotes do Loteamento urbano Parque da Mata.

QUADRAS LOTES QUADRAS LOTES

01 21 13 28

02 21 14 28

03 24 15 28

04 24 16 29

05 24 17 17

06 28 18 23

07 28 19 27

08 28 20 22

09 28 21 28

10 28 22 28

11 28 23 11

12 28 TOTAL 585

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3.5 ESTIMATIVA DA POPULAÇÃO FIXA E FLUTUANTE

De acordo com NBR 14.276, população fixa é definida como, aquela que permanece

regularmente na edificação, considerando-se os turnos de trabalho e a natureza da ocupação,

bem como os terceiros nestas condições. E população flutuante é aquela que não se enquadra

no item de população fixa. Será sempre considerada pelo pico.

Portanto, no empreendimento os lotes terão uma variação de tamanho dependendo do

desenho da quadra que estão localizados, podendo variar de 250 m² até 360 m², tendo finalidade

para uso residencial, prevendo uma ocupação de 3,8 indivíduos por residência/lote, logo uma

população ocupacional fixa de 2.223 habitantes.

3.6 TIPOLOGIA DOS IMÓVEIS E CONSTRUÇÕES EXISTENTES, LOCALIZADOS NAS

LIMÍTROFES

A tipologia das construções existentes é composta em sua maioria por residências térreas,

porém, o loteamento limítrofe atualmente está sem construções, mas são destinadas a uso

residencial. Os comércios existentes são de pequeno porte, a fim de atender a população local,

como mercearias, salão de beleza, pizzaria, farmácias, que também são em sua maioria térreas.

As técnicas construtivas são de alvenaria convencional e são encontrados telhados aparentes e

platibandas, além disso, há muitos espaços vazios ou em fase de construção.

Foto 1: Entorno – Loteamento Parque do Bosque Foto 2: Entorno – Loteamento Parque do Bosque

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Foto 3: Entorno – Jardim Tarumã Foto 4: Entorno – Jardim Tarumã

Foto 5: Entorno – Jardim Tarumã Foto 6: Entorno – Jardim Tarumã

Foto 7: Entorno – Jardim Tarumã Foto 8: Entorno – Jardim Tarumã

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3.7 BENS E IMÓVEIS NATURAIS TOMBADOS

Patrimônio Arqueológico

Conforme dados do Cadastro Nacional de Sítios Arqueológicos (CNSA), que consta no

sítio eletrônico do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), o estado de

Mato Grosso possui atualmente 1.259 sítios arqueológicos cadastrados. No município de

Tangará da Serra, onde se instalará o Loteamento Parque do Bosque, encontram-se 9 desses

sítios, conforme a tabela a seguir.

Tabela 6: Sítios Arqueológicos registrados no município de Tangará da Serra – MT, conforme o Cadastro

Nacional de Sítios Arqueológicos (CNSA).

CNSA NOME MUNICÍPIO UF

MT00014 Gruta do Formoso Tangará da Serra MT

MT00015 Pomar Pareci Tangará da Serra MT

MT00016 Curral Pareci Tangará da Serra MT

MT00017 Salto das Nuvens Tangará da Serra MT

MT00758 Sepotuba Tangará da Serra MT

MT00790 Sítio Serra dos Parecis Tangará da Serra MT

MT00791 Sítio Abrigo dos Parecis Tangará da Serra MT

MT00792 Sítio Mandioca Tangará da Serra MT

MT00793 Sítio Pomba Tangará da Serra MT

Imagem 7: Mapa dos sítios arqueológicos cadastrados no IPHAN presentes no município de Tangará da Serra,

Mato Grosso.

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Imagem 8: Mapa de localização do empreendimento em relação ao sítio arqueológico tombado “Kamukuwaká e

Sagihenku”.

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Conforme observado no mapa acima, o loteamento urbano Parque da Mata será

construído em uma área distante da região do único sítio arqueológico tombado no estado de

Mato Grosso, para efeito de comparação foi adicionado um raio de 100 km de distância entre o

empreendimento e a localização da gruta Kamukuaká, região que engloba o sítio tombado.

3.8 DENSIDADE DEMOGRÁFICA DO ENTORNO

O empreendimento tem com limítrofes ao norte propriedades rurais, ao sul o loteamento

Parque do Bosque com densidade demográfica estimada de, 8,62 hab/km², a leste propriedades

rurais e a oeste propriedades rurais e os bairros Parques do Tarumã e Altos do Tarumã com

densidade demográfica média de 9,34 hab/km². E segundo o IBGE, no CENSO 2010, a

densidade demográfica Tangará da Serra 7,37 hab/km².

4. DESCRIÇÃO DA OPERAÇÃO DO EMPREENDIMENTO

4.1 DESCRIÇÃO DA OBRA

A obra consiste na construção de um loteamento, com os seguintes serviços:

terraplanagem, instalação elétrica, galeria de águas pluviais, sistema de abastecimento de água,

sistema de coleta de esgoto e pavimentação.

As atividades serão realizadas de segunda a sexta-feira sendo estabelecido os seguintes

horários: 07:30 horas ás 11:30 horas e das 13:30 horas ás 17:30 horas, contando com uma

equipe 25 a 30 funcionários no pico da obra.

4.1.1 Memorial de Condições e Meio Ambiente de Trabalho - PCMAT

O conteúdo deste memorial visa estabelecer procedimentos de segurança, medicina e

meio ambiente nos locais de trabalho, para serem cumpridos durante toda a execução das obras

de construção, ou seja, dar condições ambientais e individuais de trabalho, visando eliminar os

riscos de acidentes e doenças ocupacionais, assim como estimular o espírito prevencionista dos

trabalhadores.

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- Riscos de acidentes com: Máquinas e equipamentos, ferramentas portáteis, escavações,

estruturas de concreto, movimentação de tubos de concreto, armações de aço.

- Fontes geradoras de possíveis acidentes de trabalho: Ferramentas, compressores,

eletricidade, vibradores, retroescavadeiras, escadas e andaimes, veículos.

- Risco de Doenças do Trabalho: Surdez ocupacional, dermatoses por contato com cimento.

PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS (PPRA)

Após estudo no canteiro de obra, o Serviço Especializado em Engenharia de Segurança

e em Medicina do Trabalho, caracterizou os seguintes riscos ambientais:

Riscos Físicos:

Temperaturas extremas: Trabalhadores expostos a intempéries externos, sol e chuva. Será

fornecida água potável e fresca a disposição dos trabalhadores próxima ao local de trabalho,

recomendado pela Norma Regulamentadora nº 15.

Ruídos: Trabalhadores expostos a ruídos da retroescavadeira e outras máquinas (operadores).

O SESMT, informa que o limite de tolerância para os equipamentos é 85dB (decibeis) e

acima deste limite é obrigatório o uso de proteção auditiva. Alguns equipamentos utilizados

causadores de ruídos são, serra circular de bancada, policorte, vibrador de concreto, lixadeira e

esmerilhadeira, retroescavadeira, compressor, betoneira, martelo pneumático.

Vibrações: Trabalhadores expostos a vibrações provenientes do vibrador de concreto.

Riscos Químicos: Os níveis de poeiras de sílica, relativas às escavações estão dentro

dos padrões, não sendo necessário adotar medidas de proteção individual para eliminá-

las. Os níveis de poeiras de sílica livre serão controlados através de medidas de

proteções individuais a serem adotadas no decorrer da construção.

Riscos Biológicos: Inexistentes.

Mapa de Risco e Medição dos Riscos Ambientais: Visando atender a Norma

Regulamentadora nº 9 (NR-9), o mapa de risco será elaborado e posteriormente

instalado o mais próximo do canteiro de obras. Regularmente o Serviço Especializado

em Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT), fará medições de ruído e calor,

com vistas a adequar o ambiente e o indivíduo aos níveis mínimos de tolerância,

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recomendado pela Norma Regulamentadora nº 15 (NR-15), referente a portaria

3214/78.

Plano de limpeza e remoção de entulho: Todo o entulho proveniente do processo de

construção ou demolição deverá ser acondicionado em baias e retirado diariamente para

um local adequado. Para o escritório, adotaremos cestos de lixo acondicionados em

sacos plásticos. Sendo terminantemente proibida a “queima” de qualquer tipo de lixo

no canteiro de obra.

Proteção do meio ambiente de trabalho: Para fins de melhorias do ambiente de

trabalho, e redução das concentrações de poeiras de sílica, oriundo de escavações e

aterros será feito a partir da irrigação periódica, através de caminhão pipa.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A Obra deverá adotar, além das normas estabelecidas neste plano, todas as normas legais

que se relacionem com os trabalhos que executarem, em especial a NR-18 (Condições e Meio

Ambiente de Trabalho na indústria da Construção). Sendo proibido o trabalho de menores de

idade no canteiro de obras. Mestres e encarregados devem ser orientados no sentido de

alertarem previamente os trabalhadores aos quais será dada uma tarefa, para os riscos dos

serviços e os cuidados que devem ser tomados, de modo a ser executado com segurança.

Não deve ser permitido executar trabalhos em estado de intoxicação alcóolica, ou

proveniente de qualquer outra substância tóxica e não deve ser permitido ingressar no canteiro

de obras portando arma, munição ou explosivo, a menos que explicitamente autorizado.

Em qualquer ponto da obra onde houver risco de queda e de projeção de materiais, é

obrigatório a instalação de proteção coletiva sendo obrigatório a proteção contra quedas, na

periferia da construção e escavações. O guarda corpo deve ser de proteção sólida,

convenientemente fixada e instalada nos lados expostos das áreas de trabalho do andaime.

Para o transporte de pessoas fazemos as seguintes recomendações: Não é permitido o

transporte de pessoas em veículos específicos para cargas; O transporte de pessoas, quando

feito por caminhões, estes devem ser adaptados com assentos, cobertura e escada de acesso à

carroceria e mantidas as condições de higiene.

Os atendimentos de emergência em casos de acidente serão realizados na unidade de

saúde mais próxima do local onde ocorrer o acidente.

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4.1.2 Proteções Coletivas

As proteções coletivas deverão ser instaladas de acordo com a execução dos trabalhos e

conforme as características do serviço a ser executado. Abaixo as principais proteções coletivas

da obra:

Extintores de Incêndio: Instalar conforme o andamento da obra, devendo ser instalado de

imediato nas áreas relacionadas no PCMAT.

Sinalização de Segurança: Instalar no decorrer da obra, localizando as principais áreas de risco

(Serra-circular, central de armação, central de formas, etc).

Fitas zebradas: Utilizar conforme risco, e no decorrer da construção.

Guarda corpo com rodapé: Após a montagem completa dos andaimes.

Fechamento dos vãos: Instalar guarda-corpo nos vãos, antes da entrada da alvenaria.

Abertura de pisos: Instalar guarda-corpo nos vãos ou fechar as aberturas do piso.

- Especificação técnica das proteções coletivas

Relação das proteções coletivas a serem adotadas no canteiro de obra:

Extintores de incêndio:

Os extintores serão inspecionados periodicamente, verificando-se o aspecto geral e as

condições de funcionamento. Devem ser instalados a uma altura de 1.60 m (um metro e sessenta

centímetros) de sua parte superior do piso. É obrigatório manter no escritório da obra a relação

dos extintores, com controle do prazo de validade da carga, localização, número e responsável

pela conservação conforme modelo em anexo a este plano. Os locais destinados aos extintores

de incêndio devem ser assinalados por um círculo vermelho ou por uma seta, com bordas

amarelas.

O canteiro de obras deve possuir obrigatoriamente proteção contra incêndio, através de

extintores de incêndio conforme especificação abaixo:

Escritórios de administração: Extintor tipo AP (água - Pressurizada) ou AG (água-gás) de 10

litros.

Almoxarifado: Extintor tipo CO2 (gás Carbônico) de 6 kg ou PQS (Pó químico seco) de 4 kg.

Máquinas e equipamentos: Extintor tipo CO2 de 6 kg ou PQS de 4 kg a uma distância máxima

de 20 metros.

Sinalização de segurança:

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Deverão ser adotadas cores para segurança em locais de trabalho, a fim de indicar e

advertir para os riscos existentes. A utilização de cores não dispensa o emprego de outras formas

de prevenção de acidentes. Para fechamento temporário na área de circulação de trabalhadores

e pedestres, isolamento de áreas, escavações, andaimes, demolições, serviços em telhados e

etc., serão utilizados fitas zebradas, tapumes e cavaletes.

Proteção contra poeiras:

Para este tipo de contaminante é necessário pulverizar água periodicamente nos

ambientes da construção, visando reduzir sistematicamente os níveis de poeira. É obrigatório o

uso de máscaras descartáveis para pó, quando o nível de poeiras estiver concentrado no

ambiente.

Devem ser colocados, em lugar visível para os trabalhadores, cartazes alusivos à

prevenção de acidentes do trabalho.

Proteção para máquinas e equipamentos:

Todas as partes móveis de máquinas e equipamentos deverão possuir proteções visando

impedir o contato acidental de pessoas ou objetos. Estas proteções não devem ser retiradas ou

modificadas.

4.1.3 Especificação dos Equipamentos de Proteção Individual

Para a obra a ser executada serão adotados os seguintes EPI’s:

- Capacete de segurança;

- Uniforme completo de brim;

- Botinas de couro sem biqueira de aço;

- Luvas de raspa de couro;

- Luva de vaqueta ½ falange (carpinteiro);

- Máscara de solda;

- Máscara de poeiras;

- Óculos de ampla visão;

- Óculos de proteção contra impacto;

- Óculos para maçariqueiro;

- Protetor facial;

- Abafadores de ruídos (tipo fone e de inserção);

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- Cinto de segurança tipo pára-quedista;

- Capa de chuva;

- Cinto de segurança (tipo trava-queda);

- Botas de borracha.

- Luvas de hexanol cano longo.

4.2 CANTEIRO DE OBRA

O empreendimento contará com serviços terceirizados em todas as etapas de seu processo.

Para o acompanhamento e gerenciamento do trabalho será utilizado um contêiner com banheiro.

Administração e segurança do canteiro: Instalar lixeiras em cada sala para coleta de lixo;

instalações sanitárias; instalar banheiros químicos para atender a equipe terceirizada.

- Lavatórios: Devem possuir torneiras de metal ou plástico; ter espaçamento mínimo de 60 cm

(sessenta centímetros) entre torneiras; ter revestimento interno de material liso, impermeável e

lavável; Todas as dependências sanitárias devem ser mantidas em condições de limpeza e

higiene.

- Local das refeições: O local destinado para refeições terá que ser isolado, ter piso de concreto,

cimentado ou de outro material lavável e dotado de cobertura para proteção contra intempéries;

ter pé direito mínimo de 2,80m (dois metros e oitenta centímetros), ou respeitando-se o que

determina o código de Obras do município, da obra.

OBS: O local para refeições, não deverá ter comunicação direta com as instalações sanitárias.

Recomendação: Fornecer obrigatoriamente água potável e fresca para os trabalhadores, por

meio de bebedouro de jato inclinado, sendo proibido o uso de copos coletivos.

- Escritório/ Almoxarifado: O local destinado a escritório e almoxarifado será 02 contêineres

no escritório será instalado ar condicionado e bebedouro.

- Barracão/ Deposito: Será construído barracão de madeira e telha de eternit para refeição e o

deposito de materiais ficara há céu aberto com proteção especifica para cada material;

4.3 ACESSO À OBRA POR VEÍCULOS E PEDESTRES

O acesso ao empreendimento se dará através da Av. Zelindo Lorenzetti entrando na

Alameda das Quaresmeiras até a Av. dos Ipês, principal via de acesso ao empreendimento.

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4.4 MOVIMENTAÇÃO DE VEÍCULOS

A movimentação dos veículos na obra se dará em horário comercial respeitando as

normas ambientais vigentes. Na saída será implantado um lava rodas para minimizar o impacto

com a poeira.

4.5 IMPLANTAÇÃO DA INFRAESTRUTURA

A implantação da infraestrutura atenderá ao cronograma de execução da obra conforme

o Anexo XII.

4.6 IMPACTO VISUAL DA OBRA

O empreendimento não oferece impacto visual pois sua localização faz divisa de um lado

com um loteamento em construção, de outro com área verde e no fundo com áreas rurais.

4.7 MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS

Principais máquinas e equipamentos utilizados na obra são: Pá carregadeira,

escavadeira hidráulica, retroescavadeira, motoniveladora, trator, rolo compactador, sapo

compactador e betoneira.

Procedimentos de segurança

Operação em máquinas e equipamentos: Para operação de máquinas e equipamentos,

deve o operador receber orientação específica sobre o trabalho que irá realizar, através de

treinamento visando a segurança da operação.

Ferramentas: Devem estar em boas condições de trabalho e serem utilizadas apenas por

trabalhadores qualificados, ou com experiência de mais de 6 (seis) meses na função.

Recomendação: é proibido modificar ferramentas ou suas proteções.

- Serra circular de bancada

A serra circular de bancada é um equipamento precário, montado no próprio canteiro de

obra e que, sem os devidos cuidados pode ocasionar acidentes gravíssimos. Embora a serra

circular pareça ser de fácil manejo, não deve ser operada por pessoas não qualificadas, exigindo

sempre profissional especializado (carpinteiro de formas), instalação adequada, dispositivo de

proteção, regulagem e manutenção periódica. O operador deve manter o disco de corte amolado

e travado, trocando-o quando apresentar trincas ou dentes quebrados. Usar disco de vídea

apenas em madeiras novas ou limpas de nata de concreto. Devem ser tomados cuidados na

confecção de pequenas peças, tais como: palmetas (cunhas) e peças quadradas. Todos os

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profissionais que irão operar a serra circular receberão uma ordem de serviço específica para o

trabalho na mesma e não deve ser permitida a retirada da coifa de proteção do disco.

É obrigatória a utilização dos seguintes equipamentos de segurança para operar a serra

circular:

A) Capacete conjugado: Protetor facial, protetor auricular e capacete.

B) Abafadores de ruídos e óculos de proteção contra impactos para ajudantes.

C) Máscaras contra poeiras.

D) Empurradores (para serra-circular).

E) Coletor de serragem.

F) Avental de raspa.

G) Luva vaqueta ½ falange.

Devem ser instalados, próximos a bancada da serra circular, dois extintores de incêndios

dos tipos:

A) Gás carbônico - CO2 - com 6 Kg

B) Água - gás - AG - com 10 litros.

- Vibradores

Antes de ligar o vibrador, deve-se verificar se todas as ligações elétricas estão feitas

corretamente, a fim de evitar curto-circuito, falta de fase, aquecimento e queima de motores.

As ligações elétricas, só devem ser feitas por profissional qualificado (eletricista).

Devem ser tomados os seguintes cuidados com os vibradores:

A) Não arrastar o motor pelo mangote do vibrador.

B) Limpar o motor e o vibrador após cada jornada de trabalho;

C) Verificar as instalações elétricas sempre que a temperatura do motor ultrapassar a 60o C.

D)Todo o operador de vibrador, deverá receber de seu encarregado direto, orientação para

uso correto do equipamento.

E) É obrigatório o uso dos seguintes equipamentos de proteção individual: Luvas de

Borracha tipo hexanol cano longo, óculos de segurança ampla visão, botas de borracha, avental

de PVC, ou similar, protetor auricular.

- Retroescavadeiras, Poclain e caminhões

Todo o operador de máquinas deverá ser orientado através de ordem de serviço específica

para o tipo de equipamento a ser operado, assim como deverá de preferência ter habilitação.

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Todo o equipamento motorizado deve ser feito periodicamente a manutenção preventiva

conforme programa específico. Para trabalhos de escavações com retroescavadeira, o

acompanhamento deverá ser feito pelo encarregado direto, visando o risco de acidentes.

- Escadas

As escadas retas ou prolongamentos devem ser presas corretamente, evitando risco de

acidentes desnecessários pela improvisação. Deve-se realizar a inspeção das escadas antes de

usá-las e não se devem pintar as escadas, exceto o número. Não usar escadas como escoras,

extensão ou bancada de trabalho, ou qualquer outro uso que não for o próprio. Ao subir ou

descer as escadas, não carregar nada nas mãos que impeça o apoio com as mãos. Escadas de

abrir (com ângulo para apoio) devem ficar completamente abertas e niveladas, ter sapatas de

borracha e limitador de abertura, não se deve permanecer no último degrau da escada do tipo

ângulo. Sempre trabalhar de frente para a escada com os dois pés apoiados no degrau.

- Andaimes

É obrigatória a instalação de guarda-corpo e rodapé. Travar todos os pés rolantes antes de

usá-los, e nunca movê-los quando houver alguém em cima. Ter travamento diagonal e nos

montantes e executar travamento cruzado caso as placas estejam a dois metros de altura. Sempre

usar uma escada para ter acesso a algum lugar no andaime, nunca subir escalando o mesmo.

Toda a forração do andaime, deve ser completa e travada nas extremidades sendo que as

madeiras utilizadas na forração devem ser de boa qualidade, sem nós e rachaduras, devendo

verificar periodicamente o estado das tábuas utilizadas sobre o mesmo. É obrigatório, o uso do

cinto de segurança tipo pára-quedista, para trabalhos acima de 2,00 m (dois metros) de altura e

em colocação de andaimes que excedam a 5,00 m (cinco metros), a partir das placas da base,

devem ser ancorados à torre, os equipamentos estaiados e ter trava quedas. Todos os andaimes

devem ser montados retos e firmes, em bases sólidas. Ter sapatas, guarda-corpo, telas de

proteção e rodapé em toda extensão do andaime inclusive na cabeceira.

– Escavações

Qualquer movimento de terra por intervenção manual ou mecânica, perturba o equilíbrio

do conjunto, sendo o desabamento o maior risco existente, o qual, para ser eliminado, basta que

se observe os regulamentos em vigor e adote os aspectos técnicos aprovados. O grau de umidade

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do terreno, sendo um fator de alta importância, deve ser considerado. Os trabalhos de escavação

não podem ser iniciados antes que se faça um planejamento adequado, abrangendo os seguintes

itens:

A) Informar-se da existência de galerias, canalizações ou cabos elétricos no terreno;

B) Proteger redes de abastecimento e tubulações;

C) Retirar ou escorar pedras grandes ou qualquer material com risco de cair ou tombar

durante a execução dos serviços;

D) Limpar a área onde for executada a escavação;

E) Proteger o público, quando for o caso;

F) Os taludes instáveis das escavações com profundidade superior a 1,30 m devem ser

escorados;

G) Os escoramentos das escavações devem sempre acompanhar sua progressão, e devem ser

inspecionados diariamente;

H) Todas as escavações com mais de 1,50 de profundidade, devem ter escadas ou rampas

para permitir fácil acesso e escape do pessoal em caso de emergência;

I) Durante a operação da escavadeira, todo o pessoal deve ser instruído para se manter à

distância do equipamento;

J) No serviço de escavação manual, os trabalhadores devem manter distância suficiente entre

si e nunca derrubar qualquer material cavando por baixo;

L) A fim de impedir a aproximação, devem-se colocar tapumes ou fita zebrada, visando

isolar a área de serviço com segurança;

M) Escoramento com prolongamento acima do nível do terreno.

4.8 LEIS SANITÁRIAS, CÓDIGO DE POSTURA E DE SOSSEGO

O empreendimento em sua execução atenderá as todas as leis sanitárias e ao código de

postura e sossego do município de Tangará da Serra.

5. DESCRIÇÃO DA OPERAÇÃO DO EMPREENDIMENTO

5.1 ABASTECIMENTO DE ÁGUA

Tabela 5: Consumo de água previsto.

CONSUMO DE ÁGUA PREVISTO

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Descrição Quantidade

Taxa de Ocupação 3,8 hab/lote

Quant. de Lotes 585 un

População total 2.223 hab

Consumo per capta 150 litros/hab x dia

Fonte: Carta de disponibilidade de abastecimento – Anexo VII.

5.2 ENERGIA ELÉTRICA

Tabela 6: Consumo de energia previsto.

Descrição Domicilio Consumo KW/h Total Consumo KW/h

Loteamento 100% 585 160,5 93.389,5

Ocupação Anual 12% 70,20 160,5 11.267,10

* Dados EPE - Resenha Mensal do Mercado de Energia Elétrica. Ano X, n° 117 - Julho/2017.

O projeto elétrico de alta e baixa tensão serão instaladas no empreendimento conforme

normas da Energisa, concessionária dos serviços de energia elétrica no estado de Mato Grosso.

A iluminação pública será executada conforme as mesmas normas da concessionária, e as

luminárias serão instaladas na medida em que o loteamento for sendo ocupado. No Anexo X

segue a carta de viabilidade da Energisa.

5.3 ESGOTO SANITÁRIO

Tabela 7: Consumo de esgoto sanitário.

CONSUMO DE ESGOTO SANITÁRIO

Descrição Quantidade

Coeficiente de retorno agua/ esgoto C = 0,80

Coeficiente máximo vazão diária K1= 1,20

Coeficiente máximo vazão horaria K2= 1,50

Coeficiente mínimo vazão diária K3=0,50

Taxa de infiltração linear qi= 03l/s x km

Declividade mínima da rede 0,0045 mm

Velocidade máxima final 5,0 m/s

Vazão mínima 1,5 l/s

Fonte: Carta de disponibilidade da concessionaria – Anexo VIII.

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5.4 SERVIÇOS DE TELECOMUNICAÇÃO E INTERNET

Os serviços de telefonia e internet serão fornecidos pelas empresas de telecomunicações

da região.

5.5 INFRAESTRUTURA EXISTENTE NAS VIAS LINDEIRAS

A infraestrutura existente de acesso as vias lindeiras são a Rua Celso de Rosa Lima (Rua

26) Via Arterial seguindo até Avenida Zelino Agostinho Lorenzetti seguindo até ao

prolongamento da Avenida dos Ipês que dará acesse ao empreendimento. Todas as ruas citadas

são asfaltadas e amplas, com meio fio, sarjeta, sistema de captação da água da chuva através de

bocas de lobo e iluminação pública.

5.6 PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

Em Anexo XII.

6. SISTEMA VIÁRIO E DE TRANSPORTE NA ÁREA DE INFLUÊNCIA DIRETA E

INDIRETA DO EMPREENDIMENTO

Com o crescimento das cidades e a grande porcentagem da população possuir veículo

próprio, vem gerando cada vez mais fluxo nas vias urbanas, e para manter a qualidade de vida

as vias devem ser estudadas para haver uma distribuição e fluxos de maneira ordenada e

equilibrada. Para isso, regras urbanísticas, como o Plano Diretor Municipal, estabelece

classificação das vias e suas características.

A via pública é composta pela caixa de rolamento, que é destinada aos veículos e ciclistas,

no caso de haver ciclovias, e as calçadas, destinada aos pedestres, no qual deve haver

acessibilidade. Esse conjunto deve garantir organização de tráfego e segurança para aqueles

que o usufrui e de acordo com suas características funcionais elas são classificadas em:

Vias Arteriais: São vias de circulação que estruturam a organização funcional do

sistema viário no perímetro urbano do município e acumula os maiores fluxos de tráfego

da cidade, constituindo um eixo de atividades comerciais e de serviços.

Vias Coletoras: São vias de circulação de pedestres e veículos que promovem a ligação

das vias locais com as vias arteriais.

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Vias Locais: São vias de circulação de pedestres e veículos que têm como função básica

permitir o acesso às propriedades privadas ou áreas e atividades específicas, implicando

em pequeno volume de tráfego.

Vias não Locais: São todas as vias de circulação de pedestres e veículos, ou seja,

coletoras e arteriais, com exceção das vias locais.

Imagem 9: Classificação das vias segundo SEPLAN.

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6.1 CARACTERIZAÇÃO FÍSICA E OPERACIONAL DAS VIAS DE ACESSO A REGIÃO

Vias de acesso

As vias de acesso têm grande importância nesse momento, pois elas devem assegurar que

não haverá congestionamentos e tráfegos de modo a prejudicar a circulação da população. E as

vias da área de influência foram planejadas de modo a atender os loteamentos no qual se

localizam e ligam a outros bairros e loteamentos.

As vias de acesso direto ao empreendimento estão localizadas no loteamento limítrofe, o

Parque do Bosque, a via principal que liga um loteamento ao outro é a Avenida dos Ipês, onde

seu prolongamento passa ao meio do empreendimento e se estende até o final. Essas vias têm

como característica física duas faixas de rolamento para cada sentido de fluxo, possuindo

18,00m de largura, sendo 9,00m cada sentido e toda sua extensão possui asfalto, sarjeta, meio-

fio e boca de lobo. Por ser uma via mais larga e extensa e com maior fluxo de veículos, ela

possui um canteiro central de 4,00m de largura separando as duas pistas de rolamento. Além

disso, ambos os lados possuem calçadas com 4,00m de largura, no qual deve seguir o

revestimento conforme a Lei Complementar nº171/2012. Essa Avenida foi projetada para

captar e distribuir os veículos para o restante do empreendimento, dando acesso as vias locais.

A via que dá acesso à Avenida dos Ipês proporcionando continuidade ao fluxo é a

Avenida dos Flamboyants, possuindo as mesmas características citadas da Avenida dos Ipês.

Outras opções são as vias locais paralelas a Avenida dos Flamboyants, porém elas possuem

duas faixas de rolamento, sendo uma para cada sentido de fluxo, portanto suas características

físicas são: 10,00m de largura em sua totalidade, sendo 5,00m para cada via e calçada em ambos

os lados com 2,50m de largura.

As ruas que dão acesso ao centro até as avenidas citadas acima podem ser realizadas pelo

seguinte trajeto:

- 1º trajeto – Partindo da Avenida dos Flamboyants, seguirá para o entroncamento com a

Estrada do Mutum e entrará na Avenida das Palmeiras até acessar a Avenida Tancredo Neves,

chegando a principal avenida da cidade, a Avenida Brasil.

- 2º trajeto – Seguindo o mesmo percurso até o entroncamento com a Estrada do Mutum, acessa

a Avenida Zelino Agostinho, onde terá duas rotas até o centro:

1) Rua Celso de Rosa Lima (Rua 26), chegando a Avenida Ismael José do Nascimento;

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2) Rua José Candido Mendonça (Rua 24), chegando a Avenida Ismael José do

Nascimento.

Essas ruas e avenidas possuem mesmas características como as já citadas e cortam os

bairros: Jardim Tarumã, Jardim Tanaka e Centro.

Sinalização viária

As ruas da área de influência possuem sinalização de trânsito vertical indicando o sentido

das vias, placas de “Pare” nas esquinas, preferências e velocidade permitida, porém não são o

suficiente para o local, pois não há sinalização horizontal e alguns pontos há ausência de

informação. Com a instalação do empreendimento as avenidas precisam passar por melhorias,

tanto vertical como horizontal, devido ao fluxo de pedestres e veículos aumentarem. Uma das

medidas é a marcação de faixas de pedestres, sinalização de “Pare” nas ruas adjacentes a essas

avenidas e sinalização nas rotatórias de “Dê a preferência”.

Transporte Público

O transporte público é um direito ao cidadão e deve ser estudado rotas que atendam todas

as regiões da cidade ligando aos principais tipos de serviço, como o centro da cidade, que

oferecem vários comércios varejistas, dando acesso também a escolas, hospitais, órgãos

públicos, bancos e parques, além de ser um modal para a circulação de longos trajetos do

indivíduo.

Partindo desse princípio foi observado que o município utiliza como modal coletivo o

ônibus. E que duas empresas atuam na cidade, são elas: Regional Transportes e Cidade Tangará

– Cantinho Transportes, também foi verificado que possuem poucas linhas distribuídas ligando

as regiões. As paradas de ônibus durante o trajeto podem ser encontradas do tipo coberto, onde

auxilia na proteção dos usuários contra intempéries, e do tipo sinalização, onde não há proteção,

somente uma placa com indicação de parada de ônibus. O estado dos coletivos é um fator de

bastante reclamação da população que os utiliza, pois se encontram em estado precário,

havendo ferrugem, portas de embarque e desembarque danificadas, locais com falta de barras

de apoio e cinto de segurança do motorista com defeito.

Na Imagem 10 podemos observar os locais das paradas do transporte coletivo no centro

e a rota que se aproxima do empreendimento. Analisando essa imagem verificamos que a

população que percorre esse trajeto possui grande dificuldade para se deslocar, pois há poucas

paradas, sendo distantes umas das outras e o ponto mais próximos do empreendimento está a

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1,34km de distância, sendo considerado um longo trajeto a percorrer a pé. A linha parte da

Avenida Brasil próximo ao Bosque Municipal, segue até a rotatória acessando a Avenida

Tancredo Neves, onde acessa a Rua 27A para encontrar a Avenida das Palmeiras, e parte em

direção ao entroncamento da Estrada do Mutum com a Avenida Zelino A. Lorenzetti e a entrada

do loteamento Parque do Bosque.

Com um novo empreendimento de grande porte como o Loteamento Parque da Mata e

pelo fato da região haver outros loteamentos residenciais, alternativas em relação ao transporte

deve ser providenciada como, mais rotas dando acesso a outras regiões da cidade e frotas de

ônibus que circule no loteamento, fazendo trajeto Parque da Mata – Centro.

Imagem 10: Paradas de ônibus trajeto Centro – Parque Tarumã.

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Arborização urbana pública

A arborização urbana ajuda a controlar as ilhas de calor, equilibrando a temperatura da

região onde está situada, também melhora a qualidade do ar, reduz a poluição sonora e visual,

auxilia no equilíbrio ecológico, além de proporcionar bem-estar aos indivíduos. Para a

implantação dessas árvores deve ser seguido alguns requisitos conforme a Lei Complementar

nº171/2012, pois alguns cuidados devem ser levados em conta para não prejudicar a própria

população, entre elas devem ser observados as espécies de árvores a serem utilizadas, pois

raízes muito extensas podem quebrar calçadas e prejudicando a circulação, outro fator está na

rede elétrica, porque árvores muito altas podem atingir essa rede, causando danos e transtornos,

e a posição onde serão plantadas para que não prejudique a visibilidade dos veículos que

circulam e o acesso dos carros aos lotes.

Na área de influência foi verificado que há uma deficiência na arborização urbana,

encontrado apenas em alguns casos isolados, distante uns dos outros ou uma rua com sequência

de plantio e outra com ausência. Entre as espécies encontradas foram Ficus (Ficus benjamina)-

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Foto 9 - e Pata de Vaca (Bauhinia forficata) – Foto 10 -, onde a primeira qualidade não é muito

indicada, devido suas raízes quebrarem a calçada, a segunda já é uma espécie indicada, pois

possui porte pequeno com raízes que não prejudica a calçada e a circulação dos indivíduos.

Além disso, os canteiros centrais (Foto 12) foram plantadas árvores que não prejudicam a

visualização dos veículos, além de palmeiras e forração do tipo grama.

Foto 9: Arborização com Ficus. Foto 10: Arborização com Pata de vaca.

Foto 11: Via com arborização pontual. Foto 12: Canteiro central.

6.2 CAPACIDADE VIÁRIA E DETERMINAÇÃO DO TRÁFEGO GERADO PELO

EMPREENDIMENTO

Adotou-se como critério para a classificação qualitativa da via o seguinte critério:

considerando os dados do Censo IBGE (2016) e os dados do DETRAN (2017), podemos

verificar que a população de Tangará da Serra é de 96.932 habitantes. E estavam cadastrados

no DETRAN, 62.055 veículos.

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- Para cálculo consideramos 80% de ocupação dos bairros.

- Índice de veículos 62.055 (DETRAN 2017)/ habitante de Tangará da Serra (IBGE 2016)

96. 932 = 1,56 veículos/habitante

Portanto, temos uma média de 1,56 habitantes/veículo.

- A velocidade média das vias urbanas da ordem é de 40 km/hora.

Lavando em consideração 20% dos carros em horários normais e 30% em horário de fluxo.

Com os dados acima e com as áreas de influencia das vias, chegamos aos seguintes indicadores:

1º.) Partindo da Av. Brasil, seguindo rota de acesso ao empreendimento, pela Rua Celso de

Rosa Lima (26) 1.400m, segue até Rua Dezessete A por 200m segue atá a estrada do Mutum

1.250m até o entroncamento da Av. Zelino Lorenzetti e a Av. dos Flamboyants entrando na Av.

dos Ipês 1.061m, até o empreendimento 3.501m.

E consideramos que 70% do fluxo dos bairros escolham esse percurso, com 80% de sua

ocupação atual, temos:

Tabela 8: Tempo por faixa por demanda.

VIAS VELOCIDADE TRÂNSITO

FOLGADO

TRÂNSITO

ADEQUADO

TRÂNSITO

MÁXIMO

Vias Locais 30 km/h 600 h/ faixa 850 h/ faixa 1000 h/ faixa

Vias Coletoras 40 km/h 1000 h/ faixa 1200 h/ faixa 1500 h/ faixa

Vias Arteriais 60 km/h 1200 h/ faixa 1500 h/ faixa 1800 h/ faixa

Tabela 9: Cálculo de capacidade das vias do Trajeto 1.

BAIRRO LOTES

100%

OCUPAÇÃO

VEÍCULOS

1,56 POR

DOMICILIO

HORÁRIO

PICO

(30% total

veículos)

DEMAIS

HORÁRIOS

(20% total de

veículos)

Parque Tarumã 1114 1.738 521 348

Jardim Altos do Tarumã 841 1.312 394 262

Jardim Santiago 387 604 181 121

Jardim Eldorado 200 312 94 62

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TOTAL HOJE 2542 3966 1190 793

80% (Lotes ocupados) 2034 3172 952 634

70% (Usam o percurso) 1424 2221 666 444

Parque do Bosque 1185 1.849 555 370

Parque da Mata 585 913 183 274

TOTAL PROXIMOS 10

ANOS

4312 6728 1928 1437

80% 3445 5382 1542 1496

70% 2414 3767 1079 805

Estimamos que no horário de pico 666 veículos passem por hora por esse trajeto. E nos

demais horários 444 veículos. E com a implantação e consolidação dos novos bairros passará a

ter em horários de pico 1.079 veículos por hora por esse trajeto. E nos demais horários 805

veículos.

Concluímos que as vias de acordo com a planilha a baixo encontram-se com folga no seu

fluxo hoje e que estará adequado nos próximos 10 anos.

Tabela 10: Conclusão 1º trajeto.

VIAS VELOCIDADE TRÂNSITO

FOLGADO

TRÂNSITO

ADEQUADO

TRÂNSITO

MÁXIMO

Vias Coletoras 40 km/h 1000 h/ faixa 1200 h/ faixa 1500 h/ faixa

Para o 2º trajeto, partindo da Av. Tancredo Neves, seguindo rota de acesso ao

empreendimento segue 200m até a Av. das Palmeiras, 400m até a Rua José Candindo

Melhoranoa segue 1.570m até Av. Zelino Lorenzetti por 400m entrando Av. dos Flamboyants

entrando na Av. dos Ipês 1.061m, até o empreendimento 3.231m total.

Para o trajeto 2º consideramos 30% do fluxo dos bairros escolhem esse trajeto. E que os

bairros possuem 80% de sua ocupação atual.

Tabela 11: Cálculo de capacidade das vias do Trajeto 2.

BAIRRO LOTES

100%

OCUPAÇÃO

VEÍCULOS

1,56 POR

DOMICILIO

HORÁRIO

PICO

(30% total

veículos)

DEMAIS

HORÁRIOS

(20% total de

veículos)

Parque Tarumã 1114 1.738 521 348

Jardim Altos do Tarumã 841 1.312 394 262

Jardim Olímpico 409 638 191 128

TOTAL HOJE 2364 3688 1106 738

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80% (Lotes ocupados) 1891 2950 885 590

70% (Usam o percurso) 567 885 265 177

Parque do Bosque 1185 1.849 555 370

Parque da Mata 585 913 183 274

TOTAL PROXIMOS 10

ANOS

4134 6450 1844 1382

80% 3307 5160 1475 1106

30% 992 1548 443 332

Estimamos que no horário de pico 265 veículos passem por hora por esse trajeto. E nos

demais horários 177 veículos. E com a implantação e consolidação dos novos bairros passara

ater em horários de pico 443 veículos passem por hora por esse trajeto. E nos demais horários

332 veículos.

Concluímos que as vias de acordo com a planilha a baixo encontram-se com folga no seu

fluxo hoje nos próximos 10 anos.

Tabela 12: Conclusão 1º trajeto.

VIAS VELOCIDADE TRÂNSITO

FOLGADO

TRÂNSITO

ADEQUADO

TRÂNSITO

MÁXIMO

Vias Coletoras 40 km/h 1000 h/ faixa 1200 h/ faixa 1500 h/ faixa

6.4 PADRÕES DE CALÇADA E ACESSIBILIDADE

O padrão de calçadas e a acessibilidade garante mobilidade para todos independente de

sua necessidade especial além de uma circulação segura e confortável. Por isso, são elaborados

leis e normas que garantem esse direito a todos e para a implantação desses padrões no

empreendimento foram consultados e elaborados a partir da Lei Complementar nº171/2012 e a

ABNT NBR 9050/2015.

Em vista disso, de acordo com a Lei Complementar nº 171/2012 no Art.1, parágrafo

único, descreve “A construção, reforma e conservação das calçadas são obrigatórias em toda(s)

a(s) testada(s) do(s) imóvel(is), edificado(s) ou não, localizado(s) em logradouro(s) público(s)

provido(s) de guia e pavimentação, garantindo acessibilidade e segurança, segundo os preceitos

desta lei e demais pertinentes.”

E de acordo a ABNT NBR 9050/2015 “Todo individuo possui o direito de circular de

maneira autônoma, independente e segura, do ambiente, edificações, mobiliário, equipamentos

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urbanos e elementos à maior quantidade possível de pessoas, independentemente de idade,

estatura ou limitação de mobilidade ou percepção. ”

Na ABNT 9050 no item 6.12.3, as calçadas são classificadas em três faixas de uso:

- Faixa de serviço: que serve para acomodar o mobiliário, os canteiros, as árvores e os

postes de iluminação ou sinalização;

- Faixa livre ou passeio: destinada exclusivamente à circulação de pedestres;

- Faixa de acesso: que consiste no espaço de passagem da área pública para o lote.

Todos os espaços devem garantir mobilidade e para isso o empreendimento deve seguir

o padrão de calçadas com acessibilidade para pessoas portadoras de cadeira de rodas e pessoas

com necessidades especiais ou reduzidas. Portanto, de acordo com a norma, as calçadas devem

ter faixa livre para circulação sem degraus ou obstáculos, com dimensões mínimas para a faixa

livre de no mínimo 1,20m de largura e 2,10m de altura livre.

Imagem 11: Faixa de uso da calçada - Corte

As calçadas atenderão as seguintes características, conforme a Lei Complementar: elas

devem possuir superfície contínua, regular, firme e antiderrapante; possuir meio fio; altura

mínima livre de interferências de 2,80m; ter inclinação transversal mínima de 1,5% (um e meio

por cento) e máxima de 3% (três por cento), no sentido do imóvel à rua; utilizar revestimentos

que evitem vibrações de qualquer natureza e prejudiquem a livre circulação, principalmente de

pessoas usuárias de cadeira de rodas.

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Os revestimentos utilizados estão dispostos na Lei Complementar nº171 no Art.41, no

qual se dividem em padrões, como:

- Padrão A – Bloco de concreto pré-moldado intertravado;

- Padrão B – Cimentado com acabamento desempenado e junta-seca;

- Padrão C – Bloco de concreto pré-moldado tipo piso-grama;

- Padrão D – Grama.

Esses padrões são definidos de acordo com a classificação das vias, conforme descrito na

Tabela 13. Desta maneira o revestimento das calçadas do empreendimento será em bloco de

concreto pré-moldado intertravado.

Tabela 13: Padrão de revestimento de calçadas.

VIAS PADRÃO MODELO

Arteriais e Equipamentos Urbanos A 01

Coletoras A 02

Locais A, C e D 03

Loteamento de interesse social B 04

O acesso de veículos das vias aos lotes deverá ser feito por rampas localizadas dentro da

faixa de serviço, além disso conforme a Lei Complementar no Art. 24, as rampas serão

perpendicular ao alinhamento do imóvel; conter abas de acomodação lateral com largura

recomendada de 0,50m para os rebaixamentos de guia e implantação das rampas de acesso de

veículos quando eles intervierem, no sentido longitudinal, em áreas de circulação ou travessia

de pedestres; possuir largura mínima de 3,00m e máxima permitida de 6,00m e ter o eixo da

rampa situado a uma distância mínima de 6,50m da esquina, entendida como o ponto de

concordância entre duas ruas.

As vias de 15,00m, no caso a Avenida dos Ipês, onde o fluxo de veículos é maior que nas

ruas do entorno, as calçadas terão a largura 4,00m, além de um canteiro central de mesma

dimensão que a calçada. Portanto, atende a ABNT 9050 possuindo a faixa de serviço e uma

faixa livre ampla. As vias do entorno terão calçadas com 2,50m, possuindo também faixa de

serviço com arborização e faixa livre para circulação de pedestres. Em vista disso, de acordo

com o Art.52 da Lei Complementar nº171/2012, o plantio de espécies arbóreas será obrigatório

nas calçadas de vias locais, no caso do empreendimento todas as vias, exceto a Avenida dos

Ipês, e os critérios para o plantio são: situar-se, no mínimo, a 5,00m da esquina e não interferir

na intervisibilidade; não ser venenosas, tóxicas ou com espinhos e não utilizar espécies que

prejudiquem o calçamento com suas raízes.

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Imagem 12: Via de 15 metros - Corte. Imagem 13: Via de 30 metros - Corte.

7. MEIO AMBIENTE

Foram levantas uma série de informações ambientais sobre toda a região de instalação do

empreendimento, informações essa como tipologia vegetal, pedologia, tipologia da fauna,

geologia, perfil de elevação do terreno, clima, entre outros.

7.1 CONSIDERAÇÕES SOBRE O SOLO E O PERFIL DO TERRENO DA ÁREA DO

EMPREENDIMENTO

Na região norte do perímetro urbano onde será implantado o loteamento Parque da Mata

está localizado sobre relevo plano, característica do Patamar da Serra de Tapirapuã.

Imagem 14: Fotografia na área onde será implantado o loteamento Parque da Mata em Tangará da Serra.

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Imagem 15: Perfil de elevação da região de interesse do loteamento Parque da Mata traçado com software

Google Earth.

Com aplicação da ferramenta de perfil de elevação disponibilizada pelo software Google

Earth é possível traçar de forma rápida o perfil de elevação da área do empreendimento, qual

demonstra o comportamento da superfície da área e mostra os pontos de aclive e declive. Como

a variação de declividade é relativamente baixa e o solo apresenta considerável composição de

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argila e silte é necessário um sistema eficiente para drenagem das águas pluviais e proteção a

solo, pelo fato de não haver canais naturais de drenagem como córregos ou talvegues. Dessa

forma sendo suscetível a formação de erosões superficiais e enxurrada de material.

Conforme mostrado no mapa de classificação pedológica do município de Tangará da

Serra (Imagem 16), o solo predominante da mancha urbana do município é o Latossolo

Vermelho Distroférrico, sendo uma pequena parte formada por Argissolo Vermelho-Amarelo

Distrófico, onde será instalada o Loteamento Parque da Mata.

Foto 13: Fotografia da área qual receberá o loteamento urbano Parque da Mata em Tangará da Serra - MT.

Em Foto 13 é exibida uma fotografia que

permite visualizar a coloração do solo superficial,

qual podemos constatar pela coloração e marcas

de deixadas nas estradas de terra que o solo possui

grandes quantidades de argila.

Imagem 16: Mapa dos solos do perímetro urbano de Tangará da Serra na escala 1:31.000.

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Imagem 17: Mapa dos grupos de solos encontrados no município de Tangará da Serra – MT

Foto 14: Fotografia da área ao entorno do empreendimento Parque da Mata em Tangará da Serra – MT

Na Foto14, podemos observar o acumulo de solo escavado, qual é predominante a

coloração bem avermelhada do solo, condizente com a coloração dos ARGISSOLOS e

LATOSSOLOS vermelhos. Ainda para efeito de comparação, observa-se que o solo mostrado

na figura anterior assemelha-se com os apresentados na Imagem 18, provenientes do trabalho

de Oliveira et al., (1999), o qual estabelece o mapa pedológico do estado de São Paulo. As

imagens constantes na Figura 18 são provenientes do trabalho realizado pelos autores citados.

Imagem 18: Perfis representativos de três classes de solos pertencentes a ordem LATOSSOLOS.

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Fonte: Oliveira et al. (1999)

7.2 CARACTERIZAÇÕES E DIAGNOSTICO DOS RESÍDUOS - PGRS

O Loteamento a ser construído apresentará três fases de geração de resíduos:

1° fase: Implantação e execução da infraestrutura básica do Loteamento;

2° fase: Construção das casas residenciais;

3° fase: Geração de resíduos domésticos.

Para as fases 1 e 2, o plano de gerenciamento contempla ações de minimização,

reutilização, acondicionamento e transporte dos resíduos que serão gerados na implantação e

execução do Loteamento.

Para a 3° fase, o plano de gerenciamento contempla ações de segregação,

acondicionamento e destinação dos resíduos domésticos.

7.2.1 Ações para minimização dos resíduos gerados na 1° e 2° fase

Em canteiros de obras, ocorrem grandes perdas e desperdícios de materiais durante toda

a fase de construção do empreendimento, gerando resíduos de construção civil que poderiam

ser evitados caso houvesse um plano de controle de desperdício destes materiais. Estudos feitos

pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) revelaram que a principal causa de

desperdício de materiais no ramo da construção civil, se deve principalmente ao layout dos

canteiros de obra e o modo com que os materiais são dispostos, fazendo com que os funcionários

façam grandes deslocamentos, provocando quebras de materiais e desperdícios.

Deste modo, durante a construção do empreendimento, será priorizada uma boa

organização dos espaços para estocagem dos materiais, facilitando a verificação, o controle dos

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estoques e aprimora a utilização dos insumos. Será também, para a estocagem dos materiais,

respeitado os critérios como: intensidade da utilização, distância entre estoque e locais de

consumo e preservação operacional. Estas ações fazem com que sejam evitados sistemáticos

desperdícios na utilização e na aquisição dos materiais para substituição. Em alguns casos, os

materiais permanecem espalhados pela obra e acabam sendo descartados como resíduos. A

dinâmica da execução dos serviços na obra acaba por transformá-la num grande almoxarifado,

podendo haver “sobras” de insumos espalhadas e prestes a se transformar em resíduos.

A prática de circular pela obra sistematicamente, visando localizar possíveis “sobras” de

materiais, para resgatá-los de forma classificada e novamente disponibilizá-los até que se

esgotem, pode gerar economia substancial. Isso permite reduzir a quantidade de resíduos

gerados e aperfeiçoar o uso da mão-de-obra, uma vez que não há a necessidade de transportar

resíduos para o acondicionamento. As intervenções de minimização de resíduos gerados

também implicam na redução dos custos de transporte externo e destinação final.

7.2.2 Ações para absorção dos resíduos na própria ou em outra obra na 1° e 2° fase

Deve haver atenção especial sobre a possibilidade da reutilização de materiais ou mesmo

a viabilidade econômica da reciclagem dos resíduos na obra, evitando sua remoção e

destinação.

O correto manejo dos resíduos no interior da obra permite a identificação de materiais

reutilizáveis, que geram economia tanto por dispensarem a compra de novos materiais como

por evitar sua identificação como resíduo e gerar custo de remoção. A Tabela 14 abaixo

menciona alguns materiais ou resíduos com possibilidade de reutilização e cuidados exigidos.

Tabela 14– Materiais com possibilidade de reutilização.

Tipos de Materiais ou

Resíduos Cuidados Requeridos Procedimento

Painéis de madeira

provenientes da

desforma de pilares,

pontaletes, sarrafos.

Retirada das peças,

mantendo-as separadas dos

resíduos inaproveitáveis.

Manter as peças empilhadas, organizadas e

disponíveis o mais próximo possível dos locais de

reaproveitamento. Se o aproveitamento das peças

não for próximo do local de geração, essas devem

formar estoque sinalizado nos pavimentos

inferiores (térreo ou subsolos).

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Blocos de concreto e

cerâmico parcialmente

danificado.

Segregação imediatamente

após a sua geração, para

evitar descarte.

Formar pilhas que podem ser deslocadas para

utilização em outras frentes de trabalho.

Solo

Identificar eventual

necessidade do

aproveitamento na própria

obra.

Planejar execução da obra compatibilizando fluxo

de geração e possibilidades de estocagem e

reutilização.

7.2.3 Ações para acondicionamento diferenciado e transporte adequado na 1° e 2° fase

Os resíduos segregados no canteiro de obras deverão ser acondicionados de forma correta

com cada tipo de resíduo e identificando nos recipientes o código para facilidade e distinção de

acordo com a Tabela 15, em locais ou depósitos distintos, visando evitar a contaminação e

proporcionar o reaproveitamento na própria obra, caso haja a possibilidade.

Tabela 15 – Modelo esquemático de cores de identificação dos resíduos.

Cor de Identificação Resíduo Sólido

Azul Papel / Papelão

Vermelho Plástico

Verde Vidro

Amarelo Metal

Cinza Resíduos Não Recicláveis

Marrom Resíduos Orgânicos

Laranja Resíduos Perigosos

Preto Madeira

Fonte: CONAMA (2001)

Os resíduos deverão ser acondicionados em recipientes temporários, corretamente

dispostos no canteiro de obra, até que atinjam seu limite máximo e sejam transportados até o

depósito final. Orienta-se que sejam utilizados big bag’s, bombonas, caçambas estacionárias e

tambores para acondicionamento dos materiais, pois estes são os dispositivos de

armazenamento mais utilizados atualmente.

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O acondicionamento dos resíduos no canteiro de obra deverá acontecer o mais próximo

possível dos locais de geração, dispondo-os de forma compatível com seu volume e preservando

a boa organização dos espaços nos diversos setores da obra.

A quantidade, localização e do tipo de recipiente a ser utilizado para o acondicionamento

deve ser considerado os seguintes fatores:

• Volume e características físicas dos resíduos;

• Facilidade para a coleta;

• Acesso exclusivo para resíduos;

• Resíduos para reciclagem e reutilização;

• Segurança para os funcionários;

• Preservação da qualidade dos resíduos nas condições necessárias para a destinação.

No decorrer da execução da obra as soluções para o acondicionamento final poderão

variar. Mas para o êxito da gestão dos resíduos basta respeitarem o conjunto de fatores

mencionado.

Imagem 19: Tambores.

Os tambores são dispositivos de

armazenamento geralmente de metal, em que são

acondicionados principalmente resíduos

perigosos presentes em embalagens plásticas e de

metal, instrumentos de aplicação como pincéis,

trinchas e outros materiais auxiliares como panos,

trapos, estopas, óleo etc. Acondiciona-se também

nestes dispositivos solos contaminados.

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Imagem 20: Bombonas.

As bombonas são recipientes

plásticos, geralmente na cor azul, com

capacidade de 50 Litros, que servem

principalmente para depósito inicial de:

•Plásticos - sacaria de embalagens,

aparas de tubulações etc;

•Papelão - sacos e caixas de embalagens

dos insumos utilizados durante a obra e

papéis-escritório;

•Gesso de revestimento, placas acartonadas e artefatos;

•Resíduos perigosos presentes em embalagens plásticas e de metal, instrumentos de aplicação

como pincéis, trinchas e outros materiais auxiliares como panos, trapos, estopas, óleo etc;

•Restos de uniforme, botas, panos e trapos sem contaminação por produtos químicos.

Imagem 21: Big Bag's.

As big bag’s são constituídas de sacos de ráfia com quatro

alças com capacidade aproximada de 1 m³, que geralmente são

utilizadas para armazenamento de:

•Plásticos - sacaria de embalagens, aparas de tubulações etc;

•Papelão - sacos e caixas de embalagens dos insumos utilizados

durante a obra e papéis de escritório;

•Gesso de revestimento, placas acartonadas e artefatos;

•Solos contaminados;

•Restos de uniforme, botas, panos e trapos sem contaminação por produtos químicos.

Imagem 22: Caçamba Estacionária.

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As caçambas estacionárias

são recipientes metálicos com

capacidade de 3 m³ a 5 m³

empregadas no acondicionamento

final de:

•Blocos de concreto, blocos

cerâmicos, argamassas, outros

componentes cerâmicos, concreto,

tijolos e assemelhados;

•Madeira/Serragem;

• Metal - ferro, aço, fiação revestida, arames etc.

Na Tabela 16 estão listados os dispositivos de armazenamento, juntamente com os tipos

de resíduos que cada um pode acondicionar.

Tabela 16– Acondicionamento dos materiais gerados no canteiro de obra.

Tipo de Resíduo Acondicionamento

Blocos de concreto, blocos cerâmicos, argamassas, outros

componentes cerâmicos, concreto, tijolos e assemelhados.

Preferencialmente em caçambas

estacionárias.

Madeira/Serragem

Preferencialmente em baias

identificadas, podendo ser utilizadas

caçambas estacionárias.

Plásticos (sacaria de embalagens, aparas de tubulações etc.). Em bombonas identificadas e ou Big

Bag’s.

Papelão (sacos e caixas de embalagens dos insumos utilizados

durante a obra) e papéis (escritório)

Em bombonas identificadas e ou Big

Bag’s.

Gesso de revestimento, placas acartonadas e artefatos Em bombonas identificadas e ou Big

Bag’s.

Solos contaminados Em tambores identificados e ou Big

Bag’s.

Resíduos perigosos presentes em embalagens plásticas e de metal,

instrumentos de aplicação como pincéis, trinchas e outros

materiais auxiliares como panos, trapos, estopas, óleo etc.

Em bombonas ou tambores identificados.

Restos de uniforme, botas, panos e trapos sem

contaminação por produtos químicos.

Em bombonas identificadas e ou Big

Bag’s.

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A coleta dos resíduos e sua remoção da obra devem ser feitas de modo a conciliar alguns

fatores, a saber:

1) Compatibilização com a forma de acondicionamento final dos resíduos na obra;

2) Minimização dos custos de coleta e remoção;

3) Possibilidade de valorização dos resíduos;

4) Adequação dos equipamentos utilizados para coleta e remoção aos padrões definidos em

legislação.

No acondicionamento final, deverão ser analisadas as características de cada tipo de

resíduo, bem como a posterior destinação e o volume gerado. O transporte do material

segregado será feito por transportador devidamente cadastrado no Órgão Municipal (Decreto

4761/2009), que se encarregará da correta destinação à Área de Transbordo e Triagem (ATT),

que atestará o recebimento dos resíduos mediante CTR (Controle de Transporte de Resíduos).

• Material cru não conforme: O ideal é que este resíduo não seja gerado ou sua geração

seja minimizada ao máximo. Deve ser reintroduzido aos poucos no processo, principalmente se

o material contiver porcentagem de resíduo incorporado, como o pó de balão. A porcentagem

de material cru na nova massa é de no máximo 2%, de acordo com critério adotado pelos

ceramistas.

• Resíduos comuns recicláveis: Os resíduos comuns recicláveis (papel, papelão, plástico,

vidro e metal) devem ser acondicionados separadamente dos demais resíduos para evitar

contaminação. O empreendedor pode realizar a coleta seletiva interna, na qual estes resíduos

são armazenados em lixeiras devidamente identificadas e destinados para a reciclagem.

• Resíduos não recicláveis: deverão ser destinados em sacos de lixo e encaminhados ao

aterro sanitário do município.

• Os resíduos provenientes da cozinha e instalações sanitários como: restos de alimentos,

e papéis higiênicos, deverão ser acondicionados em sacos plásticos e disponibilizados para a

coleta pública da Prefeitura de Tangará da Serra.

7.2.4 Ações para segregação, acondicionamento e destinação dos resíduos gerados na 3° fase

Metal (ferro, aço, fiação revestida, arames etc.) Preferencialmente em caçambas

estacionárias.

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O município conta com programa de coleta seletiva da Cooperativa de Material Reciclado

de Tangará da Serra (COOPERTAN) para os resíduos domésticos gerados, assim o novo

empreendimento conta com esse serviço disponível para a melhor disposição dos resíduos

gerados nas residências. Para a segregação dos resíduos gerados, a cooperativa disponibiliza

sacos da cor cinza para o acondicionamento dos recicláveis, a coleta é realizada semanalmente.

Para os resíduos que não são passiveis a reciclagem, provenientes do banheiro, cozinha e

varrição, estes deverão ser acondicionados em sacos pretos de 100 Litros para que a SAMAE

(serviço autônomo municipal de agua e esgoto) do município de Tangará da Serra seja feita a

coleta.

7.3 DEFINIÇÃO DOS FATORES GERADORES E MEDIÇÃO DE RUÍDOS E POEIRA

NA FASE DE IMPLANTAÇÃO (CONSTRUÇÃO) E OPERAÇÃO

Considerando que o empreendimento encontrasse em uma área cercada por propriedades

rurais, que a área verde do loteamento Parque do Bosque faz uma barreira natural e que a

residência mais próxima está a 1km de distância aproximadamente. Que qualquer medida de

controle para medição de ruído e poeira na fase de implantação tona-se desnecessária.

8. PADRÕES DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO NA ÁREA DE INFLUÊNCIA

DIRETA E INDIRETA

8.1 CARACTERIZAÇÃO DO SOLO E DETERMINAÇÕES LEGAIS

O loteamento é caracterizado por uso residencial e previsão de pequenos comércios para

prestação de serviços, totalizando 585 lotes, equivalente a 52,24% da área, além disso, 15,00%

destinada a áreas públicas municipais, sendo 10,00% da área destinada a área verde.

De acordo com o Art. 52, do Plano Diretor Municipal, o loteamento Parque da Mata está

situado na Zona de Adensamento Secundário (ZAS), no qual seus objetivos são:

I - Induzir a ocupação nas áreas vazias, promovendo a integração sócio territorial dos

setores urbanos;

II - Promover o adensamento populacional controlado;

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III - Compatibilizar a ocupação e o adensamento com a capacidade de suporte da

infraestrutura, especialmente o sistema de água, bem como a oferta de equipamentos sociais;

IV – Controlar o uso do solo nas áreas próximas aos córregos urbanos;

V – Promover a complementação da infraestrutura especialmente rede de esgoto.

Para que possa haver a ocupação e o adensamento populacional controlado, bem como o

uso do solo afim de não extrapolar a capacidade da infraestrutura, os parâmetros urbanísticos

da Zona de Adensamento Secundário (ZAS) deverão ser aplicadas conforme tabela abaixo:

Tabela 17: Parâmetros urbanísticos para a Zona de Adensamento Secundário (ZAS).

Parâmetros Urbanísticos

CAMi Coeficiente de Aproveitamento Mínimo 0,15

CAB Coeficiente de Aproveitamento Básico 2,00

CAM Coeficiente de Aproveitamento Máximo 4,00

TOur Taxa de Ocupação para uso residencial 70%

TOnr Taxa de Ocupação para uso não residencial 80%

TP Taxa de Permeabilidade 10%

- Tamanho mínimo de lote 250m²

A pequena parcela do loteamento destinada a área verde está classificada com Zona de

Interesse Ambiental (ZEIA) no qual é definida de acordo com o Art.63 do Plano Diretor como

áreas públicas ou privadas destinadas à proteção e recuperação da paisagem e do meio

ambiente. Assim sendo, não será permitido parcelamento do solo, podendo haver o uso de apoio

ao lazer e à recreação passando por análise da prefeitura.

De acordo Lei nº 6.766/79 - Parcelamento do Solo Urbano no Registro Imobiliário são

consideradas áreas livres de uso público aquelas destinadas a sistema de circulação, à

implantação de equipamento comunitário (educação, saúde, lazer e similares e as áreas verdes)

e de equipamento urbano (abastecimento de água, serviços de esgotos, energia elétrica, coletas

de águas pluviais, rede telefônica e gás canalizado).

8.2 EQUIPAMENTOS URBANOS E COMUNITÁRIOS

Os equipamentos comunitários existentes estão nos bairros vizinhos, como o Jardim

Tarumã e Jardim Horizonte, neles são encontradas creches municipais, escolas estaduais, sendo

uma o IFMT, Unidade de Saúde Familiar, além de praças entre outras áreas institucionais.

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Porém, grandes áreas destinadas a esses serviços estão vazias. Na imagem 20 foi feita uma

análise das áreas institucionais com suas devidas funções em um raio de até 2km. Pode-se notar

que para atender ao Loteamento Parque da Mata, como também o bairro Jardim São Paulo no

qual está situado, recomenda-se novas instalações como creches, escola de educação básica,

unidade de saúde e praças. Pois com o aumento da densidade demográfica do bairro, as

unidades existentes dos bairros vizinhos passariam a se tornarem ineficazes.

Imagem 23: Equipamentos comunitários em um raio de até 2km.

Os equipamentos urbanos nas áreas de influência

direta e indireta estão estabelecidos da seguinte maneira:

há disponibilidade de abastecimento de água tratada na

região no qual a responsabilidade do fornecimento é

feita pelo Serviço Autônomo Municipal de Água e

Esgoto (SAMAE), assim como o esgotamento sanitário.

A rede de drenagem conta com sistema de Galeria de

Águas Pluviais (GAP) composta por poços de visita e

bocas de lobo. O fornecimento de energia elétrica é feito

pela empresa Energisa. A rede telefônica é distribuída

pelas empresas Vivo, Oi, Titânia com serviços de telefonia fixa, móvel e internet. Não há

registros de gás canalizado na área de influência.

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8.3 IMPACTOS DECORRENTES DO AUMENTO DA DENSIDADE DEMOGRÁFICA

Os impactos gerados devido ao aumento da densidade demográfica na área diretamente

afetada se dão com a ampliação da infraestrutura urbana, bem como a necessidade de novos

equipamentos comunitários, para assim atender as necessidades da população da região. Com

a instalação do empreendimento irá gerar novas oportunidades de emprego, alteração da

paisagem de forma ordenada e relações sociais entre bairros. Os impactos ambientais estão

restritos na área diretamente afetada, como a retirada da vegetação existente e deslocamento de

fauna, devido a transformação da paisagem natural, nas vias do entorno os impactos se dão com

a revolvimento de poeira e pequenas partículas devido a movimentação da terraplanagem e

circulação de veículos, porém serão amenizados devido as áreas verdes nas proximidades.

Seguindo as leis e normas municipal e federal é possível ter o crescimento ordenado das

cidades, propondo uma qualidade de vida melhor as pessoas, esses espaços devem proporcionar

mobilidade, acessibilidade, trabalho, lazer e serviços públicos. Para a realização dessas

atividades surgem novos empreendimentos como o Loteamento Parque da Mata, que tem por

finalidade ocupação residencial.

8.4 VALORIZAÇÃO IMOBILIÁRIA

Com os impactos positivos, consequentemente vem a valorização imobiliária, que para a

avaliação desses imóveis são levados em consideração, conforme NETO afirma:

“A valorização imobiliária se apoia no tripé custo-qualidade-utilidade (...) o

quesito localização tem sido tratado como o primordial nesse tipo de análise. Ele

serve para delimitar a região de interesse para aquisição do imóvel e é fator

determinante na sua escolha, levando em consideração a infraestrutura da região,

vias de acesso, vizinhança, tendência de ocupação circunvizinha, condições de

segurança e possibilidades de alterações futuras.” (NETO, 2003)

O loteamento está no limite da zona de expansão urbana, tornando-se distante da

exaltação do centro urbano, também conta com infraestrutura necessária para atender a

demanda do empreendimento e será implantado em uma região de fácil acesso com vias

planejadas, além disso, faz vizinhança com outro loteamento de mesmas características e áreas

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verdes. Portanto, é uma área de expansão, com estruturas urbanísticas planejadas, tornando o

local de grande valorização imobiliária, assim como nas áreas de influência.

9. MATRIZ DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

Planilha Anexo XIII.

9.1 IMPACTOS POSITIVOS E NEGATIVOS

O artigo 1º da Resolução CONAMA 001/1986 define Impacto Ambiental como:

“Qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente causada por

qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas que direta ou indiretamente venham a

afetar: a saúde, a segurança e o bem-estar da população; as atividades sociais e econômicas; a biota; as

condições estéticas e sanitárias do meio ambiente; a qualidade dos recursos ambientais”

Além das alterações tidas como negativas para o meio ambiente, os impactos ambientais

podem também sortir efeitos positivos para o meio ambiente e para a comunidade próxima as

intermediações da ação causadora de tais impactos. Assim, embora o estudo de impacto

ambiental seja decorrente das consequências negativas causadas pelo empreendimento, há que

se apontar, também, as alterações positivas de um projeto (PEREIRA et al., 2014).

9.1.1 IMPACTOS AMBIENTAIS

Com base nos procedimentos para a instalação do Loteamento Parque da Mata são

elencados, a seguir, os impactos negativos e positivos.

MEIO FÍSICO

Impactos Negativos

• Erosão do solo – A água proveniente do sistema de lançamento de águas pluviais do

sistema de drenagem do Loteamento poderá ser lançada com grande concentração de energia,

o que acarretará na remoção da camada superficial do solo;

• Formação de sulcos e voçorocas – A evolução da erosão da camada superficial do solo

poderá a médio/longo prazo causar a formação de níveis elevados de degradação do solo;

• Revolvimento de poeiras e pequenas partículas pelo trafego de veículos pesados e

atividades de escavação de solo e terraplanagem.

MEIO BIÓTICO

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Impactos Negativos

• Remoção de vegetação – A alteração da vegetação poderá ocasionar alterações na

composição florística ou afetar processos de regeneração natural em curso além de diminuir os

espaços de hábitat natural da fauna. O material vegetal removido será destinado ao aterro

sanitário do município, visto que a maioria dos indivíduos arbóreos são compostos por

palmeiras;

• Riscos de incêndios florestais – A proximidade do loteamento com um remanescente de

floresta pode ocasionar (mais especificamente na época de seca) focos de incêndio, colocando

em risco a segurança dos moradores próximos e à fauna;

• Deslocamento de fauna – Os distúrbios decorrentes da instalação do loteamento e

consequentemente da ocupação da área, anteriormente não ocupada, a construção da

infraestrutura, a geração de ruídos produzidos pelas pessoas e pelo fluxo de veículos pode

provocar o deslocamento de indivíduos.

9.1.2 MEIO SOCIOECONÔMICO

Impactos Positivos

• Oferta de emprego – A construção do loteamento Parque da Mata gerará uma demanda

por mão de obra na região, gerando empregos com caráter temporário. Após a construção,

quando da ocupação dos lotes, poderá ser gerado empregos permanentes, tais como: guardas

(segurança), agentes de limpeza, diaristas, empregadas (os) domésticas (os), prestadores de

serviços de telecomunicação e entre outros.

• Arrecadação de impostos – Uma vez que os ocupantes dos lotes passarão a pagar pelo

consumo de energia elétrica, água do sistema de abastecimento da cidade de Tangará da Serra,

imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana, entre outros. A arrecadação de

impostos é considerada um impacto positivo, pois pode auxiliar no aumento da receita

municipal, sendo o montante arrecadado pela prefeitura posteriormente aplicado em melhorias

na região.

• Circulação econômica – Com a construção civil de novas edificações e obras de

infraestrutura, o consumo de insumos para o empreendimento irá gerar aumento na demanda

local de bens e insumos relacionados a construção civil, assim injeção direta de recursos na

economia local por meio da compra em estabelecimentos comerciais locais.

• Transformação da paisagem – A ocupação de espaços vazios nos entornos da cidade de

forma organizada e planejada, vem a aumentar a qualidade de vida daqueles que já habitam ao

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entorno e aos que irão ocupar esses lotes, visto que serão implantados equipamentos

comunitários por meio da ocupação do poder público, assim levando até regiões antes carentes

de determinados serviços sociais a oportunidade de ampliação do alcance do estado a essas

áreas.

9.2 AÇÕES MITIGADORAS PROPOSTAS

MEIO FÍSICO

No ponto de lançamento hídrico do sistema de drenagem de águas pluviais poderá ser

instalado dissipadores de energia internos (contínuos) ou externos (localizados). Os

dissipadores de energia internos são os colocados no interior das passagens hidráulicas, já os

externos são colocados na parte exterior das passagens hidráulicas, são comumente utilizados

na extremidade final do ponto de descarga. Os dissipadores localizados, também designados

como bacias de amortecimento, têm como objetivo reduzir a velocidade do escoamento à saída

de dispositivos de drenagem superficial (HENRIQUES, 2014). Para a amenização da poeira

causada pelas atividades de terraplanagem, caminhões pipa podem ser utilizados nos momentos

mais críticos do dia para espalhar água nas vias para contenção dessas partículas suspensas no

ar.

9.3 MONITORAMENTO DOS IMPACTOS

A partir da caracterização do empreendimento pretendido e do diagnóstico ambiental, os

dados a seguir têm grande relevância no que concerne aos aspectos ambientais detectados:

Não existem restrições quanto à infra-estrutura, como energia elétrica, drenagem,

abastecimento de água, esgotamento sanitário, acessos e serviços sociais, com a

implantação do empreendimento;

Do ponto de vista ambiental o empreendimento mitiga ou compensa todos os impactos

ambientais.

Portanto, considerando que os impactos de natureza negativa são plenamente

compensados pelas medidas mitigadoras decorrentes da implantação do empreendimento,

conclui-se pela viabilidade técnica/ambiental do projeto.

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10. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO DAS MEDIDAS

METODOLOGIA

Para o desenvolvimento do presente optou-se por uma adaptação da matriz de impactos

de Lollo (2005a) como método para a realização do Estudo de Impacto de Vizinhança, entre

outros fatores, pela rapidez e facilidade em sua utilização que permitem que se alcance a

agilidade necessária para o desenvolvimento desse tipo de estudo. A proposta da matriz em

questão é composta da atribuição de notas aos cruzamentos dos dados que caracterizam os

impactos ambientais. Considera-se toda a variedade de aspectos que caracterizam um EIV como

o tipo de empreendimento, os componentes ambientais estudados e a fase da ocupação avaliada.

O diferencial está na categorização das diferentes fases de implantação do empreendi-

mento como planejamento, construção/ampliação/ocupação e operação em uma estrutura

modular que possibilita considerá-las de maneira independente. RESULTADOS

PREELIMINARES Dentro da presente proposta, a matriz de Lollo (2005a), foi preenchida

levando-se em conta os dados oficiais do empreendimento, a Lei Orgânica Municipal e o Plano

Diretor Municipal. Para todos os componentes foram descritos os impactos, quando existentes,

e avaliados os componentes de natureza (negativo ou positivo), ordem (direto ou indireto),

magnitude (alta, média e baixa) e duração (temporário ou permanente), sendo possível também

descrever medidas resolutivas quando necessárias.

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11. CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES.

A partir da caracterização do empreendimento pretendido e do diagnóstico ambiental e dos

levantamentos feitos. Por não identificamos objeção à implantação do empreendimento, pela

certificação que todas as restrições ambientais poderão ser todas mitigadas.

Concluímos que os impactos de natureza negativa são plenamente compensados pelas medidas

mitigadoras decorrentes da implantação do condomínio, conclui-se pela viabilidade

técnica/ambiental do projeto. Ressalta-se, ainda, que medidas preconizadas para evitar,

controlar e/ou mitigar os impactos são de alta eficácia, pois resultam de decisões quase sempre

concentradas no empreendedor, não dependendo de outras instituições que possam prejudicar

um determinado prazo ou objetivo. Portanto, pelo exposto conclui-se que não há obstáculos

para implantação do empreendimento, sendo sua instalação e operação viável do ponto de vista

do balanço dos impactos de vizinhança.

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12. EQUIPE TÉCNICA:

Luiz Fellipe Leal Weissheimer

Engenheiro Florestal

CREA: 1211787192

Patrícia D’Oliveira Marques

Arquiteta e Urb. e Engª. Seg.Trabalho

CAU A76131-1

Bianca Volta Ferreira

Arquiteta e Urbanista

CAU 167265-7

Gilson Vilela D’Oliveira

Engenheiro Civil

CREA: 120420434-8

Patrícia Carla Cardoso

Assistente Social

Registro: 1568

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13. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALMEIDA, Edir de. Aspectos Gerais do Estudo de Impacto de Vizinhança.

Monografia (bacharel em direito) - Setor de Ciências Jurídicas, Universidade Federal

do Paraná, Curitiba, 2006.

ALMEIDA, J. R., 2002, Ciências Ambientais. 1 ed. Rio de Janeiro, Thex Editora.

BRASIL. Constituição do (1988). Constituição [da] Republica Federativa do Brasil.

Brasília, DF: Senado Federal

IBGE. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA.

http://www.cidades.ibge.gov.br/, acesso em junho/2017

LOLLO, J.A. & RÖHM, S.A. Proposta de matriz para levantamento e avaliação de impactos

de vizinhança. Holos Environment, Centro de Estudos Ambientais – UNESP. Publicação

prevista para o volume 5, número 2, 2005b.

TANGARÁ DA SERRA(MUNICÍPIO), lei complementar nº 210, de 11 de setembro de

2015. Dispõe Sobre O Plano Diretor Participativo do Município de Tangará

da Serra (PDPMts), E dá outras Providências.

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14.ANEXOS

- Anexo I: Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica;

- Anexo II: Contrato social – Última alteração;

- Anexo III: Matrícula do terreno;

- Anexo IV: Certidão de Uso e Ocupação do Solo;

- Anexo V: Planta de Localização e Situação;

- Anexo VI: Planta Datum Sirgas 2000;

- Anexo VII: Certidão Negativa Débito Municipal (CND);

- Anexo VIII: Declaração de disponibilidade de água;

- Anexo IX: Declaração de disponibilidade de esgoto;

- Anexo X: Declaração de disponibilidade de coleta de resíduos sólidos;

- Anexo XI: Declaração de disponibilidade de energia elétrica;

- Anexo XII: Protocolo do Corpo de Bombeiros;

- Anexo XIII: Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos.

- Anexo XIV: Cronograma de execução de obras;

- Anexo XV: RRT