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7. PLANEJAMENTO AMBIENTAL
- Interfaces entre o Planejamento Ambiental e o Planejamento Urbano
- Consolidação das Restrições a Ocupação do Território Decorrentes de Legislação Ambiental
- Procedimentos de Licenciamento Ambiental de Empreendimentos Imobiliários
- Questões Emergentes
Legislação Ambiental - Conceitos básicos
- Preservação de recursos hídricos e minimização de interferências com a drenagem natural do território
- Limitação à ocupação de áreas de elevada fragilidade ambiental
- Preservação dos remanescentes de florestais
- Preservação de áreas de interesse da fauna
Evolução da Legislação Ambiental- Lei Federal N.º 6.938/ 81 - Política Nacional de Meio
Ambiente
- Resolução CONAMA 01/ 86
- Constituição de 1988
- Lei Federal N.º 9.605/97 - Lei para Crimes Ambientais Regulamentada pelo Decreto N.º 3.179/99.
- Restrições estipuladas predominantemente na esfera Federal com regulamentação insuficiente nas esferas Estadual e Municipal
- Estrutura Proscritiva vs. Estrutura Prescritiva
- Abrangência Geral vs. Abrangência Regional
Legislação Ambiental
Resolução CONAMA nº 001/86:
Resolução CONAMA nº 237/97:
Dispõe sobre as exigências e pré-requisitos necessários ao Estudo e Relatório de Impacto Ambiental (EIA-RIMA) -
Dispõe sobre a inclusão do parcelamento do solo como atividade sujeita ao “Licenciamento Ambiental”,
a competência municipal para o licenciamento ambiental de atividades ou empreendimentos de impacto ambiental local; a competência do Estado para licenciamento ambiental; o custo para obtenção da licença ambiental, seu prazo de
validade e a formulação de exigências complementares.
Constituição 05/10/1988
Art. 225.º - “Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia
qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defende-lo e preserva-lo para as presentes e futuras
gerações”...........................
VII - “As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores (pessoas físicas ou jurídicas), a
sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados”...................
Constituição 05/10/ 88
Art. 5.º ...LXXIII - “Qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio
público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando ao autor, salvo comprovada má-fé,
isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência.....”
Artigo 14.º - Parágrafo 1.º : “Sem obstar a aplicação das penalidades previstas neste artigo, é o poluidor obrigado, independentemente da existência de culpa, a indenizar ou reparar os danos ao meio ambiente e a terceiros afetados
por sua atividade....”
Política Nacional do Meio Ambiente. Lei Federal N.º 6.938/ 81
Crimes Ambientais- Lei Federal N.º 9.605/ 97
Art. 2.º : “Quem de qualquer forma, concorre para a partida dos crimes previstos nesta lei, incide nas penas a este cominadas, na
medida da sua culpabilidade, bem como o diretor, o administrador, o membro de conselho e de órgão técnico, o
auditor, o gerente, o preposto ou mandatário de pessoa jurídica, que, sabendo da conduta criminosa de outrem, deixar de impedir
a sua prática, quando podia agir para evitá-la”.
Art. 3.º: “As pessoas jurídicas serão responsabilizadas administrativa, civil e penalmente conforme o disposto nesta Lei, nos casos em que a infração seja cometida por decisão de seu representante legal ou contratual, ou de seu órgão
colegiado, no interesse ou benefício da sua entidade”.
Normas de Abrangência Geral
Restrições à ocupação do território - Principais dispositivos
Código Florestal - Lei Federal N.º 4771/ 65 e alterações feitas pela Lei N.º 7803/89, Lei N.º 7875/89 e Medida Provisória N.º
1956-54 de 21/09/00:.
Lei Lehmann - Lei N.º 6.766/ 79 e alterações feitas pela Lei N.º 9.785/ 99:
Dispõe sobre as florestas nacionais e outras formas de vegetação de interesse comum aos habitantes do país e as
conseqüências legais do não cumprimento do Código
Dispõe sobre o parcelamento do solo urbano e o estabelecimento de normas complementares por parte dos
Estados, Distrito Federal e Municípios.
Decreto Federal N.º 750/ 93: Dispõe sobre o corte, a exploração e a supressão de vegetação primária ou nos estágios avançado e médio de regeneração da Mata Atlântica e os procedimentos de autorização de supressão em caso de obras, planos, atividades ou projetos de atividade
pública ou interesse social.
Resolução CONAMA N.º 09/ 96: Dispõe sobre a definição de corredores de fauna
entre remanescentes florestais.
Resolução Conjunta IBAMA/SMA N.º 02/94: Dispõe sobre a regulamentação do Artigo 4.º do Decreto Federal No 750/93 no que tange à supressão de mata atlântica em estágio inicial de regeneração, e define
tratamento diferenciado para áreas urbanizadas e áreas não efetivamente urbanizadas.
Deliberação CONSEMA N.º 21/97: Dispõe sobre a regulamentação do Artigo 5.º do Decreto Federal N.º 750/93 no que tange à supressão da mata
atlântica no estágio médio ou avançado de regeneração.
Portaria DEPRN N.º 44 /95: Dispõe sobre os procedimentos para a autorização
de supressão de exemplares arbóreos isolados.
Lei Estadual N.º 9989 /98: Dispõe sobre a recomposição da cobertura vegetal no estado de São Paulo, nas faixas ao longo dos cursos
d’água, ao redor de lagos e reservatórios, aprovação de projetos, prazos de implantação de recomposição florestal, prazos de aprovação e penalidades, a ser regulamentada.
Portaria do Ministério da Marinha N.º 0037 /92: Estabelece diretrizes que permitem a padronização de
procedimentos na emissão de pareceres relativos à concessão de terrenos da União, e define a condição
dominial de áreas de mangue e respectivas faixas marginais.
Condição dominial das áreas não edificáveis em processos de parcelamento do solo
Lei Federal N.º 6.766/ 78 - Lei Lehmann: Estabelece a obrigatoriedade de doação de 35% da gleba parcelada ao poder público municipal, para sistema viário,
áreas de lazer e áreas para uso institucional.
Dispositivo da Legislação Municipal define a composição das 35% de áreas públicas e restrições quanto à sua localização
e distribuição no gleba.
Decreto Federal N.º 89.336/ 84: Estabelece que as reservas ecológicas podem ser de domínio
público ou privado.
Lei Federal N.º 4771/65 (Código Florestal): Artigo 6.º Prevê o procedimento de averbação de áreas de
preservação permanente à margem de escritura pública de propriedades privadas.
Resolução Conjunta IBAMA/ SMA N.º 02/94: Admite explicitamente a inclusão de áreas de preservação
permanente em áreas públicas do sistema de lazer.
RESTRIÇÕES - Legislação Ambiental
Restrições referentes a cursos d’água
Restrições referentes à ocupação de encostas
Restrições relativas à supressão de vegetação
Restrições à Ocupação Territorial
Tipo de Restrição Especificação
Faixa marginal decursos d’água
30m a cada margem no código Florestal.15m a cada margem na Lei Lehmann.100m para cursos entre 50 e 100m.150m para cursos entre 100 e 200m.igual a distância entre as margens paracursos com mais de 200m
Área envoltória denascentes Raio de 50m
Áreas inundáveis
Leito maior sazonal (TR=1ano) e partedo rio. As planícies de inundação sãoprotegidas através de dispositivos deabrangência regional.
Vales secos Faixa usualmente definida em legislaçãomunicipal
Restrições referentes a cursos d’água
Restrições referentes à ocupação de encostas
Tipo de Restrição Especificação
Áreas com declividadeacima de 30%
Parcelamento admissível desde que comautorização específica da autoridadecompetente. Na RMSP a Res. SNM N.º36/81 define exigências a serematendidas
Áreas com coberturaflorestal e declividadeacima de 25º (46%)
Cobertura florestal nessas declividades éde preservação compulsória
Áreas com declividadeacima de 100%
São áreas de preservação permanentenos termos do Artigo 2.º da Lei FederalN.º 4771/65
Restrições relativas à supressão de vegetaçãoTipo de Restrição Especificação
Vegetação pioneira de mataatlântica
É livre o corte. Quando em áreas de preservação permanente exige-se autorização do DEPRN.
Vegetação de mata atlânticaem estágio inicial deregeneração
Admite-se o corte em áreas urbanas. Nas áreas efetivamenteurbanizadas, pelo menos 10% da gleba deve ser mantida com mataspreservadas. Em áreas não efetivamente urbanizadas, 20%.
Vegetação de mata atlânticaem estágio médio ouavançado de regeneração
Regime especial de licenciamento pela Res. SMA 50/97. Preservaçãode no mínimo 20% (áreas urbanizadas) e não menos de 50% comcobertura natural (áreas não efetivamente urbanizadas) l. CONSEMA21/97)
Restinga em estágio inicialde regeneração
É de preservação permanente quando a menos de 300m do manguee/ou da linha de preamar máxima. Fora desses limites, admite-se ocorte desde que 10% ou 20% da gleba se mantenha preservada(dependendo da condição atual de urbanização).
Restinga em estágio médioou avançado deregeneração
Enquadramento pela res. CONAMA 07/96. Idem Mata Atlântica emestágio médio e avançado.
Mangue É totalmente intangível incluindo a faixa marginal de 15 metros.Somente intervenções muito pontuais são passíveis de consideração.
Vegetação de cerrado Regime de licenciamento especial – resolução SMA 55/95.
Árvores nativas isoladasAdmite-se o corte compensado através de reposição em proporçãoque varia de 10 por 1 a até 25 por 1. Existe limite de até 30 indivíduospor hectare.
Vegetação abrigo de faunaem perigo de extinção Preservação integral dos perímetros de interesse à fauna ameaçada.
Corredores de fauna entreremanescentes florestais Largura mínima de 100 metros.
Restrições à Ocupação Territorial
Restrições relativas à formações geomorfológicas específicas
Tipo de Restrição Especificação
Morros isolados Terço superior medido no local da alturamínima entre o topo e a base.
Serras e escarpas Terço superior em relação à base domorro mais baixo do conjunto
Áreas com altitudesuperior a 1.800m São de preservação permanente
Dunas São de preservação permanente como“Vegetação Permanente”
Restrições à Ocupação Territorial
Tipo de Restrição Especificação
Faixas marginais arodovias, ferrovias edutos
15 metros não edificáveis a cadamargem da faixa de domínio. Éadmissível a impermeabilização e usonão edificado.
Solos contaminados Áreas somente podem ser utilizadasapós remediação.
Impermeabilização dosolo
A maior parte das legislações municipaisde uso e ocupação do solo incluemrestrições (via índices urbanísticos) àimpermeabilização do solo nos lotesresultantes do parcelamento.
Restrições à Ocupação Territorial
Tipo de Restrição Diplomas AplicáveisFaixa Marginal decursos d’água
Lei Federal 4771/65Art. 2.º, itens a1 e a5
Lei Federal 6766/79 Art.4.º, item III
Lei estadual 9989/98 –Art. 1.º, itens I a V
Faixa marginal de lagos/ lagoas
Lei federal 4771/65Art. 2.º, item b
Área envoltória denascentes
Lei Federal 4771/65Art. 2.º, item c
Lei Estadual 9989/98 –Art. 1.º, parágrafo 1.º
Áreas inundáveis Lei Federal 4771/65Art. 2.º, item a
Lei Federal 6766/79 Art.3.º, item I
Vales secos Legislação municipalFaixas marginais arodovias, ferrovias edutos
Lei Federal 6766/79Art. 4.º, item III
Decreto Estadual13069/78 – Art. 13.º
Áreas com declividadeacima de 30%
Lei Federal 6766/79Art. 3.º, item III
Áreas com coberturaflorestal e declividadeacima de 25º (46%)
Lei Federal 4771/65Art. 10
Áreas com declividadeacima de 100%
Lei Federal 4771/65Art. 2.º item e
Vegetação pioneira demata atlântica
Decreto Federal N.º750/93 – Art. 4.º
Res. Conj. IBAMA/SMAN.º 02/94 – Art. 9.º
Vegetação de mataatlântica em estágioinicial de regeneração
Decreto Federal N.º750/93 – Art. 4.º
Res. Conj. IBAMA/SMAN.º 02/94 – Art. 3.º e 4.º
Vegetação de mataatlântica em estágiomédio ou avançado deregeneração
Decreto Federal N.º750/93 – Art. 1.º e 5.º
Del. CONSEMA 21/97 -Art. 6.º e 7.ºRes. SMA 50/97 – Art.3.º
Restinga em estágioinicial de regeneração
Lei Federal 4771/65Art. 2.º, item f
Dec. Federal N.º 750/93– Res. Conj.IBAMA/SMA n.º 5/96 –Art. 1.º
Restinga em estágiomédio ou avançado deregeneração
Lei Federal 4771/65Art. 2.º, item f
Delib. CONSEMA 21/97– Art. 6.º e 7.º
Mangue Lei Federal 4771/65Art. 2.º
Portaria do Ministérioda Marinha N.º 0037/92
Vegetação de cerrado Res. SMA 55/95 (geral)Árvores nativasisoladas
Port. DEPRN 44/95Art. 1.º e 5.º
Vegetação abrigo defauna em perigo deextinção
Lei Federal 4771/65 Decreto Federal 750/93 Res. Conj. IBAMA/SMAN.º 02/94
Corredores de faunaentre remanescentesflorestais
Decreto Federal 750/93– Art. 7.º
Res. CONAMA 09/96Art. 3.º
Terço superior demorros isolados
Lei Federal 4771/65Art. 2.º, item d
Serras e escarpas Lei Federal 4771/65Art. 2.º, item d
Áreas com altitudesuperior a 1.800m.s.n.m.
Lei Federal 4771/65Art. 2.º, item h
Dunas
Lei Federal 4771/65Art. 2.º, it. 2; Art. 3.º, it.b (vegetação sobredunas)
Solos contaminados Lei Federal 6766/79Art. 3.º, item 2
Impermeabilização dosolo
Dispositivos diversos daesfera municipal
Usos admissíveis em áreas edificáveis e não edificáveis
Usos em áreas não edificáveis
Dispositivos sobre a necessidade de recomposição florestal em Área de Preservação Permanente -
APP:
- Lei Federal N.º 4.771/65 (Código Florestal)
- Lei Estadual N.º 9.989/98
- Lei 8.171/91 (Lei Agrícola)
Natureza das Atividades de lazer admissíveis dispositivos :
- Lei Federal N.º 6.766/79 (Lei Lehmann)- Resolução Conjunta IBAMA/SMA N.º 02/94
Situação diferente nas faixas adjacentes e rodovias, ferrovias e dutos.
Usos em áreas edificáveis
Dispositivos municipais: Plano Diretor e legislações de parcelamento, uso o ocupação do solo.
Dispositivos estaduais:
- Legislações de abrangência regional
Hierarquização segundo a complexidade do procedimento de licenciamento
Com exigência de Licenciamento Ambiental Prévio
- Loteamentos com mais de 100 has.
- Loteamentos em APA’s e conjuntos habitacionais na região costeira.
- Empreendimentos exigindo supressão de vegetação de mata atlântica em estágio médio ou avançado de
regeneração
- Outros, segundo exigências de diplomas de abrangência regional
Com tramitação através do GRAPROHAB sem Licença Prévia
- Todos os loteamentos com menos de 100 has.
Com tramitação via Municipal
- As exceções constantes em Norma de Serviço e/ou Provimentos da Corregedoria Geral - N.º 211.3 /
Provimento N.º 21/98 (mesmo nesses casos o DEPRN precisa ser envolvido na autorização de situações que lhe
dizem respeito)
Licenciamento Ambiental Prévio
- RAP
- EIA / RIMA
Legislação Pertinente
- Resolução CONAMA N.º 001/86
- Resolução CONAMA N.º 237/97
- Resolução SMA 02/94