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Evolução Económica e Empresarial da América Latina desde os anos 1980 até aos finais do Século XX Janeiro 2014 Escola Superior de Gestão e Tecnologia

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Evolução Económica e Empresarial da América Latina

desde os anos 1980 até aos finais do Século XX

Janeiro 2014Escola Superior de Gestão e Tecnologia de Santarém

História Económica e Empresarial

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Unidade Curricular História Económica e Empresarial

Elaborado por

João Correia

João Henriques

Júlio Lourenço

Ricardo Costa

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Introdução

Crise de 1980 na América Latina

Reorientação do EstruturalismoSurgimento do Neo Estruturalismo

Liberalismo Económico na economia da América Latina

Índice

Mercosul

Reforma e Modernização dos estados (1995)

A crise de 1997 e o seu impacto na América Latina

Desenvolvimento e responsabilidade do estado (1998)

Conclusão

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Introdução

Este trabalho insere-se no âmbito da unidade curricular História Económica e Empresarial, licenciatura de gestão de empresas.Com a elaboração deste mesmo trabalho pretende-se estudar e conhecer "A evolução económica e empresarial da América Latina desde 1980 até aos finais do Século XX".

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Crise de 1980 na América Latina

Estagnação económica

Crise em todos os sectores

Altos níveis de desemprego e endividamento interno

Muita agitação popular e golpes militares

Grande crise económica- ”Década Perdida”

Superprodução anos 70Queda das taxas de lucro

Finalizou a longa fase de expansão pós segunda guerra mundial

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Crise de 1980 na América Latina

Um dos principais fatores para estagnação económica

•Aumento dos juros nos EUA •Crise das dividas externas

•Levando inúmeros países a situação de insolvência

Índices socioeconómicos foram “catastróficos”

•Queda da taxa média anual de crescimento do PIB

Com recessão

•Menos importações•Menos exportações

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Reorientação do Estruturalismo

CEPAL-Comissão Económica para a América Latina

•Uma escola de pensamento

•Desenvolver estudos para a industrialização da américa latina

O sistema instalado era denominado “Centro-periferia”

•A CEPAL defendia que o rendimento deveria ser melhor distribuído entre os países centrais e os da periferia.

As constantes crises internacionais e a estagnação da economia da América latina puseram em causa as ideias cepalinas, fazendo com que nos anos 80 se iniciasse a discussão sobre o papel do estado na economia de um país.

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Reorientação do Estruturalismo

Em 1985, ocorreu uma aproximação da Cepal com os organismos internacionais, num encontro entre o Banco mundial, Fundo Monetário Internacional (FMI) com o patrocínio do governo dos EUA com o lema “ajuste com crescimento” foi apresentado um plano para corrigir as políticas de desenvolvimento dos países devedores.

plano “Baker”

•Privatização das empresas públicas•Aumento da eficiência das empresas continuem na mão dos estados•Diminuição das interferências do estado na economia•Abertura aos mercados de capitais•Reformas nas políticas tributarias como estimulo ao crescimento•Reforma nas políticas laborais•Correção das distorções nos preços.

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Reorientação do Estruturalismo

Em finais de 1989, houve reajustes ao plano para restabelecer equilíbrios macroeconómicos e reestruturar a divida, dando origem a um novo plano de desenvolvimento o Plano Brady, que depois complementado por um conjunto de medidas económicas propostas por John Williamson ficando conhecido pelo “Consenso de Washington”

Os fracos resultados económicos obtidos pelos ajustes estruturais recomendados pelo Banco Mundial e FMI, o retrocesso que caracterizou o desenvolvimento latino-americano e o aprofundar da crise inflacionária, levantou muitas dúvidas a eficácia da agenda de Washington para restaurar o crescimento e o desenvolvimento o que levou a Cepal a apelidar o período como “década perdida”

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Surgimento do Neo Estruturalismo

Para os teóricos neo-estruturalistas, os estruturalistas fizeram um esforço de elaboração de políticas económicas, apresentando avanços importantes, entretanto, esse esforço não se constituiu numa preocupação central.

Com o retrocesso experimentado pelas economias latino-americanas sob a orientação dos neoliberais, caberia a eles (os neo-estruturalistas) retomar a tradição estruturalista.

Os neo-estruturalistas tiveram a preocupação de manter alguma distância dos pensamentos estruturalistas e focar a sua ação no que os distanciava dos neoliberais.

•Atingir equilíbrios macroeconómicos coordenando políticas de curto e longo prazo.• Colaboração entre setor público e privado•Melhoria das eficiências e eficácia das estruturas produtivas (em especial no setor publico)•Preocupação em eliminar desigualdades sociais•Manutenção de um estado forte, mas capaz de responder às novas necessidades do mercado (regulação)

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Liberalismo Económico na economia da América Latina

liberalismo económico na América latina foi condicionado pela persistente dívida externa, inflação e dificuldades acentuadas

•Levando as elites da maior parte dos países latino-americanos converteram-se à ideia de que a salvação económica residia na adoção de uma estratégia de crescimento orientada para o mercado

•O pioneiro desta abordagem foi o Chileno Augusto Pinochet na década de 80, num esforço de inibir a inflação galopante parte e promover a industrialização

•Os estados da América Latina aderiram à tendência, cortando subsídios governamentais, reduzindo tarifas e promovendo o crescimento orientado para a exportação

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Liberalismo Económico na economia da América Latina

A solução consistia na "privatização”

•muitos estados latino-Americanos desenvolveram uma forma de capitalismo estatal

•México, Brasil, Argentina, Venezuela e Peru seguiram o exemplo do Chile vendendo através de leilão muitas empresas

O aparente objetivo da privatização consistia em submete-las as condições competitivas do mercado livre, e o bónus dos ativos permitiu influxos na receita para os tesouros estatais carenciados que lhes permite liquidar pesados dívidas internas

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Liberalismo Económico na economia da América Latina

Mercados Livres na América Latina

•Originou resposta positiva de Washington

•Alimentando as esperanças de desenvolverem laços fortes de comércio e investimento com os Estados Unidos.

Em Junho de 1990 a administração de Bush cria expectativas ao disseminar o conceito de uma zona de comércio livre para todo o hemisfério ocidental um empreendimento denominado por " Iniciativa para as Américas"

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Liberalismo Económico na economia da América Latina

Todavia, as esperanças Latino-Americanas de adesão ao gigantesco sistema comercial de hemisférios sofreram um revés quando Washington se virou apenas para os 3 Países Norte Americanos, conhecido como o tratado comercio livre da América do Norte (NAFTA "North American Free Trade Agreement") pacto assinado em Outubro de 1987 entre os EUA e Canadá, pacto esse que a 1 de Janeiro de 1989 eliminou todas as barreiras e as tarifas comerciais nos parceiros onde as Exportações eram amplamente complementares

Com a entrada de Salinas na presidência do México, este pressionou Washington a um tratado de comercio livre com os EUA, o México era o 3º principal parceiro comercial com 90 Milhões de cidadãos, uma mão-de-obra competitivamente mais barata bem como um amplo mercado para exportações

Bush e Salinas assinaram em Março de 1990 as conversações bilaterais que em Outubro de 1992 iria juntar o Canadá ao acordo, ficando um pacto Trilateral para anular por etapas as tarifas, quotas, e outros obstáculos ao livre comercio entre as 3 partes do acordo num prazo de 20 anos

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Mercosul

O Mercosul – Mercado Comum do Sul 

•é um bloco económico criado pelo Tratado de Assunção, em 1991, e conta atualmente com Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e, mais recentemente, com a Venezuela como países-membros. Equador, Chile, Colômbia, Peru, Bolívia participam como membros associados, ou seja, participam das reuniões, mas não possuem poder de voto

•Equador já manifestou sua intenção de se tornar um membro efetivo do bloco, o que deve ocorrer nos próximos anos após a realização de ajustes em sua legislação

•o México participa apenas como membro observador

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Mercosul

Para fazer parte do bloco, primeiro é preciso estar associado à ALADI, Associação Latino-Americana de integração.

Entre os acordos estabelecidos nos países-membros estão

•a livre circulação de bens e serviços,•estabelecimento de uma Tarifa Externa Comum (TEC), que consiste na padronização de preços dos produtos dos países para a exportação e para o comércio externo.

o Mercosul caracteriza-se por ampliar e melhorar o ciclo de exportações entre os seus países-membros.

Antes da criação do bloco, os vizinhos sul-americanos não eram grandes parceiros económicos, mas atualmente essas relações já se alteraram.

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Mercosul

A Argentina, por exemplo, desde os anos 1990 figura entre os mais importantes países que compõem o comércio exterior brasileiro. O Brasil, atualmente, é o maior mercado consumidor de Chile, Argentina, Paraguai, Uruguai e, provavelmente, em breve se tornará também o principal mercado exportador, principalmente pelo fato de ser o país mais industrializado do grupo.

A propósito, a economia brasileira é, de longe, a mais importante do grupo. O PIB do país, por exemplo, representa mais de 55% do valor total do bloco. Além disso, a população brasileira representa quase a metade dos habitantes dos países-membros, tornando o país um mercado consumidor em potencial.

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Mercosul

Perspetivas para o Mercosul

•Ampliar as relações comerciais entre os países-membros através da diminuição de dependência dessas nações para com a exportação de produtos primários;

•Liberalização de serviços que, quando aprovada, garantirá o reconhecimento das formações profissionais que ocorreram em outros países do bloco, ou seja, um profissional formado no Paraguai, por exemplo, poderá exercer sua profissão em qualquer outro país do Mercosul;

•Abertura de concorrências para licitações, o que permitirá que empresas de qualquer um dos países do bloco possam trabalhar em serviços públicos. Por exemplo: uma empresa argentina poderá, caso aprovada a licitação pública, construir uma obra pública no Brasil;

•Legislação comum em diversos setores, como o fiscal, econômico, comercial e político.

•Livre circulação de pessoas;

•Implantação de uma moeda única e, consequentemente, um Banco Central para o Mercosul

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Reforma e Modernização dos estados (1995)

A CEPAL -Comissão Econômica para a América Latina

•coordenou um projeto sobre Crescimento, Emprego e Equidade na América Latina nos anos 90

•procurando sistematizar o conhecimento a esse respeito, identificar os traços comuns entre essas experiências e sugerir medidas de política

Esse projeto abrangeu cinco áreas temáticas:

1. reformas macroeconómicas e sociais, 2. processos de investimento e crescimento, 3. estrutura de progresso técnico e sistemas nacionais de inovação, 4. geração de emprego,5. distribuição de renda.

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Reforma e Modernização dos estados (1995)

Este projeto sintetiza os principais resultados dos estudos feitos para o Brasil

Um processo de reforma de políticas econômicas requer continuidade, sob pena de reversão e elevados custos sociais

Uma revisão geral dos resultados obtidos e dos aspetos que ainda demandam modificações

•o processo de reformas no Brasil dos anos 90 não seguiu necessariamente a sequência indicada na literatura sobre reformas

•ilustrando a necessidade de se contar com melhor programação dessas reformas

No que se refere aos gastos sociais

•a análise mostra um esforço intenso de mudança na lógica dos gastos sociais, com ênfase crescente na descentralização desses gastos

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Reforma e Modernização dos estados (1995)

Em relação à formação de capital

•a economia na América Latina tem passado por um processo de modernização, mas que isso não se tem refletido em ampliação da capacidade produtiva

Associadas a esse processo

•modificações de ordem administrativa e disponibilidade de recursos têm implicado mudanças na capacidade de resposta e de articulação entre o sistema nacional de inovações e o parque produtivo nacional

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A crise de 1997 e o seu impacto na América Latina

A crise 1997-1998 conhecida como crise monetária do sudeste asiático

Atingiu o continente asiático, Brasil e Rússia

Provocando efeitos devastadores

começou na Tailândia Com colapso financeiro, causado pela decisão do governo tailandês de tornar o câmbio flutuante, separando o baht do dólar

acabou por deixar o país falidoApós o agravamento da situação, a crise expandiu-se para o Sudeste Asiático e o Japão

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A crise de 1997 e o seu impacto na América Latina

uma crise regional Malásia, Filipinas, Indonésia

Hong Kong, Singapura e Coreia do Sul•na Indonésia

os devedores locais (empresas, bancos e mesmo o próprio governo) deixaram de cumprir com os seus compromissos financeiros, o que originou a falência de casas bancárias e a Intervenção Monetária Internacional.

•Em 1998

Crise Asiática vai ter um impacto na Rússia, devido à redução da oferta de crédito internacional e à queda no preço das mercadorias (agrícolas, minerais e energéticas) exportadas pela Rússia, escassez de crédito provocou os efeitos mais imediatos

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A crise de 1997 e o seu impacto na América Latina

A crise russa afetou diretamente os países emergentes

gerou uma desconfiança no cenário mundial

momento em que começa a desenhar-se a crise no Brasil

grandes investidores, que são os fundos internacionais e os grandes bancos procuraram compensar suas perdas na Rússia com a venda das ações e títulos que detém em outros países

Em 1999 com a desvalorização do real

países parceiros do Mercosul passam a ter dificuldades

grave desestabilização económica que acaba eclodindo em uma crise diplomática dentro do bloco MercoSul ameaçando, a sua continuidade

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A crise de 1997 e o seu impacto na América Latina

1 de Dezembro de 2001 a Argentina foi à bancarrota

•€91 mil milhões de dívida, ao câmbio da altura, o maior da história até à data

•e os juros vencidos não pagos aos credores ascenderam €28 mil milhões

•mais foram proibidos de reaver o que lhes pertencia com a célebre medida do corralito

•restringia os levantamentos, congelaram-se os depósitos dos poupadores e estabeleceram-se limites semanais para a retirada de fundos.

•medida foi imposta pelo governo de Fernando de la Rúa

Tudo isso culminou com a queda do governo centro de esquerda de Fernando de la Rúa.

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Desenvolvimento e responsabilidade do estado (1998)

América Latina subdesenvolvida em relação a Europa e América do Norte

•Empréstimos ao FMICortes do governo na área socialMedidas impostas pelo FMI, para o pagamento da divida e obtenção de novos empréstimos

Miséria crescente alarmante

Bolívia, por exemplo, no ano de 1997, indicadores sociais comparados aos da Somália.

foi no Brasil que o impacto foi mais dramático

•implementação rápida de um novo pacote de ajuste fiscal, extremamente consistente, entrando em vigor paralelamente à implementação de um acordo de novo tipo com o FMI e as autoridades financeiras do G-7 (grupo dos 7)

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Desenvolvimento e responsabilidade do estado (1998)

Conselho Diretor do Centro Latino Americano de Administração para o Desenvolvimento (CLAD) aprovou um documento (1998), que estabeleceu as bases da reforma gerêncial na região

destacadas as especificidades próprias da América Latina, basicamente as relativas à gravidade da crise do Estado, muito maior que a existente no mundo desenvolvido

O documento aponta a necessidade de direcionar a estratégia da reforma na região, considerando três questões essenciais

1. a consolidação da democracia, 2. a retomada do crescimento económico3. a redução da desigualdade social

Também, enuncia o objetivo central da reforma gerêncial, que é o de assegurar os mecanismos necessários para o aumento da eficácia, eficiência e efetividade da administração pública, além de criar novas condições que possibilitem uma relação mais democrática entre Estado e sociedade

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Conclusão

Com este estudo, podemos compreender de uma forma mais profunda e ampla todas as fases e alterações quer politicas quer económicas na América Latina, alterações essas que acabam por estar muito vincadas nos dias de hoje.