Exame Nacional de Filosofia 2016

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  • 7/26/2019 Exame Nacional de Filosofia 2016

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    Prova 714/1. F. | CCPgina 1/13

    EXAME FINAL NACIONAL DO ENSINO SECUNDRIO

    Prova Escrita de Filosofia

    11. Ano de Escolaridade

    Decreto-Lei n. 139/2012, de 5 de julho

    Prova 714/1. Fase

    Critrios de Classificao 13 Pginas

    2016

    VERS

    ODE

    TRAB

    ALHO

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    Prova 714/1. F. | CCPgina 2/13

    VERS

    ODE

    TRABA

    LHO

    CRITRIOS GERAIS DE CLASSIFICAO

    A classicao a atribuir a cada resposta resulta da aplicao dos critrios gerais e dos critrios especcos

    apresentados para cada item e expressa por um nmero inteiro.

    A ausncia de indicao inequvoca da verso da prova implica a classicao com zero pontos das respostas

    aos itens de escolha mltipla.

    As respostas ilegveis ou que no possam ser claramente identicadas so classicadas com

    zero pontos.

    Se for apresentada mais do que uma resposta ao mesmo item, s classicada a resposta que surgir em

    primeiro lugar.

    Nos itens integrados em grupos com percursos alternativos, se forem apresentadas respostas a itens de

    percursos diferentes, apenas ser classicada a resposta que surgir em primeiro lugar. A todas as outras

    respostas ser atribuda a classicao de zero pontos.

    Itens de seleoNos itens de escolha mltipla, a cotao do item s atribuda s respostas que apresentem de forma

    inequvoca a opo correta. Todas as outras respostas so classicadas com zero pontos.

    Nas respostas aos itens de escolha mltipla, a transcrio do texto da opo escolhida considerada

    equivalente indicao da letra correspondente.

    Itens de construo

    Nos itens de resposta restrita e de resposta extensa, os critrios de classicao apresentam-se organizados

    por nveis de desempenho. A cada nvel de desempenho corresponde uma dada pontuao. Se permanecerem

    dvidas quanto ao nvel a atribuir, deve optar-se pelo nvel mais elevado de entre os dois tidos em considerao.Qualquer resposta que no atinja o nvel 1 de desempenho classicada com zero pontos.

    Os critrios de classicao das respostas a alguns itens da prova apresentam nveis de desempenho

    intercalares no descritos. Sempre que uma resposta revele um desempenho que no se integre em nenhum

    de dois nveis descritos consecutivos, -lhe atribuda a pontuao correspondente ao nvel intercalar que os

    separa.

    As respostas que no apresentem exatamente os termos ou interpretaes constantes dos critrios especcos

    de classicao so classicadas em igualdade de circunstncias com aquelas que os apresentem, desde

    que o seu contedo seja cienticamente vlido, adequado ao solicitado e enquadrado pelos documentos

    curriculares de referncia.

    Na resposta aos itens de resposta restrita com cotao superior a 15 pontos e aos itens de resposta extensa,a classicao a atribuir traduz a avaliao do desempenho no domnio especco da disciplina e no domnio

    da comunicao escrita em lngua portuguesa, realizando-se esta ltima de acordo com os nveis a seguir

    descritos.

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    Prova 714/1. F. | CCPgina 3/13

    VERS

    ODE

    TRABA

    LHO

    Nveis Descritores

    3 Texto claro e correto nos planos da sintaxe, da pontuao e da ortograa.

    2Texto com incorrees nos planos da sintaxe, da pontuao ou da

    ortograa que no afetam a sua clareza.

    1Texto com incorrees nos planos da sintaxe, da pontuao ou da

    ortograa que afetam parcialmente a sua clareza.

    No caso de a resposta no atingir o nvel 1 de desempenho no domnio especco da disciplina, no

    classicado o desempenho no domnio da comunicao escrita em lngua portuguesa.

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    Prova 714/1. F. | CCPgina 4/13

    VERS

    ODE

    TRABA

    LHO

    CRITRIOS ESPECFICOS DE CLASSIFICAO

    GRUPO I

    Item Verso 1 Verso 2 Pontuao

    01. (D) (A) 5

    02. (A) (D) 5

    03. (B) (C) 5

    04. (A) (B) 5

    05. (D) (B) 5

    06. (B) (A) 5

    07. (A) (D) 5

    08. (B) (A) 5

    09. (C) (C) 5

    10. (B) (D) 5

    GRUPO II

    PERCURSO A Lgica aristotlica

    1. A. ................................................................................................................................................ 5 pontos

    Cenrio de resposta

    Identicao da quantidade e da qualidade da proposio:

    (quantidade) universal (e) (qualidade) armativa.

    2. A. ................................................................................................................................................ 10 pontos

    Cenrio de resposta

    A resposta integra os aspetos seguintes, ou outros equivalentes.

    Indicao dos termos maior, menor e mdio do silogismo:

    termo maior: (pessoas) vaidosas;

    termo menor: estrelas de cinema;

    termo mdio: pessoas excntricas.

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    Prova 714/1. F. | CCPgina 5/13

    VERS

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    TRABA

    LHO

    Nveis Descritores do nvel de desempenho no domnio especfco da disciplina Pontuao

    2Indica corretamente os trs termos do silogismo.

    A resposta no contm elementos incorretos.10

    1

    Apresenta os trs termos do silogismo e indica corretamente como maior, menor ou

    mdio, pelo menos, um desses trs termos.

    Apresenta contedos irrelevantes ou incorretos, mas que no contradizem os contedos

    relevantes e corretos apresentados.

    5

    3. A. ................................................................................................................................................ 15 pontos

    Cenrio de resposta

    A resposta integra os aspetos seguintes, ou outros equivalentes.

    Identicao da falcia:

    ilcita menor.

    Justicao da resposta:

    o termo bonito (coisas bonitas) est distribudo na concluso, pois o sujeito de uma universal

    (armativa);

    o termo bonito (coisas bonitas) no est distribudo na premissa em que ocorre (premissa

    menor), pois o predicado de uma (universal) armativa;

    o termo bonito (coisas bonitas), estando distribudo na concluso, deveria estar distribudo na

    premissa em que ocorre.

    Nveis Descritores do nvel de desempenho no domnio especfco da disciplina Pontuao

    3Identica corretamente a falcia.

    Justica a resposta, explicando, com clareza e preciso, o carcter falacioso do silogismo.

    A resposta no contm elementos incorretos.

    15

    2

    Identica corretamente a falcia.

    Justica a resposta, explicando, parcialmente ou com imprecises, o carcter falacioso

    do silogismo.

    Apresenta contedos irrelevantes ou incorretos, mas que no contradizem os contedos

    relevantes e corretos apresentados.

    10

    1

    Identica corretamente a falcia, mas no justica a resposta.

    Apresenta contedos irrelevantes ou incorretos, mas que no contradizem os contedos

    relevantes e corretos apresentados.

    OU

    No identica a falcia, ou identica-a incorretamente.

    Refere corretamente aspetos da distribuio dos termos.

    Apresenta contedos irrelevantes ou incorretos, mas que no contradizem os contedosrelevantes e corretos apresentados.

    5

    PERCURSO B Lgica proposicional

    1. B. ................................................................................................................................................ 5 pontos

    Cenrio de resposta

    Identicao da conectiva:

    conjuno.

    Nota Caso a resposta seja e ou /, a classicao a atribuir deve ser 5 pontos.

  • 7/26/2019 Exame Nacional de Filosofia 2016

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    Prova 714/1. F. | CCPgina 6/13

    VERS

    ODE

    TRABA

    LHO

    2. B. ................................................................................................................................................ 10 pontos

    Cenrio de resposta

    A resposta integra os aspetos seguintes, ou outros equivalentes.

    Formalizao da proposio:

    P Q R"0^ h

    Nveis Descritores do nvel de desempenho no domnio especfco da disciplina Pontuao

    2Formaliza corretamente a proposio.

    A resposta no contm elementos incorretos.10

    1Formaliza a proposio de modo incompleto, no usando o parntesis.

    Apresenta contedos irrelevantes ou incorretos, mas que no contradizem os contedos

    relevantes e corretos apresentados.

    5

    3. B. ................................................................................................................................................ 15 pontos

    Cenrio de resposta

    A resposta integra os aspetos seguintes, ou outros equivalentes.

    Apresentao da tabela de verdade que mostra que a forma argumentativa invlida:

    A B A B0 A B

    V V V V F

    V F V V V

    F V V F F

    F F F F V

    Interpretao da tabela:

    na linha da tabela assinalada (a sombreado), as premissas so todas verdadeiras e a concluso

    falsa;

    uma forma argumentativa invlida quando existe a possibilidade de as premissas serem todas

    verdadeiras e a concluso ser falsa.

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    Prova 714/1. F. | CCPgina 7/13

    VERS

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    TRABA

    LHO

    Nveis Descritores do nvel de desempenho no domnio especfco da disciplina Pontuao

    3Apresenta corretamente a tabela de verdade.

    Interpreta, com clareza e preciso, a tabela de verdade.

    A resposta no contm elementos incorretos.

    15

    2

    Apresenta corretamente a tabela de verdade.

    Identica a linha que mostra que a forma argumentativa invlida, mas no interpreta a

    tabela, ou interpreta-a incompletamente ou com imprecises.Apresenta contedos irrelevantes ou incorretos, mas que no contradizem os contedos

    relevantes e corretos apresentados.

    10

    1

    Apresenta corretamente a tabela de verdade, mas no identica a linha que mostra que

    a forma argumentativa invlida, nem interpreta a tabela, ou interpreta-a incorretamente.

    OU

    Apresenta a tabela de verdade com alguns erros (por exemplo, atribuindo ou calculando

    incorretamente alguns dos valores de verdade) e interpreta corretamente a tabela de

    verdade, de acordo com os erros cometidos.

    Apresenta contedos irrelevantes ou incorretos, mas que no contradizem os contedos

    relevantes e corretos apresentados.

    5

    GRUPO III

    1...................................................................................................................................................... 5 pontos

    Cenrio de resposta

    Identicao da posio acerca do livre-arbtrio apoiada pelo texto:

    libertismo (OU temos livre-arbtrio, e as nossas aes no esto determinadas).

    Nota Caso a resposta seja apenas Temos livre-arbtrio, a classicao a atribuir deve ser 5 pontos.

    2...................................................................................................................................................... 20 pontos

    Cenrio de resposta

    A resposta integra os aspetos seguintes, ou outros igualmente relevantes.

    Explicao, de acordo com Kant, da razo pela qual vontade livre e vontade submetida a leis morais so

    uma e a mesma coisa:

    uma vontade livre uma vontade autnoma, e a autonomia consiste em no se deixar determinar por

    algo exterior a si, como os costumes, as leis (dos Estados), as religies ou as inclinaes naturais

    (instintos, emoes, desejos ou interesses pessoais);

    a vontade de um ser racional s livre ou autnoma se o princpio que a determina for, ele prprio,

    racional, ou seja, se esse princpio for a lei moral;

    a liberdade da vontade consiste na submisso a leis morais que ns prprios, enquanto seres racionais,

    estabelecemos.

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    Prova 714/1. F. | CCPgina 8/13

    VERS

    ODE

    TRABA

    LHO

    Nveis

    Nveis de desempenho no domnio da comunicao

    escrita em lngua portuguesa

    Descritores do nvel de

    desempenho no domnio especco da disciplina

    1 2 3

    5

    Explica, com clareza e preciso, por que razo, de acordo com Kant, vontade livre e

    vontade submetida a leis morais so uma e a mesma coisa.

    Mostra compreenso da informao do texto.

    Estrutura adequadamente os contedos relevantes.

    18 19 20

    4

    Explica, com algumas imprecises, por que razo, de acordo com Kant, vontade livre e

    vontade submetida a leis morais so uma e a mesma coisa.

    Mostra compreenso da informao do texto.

    Apresenta a resposta com falhas na seleo ou na estruturao dos contedos relevantes.

    14 15 16

    3

    Explica, parcialmente ou com imprecises, por que razo, de acordo com Kant, vontade

    livre e vontade submetida a leis morais so uma e a mesma coisa.

    Mostra compreenso da informao do texto.

    Apresenta a resposta com falhas na seleo e na estruturao dos contedos relevantes.

    10 11 12

    2

    Apresenta, com imprecises, aspetos da tica deontolgica de Kant relevantes para a

    compreenso da razo pela qual vontade livre e vontade submetida a leis morais souma e a mesma coisa.

    Mostra alguma compreenso da informao do texto.

    Apresenta contedos irrelevantes ou incorretos, mas que no contradizem os contedos

    relevantes e corretos apresentados.

    6 7 8

    1

    Refere corretamente aspetos da tica deontolgica de Kant, mas os aspetos referidos so

    irrelevantes para a compreenso da razo pela qual vontade livre e vontade submetida a

    leis morais so uma e a mesma coisa.

    No mostra compreenso da informao do texto.

    Apresenta contedos irrelevantes e incorretos, mas que no contradizem os contedos

    relevantes e corretos apresentados.

    2 3 4

    Nota A resposta que consista na mera transcrio de excertos do texto no pode ser enquadrada no nvel 1 dedesempenho.

  • 7/26/2019 Exame Nacional de Filosofia 2016

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    Prova 714/1. F. | CCPgina 9/13

    VERS

    ODE

    TRABA

    LHO

    3...................................................................................................................................................... 20 pontos

    Cenrio de resposta

    A resposta integra os aspetos seguintes, ou outros igualmente relevantes.

    Apresentao da resposta:

    de acordo com a tica utilitarista de Mill, quando calculamos as consequncias dos nossos atos, no

    temos a obrigao de dar prioridade aos nossos familiares, amigos e vizinhos mais prximos (mais

    do que isso: temos a obrigao de no dar prioridade aos nossos familiares, amigos e vizinhos mais

    prximos).

    Justicao da resposta:

    o clculo das consequncias dos nossos atos subordina-se ao princpio de utilidade, que ordena a

    maximizao da felicidade, ou seja, que obriga a agir de modo a obter o maior saldo total de felicidade;

    no clculo da felicidade, que deve ser imparcial, a felicidade de cada um dos envolvidos conta o mesmo

    (OU como apenas importa o saldo global de felicidade decorrente da ao, no relevante se a

    felicidade de uma pessoa que nos prxima ou a de qualquer outra pessoa afetada pela nossa ao

    que (mais) contribui para esse saldo).

    Nveis

    Nveis de desempenho no domnio da comunicao

    escrita em lngua portuguesa

    Descritores do nvel de

    desempenho no domnio especco da disciplina

    1 2 3

    5Responde corretamente (no temos essa obrigao).

    Justica, com clareza e preciso, que no tenhamos a obrigao indicada.

    Estrutura adequadamente os contedos relevantes.

    18 19 20

    4Responde corretamente (no temos essa obrigao ).

    Justica, com algumas imprecises, que no tenhamos a obrigao indicada.

    Apresenta a resposta com falhas na seleo ou na estruturao dos contedos relevantes.

    14 15 16

    3Responde corretamente (no temos essa obrigao).

    Justifica, parcialmente ou com imprecises, que no tenhamos a obrigao indicada.

    Apresenta a resposta com falhas na seleo e na estruturao dos contedos relevantes.

    10 11 12

    2

    Responde incorretamente (temos essa obrigao), ou no responde.

    Apresenta, com imprecises, aspetos da tica utilitarista de Mill relevantes para a

    compreenso da razo de no termos a obrigao indicada.

    Apresenta contedos irrelevantes ou incorretos, mas que no contradizem os contedos

    relevantes e corretos apresentados.

    6 7 8

    1

    Responde incorretamente (temos essa obrigao), ou no responde.

    Refere corretamente aspetos da tica utilitarista de Mill, mas os aspetos referidos so

    irrelevantes para a compreenso da razo de no termos a obrigao indicada.

    Apresenta contedos irrelevantes e incorretos, mas que no contradizem os contedos

    relevantes e corretos apresentados.

    OU

    Apenas responde corretamente (no temos essa obrigao).

    2 3 4

    Nota Caso a resposta seja apenas No, a classicao a atribuir deve ser 2 pontos.

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    Prova 714/1. F. | CCPgina 10/13

    VERS

    ODE

    TRABA

    LHO

    GRUPO IV

    1...................................................................................................................................................... 20 pontos

    Cenrio de resposta

    A resposta integra os aspetos seguintes, ou outros igualmente relevantes.

    Exposio, a partir do texto, das razes que justicam a deciso de Descartes de rejeitar comoabsolutamente falso tudo aquilo em que pudesse imaginar a menor dvida:

    no que respeita s questes prticas da vida no tocante aos costumes , Descartes defende ser

    necessrio aceitar como certo o que duvidoso, pois a dvida apenas conduziria indeciso; porm, no

    que respeita procura da verdade, justica-se rejeitar (completamente) o que oferea a menor dvida;

    Descartes pretende agora descobrir verdades que sirvam de fundamento ao edifcio do conhecimento;

    para poderem fundar o conhecimento, essas verdades, ou primeiros princpios (ou fundamentos), tm de

    ser indubitveis (absolutamente certas).

    Nveis

    Nveis de desempenho no domnio da comunicao

    escrita em lngua portuguesa

    Descritores do nvel dedesempenho no domnio especco da disciplina

    1 2 3

    5

    Expe, com clareza e preciso, as razes que justicam a deciso de rejeitar tudo aquilo

    em que pudesse imaginar a menor dvida.

    Integra adequadamente a informao do texto.

    Estrutura adequadamente os contedos relevantes.

    18 19 20

    4

    Expe, com algumas imprecises, as razes que justicam a deciso de rejeitar tudo

    aquilo em que pudesse imaginar a menor dvida.

    Integra adequadamente a informao do texto.

    Apresenta a resposta com falhas na seleo ou na estruturao dos contedos relevantes.

    14 15 16

    3Expe, parcialmente ou com imprecises, as razes que justificam a deciso de rejeitartudo aquilo em que pudesse imaginar a menor dvida.

    Mostra compreenso da informao do texto.

    Apresenta a resposta com falhas na seleo e na estruturao dos contedos relevantes.

    10 11 12

    2

    Apresenta, com imprecises, aspetos da dvida cartesiana relevantes para a compreenso

    das razes que justicam a deciso de rejeitar tudo aquilo em que pudesse imaginar a

    menor dvida.

    Mostra alguma compreenso da informao do texto.

    Apresenta contedos irrelevantes ou incorretos, mas que no contradizem os contedos

    relevantes e corretos apresentados.

    6 7 8

    1

    Refere corretamente aspetos da dvida cartesiana, mas os aspetos referidos so

    irrelevantes para a compreenso das razes que justicam a deciso de rejeitar tudo

    aquilo em que pudesse imaginar a menor dvida.No mostra compreenso da informao do texto.

    Apresenta contedos irrelevantes e incorretos, mas que no contradizem os contedos

    relevantes e corretos apresentados.

    2 3 4

    Nota A resposta que consista na mera transcrio de excertos do texto no pode ser enquadrada no nvel 1 de

    desempenho.

  • 7/26/2019 Exame Nacional de Filosofia 2016

    11/13

    Prova 714/1. F. | CCPgina 11/13

    VERS

    ODE

    TRABA

    LHO

    2...................................................................................................................................................... 25 pontos

    Cenrio de resposta

    A resposta integra os aspetos seguintes, ou outros igualmente relevantes.

    Justicao das armaes apresentadas:

    tanto Descartes como Popper consideram que a maneira mais adequada de procurar a verdade e o

    conhecimento comear por pr em causa as nossas crenas ou opinies:

    Descartes recomenda o mtodo da dvida para procurar a verdade; esse mtodo consiste emsubmeter as nossas crenas ou opinies aos mais fortes argumentos cticos (como o caso dos

    argumentos do sonho e do gnio maligno);

    Popper recomenda o mtodo crtico para procurar a verdade; esse mtodo consiste em submeter as

    teorias cientficas a testes empricos severos, ou seja, testes concebidos para falsificar ou encontrar

    falhas nas teorias;

    Descartes e Popper divergem quanto aos resultados alcanados, pois Descartes admite encontrar

    verdades denitivas, ao passo que Popper defende que as teorias cientcas (empricas) so apenas

    aproximaes verdade, que podero vir a ser revistas:

    Descartes defende que as crenas que resistirem dvida metdica so verdades indubitveis

    (inabalveis); consequentemente, da aplicao do seu mtodo resultam verdades definitivas (estas

    verdades so a priori); Popper defende que as teorias (falsificveis) que resistem aos testes (as teorias no falsificadas)

    esto mais prximas da verdade do que aquelas que no resistiram (que foram falsificadas); essas

    teorias so as mais corroboradas e, provisoriamente, so as melhores teorias disponveis; por

    isso, no havendo garantias da sua verdade, tero de continuar a ser testadas (essas teorias so

    empricas e falsificveis).

    Nveis

    Nveis de desempenho no domnio da comunicao

    escrita em lngua portuguesa

    Descritores do nvel de

    desempenho no domnio especco da disciplina

    1 2 3

    5

    Justica, com clareza e preciso, as armaes apresentadas.

    Estrutura adequadamente os contedos relevantes. 23 24 25

    4Justica, com algumas imprecises, as armaes apresentadas.

    Apresenta a resposta com falhas na seleo ou na estruturao dos contedos relevantes.18 19 20

    3Justica, parcialmente ou com imprecises, as armaes apresentadas.

    Apresenta a resposta com falhas na seleo e na estruturao dos contedos relevantes.13 14 15

    2

    Apresenta, com imprecises, apenas aspetos da posio de Descartes quanto ao mtodo

    de procura da verdade e aos resultados da sua aplicao, ou apenas aspetos da posio

    de Popper quanto ao mtodo de procura da verdade e aos resultados da sua aplicao.

    Apresenta contedos irrelevantes ou incorretos, mas que no contradizem os contedos

    relevantes e corretos apresentados.

    OU

    Apresenta, com imprecises, apenas aspetos das posies de Descartes e de Popper

    quanto ao mtodo de procura da verdade, ou apenas aspetos das posies de Descartes

    e de Popper quanto aos resultados da aplicao do mtodo de procura da verdade.

    Apresenta contedos irrelevantes ou incorretos, mas que no contradizem os contedos

    relevantes e corretos apresentados.

    8 9 10

    1

    Refere corretamente apenas um aspeto da posio de Descartes (quanto ao mtodo de

    procura da verdade ou quanto aos resultados da aplicao desse mtodo), ou apenas um

    aspeto da posio de Popper (quanto ao mtodo de procura da verdade ou quanto aos

    resultados da aplicao desse mtodo).

    Apresenta contedos irrelevantes e incorretos, mas que no contradizem os contedos

    relevantes e corretos apresentados.

    3 4 5

    Nota A resposta que consista na mera transcrio de excertos do texto do item anterior no pode ser enquadrada nonvel 1 de desempenho.

  • 7/26/2019 Exame Nacional de Filosofia 2016

    12/13

    Prova 714/1. F. | CCPgina 12/13

    VERS

    ODE

    TRABA

    LHO

    GRUPO V

    V. .................................................................................................................................................... 30 pontos

    Cenrio de resposta

    A resposta integra os aspetos seguintes, ou outros igualmente relevantes.

    Nota Os aspetos constantes do cenrio de resposta apresentado so apenas ilustrativos, no esgotando o espectrode respostas possveis.

    Apresentao inequvoca da posio defendida.

    Justicao da posio defendida:

    no caso de o examinando considerar que, para uma sociedade ser justa, basta que todos tenham

    liberdades iguais:

    (sim, ter as mesmas liberdades suciente para uma organizao justa da sociedade;)

    as posies sociais de cada um so justas quando resultam de processos que so, eles prprios,

    justos (quando resultam do esforo ou da aplicao de capacidades e de talentos individuais, de

    negcios bem-sucedidos baseados num acordo livre e informado entre as partes envolvidas, ou

    de heranas legtimas), ainda que se veriquem desigualdades na distribuio da riqueza ou nas

    oportunidades disponveis;

    seria injusto forar as pessoas a abdicarem dos bens que adquiriram por processos justos com a

    nalidade de beneciar os mais desfavorecidos (as pessoas com menores recursos econmicos);

    apesar de, em muitos casos, a pobreza (a escassez de recursos econmicos) ou a falta de

    oportunidades no dependerem de escolhas individuais nem da falta de mrito pessoal, no justo

    violar a autonomia de uns, interferindo ilegitimamente na sua vida pessoal, com o objetivo de beneciar

    outros, ainda que mais carenciados (no justo instrumentalizar uns para favorecer outros);

    no caso de o examinando considerar que, para uma sociedade ser justa, no basta que todos tenham

    liberdades iguais:

    (no, ter liberdades iguais fundamental para uma organizao justa da sociedade, mas no

    suciente;)

    o facto de todos terem, partida, as liberdades necessrias para alcanar funes e carreiras abertas

    a todos no implica que, efetivamente, todos tenham iguais oportunidades de as alcanarem;

    as expectativas das pessoas que tm as mesmas capacidades e aspiraes devem ser idnticas,independentemente da classe social a que pertencem, e isso exige que todos tenham oportunidades

    iguais;

    assim, a igualdade de oportunidades de educao, por exemplo, fundamental para que os

    conhecimentos e as qualicaes no dependam da classe social e contribui para que pessoas com

    as mesmas capacidades e aspiraes tenham expetactivas idnticas;

    OU

    (no, ter liberdades iguais fundamental para uma organizao justa da sociedade, mas no

    suciente;)

    nem a situao social de origem nem os talentos e capacidades naturais (inteligncia, criatividade,

    agilidade, fora) resultam de uma escolha pessoal;

    ao longo da vida, a situao social de origem e os talentos e capacidades naturais continuam ainuenciar o rendimento e a situao social das pessoas, ainda que todas tenham liberdades iguais;

    assim, so necessrios mecanismos de redistribuio da riqueza, de modo a assegurar que as

    pessoas mais desfavorecidas so beneciadas e compensadas pelos efeitos negativos da lotaria

    natural e social nas suas perspetivas de vida.

  • 7/26/2019 Exame Nacional de Filosofia 2016

    13/13

    Prova 714/1. F. | CCPgina 13/13

    VERS

    ODE

    TRABA

    LHO

    Nveis

    Nveis de desempenho no domnio da comunicao

    escrita em lngua portuguesa

    Descritores do nvel de

    desempenho no domnio especco da disciplina

    1 2 3

    5

    Responde questo, apresentando inequivocamente uma posio.

    Justica adequadamente a posio defendida, articulando, com clareza e correo,

    razes que apoiam a posio defendida ou objees posio contrria.

    Estrutura adequadamente os contedos relevantes.

    27 29 30

    4 NVEL INTERCALAR 21 23 24

    3

    Responde questo, apresentando uma posio.

    Justica a posio defendida, referindo, de forma globalmente correta, razes que apoiam

    a posio defendida ou objees posio contrria.

    Apresenta a resposta com falhas na seleo e na estruturao dos contedos relevantes.

    15 17 18

    2 NVEL INTERCALAR 9 11 12

    1

    Responde questo, apresentando uma posio.

    Justica de modo incipiente a posio defendida, referindo, com imprecises, uma razo

    que apoia a posio defendida ou uma objeo posio contrria.Apresenta contedos irrelevantes e incorretos, mas que no contradizem os contedos

    relevantes e corretos apresentados.

    OU

    No responde questo, ou responde questo, mas justica-a inadequadamente.

    Refere corretamente aspetos do problema da justia distributiva, ou aspetos da teoria da

    justia de Rawls, ou aspetos de crticas teoria da justia de Rawls.

    Apresenta contedos irrelevantes e incorretos, mas que no contradizem os contedos

    corretos e relevantes apresentados.

    3 5 6

    COTAES

    GrupoItem

    Cotao (em pontos)

    I1.a 10.

    10 5 pontos 50

    II

    (A ouB)

    1. 2. 3.

    5 10 15 30

    III1. 2. 3.

    5 20 20 45

    IV1. 2.

    20 25 45

    V Item nico30

    TOTAL 200