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Exame: Língua Portuguesa II Nº Questões: 58 Duração: 120 minutos Alternativas por questão: 4 ou 5 Ano: 2010 INSTRUÇÕES 1. Preencha as suas respostas na FOLHA DE RESPOSTAS que lhe foi fornecida no início desta prova. Não será aceite qualquer outra folha adicional, incluindo este enunciado. 2. Na FOLHA DE RESPOSTAS, assinale a letra que corresponde à alternativa escolhida pintando completamente o interior do rectângulo por cima da letra. Por exemplo, pinte assim , se a resposta escolhida for A 3. A máquina de leitura óptica anula todas as questões com mais de uma resposta e/ou com borrões. Para evitar isto, preencha primeiro à lápis HB, e só depois, quando tiver certeza das respostas, à esferográfica. É possível educar sem gritar Gritar com frequência e por qualquer motivo não ajuda a impor a autoridade nem a fazer valer o seu critério. Pelo contrário, a autoridade tem de ser aplicada com competência e equilíbrio. Por ser uma palavra mal entendida, uma vez que se confunde com autoritarismo, pode levar os progenitores a pensar que é preciso castigar muito para educar bem os descendentes. Na verdade, a autoridade conquista-se quando somos coerentes perante os nossos filhos. Assim, um pai incoerente perde a autoridade. Apesar de não haver receitas que resultem para todos os casos, o caminho mais construtivo assenta em quatro pilares: respeito, afecto, diálogo e autoridade. Aliás, é precisamente o respeito que define a conduta e a comunicação verbal e não-verbal na família; logo, para ensinarmos os nossos filhos a respeitar, temos de mostrar-lhes que também respeitamos os outros. Numa família em que existe respeito é, igualmente, mais fácil estabelecer uma comunicação positiva. Outro argumento que reforça a ideia de que não se deve gritar nem ameaçar reside no facto de este comportamento dos pais poder reforçar as condutas inadequadas dos filhos, o que acaba por adiar uma mudança a este nível. Uma situação que assume contornos mais graves se as crianças generalizarem esta forma de estar na escola ou noutras instituições que frequentem. Outro problema associado à “escalada negociar-ameaçar-gritar” é o facto de as crianças aprenderem muito bem estas mesmas estratégias e depois as utilizarem contra os progenitores. O facto é que os miúdos começam a saber o que é manipular os outros e como se faz e passam até a “jogar” melhor este jogo do que os pais. O acto de gritar pode ainda implicar alguma confusão na forma como se interiorizam as regras de comportamento. Isto é, algumas crianças que são educadas desta forma sentem-se obrigadas a cumprir o que lhes foi transmitido apenas por medo e não porque tenham entendido a obrigação de adoptarem um comportamento adequado. À primeira vista não parece uma consequência má mas estas crianças correm perigos quando se vêem sozinhas, sem o balizamento habitual dos pais. Pode-se pegar como exemplo os adolescentes e jovens que vão estudar para uma outra cidade ou país; estes acabam por ter dificuldades em concluir o curso porque deixaram de cumprir os limites que até então se viam obrigados a respeitar pela proximidade dos pais. Adaptado do Texto de Carla Mateus, In Crescer em família. XVI nº. 181 1. Com o texto, a autora tem como objectivo: A. abordar os perigos dos critérios autoritários B. enumerar as possíveis consequências da falta de educação dos filhos C. alertar os pais para o uso de critérios adequados para impor autoridade nos filhos D. aconselhar os filhos para a boa educação E. dar uma receita cabal sobre a educação dos filhos 2. A autora aconselha os pais: A. a enveredarem pelo autoritarismo competente e equilibrado B. a serem competentes e equilibrados no exercício da autoridade C. a usarem a “escala negociar-ameaçar-gritar” para o exercício da autoridade D. a gritar com os filhos sempre que necessário E. a educarem os filhos para o autoritarismo 3. PASSE PARA A PERGUNTA SEGUINTE!!! 4. No segundo parágrafo a autora refere que: A. é preciso castigar muito os filhos para conquistar a autoridade B. só a coerência perante os filhos é que conquista a autoridade C. um pai coerente na abordagem com os filhos perde autoridade D. um pouco de castigo na educação dos filhos não faz mal E. onde há autoridade há também autoritarismo 5. No terceiro parágrafo a autora sugere que: A. o respeito, o afecto, o diálogo e a autoridade nem sempre constituem o caminho mais construtivo na educação dos filhos B. às vezes o respeito leva ao estabelecimento de caminhos negativos porque nem sempre os filhos podem falar C. é fácil ensinar os filhos a respeitar porque há receitas para todos os casos D. na educação dos filhos não há receitas que resultem para todos os casos

Exame Portugues II 2010

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Page 1: Exame Portugues II 2010

Exame: Língua Portuguesa II Nº Questões: 58

Duração: 120 minutos Alternativas por questão: 4 ou 5

Ano: 2010

INSTRUÇÕES

1. 1. Preencha as suas respostas na FOLHA DE RESPOSTAS que lhe foi fornecida no início desta prova. Não será aceite qualquer outra folha adicional, incluindo este enunciado.

2. 2. Na FOLHA DE RESPOSTAS, assinale a letra que corresponde à alternativa escolhida pintando completamente o interior do

rectângulo por cima da letra. Por exemplo, pinte assim , se a resposta escolhida for A 3. 3. A máquina de leitura óptica anula todas as questões com mais de uma resposta e/ou com borrões. Para evitar isto, preencha

primeiro à lápis HB, e só depois, quando tiver certeza das respostas, à esferográfica. É possível educar sem gritar

Gritar com frequência e por qualquer motivo não ajuda a impor a autoridade nem a fazer valer o seu critério. Pelo contrário, a autoridade tem de ser aplicada com competência e equilíbrio. Por ser uma palavra mal entendida, uma vez que se

confunde com autoritarismo, pode levar os progenitores a pensar que é preciso castigar muito para educar bem os descendentes. Na verdade, a autoridade conquista-se quando somos coerentes perante os nossos filhos. Assim, um pai incoerente perde a autoridade.

Apesar de não haver receitas que resultem para todos os casos, o caminho mais construtivo assenta em quatro pilares: respeito, afecto, diálogo e autoridade. Aliás, é precisamente o respeito que define a conduta e a comunicação verbal e não-verbal na família; logo, para ensinarmos os nossos filhos a respeitar, temos de mostrar-lhes que também respeitamos os outros. Numa família em que existe respeito é, igualmente, mais fácil estabelecer uma comunicação positiva.

Outro argumento que reforça a ideia de que não se deve gritar nem ameaçar reside no facto de este comportamento dos pais poder reforçar as condutas inadequadas dos filhos, o que acaba por adiar uma mudança a este nível. Uma situação que assume contornos mais graves se as crianças generalizarem esta forma de estar na escola ou noutras instituições que frequentem.

Outro problema associado à “escalada negociar-ameaçar-gritar” é o facto de as crianças aprenderem muito bem estas mesmas estratégias e depois as utilizarem contra os progenitores. O facto é que os miúdos começam a saber o que é manipular os outros e como se faz e passam até a “jogar” melhor este jogo do que os pais.

O acto de gritar pode ainda implicar alguma confusão na forma como se interiorizam as regras de comportamento. Isto é, algumas crianças que são educadas desta forma sentem-se obrigadas a cumprir o que lhes foi transmitido apenas por medo e não porque tenham entendido a obrigação de adoptarem um comportamento adequado. À primeira vista não parece uma consequência má mas estas crianças correm perigos quando se vêem sozinhas, sem o balizamento habitual dos pais. Pode-se pegar como exemplo os adolescentes e jovens que vão estudar para uma outra cidade ou país; estes acabam por ter dificuldades em concluir o curso porque deixaram de cumprir os limites que até então se viam obrigados a respeitar pela proximidade dos pais.

Adaptado do Texto de Carla Mateus, In Crescer em família. XVI nº. 181

1. Com o texto, a autora tem como objectivo: A. abordar os perigos dos critérios autoritários B. enumerar as possíveis consequências da falta de educação dos filhos C. alertar os pais para o uso de critérios adequados para impor autoridade nos filhos D. aconselhar os filhos para a boa educação E. dar uma receita cabal sobre a educação dos filhos

2. A autora aconselha os pais:

A. a enveredarem pelo autoritarismo competente e equilibrado B. a serem competentes e equilibrados no exercício da autoridade C. a usarem a “escala negociar-ameaçar-gritar” para o exercício da autoridade D. a gritar com os filhos sempre que necessário E. a educarem os filhos para o autoritarismo

3. PASSE PARA A PERGUNTA SEGUINTE!!!

4. No segundo parágrafo a autora refere que:

A. é preciso castigar muito os filhos para conquistar a autoridade B. só a coerência perante os filhos é que conquista a autoridade C. um pai coerente na abordagem com os filhos perde autoridade D. um pouco de castigo na educação dos filhos não faz mal E. onde há autoridade há também autoritarismo

5. No terceiro parágrafo a autora sugere que: A. o respeito, o afecto, o diálogo e a autoridade nem sempre constituem o caminho mais construtivo na educação dos filhos B. às vezes o respeito leva ao estabelecimento de caminhos negativos porque nem sempre os filhos podem falar C. é fácil ensinar os filhos a respeitar porque há receitas para todos os casos D. na educação dos filhos não há receitas que resultem para todos os casos

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E. a família que exerça autoridade perante os filhos pode dificultar a comunicação positiva no seu seio

6. O trecho sublinhado no quarto parágrafo indica: A. que os filhos podem reforçar as condutas adequadas com o andar do tempo B. que a acção dos pais pode concorrer cada vez mais para uma adopção inconsciente de condutas inadequadas C. que a mudança do comportamento depende dos filhos D. que a mudança do comportamento dos filhos nunca se verificará E. que é só uma questão de tempo tudo se resolverá

7. No quinto parágrafo, com a “escala negociar-ameaçar-gritar”, a autora mostra: A. que não há problema nenhum com o seu uso B. que apesar de a escala ser perigosa não há outra alternativa C. que os filhos conseguem contornar a escala sem problemas D. que é uma das melhores receitas para deixar os filhos mais espertos E. o perigo que a escala representa para os próprios pais

8. No sexto parágrafo, a autora mostra:

A. que apesar de tudo há que gritar para os filhos interiorizarem as regras de comportamento B. gritar ajuda os filhos a compreenderem as regras de comportamento C. que é preciso ensinar os filhos gritando porque isso ajuda nas intervenções na escola D. que educar com recurso ao grito pode confundir os filhos na interiorização das regras de comportamento E. que ela mesmo grita para os seus filhos como forma de os preparar para uma vida longe dos pais

9. Passe o verbo sublinhado para o imperfeito: “O acto de gritar pode ainda implicar alguma confusão”

A. poderia B. pudera C. podia D. poderá E. podendo

10. Que espaço deve ser preenchido com “z” A. análi ___ e B. Eva___ ivo C. E__ altar D. Fri__ ar E. Gui__ado

11. Abudo enterrou o chapéu e ________________ daí ficou mais conversador. Que palavra deve preencher adequadamente o espaço?

A. á partir B. apartir C. a partir D. à partir

12. O grau absoluto analítico de acre é: A. Acérrimo B. Acríssimo C. Mais acre que D. Bastante acre E. Acrérrimo

13. A _______________ que foi oferecida ao infantário não ______________ bem. A. rádio __________ agia B. telefonia __________ funcionava C. caixa __________ anda D. televisão __________ tocava

14. A palavra “irreversível” é uma palavra: A. Primitiva B. Derivada por prefixação C. Derivada por Sufixação

D. Composta por aglutinação E. Parassintética

15. O plural da palavra navio-escola é: A. Navios-escola B. Navio-escolas C. Navios-escolas D. Navio-escola

16. PASSE PARA A PERGUNTA SEGUINTE!!!

17. Selecciona a frase correctamente pontuada: A. O Ivanilson escrevia, compunha música, cultivava flores e raramente ia à cidade. B. O Ivanilson escrevia, compunha música, cultivava flores e raramente, ia à cidade. C. O Ivanilson escrevia compunha música cultivava flores e raramente ia à cidade D. O Ivanilson escrevia, compunha música, cultivava flores, e raramente, ia à cidade. E. O Ivanilson, escrevia compunha música, cultivava flores e raramente ia à cidade.

18. No trecho “Vê, sr. Tomé! Não via nada, não queria ver coisa nenhuma!” a expressão sublinhada está no discurso:

A. Directo B. Indirecto C. Livre D. Directo e inditecto E. Indirecto livre

19. Num texto narrativo, o narrador quanto a presença pode ser:

A. Autodiegético, homodiegético e diegético; B. Participante e não participante; C. Homodiegético, autodiegético e heterodiegético; D. Homodiegético, participante e não participante; E. Participante, não participante e homodiegético.

20. Assinale a palavra correctamente escrita. A. Iliminar B. Previlégio C. Destinção D. Expanção E. Perspicácia

21. Indique o par de formas verbais que se adequa para preencher as lacunas na frase seguinte: “Pela primeira vez em África, três países querem ________ uma moeda única para _________ produtos e bens.”

A. introduzir … transaccionar B. introduzirem … transaccionarem C. introduzirem … transaccionar D. introduzir … transaccionarem E. introduz … transacciona

22. A palavra vez, na frase da Questão 22, é um(a):

A. advérbio de modo B. substantivo C. Adjectivo D. preposição E. advérbio de lugar

23. Selecciona o plural mal flexionado: A. corrimões B. Anãos C. Refrães D. Verãos E. Móbeis

24. PASSE PARA A PERGUNTA SEGUINTE!!!

25. Seleccione a opção que se ajusta a frase: Habitualmente, os meus tios_______ visitar-nos.

A. Vem B. Vêm C. Vêem D. Viem E. Veiem

26. Seleccione a opção correcta: A. Enxada, serrocte B. Enchada, serrote C. Enxada, cerrote D. Enxada, serrote E. Enxada, cerrocte

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27. Qual a sequência adequada para se ter um texto coeso, a partir dos trechos seguintes: I. Normalmente a pessoa histérica conquista seus objectivos através de um comportamento afectado, exagerado,

exuberante e por uma representação que varia de acordo com as expectativas da plateia. II. O histrionismo é um comportamento caracterizado por colorido dramático e com notável tendência em buscar atenção

contínua. III. No histérico, o traço prevalente é o “histrionismo”, palavra que significa teatralidade. IV. Mas a natureza do histérico não é só movimento e acção; quando ele percebe que ficar calado, recluso, isolado no

quarto ou com ares de “não querer incomodar ninguém” é a atitude de maior impacto para a situação, acaba conseguindo seu objectivo comportando-se dessa forma.

A. III, II, I, IV B. II, III, IV, I C. IV, I, II,III D. I, II, III, IV E. II, I, IV, III

28. Escolha a alternativa correcta:

A. Ele tinha visto a bíblia na primeira instante. B. Ele tinha visto a bíblia no primeiro estante. C. Há uma estante junto à escada. D. Há um instante junto à escada

29. Em “ Os computadores são capazes de fazer toda uma série de coisas ( ... ) porque são mais rápidos ...” a oração sublinhada é:

A. coordenada conclusiva B. subordinada causal C. coordenada explicativa D. subordinada final

30. Qual das frases tem a(s) palavra(s) com o(s) acento(s) gráfico(s) correcto(s)?

A. Cuidado, tia, não caía. – E caia mesmo, se não me tivesse segurado! B. Pôr mais que me esforce, não consigo por o trabalho em dia. C. As aulas acabam às cinco da tarde. D. Ve ai no mapa quantos quilómetros faltam para a fronteira. E. Sem dúvidas que contribuíste para o éxito do espectáculo.

31. Qual das palavras está correctamente escrita? A. Encinar B. Pesquizar C. Texte D. Empreza E. Analisar

32. Na frase “O abuso do álcool é um forte agravante da violência doméstica física.”

A palavra agravante é antónimo de: A. Pacificante B. Atenuante C. Fortificante D. Acalmante E. Estimulante

33. __________ sua importância na História, Achivanjila é recordada anualmente em Majune. Que palavra deve preencher adequadamente o espaço?

A. Devido a B. Devido há C. Devido à D. devido há

34. Que palavra deve preencher adequadamente o espaço? “Este ano, por mais que eu _____________ não posso sair de férias. “

A. quisesse B. quero C. queria D. queira

35. A escola sempre exortou aos alunos ________ fossem correctos ______ cumpridores. A. que ..... e B. para que ..... mas C. Com que ..... e D. para que ...... e

36. Todos nós temos consciência de que a violência infantil é prejudicial ________________ saúde. A. na B. a C. à D. pela

37. Era evidente que o filho tinha jeito para as línguas, ___________ os pais obrigaram-no a seguir engenharia. A. então B. e C. contudo D. por isso

38. Seleccione a frase gramaticalmente correcta:

A. Muitos se identificam o património natural do país. B. Muitos não identificam-se com o património natural do país. C. Não me parece que muitos estejam preocupados com o património natural do país. D. Não me parece que muitos estão preocupados com o património natural do país.

39. Seleccione o par adequado. “_____________ onde ___________, vou ter com eles.”

A. estiverem … estejam B. estiverem … estiverem C. estejam … estejam D. estejam … estiverem E. estão … estiverem

40. Seleccione a palavra e/ou expressão que pode ser usada para ligar as duas frases seguintes de modo a estabelecerem uma relação de oposição: “Os computadores possuem uma notável inteligência. Continuam a ser incapazes de realizar qualquer tarefa para a qual não tenham sido programados.”

A. portanto B. todavia C. de forma que D. pois

41. Em “ ... os resultados obtidos pelo computador ...” a expressão sublinhada sintacticamente é: A. complemento directo B. complemento indirecto C. atributo D. complemento agente da passiva

42. Identifique a frase gramaticalmente correcta: A. Nem imaginas o quanto o colégio está a pedir de propina trimestral. B. Como tu atreves-te a tratar assim uma criança? C. Uma palavra da mãe era quanto bastava para se aquietar o filho. D. Por causa do meu sistema nervoso não tenho a quem me ajude a cuidar dos miúdos.

43. Complete a frase com o par de formas verbais adequado: _____________________ momentos. ______________________no gabinete da psicóloga.

A. À __________ vi-o B. Há __________vi-lhe C. Havia ________via-o D. Há __________ vi-o

44. Qual das frases admite a forma passiva? A. O pobre fala de maneira doce com os outros compatriotas. B. O êxodo rural é um factor que gera a pobreza nas zonas urbanas C. O pobre é uma pessoa corajosa. D. As mulheres e as crianças são as maiores vítimas de pobreza.

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45. Qual é a frase sintacticamente bem construída? A. Apesar que está de férias o nosso vizinho cumpre horários rigorosos. B. Embora está de férias o nosso vizinho cumpre horários rigorosos. C. Embora que está de férias o nosso vizinho cumpre horários rigorosos. D. Ainda que esteja de férias o nosso vizinho cumpre horários rigorosos.

46. Que conectores usaria para preencher os espaços da frase: Este senhor falou já das causas do acidente, _______________ não podemos deixar o assunto assim ___________ ninguém apontou as consequências! Quem paga as despesas das reparações?

A. Embora/ quando/ e B. Porque/ mas/ e C. Quando/ porque/ e D. Embora/ porque/ e

47. O João _______ toda a tarde a jogar a bola e esqueceu-se de ir à escola. A. entreteu-se B. entretevesse C. entreteve-se D. entreteusse

48. Qual é o verbo mais apropriado? “Ao fim de vários anos __________ um grande amigo. ”

A. antevi B. vi C. revi D. previ E. vivi

49. O que segue são partes de um texto que foi desorganizado. Leia-as com muita atenção e indique qual das ordens sugeridas permite obter um texto correctamente bem construído.

I. E por mim vai desfilando um mundo de coisas tantas e tão várias que eu vou tendo a minha lição de Moçambique, nessa tarde em que decidi apear-me dessa fortaleza blindada que se dá pelo nome de viatura climatizada e fazer conversa com um anónimo camponês. Esse camponês que foi o meu principal mestre para olhar Niassa a partir de quem produz Niassa.

II. Está coberto de poeira e suor. Ainda pensei: o homem deve odiar estes veículos luxuosos, fabricadores de pó, que passam sem sequer um aceno. Agora sou eu que interrompo o seu caminho. Mas o camponês reúne toda a sua paciência e educação para responder às questões.

III. A viatura pára. O homem de bicicleta que seguia colado ao nosso carro também acaba por parar. Usa o pé para travar a roda traseira do velocípede. Desmonta do selim e retira da cabeça o velho cofió, em sinal de respeito.

IV. A meu pedido, vai apontando para os carregamentos que passam pelo atalho. Este que vai passando leva carvão feito de madeira de mbaga. Mais além, segue um saco cheio dessa fruta chamada majuko. Não é certamente noz de macadamia mas é um frutinho pequeno que faz a delícia dos camponeses nesta altura do ano. E aquela outra bicicleta que ali vem transporta uma armadilha para apanhar peixe. É uma nassa, uma espécie de estrutura cónica feita de bambu e cordas vegetais. São confeccionadas com tanta arte, que se conseguir, comprarei uma para fazer de abat-jour. E mais além, se transporta o peixe seco, o licambale, a mlamba, a ndgila.

A. III, II, IV, I B. II, IV, I, III C. IV, I, II, III D. II, IV, I, III

FIM!

Conheça o seu estado de saúde. Faça o teste de HIV!