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Rua da Consolação, 65 - conj. 42 - Centro - São Paulo – SP
CEP 01301-911 - Tel.: (11) 2888-5200 - Fax: (11) 2888-5210
E-mail: [email protected] - www.malufadv.com.br
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA VARA DO
TRABALHO DE SÃO PAULO – SP.
RITA DE CASSIA DA SILVA,
brasileira, solteira, analista de gestão de seguros e
benefícios, portadora da CTPS nº 084350, série nº
00179-SP, do RG nº 22.901.279 SSP/SP, do CPF/MF nº
166.630.738-69, do PIS nº 12444751347, nascida em
12/09/1972, filha de Iracilma da Silva, residente e
domiciliada na Av. do Taboão, 4087, apto. 306, Bairro
Taboão, São Bernardo do Campo, SP., CEP: 09657-000,
vem perante V.Exa., por seu advogado, propor
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA, nos termos do artigo 840 da
CLT em face de:
1ª reclamada: BASE BRASIL PLUS CORRETORA DE SEGUROS
LTDA, inscrita no CNPJ/MF sob o nº 06.993.339/0001-12,
estabelecida Av. Paulista, 171, 8º andar, Bairro Bela
Vista, São Paulo, SP., CEP: 01311-000;
2ª reclamada: BASE BRASIL BI CORRETORA DE SEGUROS
LTDA, inscrita no CNPJ/MF sob o nº 11. 403.659/0001-
05, estabelecida Av. Paulista, 171, 8º andar, Bairro
Bela Vista, São Paulo, SP., CEP: 01311-000, pelos
seguintes motivos:
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I – DO GRUPO ECONÔMICO
RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA
APLICAÇÃO DO ARTIGO 2º, PARÁGRAFO 2º, DA CLT
Pela análise da documentação
anexo, temos que a 1ª reclamada (Base Brasil Plus)
foi constituída em 09/06/2004 estabelecida na Av.
Paulista, 171, 8º, andar, atuando no ramo da saúde
com os sócios irmãos (Sr. Alysson Rodrigues Ferreira
e Sr. Anderson Murilo Ferreira).
Pela análise da documentação
anexo, temos que a 2ª reclamada (Base Brasil BI) foi
constituída em 10/12/2009 no mesmo endereço da 1ª
Reclamada atuando no mesmo ramo de atividade e com os
mesmos sócios (Sr. Alysson Rodrigues Ferreira e Sr.
Anderson Murilo Ferreira).
Registre-se que atualmente toda
a parte comercial e empresarial estava sendo operada
pela 2ª Reclamada “empresa saudável”.
Desta forma, nos termos do
artigo 2º, parágrafo 2º, da CLT deve ser declarada a
responsabilidade solidária entre as reclamadas.
CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO
“Art. 2º Considera-se empregador a empresa individual ou coletiva que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço. ... §2º Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, constituindo grupo industrial, comercial ou de qualquer outra atividade econômica, serão, para os efeitos da relação de emprego, solidariamente responsáveis a empresa principal e cada uma das subordinadas.”
Assim, pela análise do conjunto
probatório constante dos autos, pode-se verificar que
as reclamadas integram o mesmo grupo econômico,
possuindo interligação física, identidade quanto ao
objeto social e os sócios são integrantes da mesma
família. Configurado o grupo econômico nos termos do
artigo 2º, parágrafo 2º, da CLT e devem responder
solidariamente.
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II – DO CONTRATO DE TRABALHO
A Reclamante foi admitida aos
serviços da Reclamada em 01/04/2009, exercendo as
funções de analista de gestão de seguros e
benefícios, cumpria a jornada de trabalho das 08:30
às 17:30 horas com intervalo para refeição e
descanso, percebia ultimamente R$ 2.000,00 por mês e
teve o contrato de trabalho extinto em 21/04/2011.
III – DAS ATIVIDADES DA OBREIRA
Durante todo o período laborado
de 01/04/2009 a 21/04/2011 a reclamante realizava as
seguintes tarefas nas reclamadas:
- negociação e visitas para clientes corporativos
(empresas, sindicatos, etc) objetivando a comercialização
de planos de saúde e odontológico.
- participar de programas de gestão de benefícios e
qualidade de vida chamado “método 5 s” que consistia em
fazer a terceirização da administração do plano de saúde
da empresa, objetivando o controle de entrada e saída de
funcionários da apólice, internações.
- elaborar a gestão dos casos crônicos (geralmente os
casos dos funcionários ou dependentes acamados com
problemas de câncer, home care, etc) para que a equipe do
pós venda da Base Brasil atual Brasil Insurance, pudesse
monitorar e fornecer relatórios médicos e de custos a fim
de reduzir a sinistralidade do plano de saúde.
- fazia contato de parcerias estratégicas com as
corretoras menores para que as mesmas vendessem os
serviços fornecidos pela Base Brasil, qual seja o método 5
s. O trabalho pela manhã consistia em agendar por telefone
as visitas através de um mailing que era fornecido pela
reclamada, ou seja, lista de contatos e a tarde geralmente
saia para visitar os clientes.
- Nos primeiros meses a reclamante estava subordinada a
Sra. Liliana que era a supervisora e fornecia o relatório
das visitas e o andamento das negociações e muitas vezes
ela também acompanhava e fiscalizava as visitas e o pós-
visita e realizava as reuniões.
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- A partir de 2010 quando a reclamada fez um plano para
abrir o capital e a obreira ficou subordinada diretamente
ao Sr. Alysson que era um dos sócios da reclamada e
responsável da área comercial. Esclarece a reclamante que
inclusive a Sra. Liliana que era empregada da Reclamada
teve que pedir demissão para abrir uma pessoa jurídica e
continuar a prestar serviços para a nova empresa que foi
criada Brasil Insurance. Isso foi feito com todas as
pessoas da área comercial.
- A reclamada atuava na negociação das apólices do plano
de saúde e administram as mesmas com o percentual que
ganham de comissão pela venda das apólices. Geralmente a
comissão que era repassada da operadora de saúde girava em
torno de 10% do valor da apólice por mês. A reclamante
ganhava um fixo no valor de R$ 2.000,00 e quando fechava
algum contrato, ganhava uma parte da comissão, já que a
outra parte da comissão era repassada para supervisora.
- A partir de 2010 a reclamante é quem fazia diretamente
os controles das agendas do departamento comercial. A
agenda nos últimos 6 meses de trabalho era controlada
pelas operadoras de telemarketing que agendavam e marcavam
as visitas e passavam por e-mail.
IV – DO VÍNCULO EMPREGATÍCIO
APLICAÇÃO DOS ARTIGOS 3º, 13, 29 E 41 DA CLT
Quando da contratação, a 1ª
reclamada para fraudar a reclamante e a CLT elaborou
um contrato de prestação de serviços para tentar
descaracterizar o vínculo empregatício (doc. 06).
Ocorre que a reclamante sempre
prestou seus serviços de forma pessoal, contínua,
subordinada e mediante o recebimento de salário
(aplicação do artigo 3º da CLT).
Registre-se que o próprio
contrato celebrado entre as partes estipula a jornada
de trabalho de 2ª a 6ª feira das 08:30 às 17:30
horas. O contrato também estipula o pagamento de uma
remuneração fixa mais comissões, situação clássica
existente na relação de emprego.
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Esclarece ainda a reclamante que
durante todo o período somente laborou cumprindo
ordens e atuando em serviços essenciais para o
funcionamento da reclamada, ou seja, a reclamante
sempre realizou tarefas que pertenciam a atividade
fim da empresa.
A vasta documentação juntada pela
Reclamante em sua inicial comprova que existia a
prestação de serviços de forma pessoal e contínua,
sendo que também existia a subordinação direta da
obreira à supervisora Liliana e posteriormente ao
sócio Sr. Alysson.
O Contrato de trabalho é um
contrato realidade perfazendo-se pela simples
prestação de trabalho pelo obreiro, sendo que
presentes os requisitos do artigo 3º da CLT, impõe-se
às partes até mesmo contra a vontade das mesmas, uma
vez que se trata de preceito de ORDEM PÚBLICA.
Diante do exposto, requer a
reclamante que seja caracterizada a nulidade do
contrato de prestação de serviços com o
reconhecimento do vínculo empregatício (aplicação do
artigo 9º da CLT).
V – DA REMUNERAÇÃO MENSAL
DIFERENÇAS NO PAGAMENTO
Quando da contratação ficou
estipulado que a reclamante receberia o valor de R$
2.000,00 mensais (doc. 06).
Ocorre que, pela analise dos
recibos de pagamento (docs. 21/41), temos que a
reclamada não estava pagando corretamente o valor
mensal.
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Desta forma, faz jus a obreira ao
pagamento das diferenças na remuneração nos meses em
que a reclamada não efetuou o pagamento do valor de R$
2.000,00.
VI – DAS VERBAS RESCISÓRIAS
APLICAÇÃO DO ARTIGO 477 DA CLT
A Reclamante teve o contrato de
trabalho extinto em 21/04/2011 e até a presente data
nada percebeu a título de verbas rescisórias.
Desta forma, faz jus a obreira ao
pagamento das seguintes verbas: aviso prévio
indenizado (30 dias), 13ª salário proporcional de
2009 (9/12), 13º salário integral de 2010, 13º
salário proporcional de 2011 (4/12), férias vencidas
2009/2010 + 1/3 (em dobro), férias vencidas 2010/2011
+ 1/3, FGTS sobre as verbas pleiteadas + 40% e FGTS
de todo o período laborado + 40%.
VII – NÃO PAGAMENTO DAS VERBAS RESCISÓRIAS
APLICAÇÃO DA MULTA DO ARTIGO 477 DA CLT
Como a reclamante teve o contrato
de trabalho extinto e não recebeu as verbas
rescisórias no prazo previsto no artigo 477, §6º, da
CLT, a Reclamada deve ser penalizada com a multa de 1
salário base prevista no artigo 477, parágrafo 8º, da
Consolidação das Leis do Trabalho.
VIII – PAGAMENTOS DAS VERBAS INCONTROVERSAS
APLICAÇÃO DA MULTA DO ARTIGO 467 DA CLT
Caso a Reclamada não efetue o
pagamento das verbas rescisórias incontroversas
quando da realização da audiência deve ser penalizada
com a multa de 50% prevista no artigo 467 da
Consolidação das Leis do Trabalho.
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IX – DO SEGURO DESEMPREGO
APLICAÇÃO DAS LEIS 7998/90 E 8.900/94
APLICAÇÃO DA SÚMULA 389 DO TST
Ao não efetuar a anotação e a
quitação do contrato de trabalho a Reclamada impediu
que a obreira percebesse o benefício do Seguro
Desemprego, devendo fornecer as Guias CD e para o
caso do não cumprimento, requer a Reclamante seja
expedido Alvará Judicial ou a sua conseqüente
indenização no valor de 5 parcelas, nos termos das
Leis 7.998/90 e 8.900/94, bem como da Súmula 389 do
TST.
X – DO DANO MORAL PELA FALTA DE REGISTRO
APLICAÇÃO DOS ARTS. 1º, 5º E 6º DA CF
APLICAÇÃO DOS ARTIGOS 186 E 927 DO CC
Um dos casos típicos de Dano
Moral no âmbito trabalhista é a ausência do registro
na CTPS do empregado, o que acarreta no prejuízo do
recebimento de benefícios previdenciários, do Seguro
Desemprego e até mesmo dos benefícios de sua
categoria profissional.
É inegável que o trabalhador é
prejudicado pela ausência de um contrato de trabalho
na sua CTPS.
A anotação representa a efetiva
participação do trabalhador no mercado formal de
trabalho, além da indicação das suas qualidades de
profissional e da vinculação a um determinado ofício
ou atividade econômica, como também da sua
participação em várias áreas da vida social e
jurídica, tais como: abertura de conta bancária,
obtenção de crédito junto à instituição financeira e
no comércio em geral, participação junto ao FGTS e à
Seguridade Social, participação nos direitos da
categoria etc. Assim, temos que a falta da anotação
na CTPS acarretou ao obreiro a sua exclusão da
sociedade e a reclamada violou a declaração universal
dos direitos do homem e a dignidade humana do
trabalhador.
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Registre-se que sem o registro
na CTPS o obreiro também tem a perda da chance de
adquirir a tão sonhada casa própria através do
sistema do FGTS.
São por todos estes motivos que
a reclamada deve ser condenada ao pagamento de uma
indenização por dano moral para que essa atitude da
empresa não se torne corriqueira com os demais
empregados.
Dentre os fatos ensejadores à
reparação por danos morais, temos entre outros, a
falta de registro na CTPS que impede o obreiro em
seus direitos sociais, violando o princípio da
dignidade humana, previstos em nossa Constituição
Federal, senão vejamos:
“Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela União indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
...
III – a dignidade da pessoa humana;
...
“Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma da Constituição.”
Desta forma, temos que a
Reclamada infringiu vários dispositivos
Constitucionais que implicam no pagamento de uma
indenização por danos morais e materiais ao
Reclamante. Entende a reclamante que o valor da
indenização deve ser de, no mínimo, 10 salários
nominais.
Os incisos V e X do artigo 5º da
Constituição Federal estabelecem que:
“Art. 5º Todos são iguais perante a Lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: ...
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V – é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem; ... X – são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito à indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação”.
O Novo Código Civil estabelece a
matéria dos atos ilícitos no artigo 186 e a questão
da indenização no artigo 927, senão vejamos:
“Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito”. “Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo. Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem”.
Para fins de responsabilidade
civil, ocorrerá o dano quando houver “lesão nos
interesses de outrem, tutelados pela ordem jurídica,
quer sejam de ordem patrimonial, quer sejam de caráter
não patrimonial”. (Ari Possidonio Beltran. “O Novo
Código e a responsabilidade civil do empregador”,
Revista LTr, v. 67, nº 1, p. 56).
A Reclamada tomando a atitude de
não registrar o Reclamante e prejudicá-lo no
recebimento de benefícios previdenciários, do Seguro
Desemprego e benefícios da categoria, causou-lhe lesão
de ordem material e moral.
Em detrimento a lesão de ordem
moral, a Reclamada ao violar o princípio da dignidade
humana atingiu a sua honra subjetiva e a sua honra
objetiva, já que o reclamante está completamente
desamparado perante a Previdência Social, ao Seguro
Desemprego e aos direitos da sua categoria, fato este
ensejado pelo ato desumano da reclamada.
A jurisprudência também entende
que a falta de registro na CTPS caracteriza o ato
ilícito praticado pelo empregador, senão vejamos:
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“DANO MORAL POR AUSÊNCIA DE REGISTRO. O trabalhador sem registro fica marginalizado do mercado. Não contribui para a previdência e não é incluído no FGTS e programas governamentais. Tem dificuldade de abrir ou manter conta bancária, obter referência, crédito etc, ficando em situação de permanente insegurança e desrespeito. Só o registro pela via judicial não é suficiente para reparar as lesões decorrentes dessa situação adversa, em que o trabalhador permanece sem registro, como "clandestino" em face do mercado de trabalho, à margem do aparato protetivo legal, previdenciário etc. In casu, sem identidade como trabalhador, o reclamante teve negada sua existência perante o mundo do trabalho. Durante um ano e meio viu-se submetido a humilhante anonimato, como a figura espectral de "Garabombo, o Invisível", personagem da saga andina de Manoel Scorza, negado pelas elites e incapaz de ser visto pela sociedade em que vivia. A língüa espanhola registra o verbo ningunear, na acepção de "aniquilar, tornar ninguém". A ausência deliberada do registro, apelidada de informalidade, é sinônimo de nulificação, negação não apenas de direitos básicos mas da própria pessoa do trabalhador, traduzindo-se em exclusão social, mormente na situação dos autos, em que a atividade era não especializada e de baixo nível de remuneração.” (TRT 2ª Região – 04ªT, ac. 20080456574, Rel. Ricardo Artur Costa e Trigueiros, DOE: 06 de jun. de 2008 “in” www.trt02.gov.br ).
XI – DO DANO MORAL PELA FALTA DE QUITAÇÃO
APLICAÇÃO DOS ARTS. 1º, 5º E 6º DA CF
APLICAÇÃO DOS ARTIGOS 186 E 927 DO CC
Um dos casos típicos de Dano
Moral no âmbito trabalhista é a ausência da quitação
do contrato de trabalho, o que acarreta no prejuízo
do recebimento de verbas rescisórias, benefícios
previdenciários, FGTS com a multa de 40%, Seguro
Desemprego e até mesmo no pagamento de suas contas
pessoais, como por exemplo: pagamento de aluguel,
pagamento de conta de luz, água e outras despesas em
geral.
É inegável que o trabalhador é
prejudicado pela ausência de quitação do contrato de
trabalho. Registre-se que o empregado nessa situação
fica amplamente angustiado pelo recebimento de seus
direitos através do Poder Judiciário. Em primeiro
lugar pela morosidade do processo que prejudica sua
vida social e em segundo lugar, se realmente na fase
de execução terá a satisfação da sua tutela. É por
este motivo que a reclamada deve ser condenada ao
pagamento de uma indenização por dano moral para que
essa atitude da empresa não se torne corriqueira com
os demais empregados.
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Dentre os fatos ensejadores à
reparação por danos morais, temos entre outros, a
falta de quitação no contrato de trabalho, o que
impede o obreiro em seus direitos sociais, violando o
princípio da dignidade humana, previstos em nossa
Constituição Federal, senão vejamos:
“Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela União indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
...
III – a dignidade da pessoa humana;
...
“Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma da Constituição.”
Desta forma, temos que a
Reclamada infringiu vários dispositivos
Constitucionais que implicam no pagamento de uma
indenização por danos morais e materiais a
Reclamante. Entende a reclamante que o valor da
indenização deve ser de, no mínimo, 10 salários
mínimos.
Os incisos V e X do artigo 5º da
Constituição Federal estabelecem que:
“Art. 5º Todos são iguais perante a Lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: ... V – é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem; ... X – são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito à indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação”.
O Novo Código Civil estabelece a
matéria dos atos ilícitos no artigo 186 e a questão
da indenização no artigo 927, senão vejamos:
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“Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito”.
“Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem”.
Para fins de responsabilidade
civil, ocorrerá o dano quando houver “lesão nos
interesses de outrem, tutelados pela ordem jurídica,
quer sejam de ordem patrimonial, quer sejam de
caráter não patrimonial”. (Ari Possidonio Beltran. “O
Novo Código e a responsabilidade civil do
empregador”, Revista LTr, v. 67, nº 1, p. 56).
A Reclamada tomando a atitude de
não efetuar a quitação do contrato de trabalho da
Reclamante e prejudicá-la no recebimento de verbas
rescisórias, benefícios previdenciários, recebimento
de FGTS + a multa de 40% e do Seguro Desemprego,
causou-lhe lesão de ordem material e moral na sua
vida social.
Em detrimento a lesão de ordem
moral, a Reclamada ao violar o princípio da dignidade
humana atingiu a sua honra subjetiva e a sua honra
objetiva, já que a reclamante está completamente
desamparada perante o FGTS, a Previdência Social e ao
Seguro Desemprego, fato este ensejado pelo ato
desumano da reclamada, que dificulta até mesmo a
obreira no pagamento de suas contas pessoais, como
por exemplo: pagamento de aluguel, pagamento de conta
de luz, água e outras despesas em geral.
XII - DO DUMPING SOCIAL
INDENIZAÇÃO PARA REPARAÇÃO DE DANOS
A prática do chamado dumping
social aos poucos começa a ser identificada em alguns
processos trabalhistas existentes.
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Como ainda é um fenômeno pouco
difundido entre a classe trabalhadora, a constatação
dessa prática ilícita acaba ocorrendo tardiamente, já
no curso do processo e pelo próprio julgador, que não
poderá determinar o pagamento de indenização de
ofício.
O termo dumping foi primeiro
utilizado no Direito Comercial, para definir o ato de
vender grande quantidade de produtos a um preço muito
abaixo do praticado pelo mercado. No Direito
Trabalhista a idéia é bem similar: as empresas buscam
eliminar a concorrência à custa dos direitos básicos
dos empregados.
O dumping social, portanto,
caracteriza-se pela conduta de alguns empregadores
que, de forma consciente e reiterada, violam os
direitos dos trabalhadores, com o objetivo de
conseguir vantagens comerciais e financeiras, através
do aumento da competitividade desleal no mercado, em
razão do baixo custo da produção de bens e prestação
de serviços.
Várias são as práticas que podem
configurar o dumping social, como o descumprimento de
jornada de trabalho, a terceirização ilícita,
inobservância de normas de segurança e medicina do
trabalho, entre outras.
Temos a necessidade de difundir o
que é o dumping no âmbito trabalhista, a fim de punir
os empregadores que insistem em desrespeitar direitos
dos empregados com o fim de crescimento econômico
desleal.
É uma prática bastante comum,
porém pouco conhecida pela classe trabalhadora, que
muitas vezes tem seus direitos violados
reiteradamente, mas acaba aceitando a situação.
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Portanto, reconhecida qualquer
prática que configure dumping social, ao demandar em
juízo, o ofendido deve incluir a pretensão de
reparação na inicial da ação trabalhista. Caso
contrário, o ilícito pode ficar sem a devida punição,
já que ao julgador é vedado deferir a indenização de
ofício, como tem decidido o TST nos processos, por
aplicação dos artigos 128 e 460 do CPC.
Empresas que praticam o dumping
são consideradas fraudadoras e causam danos não apenas
aos seus empregados, mas também a empregadores que
cumprem com seus deveres trabalhistas, pois eles
acabam sofrendo perdas decorrentes da concorrência
desleal. Com a constatação da prática ilícita e do
dano, surge o dever de reparar os ofendidos.
Desta forma, como a reclamada
cometeu várias irregularidades desrespeitando os
direitos trabalhistas da reclamante (itens 2, 3, 4, 5,
6, 7, e 8), o que caracteriza o dumping social, deve
ser condenada ao pagamento da indenização a ser fixada
pela MM. Vara.
Esclarece a obreira que o valor
arbitrado deve atingir as suas finalidades, quais
sejam, o desestímulo e a compensação, levando-se em
conta a capacidade econômica da reclamada e o caráter
pedagógico da reparação.
XXIIIIII -- DDOO RREESSSSAARRCCIIMMEENNTTOO DDAASS DDEESSPPEESSAASS PPRROOCCEESSSSUUAAIISS
APLICAÇÃO DO ARTIGO 8º DA CLT
APLICAÇÃO DOS ARTIGOS 389 E 404 DO CÓDIGO CIVIL
Nos termos do artigo 8º da CLT e
dos artigos 389 e 404 do Código Civil, a Reclamada
deverá ressarcir a Reclamante com juros e correção
monetária e ressarcir inclusive as despesas de
honorários de advogado, no importe de 30% do valor da
condenação.
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Os honorários previstos nos
artigos 389 e 404 do Código Civil de 2002 estão
relacionados com os contratados entre o cliente e o
seu advogado, não se trata de sucumbência, mas de
ressarcimento integral do dano.
Em outras palavras, esse
ressarcimento legal direcionado ao lesionado não se
interage com a verba honorária imposta pela
sucumbência, havendo, assim, uma plena autonomia dos
honorários sucumbenciais em relação aos contratuais.
A verba honorária imposta pelo
Novo Código Civil é uma indenização de Direito
Material, não guardando nenhuma relação com o Direito
Processual, sendo que o seu titular é o lesionado e
não o seu advogado.
Diante da violação de seus
direitos, não só em eventuais situações
extrajudiciais como judiciais, o trabalhador deve ser
indenizado pelas despesas havidas com o seu advogado,
sob pena de violação da própria razão de ser do
Direito do Trabalho, ou seja, de sua origem
protetora.
A restituição do seu crédito há
de ser integral, como bem assevera o disposto no
artigo 389 do Novo Código Civil, ou seja, as perdas e
danos, nas obrigações de pagamento em dinheiro, serão
pagas com atualização monetária segundo índices
oficiais regularmente estabelecidos, abrangendo
juros, custas e honorários de advogado, sem prejuízo
da pena convencional.
A decisão judicial deverá fixar,
a título de indenização, os valores efetivamente
contratados entre o trabalhador e o seu advogado,
quando de fato houver o reconhecimento da procedência
parcial ou total da postulação deduzida em juízo.
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Claro está que essa indenização
será um crédito do empregado, na qualidade de parte
da relação jurídica processual, já que se trata de um
ressarcimento das despesas havidas por ele em face da
atuação profissional de seu advogado.
“Art. 389. Não cumprida a obrigação, responde o devedor por perdas e danos, mais juros e atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e honorários de advogado.”
“Art. 404. As perdas e danos, nas obrigações de pagamento em dinheiro, serão pagas com atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, abrangendo juros, custas e honorários de advogado, sem prejuízo da pena convencional.
...”
XIV - DOS RECOLHIMENTOS PREVIDENCIÁRIOS
APLICAÇÃO DO ARTIGO 114, VIII, DA CF
APLICAÇÃO DO ARTIGO 876 DA CLT
Diante do reconhecimento do
vínculo de emprego deverá a reclamada efetuar o
recolhimento previdenciário do período laborado
decorrente da relação de emprego. Caso não seja
reconhecido o vínculo de emprego, requer a reclamante
seja a reclamada condenada a efetuar o recolhimento
previdenciário do período laborado decorrente da
relação de trabalho.
XV - DOS RECOLHIMENTOS FISCAIS
APLICAÇÃO DO ARTIGO 114, VIII, DA CF
APLICAÇÃO DO ARTIGO 876 DA CLT
APLICAÇÃO DA LEI 12.350/10
APLICAÇÃO DA SÚMULA 368 DO TST
APLICAÇÃO DA OJ 400 DA SDI-1 DO TST
Com relação aos recolhimentos
fiscais, entende a reclamante que os descontos não
incidem sobre todas as verbas postuladas (aviso
prévio indenizado, férias indenizadas + 1/3,
recolhimentos de FGTS + 40%, multas dos artigos 467 e
477 da CLT, dano moral e honorários de advogado).
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Requer a aplicação da Instrução
Normativa RFB nº 1.127 de 7.02.2011 que trata dos
procedimentos a serem observados na apuração do
Imposto de Renda Pessoa Física incidente sobre os
rendimentos recebidos acumuladamente.
O texto segue os ditames da
Medida Provisória 497, de 28 de julho de 2010,
convertida na Lei 12.350, de 20 de dezembro de 2010,
e apresenta uma tabela progressiva pela qual os
limites de isenção e parâmetros das alíquotas mensais
aplicáveis para a retenção do IR são multiplicados
pelo número de meses envolvidos nos cálculos de
liquidação.
Registre-se ainda, que nos
termos da Orientação Jurisprudencial nº 400 da SDI-1
do TST os juros de mora não integram a base de
cálculo do imposto de renda, independentemente da
natureza jurídica da obrigação inadimplida.
XVI – EXPEDIÇÃO DE OFÍCIO AO MINISTÉRIO DO TRABALHO E
AO MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO
Como a reclamada não registrou a
reclamante cometeu irregularidades passíveis
penalidades administrativas, bem como cometeu o crime
contra a organização do trabalho (artigo 203 do
Código Penal). Essa fraude praticada pela reclamada
prejudicou a reclamante tanto na esfera trabalhista
quanto na esfera previdenciária.
CÓDIGO PENAL
“Art. 203. Frustrar, mediante fraude ou violência, direito assegurado pela legislação do trabalho:
Pena – detenção, de 1 (um) ano a 2 (dois) anos, e multa, além da pena correspondente à violência.
...”
Assim, requer a reclamante a
expedição de ofícios ao Ministério do Trabalho e
Ministério Público do Trabalho para a instauração de
processo administrativo e processo criminal em face
da reclamada.
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XVII - DOS PEDIDOS
Ante o exposto, pleiteia a
Reclamante a procedência da reclamação trabalhista
para caracterizar a nulidade do contrato de prestação
de serviços, bem como o reconhecimento do vínculo
empregatício havido entre as partes no período de
01/04/2009 até 21/04/2011 com a consequente anotação
do contrato de trabalho em sua CTPS, bem como sejam as
Reclamadas compelidas solidariamente ao pagamento das
seguintes verbas:
a) Aviso prévio indenizado a apurar
b) 13º salário proporcional 2009 (9/12) a apurar
c) 13º salário integral de 2010 a apurar
d) 13º salário proporcional 2011 (4/12) a apurar
e) Férias vencidas 2009/2010 + 1/3 (dobro) a apurar
f) Férias vencidas 2010/2011 + 1/3 a apurar
g) Diferenças no valor da remuneração mensal
nos meses em que a reclamada não pegou
o valor de R$ 2.000,00 mensais, como
descrito no item “V” a apurar
h) FGTS sobre as verbas pleiteadas + 40% a apurar
i) FGTS + 40% de todo o período laborado a apurar
j) Entrega das Guias CD para a percepção
do Seguro Desemprego e para o caso do
não cumprimento pela Reclamada, seja
deferida a expedição de Alvará
ou a sua indenização no valor de 5
parcelas, nos termos dos artigos da
Lei n.7.998/90 e da Súmula 389 do TST a apurar
k) Aplicação da multa do art.477 da CLT,
conforme descrito no item “VII” a apurar
l) Aplicação da multa do art.467 da CLT,
caso a Reclamada não pague as verbas
rescisórias quando da realização da
audiência, nos termos do item “VIII” a apurar
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m) Indenização por Danos Morais, nos
termos dos itens “X” e “XI” a apurar
n) Indenização para reparação de danos
pelo dumping social, como descrito no
item “XII” a apurar
o) Ressarcimento das despesas do autor
com honorários de advogado, como
descrito no item “XIII” a apurar
p) Recolhimentos previdenciários do tempo
laborado sem o registro, como descrito
no item “XIV” a apurar
q) Recolhimentos fiscais, nos termos do
item “XV”.
r) Expedição de ofício ao MTb e MPT, nos
termos do item “XVI”.
XVIII – DOS REQUERIMENTOS
Nos termos do parágrafo 3º, do
artigo 625-D, da CLT, informa a Reclamante que até a
presente data não foi criada a Comissão de Conciliação
previa de sua categoria.
Vale ressaltar que mesmo que
tivesse sido criada a Comissão, a passagem pela mesma é
facultativa, não constituindo condição da ação e nem
tampouco pressuposto processual na reclamatória
trabalhista, não se perdendo de vista o princípio maior
colhido da Carta Constitucional de que nenhuma lesão ou
ameaça a direito poderá ser excluída pela lei da
apreciação do Poder judiciário, nos termos do art. 5º,
XXXV, da CF (Inteligência da Súmula n.2 do TRT da 2ª
Região).
Requer a Reclamante a concessão
dos benefícios da JUSTIÇA GRATUITA, por ser pessoa
pobre na acepção legal do termo, pois sua atual
situação econômica não lhe permite pagar as custas do
processo sem prejuízo do sustento próprio e de sua
família, nos termos do art. 5º, LXXIV, CF, dos arts. 2º
e 3º, II, e 4º da Lei 1.060/50, da OJ 269 da SDI-1 do
TST, e da súmula nº 05 do TRT da 2ª Região.
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Em face do exposto, pede e espera
a Reclamante, seja a presente ação julgada totalmente
procedente, condenando-se a Reclamada no pagamento das
verbas pleiteadas, monetariamente atualizadas,
computados os juros de mora, além de custas e despesas
processuais.
Para tanto, requer se digne
V.Exa., determinar a notificação da Reclamada, no
endereço declinado para que, querendo, conteste a
presente Reclamação, sob pena de sofrer os efeitos da
revelia.
Finalmente, requer provar o
alegado por todos os meios de prova em direito
admitidos, especialmente pelo depoimento pessoal do
representante legal da Reclamada, sob pena de
confissão, oitiva de testemunhas, perícias e outros, se
necessários.
XIX – DO VALOR DA CAUSA
Atribui-se à causa, para efeito
de custas e alçada, o valor de R$ 50.000,00
(cinquenta mil reais – procedimento ordinário).
OBS: TODAS AS NOTIFICAÇÕES E INTIMAÇÕES DEVERÃO SER
FEITAS, EXCLUSIVAMENTE, EM NOME DO DR. MARCO ANTONIO
SILVA DE MACEDO JUNIOR, COM ESCRITÓRIO NA RUA DA
CONSOLAÇÃO, 65, CONJ. 42, CENTRO, SÃO PAULO, SP.
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
São Paulo, 12 de setembro de 2013.
MARCO ANTONIO SILVA DE MACEDO JUNIOR
OAB/SP 148.128
INI_BASE BRASIL – RITA DE CASSIA