20
Rua da Consolação, 65 - conj. 42 - Centro - São Paulo – SP CEP 01301-911 - Tel.: (11) 2888-5200 - Fax: (11) 2888-5210 E-mail: [email protected] - www.malufadv.com.br EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA VARA DO TRABALHO DE SÃO PAULO – SP. RITA DE CASSIA DA SILVA, brasileira, solteira, analista de gestão de seguros e benefícios, portadora da CTPS nº 084350, série nº 00179-SP, do RG nº 22.901.279 SSP/SP, do CPF/MF nº 166.630.738-69, do PIS nº 12444751347, nascida em 12/09/1972, filha de Iracilma da Silva, residente e domiciliada na Av. do Taboão, 4087, apto. 306, Bairro Taboão, São Bernardo do Campo, SP., CEP: 09657-000, vem perante V.Exa., por seu advogado, propor RECLAMAÇÃO TRABALHISTA, nos termos do artigo 840 da CLT em face de: 1ª reclamada: BASE BRASIL PLUS CORRETORA DE SEGUROS LTDA, inscrita no CNPJ/MF sob o nº 06.993.339/0001-12, estabelecida Av. Paulista, 171, 8º andar, Bairro Bela Vista, São Paulo, SP., CEP: 01311-000; 2ª reclamada: BASE BRASIL BI CORRETORA DE SEGUROS LTDA, inscrita no CNPJ/MF sob o nº 11. 403.659/0001- 05, estabelecida Av. Paulista, 171, 8º andar, Bairro Bela Vista, São Paulo, SP., CEP: 01311-000, pelos seguintes motivos:

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA VARA DO TRABALHO DE ... · riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de ... de conta bancária, obtenção

  • Upload
    lydieu

  • View
    213

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Rua da Consolação, 65 - conj. 42 - Centro - São Paulo – SP

CEP 01301-911 - Tel.: (11) 2888-5200 - Fax: (11) 2888-5210

E-mail: [email protected] - www.malufadv.com.br

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA VARA DO

TRABALHO DE SÃO PAULO – SP.

RITA DE CASSIA DA SILVA,

brasileira, solteira, analista de gestão de seguros e

benefícios, portadora da CTPS nº 084350, série nº

00179-SP, do RG nº 22.901.279 SSP/SP, do CPF/MF nº

166.630.738-69, do PIS nº 12444751347, nascida em

12/09/1972, filha de Iracilma da Silva, residente e

domiciliada na Av. do Taboão, 4087, apto. 306, Bairro

Taboão, São Bernardo do Campo, SP., CEP: 09657-000,

vem perante V.Exa., por seu advogado, propor

RECLAMAÇÃO TRABALHISTA, nos termos do artigo 840 da

CLT em face de:

1ª reclamada: BASE BRASIL PLUS CORRETORA DE SEGUROS

LTDA, inscrita no CNPJ/MF sob o nº 06.993.339/0001-12,

estabelecida Av. Paulista, 171, 8º andar, Bairro Bela

Vista, São Paulo, SP., CEP: 01311-000;

2ª reclamada: BASE BRASIL BI CORRETORA DE SEGUROS

LTDA, inscrita no CNPJ/MF sob o nº 11. 403.659/0001-

05, estabelecida Av. Paulista, 171, 8º andar, Bairro

Bela Vista, São Paulo, SP., CEP: 01311-000, pelos

seguintes motivos:

Rua da Consolação, 65 - conj. 42 - Centro - São Paulo – SP

CEP 01301-911 - Tel.: (11) 2888-5200 - Fax: (11) 2888-5210

E-mail: [email protected] - www.malufadv.com.br

I – DO GRUPO ECONÔMICO

RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA

APLICAÇÃO DO ARTIGO 2º, PARÁGRAFO 2º, DA CLT

Pela análise da documentação

anexo, temos que a 1ª reclamada (Base Brasil Plus)

foi constituída em 09/06/2004 estabelecida na Av.

Paulista, 171, 8º, andar, atuando no ramo da saúde

com os sócios irmãos (Sr. Alysson Rodrigues Ferreira

e Sr. Anderson Murilo Ferreira).

Pela análise da documentação

anexo, temos que a 2ª reclamada (Base Brasil BI) foi

constituída em 10/12/2009 no mesmo endereço da 1ª

Reclamada atuando no mesmo ramo de atividade e com os

mesmos sócios (Sr. Alysson Rodrigues Ferreira e Sr.

Anderson Murilo Ferreira).

Registre-se que atualmente toda

a parte comercial e empresarial estava sendo operada

pela 2ª Reclamada “empresa saudável”.

Desta forma, nos termos do

artigo 2º, parágrafo 2º, da CLT deve ser declarada a

responsabilidade solidária entre as reclamadas.

CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO

“Art. 2º Considera-se empregador a empresa individual ou coletiva que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço. ... §2º Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, constituindo grupo industrial, comercial ou de qualquer outra atividade econômica, serão, para os efeitos da relação de emprego, solidariamente responsáveis a empresa principal e cada uma das subordinadas.”

Assim, pela análise do conjunto

probatório constante dos autos, pode-se verificar que

as reclamadas integram o mesmo grupo econômico,

possuindo interligação física, identidade quanto ao

objeto social e os sócios são integrantes da mesma

família. Configurado o grupo econômico nos termos do

artigo 2º, parágrafo 2º, da CLT e devem responder

solidariamente.

Rua da Consolação, 65 - conj. 42 - Centro - São Paulo – SP

CEP 01301-911 - Tel.: (11) 2888-5200 - Fax: (11) 2888-5210

E-mail: [email protected] - www.malufadv.com.br

II – DO CONTRATO DE TRABALHO

A Reclamante foi admitida aos

serviços da Reclamada em 01/04/2009, exercendo as

funções de analista de gestão de seguros e

benefícios, cumpria a jornada de trabalho das 08:30

às 17:30 horas com intervalo para refeição e

descanso, percebia ultimamente R$ 2.000,00 por mês e

teve o contrato de trabalho extinto em 21/04/2011.

III – DAS ATIVIDADES DA OBREIRA

Durante todo o período laborado

de 01/04/2009 a 21/04/2011 a reclamante realizava as

seguintes tarefas nas reclamadas:

- negociação e visitas para clientes corporativos

(empresas, sindicatos, etc) objetivando a comercialização

de planos de saúde e odontológico.

- participar de programas de gestão de benefícios e

qualidade de vida chamado “método 5 s” que consistia em

fazer a terceirização da administração do plano de saúde

da empresa, objetivando o controle de entrada e saída de

funcionários da apólice, internações.

- elaborar a gestão dos casos crônicos (geralmente os

casos dos funcionários ou dependentes acamados com

problemas de câncer, home care, etc) para que a equipe do

pós venda da Base Brasil atual Brasil Insurance, pudesse

monitorar e fornecer relatórios médicos e de custos a fim

de reduzir a sinistralidade do plano de saúde.

- fazia contato de parcerias estratégicas com as

corretoras menores para que as mesmas vendessem os

serviços fornecidos pela Base Brasil, qual seja o método 5

s. O trabalho pela manhã consistia em agendar por telefone

as visitas através de um mailing que era fornecido pela

reclamada, ou seja, lista de contatos e a tarde geralmente

saia para visitar os clientes.

- Nos primeiros meses a reclamante estava subordinada a

Sra. Liliana que era a supervisora e fornecia o relatório

das visitas e o andamento das negociações e muitas vezes

ela também acompanhava e fiscalizava as visitas e o pós-

visita e realizava as reuniões.

Rua da Consolação, 65 - conj. 42 - Centro - São Paulo – SP

CEP 01301-911 - Tel.: (11) 2888-5200 - Fax: (11) 2888-5210

E-mail: [email protected] - www.malufadv.com.br

- A partir de 2010 quando a reclamada fez um plano para

abrir o capital e a obreira ficou subordinada diretamente

ao Sr. Alysson que era um dos sócios da reclamada e

responsável da área comercial. Esclarece a reclamante que

inclusive a Sra. Liliana que era empregada da Reclamada

teve que pedir demissão para abrir uma pessoa jurídica e

continuar a prestar serviços para a nova empresa que foi

criada Brasil Insurance. Isso foi feito com todas as

pessoas da área comercial.

- A reclamada atuava na negociação das apólices do plano

de saúde e administram as mesmas com o percentual que

ganham de comissão pela venda das apólices. Geralmente a

comissão que era repassada da operadora de saúde girava em

torno de 10% do valor da apólice por mês. A reclamante

ganhava um fixo no valor de R$ 2.000,00 e quando fechava

algum contrato, ganhava uma parte da comissão, já que a

outra parte da comissão era repassada para supervisora.

- A partir de 2010 a reclamante é quem fazia diretamente

os controles das agendas do departamento comercial. A

agenda nos últimos 6 meses de trabalho era controlada

pelas operadoras de telemarketing que agendavam e marcavam

as visitas e passavam por e-mail.

IV – DO VÍNCULO EMPREGATÍCIO

APLICAÇÃO DOS ARTIGOS 3º, 13, 29 E 41 DA CLT

Quando da contratação, a 1ª

reclamada para fraudar a reclamante e a CLT elaborou

um contrato de prestação de serviços para tentar

descaracterizar o vínculo empregatício (doc. 06).

Ocorre que a reclamante sempre

prestou seus serviços de forma pessoal, contínua,

subordinada e mediante o recebimento de salário

(aplicação do artigo 3º da CLT).

Registre-se que o próprio

contrato celebrado entre as partes estipula a jornada

de trabalho de 2ª a 6ª feira das 08:30 às 17:30

horas. O contrato também estipula o pagamento de uma

remuneração fixa mais comissões, situação clássica

existente na relação de emprego.

Rua da Consolação, 65 - conj. 42 - Centro - São Paulo – SP

CEP 01301-911 - Tel.: (11) 2888-5200 - Fax: (11) 2888-5210

E-mail: [email protected] - www.malufadv.com.br

Esclarece ainda a reclamante que

durante todo o período somente laborou cumprindo

ordens e atuando em serviços essenciais para o

funcionamento da reclamada, ou seja, a reclamante

sempre realizou tarefas que pertenciam a atividade

fim da empresa.

A vasta documentação juntada pela

Reclamante em sua inicial comprova que existia a

prestação de serviços de forma pessoal e contínua,

sendo que também existia a subordinação direta da

obreira à supervisora Liliana e posteriormente ao

sócio Sr. Alysson.

O Contrato de trabalho é um

contrato realidade perfazendo-se pela simples

prestação de trabalho pelo obreiro, sendo que

presentes os requisitos do artigo 3º da CLT, impõe-se

às partes até mesmo contra a vontade das mesmas, uma

vez que se trata de preceito de ORDEM PÚBLICA.

Diante do exposto, requer a

reclamante que seja caracterizada a nulidade do

contrato de prestação de serviços com o

reconhecimento do vínculo empregatício (aplicação do

artigo 9º da CLT).

V – DA REMUNERAÇÃO MENSAL

DIFERENÇAS NO PAGAMENTO

Quando da contratação ficou

estipulado que a reclamante receberia o valor de R$

2.000,00 mensais (doc. 06).

Ocorre que, pela analise dos

recibos de pagamento (docs. 21/41), temos que a

reclamada não estava pagando corretamente o valor

mensal.

Rua da Consolação, 65 - conj. 42 - Centro - São Paulo – SP

CEP 01301-911 - Tel.: (11) 2888-5200 - Fax: (11) 2888-5210

E-mail: [email protected] - www.malufadv.com.br

Desta forma, faz jus a obreira ao

pagamento das diferenças na remuneração nos meses em

que a reclamada não efetuou o pagamento do valor de R$

2.000,00.

VI – DAS VERBAS RESCISÓRIAS

APLICAÇÃO DO ARTIGO 477 DA CLT

A Reclamante teve o contrato de

trabalho extinto em 21/04/2011 e até a presente data

nada percebeu a título de verbas rescisórias.

Desta forma, faz jus a obreira ao

pagamento das seguintes verbas: aviso prévio

indenizado (30 dias), 13ª salário proporcional de

2009 (9/12), 13º salário integral de 2010, 13º

salário proporcional de 2011 (4/12), férias vencidas

2009/2010 + 1/3 (em dobro), férias vencidas 2010/2011

+ 1/3, FGTS sobre as verbas pleiteadas + 40% e FGTS

de todo o período laborado + 40%.

VII – NÃO PAGAMENTO DAS VERBAS RESCISÓRIAS

APLICAÇÃO DA MULTA DO ARTIGO 477 DA CLT

Como a reclamante teve o contrato

de trabalho extinto e não recebeu as verbas

rescisórias no prazo previsto no artigo 477, §6º, da

CLT, a Reclamada deve ser penalizada com a multa de 1

salário base prevista no artigo 477, parágrafo 8º, da

Consolidação das Leis do Trabalho.

VIII – PAGAMENTOS DAS VERBAS INCONTROVERSAS

APLICAÇÃO DA MULTA DO ARTIGO 467 DA CLT

Caso a Reclamada não efetue o

pagamento das verbas rescisórias incontroversas

quando da realização da audiência deve ser penalizada

com a multa de 50% prevista no artigo 467 da

Consolidação das Leis do Trabalho.

Rua da Consolação, 65 - conj. 42 - Centro - São Paulo – SP

CEP 01301-911 - Tel.: (11) 2888-5200 - Fax: (11) 2888-5210

E-mail: [email protected] - www.malufadv.com.br

IX – DO SEGURO DESEMPREGO

APLICAÇÃO DAS LEIS 7998/90 E 8.900/94

APLICAÇÃO DA SÚMULA 389 DO TST

Ao não efetuar a anotação e a

quitação do contrato de trabalho a Reclamada impediu

que a obreira percebesse o benefício do Seguro

Desemprego, devendo fornecer as Guias CD e para o

caso do não cumprimento, requer a Reclamante seja

expedido Alvará Judicial ou a sua conseqüente

indenização no valor de 5 parcelas, nos termos das

Leis 7.998/90 e 8.900/94, bem como da Súmula 389 do

TST.

X – DO DANO MORAL PELA FALTA DE REGISTRO

APLICAÇÃO DOS ARTS. 1º, 5º E 6º DA CF

APLICAÇÃO DOS ARTIGOS 186 E 927 DO CC

Um dos casos típicos de Dano

Moral no âmbito trabalhista é a ausência do registro

na CTPS do empregado, o que acarreta no prejuízo do

recebimento de benefícios previdenciários, do Seguro

Desemprego e até mesmo dos benefícios de sua

categoria profissional.

É inegável que o trabalhador é

prejudicado pela ausência de um contrato de trabalho

na sua CTPS.

A anotação representa a efetiva

participação do trabalhador no mercado formal de

trabalho, além da indicação das suas qualidades de

profissional e da vinculação a um determinado ofício

ou atividade econômica, como também da sua

participação em várias áreas da vida social e

jurídica, tais como: abertura de conta bancária,

obtenção de crédito junto à instituição financeira e

no comércio em geral, participação junto ao FGTS e à

Seguridade Social, participação nos direitos da

categoria etc. Assim, temos que a falta da anotação

na CTPS acarretou ao obreiro a sua exclusão da

sociedade e a reclamada violou a declaração universal

dos direitos do homem e a dignidade humana do

trabalhador.

Rua da Consolação, 65 - conj. 42 - Centro - São Paulo – SP

CEP 01301-911 - Tel.: (11) 2888-5200 - Fax: (11) 2888-5210

E-mail: [email protected] - www.malufadv.com.br

Registre-se que sem o registro

na CTPS o obreiro também tem a perda da chance de

adquirir a tão sonhada casa própria através do

sistema do FGTS.

São por todos estes motivos que

a reclamada deve ser condenada ao pagamento de uma

indenização por dano moral para que essa atitude da

empresa não se torne corriqueira com os demais

empregados.

Dentre os fatos ensejadores à

reparação por danos morais, temos entre outros, a

falta de registro na CTPS que impede o obreiro em

seus direitos sociais, violando o princípio da

dignidade humana, previstos em nossa Constituição

Federal, senão vejamos:

“Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela União indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:

...

III – a dignidade da pessoa humana;

...

“Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma da Constituição.”

Desta forma, temos que a

Reclamada infringiu vários dispositivos

Constitucionais que implicam no pagamento de uma

indenização por danos morais e materiais ao

Reclamante. Entende a reclamante que o valor da

indenização deve ser de, no mínimo, 10 salários

nominais.

Os incisos V e X do artigo 5º da

Constituição Federal estabelecem que:

“Art. 5º Todos são iguais perante a Lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: ...

Rua da Consolação, 65 - conj. 42 - Centro - São Paulo – SP

CEP 01301-911 - Tel.: (11) 2888-5200 - Fax: (11) 2888-5210

E-mail: [email protected] - www.malufadv.com.br

V – é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem; ... X – são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito à indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação”.

O Novo Código Civil estabelece a

matéria dos atos ilícitos no artigo 186 e a questão

da indenização no artigo 927, senão vejamos:

“Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito”. “Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo. Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem”.

Para fins de responsabilidade

civil, ocorrerá o dano quando houver “lesão nos

interesses de outrem, tutelados pela ordem jurídica,

quer sejam de ordem patrimonial, quer sejam de caráter

não patrimonial”. (Ari Possidonio Beltran. “O Novo

Código e a responsabilidade civil do empregador”,

Revista LTr, v. 67, nº 1, p. 56).

A Reclamada tomando a atitude de

não registrar o Reclamante e prejudicá-lo no

recebimento de benefícios previdenciários, do Seguro

Desemprego e benefícios da categoria, causou-lhe lesão

de ordem material e moral.

Em detrimento a lesão de ordem

moral, a Reclamada ao violar o princípio da dignidade

humana atingiu a sua honra subjetiva e a sua honra

objetiva, já que o reclamante está completamente

desamparado perante a Previdência Social, ao Seguro

Desemprego e aos direitos da sua categoria, fato este

ensejado pelo ato desumano da reclamada.

A jurisprudência também entende

que a falta de registro na CTPS caracteriza o ato

ilícito praticado pelo empregador, senão vejamos:

Rua da Consolação, 65 - conj. 42 - Centro - São Paulo – SP

CEP 01301-911 - Tel.: (11) 2888-5200 - Fax: (11) 2888-5210

E-mail: [email protected] - www.malufadv.com.br

“DANO MORAL POR AUSÊNCIA DE REGISTRO. O trabalhador sem registro fica marginalizado do mercado. Não contribui para a previdência e não é incluído no FGTS e programas governamentais. Tem dificuldade de abrir ou manter conta bancária, obter referência, crédito etc, ficando em situação de permanente insegurança e desrespeito. Só o registro pela via judicial não é suficiente para reparar as lesões decorrentes dessa situação adversa, em que o trabalhador permanece sem registro, como "clandestino" em face do mercado de trabalho, à margem do aparato protetivo legal, previdenciário etc. In casu, sem identidade como trabalhador, o reclamante teve negada sua existência perante o mundo do trabalho. Durante um ano e meio viu-se submetido a humilhante anonimato, como a figura espectral de "Garabombo, o Invisível", personagem da saga andina de Manoel Scorza, negado pelas elites e incapaz de ser visto pela sociedade em que vivia. A língüa espanhola registra o verbo ningunear, na acepção de "aniquilar, tornar ninguém". A ausência deliberada do registro, apelidada de informalidade, é sinônimo de nulificação, negação não apenas de direitos básicos mas da própria pessoa do trabalhador, traduzindo-se em exclusão social, mormente na situação dos autos, em que a atividade era não especializada e de baixo nível de remuneração.” (TRT 2ª Região – 04ªT, ac. 20080456574, Rel. Ricardo Artur Costa e Trigueiros, DOE: 06 de jun. de 2008 “in” www.trt02.gov.br ).

XI – DO DANO MORAL PELA FALTA DE QUITAÇÃO

APLICAÇÃO DOS ARTS. 1º, 5º E 6º DA CF

APLICAÇÃO DOS ARTIGOS 186 E 927 DO CC

Um dos casos típicos de Dano

Moral no âmbito trabalhista é a ausência da quitação

do contrato de trabalho, o que acarreta no prejuízo

do recebimento de verbas rescisórias, benefícios

previdenciários, FGTS com a multa de 40%, Seguro

Desemprego e até mesmo no pagamento de suas contas

pessoais, como por exemplo: pagamento de aluguel,

pagamento de conta de luz, água e outras despesas em

geral.

É inegável que o trabalhador é

prejudicado pela ausência de quitação do contrato de

trabalho. Registre-se que o empregado nessa situação

fica amplamente angustiado pelo recebimento de seus

direitos através do Poder Judiciário. Em primeiro

lugar pela morosidade do processo que prejudica sua

vida social e em segundo lugar, se realmente na fase

de execução terá a satisfação da sua tutela. É por

este motivo que a reclamada deve ser condenada ao

pagamento de uma indenização por dano moral para que

essa atitude da empresa não se torne corriqueira com

os demais empregados.

Rua da Consolação, 65 - conj. 42 - Centro - São Paulo – SP

CEP 01301-911 - Tel.: (11) 2888-5200 - Fax: (11) 2888-5210

E-mail: [email protected] - www.malufadv.com.br

Dentre os fatos ensejadores à

reparação por danos morais, temos entre outros, a

falta de quitação no contrato de trabalho, o que

impede o obreiro em seus direitos sociais, violando o

princípio da dignidade humana, previstos em nossa

Constituição Federal, senão vejamos:

“Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela União indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:

...

III – a dignidade da pessoa humana;

...

“Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma da Constituição.”

Desta forma, temos que a

Reclamada infringiu vários dispositivos

Constitucionais que implicam no pagamento de uma

indenização por danos morais e materiais a

Reclamante. Entende a reclamante que o valor da

indenização deve ser de, no mínimo, 10 salários

mínimos.

Os incisos V e X do artigo 5º da

Constituição Federal estabelecem que:

“Art. 5º Todos são iguais perante a Lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: ... V – é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem; ... X – são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito à indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação”.

O Novo Código Civil estabelece a

matéria dos atos ilícitos no artigo 186 e a questão

da indenização no artigo 927, senão vejamos:

Rua da Consolação, 65 - conj. 42 - Centro - São Paulo – SP

CEP 01301-911 - Tel.: (11) 2888-5200 - Fax: (11) 2888-5210

E-mail: [email protected] - www.malufadv.com.br

“Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito”.

“Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.

Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem”.

Para fins de responsabilidade

civil, ocorrerá o dano quando houver “lesão nos

interesses de outrem, tutelados pela ordem jurídica,

quer sejam de ordem patrimonial, quer sejam de

caráter não patrimonial”. (Ari Possidonio Beltran. “O

Novo Código e a responsabilidade civil do

empregador”, Revista LTr, v. 67, nº 1, p. 56).

A Reclamada tomando a atitude de

não efetuar a quitação do contrato de trabalho da

Reclamante e prejudicá-la no recebimento de verbas

rescisórias, benefícios previdenciários, recebimento

de FGTS + a multa de 40% e do Seguro Desemprego,

causou-lhe lesão de ordem material e moral na sua

vida social.

Em detrimento a lesão de ordem

moral, a Reclamada ao violar o princípio da dignidade

humana atingiu a sua honra subjetiva e a sua honra

objetiva, já que a reclamante está completamente

desamparada perante o FGTS, a Previdência Social e ao

Seguro Desemprego, fato este ensejado pelo ato

desumano da reclamada, que dificulta até mesmo a

obreira no pagamento de suas contas pessoais, como

por exemplo: pagamento de aluguel, pagamento de conta

de luz, água e outras despesas em geral.

XII - DO DUMPING SOCIAL

INDENIZAÇÃO PARA REPARAÇÃO DE DANOS

A prática do chamado dumping

social aos poucos começa a ser identificada em alguns

processos trabalhistas existentes.

Rua da Consolação, 65 - conj. 42 - Centro - São Paulo – SP

CEP 01301-911 - Tel.: (11) 2888-5200 - Fax: (11) 2888-5210

E-mail: [email protected] - www.malufadv.com.br

Como ainda é um fenômeno pouco

difundido entre a classe trabalhadora, a constatação

dessa prática ilícita acaba ocorrendo tardiamente, já

no curso do processo e pelo próprio julgador, que não

poderá determinar o pagamento de indenização de

ofício.

O termo dumping foi primeiro

utilizado no Direito Comercial, para definir o ato de

vender grande quantidade de produtos a um preço muito

abaixo do praticado pelo mercado. No Direito

Trabalhista a idéia é bem similar: as empresas buscam

eliminar a concorrência à custa dos direitos básicos

dos empregados.

O dumping social, portanto,

caracteriza-se pela conduta de alguns empregadores

que, de forma consciente e reiterada, violam os

direitos dos trabalhadores, com o objetivo de

conseguir vantagens comerciais e financeiras, através

do aumento da competitividade desleal no mercado, em

razão do baixo custo da produção de bens e prestação

de serviços.

Várias são as práticas que podem

configurar o dumping social, como o descumprimento de

jornada de trabalho, a terceirização ilícita,

inobservância de normas de segurança e medicina do

trabalho, entre outras.

Temos a necessidade de difundir o

que é o dumping no âmbito trabalhista, a fim de punir

os empregadores que insistem em desrespeitar direitos

dos empregados com o fim de crescimento econômico

desleal.

É uma prática bastante comum,

porém pouco conhecida pela classe trabalhadora, que

muitas vezes tem seus direitos violados

reiteradamente, mas acaba aceitando a situação.

Rua da Consolação, 65 - conj. 42 - Centro - São Paulo – SP

CEP 01301-911 - Tel.: (11) 2888-5200 - Fax: (11) 2888-5210

E-mail: [email protected] - www.malufadv.com.br

Portanto, reconhecida qualquer

prática que configure dumping social, ao demandar em

juízo, o ofendido deve incluir a pretensão de

reparação na inicial da ação trabalhista. Caso

contrário, o ilícito pode ficar sem a devida punição,

já que ao julgador é vedado deferir a indenização de

ofício, como tem decidido o TST nos processos, por

aplicação dos artigos 128 e 460 do CPC.

Empresas que praticam o dumping

são consideradas fraudadoras e causam danos não apenas

aos seus empregados, mas também a empregadores que

cumprem com seus deveres trabalhistas, pois eles

acabam sofrendo perdas decorrentes da concorrência

desleal. Com a constatação da prática ilícita e do

dano, surge o dever de reparar os ofendidos.

Desta forma, como a reclamada

cometeu várias irregularidades desrespeitando os

direitos trabalhistas da reclamante (itens 2, 3, 4, 5,

6, 7, e 8), o que caracteriza o dumping social, deve

ser condenada ao pagamento da indenização a ser fixada

pela MM. Vara.

Esclarece a obreira que o valor

arbitrado deve atingir as suas finalidades, quais

sejam, o desestímulo e a compensação, levando-se em

conta a capacidade econômica da reclamada e o caráter

pedagógico da reparação.

XXIIIIII -- DDOO RREESSSSAARRCCIIMMEENNTTOO DDAASS DDEESSPPEESSAASS PPRROOCCEESSSSUUAAIISS

APLICAÇÃO DO ARTIGO 8º DA CLT

APLICAÇÃO DOS ARTIGOS 389 E 404 DO CÓDIGO CIVIL

Nos termos do artigo 8º da CLT e

dos artigos 389 e 404 do Código Civil, a Reclamada

deverá ressarcir a Reclamante com juros e correção

monetária e ressarcir inclusive as despesas de

honorários de advogado, no importe de 30% do valor da

condenação.

Rua da Consolação, 65 - conj. 42 - Centro - São Paulo – SP

CEP 01301-911 - Tel.: (11) 2888-5200 - Fax: (11) 2888-5210

E-mail: [email protected] - www.malufadv.com.br

Os honorários previstos nos

artigos 389 e 404 do Código Civil de 2002 estão

relacionados com os contratados entre o cliente e o

seu advogado, não se trata de sucumbência, mas de

ressarcimento integral do dano.

Em outras palavras, esse

ressarcimento legal direcionado ao lesionado não se

interage com a verba honorária imposta pela

sucumbência, havendo, assim, uma plena autonomia dos

honorários sucumbenciais em relação aos contratuais.

A verba honorária imposta pelo

Novo Código Civil é uma indenização de Direito

Material, não guardando nenhuma relação com o Direito

Processual, sendo que o seu titular é o lesionado e

não o seu advogado.

Diante da violação de seus

direitos, não só em eventuais situações

extrajudiciais como judiciais, o trabalhador deve ser

indenizado pelas despesas havidas com o seu advogado,

sob pena de violação da própria razão de ser do

Direito do Trabalho, ou seja, de sua origem

protetora.

A restituição do seu crédito há

de ser integral, como bem assevera o disposto no

artigo 389 do Novo Código Civil, ou seja, as perdas e

danos, nas obrigações de pagamento em dinheiro, serão

pagas com atualização monetária segundo índices

oficiais regularmente estabelecidos, abrangendo

juros, custas e honorários de advogado, sem prejuízo

da pena convencional.

A decisão judicial deverá fixar,

a título de indenização, os valores efetivamente

contratados entre o trabalhador e o seu advogado,

quando de fato houver o reconhecimento da procedência

parcial ou total da postulação deduzida em juízo.

Rua da Consolação, 65 - conj. 42 - Centro - São Paulo – SP

CEP 01301-911 - Tel.: (11) 2888-5200 - Fax: (11) 2888-5210

E-mail: [email protected] - www.malufadv.com.br

Claro está que essa indenização

será um crédito do empregado, na qualidade de parte

da relação jurídica processual, já que se trata de um

ressarcimento das despesas havidas por ele em face da

atuação profissional de seu advogado.

“Art. 389. Não cumprida a obrigação, responde o devedor por perdas e danos, mais juros e atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e honorários de advogado.”

“Art. 404. As perdas e danos, nas obrigações de pagamento em dinheiro, serão pagas com atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, abrangendo juros, custas e honorários de advogado, sem prejuízo da pena convencional.

...”

XIV - DOS RECOLHIMENTOS PREVIDENCIÁRIOS

APLICAÇÃO DO ARTIGO 114, VIII, DA CF

APLICAÇÃO DO ARTIGO 876 DA CLT

Diante do reconhecimento do

vínculo de emprego deverá a reclamada efetuar o

recolhimento previdenciário do período laborado

decorrente da relação de emprego. Caso não seja

reconhecido o vínculo de emprego, requer a reclamante

seja a reclamada condenada a efetuar o recolhimento

previdenciário do período laborado decorrente da

relação de trabalho.

XV - DOS RECOLHIMENTOS FISCAIS

APLICAÇÃO DO ARTIGO 114, VIII, DA CF

APLICAÇÃO DO ARTIGO 876 DA CLT

APLICAÇÃO DA LEI 12.350/10

APLICAÇÃO DA SÚMULA 368 DO TST

APLICAÇÃO DA OJ 400 DA SDI-1 DO TST

Com relação aos recolhimentos

fiscais, entende a reclamante que os descontos não

incidem sobre todas as verbas postuladas (aviso

prévio indenizado, férias indenizadas + 1/3,

recolhimentos de FGTS + 40%, multas dos artigos 467 e

477 da CLT, dano moral e honorários de advogado).

Rua da Consolação, 65 - conj. 42 - Centro - São Paulo – SP

CEP 01301-911 - Tel.: (11) 2888-5200 - Fax: (11) 2888-5210

E-mail: [email protected] - www.malufadv.com.br

Requer a aplicação da Instrução

Normativa RFB nº 1.127 de 7.02.2011 que trata dos

procedimentos a serem observados na apuração do

Imposto de Renda Pessoa Física incidente sobre os

rendimentos recebidos acumuladamente.

O texto segue os ditames da

Medida Provisória 497, de 28 de julho de 2010,

convertida na Lei 12.350, de 20 de dezembro de 2010,

e apresenta uma tabela progressiva pela qual os

limites de isenção e parâmetros das alíquotas mensais

aplicáveis para a retenção do IR são multiplicados

pelo número de meses envolvidos nos cálculos de

liquidação.

Registre-se ainda, que nos

termos da Orientação Jurisprudencial nº 400 da SDI-1

do TST os juros de mora não integram a base de

cálculo do imposto de renda, independentemente da

natureza jurídica da obrigação inadimplida.

XVI – EXPEDIÇÃO DE OFÍCIO AO MINISTÉRIO DO TRABALHO E

AO MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO

Como a reclamada não registrou a

reclamante cometeu irregularidades passíveis

penalidades administrativas, bem como cometeu o crime

contra a organização do trabalho (artigo 203 do

Código Penal). Essa fraude praticada pela reclamada

prejudicou a reclamante tanto na esfera trabalhista

quanto na esfera previdenciária.

CÓDIGO PENAL

“Art. 203. Frustrar, mediante fraude ou violência, direito assegurado pela legislação do trabalho:

Pena – detenção, de 1 (um) ano a 2 (dois) anos, e multa, além da pena correspondente à violência.

...”

Assim, requer a reclamante a

expedição de ofícios ao Ministério do Trabalho e

Ministério Público do Trabalho para a instauração de

processo administrativo e processo criminal em face

da reclamada.

Rua da Consolação, 65 - conj. 42 - Centro - São Paulo – SP

CEP 01301-911 - Tel.: (11) 2888-5200 - Fax: (11) 2888-5210

E-mail: [email protected] - www.malufadv.com.br

XVII - DOS PEDIDOS

Ante o exposto, pleiteia a

Reclamante a procedência da reclamação trabalhista

para caracterizar a nulidade do contrato de prestação

de serviços, bem como o reconhecimento do vínculo

empregatício havido entre as partes no período de

01/04/2009 até 21/04/2011 com a consequente anotação

do contrato de trabalho em sua CTPS, bem como sejam as

Reclamadas compelidas solidariamente ao pagamento das

seguintes verbas:

a) Aviso prévio indenizado a apurar

b) 13º salário proporcional 2009 (9/12) a apurar

c) 13º salário integral de 2010 a apurar

d) 13º salário proporcional 2011 (4/12) a apurar

e) Férias vencidas 2009/2010 + 1/3 (dobro) a apurar

f) Férias vencidas 2010/2011 + 1/3 a apurar

g) Diferenças no valor da remuneração mensal

nos meses em que a reclamada não pegou

o valor de R$ 2.000,00 mensais, como

descrito no item “V” a apurar

h) FGTS sobre as verbas pleiteadas + 40% a apurar

i) FGTS + 40% de todo o período laborado a apurar

j) Entrega das Guias CD para a percepção

do Seguro Desemprego e para o caso do

não cumprimento pela Reclamada, seja

deferida a expedição de Alvará

ou a sua indenização no valor de 5

parcelas, nos termos dos artigos da

Lei n.7.998/90 e da Súmula 389 do TST a apurar

k) Aplicação da multa do art.477 da CLT,

conforme descrito no item “VII” a apurar

l) Aplicação da multa do art.467 da CLT,

caso a Reclamada não pague as verbas

rescisórias quando da realização da

audiência, nos termos do item “VIII” a apurar

Rua da Consolação, 65 - conj. 42 - Centro - São Paulo – SP

CEP 01301-911 - Tel.: (11) 2888-5200 - Fax: (11) 2888-5210

E-mail: [email protected] - www.malufadv.com.br

m) Indenização por Danos Morais, nos

termos dos itens “X” e “XI” a apurar

n) Indenização para reparação de danos

pelo dumping social, como descrito no

item “XII” a apurar

o) Ressarcimento das despesas do autor

com honorários de advogado, como

descrito no item “XIII” a apurar

p) Recolhimentos previdenciários do tempo

laborado sem o registro, como descrito

no item “XIV” a apurar

q) Recolhimentos fiscais, nos termos do

item “XV”.

r) Expedição de ofício ao MTb e MPT, nos

termos do item “XVI”.

XVIII – DOS REQUERIMENTOS

Nos termos do parágrafo 3º, do

artigo 625-D, da CLT, informa a Reclamante que até a

presente data não foi criada a Comissão de Conciliação

previa de sua categoria.

Vale ressaltar que mesmo que

tivesse sido criada a Comissão, a passagem pela mesma é

facultativa, não constituindo condição da ação e nem

tampouco pressuposto processual na reclamatória

trabalhista, não se perdendo de vista o princípio maior

colhido da Carta Constitucional de que nenhuma lesão ou

ameaça a direito poderá ser excluída pela lei da

apreciação do Poder judiciário, nos termos do art. 5º,

XXXV, da CF (Inteligência da Súmula n.2 do TRT da 2ª

Região).

Requer a Reclamante a concessão

dos benefícios da JUSTIÇA GRATUITA, por ser pessoa

pobre na acepção legal do termo, pois sua atual

situação econômica não lhe permite pagar as custas do

processo sem prejuízo do sustento próprio e de sua

família, nos termos do art. 5º, LXXIV, CF, dos arts. 2º

e 3º, II, e 4º da Lei 1.060/50, da OJ 269 da SDI-1 do

TST, e da súmula nº 05 do TRT da 2ª Região.

Rua da Consolação, 65 - conj. 42 - Centro - São Paulo – SP

CEP 01301-911 - Tel.: (11) 2888-5200 - Fax: (11) 2888-5210

E-mail: [email protected] - www.malufadv.com.br

Em face do exposto, pede e espera

a Reclamante, seja a presente ação julgada totalmente

procedente, condenando-se a Reclamada no pagamento das

verbas pleiteadas, monetariamente atualizadas,

computados os juros de mora, além de custas e despesas

processuais.

Para tanto, requer se digne

V.Exa., determinar a notificação da Reclamada, no

endereço declinado para que, querendo, conteste a

presente Reclamação, sob pena de sofrer os efeitos da

revelia.

Finalmente, requer provar o

alegado por todos os meios de prova em direito

admitidos, especialmente pelo depoimento pessoal do

representante legal da Reclamada, sob pena de

confissão, oitiva de testemunhas, perícias e outros, se

necessários.

XIX – DO VALOR DA CAUSA

Atribui-se à causa, para efeito

de custas e alçada, o valor de R$ 50.000,00

(cinquenta mil reais – procedimento ordinário).

OBS: TODAS AS NOTIFICAÇÕES E INTIMAÇÕES DEVERÃO SER

FEITAS, EXCLUSIVAMENTE, EM NOME DO DR. MARCO ANTONIO

SILVA DE MACEDO JUNIOR, COM ESCRITÓRIO NA RUA DA

CONSOLAÇÃO, 65, CONJ. 42, CENTRO, SÃO PAULO, SP.

Nestes Termos,

Pede Deferimento.

São Paulo, 12 de setembro de 2013.

MARCO ANTONIO SILVA DE MACEDO JUNIOR

OAB/SP 148.128

INI_BASE BRASIL – RITA DE CASSIA