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ESTADO DO PARANÁ POLÍCIA MILITAR ESTADO-MAIOR 1ª SEÇÃO __________________________________________________________________ PORTARIA DO COMANDO-GERAL Nº 874, de 28 de JULHO de 2006 Aprova as Instruções Reguladoras de Perícias Médicas e de procedimentos relativos a dispensas e a licenças para tratamento da saúde O Comandante-Geral da Polícia Militar do Estado do Paraná, no uso das atribuições que lhe confere o art. 4º da Lei n.º 6.774, de 8 de janeiro de 1976 (Lei de Organização Básica da PMPR), e considerando o contido nos arts. 18 e 23, inciso V, alínea “d”, da mencionada lei, o disposto nos arts. 123, 127, 170, alínea “b”, 277, § 1º, e 278, alínea “b”, da Lei nº 1.943, de 23 de junho de 1954 (Código da PMPR) e o estabelecido nos arts. 61, 90 e 91 da Lei nº 6.417, de 3 de julho de 1973 (Código de Vencimentos), resolve: Art. 1º Aprovar as "Instruções Reguladoras de Perícias Médicas e de procedimentos relativos a dispensas e a licenças para tratamento da saúde na Polícia Militar do Estado do Paraná". Art. 2º Determinar que esta portaria entre em vigor na data de sua publicação. Coronel QOPM Nemésio Xavier de França Filho, Comandante-Geral.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE ... Administrativas... · II - candidato, civil e militar, a cursos e estágios militares; III - ascendente, descendente

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ESTADO DO PARANÁPOLÍCIA MILITARESTADO-MAIOR

1ª SEÇÃO __________________________________________________________________

PORTARIA DO COMANDO-GERAL Nº 874, de 28 de JULHO de 2006

Aprova as Instruções Reguladoras de Perícias Médicas e de procedimentos relativos a dispensas e a licenças para tratamento da saúde

O Comandante-Geral da Polícia Militar do Estado do Paraná, no uso das

atribuições que lhe confere o art. 4º da Lei n.º 6.774, de 8 de janeiro de 1976 (Lei de

Organização Básica da PMPR), e considerando o contido nos arts. 18 e 23, inciso V,

alínea “d”, da mencionada lei, o disposto nos arts. 123, 127, 170, alínea “b”, 277, §

1º, e 278, alínea “b”, da Lei nº 1.943, de 23 de junho de 1954 (Código da PMPR) e o

estabelecido nos arts. 61, 90 e 91 da Lei nº 6.417, de 3 de julho de 1973 (Código de

Vencimentos), resolve:

Art. 1º Aprovar as "Instruções Reguladoras de Perícias Médicas e de

procedimentos relativos a dispensas e a licenças para tratamento da saúde na

Polícia Militar do Estado do Paraná".

Art. 2º Determinar que esta portaria entre em vigor na data de sua

publicação.

Coronel QOPM Nemésio Xavier de França Filho, Comandante-Geral.

INSTRUÇÕES REGULADORAS DE PERÍCIAS MÉDICAS E DE PROCEDIMENTOS RELATIVOS A DISPENSAS E A LICENÇAS PARA

TRATAMENTO DA SAÚDE NA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO PARANÁ

ÍNDICE DOS ASSUNTOS

ArtigoCAPÍTULO I - DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES 1º - 2ºSeção I - Da finalidade 1ºSeção II - Da aplicação 2ºCAPÍTULO II - DAS ATRIBUIÇÕES 3º - 7ºSeção I - Do Diretor de Saúde 3ºSeção II - Da Junta Médica 4ºSeção III - Do Presidente da Junta Médica 5ºSeção IV - Dos Membros 6ºSeção V - Dos Médicos militares das OPMs 7ºCAPÍTULO III - DA COMPOSIÇÃO E DO FUNCIONAMENTO DA JUNTA MÉDICA 8ºCAPÍTULO IV - DO PROCESSO DE PERÍCIAS MÉDICAS NA POLÍCIA MILITAR 9º - 12Seção I - Das generalidades 9º - 11Seção II - Da hierarquia 12CAPÍTULO V - DA INSPEÇÃO DE SAÚDE 13 - 23Seção I - Da finalidade da inspeção 13Seção II - Da competência 14Seção III - Do encaminhamento 15 - 17Seção IV - Dos laudos 18Seção V - Do pedido de reconsideração 19 - 20Seção VI - Da homologação 21Seção VII - Dos prazos 22Seção VIII - Dos custos 23CAPÍTULO VI - DOS PROCEDIMENTOS DA JUNTA MÉDICA 24 - 39Seção I - Do regime de trabalho 24 - 25Seção II - Da identificação do inspecionado 26Seção III - Das sessões 27 - 28Seção IV - Da ata de inspeção de saúde 29 - 34Seção V - Dos exames complementares 35Seção VI - Do arquivo 36Seção VII - Da comunicação do resultado 37Seção VIII - Da negação ao tratamento 38Seção IX - Da inspeção de saúde no segmento feminino 39CAPÍTULO VII - DOS MÉDICOS CIVIS E DOS ATESTADOS 40 - 41CAPÍTULO VIII - DAS DISPOSIÇÕES GERAIS 42 - 43CAPÍTULO IX - DA DISPOSIÇÃO FINAL 44ANEXO A - Modelo de requerimento de licença para tratamento da saúde de

pessoa da família ANEXO B - Modelo de portaria de concessão de licença para tratamento da

própria saúde ou da saúde de pessoa da família ANEXO C - Modelo de despacho de concessão de dispensa do serviço em face

de atestado médico ou documento equivalente

Capítulo IDAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Seção I Da finalidade

Art. 1º As Instruções Reguladoras de Perícias Médicas e de procedimentos relativos a dispensas e a licenças para tratamento da saúde destinam-se a definir atribuições, uniformizar procedimentos e orientar as atividades médico-periciais, bem como regular a concessão, o registro e o controle de dispensas e das licenças para tratamento da saúde no âmbito da Corporação.

Seção II Da aplicação

Art. 2º As presentes Instruções aplicam-se a:

I - militar estadual;

II - candidato, civil e militar, a cursos e estágios militares;

III - ascendente, descendente e colateral, consangüíneo ou afim, até o terceiro grau, e cônjuge, na constância do casamento, do militar estadual;

IV - praça especial e praça sem estabilidade, na condição de desertor.

§ 1º Os integrantes das categorias constantes nos incisos deste artigo serão submetidos à inspecão de saúde, por determinação de autoridade competente, pela Junta Médica da Corporação.

§ 2º Os constantes no inciso III serão submetidos à inspeção de saúde, quando o militar estadual requerer a concessão de licença para tratamento da saúde de pessoa da família, conforme anexo A, devendo a Junta Médica indicar, no laudo, o prazo necessário. (Alterado pela Portaria n.º 1.183 de 20 out. 2006).

§ 2º Os constantes no inciso III serão submetidos à inspeção médica, quando o militar estadual requerer a concessão de licença para tratamento da saúde de pessoa da família, conforme o anexo A, devendo a Junta Médica indicar, no laudo, o prazo necessário.

Capítulo IIDAS ATRIBUIÇÕES

Seção IDo Diretor de Saúde

Art. 3º O Diretor de Saúde é o responsável pelo gerenciamento dos procedimentos de perícias médicas na Corporação, tendo como atribuições:

I - determinar a adoção das medidas necessárias à execução das atividades de perícias médicas;

II - elaborar propostas de modificação das normas atinentes às perícias médicas;

III - emitir informações técnicas pertinentes à atividade médico-pericial, quando solicitado;

IV - orientar, tecnicamente, os integrantes do Sistema de Saúde da Corporação, visando à unidade de doutrina nos procedimentos médico-periciais;

V - proceder ao acompanhamento, à revisão e à auditoria dos trabalhos da Junta Médica, de seus médicos militares e médicos civis auxiliares e de outros profissionais a serviço daquela, quando necessário;

VI - homologar, em última instância, as perícias realizadas pela Junta Médica que resultem ou possam resultar em reforma ou reversão do inspecionado, bem como aquelas atinentes a questões afetas à justiça e à disciplina;

VII - propor e conduzir reuniões com os integrantes da Junta Médica para orientação e avaliação geral dos trabalhos.

Seção II Da Junta Médica

Art. 4º Cabe à Junta Médica:

I - conceder afastamento do serviço, em razão de situação de saúde, por até quinze dias, consecutivos ou não, a militar estadual;

II - realizar as inspeções de saúde, objetivando: (Alterado pela Portaria n.º 1.183 de 20 out. 2006).

II - realizar as inspeções de saúde e as inspeções médicas, objetivando:

a) a verificação de capacidade física de militar estadual;

b) o controle médico periódico do efetivo da Corporação;

c) a verificação de capacidade física de candidato, civil e militar, a cursos e estágios militares, bem como de militar estadual portador de Documento Sanitário de Origem e daquele que possua, em suas alterações, algum registro de acidente em serviço ou de internação em Organização de Saúde;

d) a concessão, pelo Comandante-Geral ou pelo Secretário de Estado da Segurança Pública, conforme o caso, de licença para tratamento da própria saúde (afastamento do serviço por mais de quinze dias) e de licença para tratamento da saúde de pessoa da família, bem como de suas eventuais prorrogações;

e) a promoção;

f) a reforma, nos casos de incapacidade física definitiva para o exercício das atividades institucionais;

g) a reinclusão de praça especial ou de praça sem estabilidade, na condição de desertor, para responder a processo na Justiça Militar;

h) a reversão ao serviço ativo de militar estadual reformado, quando não mais subsistir a causa que determinou a transferência do inspecionado à inatividade.

III - registrar e controlar as dispensas do serviço concedidas, em razão de atestado médico ou documento equivalente, a militar estadual, a partir de cinco dias, inclusive, consecutivos ou não, procedendo à verificação da capacidade física mediante inspeção de saúde, quando julgar necessário;

IV - consolidar e confeccionar os mapas estatísticos e outros relatórios relativos às atividades médico-periciais, com remessa à autoridade competente, quando solicitado.

Parágrafo único. O laudo emitido em razão de inspeção de saúde realizada para fins de licença para tratamento da própria saúde ou da saúde de pessoa da família deverá ser encaminhado pela Junta Médica à Diretoria de Pessoal, a fim de que seja elaborada a portaria de concessão pelo Comandante-Geral, se for o caso e conforme modelo constante no anexo B, ou procedido ao envio do expediente à Secretaria de Estado da Segurança Pública. (Suprimido pela Portaria n.º 1.183 de 20 out. 2006).

§ 1º O laudo emitido em razão de inspeção de saúde ou de inspeção médica realizada para fins de licença para tratamento da própria saúde ou da saúde de pessoa da família deverá ser encaminhado pela Junta Médica à Diretoria de Pessoal, a fim de que seja elaborada a portaria de concessão pelo Comandante-Geral, se for o caso e conforme modelo constante no anexo B, ou procedido ao envio do expediente à Secretaria de Estado da Segurança Pública.

§ 2º Durante o trâmite da ata de inspeção de saúde e até a publicação do ato de concessão da licença, permanecerá o militar estadual afastado do serviço, em se tratando de licença para tratamento da própria saúde.

Seção III Do Presidente da Junta Médica

Art. 5º Ao Presidente da Junta Médica compete:

I - assegurar a regularidade do funcionamento da Junta;

II - convocar reuniões;

III - assinar, com os membros, as atas de inspeção de saúde;

IV - cumprir e fazer cumprir a legislação pertinente às inspeções de saúde;

V - representar a Junta Médica;

VI - executar inspeção de saúde em integrante da PMPR;

VII - executar inspeção de saúde em candidato a ingresso na Corporação ou em praça especial ou praça sem estabilidade, que haja desertado, para fins de reinclusão;

VIII - executar inspeção de saúde em ascendente, descendente e colateral, consangüíneo ou afim, até o terceiro grau, e cônjuge, na constância do casamento, do militar estadual;

IX - propor ao Diretor de Saúde as medidas tendentes a aperfeiçoar os trabalhos de inspeção de saúde;

X - fiscalizar os trabalhos da Secretaria, em especial, na manutenção do arquivo dos pareceres médicos e no controle estatístico das atividades da Junta Médica;

XI - propor os padrões de saúde para ingresso, permanência e retorno ao serviço ativo da Corporação;

XII - propor os requisitos psíquicos e físicos necessários ao exercício das atividades policiais-militares e bombeiro-militares;

XIII - fiscalizar as causas de afastamento do serviço policial-militar e bombeiro-militar;

XIV - acompanhar, coordenar e supervisionar os trabalhos desenvolvidos pelos membros, pelos médicos civis auxiliares e por outros profissionais a serviço da Junta Médica;

XV - conceder afastamento do serviço por até quinze dias, consecutivos ou não, a militar estadual, de ofício, ou em razão de atestado ou documento equivalente expedido por médico militar ou civil que auxilie a Junta Médica;

XVI - exercer outros encargos que lhe forem atribuídos pelo Diretor de Saúde.

Seção IV Dos Membros

Art. 6º Aos Membros compete:

I - assessorar o Presidente nos assuntos de competência da Junta Médica;

II - participar de reuniões de caráter médico, mediante convocação do Presidente da Junta Médica;

III - assinar as atas de inspeção de saúde;

IV - cumprir e fazer cumprir a legislação pertinente às inspeções de saúde;

V - propor ao Presidente da Junta Médica as medidas tendentes a aperfeiçoar os trabalhos de inspeção de saúde;

VI - executar inspeção de saúde em integrante da Corporação;

VII - executar inspeção de saúde em candidato a ingresso na Corporação ou em praça especial ou praça sem estabilidade, que haja desertado, para fins de reinclusão;

VIII - executar inspeção de saúde em ascendente, descendente e colateral, consangüíneo ou afim, até o terceiro grau, e cônjuge, na constância do casamento, do militar estadual;

IX - assessorar o Presidente da Junta Médica nas propostas dos padrões de saúde para ingresso, permanência e retorno ao serviço ativo da Corporação;

X - assessorar o Presidente da Junta Médica nas propostas dos requisitos psíquicos e físicos necessários ao exercício das atividades policiais-militares e bombeiro-militares;

XI - conceder de ofício afastamento do serviço por até quinze dias, consecutivos ou não, a militar estadual;

XII - exercer outros encargos que lhe forem atribuídos pelo Diretor de Saúde e pelo Presidente da Junta Médica.

Seção V Dos Médicos militares das OPMs

Art. 7º Aos médicos militares das OPMs caberá:

I - realizar, anualmente, Inspeção de Saúde de Controle Médico Periódico em todos os militares estaduais da ativa integrantes da OPM, para avaliar o estado de saúde física e/ou mental, enfatizando as ações de medicina preventiva, de forma que haja a melhoria da qualidade de vida e da capacidade operacional e administrativa, observando as seguintes prescrições:

a) durante a Inspeção de Saúde de Controle Médico Periódico deverá ser dada ênfase ao exame físico do inspecionado, com a utilização dos métodos semiológicos clássicos (inspeção, palpação, percussão e ausculta), de forma a serem avaliados os diversos segmentos do corpo humano;

b) o militar estadual da ativa que apresentar qualquer alteração em sua capacidade física e/ou mental, mesmo estando no período de vigência de sua Inspeção de Saúde de Controle Médico Periódico, deverá ser encaminhado, pela autoridade competente, à Junta Médica, para verificação de sua aptidão.

II - dar atendimento médico aos militares estaduais e aos seus dependentes.

Parágrafo único. Aplicam-se aos dentistas militares, naquilo que lhes for pertinente, as disposições constantes nestas Instruções Reguladoras relativas aos médicos militares.

Capítulo III DA COMPOSIÇÃO E DO FUNCIONAMENTO DA JUNTA MÉDICA

Art. 8º A Junta Médica é constituída por três oficiais médicos da Polícia Militar, tendo um Tenente-Coronel como seu Presidente, designado mediante decreto governamental sob proposta do Comandante-Geral, e dois Majores como membros, designados pelo Diretor de Pessoal, sob proposta do Diretor de Saúde.

§ 1º A Junta Médica somente deverá proceder às inspeções de saúde com a presença, obrigatória, de todos os seus integrantes.

§ 2º Na eventual ausência ou impedimento do Presidente ou dos membros da Junta Médica caberá ao Diretor de Saúde, observada a condição hierárquica dos demais integrantes da junta e do inspecionado, designar médico militar classificado no Hospital da Corporação para compô-la, cabendo à presidência, nesse caso, ao oficial mais antigo, comunicando-se tal fato ao Diretor de Pessoal para a adoção das providências que lhe forem pertinentes.

§ 3º A Junta Médica funcionará no Hospital da Corporação, ressalvadas circunstâncias em que deva realizar suas atividades em local diverso, por determinação da autoridade competente, hipótese em que o Comandante, Chefe ou Diretor determinará a adoção de providências no sentido de que instalações, mobiliários e outros equipamentos sejam colocados à sua disposição, de forma a permitir o desenvolvimento dos trabalhos em condições adequadas.

Capítulo IVDO PROCESSO DE PERÍCIAS MÉDICAS NA POLÍCIA MILITAR

Seção IDas generalidades

Art. 9º A atividade médico-pericial na Corporação compreende a realização de uma série de atos destinados a avaliar a integridade física e psíquica do inspecionado e a emitir pareceres, que servirão de subsídios para a tomada de decisões sobre direito pleiteado ou situação apresentada.

Art. 10. Os atos médico-periciais são os procedimentos técnico-profissionais que a Junta Médica realiza na prática pericial, compreendendo:

I - requisição de comparecimento do inspecionado;

II - inspeção de saúde, compreendendo, também:

a) o exame clínico, como parte do relatório médico-pericial;

b) a requisição de exames complementares ou especializados.

III - conclusão da perícia médica;

IV - comunicação do resultado da perícia;

V - reestudo da perícia médica;

VI - homologação da perícia médica;

VII - emissão de pareceres técnicos em processos ou recursos;

VIII - informação técnico-administrativa aos escalões competentes.

Parágrafo único. Os atos médico-periciais devem ser registrados com clareza e precisão, por escrito ou digitalizados, em formulários próprios e padronizados, de acordo com a legislação em vigor, e arquivados, constituindo-se em peças essenciais à Corporação e ao inspecionado.

Art. 11. De forma a serem evitadas dúvidas, no âmbito da Corporação, quanto ao entendimento e à aplicação de conceitos utilizados na legislação médico-pericial do meio civil, fica estabelecido o seguinte:

I - o exame médico-pericial é representado pela inspeção de saúde, realizada, obrigatoriamente, pela Junta Médica;

II - o laudo de perícias médicas ou laudo pericial é representado pela cópia da Ata de Inspeção de Saúde, extraída do Livro-Registro de Atas de Inspeção de Saúde, e é a peça médico-legal básica constitutiva dos diversos processos, quanto à sua parte técnica, devendo conter o diagnóstico completo e o parecer conclusivo, prolatados de acordo com a legislação em vigor; (Alterado pela Portaria n.º 1.183 de 20 out. 2006).

II - o laudo de perícias médicas ou laudo pericial é representado pela cópia da Ata de Inspeção de Saúde ou da Ata de Inspeção Médica, extraída do Livro-Registro de Atas respectivo, e é a peça médico-legal básica constitutiva dos diversos processos quanto à sua parte técnica, devendo conter o parecer conclusivo prolatado de acordo com a legislação em vigor. (Redação dada pela Portaria n.º 1.183 de 20 out. 2006).

III - no caso de perícia médica em que o parecer possa acarretar a reforma ou a reversão do inspecionado, obrigatoriamente, a Junta Médica deverá obter parecer emitido por especialista da doença ou seqüela incapacitante.

Seção II Da hierarquia

Art. 12. O processo de perícias médicas na Corporação está assim hierarquizado:

I - Diretor de Saúde, a quem caberá a decisão final nos atos médico-periciais, sobretudo naqueles que resultem ou possam resultar em reforma, reversão ou que sejam atinentes a questões afetas à justiça e à disciplina, a exemplo de reinclusão de praça sem estabilidade na condição de desertor;

II - Junta Médica, que realizará os atos médico-periciais e emitirá laudos.

Capítulo VDA INSPEÇÃO DE SAÚDE

Seção IDa finalidade da inspeção

Art. 13. A inspeção de saúde constitui perícia médica, de interesse da Corporação, realizada pela Junta Médica e mandada executar, com finalidade especificada, por determinação formal de autoridade competente, destinada a verificar o estado de saúde física ou mental de militar estadual, de ascendente, descendente, colateral ou cônjuge deste, na constância do casamento, ou ainda de candidato a ingresso na PMPR.

Seção IIDa competência

Art. 14. São autoridades competentes para determinar inspeção de saúde:

I - Comandante-Geral;

II - Chefe da Casa Militar;

III - Chefe do Estado-Maior;

IV - Ajudante-Geral;

V - Diretor;

VI - Comandante Intermediário;

VII - Comandante de Unidade;

VIII - Presidente de Comissão de Concurso;

IX - Chefe do Centro de Recrutamento e Seleção.

§ 1º Os presidentes ou encarregados de processos administrativos disciplinares ou de inquéritos policiais-militares solicitarão, diretamente ao Presidente da Junta Médica, a realização de inspeção de saúde em militar estadual.

§ 2º O Comandante de OPM, o Presidente de Comissão de Concurso e o Chefe do Centro de Recrutamento e Seleção, quando mais modernos que o Presidente da Junta Médica, deverão solicitar ao Comandante Intermediário ou ao Diretor de Pessoal, conforme o caso, a realização de inspeção de saúde em militar estadual, ou candidato a ingresso na Corporação ou, ainda, em praça especial ou praça sem estabilidade, na condição de desertor, para fins de reinclusão.

§ 3º Ao Diretor de Pessoal será requerida, por intermédio do canal de comando, a inspeção de saúde em ascendente, descendente, colateral ou cônjuge, na constância do casamento, de militar estadual para concessão de licença para tratamento da saúde de pessoa da família.

Seção IIIDo encaminhamento

Art. 15. O militar e o civil que necessitarem de inspeção de saúde deverão ser encaminhados à Junta Médica no Hospital da Corporação.

Art. 16. O encaminhamento à Junta Médica far-se-á mediante ofício emitido pela autoridade competente a que estiver subordinado o militar estadual, ou do Presidente da Comissão de Concurso, quando o inspecionado for candidato a ingresso na Corporação, contendo, se for o caso, a finalidade da inspeção.

Parágrafo único. Quando o militar estadual estiver impossibilitado de se locomover em razão de incapacidade física demonstrada por documento médico, o ato médico-pericial poderá ser realizado, a critério da Junta Médica, na residência do inspecionado.

Art. 17. O ascendente, descendente e colateral, consangüíneo ou afim, até o terceiro grau, ou cônjuge, na constância do casamento, será encaminhado para inspeção de saúde pelo militar estadual, às suas expensas, após o registro e

encaminhamento do requerimento de licença para tratamento da saúde de pessoa da família pela Diretoria de Pessoal e o conseqüente agendamento pela Junta Médica, cabendo a esta comunicar a data e horário ao interessado.

Parágrafo único. Quando o ascendente, descendente e colateral, consangüíneo ou afim, até o terceiro grau, ou cônjuge, na constância do casamento, do militar estadual não puder ser encaminhado, em razão de incapacidade física demonstrada por documento médico, a inspeção de saúde poderá ser procedida, a critério da Junta Médica, no local de residência de quaisquer deles.

Seção IVDos laudos

Art. 18. Os laudos emitidos obedecerão à legislação pertinente e deverão ser expressos de acordo com a finalidade da inspeção de saúde, considerando, a partir dos diagnósticos etiológico, anatômico e funcional, tecnicamente identificados, as repercussões sobre a capacidade laborativa e o grau de comprometimento da higidez do inspecionado, visando ao estabelecimento do nexo técnico.

Seção VDo pedido de reconsideração

Art. 19. A autoridade competente ou o inspecionado, quando militar estadual, poderão requerer nova inspeção de saúde, mediante pedido de reconsideração, obedecendo ao prazo de quinze dias contados da data em que tomar conhecimento, por escrito, do laudo emitido pela Junta Médica.

§ 1º Caberá ao Diretor de Saúde designar três médicos militares para proceder à nova inspeção de saúde, não devendo dela participar aqueles que hajam realizado o ato médico-pericial anterior.

§ 2º O procedimento previsto no parágrafo anterior será efetuado uma única vez e o esgotamento da esfera administrativa dar-se-á com a homologação do laudo pelo Diretor de Saúde. (Alterado pela Portaria n.º 1.183 de 20 out. 2006).

§ 2º O procedimento previsto no parágrafo anterior será efetuado uma única vez e o esgotamento na esfera administrativa da Corporação dar-se-á com a homologação do laudo pelo Diretor de Saúde.

§ 3º A nova inspeção de saúde decorrente de pedido de reconsideração terá, em se tratando de candidato a ingresso na PMPR, seu prazo e procedimento definidos no edital de concurso.

Art. 20. Toda ordem de inspeção de saúde, em decorrência de pedido de reconsideração, deverá ser acompanhada da cópia da ata de inspeção de saúde anteriormente efetuada pela Junta Médica, devendo o inspecionado apresentar, no ato da nova inspeção, os respectivos exames subsidiários ou complementares porventura existentes.

Seção VIDa homologação

Art. 21. A homologação da perícia médica, após análise quanto aos aspectos formais, de legalidade e de correção, será realizada pelo Diretor de Saúde,

devendo ocorrer, obrigatoriamente, quando a inspeção de saúde for realizada em razão de:

I - reforma;

II - reversão;

III - questões atinentes à justiça e à disciplina, a exemplo de reinclusão de praça sem estabilidade na condição de desertor.

Seção VIIDos prazos

Art. 22. O período máximo de validade da inspeção de saúde será de seis meses.

§ 1º As autoridades especificadas no art. 14 destas Instruções poderão, dependendo da finalidade e/ou do estado de saúde do inspecionado, determinar ou solicitar inspeção de saúde a qualquer tempo, independente do prazo de validade.

§ 2º O prazo de validade de inspeção de saúde realizada em candidato a ingresso na PMPR e a cursos e estágios militares será definido no edital de concurso.

Seção VIIIDos custos

Art. 23. Os custos dos exames complementares e demais procedimentos decorrentes da inspeção de saúde obedecerão aos seguintes preceitos:

I - com ônus ao Estado do Paraná, quando de interesse exclusivo do serviço, desde que solicitados pela Junta Médica;

II - sem ônus ao Estado do Paraná, quando de interesse do inspecionado, mesmo que solicitados pela Junta Médica e, ainda, no caso de candidato a ingresso na Corporação.

Capítulo VIDOS PROCEDIMENTOS DA JUNTA MÉDICA

Seção IDo regime de trabalho

Art. 24. O expediente de trabalho, compreendendo as sessões ordinárias da Junta Médica, será de segunda a sexta-feira, das 7 às 13h.

Parágrafo único. As sessões extraordinárias que ocorrerão em circunstâncias excepcionais, a exemplo de concursos para ingresso e realização de cursos e estágios militares, terão seus horários de atividades definidos pelo Comandante-Geral em conjunto com os Diretores de Ensino, Pessoal e Saúde, conforme o caso.

Art. 25. Os integrantes da Junta Médica deverão dedicar-se, nos dias previstos para funcionamento das sessões periciais, obrigatoriamente, às atividades para as quais estão destinados, não podendo ser desviados para outras funções.

Seção IIDa Identificação do inspecionado

Art. 26. A Junta Médica deverá exigir, obrigatoriamente, de todo o inspecionado a prova de identidade, mediante exibição de um documento válido (carteira de identidade militar ou civil, carteira profissional, certificado de reservista ou outro documento válido como identidade, previsto em legislação federal).

Parágrafo único. A verificação obrigatória da identidade ficará a cargo do Secretário da Junta Médica que anotará, na Ata de Inspeção de Saúde, o número do registro do documento correspondente.

Seção IIIDas sessões

Art. 27. As sessões da Junta Médica obedecerão às seguintes prescrições:

I - em cada sessão poderá haver uma ou mais perícias médicas;

II - dentro de cada ano civil, as sessões realizadas serão numeradas, seguidamente, a partir de "001" (zero, zero, um).

Art. 28. A definição do parecer sobre um inspecionado será, sempre, tomada de acordo com o voto da maioria dos integrantes da Junta Médica, inclusive o do Presidente, procedendo-se ao pronunciamento a partir do médico militar de menor posto.

Parágrafo único. O integrante que tenha seu voto vencido deverá registrar a justificativa do seu parecer no Livro-Registro de Atas de Inspeção de Saúde ou em outro meio destinado a esse fim.

Seção IVDa ata de inspeção de saúde

Art. 29. Os laudos emitidos pela Junta Médica visam a esclarecer e a orientar a autoridade competente que determinou ou solicitou a inspeção de saúde, devendo ser expressos em termos claros e concisos, de forma a não permitir qualquer dúvida.

Parágrafo único. Cabe aos integrantes da Junta Médica a incumbência da transcrição do parecer, consignando-o na Ata de Inspeção de Saúde.

Art. 30. As inspeções de saúde que, em função do parecer, puderem encetar processos de qualquer natureza, deverão, obrigatoriamente, acarretar a anexação de cópia da documentação médica atualizada (com menos de seis meses) e completa (laudos de especialistas, exames complementares, papeletas hospitalares etc.) que comprove o diagnóstico e permita ao Diretor de Saúde homologar, se necessário, o laudo.

Art. 31. Compete ao Secretário da Junta Médica lavrar, imprimir ou registrar as Atas de Inspeção de Saúde, em livro próprio, denominado Livro-Registro de Atas de Inspeção de Saúde.

§ 1º O Livro-Registro de Atas de Inspeção de Saúde poderá ser substituído por folhas impressas.

§ 2º Os eventuais equívocos, enganos ou erros cometidos no lançamento do diagnóstico ou parecer, no Livro-Registro de Atas de Inspeção de Saúde e que, por determinação do Diretor de Saúde necessitarem de reestudo, poderão ser corrigidos a tinta carmim, consignando-se, ao pé da página, o motivo da emenda ou correção, autenticando-se o ato com as assinaturas de todos os integrantes da Junta Médica.

Art. 32. No caso de inspeção de saúde destinada à concessão de licença para tratamento da própria saúde, ou sua prorrogação, a Junta Médica deverá fazer constar na ata as datas de início e de término do período a ela relativo, bem como o dia em que o inspecionado deverá retornar à nova inspeção. (Alterado pela Portaria n.º 1.183 de 20 out. 2006).

Art. 32. No caso de inspeção de saúde ou de inspeção médica destinada à concessão de licença para tratamento da própria saúde ou de licença para tratamento da saúde de pessoa da família, ou suas prorrogações, a Junta Médica deverá fazer constar na ata as datas de início e de término dos períodos a elas relativos, bem como o dia em que o inspecionado deverá retornar à nova inspeção, se for o caso. (Redação dada pela Portaria n.º 1.183 de 20 out. 2006).

Art. 33. Os integrantes da Junta Médica deverão assinar (e não rubricar) a Ata de Inspeção de Saúde no Livro-Registro imediatamente após a sessão, devendo constar, sob a assinatura, os seguintes dados:

I - posto;

II - nome completo, por extenso e legível;

III - número do registro no Conselho Regional de Medicina (CRM).

Art. 34. Da Ata de Inspeção de Saúde original será extraída cópia, observadas as seguintes prescrições: (Alterado pela Portaria n.º 1.183 de 20 out. 2006).

Art. 34. Da Ata de Inspeção de Saúde ou de Inspeção Médica original será extraída cópia, observadas as seguintes prescrições:

I - assinada (e não rubricada) pelo Secretário ou Presidente da Junta Médica, contendo ainda o posto, o nome completo e o número do registro no CRM; (Alterado pela Portaria n.º 1.183 de 20 out. 2006).

II - conter, apenas, os diagnósticos alfanuméricos da "Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde” vigente (Ex: B55.0/CID-10); (Alterado pela Portaria n.º 1.183 de 20 out. 2006).

I - assinada (e não rubricada) pelo Secretário ou Presidente da Junta Médica, contendo ainda o posto, o nome completo e o número do registro no CRM;

II - conter o parecer conclusivo prolatado de acordo com a legislação em vigor.

III - quando se tratar de cópia de ata para instruir processo de reforma, reversão ou questões atinentes à justiça e à disciplina, os diagnósticos serão,

também, lançados por extenso (Ex: B55.0 - Leishmaniose visceral e I09.1 - Doenças reumáticas do endocárdio, valva não especificada / CID-10).

Seção VDos exames complementares

Art. 35. A Junta Médica, sempre que se fizer necessário, poderá solicitar exames complementares, laudos médicos e odontológicos especializados ou a internação hospitalar do inspecionado, visando a complementar as suas avaliações e emitir os pareceres técnicos.

§ 1º Os laudos médicos e odontológicos especializados e exames complementares a que se refere o caput deste artigo:

I - deverão ser realizados, prioritariamente, no Hospital da Corporação;II - poderão ser realizados em organizações oficiais ou particulares de

saúde, quando o Hospital da Corporação não tiver condições de executá-los;

III - revestem-se, sempre, de caráter de urgência, devendo ser elaborados em até oito dias úteis;

IV - se realizados no Hospital da Corporação deverão ser remetidos à Junta Médica:

a) datilografados ou impressos;

b) datados;

c) apresentando a assinatura, o posto, o nome completo e o número do registro no Conselho Regional ou órgão equivalente do profissional de saúde responsável pela emissão;

V - só terão validade se realizados a menos de seis meses, admitindo-se prazo maior quando julgado compatível pela Junta Médica.

§ 2º Os exames complementares para candidato a ingresso na Corporação terão seus conteúdos, procedimentos e prazos de validade definidos no edital de concurso.

Seção VIDo arquivo

Art. 36. O arquivo dos documentos médico-periciais da Junta Médica será organizado no local de seu funcionamento.

Parágrafo único. Os registros e dados individuais dos inspecionados, o Livro-Registro de Ata de Inspeção de Saúde, os pareceres, laudos médicos especializados e exames complementares, que contenham informações diagnósticas, por extenso ou façam parte de prontuários médicos, serão arquivados de acordo com o prazo constante na tabela de temporalidade do Manual de Gestão de Documentos do Estado do Paraná, bem como em consonância com as normas estabelecidas nas Instruções de Comunicação Oficial da Corporação (ICO/PMPR) e com as orientações da Comissão Setorial de Avaliação.

Seção VIIDa comunicação do resultado

Art. 37. A Junta Médica dará conhecimento à autoridade competente que tenha determinado ou solicitado a inspeção de saúde, mediante remessa da cópia da Ata de Inspeção de Saúde, no prazo máximo de cinco dias, contados da inspeção de saúde, e, também, ao militar estadual inspecionado ou interessado, por escrito e mediante recibo.

§ 1º No caso de candidato a ingresso na PMPR, a Junta Médica informará o conteúdo do laudo ao Presidente da Comissão de Concurso ou ao Chefe do Centro de Recrutamento e Seleção que dará conhecimento ao inspecionado.

§ 2º A Junta Médica somente informará diretamente o candidato a ingresso na PMPR mediante solicitação escrita e fundamentada do Presidente da Comissão de Concurso ou do Chefe do Centro de Recrutamento e Seleção.

Seção VIIIDa negação ao tratamento

Art. 38. Nos casos em que o inspecionado se negar a realizar tratamento específico, como meio mais indicado para remover sua incapacidade física, ou a se submeter a exames complementares, necessários ao esclarecimento pericial, compete ao Secretário da Junta Médica:

I - tomar a termo declaração do inspecionado, em duas vias, na presença de duas testemunhas, constando a negação ao tratamento ou à realização dos exames recomendados e a desistência a qualquer amparo do Estado;

II - arquivar a primeira via e anexar a segunda via à cópia da Ata de Inspeção de Saúde;

III - registrar, no campo "Observações" da Ata de Inspeção de Saúde, a existência dessa declaração;

IV - solicitar à Junta Médica que prolate o diagnóstico baseado apenas nos dados colhidos por ocasião do exame físico do inspecionado.

Seção IXDa inspeção de saúde no segmento feminino

Art. 39. Durante a inspeção de saúde em militar ou civil, feminina, os integrantes da Junta Médica deverão observar as seguintes orientações:

I - presença, obrigatória, na sala de trabalhos, de um(a) acompanhante da inspecionada ou de uma militar estadual ou servidora civil;

II - na sala de trabalhos será realizado, apenas, o exame físico geral;

III - os exames médicos especializados (ginecológico, obstétrico, urológico, proctológico, dentre outros), se necessários, serão realizados nos consultórios do Hospital da Corporação, prioritariamente, ou das organizações públicas ou privadas de saúde conveniadas, devendo, neste caso, ser homologados, obrigatoriamente, por médico militar da Junta Médica.

Capítulo VIIDOS MÉDICOS CIVIS E DOS ATESTADOS

Art. 40. A Junta Médica poderá ser auxiliada por médico civil ou por profissional, militar ou civil, de outras áreas em situações específicas e de acordo com a lei.

§ 1º Caberá ao Diretor de Pessoal, mediante proposta do Diretor de Saúde, a designação do profissional constante no caput deste artigo.

§ 2º O médico civil auxiliar da Junta Médica somente poderá manifestar-se pelo afastamento de militar estadual do serviço ativo, em razão de situação de saúde, por até quinze dias, consecutivos ou não, cabendo ao Presidente da Junta Médica, após analisar o atestado ou documento equivalente expedido por aquele médico, concedê-lo ou não, sendo que, neste último caso, decidirá de maneira fundamentada.

§ 3º Poderá o Presidente da Junta Médica, ao decidir pela não concessão do afastamento do serviço proposto pelo médico civil auxiliar, submeter à inspeção de saúde o militar estadual ou solicitar ao Diretor de Saúde a designação de outro profissional civil para realizar nova avaliação.

§ 4º Considerando o médico civil auxiliar da Junta Médica ser necessário o afastamento do militar estadual por período superior a quinze dias, deverá encaminhar sua manifestação escrita, contendo a Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID), ao Presidente daquela para que providencie, se acaso estiver de acordo, o envio à Diretoria de Pessoal, a fim de que seja elaborada a portaria de concessão da licença para tratamento da própria saúde pelo Comandante-Geral, se for o caso e conforme modelo constante no anexo B, ou procedido ao envio do expediente à Secretaria de Estado da Segurança Pública.

Art. 41. O militar estadual poderá ser atendido por médico militar ou civil.

§ 1º Caberá ao militar estadual entregar, na 1ª Seção ou seção equivalente da OPM onde serve, o atestado médico ou documento equivalente e relativo à necessidade de afastamento do serviço em razão de situação de saúde, contendo a Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID).

§ 2º A autoridade competente a que estiver subordinado o militar estadual, em face do atestado médico ou documento equivalente, concederá a dispensa do serviço ao interessado mediante portaria ou despacho, conforme modelo constante no anexo C, providenciando a publicação em boletim.

§ 3º Poderá a autoridade competente, em razão do conteúdo do atestado médico ou documento equivalente, deixar de conceder a dispensa do serviço, devendo, neste caso, encaminhar imediatamente o militar estadual à Junta Médica, a fim de ser submetido à inspeção de saúde.

§ 4º O procedimento previsto no parágrafo anterior será também aplicado, quando o atestado médico ou documento equivalente indicar a necessidade de afastamento do serviço por período superior a quinze dias.

§ 5º A autoridade competente a que estiver subordinado o militar estadual que haja sido dispensado do serviço, em razão de atestado médico ou documento equivalente, a partir de cinco dias, inclusive, consecutivos ou não, deverá, após a publicação da dispensa, encaminhar cópia do atestado ou documento equivalente, por intermédio do canal de comando, contendo a Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID), à Junta Médica para fins de registro e controle.

Capítulo VIIIDAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 42. O militar estadual, que manipule substâncias radioativas ou opere equipamentos radiológicos, será submetido a controle médico periódico, de seis em seis meses, devendo ser observadas as seguintes prescrições:

I - apresentando qualquer alteração significativa no seu estado de saúde, será afastado, temporariamente, de suas atividades com manipulação de substâncias radioativas ou equipamentos radiológicos e encaminhado à Junta Médica para inspeção de saúde e, se for o caso, para tratamento;

II - qualquer fato ocorrido nas circunstâncias descritas no caput, que implique afastamento temporário das atividades, deverá ser comunicado, no mais curto prazo possível, ao Diretor de Saúde e ao Diretor de Pessoal.

Art. 43. Serão impedidos de emitir parecer em laudo pericial o Presidente e/ou os Membros da Junta Médica nas seguintes circunstâncias:

I - em pedido de reconsideração de conclusão por ele proferida;

II - em processo ou perícia que envolva paciente dele;

III - em processo ou perícia que envolva pessoa com quem mantenha relação capaz de influir na decisão médico-pericial;

IV - em inspecionado com o qual tenha parentesco consangüíneo ou afim, na linha reta ou até o terceiro grau de consangüinidade colateral ou de natureza civil.

Capítulo IXDA DISPOSIÇÃO FINAL

Art. 44. Compete ao Comandante-Geral dirimir as dúvidas decorrentes das presentes Instruções Reguladoras.

ANEXO AMODELO DE REQUERIMENTO DE LICENÇA PARA TRATAMENTO

DA SAÚDE DE PESSOA DA FAMÍLIA

ESTADO DO PARANÁ POLÍCIA MILITAR Protocolo

REQUERIMENTO DE LICENÇA PARA TRATAMENTO DA SAÚDE DE PESSOA DA FAMÍLIA

_______________________________________________________________________________, RG __________________________, Posto/Graduação ______________, requer a V. Sª., com fundamento no art. 125, parágrafo único, alínea “b”, da Lei nº 1.943, de 23 de junho de 1.954 (Código da PMPR), a concessão de Licença para Tratamento da Saúde de Pessoa da Família, em razão de _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________(breve relato do fato), consoante demonstra __________________________________________________________________ (citar o documento médico ou outro expediente), cuja cópia é juntada ao presente requerimento.

Local, data.

Assinatura(indicar Posto/Graduação/Nome completo),

Requerente.

OPMAo Sr. Diretor de Pessoal.

Em ______ de _________ de _______.

Comandante, Chefe ou Diretor.DP

Ao Senhor Diretor de Saúde com vista à Junta Médica.Em _____ de ________ de _______.

Diretor de Pessoal.

JUNTA MÉDICA

Designada inspeção médica para _______/________/_______.Inspeção médica realizada consoante cópia de Ata em anexo.Ao Sr. Diretor de Saúde.

Presidente da Junta Médica.DS

Ao Sr. Diretor de Pessoal.Em ______ de _________ de _______.

Diretor de Saúde. GABINETE DO COMANDANTE-GERAL

[ ] Defiro, à DP para elaborar portaria. Em _______ de _________ de ______.[ ] Indefiro com a fundamentação em anexo. Publique-se. Comandante-Geral.

ANEXO BMODELO DE PORTARIA DE CONCESSÃO DE LICENÇA PARA

TRATAMENTO DA PRÓPRIA SAÚDE E PARA TRATAMENTO DE SAÚDE DE PESSOA DA FAMÍLIA

ESTADO DO PARANÁPOLÍCIA MILITAR

GABINETE DO COMANDANTE-GERAL __________________________________________________________________

PORTARIA DO COMANDO-GERAL Nº ____, DE ___ DE__________ DE _______

Concessão de licença para tratamento da saúde

O Comandante-Geral da Polícia Militar do Estado do Paraná, no uso das

atribuições que lhe confere o art. 4º da Lei n.º 6.774, de 8 de janeiro de 1976, de

acordo com os arts. 125, parágrafo único, alínea “a” / “b” e 126, alínea “a”, da Lei

nº 1.943, de 23 de junho de 1954 (Código da PMPR) e em consideração ao

contido no Laudo de Perícia Médica nº _______, exarado pela Junta Médica da

Corporação, resolve:

Art. 1º Conceder ________ dias de licença para tratamento

_____________ (da própria saúde / saúde de pessoa da família), a contar de

____________________, a(o)

_____________________________________________________

(Posto/Graduação/Nome completo/RG).

Art. 2º Determinar que esta portaria entre em vigor na data de sua

publicação.

Comandante-Geral.

ANEXO CMODELO DE DESPACHO DE CONCESSÃO DE DISPENSA DO SERVIÇO EM

FACE DE ATESTADO MÉDICO OU DOCUMENTO EQUIVALENTE

Despacho nº ____/____Referência: __________

Concedo, em face do contido no atestado nº _____ (ou documento equivalente)

expedido por __________________________________________ (Nome completo do

Médico/nº CRM/CRO), e de acordo com o art. 123, § 1º, alínea “a”, da Lei nº 1.943, de

23 de junho de 1954 (Código da PMPR) e do art. 2º, inciso I, da Portaria do

Comando-Geral nº 922, de 8 de outubro de 2001, _____ dias de dispensa do

serviço, a contar de _____, a(o) _______________________ (Posto/Graduação/Nome

completo/RG).

2. Publique-se em Boletim.

Local, data (dia, mês e ano.)

Identificação da Autoridade Competente, Comandante, Chefe ou Diretor.

PMPROPM

ANEXO D (MODELO DE ATA DE INSPEÇÃO DE SAÚDE)(Inserido pela Portaria n.º 1.183 de 20 out. 2006).

ESTADO DO PARANÁPOLICIA MILITAR

DIRETORIA DE SAÚDEJUNTA MÉDICA

_________________________________________________________________ATA DE INSPEÇÃO DE SAÚDE (Laudo de Perícia Médica)

A Junta Médica da Polícia Militar do Paraná declara que em ___/____/___ inspecionou o(a) _________________________________________________ (indicar, conforme o caso, posto ou graduação/nome/nº da identidade) com o seguinte PARECER:

[ ] T – 1 Apto para o serviço operacional e administrativo policial/bombeiro militar a partir de ___/___/___ .

[ ] T – 2 Há incapacidade para o serviço operacional e administrativo policial/bombeiro militar no período de ___/___/___ a ___/___/____, quando deverá retornar ao trabalho.

[ ] T – 3 Há incapacidade para o serviço operacional policial/bombeiro militar, podendo exercer serviço administrativo no período de ____/___/___ a ___/___/____quando deverá retornar à Junta Médica para inspeção de saúde.[ ] T – 4 Há incapacidade para atividade física no período de ____/___/___ a ___/___/____, podendo exercer:

[ ] serviço operacional[ ] serviço administrativo

[ ] T – 5 Há incapacidade para o serviço operacional e administrativo policial/bombeiro militar no período de ___/___/___ a ___/___/____, quando deverá retornar à Junta Médica para inspeção de saúde.Observações:_____________________________________________________________[ ] Está em condições de responder a IPM e/ou a processo administrativo disciplinar.[ ] Não se mostra conveniente portar arma de fogo.[ ] Necessita ser dispensado do uso de uniforme.

Assinatura do Presidente da Junta Médica(indicar posto/nome completo/nº do registro no CRM)

Assinatura do Médico Militar(indicar posto/nome completo/nº do registro no CRM)

Assinatura do Médico Militar(indicar posto/nome completo/nº do registro no CRM)

Homologo:(homologação necessária nos casos de reforma, reversão e questões atinentes à justiça e à disciplina – art. 21 das Instruções Reguladoras de Perícias Médicas e de procedimentos relativos a dispensas e a licenças para tratamento da saúde).

Assinatura do Diretor de Saúde(indicar posto/nome completo/nº do registro no CRM)

ANEXO E (MODELO DE ATA DE INSPEÇÃO MÉDICA)(Inserido pela Portaria n.º 1.183 de 20 out. 2006).

ESTADO DO PARANÁPOLICIA MILITAR

DIRETORIA DE SAÚDEJUNTA MÉDICA

ATA DE INSPEÇÃO MÉDICA (Laudo de Perícia Médica)

A Junta Médica da Polícia Militar do Paraná declara que em ___/____/___

inspecionou o(a) _________________________________________________ (indicar,

o nome do ascendente, descendente, colateral e/ou cônjuge do militar estadual, conforme o caso), necessitando o

militar estadual _______________________________________________________

(indicar o posto ou graduação/nome/nº da identidade), em razão do quadro de saúde do inspecionado,

afastar-se do serviço operacional e administrativo policial/bombeiro militar no

período de ___/___/___ a ___/___/____.

Observações: ________________________________________________________ (indicar

a necessidade de retorno para nova inspeção).

Assinatura do Presidente da Junta Médica(indicar posto/nome completo/nº do registro no CRM)

Assinatura do Médico Militar(indicar posto/nome completo/nº do registro no CRM)

Assinatura do Médico Militar(indicar posto/nome completo/nº do registro no CRM)

Publicado no Boletim Geral nº 143, de 28 de Julho de 2006.