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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA __ VARA
CÍVEL DO FÓRUM DO TATUAPÉ - SP
TUTELA DE URGÊNCIA
ELIZABETH MOREIRA PEDROZO
VIEIRA, brasileira, casada, dentista, inscrita no CPF/MF sob o nº
031.112.828-99, portador da Cédula de Identidade RG nº 7.610.325,
residente e domiciliada à Rua Bento Gonçalves, 298, apto 171, Vila
Regente Feijó, CEP 03334-000, São Paulo – SP, CEP 03334-000,
EVELIN MOREIRA PEDROZO, brasileira, separada, jornalista,
portadora da cédula de identidade RG nº 13.190.873-X, inscrita no
CPF/MF sob o nº 048.246.498-46, residente e domiciliada na Av. Anita
Franchini, nº 887, apto 104, São Bernardo do Campo – SP, PEDRO
VICENTE BISETTO, brasileiro, divorciado, portador da cédula de
identidade RG nº 11511172-4, inscrito no CPF/MF sob o nº
989.740.928-91, residente e domiciliado na Rua Apucarana, nº 382,
São Paulo – SP, CEP 03311-000, e WILSON ROBERTO ANTUNES DE
ALMEIDA, brasileiro, casado, regularmente inscrito no CPF/MF sob nº
566.721.798-87, portadora do RG nº 5.391.737, com endereço na Rua
Vilela, 722, apto 84, Tatuapé, São Paulo – SP, CEP 03314-000, por sua
advogada e procuradora que esta subscreve, vem respeitosamente a
presença de Vossa Excelência, com fulcro no artigo 300 e seguintes do
Código de Processo Civil, propor a presente AÇÃO DECLARATÓRIA DE
NULIDADE, em face de SPORT CLUB CORINTHIANS PAULISTA
(SCCP) associação civil, inscrita no CNPJ sob nº 61.902.722/0001-26,
com sede na Rua São Jorge, 777, CEP 03087-000, São Paulo – SP, CEP
03087-000, pelas razões de fato e de direito que passa a expor.
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fls. 1
DOS FATOS
Os requerentes são associados do Sport
Club Corinthians Paulista, ora requerido, com número de matrícula
conforme descrito abaixo:
Elizabeth Moreira Pedrozo – matrícula 273.613-00
Evelin Moreira Pedrozo – matricula 273.612-00
Pedro Vicente Bisetto – matrícula 138.070-00
Wilson Roberto A. de Almeida - matrícula 147.419-00
Segundo as regras constantes do Estatuto
Social do Corinthians (DOC. 1), especificamente em seu artigo 68, terão
direito a votar os associados que pertençam ao quadro social há no
mínimo 5 anos e se encontrem em pleno gozo de todos os direitos
estatutários.
Ainda, em seu artigo 44, §1º, determina
que somente poderá participar da Assembleia Geral o associado que
estiver quite com suas contribuições estatutárias até dois meses
antes de sua realização.
A Comissão Eleitoral estabeleceu que as
eleições fossem realizadas em 3 de fevereiro de 2018, sábado próximo
(DOC. 2), de maneira que, pelas regras supra mencionadas, estão
aptos a votar os associados que quitaram suas obrigações até dia 3
de dezembro de 2017.
Atentos a este prazo, em 1º de dezembro de
2017, os requerentes solicitaram reativação de seus respectivos títulos
junto ao clube, mediante o pagamento de taxa de R$ 600,00 (seiscentos
reais), cada um (DOCS. 3/6).
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fls. 2
Em 03 de dezembro, portanto, todos os
requerentes estavam com seus títulos reativados e mensalidades
pagas, em pleno gozo de seus direitos como associados do Sport
Club Corinthians Paulista.
Sendo assim, inegável que os requerentes
cumprem todos os requisitos estatutários e legais para
participarem do pleito eleitoral que se avizinha.
Ocorre que, ao verificarem as listas de
associados aptos a votar afixadas na sede social, em janeiro de
2018, os requerentes não localizaram seus respectivos nomes.
Certos de que haviam efetuado o
pagamento da taxa de reativação dentro do prazo que lhes permitiria
votar nas eleições, os requerentes estranharam tal suspensão e
dirigiram-se à Secretaria, onde obtiveram a informação de que os
direitos eleitorais daqueles que regularizaram suas matrículas em 1º de
dezembro havia sido suspenso.
Os requerentes tomaram conhecimento,
então, de decisão da Comissão Eleitoral que determinou a suspensão
cautelar dos direitos eleitorais dos associados com base no que
chamaram de “anistia financeira” (DOC. 7), que foi um desconto
concedido pela própria Diretoria do clube:
“considerando as inúmeras notícias e informações veiculadas tanto pela imprensa como também pelas diversas representações enviadas por associados a esta Comissão Eleitoral, dando conta de que no último dia 1º de dezembro, antevéspera do prazo final para regularização dos associados em débito com as mensalidades do Clube, a Diretoria publicou, em página oficial da internet, suposta “promoção” para reativação dos títulos, concedendo redução da ordem de cinquenta por cento (50%) do valor devido;
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fls. 3
considerando que tal “promoção”, ainda que parcial, caracteriza a anistia financeira prevista no artigo 44, §3º, do Estatuto Social; considerando que a proibição de se conceder “qualquer anistia financeira” aos associados no período de doze meses anteriores à Assembleia Geral conduz à suspensão dos direitos eleitorais dos associados que, de qualquer forma, dela se beneficiaram; (...) R E S O L V E: 1) Ficam cautelarmente suspensos os direitos eleitorais relativamente ao pleito do dia 3 de fevereiro de 2018, os associados que se beneficiaram dessa anistia parcial, constantes da relação em anexo, devendo seus nomes serem excluídos das listas de votação; (...)”
A denominada “anistia financeira” foi, em
realidade, uma espécie de desconto concedido aos sócios, no próprio dia
1o de dezembro, com prazo de duração até o dia 10, para que os
associados reativassem seus títulos com desconto de 50%.
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Saliente-se que referida promoção era
OBRIGATÓRIA a todos os sócios que comparecessem à Secretaria
durante o período de sua vigência, não existindo a opção de pagamento
integral da taxa de reativação.
Ou seja, nas datas de 1º, 2 e 3 de
dezembro de 2017, o associado não teve a opção de providenciar a
reativação de seu título sem o “desconto” concedido pela Diretoria,
de maneira que NECESSARIAMENTE teve de pagar o valor com o
desconto imposto.
Ressalte-se que, em momento algum,
houve alerta para os associados que o pagamento com desconto
suspenderia seu direito ao voto. Tampouco houve comunicação prévia
de que tal desconto teria início em 01/12/2017.
Inconformados com referida decisão, os
requerentes, por meio desta patrona, apresentaram pedido formal
(DOC. 8) ao Presidente da Comissão Eleitoral, Dr. Miguel Marques e
Silva, em 8 de janeiro:
“(...) Na sexta-feira, dia 1º de dezembro, estive no clube com minha mãe para reativar o título de meus familiares, dentro do prazo em que os mesmos estariam aptos a votar na eleição do dia 3 de fevereiro. Eu fui informada de que não poderia parcelar os valores no cartão de crédito, pois não se enquadraria na hipótese que garantiria a eles o direito ao voto. Sendo assim, optei pelo pagamento à vista, oportunidade que, inclusive, foi dado um desconto para quitação, em dinheiro. Para a minha surpresa, não localizei os nomes dos meus familiares na lista afixada na parede do ginásio. Na secretaria, fui informada de que o direito a voto estaria "suspenso" por Vossas Excelências, em razão de suposta "anistia" dada aos associados que quitaram os valores nos dias 1, 2 e 3 de dezembro.
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Eu gostaria de saber como esta situação será resolvida, pois não solicitei nenhum desconto à secretaria nem a ninguém. Inclusive, não foi me dada a informação de que tal desconto tiraria o direito ao voto (ao contrário do que me informaram quanto ao pagamento parcelado no cartão), muito menos deram-me a opção de pagar o valor cheio. Aguardo uma resposta com brevidade, inclusive com o fundamento para a suspensão do direito ao voto de um associado que preenche todos os requisitos estatutários”.
Tal foi a resposta ao pedido (DOC. 9):
“Boa noite. Sra. Yule Pedrozo Bisetto, a Comissão Eleitoral, reunida hoje à tarde, entendeu que, como o pagamento foi feito em dinheiro e dentro daquela promoção poderia ter sido efetuado por qualquer outra pessoa que não os associados, está concedendo aos interessados o prazo de três (3) dias úteis, para que juntem algum outro comprovante do referido ato de pagamento, inclusive com a complementação do real valor, sem a aludida "anistia". No que tange à suspensão cautelar dos direitos eleitorais, os motivos poderão ser consultados na Deliberação da Comissão Eleitoral, datada de 07 de dezembro de 2.017, publicada no Site do Clube”
Diante das informações prestadas pelo
Exmo. Presidente da Comissão Eleitoral, os requerentes comprovaram o
quanto solicitado (DOC. 10), aguardando o deferimento para o depósito
da “complementação do valor” conforme exigido.
“Prezado Dr. Miguel, (...) consegui o levantamento do horário em que passei pela catraca, após o pagamento das matrículas de meus familiares, que encaminho em anexo. Em anexo, também, os comprovantes de pagamento, nominais, de cada um de meus familiares, demonstrando o pagamento individual, pessoal, e em dinheiro. Em relação ao pagamento da complementação do valor, aguardo um parecer positivo de Vossa Excelência acerca da documentação apresentada, para que eu possa efetuar o pagamento do restante do valor junto à Secretaria. Diante do exposto, reitero o pedido dos e-mails anteriores, para que seja reconhecido o direito de voto de meus familiares”. ***
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“Boa tarde. Tudo bem, falta então o pagamento da complementação. Miguel Marques” (DOC. 11) ***
Mediante o deferimento do pleito, em 18
de janeiro de 2018, os requerentes efetuaram o depósito do valor
remanescente junto à secretaria (DOCS. 12/16), que confirmou ter
autorização do Dr. Miguel para o recebimento da quantia (DOCS.
17/18).
Após a realização de todo o
procedimento indicado, Dr. Miguel realizou ligação telefônica à
patrona dos requeridos confirmando a inclusão dos nomes nas
listas de votantes, o que também foi corroborado pela responsável
pela Secretaria , Sra Nanci.
Em tal ocasião, ambos solicitaram sigilo
absoluto de tal procedimento.
Sobreveio decisão que tornou definitiva a
suspensão dos direitos eleitorais dos associados reativados em 1o, 2 e 3
de dezembro (DOC. 19), que assim consignou:
“VI – Já se demonstrou, exaustivamente, ao longo deste procedimento, a ilicitude da denominada anistia (ou “promoção” ou “reativação”, qualquer que seja seu eufemismo). O perdão da dívida, ainda que parcial, decretado no prazo ânuo anterior à Assembleia Geral, não é permitido, assim como não o é o próprio parcelamento da dívida, no período anterior de três meses. É nítido o propósito do Estatuto Social de evitar cooptação de voto no período que precede as eleições, afastando-se justamente as práticas adotadas por alguns candidatos e que aqui são objeto de apuração.
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Irrelevante que os associados que se beneficiaram dessa anistia não tenham agido com culpa ou dolo, já que a proibição é objetiva e cogente. Assim, embora possam usufruir do Clube, uma vez em dia com as obrigações sociais, não poderão votar ou serem votados porque o adimplemento da dívida se deu em período objetivamente considerado suspeito. Além disso, as poucas objeções opostas à suspeição eleitoral já foram decididas por esta Comissão, em expediente avulso, o que torna muito evidente o conformismo de todos com a decisão proferida. Entendemos, assim, que com a exclusão do processo eleitoral desses associados, indevidamente beneficiados pela anistia irregular, o pleito terá restabelecida sua higidez e equilíbrio. Nesse contexto, esta Comissão decide tornar efetiva a medida cautelar de suspensão dos direitos eleitorais (eleições 2018), dos associados que se beneficiaram da indevida “anistia”, tal como decretada neste procedimento em 7 de dezembro transato (fls. 2).”
Em que pese os requerentes discordarem
veementemente da decisão de suspensão dos demais associados, estes
acreditavam estar dentre as citadas “poucas objeções opostas à
suspeição eleitoral” e, portanto, já tinham suas situações definidas em
“expediente avulso”, dias antes.
Ocorre que, na presente data, o Exmo.
Presidente da Comissão Eleitoral encaminhou aos requerentes
comunicado de que os mesmos haviam, novamente, sido retirados da
lista de aptos (DOC. 20), sob a seguinte fundamentação:
“Em face de representação do Dr. João de Oliveira, advogado, associado do clube, deferimos a pretensão deste, a fim de que as pessoas encaminhadas pelo associado Claudio V. Maria e pela Sra., não sejam incluídos na lista dos associados aptos a votar, tanto pelos motivos por ele apresentados, bem como em face da intempestividade dos respectivos pedidos, que deveriam ter sido feitos até três dias a
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contar da publicação daquela decisão que cautelarmente suspendera os direitos eleitorais. A Sra., evidentemente, está apta a votar, uma vez que pagara a anuidade de 2017. Esperando a sua compreensão, até para o bom andamento das eleições, agradeço atenciosamente. Miguel Marques e Silva Pres. Comissão Eleitoral
Vale ressaltar que os requerentes não têm
a menor ideia do conteúdo de suposta representação apresentada “pelo
Dr. João de Oliveira”, cuja cópia sequer acompanhou a mensagem
enviada.
Ademais, causa estranhamento a alegação
de “intempestividade” das solicitações de inclusão de sócios, por quatro
importantes motivos:
1) Não há qualquer notícia de publicação
formal de decisão que suspendeu
cautelarmente o direito do associado;
2) Não há previsão legal do prazo de três
dias para pedido de inclusão de
associados na lista de aptos a votar;
3) Os requerentes não foram formalmente
notificados da instauração de
procedimento apuratório, de decisão de
suspensão de seu direito ao voto ou
qualquer outro ato que lhes diga
respeito, de forma que não há marco
inicial para o decurso de prazo;
4) Na ocasião dos pedidos realizados, os
direitos eleitorais dos requerentes
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estavam cautelarmente suspensos,
sendo que tal decisão apenas seria
confirmada em 22 de janeiro de 2018, o
que derruba a alegação de
“intempestividade” de pedido realizado
em 8 de janeiro de 2018.
Ora, se a r. Comissão Eleitoral já havia
entendido pela tempestividade do pedido, pela sua total
procedência, uma vez demonstrados todos os elementos por ela
solicitados, e determinado o pagamento de complemento de valor,
no caso, R$ 2.400,00 (dois mil e quatrocentos reais), por qual razão
teria alterado seu entendimento?
Não se sabe.
Em realidade, acreditam os requerentes
que foram prejudicados em meio ao fogo cruzado estabelecido entre
diversas chapas de candidatos ao Conselho Deliberativo e à
Presidência do Corinthians.
As decisões, pedidos e impugnações
narrados acima, além de outros tantos noticiados pela imprensa,
demonstram claro viés eleitoreiro de diversos envolvidos - impugnados e
impugnantes, oposicionistas e situacionistas - todos com o objetivo de
vencer as eleições a qualquer custo ou almejar cargos diretivos e
benefícios em um futuro próximo.
O associado eleitor que cumpre todos os
requisitos estatutários não pode ser o maior prejudicado.
Foram instalados diversos expedientes
para a apuração de suposta “compra de votos” ou “crimes eleitorais”,
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recebidos os mais diversos tipos de impugnação e ouvidos outros tantos
interessados.
Porém, em momento algum, os
associados que tiveram seus “direitos eleitorais” suspensos
receberam comunicação escrita, uma ligação que fosse, ou o
próprio conteúdo do que fora decidido em seu desfavor.
Os requerentes, por exemplo, ficaram
sabendo das decisões por meio de notícias veiculadas em blogs e
mensagens recebidas em grupos do aplicativo whatsapp.
Se isso não é um completo desrespeito aos
requerentes enquanto indivíduos, associados, cidadãos e corinthianos,
não se sabe o que mais poderia ser!
Vale destacar que a decisão que tornou
definitiva a suspensão do direito ao voto encontra-se parcialmente
suspensa por decisão do MM. Juiz de Direito da 1a Vara Cível deste
Foro, nos autos da ação 1000810-07.2018.8.26.0008, por pedido do Sr.
Eduardo Caggiano Freitas (DOC 21).
Da mesma sorte, também houve
suspensão de outras duas decisões exaradas pela mesma r. Comissão
Eleitoral, nos autos 1000382-25.2018.8.26.0008 (DOC. 22) e 1000840-
42.2018.8.26.0008 (DOC. 23), ambos da 3a Vara Cível do Tatuapé, em
favor, respectivamente, dos candidatos à presidência Antônio Roque
Citadini e Paulo Garcia.
Ou seja, foi instaurado expediente para
a apuração de supostas irregularidades eleitorais praticadas (DOC.
24), em tese, por candidatos das diversas chapas, sendo que muitos
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deles foram absolvidos das acusações e os que foram impugnados
conseguiram a suspensão das respectivas decisões em juízo.
E o associado que pagou a reativação nas
datas mencionadas, obrigatoriamente com desconto, foi o maior
prejudicado, uma vez que teve limado o seu direito ao voto que é, em
realidade, a única arma que possui dentro do clube para buscar
eliminar todas essas lamentáveis situações que, infelizmente, ainda
acontecem.
Com a proximidade da data do pleito
eleitoral, e em razão da patente injustiça das decisões da r.
Comissão Eleitoral, os Requerentes não vislumbram alternativa
senão socorrerem-se do poder Judiciário para terem garantido o
seu direito ao voto.
DO DIREITO
I – DO INCOMPETÊNCIA DA COMISSÃO ELEITORAL PARA
SUSPENDER OS DIREITOS ELEITORAIS DOS ASSOCIADOS
O artigo 88, caput, do Estatuto Social
determina que a Comissão Eleitoral deverá elaborar o Regimento
Eleitoral, bem como conduzir o processo eleitoral e julgar pedidos de
impugnação de candidatura.
Não há, em todo o Estatuto, atribuição de
poderes de aplicação de pena de suspensão cautelar ou permanente de
direitos eleitorais de associados, sobretudo quando inexistente a prática
de qualquer ato de indisciplina pelos mesmos.
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Ademais, referido Estatuto prevê
taxativamente, em seu artigo 25, as penalidades aplicáveis aos
associados do clube: a advertência escrita, a suspensão e o
desligamento, resguardado em qualquer hipótese o direito à ampla
defesa (art. 25, parágrafo único, e art. 32), inclusive com a produção de
todos os tipos de prova, sob o crivo do contraditório.
Inexiste no estatuto social a previsão de
pena de “suspensão de direitos eleitorais”, muito menos de
maneira sumária e sem direito de defesa dos próprios associados.
Ainda, segundo o Estatuto, o órgão
competente para a análise e processamento de prática de atos de
indisciplina é a Comissão de Ética e Disciplina – e não a Comissão
Eleitoral!
Não fosse isto, o Estatuto garante ao
associado o direito de apresentar recurso ao Conselho Deliberativo de
toda decisão que determinar aplicação de penalidade ao associado,
o que não foi aplicado ao caso em comento, tendo em vista que referida
decisão foi reputada “irrecorrível”.
Nem mesmo o Regimento Interno da
Comissão Eleitoral (doc. Anexo) prevê a possibilidade de aplicação de
pena de “suspensão de direitos eleitorais” de associados por referido
órgão.
Na legislação pátria vigente, por seu turno,
o artigo 58 do Código Civil determina expressamente:
“Art. 58. Nenhum associado poderá ser impedido de exercer direito ou função que lhe tenha sido legitimamente
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conferido, a não ser nos casos e pela forma previstos na lei ou no estatuto.”
Acerca de tal dispositivo, leciona o
Professor Flavio Tartuce:
“Seguindo no estudo dos dispositivos legais, o art. 58 do CC, em sintonia com o princípio da eticidade e a correspondente valorização da boa-fé, preconiza que nenhum associado poderá ser impedido de exercer direito ou função que lhe tenha sido legitimamente conferido, a não ser nos casos e formas previstos na lei ou no estatuto. Percebe-se a intenção do legislador em valorizar os direitos inerentes à dignidade da pessoa humana, sendo o comando visualizado como uma manifestação do princípio constitucional pelo qual ninguém pode ser compelido a agir senão em virtude de lei (princípio da legalidade, art. 5º, II, da CF/1998). Anote-se que o estatuto não pode afastar tal direito sem justo motivo, o que pode ferir valor fundamental, não podendo prevalecer”.
Inexistindo, no caso concreto, qualquer
previsão legal, estatutária ou regimental que impeça o associado de
exercer seu direito de votar e ser votado (artigo 22, H, do Estatuto
Social), não pode prevalecer a suspensão objeto da presente lide.
Sendo assim, patente a incompetência da
Comissão Eleitoral para a aplicação de pena de “suspensão de direitos
eleitorais”, sequer prevista no Estatuto Social ou qualquer outra norma
aplicável à espécie, bob pena de violação de princípios constitucionais e
garantias individuais, dentre as quais a própria dignidade da pessoa
humana.
II – DO CERCEAMENTO DO DIREITO À AMPLA DEFESA
É gritante, no presente caso, a violação ao
direito à ampla defesa, ao contraditório e ao devido processo legal.
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Os requerentes, assim como demais
associados que tiveram seus “direitos eleitorais” suspensos, foram
meros espectadores do circo midiático criado em torno das eleições no
Sport Club Corinthians Paulista.
Os diversos procedimentos instaurados
pela Comissão Eleitoral para apuração de suposta “compra de votos”
foram conduzidos à total revelia dos verdadeiros interessados, os
associados que, ao final, tiveram seus direitos suspensos.
A ampla defesa está prevista no artigo 5º,
inciso LV, da Constituição Federal:
“aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e a ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes”
Não há que se falar em suspensão de
qualquer tipo de direito sem que seja dada ciência prévia ao interessado
e garantida a real oportunidade de apresentação de defesa, sob pena de,
mais uma vez, afrontar a própria Constituição Federal.
III – DA FALTA DE FUNDAMENTO FÁTICO E JURÍDICO PARA A
SUSPENSÃO DOS “DIREITOS ELEITORAIS” DOS REQUERENTES
Como visto, a suspensão cautelar dos
direitos eleitorais dos associados que pagaram reativação com desconto
foi fundamentada da proibição da concessão de “anistia” no período de
doze meses anteriores à eleição, que seria apurada em procedimento
próprio.
Após concluído o procedimento
administrativo - do qual sequer foram notificados os requerentes e com
a produção de provas sem a observância do contraditório - decidiu-se
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pela suspensão definitiva dos direitos eleitorais, fundamentada na (i)
ilicitude da denominada anistia; (ii) irrelevância da ausência de dolo ou
culpa por parte dos associados porque o adimplemento da dívida teria
ocorrido em “período objetivamente suspeito”; (iii) as poucas objeções
teriam sido decididas em expediente avulso – INCLUSIVE A DOS
REQUERENTES, QUE PAGARAM A COMPLEMENTAÇÃO; (iv) o
“conformismo de todos” com a decisão proferida pode ser presumido da
existência de poucas objeções formais.
Ocorre que a motivação apresentada com
tais decisões é extremamente frágil e totalmente desprovida de
fundamento jurídico.
a) Da necessidade de definição do termo “anistia”
O artigo 44, parágrafo 3o, do Estatuto
Social determina que “fica expressamente proibida qualquer anistia
financeira aos associados no período de 12 meses anteriores à AG, bem
como qualquer parcelamento do débito no período de três meses
anteriores à AG”.
No r. entendimento da Comissão Eleitoral,
o desconto concedido em 1o de dezembro caracterizaria “anistia parcial”,
o que está longe de ser ponto pacífico.
Sem entrar no mérito de os requerentes
concordam ou não com a concessão de desconto que – diga-se – sequer
pleitearam, necessário de faz pontuar algumas questões.
No mundo jurídico, anistia significa o
perdão de penalidades, como multas e juros, restando devido e exigível
apenas o valor principal da dívida.
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Neste diapasão, a proibição de
concessão de anistia nos doze meses anteriores à eleição pelo
Estatuto Social significa, necessariamente, que não pode ser
retirada do valor em atraso devido pelo sócio a quantia referente a
eventuais multas e juros.
Não é o caso em análise.
O desconto de 50% sobre o valor da
reativação, tecnicamente, não configura anistia.
Se assim o fosse, a própria cobrança de
taxa de reativação do título, per si, configuraria “anistia”, mesmo que no
valor cheio de R$ 1.200,00 (mil e duzentos reais), uma vez que referida
taxa desconsidera todos os débitos do sócio relativos a mensalidades
anteriores que ultrapassem referido valor.
Se desconto é considerado anistia, o
mesmo entendimento deve ser aplicado aos associados que também
pagaram a taxa de reativação de R$ 1.200,00, uma vez que deles
também fora descontado o valor de suas dívidas que supera este
montante.
Desconto não é anistia.
b) Da obrigatoriedade do desconto de 50% e impossibilidade de
pagamento do valor cheio – e da ausência de dolo e culpa dos
associados
Como já narrado – e suficientemente
comprovado pelos documentos que acompanham a presente – os
requerentes não tiveram opção de pagar valor cheio da reativação de
seus respectivos títulos.
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Em depoimento perante a Comissão
Eleitoral, o Diretor Administrativo afirmou expressamente a
impossibilidade de pagamento de valor diverso ao desconto concedido.
No mesmo sentido, o depoimento da responsável pela secretaria Sra.
Nanci. Também confirma tal fato a representação apresentada pelo
associado Ricardo Maritan junto à mesma Comissão.
Ora, se era IMPOSSÍVEL pagar o valor
cheio da reativação, é certo que a decisão de suspender os “direitos
eleitorais” dos associados abrangeu TODOS AQUELES QUE
PROCURARAM A SECRETARIA NAS DATAS DE 1º, 2 E 3 DE
DEZEMBRO, o que chega beirar o absurdo.
Nesse sentido, extremamente temerário
afirmar a irrelevância de dolo ou culpa dos associados.
Até porque se irrelevante fosse, como
consta da decisão da Comissão Eleitoral, não haveria exceção à regra
ou, ainda, a possibilidade de comprovar que o pagamento foi efetuado
individualmente, como ocorreu com os requerentes.
c) Da decisão em expediente avulso – PAGAMENTO INTEGRAL
PELOS REQUERENTES
Não fosse todo o alegado, os requerentes
requereram diretamente ao presidente da Comissão Eleitoral a sua
inclusão na lista de associados aptos a votar.
Como fartamente demonstrado, o Exmo.
Presidente da Comissão Eleitoral solicitou a comprovação de que os
pagamentos foram efetuados pelos requerentes, que demonstraram o
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horário de acesso às catracas do clube e os comprovantes de
pagamento.
Convencido da prova produzida, o Exmo.
Presidente ordenou a realização do pagamento do que chamou de
“complementação” do valor, em que foi prontamente atendido pelos
Requerentes.
Totalmente incoerente a decisão de
exclusão dos requerentes da lista que sobreveio, a qual não pode
prevalecer pelos inúmeros argumentos expostos.
DA TUTELA DE URGÊNCIA
As eleições acontecem no dia 2 de
fevereiro, ou seja, em menos de 3 (três) dias, de maneira que a
concessão da tutela de urgência de forma antecedente mostra-se
imperiosa.
Como demonstrado nos autos, há fumus
boni Iuri, dada a plausibilidade dos fatos alegados, a confiabilidade das
provas acostadas e a probabilidade do direito.
O risco de irreversibilidade decorre tão-
somente da não concessão da medida de urgência pleiteada, posto que
o deferimento do pleito após a realização da eleição torna-se irrelevante.
Sendo assim, imperiosa a concessão da
tutela de urgência, a fim de suspender os efeitos da decisão da
Comissão Eleitoral, que suspendeu os direitos eleitorais dos associados
que pagaram as reativações de seus títulos em 1, 2 e 3 de dezembro,
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garantindo-lhes o direito de votar nas eleições que acontecem na sede
do Requerido em 3 de fevereiro de 2018.
PEDIDO
Ante o exposto, requer a concessão de
tutela de urgência, inaudita altera pars, a fim de suspender os
efeitos da decisão da Comissão Eleitoral, que suspendeu os direitos
eleitorais dos associados que pagaram as reativações de seus
títulos em 1, 2 e 3 de dezembro, garantindo-lhes o direito de votar
nas eleições que acontecem na sede do Requerido em 3 de fevereiro
de 2018.
Requer, ainda, a inserção dos
requerentes na lista de associados aptos a votar, de maneira que
serão distribuídos em urnas comuns, segundo os critérios
utilizados para os demais candidatos, proibindo a separação de
seus votos em urna própria, evitando-se o constrangimento e
respeitando seu direito ao voto secreto e à intimidade.
Requer a expedição mandado de intimação
da decisão que conceder a medida cautelar, com urgência, a ser
cumprida por oficial de justiça de plantão, dada à proximidade do
evento.
Requer, ainda, seja facultado aos
requerentes o protocolo da decisão junto à secretaria da Comissão
Eleitoral, bem como do Departamento Jurídico do Clube, de maneira a
produzir efeitos para o imediato cumprimento da medida.
Requer a citação do requerido para,
querendo, apresentar contestação, sob pena de revelia.
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Ao final, requer seja o feito julgado
TOTALMENTE PROCEDENTE, a fim de declarar nula a decisão que
suspendeu os direitos eleitorais dos requerentes, confirmando o seu
direito ao voto, posto que cumprem todos os requisitos estatutários
para tanto.
Requer as publicações e intimações sejam
realizadas em nome de YULE PEDROZO BISETTO, regularmente
inscriota no quadro de advogados da OAB/SP sob nº 300.026, nos
termos do artigo 272, §2º do Código de Processo Civil, sob pena de
nulidade.
Dá-se à causa o valor de R$ 4.800,00
(quatro mil e oitocentos reais) que corresponde à totalidade dos valores
pagos pela reativação dos títulos.
Termos em que
Pede deferimento.
São Paulo, 31 de janeiro de 2018.
YULE PEDROZO BISETTO
OAB/SP 300.026
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DOCUMENTOS
DOC 1 – ESTATUTO SCCP
DOC 2 – REGIMENTO INTERNO COMISSÃO ELEITORAL
DOC 3 – COMPROVANTE REATIVAÇÃO ELIZABETH
DOC 4 – COMPROVANTE REATIVAÇÃO EVELIN
DOC 5 – COMPROVANTE REATIVAÇÃO PEDRO
DOC 6 – COMPROVANTE REATIVAÇÃO WILSON
DOC 7 – DECISÃO COMISSÃO ELEITORAL DE SUSPENSÃO CAUTELAR
DOC 8 – SOLICITAÇÃO À COMISSÃO ELEITORAL
DOC 9 – RESPOSTA DA COMISSÃO ELEITORAL
DOC. 10 – COMPROVAÇÃO À COMISSÃO ELEITORAL
DOC. 11 – RESPOSTA DA COMISSÃO DETERMINANDO O PAGAMENTO
DOC 12 – COMPROVANTE DE PAGAMENTO DE COMPLEMENTAÇÃO ELIZABETH
DOC 13 – COMPROVANTE DE PAGAMENTO DE COMPLEMENTAÇÃO EVELIN
DOC 14 – COMPROVANTE DE PAGAMENTO DE COMPLEMENTAÇÃO PEDRO
DOC 15 – COMPROVANTE DE PAGAMENTO DE COMPLEMENTAÇÃO WILSON
DOC. 16 – COMPROVANTE DE CARTÃO DÉBITO
DOC 17 – WHATSAPP DR. MIGUEL
DOC 18 – WHATSAPP SRA. NANCI
DOC 19 – DECISÃO DA COMISSÃO ELEITORAL DE SUSPENSÃO DEFINITIVA
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DOC 24 – PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO – PRINCIPAIS PEÇAS
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