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EXECUÇÃO NO PROCESSO DO TRABALHO

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ExEcução no ProcEsso do Trabalho

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1a edição — Outubro, 2008

2a edição — Fevereiro, 2010

3a edição — Junho, 2011

4a edição — Junho, 2012

4a edição — 2a tiragem — Setembro, 2012

5a edição — Abril, 2013

5a edição — 2a tiragem — Setembro, 2013

6a edição — Março, 2014

7a edição — Março, 2015

8a edição — Abril, 2016

8a edição — 2a tiragem — Setembro, 2016

9a edição — Maio, 2017

10a edição — Junho, 2018

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Mauro schiaviJuiz titular da 19a Vara do Trabalho de São Paulo.

Mestre e Doutor em Direito das Relações Sociais pela PUC/SP. Professor Universitário (Graduação e Pós-Graduação).

Professor convidado dos Cursos de Pós-Graduação da PUC/SP (Cogeae), Escola Paulista de Direito (EPD), Faculdade de Direito de Sul de Minas (FDSM), e EJUD/2 e MACKENZIE. Professor Convidado das Escolas Judiciais dos TRTs

das 1a, 2a, 3a, 4a, 5a, 6a, 7a, 8a, 11a, 13a, 14a, 15a, 16a, 17a, 19a, 20a, 22a e 24a Regiões.

ExEcução no ProcEsso do Trabalho

10a edição

de acordo com o novo CPC e a Reforma Trabalhista

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R

EDITORA LTDA.

© Todos os direitos reservados

Rua Jaguaribe, 571CEP 01224-003São Paulo, SP – BrasilFone: (11) 2167-1151www.ltr.com.brJunho, 2018

Produção Gráfica e Editoração Eletrônica: Peter Fritz StrotbekProjeto de Capa: Fabio GiglioImpressão: Pimenta & Cia. Ltda.

Versão impressa: LTr 6061.0 – ISBN 978-85-361-9659-6Versão digital: LTr 9398.0 – ISBN 978-85-361-9724-1

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Schiavi, Mauro Execução no processo do trabalho : de acordo com o novo CPC e a reforma trabalhista / Mauro Schiavi. — 10. ed. — São Paulo : LTr, 2018.

Bibliografia.

1. Execução (Direito do trabalho) — Brasil 2. Reforma constitucional I. Título.

18-15202 CDU-347.952:331(81)

Índice para catálogo sistemático:

1. Brasil : Processo de execução : Direito do trabalho 347.952:331(81)

Cibele Maria Dias — Bibliotecária — CRB-8/9427

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Dedico esta obra à Ida (in memoriam), à Angélica

e à pequena Larissa, pelo irrestrito amor

e carinho que nos unem, e por serem fonte

inesgotável de inspiração para novos desafios.

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Agradeço ao Departamento Editorial da LTr, pela confiança, ajuda e incentivo em mais este trabalho.

Agradeço aos grandes amigos da LTr: Lacier e Freire, pelo grande estímulo na elaboração desta obra.

Agradeço aos servidores da 19a Vara do Trabalho de São Paulo, pela constante troca de ideias, apoio e incentivo constantes.

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ExEcução no ProcEsso do Trabalho 9

suMário

Nota à 10a Edição .................................................................................................................... 17

Apresentação ........................................................................................................................... 19

Capítulo I — Teoria Geral da Execução Trabalhista ............................................................ 21

1. Introdução e aspectos críticos ............................................................................................ 21

2. Do conceito de execução trabalhista .................................................................................. 23

3. Princípios da execução trabalhista ..................................................................................... 25

3.1. Conceito e importância ............................................................................................... 25

3.2. Dos princípios da execução trabalhista em espécie ................................................... 30

3.2.1. Primazia do credor trabalhista ......................................................................... 30

3.2.2. Princípio do meio menos oneroso para o executado ..................................... 30

3.2.3. Princípio do título ............................................................................................ 33

3.2.4. Redução do contraditório ................................................................................ 34

3.2.5. Patrimonialidade .............................................................................................. 36

3.2.5.1. A questão da prisão do devedor de verba alimentar .......................... 37

3.2.6. Efetividade ........................................................................................................ 38

3.2.6.1. Direito fundamental à tutela executiva .............................................. 39

3.2.7. Disponibilidade ................................................................................................ 40

3.2.8. Princípio da instrumentalidade das formas .................................................... 41

3.2.9. Função social da execução trabalhista ............................................................. 42

3.2.10. Subsidiariedade ............................................................................................... 44

3.2.10.1. Da aplicação subsidiária da Lei n. 6.830/80 à execução trabalhista 44

3.2.11. Princípio da duração razoável do processo na execução............................... 46

3.2.12. Princípio da ausência de autonomia da execução trabalhista (procedimento sincrético) ........................................................................................................ 53

3.2.13. Princípio do impulso oficial ........................................................................... 55

3.2.13.1. Princípio da atipicidade dos meios executivos ............................... 58

3.2.14. Princípio da proporcionalidade...................................................................... 60

3.2.15. Princípio da cooperação ................................................................................. 62

4. Da aplicação subsidiária do Código de Processo Civil na execução trabalhista e as lacunas da Consolidação das Leis do Trabalho .................................................................. 64

4.1. O Código de Processo Civil de 2015 e o Processo do Trabalho ................................ 64

4.2. As lacunas do Processo do Trabalho e aplicação do CPC ......................................... 68

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10 Mauro Schiavi

5. Competência para a execução trabalhista ....................................................................... 86

6. Da alteração da competência material na execução e os processos em curso em razão da Emenda n. 45/04 .......................................................................................................... 87

6.1. Regras de direito intertemporal e a vigência da Lei n. 13.467/17 ........................... 89

7. Da prescrição na execução trabalhista ............................................................................ 94

7.1. Conceito de prescrição .............................................................................................. 94

7.2. Da prescrição intercorrente ..................................................................................... 96

8. Da conciliação na execução trabalhista ........................................................................... 100

9. Da audiência de conciliação na execução trabalhista ..................................................... 103

10. Requisitos preliminares da execução trabalhista (pressupostos processuais e condições da ação executiva) ............................................................................................................ 106

10.1. Pressupostos processuais da execução.................................................................... 107

10.2. Das condições da ação ............................................................................................ 108

11. Das condições da ação em espécie ................................................................................... 110

11.1. Legitimidade ............................................................................................................ 110

11.2. Legitimidade ativa ................................................................................................... 111

11.3. Da legitimidade ativa do espólio, e sucessores ....................................................... 112

11.4. (Cessionário) Da cessão do crédito trabalhista .................................................... 113

11.5. Do sub-rogado ........................................................................................................ 114

11.6. Legitimidade passiva ............................................................................................... 115

11.7. Interesse processual ................................................................................................. 115

11.8. Possibilidade jurídica do pedido ............................................................................ 117

12. Do mérito da execução .................................................................................................... 118

13. A postura do Juiz do Trabalho diante da execução ........................................................ 119

Capítulo II — Da Boa-Fé das Partes na Execução Trabalhista ........................................... 123

1. Dos deveres das partes e procuradores .............................................................................. 123

2. Da litigância de má-fé no processo do trabalho ................................................................ 126

2.1. Da possibilidade de condenação solidária do advogado por litigância de má-fé ..... 128

3. Da fraude à execução no processo do trabalho ................................................................. 130

4. Da fraude à execução e fraude contra credores ................................................................. 138

5. Do ato atentatório à dignidade da justiça .......................................................................... 140

6. Do assédio processual na execução trabalhista ................................................................. 143

6.1. Da reparação do assédio processual na execução trabalhista .................................... 153

Capítulo III —Dos Títulos Executivos na Justiça do Trabalho ......................................... 157

1. Conceito e requisitos do título executivo .......................................................................... 157

2. Títulos executivos judiciais previstos na CLT .................................................................... 160

2.1. Sentença trabalhista transitada em julgado ............................................................... 161

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ExEcução no ProcEsso do Trabalho 11

2.2. Sentença trabalhista, pendente de julgamento de recurso recebido apenas no efeito devolutivo .................................................................................................................... 163

2.2.1. A sentença trabalhista e a hipoteca judiciária .................................................. 164

2.3. Acordos homologados pela Justiça do Trabalho ........................................................ 170

3. Títulos executivos extrajudiciais trabalhistas .................................................................... 171

3.1. Os termos de ajustes de conduta firmados perante o Ministério Público do Trabalho . 171

3.2. Os termos de conciliação firmados perante as comissões de conciliação prévia ..... 173

4. Títulos executivos não previstos na CLT, que podem ser executados na Justiça do Trabalho .............................................................................................................................. 173

4.1. Judiciais ........................................................................................................................ 173

4.1.1. Sentença penal condenatória que atribui responsabilidade penal ao empregador, transitada em julgado ........................................................................................ 173

4.1.2. Termo de homologação de acordo extrajudicial (arts. 855-B a 855-E, da CLT) 174

4.1.3. Sentença arbitral ................................................................................................ 176

4.2. Títulos extrajudiciais previstos no CPC ..................................................................... 181

4.2.1. A certidão de inscrição na dívida ativa da União referente às penalidades administrativas impostas ao empregador pelos órgãos de fiscalização do trabalho ............................................................................................................. 181

4.2.2. Títulos de crédito oriundos ou decorrentes da relação de trabalho podem ser executados na Justiça do Trabalho .............................................................. 182

Capítulo IV — Da Responsabilidade Patrimonial ............................................................... 186

1. Conceito .............................................................................................................................. 186

2. Da responsabilidade patrimonial secundária .................................................................... 187

3. Dos responsáveis secundários na execução no processo do trabalho (hipóteses típicas) ...... 188

3.1. Sucessão de empresas (empregadores) ....................................................................... 188

3.2. Da responsabilidade do sócio (Desconsideração da personalidade jurídica) .......... 194

3.3. Da responsabilidade do sócio retirante ...................................................................... 201

3.3.1. Teoria inversa da desconsideração da personalidade jurídica ........................ 206

3.3.1.1. Do incidente de desconsideração da personalidade jurídica ............. 208

3.4. Bens do cônjuge ........................................................................................................... 215

3.5. Da responsabilidade do devedor subsidiário ............................................................ 217

3.5.1. Da responsabilidade solidária da empresa integrante do consórcio de em-pregadores .......................................................................................................... 220

3.5.2. Da responsabilidade subsidiária nos contratos de franquia ........................... 223

3.6. Responsabilidade da empresa do mesmo grupo econômico que não participou da fase de conhecimento .................................................................................................. 225

3.7. Da responsabilidade do devedor subsidiário que não participou da fase de conhe-cimento ........................................................................................................................ 229

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12 Mauro Schiavi

Capítulo V — Da Liquidação no Processo do Trabalho ...................................................... 234

1. Do conceito de liquidação de sentença e sua natureza jurídica ...................................... 234

2. Da liquidação por cálculos no processo do trabalho ...................................................... 238

3. Se o reclamante não apresentar os cálculos, há prescrição intercorrente? ..................... 240

4. Liquidação por arbitramento ........................................................................................... 241

5. Liquidação por artigos (pelo procedimento comum) .................................................... 242

6. Da revelia na liquidação de sentença trabalhista ............................................................. 243

7. Da perícia na liquidação ................................................................................................... 245

8. Liquidação de títulos executivos extrajudiciais no processo do trabalho ...................... 250

9. Da natureza da decisão que decide a liquidação no processo do trabalho e impugna-bilidade .............................................................................................................................. 251

10. A questão da correção monetária dos créditos trabalhistas ............................................ 254

Capítulo VI — Da Execução Provisória na Justiça do Trabalho ....................................... 259

1. Conceito e importância ...................................................................................................... 259

2. A nova execução provisória do processo civil e sua aplicabilidade no processo do trabalho ............................................................................................................................... 262

3. Da penhora de dinheiro na execução provisória .............................................................. 272

4. Execução provisória de obrigação de fazer ........................................................................ 277

Capítulo VII — Procedimento da Execução Trabalhista ..................................................... 279

1. Introdução e o Procedimento da CLT ............................................................................... 279

2. Da liberação do depósito recursal antes do início da execução (art. 899 da CLT) .......... 281

3. Do início da execução trabalhista e da citação do executado ........................................... 282

4. Do procedimento de cumprimento de sentença previsto no CPC e sua aplicabilidade no processo do trabalho ..................................................................................................... 286

4.1. Do art. 523 do CPC .................................................................................................... 286

4.2. Da aplicabilidade do art. 523 do CPC ao processo do trabalho. Por uma mudança de mentalidade no caminho da efetividade e celeridade processuais ....................... 287

4.2.1. Da aplicabilidade da multa do art. 523 do CPC na execução provisória no processo do trabalho ........................................................................................ 305

5. Do procedimento da execução por títulos executivos extrajudiciais no processo do trabalho ............................................................................................................................... 307

6. Protesto extrajudicial da sentença trabalhista ................................................................... 309

7. Da certidão negativa de débitos trabalhistas ..................................................................... 315

Capítulo VIII — Da Penhora ................................................................................................. 322

1. Conceito e natureza jurídica .............................................................................................. 322

2. Dos efeitos da penhora ....................................................................................................... 323

2.1. Do tempo e local da penhora...................................................................................... 325

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ExEcução no ProcEsso do Trabalho 13

3. Da importância da penhora para a execução .................................................................... 327

4. Indicação de bens. Ordem de penhora. Constrição e garantia do juízo ........................ 328

4.1. Ferramentas eletrônicas para a efetividade da penhora.......................................... 330

5. Do auto de penhora ......................................................................................................... 333

6. Dos bens impenhoráveis .................................................................................................. 335

7. Da impenhorabilidade do bem de família ...................................................................... 337

8. Da penhora de dinheiro e bloqueio de contas bancárias ............................................... 348

9. Da penhora de salário ...................................................................................................... 356

9.1. Da penhora do salário depositado em caderneta de poupança ............................. 363

10. Penhora de bens imóveis .................................................................................................. 364

10.1. Do registro da penhora do imóvel e consequências .............................................. 369

10.2. Da penhora do imóvel hipotecado ......................................................................... 370

10.3. Fraude à execução (terceiro de boa-fé e a penhora de bem imóvel) ..................... 373

11. Penhora de bem gravado com alienação fiduciária em garantia ................................... 377

12. Penhora de bem gravado com leasing ............................................................................. 380

13. Penhora de faturamento .................................................................................................. 381

14. Da penhora de empresa e do estabelecimento comercial .............................................. 382

15. Penhora de crédito ........................................................................................................... 384

16. Penhora no rosto dos autos ............................................................................................. 385

17. Substituição de penhora .................................................................................................. 386

18. Mais de uma penhora sobre o mesmo bem (concurso de credores na Justiça do Trabalho) .......................................................................................................................... 388

19. Do arresto cautelar (art. 830 do CPC) ............................................................................ 390

20. Da avaliação dos bens penhorados .................................................................................. 391

21. Do depósito dos bens penhorados e o depositário ......................................................... 394

22. Depositário infiel — prisão determinada pelo Juiz do Trabalho ................................... 397

Capítulo IX —Modalidades de Defesa na Execução do Executado e de Terceiros ............ 406

1. Embargos à execução (Título executivo judicial) ............................................................. 406

2. Do conteúdo dos embargos à execução ............................................................................. 409

2.1. Nulidade da citação se o processo correu à revelia .................................................... 409

2.2. Prescrição da dívida .................................................................................................... 411

2.3. Cumprimento da decisão ou quitação da dívida ....................................................... 411

2.4. Inexigibilidade do título .............................................................................................. 411

2.5. Penhora incorreta ou avaliação errônea .................................................................... 411

2.6. Excesso de execução .................................................................................................... 412

2.7. Inexigibilidade do título em razão do dispositivo em que se baseava ter sido declarado inconstitucional (§ 5o do art. 884 da CLT) ................................................................ 413

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14 Mauro Schiavi

2.8. Impugnação à liquidação ............................................................................................ 416

2.9. Matérias de ordem pública .......................................................................................... 416

2.10. Do procedimento dos embargos à execução ............................................................ 416

2.11. Embargos à execução por título executivo extrajudicial .......................................... 419

2.12. Do requerimento de parcelamento da execução pelo executado (art. 916 do CPC) e sua compatibilidade com o processo do trabalho ................................................. 421

3. Da exceção de pré-executividade na Justiça do Trabalho ................................................. 424

4. Dos embargos de terceiro ................................................................................................... 430

Capítulo X — Da Expropriação de Bens no Processo do Trabalho e Disposições Finais da execução ............................................................................................................................. 436

1. Da Hasta Pública .............................................................................................................. 436

1.1. Formalidades da Hasta Pública ................................................................................ 438

2. Expropriação .................................................................................................................... 440

3. Alienação por iniciativa particular .................................................................................. 441

4. Alienação por leilão eletrônico ........................................................................................ 442

5. Arrematação — Conceito e legitimidade para arrematar .............................................. 443

5.1. Da arrematação parcelada de bens ........................................................................... 447

5.2. Ônus e dívidas que gravam o bem arrematado ....................................................... 448

6. Adjudicação ...................................................................................................................... 451

6.1. Da adjudicação antes da Hasta Pública ................................................................... 453

7. Remição da execução ....................................................................................................... 455

8. Remição de bens ............................................................................................................... 457

9. Prioridade da expropriação no processo do trabalho .................................................... 458

10. Lance mínimo ................................................................................................................... 458

11. Lance vil ............................................................................................................................ 459

11.1. Lance vil no processo do trabalho .......................................................................... 460

11.2. Impugnação da expropriação no processo do trabalho ........................................ 464

12. Suspensão e extinção da execução no processo do trabalho .......................................... 466

13. Suspensão da execução no curso de ação rescisória ....................................................... 468

14. Custas e despesas processuais na execução trabalhista ................................................... 469

15. A questão dos honorários advocatícios na execução trabalhista ................................... 472

Capítulo XI —Dos Recursos na Execução Trabalhista ........................................................ 476

1. Agravo de petição ................................................................................................................ 476

1.1. Delimitação das matérias objeto da controvérsia ...................................................... 484

1.2. Procedimento .............................................................................................................. 486

2. Recurso de revista ............................................................................................................... 487

2.1. Requisitos específicos do recurso de revista ............................................................... 491

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ExEcução no ProcEsso do Trabalho 15

2.2. Hipótese de cabimento na execução de sentença ...................................................... 499

2.2.1. Execução de título executivo extrajudicial, execução fiscal e certidão negativa de débitos trabalhistas ...................................................................................... 506

2.2.2. Admissibilidade do Recurso e Saneamento de nulidades............................... 507

2.3. Transcendência no recurso de revista ......................................................................... 510

2.4. Efeitos do recurso de revista ....................................................................................... 515

2.4.1. Devolutivo ......................................................................................................... 515

2.4.2. Efeito suspensivo ............................................................................................. 516

3. Dos embargos de declaração .............................................................................................. 516

3.1. Conceito e natureza jurídica ....................................................................................... 516

3.2. Hipóteses cabíveis ........................................................................................................ 517

3.3. Caráter infringente dos embargos (Efeito modificativo) .......................................... 519

3.4. Embargos de declaração em face de decisão interlocutória ...................................... 520

3.5. Embargos de declaração e contraditório .................................................................... 520

3.6. Embargos de declaração protelatórios e multa .......................................................... 521

3.7. Embargos de declaração e prequestionamento ......................................................... 522

3.8. Do processamento dos embargos de declaração ....................................................... 523

4. Agravo de instrumento ....................................................................................................... 525

5. Do recurso extraordinário na execução trabalhista .......................................................... 529

5.1. Efeitos do recurso extraordinário na execução da sentença trabalhista .................. 533

Capítulo XII — Procedimentos Especiais na Execução Trabalhista .................................. 534

1. Execução da parcela previdenciária ................................................................................... 534

1.1. Da competência ........................................................................................................... 534

1.2. Do procedimento da execução previdenciária .......................................................... 538

a) Termos de conciliação homologados na Justiça do Trabalho (art. 831 da CLT) contendo parcelas objeto de incidência de INSS ................................................... 542

b) Acordo celebrado perante a comissão de conciliação prévia ................................ 546

c) Sentença trabalhista transitada em julgado, contendo parcelas objeto de inci-dência de INSS ........................................................................................................ 546

d) Liquidação do valor ................................................................................................ 548

e) Rito da execução ...................................................................................................... 548

2. Da execução em face da massa falida e empresa em recuperação judicial ....................... 549

2.1. Da alienação de bens durante o procedimento de recuperação judicial e a sucessão para fins trabalhistas ................................................................................................... 558

2.2. Execução em face de empresas em liquidação extrajudicial ..................................... 561

3. Da execução de obrigações de fazer e não fazer na Justiça do Trabalho .......................... 562

4. Execução em face da Fazenda Pública ............................................................................... 566

4.1. Conceito e introdução ................................................................................................. 566

4.2. Procedimento na Justiça do Trabalho ........................................................................ 569

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4.3. Dos créditos de pequeno valor ................................................................................. 574

4.4. Da Instrução Normativa n. 32/07 do Tribunal Superior do Trabalho ................... 576

5. Da execução de parcelas sucessivas ................................................................................. 579

6. Execução das multas administrativas aplicadas ao empregador pelos órgãos de fiscalização do trabalho........................................................................................................................ 581

7. Ação anulatória ................................................................................................................ 588

8. Habeas corpus na Justiça do Trabalho .............................................................................. 591

8.1. Hipóteses de cabimento na Justiça do Trabalho...................................................... 593

a) Ato da autoridade judiciária trabalhista .............................................................. 593

8.2. Competência funcional e procedimento ................................................................. 595

9. Ação Monitória ................................................................................................................ 597

9.1. A Ação Monitória no Direito Processual do Trabalho ............................................ 602

9.2. Do procedimento da Ação Monitória na Justiça do Trabalho ............................... 605

10. Mandado de Segurança .................................................................................................... 606

10.1. Conceito de Mandado de Segurança ...................................................................... 606

10.2. Do direito líquido e certo ........................................................................................ 607

10.3. Das competências material e funcional para o Mandado de Segurança .............. 610

10.4. Mandado de Segurança em face de decisão interlocutória e na execução da sentença trabalhista ................................................................................................. 612

10.5. Procedimento do Mandado de Segurança na Justiça do Trabalho ....................... 613

10.6. Da liminar e da recorribilidade da decisão que a aprecia ...................................... 618

10.7. Da recorribilidade da decisão no mandado de segurança ..................................... 619

10.8. Do prazo para interposição do mandado de segurança ........................................ 620

11. Correição parcial ............................................................................................................. 621

12. Execução da decisão que concede a tutela antecipada no processo do trabalho .......... 623

13. Da tutela cautelar na execução trabalhista ...................................................................... 626

13.1. Do poder geral de cautela do Juiz do Trabalho na execução ................................. 628

13.2. Do procedimento da tutela cautelar no processo do trabalho .............................. 629

Capítulo XIII — Liquidação e Execução das Ações Coletivas na Justiça do Trabalho ...... 633

1. Do conceito de interesses difusos, coletivos e individuais homogêneos .......................... 633

2. Da natureza da decisão proferida em ações coletivas para a defesa de interesses coletivos, difusos e individuais homogêneos ..................................................................................... 637

3. Liquidação e execução dos direitos difusos e coletivos ..................................................... 638

4. A liquidação da decisão para interesses individuais homogêneos ................................... 640

5. A execução dos interesses individuais homogêneos ......................................................... 646

Referências Bibliográficas ...................................................................................................... 649

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ExEcução no ProcEsso do Trabalho 17

noTa à 10a Edição

Novamente, sou grato a todos que leram ou consultaram esta obra, especialmente aos meus alunos, professores, advogados e operadores do direito, maiores responsáveis pela continuidade desta obra e de meus estudos.

A execução é momento culminante do processo, pois é nessa fase que o direito se transforma em realidade, ou seja, em que a decisão será materializada, entregando o bem da vida ao credor que lhe pertence por direito. De nada adianta a declaração do direito nas fases anteriores do processo se ele não puder ser entregue ao vencedor.

A execução trabalhista exige a aplicação de conhecimentos previstos em pratica-mente todos os ramos do direito, como: constitucional, comercial, civil, tributário, penal, administrativo, processual civil, uma vez que as questões relacionadas ao patrimônio do devedor, o qual responderá pela execução, estão disciplinadas em diversos segmentos do direito.

Esta edição está de acordo com o Novo Código de Processo Civil, Lei n. 13.467/17 e a Medida Provisória n. 808/17.

A Lei n. 13.467/17, conhecida como a Reforma Trabalhista, impacta profundamente a execução trabalhista, principalmente em institutos sensíveis ao processo trabalhista tais como: o impulso oficial da execução, prescrição intercorrente e aplicação do incidente de desconsideração de personalidade jurídica.

Além disso, há aspectos importantes que impactam na responsabilidade patrimo-nial na execução trabalhista, como nova configuração do grupo econômico, sucessão trabalhista, e responsabilidade de sócios retirantes.

Novos desafiam se iniciam ao processo trabalhista.

Procurei direcionar a obra para a resolução e o enfrentamento de problemas práticos que acontecem no cotidiano da Justiça do Trabalho que não são de fácil solução e, muitas vezes, desanimam partes, advogados e funcionários da Justiça.

Espero que a obra continue sendo útil tanto ao estudioso acadêmico quanto ao aplicador prático do direito, o qual precisa de soluções rápidas que apresentem panorama doutrinário e jurisprudencial sobre os mais diversos assuntos que envolvem o fascinante instituto da execução na Justiça do Trabalho.

O [email protected]

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ExEcução no ProcEsso do Trabalho 19

aPrEsEnTação

Este livro decorre da experiência adquirida em muitos anos no exercício da magistratura e do magistério do processo do trabalho, tendo por objetivo realizar um estudo detalhado e sistemático da execução trabalhista.

A obra foi idealizada nos anos de 2007 e 2008, quando atuei na Central de Mandados de Execução e Cartas Precatórias do Fórum de Barueri-SP, que apresenta um dos maiores volumes de processos em execução do país, e onde há inúmeros problemas e incidentes na fase de execução.

Embora a execução seja apontada como a fase mais difícil do processo, em que, muitas vezes, há um certo desencanto dos que nele atuam e também da doutrina, procuramos, além de realizar estudo dos institutos que compõem a execução, apontar alguns caminhos e soluções para a sua efetividade e celeridade.

A importância da execução é vital para a efetividade do processo, pois de nada adianta todo o esforço judicial para declarar o direito na fase de conhecimento se ele não for materializado, entregando o bem da vida pretendido para o exequente.

A obra apresenta moderna visão da execução no processo do trabalho, destacando seus institutos e peculiaridades, defendendo aplicação subsidiária do Código de Processo Civil quando mais efetivo que a CLT, sem deixar de lado, muitas vezes, a triste realidade das Varas do Trabalho, que apresentam milhares de processos nos quais milhares de trabalhadores aguardam a satisfação de seus créditos.

Estruturamos a obra de acordo com o sistema da Teoria Geral do Processo e, posteriormente, inserimos o sistema da execução do processo do trabalho.

Selecionamos as melhores obras e autores de cada capítulo da execução, tanto no processo do trabalho como no processo civil, sempre externando opinião própria sobre cada assunto que envolve a execução trabalhista.

Estamos convencidos de que a execução na Justiça do Trabalho pode ser sensivelmente melhorada, mas, para isso, não é necessária a mudança da legislação processual, e sim da mentalidade dos atores que nela atuam — quais sejam: Juiz, advogados, partes e servidores —, pois há necessidade de simplificação do seu procedimento, de maior abertura para aplicação da Legislação Processual Civil naquilo em que propiciar maior efetividade à execução trabalhista e de aplicar os dispositivos da CLT que propiciam agilidade ao procedimento.

Por outro lado, na execução se exige grande equilíbrio do juiz para que ela não se transforme em vingança privada, ou em palco para injustiças, pois o escopo da execução é entregar ao credor o bem da vida pretendido, que é seu por direito.

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ExEcução no ProcEsso do Trabalho 21

caPíTulo i

TEoria GEral da ExEcução TrabalhisTa

1. Introdução e aspectos críticos

legislação vigorante na Roma antiga era extremamente rigorosa em relação à A pessoa que deixasse de cumprir a obrigação assumida: ao contrário do que ocorre nos tempos atuais, porém, os credores romanos não podiam fazer que a execução incidisse no patrimônio do devedor, pois as medidas previstas naquela legislação prisca tinham como destinatária, em regra, a pessoa do próprio devedor. A execução era, portanto, corporal, e não patrimonial(1).

Conforme Manoel Justino Bezerra Filho(2), com a manus iniectio, uma das cinco ações previstas no direito romano da época da legis actiones, surge o processo de exe-cução, em sua primeira fase. A execução, inicialmente, era feita sobre o próprio corpo do devedor, permitindo a lei que se repartissem tantos pedaços do corpo do devedor quantos fossem os credores. Sem embargo da previsão legal em tal sentido, nunca teria, porém, sido efetivamente aplicada tal pena por repudiada pelos costumes públicos. A execução seria feita mesmo sobre o corpo do devedor, porém vendendo-o como escravo e repartindo o preço apurado entre os diversos credores.

Atualmente, com o avanço da sociedade, a execução não mais incide sobre a pessoa do devedor, e sim sobre seu patrimônio (princípio da humanização da execução que tem início em Roma, no século V, com a Lex Poetelia). Diz-se que a execução tem caráter patrimonial. Nesse sentido é o que dispõe o art. 789 do CPC, in verbis: O devedor responde, para o cumprimento de suas obrigações, com todos os seus bens presentes e futuros, salvo as restrições estabelecidas em lei.

Como destaca Araken de Assis(3):

O art. 591(4) culmina notável evolução histórica. Rompendo com as tradições romana e germânica, convergentes ao imprimir responsabilidade pessoal

(1) TEIXEIRA FILHO, Manoel Antonio. Execução no processo do trabalho. 9. ed. São Paulo: LTr, 2005. p. 52.

(2) BEZERRA FILHO, Manoel Justino. Lei de recuperação de empresas e falência. 12. ed. São Paulo: RT, 2017. p. 52.

(3) ASSIS, Araken de. Manual do processo da execução. 7. ed. São Paulo: LTr, 2001. p. 363.

(4) Atualmente o art. 789, do CPC/15, tem idêntica redação ao art. 591 do CPC/73.

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ao obrigado, a regra dissociou a dívida e responsabilidade. Esta última se relaciona com inadimplemento, que é o fato superveniente à formação do vínculo obrigacional, pois somente após descumprir o dever de prestar o obrigado sujeitará seus bens à execução.

Um dos capítulos do processo do trabalho que têm sido apontados como grande entrave ao acesso real e efetivo do trabalhador à Justiça do Trabalho é o da execução.

Mesmo a CLT prevendo um procedimento simplificado para a execução, a cada dia o procedimento da Consolidação vem perdendo terreno para a inadimplência, contribuindo para a falta de credibilidade da jurisdição trabalhista.

Ainda que tenha um título executivo judicial nas mãos, o credor trabalhista tem enfrentado um verdadeiro calvário para satisfazer seu crédito, e muitas vezes o executa-do, tendo numerário para satisfazer o crédito do autor, prefere apostar na burocracia processual e deixar para adimplir o crédito somente quando se esgotar a última forma de impugnação.

Nesse triste cenário, a cada dia mais o processo do trabalho carece de instrumentos processuais eficazes que lhe façam realizar a promessa de efetividade da legislação social.

Atualmente, o Código de Processo Civil passa por reformas significativas, eli-minando a burocracia da execução, visando a atender aos princípios da simplicidade, celeridade e efetividade do procedimento.

Podemos dizer que atualmente a legislação processual tem endurecido mais na execução, com a finalidade de mudança de sua mentalidade, a fim de forçar o executado a cumprir a sentença, ou a obrigação consagrada no título com força executiva. Por isso, há, de certa forma, um pequeno retorno da execução à fase mais dura, com o aumento do poder coercitivo do Estado na busca da satisfação do crédito do exequente.

Em razão disso, pensamos que são medidas de justiça, razoabilidade, efetividade e preocupação com o cumprimento da legislação material trabalhista reconhecer a im-portância das recentes alterações do Código de Processo Civil, rumo ao aperfeiçoamento da execução, visando a aniquilar o estigma do processo de execução do ganha, mas não leva e transportá-las para a execução trabalhista.

Deve caminhar o processo do trabalho atual para a simplificação da execução, a fim de que esta seja uma fase processual de satisfação do crédito do credor trabalhista e de efetividade dos direitos sociais.

Como destaca Pedro Paulo Teixeira Manus(5):

Mais do que nunca, acreditamos que a execução há de ser objeto de uma revisão, simplicando-a e tornando-a mera fase administrativa de um primeiro título executivo. Se este for decorrente de sentença, a matéria que se poderá debater deverá ser simplesmente o acerto da sua quantificação e, caso seja título extrajudicial, poderá o legislador elastecer o rol de temas possíveis de

(5) MANUS, Pedro Paulo Teixeira. Execução de sentença no processo do trabalho. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2005. p. 18.

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ExEcução no ProcEsso do Trabalho 23

defesa pelo executado. Isso, sim, significaria avanço no processo do trabalho, pois a execução do modo que hoje se processa permite ao devedor retardar o cumprimento da coisa julgada injustificadamente, ocorrendo em certos casos de a execução prolongar-se por muito mais tempo que a fase de conhe-cimento, o que é inadmissível.

É necessária, mais que a edição de leis, a mudança de mentalidade dos operadores do direito, principalmente do devedor, a fim de que a fase de execução se transforme, efetivamente, em fase de satisfação da obrigação consagrada no título executivo, sem a necessidade dos inúmeros incidentes processuais que travam o procedimento executivo.

Além disso, é necessário entender que é mais vantajoso, tanto para o exequente como para o executado, o cumprimento célere da obrigação fixada na sentença.

2. Do conceito de execução trabalhista

Sérgio Shimura(6) conceitua execução como “uma cadeia de atos de atuação da vontade sancionatória, tendentes à realização de uma conduta prática do devedor, por meio dos quais, com ou sem a sua participação, invade-se o seu patrimônio para, à custa dele, obter-se o resultado previsto pelo direito material”.

Ensina José Augusto Rodrigues Pinto(7):

Executar é, no sentido comum, realizar, cumprir, levar a efeito. No sentido jurídico, a palavra assume significado mais apurado, embora conservando a ideia básica de que, uma vez nascida, por ajuste entre particulares ou por imposição sentencial do órgão próprio do Estado, a obrigação deve ser cumprida, atingindo-se no último caso, concretamente, o comando da sentença que a reconheceu ou, no primeiro caso, o fim para o qual se criou.

Na visão de Manoel Antonio Teixeira Filho(8), a execução “é a atividade jurisdicional do Estado, de índole essencialmente coercitiva, desenvolvida por órgão competente, de ofício ou mediante iniciativa do interessado, com o objetivo de compelir o devedor ao cumprimento da obrigação contida em sentença condenatória transitada em julgado ou em acordo judicial inadimplido ou em título extrajudicial, previsto em lei”.

A sentença não voluntariamente cumprida dá ensejo a uma outra atividade juris-dicional, destinada à satisfação da obrigação consagrada em um título. Essa atividade estatal de satisfazer a obrigação consagrada no título que tem força executiva, não adimplido voluntariamente pelo credor, se denomina execução forçada.

Como bem adverte Enrico Tullio Liebman(9), “a execução é feita para atuação de uma sanção justificada pelos fatos ocorridos entre as partes, isto é, para satisfazer

(6) SHIMURA, Sérgio. Título executivo. 2. ed. São Paulo: Método, 2005. p. 25.

(7) PINTO, José Augusto Rodrigues. Execução trabalhista: estática — dinâmica — prática. 11. ed. São Paulo: LTr, 2006. p. 23.

(8) Op. cit.. p. 33.

(9) LIEBMAN, Enrico Tullio. Processo de execução. São Paulo: Bestbook, 2001. p. 212.

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direito efetivamente existente. Por isso não pode proceder-se à execução senão depois de verificada legalmente a existência dos fatos que a justificam e que constituem a sua causa em sentido jurídico. Não se pode, pois, começar pela execução: ad executione no est encoandum. Ao contrário, deve, em regra, preceder o conhecimento e julgamento da lide. Mas isso também não quer dizer que a todo processo de cognição se segue neces-sariamente o processo de execução, pois em muitos casos, com a prolação da sentença, o assunto termina definitivamente e não há lugar para a execução”.

A Consolidação das Leis do Trabalho disciplina a Execução no Capítulo V: arts. 876 a 892.

Indiscutivelmente, a execução é o ponto mais alto do processo, e o mais importante para o credor, pois sem ela o direito não adquire vida, não se materializa. De nada adianta todo o esforço para se reconhecer o direito se ele não puder ser entregue ao vencedor, a quem pertence. Por isso, ousamos dizer que a execução é o ponto culminante do processo, e o mais importante.

No nosso sentir, a execução trabalhista consiste num conjunto de atos praticados pela Justiça do Trabalho, mediante regular processo, destinados à satisfação de uma obrigação consagrada num título executivo judicial ou extrajudicial, da competência da Justiça do Trabalho, não voluntariamente satisfeita pelo devedor, contra a vontade deste último.

Da definição que adotamos, destacam-se as seguintes características:

a) a execução é ato do Estado, destacando-se o caráter publicista do processo;

b) a execução se processa mediante processo contencioso, com a possibilidade do contraditório pelo executado e observância do devido processo legal;

c) tem por objetivo a satisfação da obrigação consagrada num título com força executiva(10). Portanto, todos os atos da execução convergem no sentido da entrega do bem da vida pretendido pelo exequente;

d) a execução se inicia quando o devedor não cumpre, voluntariamente, a obrigação consagrada no título com força executiva;

e) a execução é forçada, pois é levada a efeito contra a vontade do executado;

f) são executados, na Justiça do Trabalho, os títulos judiciais e extrajudiciais que são da competência material da Justiça do Trabalho.

Os princípios da execução trabalhista não diferem dos princípios da execução no processo civil; entretanto, em face da natureza do crédito trabalhista e da hipossuficiência do credor trabalhista, alguns princípios adquirem intensidade mais acentuada na execução trabalhista, máxime dos da celeridade, simplicidade e efetividade do procedimento.

(10) É bem verdade que a concessão de liminares em provimentos de urgência, a exemplo das tutelas antecipatórias e cautelares, importam em prática de atos executivos, rompendo com o dogma de que não há execução sem a presença do título executivo.

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3. Princípios da execução trabalhista

3.1. Conceito e importância

Ensina Celso Antonio Bandeira de Mello(11) que princípio “é por definição, manda-mento nuclear de um sistema, verdadeiro alicerce dele, disposição fundamental que se irradia sobre diferentes normas, compondo-lhes o espírito e servindo de critério para sua exata compreensão e inteligência, exatamente por definir a lógica e a racionalidade do sistema normativo, no que lhe confere a tônica e lhe dá sentido harmônico”.

Segundo a doutrina clássica, os princípios têm quatro funções, quais sejam: (a) inspiradora do legislador; (b) interpretativa; (c) suprimento de lacunas; (d) sistema-tização do ordenamento, dando suporte a todas as normas jurídicas, possibilitando o equilíbrio do sistema.

Os princípios costumam inspirar o legislador na criação de normas (função inspiradora). Muitos princípios, hoje, estão positivados na lei.

Na função interpretativa, os princípios ganham especial destaque, pois eles norteiam a atividade do intérprete na busca da real finalidade da lei, inclusive, se ela está de acordo com os princípios constitucionais. Segundo a doutrina, violar um princípio é muito mais grave do que violar uma norma, pois é desconsiderar todo o sistema de normas.

Os princípios também são destinados ao preenchimento de lacunas na legislação processual. Há lacuna quando a lei não disciplina determinada matéria. Desse modo, os princípios, ao lado da analogia, do costume, serão um instrumento destinado a suprir as omissões do ordenamento jurídico processual.

De outro lado, os princípios têm a função de sistematização do ordenamento processual trabalhista, dando-lhe suporte, sentido, harmonia e coerência.

Os princípios dão equilíbrio ao sistema jurídico, propiciando que este continue harmônico toda vez que há alteração de suas normas, bem como em razão das mudanças da sociedade.

Em países de tradição romano-germânica como o Brasil, há tradição positivista, com prevalência de normas oriundas da lei, com constituição rígida, havendo pouco espaço para os princípios. Estes atuam, na tradição da legislação, de forma supletiva, para preenchimento das lacunas da legislação. Nesse sentido, destacam-se os arts. 4o da LINDB, 8o da CLT e 140 do CPC.

Não obstante, diante do Estado social, que inaugura um novo sistema jurídico, com a valorização do ser humano e a necessidade de implementação de direitos fundamentais para a garantia da dignidade humana, a rigidez do positivismo jurídico, paulatinamente, vai perdendo terreno para os princípios, que passam a ter caráter normativo, assim como as regras positivadas, e também passam a ter primazia sobre elas, muitas vezes sendo o fundamento das regras e outras vezes propiciando que elas sejam atualizadas e aplicadas à luz das necessidades sociais.

(11) MELLO, Celso Antonio Bandeira de. Curso de direito administrativo. 8. ed. São Paulo: Malheiros, 1997. p. 573.

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