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TEXTO N* 3 PAG. 00 J" CAD I ANO II Rio de Janeiro, semana de 23 a 29 de dezembro de 1960 95 Diretor Executivo Orlando Bomfim Jr. Diretor Mário Alves Redator-.Chefe Fragmon Borges Farsa: Intervenção na Telefônica é Para Servir à Light Garota-propagando: moça bonita explorada pela TV A EXPLORAÇÃO desumana a que são submetidas dezenas de jovens que exercem a profissão de garôtas-propa- ganda, é um dos aspectos mais revol- tantes do regime de trabalho imperante nas estações de televisão. Obrigadas a possuírem certo grau de instrução ese apresentarem bem trajadas, as garó- tas-propaganda são, no entanto, pès- simamenle remuneradas. Completa re- portagem sobre o assunto na terceira página do segundo caderno. Cada povo tem o seu Nafa) Q NATAL, hoje, é uma data come- morada, sob as mais diversas for- mas, em quase lodo o mundo. Poucos, no entanto, conhecem a sua veidadei- ra história. Qual a sua origem? Será o Natal uma festa realmente aistã? Teria Cristo nascido mesmo a 25 de de- zembro?, Estas e outras perguntas são respondidas por Michele Lalli, em te- pottagem exclusivj para NOVOS RU- MOS, que vai publicada na 1' pág. do 2? caderno. A atividade do PCB e o professor Guer/eiro Ramos MA EDIÇÀO anterior, divulgamos ar- t i g o de nosso redator Renato Guimarães rebatendo algumas conside- rações feitas pelo prof. Guerreiro Ra- mos, a propósito dos resultados das eleições presidenciais, sobre a partici- pciccio dos comunistas ia campanha e atividade geral do PCB. Publicamos hoje mais um ai ligo de Renato Guima- toes (5' página do 2 caderno) abor- dando outros aspectos do mesmo as- sunlo. Texto na 3" página do V caderno IMNSP^' : *'"'^B|3b ' ' afla^Bt^Jaaaiaaaaaa&i^^,^aWjM^^j^fllvB^V^^^BlflBi V^B^a^aa^aB aaaaEdBBa^^T .^ > W^fc^^aBBI fJ " l.ada .âBL 9^BrEmfmMWi. dKÍ^%^IHyfl¦-',*>^t^I IvLsIbÍ.' 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Apê/o a fodos os povos do mundo: defender a paz QS REPRESENTANTES de 81 partidos comunistas e operários, q u e se reuniram em Moscou em novembro úl- timo, além da Declaração, cujo texto -publicamos em nossa edição da sema- na passada, aprovaram também um apelo dirigido a todos os povos do mundo «chamando-os à luta geral em defesa da paz, contra o perigo de uma nova guerra mundial». Na 5" página do 2' caderno publicamos a íntegra desse importante apelo. Santos: hta contra a carestla Cerca de 20 en*;-'a'l',« dfl Çant"1;, São Vicente, Guarujá e Cubatão, por inicializa da diretoria de sua organiza- ção a União das Sociedades de Me- lhoramentos dos Bairros, Vilas e Morros das Cidades da Baixada Santisla reuniram-se na stde do Sindicato dos Gráficos de Santos para discutirem quais as medidas a adotar para protes- far contra a alta nos preços dos gene- ros de primeira necessidade. Leia na segunda página do segundo caderno. Prestes falará sobre a r2união de Moscou ^UIS CARLOS PRESTES fará no próxi- mo dia 3, na ABI, uma exposição pública sobre o que foi e o que re- prosentou a recente conferência dos paríidos comunistas, da qual participou, em nome dos comunistas brasileiros, na capital soviética. Os convites para a pa- lostra, que será promovida por Nt VOS RUMOS, poderão ser - -liados na gerência deste jornal a partir do dia 2'á. Patrões intransigentes provocam o colapso na aviação comerciai [DESESPERADOS com o êxito do mo vimento grevista dos aeroviários, desencadeado a zero hora do dia 14 do corrente, os proprietários das em- presas de aviação comercial estabele- ceram como ponto de honra para a aceitação de qualquer acordo o esta- belecimento de uma cláusula que lhes permita punir os grevistas. A intransigência dos empregado- res chegou a exasperar o próprio mi- nistro do Trabalho, que vem envidan- do esforços para encontrar uma solu- ção conciliatória, capaz de pôr fim ao movimento grevista. Reportagem na 2" página. Na foto, aspecto da passeata. Universidades cubanas abertas aos operários e camponeses /"*UBA está passando por uma vorda- deira revolução cultural. 0 go- vêrno de Fidel Castro está empenhado em liquidar, no menor prazo possível, o analfabetismo e preparar os técnicos capazes de atenderem o desenvolvi- mento industrial do país. Milhares de escolas rurais foram criadas em lóda a ilha, e as portas das universidades estão abertas aos filhos dos operários e camponeses. Mais de i 000 jovens freqüentam, como bolsistas, a Universi-, dade de Havana. Na última página do 2o caderno, publicamos completa re- portagem a respeito. Na foto abaixo, uma das bolsistas. ¦¦¦.HBflBHHBBnMBBBH, nvergonhado . I i 1 1} 0 Corvo E ORLANDO BOMFIM JR. EJARA o ditador, a coisa púolica é tratada como bem particular. Bem particular pertencente a. êle, nalu- ralmente. Por isso não faz distinção entre uma c ou- tro( agindo com a mentalidade do fazendeiro feudal que chego a considerar como seu tudo o que existe dentro da fazenda, inclusive as pessoas. Manda c des- manda, como senhor onipotente. Será outra a menta- lidade do governador Carlos Lacerda? Não pretende- mos, fique claro, exagerar, ampliando a figura do lio- mem. Bem que êle se esforça por assumir aiitudes rle lider de projeção até internacional. Mas, quando pro- cura decidir dos destinos do mundo, o único parceiro que encontra é o falidissimo general Chiang Kai Sliek... ^>BSERVADOS os justos lermos, entenda-se que ape- ^^ nas desejamos chamar a atenção para uma das facetas da mentalidade do fundador e chefe da Lan terna. Elevado por reduzida minoria, nas circunstancias que se sabe, ao cargo de governador, age como dono do poder. Instalou-se no Guanabara como proprietário que adquiriu casa nova. Slianan, o cão cie valioso i pc- digree?, foi levado, logo nos primeiros momentos, perra ¦farejar os cômodos do palácio. E .Vicente , o corvo de estimação, mereceu mudança, poisando a residir em gaiola especial no jardim de inverno. . . Ocupa-se, as- sim, a nova moradia com bagagem completa. ™3"UDO isso não teria, evidentemente, importância ai- guma. Afinal, um corvo, cinda mais sendo mesmo corvo, de bico e penas, no Palácio da Guanabara, não seria motivo para nenhum alarme. Mas acontece que atrás dessas aparentes riclicuiarias se oculta a mentali- dade de quem as pratica. E estão os atos do gover- nador, revelando como êle pretende exercer o poder. EJM MENOS de um mês, mostra o sr. Lacerda que a prepontência e a corrupção são suas compa- nheiras inseparáveis. Empenha-se na cassação em mas- sa dos mandatos dos antigos vereadores. Antes, quan- do candidato, fizera juras de respeito á lei e ò mani- festação da vontade popular, que havia escolhido para seus represenlanles, com mandato por tempo certo, os membros da ex-Câmara Municipal. Agora, pada disso tem valor. Seus interesse, imediatos á frente do go- véino ó que (alam mais alto. conseguiu, lançando mão dos processos mais coiruptos, assegurar maiotia na Assembléia Constituinte. Liquide-se, pois, a Câmara. "TTAMBcM ia iniciou a degola do funcionalismo. De- mitiu suiiiaiiamenle duzentos e quarenta funciona- rios. Limitou-se a tentar justificar-se com a alegação de que tinham sido nomeados depois de apiovado o Plano (le\Classificaçào. A'ém disso, invocou a necessidade de fazer economia. Mas, oo mesmo tempo em que assim argumenta, nomeia dezenas de assessores para o seu gabineíe, cm cargos gratificados cuja remunerarão vai de trinta mil cruzeiros paia cima. E não é isso. Ape- snr de estarem confoime diz vazios os cofres publico:,, ipcusa-sc a cumprir decisão judicial que au- toriza a cobrança de impostos atrasados, num mon- tanto aproximado de seis bilhões de cruzeiios, devi- dos pelos expoitadores cie café. Estranhos critérior, sem duvida. Demite-se, paru fazer economia. Ao mesmo tempo, nomeia-se por atacado. E não se cobro divida vultosisrinu . Mas a estranheza desaparece quando se considoia que os demitidos são adversários políticos, os nomeados são correligionários.e os devedores financia- ram a campanha eleitoral do governador. K AO QUE foi dito ainda se pode acrescentar o cri- tério que foi adotado pelo sr. Lacerda quanto à1 escola pública. Na veidade, contra a escola pública. Em dcliimento do Fundo Estadual de Ensino Primário e ao invés de cumprir um plano de construção .•'e escolas, desvia cem milhões de cruzeiros paro estabelecimentos particulareí. Mas também isso deixa de ser eslranhável quando se leva em conta que frente da Secretaria de Educação foi colocado um próspero industrial do ensino. tf^OMO se vê, eu palavras devem ter um sentido di- feiente para o sr. Carlos Lacerda, que se apre- senta como paladino da democracia e da moralidade política. Pois a essa altura, onle tanta prepotência e corrupção, o pobre «Vicente», na sua luxuosa gaiola, de sentir-se confuso e envergonhado, como o corvo tia fábula de La Fontaine. á* a {Si"?-?:-: ...:'¦':•<¦'>¦ ¦:;., '¦<.-'-¦--Zw.:^>>-'-'^:.\^ÍÈJiSJi:m^ ²-....,¦.>-. ~—..

Executivo — Orlando Bomfim Jr. Diretor — Mário Alves ... · página do segundo caderno. Cada povo tem o ... que vai publicada na 1' pág. do 2? A atividade do PCB e o professor

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Page 1: Executivo — Orlando Bomfim Jr. Diretor — Mário Alves ... · página do segundo caderno. Cada povo tem o ... que vai publicada na 1' pág. do 2? A atividade do PCB e o professor

TEXTO N*3 PAG.00 J" CAD

I

ANO II Rio de Janeiro, semana de 23 a 29 de dezembro de 1960 N» 95

Diretor Executivo — Orlando Bomfim Jr. Diretor — Mário Alves Redator-.Chefe — Fragmon Borges

Farsa: Intervençãona Telefônica éPara Servir à Light

Garota-propagando:moça bonitaexplorada pela TVA EXPLORAÇÃO desumana a que são

submetidas dezenas de jovens queexercem a profissão de garôtas-propa-ganda, é um dos aspectos mais revol-tantes do regime de trabalho imperantenas estações de televisão. Obrigadas apossuírem certo grau de instrução eseapresentarem bem trajadas, as garó-tas-propaganda são, no entanto, pès-simamenle remuneradas. Completa re-portagem sobre o assunto na terceirapágina do segundo caderno.

Cada povotem oseu Nafa)Q NATAL, hoje, é uma data come-

morada, sob as mais diversas for-mas, em quase lodo o mundo. Poucos,no entanto, conhecem a sua veidadei-ra história. Qual a sua origem? Seráo Natal uma festa realmente aistã?Teria Cristo nascido mesmo a 25 de de-zembro?, Estas e outras perguntas sãorespondidas por Michele Lalli, em te-pottagem exclusivj para NOVOS RU-MOS, que vai publicada na 1' pág. do2? caderno.

A atividade do PCBe o professorGuer/eiro RamosMA EDIÇÀO anterior, divulgamos ar-

t i g o de nosso redator RenatoGuimarães rebatendo algumas conside-rações feitas pelo prof. Guerreiro Ra-mos, a propósito dos resultados daseleições presidenciais, sobre a partici-pciccio dos comunistas ia campanha eatividade geral do PCB. Publicamoshoje mais um ai ligo de Renato Guima-toes (5' página do 2 caderno) abor-dando outros aspectos do mesmo as-sunlo.

Texto na 3" página do V caderno

IMNSP^ ' : *'"'^B|3b ' ' afla^Bt ^Jaaai aaaaaa&i^^ ,^aW jM^^j^fllvB^V^^^Blfl Bi V^B^a^aa^aB aaaaEdBBa^^T .^ M» '¦ > W^fc^^aBBIfJ " l.ada .âBL 9^B rEmfmMWi. dKÍ^%^IHyfl ¦-',*>^t^I IvLsIbÍ.' '^TÊÈÊWr^jiÀwmm¦ '»*-..•'¦'¦;¦«<¦.'. iflKJBI ¦¦NaáaãWafHBIaTaf*^ 'WT» M A -J ^MT'9Êf afWl -<ia*f.^mWr-i^BM

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Apê/o a fodosos povos do mundo:defender a pazQS

REPRESENTANTES de 81 partidoscomunistas e operários, q u e se

reuniram em Moscou em novembro úl-timo, além da Declaração, cujo texto

-publicamos em nossa edição da sema-na passada, aprovaram também umapelo dirigido a todos os povos domundo «chamando-os à luta geral emdefesa da paz, contra o perigo de umanova guerra mundial». Na 5" páginado 2' caderno publicamos a íntegradesse importante apelo.

Santos:hta contraa carestla

Cerca de 20 en*;-'a'l',« dfl Çant"1;,São Vicente, Guarujá e Cubatão, porinicializa da diretoria de sua organiza-ção — a União das Sociedades de Me-lhoramentos dos Bairros, Vilas e Morrosdas Cidades da Baixada Santisla —reuniram-se na stde do Sindicato dosGráficos de Santos para discutirem

quais as medidas a adotar para protes-far contra a alta nos preços dos gene-ros de primeira necessidade. — Leia nasegunda página do segundo caderno.

Prestes falarásobre ar2união de Moscou

^UIS CARLOS PRESTES fará no próxi-

mo dia 3, na ABI, uma exposição

pública sobre o que foi e o que re-

prosentou a recente conferência dos

paríidos comunistas, da qual participou,em nome dos comunistas brasileiros, na

capital soviética. Os convites para a pa-lostra, que será promovida por Nt VOS

RUMOS, poderão ser - -liados na

gerência deste jornal a partir do

dia 2'á.

Patrões intransigentes

provocam o colapsona aviação comerciai[DESESPERADOS com o êxito do mo

vimento grevista dos aeroviários,desencadeado a zero hora do dia 14do corrente, os proprietários das em-presas de aviação comercial estabele-ceram como ponto de honra para aaceitação de qualquer acordo o esta-belecimento de uma cláusula que lhes

permita punir os grevistas.A intransigência dos empregado-

res chegou a exasperar o próprio mi-nistro do Trabalho, que vem envidan-do esforços para encontrar uma solu-

ção conciliatória, capaz de pôr fim aomovimento grevista. Reportagem na 2"

página. Na foto, aspecto da passeata.

Universidades cubanasabertas aos operáriose camponeses/"*UBA está passando por uma vorda-

deira revolução cultural. 0 go-vêrno de Fidel Castro está empenhadoem liquidar, no menor prazo possível,o analfabetismo e preparar os técnicoscapazes de atenderem o desenvolvi-mento industrial do país. Milhares deescolas rurais foram criadas em lódaa ilha, e as portas das universidadesestão abertas aos filhos dos operáriose camponeses. Mais de i 000 jovensfreqüentam, como bolsistas, a Universi-,dade de Havana. Na última página do2o caderno, publicamos completa re-portagem a respeito. Na foto abaixo,uma das bolsistas.

¦¦¦.HBflBHHBBnMBBBH ,

nvergonhado . Ii

11}

0 Corvo EORLANDO BOMFIM JR.

EJARA o ditador, a coisa púolica é tratada como bemparticular. Bem particular pertencente a. êle, nalu-

ralmente. Por isso não faz distinção entre uma c ou-tro( agindo com a mentalidade do fazendeiro feudalque chego a considerar como seu tudo o que existedentro da fazenda, inclusive as pessoas. Manda c des-manda, como senhor onipotente. Será outra a menta-lidade do governador Carlos Lacerda? Não pretende-mos, fique claro, exagerar, ampliando a figura do lio-mem. Bem que êle se esforça por assumir aiitudes rlelider de projeção até internacional. Mas, quando pro-cura decidir dos destinos do mundo, o único parceiroque encontra é o falidissimo general Chiang Kai Sliek...

^>BSERVADOS os justos lermos, entenda-se que ape-^^ nas desejamos chamar a atenção para uma dasfacetas da mentalidade do fundador e chefe da Lanterna. Elevado por reduzida minoria, nas circunstancias

que se sabe, ao cargo de governador, age como donodo poder. Instalou-se no Guanabara como proprietárioque adquiriu casa nova. Slianan, o cão cie valioso i pc-digree?, foi levado, logo nos primeiros momentos, perra¦farejar os cômodos do palácio. E .Vicente , o corvode estimação, mereceu mudança, poisando a residir em

gaiola especial no jardim de inverno. . . Ocupa-se, as-sim, a nova moradia com bagagem completa.

™3"UDO isso não teria, evidentemente, importância ai-

guma. Afinal, um corvo, cinda mais sendo mesmocorvo, de bico e penas, no Palácio da Guanabara, nãoseria motivo para nenhum alarme. Mas acontece queatrás dessas aparentes riclicuiarias se oculta a mentali-dade de quem as pratica. E aí estão os atos do gover-nador, revelando como êle pretende exercer o poder.

EJM MENOS de um mês, já mostra o sr. Lacerda quea prepontência e a corrupção são suas compa-

nheiras inseparáveis. Empenha-se na cassação em mas-sa dos mandatos dos antigos vereadores. Antes, quan-do candidato, fizera juras de respeito á lei e ò mani-festação da vontade popular, que havia escolhido paraseus represenlanles, com mandato por tempo certo, osmembros da ex-Câmara Municipal. Agora, pada disso

tem valor. Seus interesse, imediatos á frente do go-véino ó que (alam mais alto. Já conseguiu, lançandomão dos processos mais coiruptos, assegurar maiotiana Assembléia Constituinte. Liquide-se, pois, a Câmara.

"TTAMBcM ia iniciou a degola do funcionalismo. De-mitiu suiiiaiiamenle duzentos e quarenta funciona-

rios. Limitou-se a tentar justificar-se com a alegação deque tinham sido nomeados depois de apiovado o Plano(le\Classificaçào. A'ém disso, invocou a necessidade defazer economia. Mas, oo mesmo tempo em que assimargumenta, nomeia dezenas de assessores para o seugabineíe, cm cargos gratificados cuja remunerarão vaide trinta mil cruzeiros paia cima. E não é só isso. Ape-snr de estarem — confoime diz — vazios os cofrespublico:,, ipcusa-sc a cumprir decisão judicial que au-toriza a cobrança de impostos atrasados, num mon-tanto aproximado de seis bilhões de cruzeiios, devi-dos pelos expoitadores cie café. Estranhos critérior, semduvida. Demite-se, paru fazer economia. Ao mesmotempo, nomeia-se por atacado. E não se cobro dividavultosisrinu . Mas a estranheza desaparece quando seconsidoia que os demitidos são adversários políticos, osnomeados são correligionários.e os devedores financia-ram a campanha eleitoral do governador.

K AO QUE foi dito ainda se pode acrescentar o cri-tério que foi adotado pelo sr. Lacerda quanto à1

escola pública. Na veidade, contra a escola pública.Em dcliimento do Fundo Estadual de Ensino Primário eao invés de cumprir um plano de construção .•'e escolas,desvia cem milhões de cruzeiros paro estabelecimentosparticulareí. Mas também isso deixa de ser eslranhávelquando se leva em conta que .à frente da Secretariade Educação foi colocado um próspero industrial doensino.

tf^OMO se vê, eu palavras devem ter um sentido di-feiente para o sr. Carlos Lacerda, que se apre-

senta como paladino da democracia e da moralidadepolítica. Pois a essa altura, onle tanta prepotência ecorrupção, o pobre «Vicente», na sua luxuosa gaiola,há de sentir-se confuso e envergonhado, como o corvotia fábula de La Fontaine.

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NOVOS RUMOS

3Rio de Janeiro, semana de 23 a 29 de dezembro de 1960

rões intransigentesProvocam o Colapso

Bandeiras na lutacontra a fome

Os neruvtarlos dc tudo n Brasil paralisaram suas atividades deflagrando «ma

greve lotai pelo aumento de1 salários. A unidade da categoria imprimiu á luta

uni rllmii cie vitória que os arroviilrlos tia Guanabara exprimiram multo ucin

na passeata que realizaram e durante a concentração diante da Assciijblcia

Constituinte.

Após 8 dias de uma greve que pa-

ralisou quase que inteiramente as ali-

vidades da aviação comercio! brasi-

leir, os aeroviários resolveram voltar

oi trabalho na manhã do dia 22, co-

nl, icida a sentença ditada pelp Tribu-

nal Superior do Trabalho à pendênciasalarial que deu origem oo movimento.A decisão do TST constituiu uma vitória

para a categoria e determino a conces-são de um aumento de 35 por centocom o máximo de 10 mil cruzeiros, com-

penscindo-se os aumentos anteriores,exponiancos ou nao. Determina tam-bém o ato ditado pelo TST, um aumen-Io cie 10 por cenio para os aeroviários

que recebem o salário mínimo atual,assim como diz que nenhum novo em-

pregado poderá ser admitido com sala-rios inferiores ao minimo resultante dadecisão judicial.

Os aeroviários passarão a recebero aumento a partir do momento em quea sclença sair publicada.

So bem que diferente em vários os-

pecíos, tia greve nacional de marítimos,

portuários e ferroviários pela paridadede vencimentos com os militares, a gre-ve nacional dos trabalhadores aeroviá-rios foi iniciada em circunstâncias muitosemelhantes a dos operários daquelastrês corporações. Nos dois casos as ou-tcrtdadas foiamn • o tempo, de

advertidas duianteque acabariam ape-

Sindicato dos Oficiais Alfaiates, Costureirase Trabalhadores nas Indústrias dc Çonfcc-ção de Roupas e de Chapéus de Senhora do

Estado da GuanabaraSKlíE: HIV CAMHUl.Vt 128 - « V. 7 ANDAI»ES

l NATAL E ANO NOVO

ilio 1)15 JANEinO

O Sindicato saúdu o quadro social c os trabalhadores cm geral,desejando uni feliz Nalitl c Utn Ano Novo pleno cio êxito em todas asiutas om prol da paz o do bem-estar o unidade do povo e do.s trabalhadores.

Adallo Rodrigues, C:>rii Begovia Jacobsen o

A DIRETO It I A :

lòvis Estellta Pereira CuManoel Alves cia Silva.

lha, Elpldlo Moura Lins.

Ferroviários \ i j>riVoltam ao trabalho

Os 18 mil ferroviários da Leopoldinacomeçaram a voltar ao trabalho às °

lioias c!a manhã do dia 21, após arealização de uma greve vitoriosa quedurou 24 horcn, e determinou a para-liscição de lodo o trânsito ferroviárionas linhas da Leopoldina nos Estadosda Guanabara, Rio de Janeiro, Espl-rito Santo e Minas Gerais. O movimen-lo, que contou com a plena adesão do;funcionários dos escritórios centrais doempresa, terminou com a assinatura deum acordo firmado entre o Sindicatocios Ferroviários e os representantes daRede Ferroviária e da leopoldina, pe'oqual fica anulurla a decisão da Rede

efe pagar em dobro os salários da-qusles que trabalharam durante o gre-ve pelo paridade. O acordo estabele-ce, ainda, a liberação de umo verbode 30° milhõof de cruzeiros destinadaao pagamento de benefícios alrasad .sdesde 1955; c pac>inenlo do dia de

greve; o pagamento do abono de 30"/.sobre os índices do último acordo in-

lerminislericil; o pagamento dos sala-

rios do mês de novembro antes do Na-tal e a confecção das folhas de pa-

gamenlo, dentro de 10 dias, relativasaos benefícios decoirenles da lei da

pariciacle.

lando para o recurso extremo do gre-v* a fim de verem atendidas us suas

reivindicações; tiveram, igualmente, o

mesmo tratamento displicente do parledas autoridades; e receberam, do mes-

mo modo, momentos antes da defla-

gração da greve, a visita das aytorida-des, que prometiam resolver o assuntoem 48 horas, e pediam o adiamentoda -greve, sob ameaças de represáliascaso ela fosse deflagrada. O resto to-do o mundo sabe. Ambas as categoriasentraram mesmo em greve, e tiveram jseu lado a solidariedade de Iodas asdemais categorias profissionais, dos es-tudantes, de vários parlamentares, eaté mesmo de autoridades do PoderExecutivo.

A ameaçaDepois que os líderes oeiovlários

haviam esgotado todas as possibilicla-des para chegar a um acordo amiga-vel com os patrões, lendo «m vlila umajusta solução para o problema salarialda categoria, e exatamente'no múmen-to que a massa de trabalhadores sereunia em assembléia geral para deci-dir avançar pelo único caminho que lheslenava — o da greve, toi que o mi-nistro do Trabalho, já expeiiinentadopela recepção que tivera dos marílimos,portuários e ferroviários, mas não mui-to confiante na capacidade de lula dosaeroviários, mandou ao invés de ir pes-soülmente, um seu representante pedirum prazo de 48 horas para que resol-vesse a questão que não foi capaz deresolver em mais de um mês. O repre-sentante ministerial, seguindo a carti-lha da casa, salientou que o Governo,no caso de deflagrada a greve, «po-deria ver-se obrigado a tomar medidasque não era de seu agrado, juslamêrt-le quando está para terminar o seumandato*.

fora muito mal entendido, que não fi-zera e nem 'transmitira nenhuma umea-ça, E foi assim. Ficou o dito por nãodilo.

A greveE a greve foi decretada na noile

'l dia 13 do corrente, Os piquelss r'eparalisação começaram a se moviijjen-tar em todo o país. A zero hora do dia14 a greve atingia a todos os aero-poilos, a todos os escritórios e oficinasdeis empresas de aviação comercial na-cionais.

Tr3s horas depois de inic'odo omovimento pçtredisla, o diretor do DNT,s . Nilton tinia, o mesmo que repet'uvárias vezes que a greve era ilegal,convidou o comando grevista para umarc-unlão, que se estendeu até às quatrohoras da madrugada, ocasião em quetransmitiu a proposta de um aumentosalarial de 35%, que foi rejeitada.

Na Justiça

A resposta

Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Carris Urbanos, Troiley-bus e Cabos Aéreosdo Rio de Janeiro

Sede: linn Mala Lacerda, 170 — (Edifício Próprio) Telefono»: 3'J-'í(i."ifl e •i;-.)i !)1 Estado du (iiituinlinrii

A DIRETORIA DO SINDICATO AO ENSEJO DAS FESTAS DE NATAL E ANO BOM, ENVIAATRAVÉS DO SEMANÁRIO «NOVOS RUMOS» AOS DIGNOS ASSOCIADOS E SUAS FAMÍLIAS OSNOSSOS VOTOS DE FELIZ NATAL DESEJANDO-LUES TAMBÉM OLE O ANO DE LPÜJ" SEJA MAM-CADO COM NOVAS CONQUISTAS PELA CLASSE, EM SUA LUTA CONTRA A CARESTIA E AAMEAQW DE DESEMPREGO.

OUTROSSIM, USAMOS DA OPORTUNIDA DE PARA CONVIDAR O QUADRO SOCIAL A COM-

PARECER ÀS SOLENIDADES DO 30' ANIVERSÁRIO DO SINDICATO NO PRÓXIMO DIA 2-1-1961.

Pela Diretoria

ANTÔNIO J. C. VASCONCELLÜS

Presidente

/?EVISTASSOVIÉTICAS

ASSINATURAS ANUAIS-VIAAfiREA

UNION SOVIÉTICA. Mcn-Sál 500.00

CULTURA Y VIDA. Meti-sál 300,00

T1EMP08 NU li VOS. Sr-nialiário 400,00

LA MU.ÍER SOVIÉTICA.Mensal noo.oo

LITERATURA SOVTÉTI-CA. Mensal 300,00

F1LMS SOVIÉTICOS.Mensal 500,00

Pedidos, acoiiipanhádos ciecheque ou vale postal a:

Ariômiu intercâmbio CulturalJunlndir Guimarães

R do.s Estudantes, 84 —¦ sala 28Telefone 37-4003 - São Paulo

Mos a resposta não se fei esperar,e foi-lhe dada em dua» paiten pri*meiro, os aeroviários salientaram o seuprofundo agradecimento pilo falo deo ministro do Trabalho se propor o ré-solver a questão em 48 horas, t resol-veiam, com todo o entusiasmo que umaproposta ministerial pode despertar nostrabalhadores, que aguardariam, comtodo o respeito, e de braços cruzados,em greve, o cumprimento da promessado sr. ministro do Trabalho.

Essa foi a primeira parte da res-posta; a outra, foi dada por um ou-tro líder aeroviário, multo calmo, njuitosenhor de suus responsabilidades, emuito consciente do que falava, qoydeclarou, olhando ora para o re|i e-sentante do ministro, oro para os Ira-balhadores que se comprimiam na seJêcio Sindicato d o s Comerciados, queInmbém os trabalhadores de todas asdemais categorias profissionais, quetem demonstrado o máximo do seu res-peito para com o Governo Federal, po-clerlam tomar medidas que nãô seriamde seu agrado, nesse fim de governo,se viessem a ser cometidos violênciascontra o movimento pacífico dos aero-viários, que reivindicavam um reajus-lamento salarial à altura das suas mi-nimas necessidades. O representanteministerial, que estava muito nervoso,não se sabe porque, apressou-se avoltar à tribuna, donde declaiou que

A intransigência patronal, que jáhavia se manifestado nas mesas-redon-das promovidas pelo DNT, voltou o serpatenteada na primeira audiência deconciliação realizada no Tribunal Su-perior do Trabalho, depois de iniciadaa greve. O presidente do TST, ministroJúlio Barata, após salientar que o sa-lário médio dos aeroviários era de . .Cr$ 13.718,00, mas que um terço da-queles trabalhadores recebia o sala-rio minimo, sugeriu, como base parauma conciliação, a seguinte proposta:

1) aumento salarial de 37% sô-bre os salários atuais, com um minimode quatro mil cruzeiros e um máximode Cr$ 12:000,00;

2) compensação dos aumentoi ex-pontâneos concedidos a partir de 16de dezembro de 1959, data do últimoacordo;

3) excluir da compensação todosos aumentos decorrentes de promoçõespor merecimento ou por antigüidade,

Os aeroviários aceitaram • 11 aproposta, que teria posto fim à greve,no dia imediato d sua deflagração, Masos empregadores não a aceitaram. Opresidente do Tribunal, lamentando aimpossibilidade dt um acordo amiga-vel, marcou a primeira audiência dejulgamento, no Tribunal Pleno, para às13 horas de quarta-feira

Solidariedade

Fracassada esso nova tentativo deuma solução amigável, a greve dosaeroviários intensificou-se em tbdo opaís. Até mesmo òs trabalhadores daVARIG, que inicialmente permaneceramoperando, aderiram ao movimento gre-visto, notoriamente no Rio Orando doSul, onde 85% dos empregados da-quela empresa cruzaram os braços. Poroutro lado,, o solidariedade das domeilscategorias profissionais tornou-se móissaliente. De todo o país, chegavam telegramas cie opoio aos aeroviários emgreve. A sede do Sindicato era visito-da, diariamente, por dezenas de co-missões de trabalhadores e de lideressindicais de diversos setores da indús-tria, do comcicio e dos transportes. OComando Nacional da Greve dos Ma-rítimos. Portuários e Ferroviários, pres»tou toda a solidariedade ao Sindical»dos Aeroviários.

«federação Racional Dos Trabalhadores Nas Fmprêsas de Crédito'ederação Dos Empregados em Estabelecimentos Bancários do Distrito

Federal e Dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo

icato Dos Emoregados em Estabelecimentos Bancários do Rio de Janeiro

saúdam seus colegas bancários e demais companheiros trabalhadores,augurando-lhes e as suas Exmas. Famílias, noas-Festas e Feliz Ano Novo

Sind

ival*tai-é*l*L .M>?:L, ¦¦¦.¦«...,... .:¦;,!¦ ...,.,. .:.,u....-,;ú.*,.:.~,\ i^;. j i

Page 3: Executivo — Orlando Bomfim Jr. Diretor — Mário Alves ... · página do segundo caderno. Cada povo tem o ... que vai publicada na 1' pág. do 2? A atividade do PCB e o professor

— Rio de Janeiro, semana de 23 a 29 cie dezembro de""í960

DEPUTADO HÉRCULES CORREIA CONCLAMA OS CARIOCAS:

Defender aNOVOS RUMOS

1 _f% I"#J J DemocráticaContra o Arbítrio de Lacerda

«O que se verifica hoje naGuanabara é a confirmação cío quedizíamos durante a campanha elei-tora!: o sr. Carios Lacerda procuraimpor ao povo carioca um Governoviolento e arbitrário, investindoabertamente contra a lei e a pró-pria Constituição da.República» —afirmou à reportagem o deputadoHércules Corrêa dos Reis referiu-do-se à situação política criadaneste Estado em face das últimasatitudes do Poder Executivo e desua bancada na Assembléia Cons-tituinte.

O deputado Hércules Correiaé secretário do Sindicato dos Têx-teis, tendo sido eleito na legendado PTB. Vem se destacando naAssembléia Constituinte por suacombatividade e pela clareza comque intervém em defesa da lcgali-dade democrática e dos interessesdo povo carioca.

Governo de prepotênciaDiz-nos o dep. Hércules Correia:

«O sr. Carlos Lacerda revelou,desde o instante de sua posse, opropósito de governar com a vio-lência. Os discursos por êle pro-feridos no recinto da Constituintee no Palácio da Guanabara estavam(•'icios de ameaças. Dava mais aimpressão de um ditador que assu-me o Poder depois de esmagar osadversários pela força. E' verdadeque êle foi eleito por um quartoapenas do eleitorado carioca. Dequalquer forma, porém, não tem ospodêres de um ditador, que faz o

qüe quer, sem respeitar as leis eas tendências e desejos da opinião1pública.

Seus primeiros atos — continuao dep. Hercules Correia — com-provam que o Governador CarlosLacerda pretende mesmo governarde forma prepotente, sem se sub-meter à Constituição. Quo fez êle,até agora? Além da demagógicaintervenção na Telefônica, limitou--se a investir contra os mandatosdos antigos vereadores — que êlepróprio defendia, o ano passado,quando precisava dos seus votos —orientando a sua bancada no rn-tido de apresentar o chanvjdo MoConstitucional e logo mais, che-""Mído ao cúmulo de mandar inva-dir a antiga i. i i, i de Vereado-res para fazer cessar as transmis-soes que vinham sendo feitas pelaRádio Rpquete Pinto».

Autonomia é uma conquistado povo

A propósito das notícias quevêm circulando, nos últimos dias,sobre uma possível intervenção doGoverno federal na Guanabara, de-clarou-nos o constituinte HerculesCorreia:

—- 'A autonomia de nosso Es-tado foi uma conquista do povocarioca, com os trabalhadores à suafrente. Foi uma luta de muitosanos, difícil e árdua. Somente gra-ças a uma forte pressão popular eà atuação, na Câmara Federal, de

representantes fiéis ao'povo comoos deputados Sérgio Magalhães eLício Hauer, fracassaram as ten-tativas do Governo federal de man-ter o Rio sob o regime de inter-venção. E* sabido que nas vésperasda mudança do Distrito Federalpara Brasília já estava pronto odecreto designando o sr. ArmandoFalcão interventor da Guanabara.Ne-•¦cs momentos, porém, o sr.Carlos Lacerda passeava tranqui-Ir mente pela Europa e muitos des-eus correligionários se omitiamvergonhosamente na luta que setravava no Parlamento.

Agora — prossegue o deputadodo PTB — é necessário que se de-íuincie ao povo carioca com todovigor: o sr. Carlos Lacerda e seusauxiliares e porta-vozes no Govér-no e rurConstituinte estão, delibe-radamente, criando uma situaçãoque pode até mesmo resultar emintervenção federal no Estado. E'fato incontestável que a lei federalestá sendo desrespeitada, a Cons-tituição c ostensivamente violadae, sob o patrocínio aberto do Go-vêrno do PJstado. pretende-se che-gar ao absurdo da cassação coleti-va de mandatos populares. O sr.Carlos Lacerda e seus apaniguadosestão, porém, incorrendo em errose pensam que podem provocar aintervenção na Guanabara paraaparecerem, em seguida, como de-fensores da autonomia. A verdadeé que são eles mesmos que põemem risco, presentemente, essa au-tonomia, conquistada pelo povo. OGovernador udenista terá, ao con-

trario, que responder perante opovo carioca pelas conseqüênciasde seus atos prepotentes e ilegais.

Defender a legalidade

O dep. Hércules Correia terminado seguinte modo suas declarações:

— «E' necessário que os verda-oleiros democratas, acima de tó-das as possíveis divergências, seunam para a defesa da legalidadedemocrática, em nosso Estado,forçando o Governo do sr. Lacerdaa recuar de seus propósitos e arespeitar e fazer cumprir a lei. Oque defendemos é a legalidadeconstitucional, é o cumprimento dalei federal que deu estrutura aoEstado da Guanabara. Invadir umaAssembléia Legislativa e cassarmandatos constituem crimes contraa Constituição e representam peri-gosos precedentes. Não discutimos,no caso, os méritos ou deméritosde quem quer que seja: lutamosé em defesa da legalidade demo-crática, hoje seriamente ameaçadapelo Governo do sr. Carlos Lacer-da.

Penso — conclui o dep. HérculesCorreia — que essa é uma lutado povo carioca, que deve ser tra-vada não só no Parlamento, masnas organizações democráticas epopulares e nas ruas e praças pú-blicas. E* necessário que o povo ca-rioca impeça, desde já, que o sr.Carlos Lacerda leve avante os seusplanos de instaurar o arbítrio e aprepotência cm nosso Estado.

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Hércules é contracassação dos mandatos

Link Provoda Esso NuPetróleo a

Farsa: a Intervenção na CTBé Para Servir à Light

A sucessão dos fatos verificadosesta semana não dá mais lugar aqualquer dúvida: a <intervenção»decretada pelo sr. Carlos Lacerdana Companhia Telefônica Brasilei-ra (Light) não passa de uma far-sa. Com a encenação por êle pró-prio armada, o que pretende o Go-vernador udenista não é encami-nhar uma solução para o crônicoproblema dos telefones — que êle,na campanha eleitoral, prometiaresolver no dia seguinte à sua pos-se — mas encontrar os melhorescaminhos para servir à Light que,como é sabido, foi uma das princi-pais fontes de recursos de sua cam-panha e está diretamente repre-sentada em seu Secretariado atra-vés do sr. Rafael de Almeida Margalhães, chefe do Gabinete.

A «intervenção», nos termos res-tritos em que foi decretada e damaneira como será feita, serveunicamente aos interesses da em-presa estrangeira. Corno advertiuo deputado Barbosa LimaSobri-nho, «pode até redundar numa vi-tória estrondosa da Telefônica». Oobjetivo visado pelo Governo La-cerda já está evidente: a «inter-venção» foi feita para concluircom a recomendação do autofinan-ciumento — o esbulho que a Lightvem há muito exigindo, mas emelhe tem sido negado pela Câmarade Vereadores

Primeira intervenção:uma burla

.lá. se pode, agora, considerarque a primeira intervenção, deere-fada por forca da lei n' 21 da As-sernbléia Estadual, não passou «leum embuste. Tudo indica que a Te-lefônica estava informada, com an-tecedeneia, de todas as gestões cm-preendidas pelo si-. Lacerda. E, an-1> - de ser publicado o decreto, jápreparava a sua contestação, nomandar1 - •' • segurança que imne-i ou, distribuindo a um juiz subs-titulo que, num prazo recorde- de1 ! horas, concedeu a liminar, sus-tniulo assim os efeitos do decreto

intervencionista. O -Jornal doBrasil», órgão sabidamente ligadoâ Light, não pôde deixar de re-gistraro fato, adiantando ainda queisso <-só foi possível graças à boa--vontade do relator do pedido demandado de segurança, desembar-gador Martinho Garcez Neto».Concedida a liminar, o sr. CarlosLacerda não moveu uma palha se-quer na defesa dos interesses doEstado. Nem mesmo recorreu dadecisão judicial, embora tenha tle-clarado, formalmente, que o Esta-do não podia reconhecer essa deci-são, pois somente o Tribunal plenotem competência para julgar açõesdesse tipo movidas contra o Es-tado.

O que desejavam Lacerda e aLight era precisamente isso: afãs-lar de seu caminho a lei 21 da As-sernbléia Estadual, que prescrevea intervenção total na empresa atéà formação de uma empresa mista,com maioria de ações do Estado,para explorar o serviço de telefo-nos em tráfego mútuo com a CTB.A aplicação da lei n" 21. teria quelevar, forçosamente, à denúncia detodas as bandalheiras da Telefõ-nica e à quebra do monopólio (iaLight na exploração desse serviçopúblico.

Vencida a primeira etapa,; atra-vés de um maquiavélico embuste,o Governador udenista e a Lightpassaram n uma outra burla: a da"intervenção parcial , com base nocontrato existente enlre n Estadoe a CTB,

"De braços abertos'

•lá aqui a burla tornava-se evi-dente. O sr. Lacerda chamou gen-tilmente ao Palácio Guanabara qtesta-de-ferro Antônio Gallotti, vi-ce-presidente da Companhia Tele-fônica, e lhe deu ciência do textodo novo decreto de intervenção. Osjornais do dia seguinte divulgaramuma declaração oficial da Light,segun ai a qual a CTB estava'pronta a «acatar a decisão do Go-vêrno» e receberia de braços aber-

Sindicato dos Oficiais Marceneiros e Traballiadoies nas Indústrias doSerrarias e de Móveis de Madeira do E-Icio da Guanabara

rtUA CAMERINO, 128 — 3." ANDAR — GRWO 301 — RIO 1>K JANEIRO

1961, DE PAZ E UNIDADE DA CLASSE TRABALHADORA !

Auguramos aos trabalhadores da Indústria de inoveis, serrarias ecarpintarias o .suas famílias um Ano Novo, cie completo êxito em todasas suas aspirações e decrescente progresso em nossa querida organizaçãosindical.

Desejamos que a paz seja mantida e a unidade e fraternidade entrea classe trabalhadora seja ampliada e fortalecida.

A DIRETORIA :José Amaral de Meneses, Sebastião Alves Magalhães Sobrinho, Se-

bastião Alves da Silva, Ivo Barbosa Moure, Geraldo Majela.da Cosia eHoberto Morena.

tos a comissão que iria ser desig-nada, embora os nomes de seusmembros ainda não fossem publi-camente conhecidos. Assinale-se aradical mudança de atitude da Li-ght: enquanto em sua petição domandado de segurança investia fu-riosamenle contra a AssembléiaEstadual, taxando de «demagógi-ca» a Lei n" 21 e falando em amea-ça de «russificação do serviço»,agora passava a desmanchar-se emmesuras e a jurar obediência ao'-ilustre Governador».

E' que o decreto que estabele-cia a «intervenção parcial» e asmedidas que logo mais seriam to-madas -- o que certamente o sr.Lacerda teve a -.gentileza» de an-tecipar ao testa-de-ferro Gallotti —representavam pura e simplesmen-te uma farsa.

Mais um exame contábil

Afastada pelo Governo a «inler-venção completa», que teria delevar á liquidação do monopólio daLight, a intervenção decretada sereduz a mais um dos muitos leván-lamentos contábeis feitos na Tele-tônica que, além de não permitiremum conhecimento exato da situaçãoria empresa, por se limitar apenasa uma das subsidiárias do «holding»,terminam sempre por sugestõesraio interessam à própria Light.F.ssa r\ infelizmente, a tradição detais levantamentos,

No caso atual, o próprio sr. Car-los Lacerda já forneceu o.- princi-pais argumentos para a dolosa daspretensões da Light. Em sua entre-vista do dia 12 afirmou w «obri-gaçao de elementar honradez reco-'njiccer

que a reforma cambial e asdificuldades do importação tenhamalterado os dados do problema daconcessão à CTB». Nada tem a vercom a honradez do sr. Lacerda,entretanto, o falo de que, pelo,acordo de .'50 de julho de 1948, aCTB so comprometia, em troca doaval do Governo ao empréstimo ne-gociado pela Light com o BIRD, ainstalar o «número (pie fôr neces-sário »de telefones para pôr fim âcrise clêsse serviço público no Rio.

Além do mais, os prazos atribui-dos à comissão visam mesmo nãopermitir sequer um levantamentomais amplo da escrita da Telefôni-ca. O deputado Barbosa Lima So-brinho, com a autoridade cie antigoProcurador do Distrito Federalque conheceu de peito os processos(L que lança mão a Light, declarouá imprensa diária: Parece pilhéria:solução definitiva em 40 dias so aCompanhia Telefônica poderá apre-sentar... a de sua própria autoria...-

Mas é isso, precisamente, o quequer Lacerda: que os interventores

sugiram como solução o autofinan-ciamento. E então a Light, que des-respeita sistematicamente os seuscompromissos (podendo e devendopor isso ser encampada sem maio-res despesas para o Estado), pas-sara a embolsar bilhões de cruzei-ros do povo carioca.

Grupo de amigos da Light

Os nomes que compõem a comis-são de intervenção completam oquadro da tragicomédia. Nem sepode dizer que a própria Light nãoescolheria um grupo de amigosmais sinceros — pois foi, afinal, aLight mesma, através de seu advo-gado Rafael de Almeida Magalhãe:.,que apontou um por um os inter-ventores.

Seu presidente é um aristocratae ás do scsocíety» carioca, o inte-gralista Demóstemes Mariureira dePinho, conhecido por seu reaeioná-rismo e seu ódio ao povo. O repre-sentante dos economistas é o conhe-cidissimo entreguista Otávio deGouveia Bulhões, diretor da SUMOCdurante o Governo Café Filho ebraço direito do entreguista-morEugênio Gudin. O advogado do Es-tado é o sr. Nelson de- AzevedoBranco, membro da Comissão Fis-calizadora das concessionárias deserviço público, e que mais de umavez já recomendou a adoção rioautofinanciamento. O sr. AntenorFafundos é outro amigo do peito.Sobre êle disse o deputado Barbo-sa Lima: «Esse senhor Fagundestem participado de soluções alvitra-das para o aumento das passagensdos bondes, as quais fariam recuarseus próprio colegas contadores daTelefônica). O coronel-aviador Gil-berto Sampaio Toledo é o únicocuja tendência não conhecemos. 'Porque não se salva nem mesmo orepresentante do Sindicato dos Tra-balhadores, sr. Jorge Coelho Mon-loiro, tradicionalmente contrário atoda medida que possa significarintervenção de fato ou encampaçãoda CTB.

Como se vc-, muito dificilmenteseria formado um Grupo de Ami-gos da Light mais dócil e submisso.

Todos os elementos da farsa es-tão montados, portanto. O sr. CarlosLacerda, lais rapidamente do quese podei ia imaginar, aprestá-separa atender â Light, cumprindo-lhe fielmente os desejos.

Falta em tudo isso, porém, umelemento que o sr. Lacerda não cos-tuma levar em conta: a oposição eo protesto do povo carioca, que exi-ge do Estado a punição da Telefôni-ca p a quebra do seu monopólio e nãoadmite que bilhões de cruzeiros se-jam arrancados de seus bolsos paraaumentai cs lucros fabulosos daodiada empresa imperialista.

«Eu sabia que isto aconteceria.Mas talvez agora os brasileiros en-carem sua situação em petróleo doum ponto-de-vista econômico, enão político».

, Com esta declaração, reproduzi-da na última edição da revistanorte-americana «Time», Mr. YYal-ter Link anunciou seu propósito defugir do Brasil, num avião a jato.«*.•: o meio mais rápido de sair da-quí» — acrescentou êle, adiantandomesmo a data da partida: 30 de de-zembro.

Mr. Link não poderia encontrarmaneira mais descarada de confir-mar a veracidade da acusação docrime de sabotagem á Potrobrás,que pesa sobre êle.'Além de saberque -isto» — ou seja, a denúnciada sabotagem — aconteceria, oque é uma maneira de reconhecero seu papel de espião, êle não preo-cupa sequer em protestar ihocên-cia; sua preocupação, pelo contra-rio, é a de fugir o mais depressapossivel do pais, antes que o agar-rejii.

O mais grave, porém, é que -Mi'.Link confessa, através do ¦ Time-,sua hostilidade á Petrobrás. Já emagosto de 08, pela mesma revistaiêle se declarou contrário á políticado monopólio estatal, na (piai viaum «erro». Agora, como despedidae último conselho aos brasileiros,condena o caráter político dado aoproblema do petróleo em nosso fiaise recomenda o puro e simples aban-dono da Petrobrás, pois ninguémignora o que um entreguista preteri--de quando fala em «encarar o pe-tróleo de um ponto-de-vista econô-mico»: é entregá-lo aos frustes.

As provas què a . i- me t 'arla-montar Nacionalista acumula con-Ira êle, o que serão documentadasna Comissão tf inquérito instala-da na Câmara Federal, mr. Linkacrescenta assim seu próprio de-poimento. Na melhor das hipóleses,êle é um inimigo confesso do mo-nopólio estatal e da Petrobrás, iclco-logicamente incompatibilizado paraservir num posto de vital impor-tância para a empresa, como achefia do seu Departamento dePesquisa. Nem a empresa podiacontratá-lo, nem êle podia aceitar ocontraio, a menos que tivesse opropósito de sabotar.

Tudo leva a crer que a Últimahipótese soja a verdadeira. Depoisde servir à Esso, durante trintaanos, nos Estados Unidos, Mr. Linkcontinuou servindo â Esso, no Bra-sil. com a tarefa de -provar- queaqui não existe petróleo. E a atitu-de desavergonhada assumida pelo«Estado de São Paulo- o por -OGlobo-, nos últimos dias, prova quefoi exatamente esse o sentido dotrabalho do técnico ianque na Pe-trobrás.

Depois de passar alguns anoscom o rabo entre as pernas, ásvezes até dizendo-se -fiéis defenso-res-.- da Petrobrás. aqueles velhosrábulas ria Standard Oil na impren-sa brasileira agora criaram cora-Sem, i- passam a atacar aberta-mente u monopólio estatal, com

O deputado Hércules Correia dos Reis,que na foto é visto sendo entre Istadopor NR, pronunciou-se contra a ias-saçãò do mandado legitimo dos vc-read.or.es e alertou o povo carioca con-tra os desmandos do governador

u: Técnicosnca DarãoPetrobrás

base no trabalhei de Link. O «Es-tado de Sáo Paulo, em editoriaisquase diários, procura lançar o des-crédito sobre a empresa do Estatlo,á qual se refere como um «fracas-so e, mesmo, -uni monstro» quee preciso liquidar. «O Globo-, doseu lado, exulta de alegria: «ateagora a Petrobrás só em mínimaparte colimou seu objetivo funda-mental: achar petróleo brasileiro»,diz êle, sugerindo (pie o erro nãoestá na execução da política domonopólio estatal, como afirmamos nacionalistas, o sim na própriapolítica.

Prala-se, portanto, de Lima novae bem articulada trama, inspiradapela Esso, o que não visa apenas áliquidação da Petrobrás. O empe-nho com que a imprensa alugadapela Esso está defendendo a direçãoda Petrobrás mostra que o objeti-vo imediato da trama se satisfazcom a continuação do «statu quo»— como, aliás, tom prometido o gal.Sardenberg: que, no lugar de Link,fique um igual a Link. embora seunome possa ser Lange ou outroqualquer, com a condição de (pie semantenha a mesma equipe, com asmesmas concepções técnicas dequem está decidido a não encontrarpetróleo no Brasil,. Assimi estará as.segurado o tracasso da Petrobrásno setor realmente fundamental desua atividade o nisso o Giobo»tem razão — que é o setor da pas-quisá.

Dai a necessidade de quo os na-cionalistas concentrem seus c-íor-ços na exigência de uma completarevisão dos métodos e concepçõesda direção ria Petrobrás, no' quefoca ao Departamento dr- Pesoui-sas da empresa'. Neste problema,nao há. conciliação possível com ostrastes, e atitudes como a rio sr.-ovos Soares Pereira, que se diznacionalista mas procura - em ar-figos que publica em ¦ ultima flora»

justificar a atual equipo > aatual política rlp pesquisa da Pe-Irobrás, alegando supostos < riscosnaturais» rio petróleo, fazem exata-mente o jogo da Esso.

A Petrobrás não estará livre dosfrustes enquanto não descobrirnovos e grandes campos de pelró-leo no Brasil; o não descobrirá pé-tróleo, alem do que já está jorran-do na Bahia, enquanto contra'.irtécnicos da Esso para desçobri-lo,enquanto não foi- buscar seus léc-nicos e seus equipamentos lá ondea Esso c a Shell não os controlam:na URSS, na Romênia ou, mesmo,na França.e na Itália.

Sindicato dos Trabalhadores naIndústria de Produtos Químicos

de NiteróiFormulo votos de- 1,-li, NATAL .- Pró-..

poro A\o sovo s,„s associado-suns famílias ,. „„s li-nliullmdoroü i|..lodo n pais, «onelnmaiidn-OH a luta pelofortalecimento da l MDAlii. sindicaldurante o aim de min

Dccio Correu. Presidente: .!„-..- 1'ttwlinoPinto, Secretario; Sevcrlmi Antônio doNoM-linenio. Tesoureiro <¦ Alofsio tlonftio Anin.jii. Proctirndor,

.,.,.... i.,.,.;,.^g-.a..,-.,.-.-..:,,-.w;;_rai^^~—*~-«-^~

Page 4: Executivo — Orlando Bomfim Jr. Diretor — Mário Alves ... · página do segundo caderno. Cada povo tem o ... que vai publicada na 1' pág. do 2? A atividade do PCB e o professor

- 4 NOVOS RUMOS Rio de Janeiro, semana de 23 a 29 d? dezembro de 1960 —

Johnsson i Cia.TECIDOS E ARMARINHO POR ATACADO

PRAÇA GENEROSO MARQUES, 26 — TEU 4-6175

Caixa Postal, 286

End. Telegráfico — JOHNSSON

Curitiba — Paraná

Cumprimentam seus fregueses e ami-

£os pelo transcurso do NATAL e do ANONOVO, augurando-lhes um próspero 1961.

SINDICATO DOS TRABALHADORES NAS INDÚSTRIASMETALÚRGICAS MECÂNICAS E DE MATERIAL ELÉTRICO

DO RIO DE JANEIRO

Pplfíclo do Metalúrgico — Rua Ana Néri, 152 — Pedregulho

RIO DE JANEIRO

AOS TRABALHADORES METALÚRGICOS

A Diretoria e a Comissão de Sindicalização do Sindicato

dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas t dt

Material Elétrico do' Estado da Guanabara, conclamam a todos

os companheiros da corporação, não sindicalizados, a ingres-

sarem em nosso quadro social, atendendo assim ao apelo da

II Conferência Sindical dos metalúrgicos, realizada em março

de 1959, no sentido da sindicalização de 10.000 novos com-

oonentes da nossa categoria profissional.

Visa este apelo, trazer para o quadro social do nosso

Sindicato mais da metade dos 60.000 metalúrgicos do Estado

da Guanabara e das nossas bases territoriais, o que strá um

importante passo para o fortalecimento da nossa corporação, •

mais eficiência para enfrentarmos as batalhas de 1961

Aproveitando a oportunidade, a Diretoria t a Comissão

de Sindicalização, ao ensejo das comemorações dt mais umNatal, data magna da cristandade, e ao alvorecer do ano de1961, saúdam os companheiros metalúrgicos, os trabalhadoresem geral e suas famílias, desejando-lhes muitas felicidades •

um Ano Novo pleno de conquistas.

Rio de Janeiro, 22 de dezembro dt 1960.

A DIRETORIA E A COMISSÃO DE SINDICALIZAÇÃO

Credp

lâriorogrcsso

Jóias — Relógios — Artigos para PresentesTravessa Oliveira Belo, 29 — Fone: 4-8549 — Curitiba - Paraná

Saúda seus amigos e clientesdesejando-lhes umFELIZ NATAL ePróspero ANO NOVO

ASSINE:

\MUUfàfVIDA

Rnvlstn mensal. profu«»mente ilustra-Ha ru fotografias, ri>«i>nho» • léml-na» adicional» «m córw,

Publica artigo» de dí»tacado» *»-prilnlluta» em economia, ciência e téc-nica, literatura e cinema, mdalca .tentro, arte e Arquitetura da L'RR8 einforma amplamente iftbre a rida dopovo soviético.

Mantém ie.u» leitore» a0 par daicontrovertia» e polêmica» que »e dftona UIWB.

Aialnatura anual CrS SOO,01via aérea

Pedidos acompanhados de cheque ou vale postal à:AGÊNCIA INTERCÂMBIO CULTURAL

JURANDIR GUIMARÃESRUA DOS ESTUDANTES, 84 — SALA 28TELEFONE: 37-4983 — SÃO PAULO

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Nos céus e nos mares da costa aergi-pana tem sido observados objetos es-Irunlios. Na foto vemos um deles, quea Kniliaixuilit americana «li/, uma an-iciiu do submarino.

Dizem queé uma antena

NR em Sergipe

SERGIPE VIROU CENTRO DE RECUPERAÇÃODE TELEGUIADOS DOS EUA

ARACAJU, dezembro (do Corres-

pondente) — Pescadores sergipanostêm avistado, constantemente, nave-

gando nas costa do Estado, navios daclasse do ^Timber Hitch>, do '<Air ForceMissil Test Center;-, dos Estados Unidos,com missão de localizar teleguiados,recolher informações, e gravá-las. Osbarcos dessa classe, que vêm operandohá já algum tempo na área do Atlán-tico Sul e em águas brasileiras, atuamtambém como localizadores dos conesdos foguetes lançados de Cabo Cana-veral, que recolhem para depois enviaraos Estados Unidos.

Zona de objetos "estranhos"

A movimentação inusitada nas cos-tas sergipanas, verdadeiro centro deoperações da marinha norte-americana,já tem sido denunciada por inúmerosjornalistas. Por várias vezes o radialis-ta Silva Lima, da Rádio Liberdade, de-nunciou a presença de objetos estranhosnos céus do Estado. Na localidade deNossa Senhora da Glória, recentementefoi observado pela população um es-tranho objeto luminoso no espaço; emItabaianinha, um objeto desconhecidoprecipitou-se nas águas de um lago e,em Estância, onde numerosas esferas dematerial plástico foram encontradasboiando nas águas próximas à co<!p.

Um novo personagemA aproximadamente 4 quilômetros

da foz do rio Areai, alguns pescado-res que realizavam seu trabalho no lo-cal, avistaram um objeto misterioso,que, de longe, se assemelhava a ummonstro marinho. Aproximando-se dele,viram que se tratava de um engenho

NR no R. G. do Sul

eleirônico, mas completamente diíeren-te daqueles que estavam habituados aencontrar durante as pescarias. Leva-ram-no para ;i praia e, ingenuamente,tentaram destrui-lo a golpes de ma-chado. Advertidos de que se tratava deum engenho de guerra, resolveram en-tregá-lo ao prefeito de Indiaroba que,por sua vez, remeteu-o a Aracaju.

O aparelho, apesar de todas asreservas mantidas pelas autoridades,foi exposto à visitação pública e sò-mente depois de algum tempo as au-toridades norte-americanas retiraram-no de Aracaju, enviando-o para localignorado. O aparelho foi transportadopela Cruzeiro do Sul, quando foi se-gurado pela quantia de ó milhões decruzeiros.

Explicação

Somente com a chegada de umamissão militar norte-americana a Ara-caju é que a população sergipana fi-cou sabendo o que era o aparelho des-cYerto pelos pescadores: tratava-se darádio-antena do submarino atômico

«Trilans. que se desprendera da be-lonave quando esta, em sua viagem aoredor do mundo,' navegava nas proxi-midades da costa brasileira em Ser-gipe.

Os elementos da missão norte-americana que estiveram nesta Capital,condecoraram os pescadores DeoclácioSoares Lessa, Antônio Gonçalves d o sSantos, Manoel Jacinto dos Santos eJosé Fernandes de Assis, que possibi-litaram a recupereção do engenho.

Durante a cerimônia, o chefe damissão norte-americana informou que oaparelho, na época em que desapare-ceu, era o único no mundo no gênero.

Vereadores gaúchos fazem CongressoProtesto contra o alto custo de vida

Mais de setenta municípios se fize-ram representar no II Congresso Esta-dual de Vereadores, que se reuniu del.° a 4 de dezembro em Porto Alegre,no salão de atos da Universidade doRio Grande do Sul. e cujo objetivo foiplenamente alcançado: protesto dosvereadores contra o alto custo de vida.

Schroeter organizouA iniciativa da realização do Con-

gresso partiu do vereador porto-alc-grense Alberto Schroeter, que na qua-lidade de presidente da Comissão deOrganização foi um dos responsáveispelo êxito do conclave. No discurso deabertura fez um apelo para que osvereadores manifestassem sua disposi-ção de unidade na luta por medidascapazes de contribuir para a erradica-ção da miséria e da fome que angus-tiam o povo brasileiro — acima dequaisquer divergências de ordem poli-tica, filosófica ou religiosa.

Unidade prevaleceuRealmente, desde o dia da inaugu-

ração do Congresso, com a presençado Governador do Estado. PrefeitoMunicipal, de Secretários de Estado,lideres sindicais e estudantis, a uni-dade dos diversos pontos de vista naluta antifome, prevaleceu. Os debates, por outro lado, foram intensos,o que demonstrava o interesse dosvereadores em tomar a primeira po-sição séria na luta contra a carestia.O próprio governador BrizoLla, paru-cipou dos trabalhos e fèz questão defrisar como é difícil resolver o pro-blema da carestia dentro da ordemjurídica e constitucional vigente.

Soluções imediatasSoluções' imediatas, tanto no plano

municipal, como no estadual e federal,foram apresentadas em grande nume-ro. Destacam-se as sugestões para acriação do Banco dos Municípios aílm de financiar pequenos produtoresagrícolas, bem como a criação de fá-bricas de máquinas agrícolas, de pos-tos veterinários e agrícolas por partedo Estado.Soluções definitivas

Depois de amplas discussões furamaprovadas medidas de longo alcance,

destinadas a sustar a alta dos preços.A ampliação do nosso comércio ex-terior, especialmente com os paises so-cialistas, a rigorosa restrição da re-messu de lucros das empresas estran-•;:eiras. o monopólio estatal do cãm-bio, o aumento da carga tributáriasobre as grandes propriedades, a lc-gislação trabalhista para o campo, oestímulo á mecanização da agricultu-ra, a desapropriação de qualquer in-dústria que cesse as suas atividadesacarretando prejuízos à economia na-cional, o integral apoio à política domonopólio estatal do petróleo, a am-pllação e o melhoramento da rede detransportes federais, são algumas dasmedidas aprovadas e que os edis en-caminharão aos podêres públicos, lu-tando pela sua efetivação imediata.Também predominou a opinião de quea atual política econômica e finan-reira do Governo federal é catastro-fica para o povo, e principalmentetem prejudicado o Rio Grande do Sul,Estado que está em vias de se trans-formar num novo Nordeste.

Comissão PermanentePoi significativa a criação de uma

comissão permanente de luta contraa carestia integrada pelo presidentedo Congresso, vereador Aloisio Filho(PTB), Alberto Schroeter, MiltonKrause, Célio Marques Fernandes, Re-voredo Ribeiro e mais os presidentesdas mesas redondas municipais, es-tadual e federal. Ao fim do Congressoos vereadores Isidoro Garcia (PTB)

Otávio Germano (PSDi fizeram/eementes pronunciamentos contra aespoliação do povo, situando as causasda carestia como fundamentalmenteresidindo na nossa dependência emrelação aos grupos econômicos norte--americanos e em nossa arcaica es-trutura agrária. Os edis concluíramsua reunião com um manifesto aopovo, em que frisam a disposição decontinuar a nata, realizando em breveo Congresso de Salvação da EconomiaSul-rlograndense, que contará com aparticipação de todos os setores daprodução gaúcha. Políticos, estudantes,iperários e camponeses reunir-se-ãopara defender a economia de seu Es-lado c minorar o sofrimento de seupevO.

NR no Amazonas

ITACOATIARA: POVO COMEÇOU3ATALHA CONTRA CARESTIA

llacoatiara, Amazonas (do Cor-respondonte) — Promovidos pelos Irabalhadores r\a indústria da ConstruçãoCivil desta cidade, realizou-se, no dia26 de novembio, comício popular con-Ira a caieslia de vida e de protestocontra a inércia do Prefeito, incapazde adotar medidas para coibir o abu-sivo aumçnlo dos preços dos gêneiosde primeira necessidade, registrado emnovembro.

Todos os oradores exigiram do go-vêrno providências no sentido de su-

prir a população de farinha de man-dloca, impedindo a exploração absur-da do preço do produto, que em 10dias havia aumentado de 100% (de20 para 40 cruzeiros o quilo).

Carestia avança

A alta do cuslo de vida registra-da no mês de novembro em Itacoa-liara, apresenta números assustadores.O café em grão, que custava CrS . .

40,00 o quilo cm outubro, subiu pqra100; a carne rogislrou um aumento de50%, passando de Cr$ 60,00 para 90o quilo; o arroz, o feijão c outros pro-dutos rogr.lruiam também, aumentosconsideráveis,

Ao comicio compareceiam os ve-recidores Jurandir Pereira da Costa,José Thomaz de Aquino e Paulo Sam-paio, e os srs. César Garcia, operáriocia construção civil, Carlos Girão deAlencar, despachante aduaneiro, e Al-berto Batista dentista. O presidente dlSindicato d o s Estivadores, sr. NilsonMachado, Ivpotecou integral solio-jrie-dade ao movimento.

Lei do inquilinatoA Câmara Municipal desta cida-

de, na sessão de 14 de novembro,aprovou requerimento de autoria do ve^reador Paulo Sampaio, solicitando aospodêres federais, executivo e legislali-vo, a prorrogação da tei do Inquih-nalo.

Povodesperta

Na cidade amazonense de Itacoatiarao povo começa a se manifestar nasruas contra a onda de carestia. Umcomício foi realizado (foto) e outro»eslâo sendo programados,

NR na Bahia

SM TC PAROU 14 HORASA zero hora do dia 6 a população

amanheceu sem elevadores e o transporte coletivo da Prefeitura. Filas enormesdesciam e subiam as ladeiras da Mon-tanha e Conceição da Praia. E' que,naquele dia, por decisão de uma As-sembléia-monstro, os trabalhadores emCarris Urbanos da Cidade do Salvador,resolveram declarar-se em greve até

que a Prefeitura efetuasse o pagamen-to do pessoal lotado no SMTC (ServiçoMunicipal de Transportes Coletivos).

Dezenas de entendimentos com oPrefeito Heitor Dias antecederam à de-cisão extrema e também dezenas foramas promessas de uma solução que aten-desse aos milhares de trabalhadores

que passavam fome, muitos deles comsalários de Cr$ 4.500,00 mensais.

Cansados e esgotados, resolveram

parar e pararam unanimemente. Ne-nhuma defecção.

Encontrando-se em Brasília, masinteirado da firmeza do movimento, oPrefeito pleiteou um empréstimo juntoao Banco da Bahia, o que determinou asuspensão da parede. Eram 14 horas.Os elevadores e ônibus da Prefeituravoltaram à vida normal e os trabalha-dores haviam conquistado uma vitóriafabulosa, graças à unidade e à justezade suas reivindicações.

0 escândalo do ano: carneverde Cr$ 145,00 o quilo

Acaba de ser consumado oficial-mente o maior assalto à bolsa do povo.A carne verde que era vendida a Cr$100,00 o quilo (sem osso), subiu, gra-ças a omissão do Governo e o subornoda COAP, para 145 cruzeiros. Com es-sa manobra revoltante ,os tubarões dacarne verde terão de lucro liquido ape-nas 45 milhões de cruzeiros.

Denunciando o escândalo num doscomícios realizados domingo passado,afirmou o dr. Aristeu Nogueira Cam-pos, em nome da Comissão Contra aCa estia de Vida, recorrendo a dadosfornecidos por pessoas do próprio Fri-gorífico São Francisco S.A., que um boide 15 arrobas proporciona um lucroliquido de Cr$ 3.000,00, à base do pre-ço antigo (85,00 o quilo). Ora, multi-plicando-se essa importância por 5.000bois abatidos mensalmente, chega-se aconclusão de que os abatedores têm umlucro líquido mensal de Cr$15.000.000,00 (quinze milhões,. Esseaumento passa agora á casa dos 45milhões.

Lamentável é a posição do gover-nador Juracy Magalhães que se satis-faz com declarações pomposas e pro-messas de soluções, mas se omite, naprática, ao declarar que o problemada carne verde é da alçada do govêr-no federal. E nós acrescentamos: o aespeculação dos tubarões da Bahia,também, governador.

O escândalo vem repercutindo naopinião pública que já se mobiliza paraderrotar o conluio tramado e consuma-do dentro da própria COAP, dirigidaagora pelo sr. Camarinha. Protestosidênticos se fizeram notar na Assem-bléia Legislativa e Càmcra Municipal,

ao ponto de se exigir a demissão do ir.Camarinha. ,

Secretaria do trabalhoLíderes sindicais, representando to-

dos os sindicatos do Estado, preparam-se para discutir conjuntamente a mon-sagem do Governo que pede a criaçãoda Secretaria do Trabalho. As opiniõesnos meios sindicais dividem-se, no mo-mento. Consideram uns que não se deveopor à iniciativa do Governo, desde qu«ela não atente contra a autonomiasindical. Ouiros, no entanto, julgam-nadesnecessária e injustificável. Alegam

que essa Secretaria, mesmo que não se-

ja seu fim, veladamente, através de Ií-deres sindicais partidários do Governo,terminará intervindo no movimentosindical, ocasionando sua própria fra-

queza. E, perguntamos, a quem inte-ressará a fraqueza do movimento sin-dical? Aos trabalhadores? E' claro queàqueles que temem a unidade dos tra-balhadores, porque não podem bitolarsuas lutas aos seus interêsíes demagó»

gleos e pessoais."0 Sondador": jorna'dos petroleiros

Por iniciativa de um grupo de ati-vistas do Sindicato dos Trabalhadoresna Indústria de Extração de Petróleo daBahia, acaba de sair o primeiro nume-ro do um jornalzinho que vem alcançan-do, apesar de tôdcis as suas limitações,imensa repercussão nos meios sindi-cais.

Afirma-se mesmo que o SONDA-DOR inicia o ciclo dos jornais de em-

presa.

DiretorMário Alves

Diretor ExecutivoOrlando Bomíim Júnior

Redator CheteFragmon Borges

SecretárioLuiz Fernando Cardoso

GerenteGiillcmberg Cavalcanti

RedatoresRenato Arena, Paulo Motta Lima,Nilson A/evedo, Fausto Cupertino,

Rui Facó. Solou Pereira Neto

L

Redação: Av. Rio «ranço, 257, 17'andar. S/1712 — Tel: 42-7344Gerência: Av. Uio Branco, 257,

ü1' andar S/1105SUCURSAL DE S. PAULORua 15 cie Novembro, 223

8.u andar — s/827Tel: 37:52 64

Endereço telegráfico -"NOVOS RUMOS"

ASSINATURASAnual CrS 500.00Semestral 250,00Trimestral 130,00Aérea anual, mais ... 200,00Aérea semestral, mais. 100.00Aérea trimestral, mais 50.00Número avulso 10.00Número atrasado .... 16.00

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Page 5: Executivo — Orlando Bomfim Jr. Diretor — Mário Alves ... · página do segundo caderno. Cada povo tem o ... que vai publicada na 1' pág. do 2? A atividade do PCB e o professor

¦— Rio de Janeiro, semana de 23 a 29 de dezembro de 1960 NOVOS RUMOS 5 —

i :-m ¦¦ sa.

A MISÉRIA Ê NOSSA — Tal o titulo do último panfleto de Gondinda Fonseca, em cujas páginas ardentes são debatidos alguns dos principaisaspectos da grande campanha nacionalista, em que se empenham crescentescamadas do nosso povo. Em sua Introdução comenta o autor os resultadosdo pleito presidencial de 3 de outubro, apontando como causa imediata davitória de Jânio a tremenda máquina publicitária — coisa jamais vista en-tre nós — posta a serviço do candidato das íòrças entregulstas.

A publicidade política, eflãçao tipicamente ianque, ó toda ela organl-zada cm termos de publicidade comercial, tendo em vista a "promoção"em larga escala do seu produto — no caso um candidato e seu programa.Semelhante publicidade, sustentada por poderosas forças eoonômloas quese ocultam por detrás de partidos e personalidades, realiza uma tarefa,"cientificamente" planejada, de deformação da consciência democráticado eleitorado. Foi isto o que se viu aqui na eleição de 3 dc outubro: a grandemassa eleitoral ludibriada cm grosso pelos demagogos e ch&rlatães, tudocom base numa publicidade de tipo comercial, explorando a fundo os justosdescontentamentos das massas populares, e impingindo como também na-cionallsta um candidato dc origem e inspiração sabidamente entregulstas.Resultado: venceu o "produto" sustentado por aquelas forças que dispu-nham de mais dinheiro para dominar os mais eficazes veículos de publi-cidade — imprensa, rádio, televisão.

Gondm da Fonseca entra em cheio, depois, no clpoal das manhase artimanhas: do entregulsmo, denunciando as manobras que visam à llqul-daçao du Petrobrás, e mostrando páo-puo.queijo-qucijo o que significa parao Brasil o domínio dos trustes impcrlalistas sobre setores tão importantesda economia nacional como sejam a energia elétrica, a Indústria autòrno-bllistlci'. a cultura c o comercio do algodão, a indústria farmacêutica, eic.

O panfletário não esbraveja nem agita as mãos vazias: pelo contra-rio suas mãos estão cheias de dados, cifras, fatos, provas, docAimentos.Seus ódios são ódios patrióticos, ódios contra a monstruosa máquina lm-reliallsta montada em nossa terra com a conivência de entregulstas e mer-cenários que traem a própria Pátria. São ódios ditados pelos amores aoBrasil e ao povo brasileiro espoliado e oprimido. Ê a este povo, tão despre-gado e maltratado, que se dirige Gondin da Fonseca, despertando a atençãodo leitor para a verdadeira situação em que se debate o Brasil, vitima dostrustes estrangeiros é seus agentes "nacionais".

"Pense no Brasil, que é a sua Terra. Vocô não tem outra. E ela precisade você. Observe que atualmente a riqueza é deles idos entregulstas e dosgringos colonizadores) e que o Brasil dia a dia se exaure: roubam-lhe omrnganès, o ferro, o níquel, us minerais atômicos. Só a miséria é nossa I"

A miséria é nossa: isto não é figura de retórica, é a pura e durarealidade de um Brasil subdesenvolvido, subgovernado e submetido ao lm-perialismo todo-poderoso. É a miséria que se exprime, por exemplo, pelaestarrecedora estatística da mortalidade infantil, que em alguns Estadosalcança indicas superiores a 400 por 1.0U0. O penúltimo capitulo do pau-íleto de Gondin da Fonseca é dedicado precisamente a esse aspecto danossa miséria.

Onde Gondin da Fonseca não tem razão é quando, já na última págl-na do panfleto, escreve que o povo brasileiro — "pelo seu temperamento,pela sua tradição familiar, pelo seu modo de encarar a vida" — é Infensoa "violentas lutas dc classes". Gondin não pode negar que a sociedadebrasileira é constituída de classes diferentes e antagônicas. Se assim é,se existem classes cujos interesses se contradizem e se chocam, a luta entreelos c uma conseqüência natural inevitável. Violentas ou não, ora mais ?lo-lentas, ora menos violentas, em qualquer caso a luta de classes existe pre-cLsamcnte porque existem classes antagônicas. Trata-se de um fenômenohistórico objetivo, cuja existência não depende da vontade, nem boa nemmá vontade de ninguém.

O movimento nacionalista brasileiro é uma aliança de classes —- pro-letariad), campesinado, burguesia, pequena-burguesia, lavradores ricos e po-bres e até certos setores de latifundiários — e esta aliança é Imposta pelanecessidade tática de enfrentar e combater o inimigo comum, que é o im-perialismo, especialmente o imperialismo norte-americano e seus agentes in-ternos, que chamamos de entregulstas, Mas nada disso leva à supressão dosantagonismos cie classe nem portanto ao desaparecimento da luta de classes.

Di', ainda Gondin da Fonseca que "não existe comunismo entre nós".Tal como está expressa, a frase presta-se a dúbias e confusas Interpreta-ções. O que c lamentável num autor que escreve principalmente para o povo.Tlranles estes pequenos deslizes, claro que o panfleto .4 MISÉRIA È NOSSApossui excelentes qualidades, alinhando-segalhardamente entre o que de melhor temproduzido a nossa literatura nacionalistade combate.

Astrojildo Pereiro

PAPEL DO CRONISTAHá os que dizem: Não faça crônicas políticas, você sabe, há os rro-instas especializados e no seu caso fale-nos apenas do cotidiano, das coisasda vida. Claro que você pode falar do preço da carne, da falta d'áirua,disto e daquilo, mas não faça propriamente crônicas políticas. O que o

público leitor procura em vocês é assim como uma distração, um sossego,um cantinho de jornal onde cie repouse da alucinação dos tópicos, doseditoriais pesados, dos exaustivos noticiários políticos.Há também os que dizem: — Mas não c possível; como pode umapessoa como você assistir a tudo o que anda por ai sem dizer palavra,sem atacar essa gentalha que pensa que é dona do Brasil, que aqui élugar para implantação dc senzalas nu ditaduras? Como pode você falarem arvore, pássaro ou criança sem meter o pau no governo?

Quando o cronista c um maria-vai-com-as-outras, está claro queas opiniões influem, êle vacila nos seus alicerces, fica sem saber que po-siçâo tomar. Felizmente não c esse o meu caso. Para mim, um cronista éaquele que vive a vida do seu povo. Vive não como espectador, de torri-nhas, mas como ator. como componente do espetáculo. Naturalmente gos-taria dc falar em belezas, coisas que, aliás, não faltam a esta nossa bem-,-amada cidade. (Por falar nisso, gostaria que alguém me explicasse por querazão, quando vem chegando o verão a Prefeitura manda podar as árvores.Verão significa sol, calor, necessidade dc sombra. Aqui cortam as irvo-res, por quê?) Gostaria muito dc saudar passarinhos, de falar no meuprecioso gato, dc contar estórias e histórias. Sempre que posso faço isso,mas nada me impede de criticar, protestar, atacar quem quer que sejaque ande atrapalhando nossa vida dc povo, nossa vontade de seres- livresnum pais de homens livres.

Um dia uma revista elegante pediu-me uma crônica sobre o sweeps-take Que sei eu de corridas de cavalos? Disse que era impossível, não sóporque jamais entrei no .foquei Clube como porque não tenho na minhaintimidade nem jóqueis nem cavalos. Insistiram muito; fiz a crônica di-zendo isso mesmo e pedindo que poupassem os cronistas que nada sabemde desfiles de elegantes, dc champagne c outras coisas próprias de sweeps*take. Conto essa história apenas porque ela bem define a posição dos cro-nistas.

No atual momento brasileiro que nada tem de solene, digam, possoeu Talar cm pòr-dc-sóis? Posso cantar meus oito anos já tão longe? Possocontar a beleza da cidade? Perdoem então quando estas crônicas não tive-rr>>n o tom dc distração e sossego. Não creiouuc neste.momento guanabarino com Car-los Lacerda proclamando ódios, possa ai-gum cronista honesto dar sossego aos seusleitores. Sua obrigação c rir protestar, cia-mar, lutar. Dcixai-mc cumprir a minhaobrigação,

Eneida

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ORLANDO CECCON

Curitiba — Rua Alferes Poli, 299 — Paraná

CUMPRIMENTA SEUS CLIENTES E AMIGOS, DESEJANDO-LHES

FELIZ NATAL E PRÓSPERO ANO NOVO

A ACADEMIA DZLETRAS EM ILHÉUSA Academia de Letras de Ilhéus

convidou na wmana passada o pro-íessor tcheco ZdeneU Hampejspara fazer naquela cidade nina con-fercncla sobre & literatura tchecos-lovacc. O prof. Hampejs esteve trêsdias na terra do cacau, visitandotambém Itabuna.

De regresso ao liiu, nos enviou acrônica i|'4e reproduzimos hojesobre a academia de Letras deIlhéus.

Uni dos traços característicosda atual vida cultural brasileiraparece ser a sua descentralização epenetração em lugares que, atépouco tempo, viviam na sombra dafebril atividade literária e culturaldas grandes cidades De exemplodesta tendência pode servir a ei-dade de Ilhéus, que até há poucotempo não tinha nenhum centrocultural, tendo desaparecido o seuGrêmio Literário há uns trinta, anosatrás.

Agora, devido à iniciativa dopoeta Abel Pereira, cuja COLHEI-TA (livro dos «haicais», merecida-mente apreciado por Gassiano Ri-cardo e vários outros críticos e poe-tas brasileiros, saiu à luz, na Simões,em 1956) tem já uma agremiaçãoque reúne os melhores intelectuaisda cidade e da região, promovendotuna série de interessantes ompre-endimentos culturais.

Num poriodo de •iproximadamen-te um ano conseguiu Abel Pereira

despertar interesse pela realizaçãoda sua idéia, elaborar os estatutosda Academia, conseguiu o seu re-conhecinierito oficial por parte dasautoridades municipais e um;, sul)-venção, necessária para o prosse-guimonto d.is suas atividades epara organizar uma sério de con-Cerências, lançamentos e comemora-ções que, na cidade, desprovida, atéentão, de uma atividade cultural òr-gimizada e planejada, tem uma jus-ta repercussão.

O recente concurso literário, doqual saiu vitorioso o livro- 'Onzesonetos» de Bruno de Menezes, cha-mou a atenção dos meios intclec-luais extraestaduais para essa im-porlanle cidade baiana. O nome dc«Academia de Letras», implica, go-ralmcnle em alguma coisa fechada,desligada da vida quotidiana, cmsuma: acadêmica. No caso de Ilhéusa palavra «academia» perdeu estematiz pejorativo. A Academia deLetras de Ilhéus quer ser abertaao público comum, despertando oseu interesse pela cultura. Dize-mos: pela cultura, porque essa en-tidade não agrupa só literatos, mas,em geral, homens de atividade cul-tural, dispostos a propagar a cullu-ra. Fazemos, pois, votos para queAcademia de Letras de Ilhéus con-tintie as suas atividades com omesmo entusiasmo com o qual ascomeçou, o que encontre, em outrosEstados do Brasil, os seus seguido-res.

Sindicato dos Condutores de Veículos Rodoviários e Anexosio Rio de Janeiro

Sede: Rua Camerino (ili — Fone 43-3.1.01

DESEJA AOS SEUS ASSOCIADOS K ÁS SUAS FAMÍLIAS UM

FELIZ NATAL E UM PRÓSPERO ANO NOVO, DL LUTAS POR

MELHORES CONDIÇÕES DE VIDA E AMPLAS LIBERDADES

DEMOCRÁTICAS

Meçando Racliid — Presidente

Manoel Azevedo — Sécretário-GeralHermes de Caires —- 1.' SecretárioAmando Guilherme dos Sando — 2- SecretárioJoaquim Ferreira Maia —- 1« TesoureiroAntônio de Abreu Ribeiro Júnior — 2 Tesoureiro

Raimundo Henrique Dias — Procurador

FEDERAÇÃO NACIONAL DOS ESTIVADORESFUNDADA EM 19 DE FEVEREIRO DE 1U40

Sede: RUA SANTA LUZIA, 173 - 7." ANDAR (SALAS 702 15 703iTELEFONE Ò2-1GÒ1

RIO DE JANEIRO ESTADO DA GUANABARA

M E N S A <;. E MNa passagem da data de 2r> de dezembro de 1960, a Federação

Nacional dos Estivadores, nesse dia tradicional de lestas, dirige-se atodos os sindicatos de estivadores do Brasil, a seus diretores, associadose familiares, desejando-lhes feliz Natal e próspero Ano Novo.

Ao findar esse ano de 1.960, os estivadores de iodo territórionacional têm motivos para justas alegrias, pelas vitórias obtidasultimamente.

Inúmeras vitórias poderiam -ser relatadas aqui, Todavia, bastaacentuarmos que, com a ajuda c união dc todos os sindicatos, sob ocomando desta entidade superior, marcam época as conquistas daareve vitoriosa de 18 dc outubro p.p. du presente ano. L. as vitórias,a unidade e a organização alcançadas, nós saberemos mantê-las, custeo que custar, porque somente assim tornaremos realidade as Resoluçõesdo III Congresso Nacional de nossa categoria profissional. Devemos,ressaltar, ainda, que para garantirmos o conforto em todas as festasde Natal só o conseguiremos unidos e organizados.

Esta entidade, nesta oportunidade, une-se aos demais traba-lhadores na comemoração das festas fie fim de ano, desejando-lhesboas festas e felicidade no novo ano que desponta, unidos por diasmelhores.

Fraternalmente.Osualdo Pacheco da Silva

PresidenteMiguel Freire da Silva

TesoureiroEuclides Rodrigues de Moraes

Secretário

No O GLOBO de 17-11-00, donu Zora SeIJan escreveu sobre s peça d*Oduvaldo Vianna Filho "A Mais*Valia Vai Acabar geu Edgar" e, là pela»tantas, chegou à espantosa conclusão de que hojt"ninguém mais fala na "inais-valla", do bandido secreto da

sociedade capitalista doscoberto por Mar*, que tanta popularl»dade teve na casa doa vinte • trinta",Pra começo de conversa, observamos que a declaração é feita num

comentário a uma peça onde se fala Justamente de ...mais-vtlla.Dona Zora, com a sua dupla responsabilidade de autora e critica teatral,

deveria ser menos superficial cm suas análises. A importância, cultural domarxismo terá deerescido a partir de 1930 ? Ou a teoria marxista da mais--valia já é considerada superada dentro mesmo do marxismo? Se não, es.íamos em que a localização do fastígio de Influência daquela teoria "na casado.s vinte e trinta" foi absolutamente arbitrária • nâo denota multa seriedadeIntelectual na comentarista.

Zero para a senhora, dona Zora.• • •

O venerando cidadão que escreve no "Correio da Manhã" sob • deyri*mento pseudônimo cie "Ali ltiglit" elogiou, sitiado último, o testemunhe 4*não menos venerando senador Fernandes Táver» sòhre a China de Mas--Tse-TuiiR.

O senador Távora, regressou da noTa China tom uma eilniíe dif«-rente da dos outros tento e tantos brasileiros Sue a tem rinltade; riu • «ueos demais nao viram. Isto e, pobreza, atraso, opressio.etc. Observou • e.u»os demais não observaram, isto é, que na China "a nossa sensibilidade de»moeratlea e oontaittemente atingida por atos e fatos desagradáveis". (V es.hiiii.ia a "sensibilidade democrática" do velho senador...). O Idas* "AliIMphl" proferiu ficar eom o depoimento solitário, isolado, Inverossímil a enca-rar a evidencia dos fatos. Uniram-se doii espiritai s«nis para nefar umarealidade jovem i|iie se afirma e é saudada pela maioria maciça des povo»contemporâneos,

Mas a verdade é que Mao-Tse-Tung não se aborreceu eom isso.•>

O caso do donzel "Ali Rlght", porém, è mais grave do que o de dona'/.ma SeIJan: não denota apenas superíicialidade ou irresponsabilidade. Oidoso escrlba aproveita as declarações do velho Távora contra a nova Chinapara acabar defendendo o colonialismo salazarlsta e o domínio português emMacau. Esta, portanto, em tudo e por tudo, a serviço da Reação remandocontra u maré da História. Vai se dar mal......

¦ io relatarmos a reunião dos neovonoretos, nos TÓPICOS da semanani rasada; registramos a presença e o aparte ,dc Roberto Bandeira, mas por um lapso, omime. eserito foi o dc Kangel Bandeira, quenão esteve no Ex-Ministério da Educação.Itelifiqiir-se. pois: o nome certo era o deItotierto Haiideini

Pedro Severino

Sindicato dos Trabalhadores nas Industriai Gráfieii diRio de Janeiro

SEDE: AVENIDA PRESIDENTE VARGAS, 529 — o," ANDAR

No ensejo de mais uma comemoração da maior data da Cristandade,a Diretoria deste Sindicato «aúcta a Classe Gráficq e todos <ji trabalhadoresem geral, desejando-lhes Feliz Natal e próspero Ano Novo.

A DIRETORIA

^N Rir «Jtft |7'^^| B|p|

PARA 1161

ASSINE 3

A»or» mental, nmlnr mimam rir aáiTna», mala inlori.la o mal» bonita!

A»«nn« oi 4DD.ii» anual*:

Sllb»cr«v» hojf mauniit • fará jur aHlll kltlllimo rairneirla III! a «aliuni valioso brlnilt, originai* ala Chia*:

r»dii!u«, acompanhado! dorhffina «li vale postal a:

A<;»;\CU INTERCÂMBIO Ctl.TlRAf,-H RAMHR GVrMARAKS

Una das KatudanUs, 14 — a»la •:!

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ASSINE:

F£KÍNG *REVIEW"-

IHAt.KCTICS: Tllt; \LGEBRAv oi' REVOLUTlOiNpC .. ...............

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.fnnrfll Ofl-iill Oiao* rW.»**

Semanário, um lii|U«

Par* conhecer:

1'nia iltao mil Ia . »m dia da»aiontnimmtni políticos, «conámiiaa« cultural* da China.

*.* rclmnr* da China cum »» da-niak ;i«í-e» • a*, opiniàr* oficiai*,clilur.ia* Mibr* os a**unlo» Intaraa-rloimli,

—. Documentos sòbrr a política ialar-na • externa da China.

Ilii^mrftrs, mapHt « tarlcntnra«I mtt fitnlr ajegiiriL •> d«* «jrimrir* müt

Hí> n'tt ff-in ** e opiniõp* t'hine.1»«,

A.iiiiHUir» anual Cri sJi.un

rVrttrln*, arontpM nhadit*. ü»«¦heqna ou íal* »oit»l a:

AGUNOIA INTERCÂMBIO Cl I.Tt B VI.

Jl K.VM1IR GUIMARÃES

ilua Ho. s:studantr*. S< — sala '.'S

Telefone: J".4M.t — Sá» Paulo

Sindicato dos Empregados no Comércio Hoteleiro e Similares do Rio de JaneiroSede: Rua do Somirlo, 2(54-266 — Fones: 32-3607 c 32-2185 Estado da Guanabara

Mensagem de lum de Ano aos associados v seus familiaresAo desejai- um Feliz Natal e um próspero Ano Novo a lodo? os associados e seus familiares, a

Diretoria do Sindicato, concita a todos "k continuarem, no ano que se avizinha, a nos dar a mesma colabo-ração que nos foi dada no decorrer deste, sem o qu¦< não teríamos obtido os êxitos alcançados e nãoatingiremos os objetivos desejados, por todos, no Ano Novo que se aproxima, pois que, na medida que vamosexigindo còm,mais freqüência o respeito aos direitos dos trabalhadores assegurados em lei, e vamos colo-eando na ordem do dia. novas reinvindicações, os em pregadores se enfurecem e voltam seu ódio de classecontra nossa organização, o que exige a colaboração de todos, para que, no futuro, a nossa viria seja maiscondigna com nossas condições de trabalhadores e nas nossas mesas haja mais fartura.

Precisamos da unidade do Iodos os trabalhadores Hoteleiros acima de qualquer divergência pessoal.

A Diretoria

Ruy Alves Guimarães — PresidenteSeledino Nunes dc Oliveira — SecretárioJair Baptista — TesoureiroIsrael Alves Ferreira — Procurador 'Arlindo Moura.— Diretor de Assistência

Sindicato Nacional dos Taifeiros, Culinários e Panificadoros MarítimasAdnptado no regime vigente nm 5-11-11 dc acordo com o Decrcto-Lei 140^ de 5-7-40 e Fundado em 22-Í-31"'

Reconhecido cie utilidade Pública Municipal pel.. Decreto 5:'8: de 15-12-1934.R Senidor PoniDcu 122-1° — Edifício Próurio ¦ Tel. 43-0349 — Kio cie Janeiro — E. da Guanabara — AssistênciaJURÍDICA,

FUNERAL E LUTO - End, Tel. TAICUPAM

RIO DE .JANEIRO, 5 DE DEZEMBRO DE 1960.

() SINDICATO NACIONAL DOS TAIFEIROS, CULINÁRIOS E PANIFICADORES .MAR1TI-MOS.. ileseja aos associados e Exmns. Famílias um feliz natal e que o ano de 1961 lhes soja propicio t lhestraga maior bem-estar.

O Sindicato torna extensivos os seus votos cie felicidades a todos os trabalhadores marítimos e seusfamiliares. Que a data máxima da cristandade c a passagem do ano sejam de alegria para aqueles qüelém a ventura de passá-la no recesso dos seus lares; de conforto e esperança para todos os que, presos ROcumprimento do dever, encontram-se em alto mar ou portos distantes de sua terra natal.

Almejamos um 1961 de maior fortalecimento da unidade dos trabalhadores marítimos em defesa dassuas reivindicações e da Marinha Mercante; dc maior fortalecimento, também da unidade de todos os tra-balhadores brasileiros, na luta pelas reivindicações comuns e em defesa dos superiores interesses do nossopovo,

Pedro Torres - Presid.eri.tcFcliciano l-Ionorato Wanderley —secretárioWalclomiro Martins dos Santos — tesoitreiroSebastião 1 -itis dos Santos — dir. assis, social '

Carmclino Martins Moreira — procurador.

Page 6: Executivo — Orlando Bomfim Jr. Diretor — Mário Alves ... · página do segundo caderno. Cada povo tem o ... que vai publicada na 1' pág. do 2? A atividade do PCB e o professor

i- 6 NOVOS RUMOS Rio de Janeiro, semana de 23 a 29 de dezembro de 1960

SINDICATO DOS TRABALHADORES NA INDÚSTRIA DE

FIAÇÃO E TECELAGEM DE SAO BERNARDO DO CAMPO

RUA SANTA FILOMENA, 373 — FONE: 43-1761

Presidente: José Cesário Fernandes

Secretário: Mário Girondo

Tesoureira: Adelino Barbado

SINDICATO DOS TRABALHADORES NA INDÚSTRIA

DE LATICÍNIOS E PRODUTOS DERIVADOS DO AÇÚCAR E DE

TORRÉFAÇÃO E MOAGEM DE CAFÉ DE SÃO PAULO, MOGJ

DAS CRUZES E SAO ROQUE

Rua João Jacinto, 23 — Fone: 36*8307

Presidente: Luiz Tenôrio dc Lima: vice: Diogo Ru'"'-: l> secretário:

João Posso Prado; 2" aoc: Aldinoan Paes de Freitas; 3'' soe: Edgard

Sabino Soares; Tes.: Santos Bobadilha; 2 tes.: Alexandre Rodrigues.

Conselho Fiscal: Manoel Guilherme Neto, José Lourenço dos Santos c

Romão Oliveira da Silva

Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas,

Mecânicas e de Material Elétrico de Santo André

Sede: Rua D. Gertrudes de Lima, 202 — Fone: 44-4068

Marcos Andreotti, presidente: Miguel Guillen, vice-presidente; Phila-

delpho Braz, secretário-geral; Amelio Paulo Tochio: 1" secretário:

Onofre José Ferreira: 2' secretário; Ernesto Cerraini, tesoureiro.

Conselho Fiscal: José da Cruz, Guerino Finamorc, Firmo Ricardo da

Silva. Suplente: Juvenal Fontanella

Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Carnes, Derivados o do

Frio de Santo André, Osasco. Barueri, São Caetano do Sul e Itapevi— Sede: Rua Dronsfield, 69, 2» Fone: 30166

Presidente: Romildo Chiaparini; vice: Orides Raimundo; 1' secretário:

Sinião dos Santos; 2» secretário: Iorolav Mirava; 1' tes.: Mario Rodri-

gues; 2" tes.: Rubens Hoffman; Bibliotecário: José Clementino Ferreira.

Conselho Fiscal: Benedito Diniz, Firmino dos Santos e José Bispo de• ' Rezende.

Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Gráficas deSantos e São Vicente

Sode: Rua Brás Cubas, 68 — Fone 2-8729 — Santos

Diretoria:

Orlando Sposito, Luiz Vicente, Túlio J. Principessa, Humberto Robertoe Anibal Nascimento

Suplentes: Manoel Duarte, Francisco O. R. Magalhães, João BatistaGomes, Valdemar R. Nascimento e Sebastião A. Moreira — ConselhoFiscal: Cristovam Sevilhano, Roberto Gomes e Alexandre Napoleão Vaz

SINDICATO DOS TRABALHADORES NAS INDUSTRIAS METALÚRGICASMECÂNICAS E DE MATERIAL ELlvTRICO DE S. PAULO

Rua do Camio, 171 Tels.: 33-1141 — 33-1142 — 331143 — 33-1144

REMO FORLI - PresidenteJOSÉ DE ARAÚJO PLÁCIDO — Vice-PresidenteJOSÉ BUSTOS — Secretário-OcralAFFONSO DELELLIS — 1° SecretárioALDO LOMBARDI — 2.° SecretárioJOSÉ GOMES DE SOUZA — 1° TesoureiroMERMETO MENDES DANTAS — 2° TesoureiroALBANO NERY SECCO — Conselheiro FiscalGERALDO BATISTA RIBEIRO - Conselheiro FiscalCONRADO DEL PAPA — Conselheiro Fiscal.

SINDICATO DOS EMPREGADOS EM ESTABELECIMENTOSBANCÁRIOS DE SANTO ANDRÉ

Rua Dr. Campos Sales, 128, 1' and. sala 26/7 — Fone 44-1127SANTO ANDRÉ

DiretoriaPresidente: Lincoln dos Santos Nilo: vice-presidente: Paulo MachadoLima; secretário-geral: Ethevaldo Mello de Siqueira: 1' secretário:Ângelo Crusco; 2" secretário: Sidney Lambert; V tesoureiro: José

Ribamar Figueiredo Gomes; 2' tesoureiro: José Benedito da Silva.Conselho FiscalSamoil Eid, Ignácio Tondela e Manuel Soares de CastroRepresentante Junto à Federação

Lincoln dos Santos Nilo, Ethevaldo Mello de Siqueira e Ângelo Crusco.

AO

ensejo das festas natalinas e a aproximação doAno Novo, os sindicatos de São Paulo, as Associa-ções, bem como as Federações, por intermédio de

NOVOS RUMOS levam aos seus associados e aos demaistrabalhadores — da cidade e do campo — e a todo opovo brasileiro, sua saudação fraternal e calorosa, dese-jundo-lhes melhores dias.

Que o ano que vai nascer seja o de novas vitóriaspara a classe trabalhadora no âmbito das conquistas sociaise realmente abra, para o povo brasileiro, os caminhos desua emancipação econômica em um clima de liberdade edemocracia.

Que o ano de 1961 seja o da maior confraternizaçãoentre os povos, o da unidade cada vez mais firme e poderosados trabalhadores do Brasil e do mundo inteiro em tornodo ideal da paz, a fim de que a humanidade possa, afãs-tado o perigo de guerra, alcançar, com o concurso daciência e c!a técnica, novos níveis de progresso.

Que o ano que se avizinha afirme a superioridaderio trabalho sobre a exploração, da cultura sobre a igno-iincia, da liberdade sabre a escravidão, da paz sobrea guerra.

São Paulo, dezembro de 1960.

Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Vidro,Cristais e Espelhos no Estado de São Paulo

Sede social: R. Monsenhor Anacleto, 7033-7735.

Fone:

Diretoria: José Chediak. Albertino Santos Alves, Vic-torino Marreiro Bueno, Alfredo Rendolh e Santo Camilo.Conselho Fiscal: Venâncio Ferreira de Moura, GeraldoAnésio da Silva e José Caravarlido.

Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da ConstruçãoCivil de Olaria, de Cerâmica para Construção, de LadrilhosHidráulicos, Produtos de Cimento e Oficiais Eletricistas

de São Paulo

Sede social: R. Conde de Sarzedas, 30436-7801.

Fone:

Diretoria: José Xavier dos Santos, João Louzada, Be-nedito de Souza, Armando Remedi, José Cubertino de No*vais. Conselho Fiscal: Sinfrônio de Souza Nunes, José Mo-desto de Souza e Cezar Tibúrcio da Silva.

Federação dos Trabalhadores na Indústria de Vidros,

Cristais e Espelhos no Estado de São Paulo

Diretoria: José Chediak, Cecrlio Domingues Neto, An-tônio Gaban. Suplentes: José Batistella, Sérgio AdalbertoViola e Waldemar Lescio. Conselho Fiscal: Jayme Augus-to, Albertino Santos Alves e Francisco Polidoro. Suplen-tes: Antônio Alvew, Domingos Pinto Filho e Alcides Fer-reira.

Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Químicase Farmacêuticas de São Paulo

Sede social: R. 25 de março, 144, 1' andar — Fone:

Diretoria: Adelço de Almeida; Júlio Ávila, José Fer-reira da Silva, Fidelcino Queiroz dos Santos, Manoel Mon-tanhani, Gabriel Alves Viana, Floriano Francisco Dezen.Conselho Fiscal: João Batista Rosa Jr., Antônio Pereirada Mata e Eugênio José de Souza.

União dos Ferroviários da Estrada de Ferro SorocabanaSede social: R. General Osório, 188, 9» andar, Fone: 35-9958

Sede social: R. General Osório, 188, 9' andar — Fone:35-9958.

Diretoria: Guarino Fernandes dos Santos, presidente;João Batista Domene, vice-presidente; Coaracy José deSouza, secretário-geral; Admar Figueiredo, 1* secretário;Massilan Bueno, 2" secretário; Francisco Gomes, 1' tesou-reiro e Waldi Diniz, 21 tesoureiro. Conselho Fiscal: Arman-do Carvalho, Waldomiro Cobo e Jacomo Totta.

SINDICATO DOS EMPREGADOS NA ADMINISTRAÇÃO DOSSERVIÇOS PORTUÁRIOS DE SANTOS

vSede: Rua Júlio Conceição, !)I — Fone: 2-8731 — SANTOS —¦ S. Paulo

DIRETORIAWALDEMAR NEVES GUERRA — Presidentevitorio sessa - Vlce-PresWeriteFELIPE RAMOS RODRIGUES - Seeretario-GeralOSVALDO LOURENÇO — 1.° SecretárioJÚLIO BARREIROS DE SOUZA — 2." SecretárioSÉRGIO MARTINS — 1." TesoureiroALBERTO PIRES BARBOSA — 2.° Tesoureiro

SUPLENTES DA DIRETORIAAntônio Bruno; Manoel Louzada; Benedlcto Fialho; Osmaro Oswaldo

Ferreira; Luiz de Oliveira Marinho; Homero Pereira Soares; Osny Nery dosSantos.

CONSELHO FISCALAfonso Neves Guerra; Paulo Ferreira Lima; Arlindo Jorge Mathias.

SUPLENTES DO CONSELHO FISCALJosé Andrade; José Gomes Júnior; Rivaldo Abelha Pupo.Delegados ao Conselho de Representantes da Federação Nacional dos

dos Portuários: Waldemar Neves Guerra;arlgüès

Vitorio Ses.sa; Felipe Ramos Ro-

Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Fiaçãoe Tecelagem de Sorocaba — SOROCABA

Presidente: Celso Ferraz; secretária: Ana Bonito; te-soureiro: Antônio Navarro. Suplentes: João dos SantosPereira e José Rodrigues Rcche. Conselho Fiscal: SantosMartins, Carlos Del Rio e Ramon Rodrigues. Suplentes:Miguel Marciano de Paula, José Júlio do Nascimento e Vi-cente Soler Simão.

Sindicato dos Trabalhadores na Indústria Metalúrgica,Mecânica e de Materiais Elétricos de Sorocaba — Sorocaba

Diretoria: Lásaro Toledo, Jairo de Castro, Beneditode Almeida. Suplentes: Dorival de Castro, Antônio Rodri-gues Padilha e Orlando Rodrigues dos Santos. ConselhoFiscal: Dionísio de Oliveira, Tessano Bessornia e BeneditoGeraldo de Lima. Suplentes: Simão José de Andrade, Mi-guel Rodrigues de Oliveira e Olintho Liparelli.

Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construçãoe do Mobiliário de Sorocaba

Sede social: R. Cel. Cavallciros, 74Sorocaba.

Fone: 4432 —

Diretoria: Plácido Mazzon, presidente; Israel Griga,secretário e Osmir Ramos, tesoureiro. Suplentes: PercioGavaron, Pedro Apetito e Modesto Moreno. Conselho Fis-cal: Antenor Leite, João Martins de Jesus e Quirino Ama-ro da Silva (falecido)

Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviáriasde São Paulo

Sede social: R. Santa Ifigênia, 591/601 (sede própria)Fone: 34-3290.

Diretoria: Antônio Dozzo, presidente; João Falcocchio,1" secretário; Geraldo Souza Pereira, 2S secretário; PedroBarbosa, 1' tesoureiro; Mário Benedito, 2" tesoureiro; Jo-nas Ribeiro Rodrigues, diretor de assistência social e An-tônio Petransan Filho, consultor jurídico. Conselho Fis-cal: Carlos Gomes Ribeiro, João Nascimento Saraiva ePaulo Custódio.

Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancáriosde São Paulo

Presidente: Osvaldo Soares Carezzato (Banco do Bra-sil S/A); vice-presidente: Osório de Oliveira Campos Fi-lho (Banco Comercial do Estado de São Paulo S/A); secre-tário-geral: Armando Piani Pereira (licenciado) — emexercício: Vicente de Oliveira e Silva (Banco de CréditoReal de Minas Gerais S/A); 1" secretário: Octávio CarminMachado (Bco. da Província do Rio Grande do Sul); 29 se-cretário: Bonifácio Evangelista de Brito (Bco. Hypotecá-rio Agrícola Minas Gerais S/A); Io tesoureiro: Odilvo Mu-nerato (Bco. Estado de S. Paulo); 2" tesoureiro: EdmundoLuiz de Nóbrega Teixeira (licenciado) — em exercício: D.Maria José de Andrade (Banco do Distrito Federal S/A).Comissão Fiscal: Carlos Almeida Souza, Fernando Talamoe Milton Lara.

Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Panificaçãoe Confeitaria de São Paulo

Presidente: Gentil Neves Correia — Secretário: Eva-risto do Valle e tesoureiro: Sebastião Alves de Aguiar. Su-plentes: Olímpio Antônio da Silva, Carlos Bezerra e Antô-nio Motta. Conselho Fiscal: Reginaldo Dias do Nascimen-to, Osvaldo de Oliveira Morais e Roldão Pinheiro. Suplen-tes: Luiz Correia do Nascimento, Raimundo Pereira deSouza e Arlindo João Ávila. Representantes ao Conselhoda Federação: Adolpho Shavirin, Cosme Marinelli, Ivanilda Silva, Geraldo de Oliveira, José Batista dos Santos eUlisses Otávio da Silva

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1

-— Rio de Janeiro, somaria de 23 a 29 de dezembro de 1960

REPRESENTANTE DE FIDEL AOS ADVOGADOS GOIANOS:

7 —

"Devol Ptevoivera o rovo o kjuzQ »¦

InternacionalNATO: compassode esperae adeus a Herter

o Povo Fêz Por Vós //

O | coma tida n le Rolando Cubela,com 27 anos apenas, veio ao Brasilrepresentai Fldel Castro — para-ninfo da turma — na formaturados bacharelandos do direito eleGoiânia. Cubela tem Iodas as cre-dencials para representar seu paise a revolução cubana. Lutou nasBeiras de Las Villas comandadopor Camilo Cienfuegos e «Che»Guevara. Foi ferido em combate,no próprio dia da vitória da revo-luçâo, numa luta em que destroçouas últimas forças da ditadura pró-•ianque de Batista.

Depois da vitória, Cubela voltoua vida estudantil e, logo em sogui-da, foi eleito presidente da Federa-ção Estudantil Universitária, quedesempenha, na Revolução Cubana,um destacado r"

O jovem comandante cubanochegou ao Rio no dia 15, seguindoimediatamente para Goiânia, viaBrasília. Na capital de Goiás foirecebido como hóspede oficial. Aacolhida que o povo da cidade lhedispensou constituiu uma das ma-nifestações mais vibrantes ali reali-zadas. É que Goiânia há mais deduas semanas vivia em função daformatura dos bacharelandos, e emtodas as partes discutia-se a vindados cubanos.

A greve dos aeroviários atrasoua viagem do Comandante, e êle sópôde chegar no fim da solenidadede formatura, mas ainda em tem-po de fazer o discurso de encerra-mento.

«Vós, que- obtendes agora os di-plomas de advogado — disse Cube-Ia, iniciando sua oração — adqui-ris uma grande responsabilidade, ade devolver ao povo, em serviçosprofissionais, o que o povo fêz porvós. Não podeis esquecer que a Uni-versidade em que estudastes é eus-teada pelos impostos pagos pelopovo».

Cubela. destacou em seguida opapel dos estudantes na luta revo-lucionária, e se referiu a obra edu-racional levada a cabo pelo govêr-no de seu pais, especialmente coma criação de dez mil escolas ruraispara os camponeses e de quatro milbolsas universitárias para alunospobres — o que constitui uma mu-dança radical do panorama cultu-ral de Cuba.

Em outra importante passagemde seu discurso, Cubela afirmou in-cisivamente que embora a revolu-ção cubana não seja matéria deexportação, não resta porém a me-tior dúvida que o seu exemploservirá a todos os paises subdesen-volvidos da América Latina. E

mais: -Os povos latino-americanos,estão com o povo do Cuba, c istoé o que nos importa. Não damosgrande importância ao fato doalguns governos desses paises noscondenarem».

ü jovem representante de FldelCastro terminou sua oração dizen-do que o entusiasmo dos habitantesde Goiânia, seu apoio à RevoluçãoCubana, era mais uma demonstra-ção que as mentiras difundidaspela imprensa alugada aos truslesamericanos não estão dando os fru-tos desejados, porque o povo, emqualquer parte do mundo, é muito,difícil de ser enganado nos dias dehoje, quando a história marcha apassos de gigante.

Cubela explicou que Fidcl nãopôde vir ao Brasil em virtude desuas múltiplas ocupações à frentedo Governo revolucionário, masque trazia a promessa de uma visi-ta do primeiro-ministro cubano aonosso país, no próximo ano.

Depois da festa de formatura,centenas de pessoas acompanha-ram o comandante Cubela até ohotel, dando vivas a Cuba e gritan-do: Cuba sim, ianque não!

O adeus a Herter e o caráter apenas especulativo do comunicado finalda reunião dos ministros do Exterior dos países signatários do Tratadodo Atlântico Norte, realizada na semana passada em Paris, revelamits dificuldades existentes no seio da organização para se chegar a umacordo sobre as questões' mais importantes, ?-dm como a falta de clarezasobre a política exterior a ser seguida pelo presidente Kennedy. Das quês-tões i-tii pauta, duas despontavam como principais: a criação da forcaatômica do organismo c a transformação da NATO cm órgão políticode caráter consultivo, Pois bem, a respeito delas e contrariando a posiçãoinicial de Herter, exigindo a sua aprovação, o comunicado revela apenasque os delegados "tomaram nota... reafirmaram a vontade", adiandosua solução para a próxima reunião, a se realizar em maio.

Claro está, que se a futura política do Departamento de Estadopoderá influir nas decisões, as divergências, principalmente no que serefere à criação da força atômica, continuarão em virtude da posição deIntransigência dos governos da França c da Inglaterra que, alem de nãodesejarem, como potências atômicas que são, ficar sob o controle do or-ganNmo nessa questão, terão dificuldades cm explicar aos seus respectivospovos, a participação dos militaristas de lionn no controle dessa força.A proposição de Herter, pressionado por Adenauer, visava sobretudo aesse objetivo. Aos alemães de lionn, que já dominam os postos-chave dosetor militar da NATO, que Já têm bases na França e na Itália, faltasomente o "nlhil obstat" do organismo para se apossarem do controleda força agressiva de foguetes nucleares que pretendem, eles e os seusparceiros norte-americanos, criar na NATO.

O problema político do organismo, cuja decisão também foi adiada,se Inclui também no plano alemão que conta com o apoio norte-americano,e cm certa medida tio governo francês, interessado em que a NATOapoie a sua política argelina, de domínio dos governos associados ao Tra-tado, levando-os a adotar, nas questões internacionais, uma política deacordo com os interesses de lionn.e Washington, sufocando assim todapo.s-.ivel tentativa de decisões unilaterais e independentes.

A reunião também focalizou a questão do auxilio aos países subde-senvolvidos e coloniais, mas os delegados, mais uma vez ignoraram o pro-lilcma argelino e, quando o Canadá e a Noruega tentaram levar a dls-insuflo do problema ao colonialismo, logo tiveram contra si a oposiçãoda Bélgica, de Portugal e da Holanda emais tarde, da França. Couve de Mur-vllle, falando sobre o assunto e com apro- i\irvt?iMr\vação da maioria, afirmou que "a NATO iNiaKINVdevia limitar-se ao seu papel de organiza-ção da defesa européia"(?).

Sindicato dos Trabalhadores nasIndústrias da Construção e doMobiliário de Niterói e N. Iguaçu

Kiih ('ciriiiic-l (iimifiS M:i<'li!icln, l!l! - S/ .103Nilcnil — lístlltlii tio lilo

Nu tliitti cm t|itr ft- nmiHMnni n fostiluiiixinui ún i-iinfiiilci nl/iu.-fii.i espiritual,snüdumus chluüinstienrhcntG os Itrabnllm-dures tio mumlii Inteiro, ns ii-abiilltiHló-!ròü brasileiros u om pariIculnr us li-a-btilhildorõS; cm construção civil, rin lutn¦.•unira n cui-esfln, peln elevação rios sa-1/irlos c pcln pny..

PresidenteSecretarioTcsour.clru

Miiniicl PPrmimleáItalr .Iiim". VelIlISII•losti líiisiiiu ile liitu?

Prefeitura i\I u n i c i p a 1 de M auá

Mensagem do Poder Executivoao Povo de Mauá

A PREFEITURA MUNICIPAL DE MAUÁ, na pessoa tio seuPrefeito Municipal, Senhor ELIO BERNARDI, não poderia, ao en-sejo da Festa Máxima da Cristandade — NATAL —, e do dia deCongraçamento Universal — PRIMEIRO DE ANO —, deixar deexternar ao ordeiro e laborioso POVO DESTA CIDADE — emtodas as suas camadas — a mensagem sincera, leal e amiga, deBOAS FESTAS e PROFÍCUO 1961.

Que as BÊNÇÃOS DO CÉU cumulem o POVO DE MAUÁ,para ijue unidos possam continuar e conservar a caminhada decompreensão e progresso pela qual atravessa o nosso Município.

Mauá, Dezembro de 1960.

KIJO BERNARDI

Preleito Municipal

Sindicato dos Trabalhadores cm Empresas Ferroviárias do Riode Janeiro

Sede: Rua Sanipajo Ferraz. 52. — Fone: 48-7784

Vo ensejo das comemorações do Natal, e do transcurso para o Ano Novo, a Di-retoria do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias do Rio de Janeiro enviaa todos os ferroviários'e aos trabalhadores de todo o Brasil os seus melhores votos de boasfestas e próspero Ano Novo.

Queremos, nessa oportunidade, dirigirnheiros ferroviários que, unidos em torno dadignidade e verdadeiro espírito de classe, mareivindicatórias que empreendemos neste ano,

pela paridade de vencimentos com os muitalia de Cr$ 500,tV), pela incidência do abono

janeiro do ano corrente, pela liquidação doa carestia de vida, pela paz entre as nações

a nossa mais calorosa saudação aos cotrpa-Diretoria do seu Sindicato, portaram-se comntendo-se unidos e coesos nas grandes lutas

entre as quais se inclui a batalha vitoriosares, e a itüa pelo recebimento do salário-famí-

de 30% sobre o acordo intermtnisteriai des atrasados nos pagamentos mensais, contra

e pela unidade do movimento sindical.

Que nos mantenhamos unidos na luta pelas nossas reivindicações e solidários comtodas as demais categorias profissionais que se empenham na batalha pela conquista dosseus direitos, são esses os votos do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviáriasdo Rio de Janeiro.

Pela Diretoria :

Demisthoclides Baptista, presidenteAristóteles de Miranda Mello, secretárioKerval Arucira, tesoureiroWanderes Esquerdo, diretor represen ialivo.

Laos: intervenção

americana provoce

guerra civi!

Utilizando o Sião como base deapoio para as forças ilegais, co-mandadas por seus pivposlos, osEstados Unidos intervieram abei'-lamente nos assuntos internos eloJ.aos, provocando a queda do go-vêrno neutralista de Suvana Phumae deflagrando a guerra civil que,

•nelusive, põe cm perigo a paz no'remo Oriente. A intervenção

Kt'A se torna mais grave quan-co se sabe que ela viola frontal-mente os acordos de Genebra de1954, qiie recomendavam às gran-cies potências que prestigiassem aformação de um governo de coli-gação naquele pais, governo queorientasse sua política externa parao campo do neutralismü.

Diante, da nova situação, os re-presentantes do governo neutralis-Ia, qúe ainda dominam uma parteconsiderável do pais, estão exigin-do a reconstituiçâo da Comissão deControle nomeada em Genebrapaia fiscalizar a situação no Laos,a fim de que esta examine a quês-lao e adote as medidas necessáriaspara impedir o prosseguimento daguerra civil e fazer cessar a inter-u-iujão norte-americana.

AO

ensejo das festas natalinas e a aproximação doAno Novo, os sindicatos de São Paulo, as Aisocia-ções, bem como as Federações, por intermédio de

NOVOS RUMOS levam aos seus associados e aos demaistrabalhadores — da cidade e do campo — ê a lodo opovo brasileiro, sua saudação fraternal e calorosa, dese*jando-lhes melhores dias. **

Que o ano que vai nascer seja o de novas vitóriaspara a classe trabalhadora no âmbito das conquistas sociaise realmente abra, para o povo brasileiro, os caminhos dtsuo emancipação econômica em um clima de liberdade •democracia.

Que o ano de 1961 seja o da maior confraternizaçãoentre os povos, o da unidade cada vez mais firme • poderosados trabalhadores do Brasil e do mundo inteiro em tornodo ideal da paz, a fim de que a humanidade possa, afãs-tado o perigo de guerra, alcançar, com o concurso daciência e da técnica, novos níveis de progresso.

Que o ano que' se avizinha afirme a superioridadedo trabalho sabre a exploração, da cultura sobre a igno-rância, da liberdade sobre a escravidão, da paz sobrea( guerra.

São Paulo, dezembro de 1960.

Federação dos Trabalhadores nas Indústrias Químlcf.o Farmacêuticas do Estado de São Paulo

Sede social: R. 25 de Março, 144, 2" andar — Fone:33-2691.

Diretoria: Floriano Francisco Dezen, Miguel Pereira

Lima, Ubirajára de Araújo Franco, José Improta, Geraldo

Ribeiro da Silva, Albino Bonom, Aimberé Campos Guima-

rães, José Augusto Júnior e Geraldo Silvino de Oliveira.

Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Gráficasde São Paulo

Sede social: R. da Figueira, 217 — Fone: 33-1892.

Diretoria: Deputado José da Rocha Mendes Filho,

Luiz Ferreira da Silva, Sebastião Tavares, José de Oiivei-

ra e Silva, Leocrídio Alercio Secco, Julião Gouveia da Silva

Filho e José Campos Ramos. Conselho Fiscal: Waldemar

Graça, João D'Aquila e Evaristo Moreno Perez.

Federação dos Trabalhadores nas Indústrias de Fiação

e Tecelagem do Estado de São Pau':

Sede social: Praça das Bandeiras, 40, 22" andar, con-

juntos B e C e 23" andar, conjunto B — Fone: 35-6436.

Diretoria: — Presidente — Artur Avalone; Secretário

— Antônio Chamorro; tesoureiro — Manoel Lourenço; 2

secretário — Benedicto Camargo e 2" tesoureiro — Fran-

cisco Moreno Àriza.

Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Artefatos delouros de São Paulo, Guarulhos, Sto. André e Mauá

uede social: R. Asdrubal Nascimento, 16035-0627.

Fone

Presidente: Remigio Fero ti; Secretário: Manuel Ribei-

ro; Tesoureiro: Osvaldo Rodrigues dos Santos. Conselho

Fiscal: Miguel Antônio Dinardo, Otávio Grozariollo e Ma-

noel José Silvestre.

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Page 8: Executivo — Orlando Bomfim Jr. Diretor — Mário Alves ... · página do segundo caderno. Cada povo tem o ... que vai publicada na 1' pág. do 2? A atividade do PCB e o professor

Da Vila Ricade Tiradentesà Ouro Preto daEscola de Minas

Reportagem de RUI FACo

(Enviado especial de NR a Minas Gerais)

¦' ¦

Como ir a Minas e não ver OuroPrelo? Nem só de presente vive o lio-merp; vive de passado também. E Ou-ro Preto è passado que incute oiiniis-mo para os dias de hoie, ainda coma hanna e a Mannesmann ali puni-Imito arrasondo montanhas de mine-rio, inclusive a famosa Serra do Cur-ral, inutilmente tombada como patri-mónio histórico. . .

Partindo de Belo Horizonte, otransporte para Ouro Preto agora étacílimo: os 100 quilômetros que a se-

param da Capital são vencidos em ôni-bus em duas horas, mais ou menos. Asuave Eslrada dos Inconfidentes, en-tre monianhas, à beira de precipícioscinematograucos, apresenta panora-mas belíssimos.

Descemos junto a primeira igreja,à borda da cidade, uma igrejinha po-bre, sem nada^de particular, além develhos muros de pedras superpostas,

porto dos quais descortinamos toda Ou-ro Preto: casas seculares grimpadasnas monianhas e igreias por todos oslados. As torres duplas das igrejas, astôires simples das capelas, num totalde 18 templos. Todos da época colo-nial — dizem as indicações turisticas.

Deve ter sido, vê-se logo, a primeirapreocupação dos colonizadores portu-guêses ao chegarem ao lugar com sua

bandeira em fins do século XVII. Aolado do pelourinho, a igreja. Inicial-mente modestas capelas. Depois,

quando os filões de ouro apareceramabundantes, quando as pepitas gordasrefulgiram ao sol, ofuscado os

mneracloros mais do que a in-

aensa luminosidade local, entre asmontanhas ^— nas grupiaras, nos tabu-leiros, nos faisqueiros; quando a popu-luçuo escrava se multiplicou e a ganân-cia dos colonizadores cresceu; quando ariqueza dos brancos aumentou e a seulado eclodiu a revolta dos escravos —

levantaram-se igrejas, muitas igrejas,

pomposamente decoradas, impressio-nantes, atemorizadoras. Substiluiam aescola, a universidade, a instrução:eram a grande e potente arma ideoló-

gica do colonizador português. Atravésdelas pregava-se a submissão, a humil-dade, a conformação com a sorte es-crava.

Mas nem o pelourinho ameaçadornem as igrejas conselheiras bastavam: ee em Ouro Preto, no meio dos templosfauslosos para a época, ergueu-se oseu complemento natural — a cadeia.Edificio pesado, desproporcional para acidade, paredes externas de .tíStó doismelros de espessura, as US^-às são

giades de ferro duplas, cWia hasteda grossura de um punho. A cafua pa-ra os insubmissos, estreita e sombria,toda de enormes pedras que exigirammuitos braços fortes para arrastar e su-

perpor — dá bem uma idéia do queaguardava os revoltados, os que nãoconseguiam ser dobrados pelas vozes

plangentes dos púlpitos, os que não te-niam as prometidas penas dos infer-nos. . .

0 Museu da Inconfidência

Deram uma destinação justa a essafortaleza da opressão colonial. Hoje,ela é o Museu da Inconfidência — pelo

menos tem este nome simpático. Reúne,de fato, numerosos objetos que recor-dam a mais bela e audaz das tentativasde rebelião contra o domínio portuguêsno Brasil. Ali vamos encontrar as lá-picles memorativas de Tiradentes e seusabnegados companheiros: C I á u dio,Gonzaga, Alvarenga, ao lado de no-mes doces que romantizaram o feitodos heróis: Marilia, Bárbara Heliodora.

Aqui vemos um dos manuscritos ori-ginais dos famosos Autos da Inconfi-ciência, uma velha edição de Mariliade Dirceu de 1792 (tisboa), Obras deCláudio Manuel da Costa de 1748(Coimbra), e outras inestimáveis reli-quias que nos transportam ao tempo eao drama vivido pelos habitantes daantiga Vila Rica.

Depois, salas sucessivas de belíssi-mas obras de arte sacra: muitos Cris-tos, santos e anjos talhados em madei-ra, alguns inacabados — e parece quepor isso mesmo mais belos e mais ex-

pressivos. Uns de tamanhos enormes;outros soltos sobre móveis da época,

pesadas cômodas de jacarandá maciço— santos pequenitos, desabrigados, fá-ceis de ser carregados por algum au-dacioso e apaixonado colecionador deobras de arte para fins privados.

Nas paredes multiplicam-se tambémos quadros, em tintas vivas de autoresem geral desconhecidos, de numerosos

personagens da hagiologia católica.E' um Museu da Inconfidência

um museu de arte sacra?Justíssimo que se guardem estos

obras de arte que assinalam um dos

períodos mais interessantes e aindapouco estudado de nossa história. Mas,

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\ íísta parcial(h Ouro Prelo

A velha cidade colonial foi conservada com suas' características antigas, talqual a conheceram Tiradentes e seus companheiros. Ú hoje monumento Insto-rico. Mas, infelizmente, muitas de suas relíquias estão praticamente abando-nadas, como a famosa Casa dos Contos, as residências de Gonzaga, Mariliac outras preciosas reininicêneias.

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('asa dareuniãoque lém elas a ver com Tiradentes eseus companheiros? Por que não desti-ncir o Museu da Inconfidência à hisló-ria da Inconfidência e não transportarpaia suas salas o que mais houver li-cjado aos inconfidentes? Pois a reali-dade é que os objetos de arte sacradominam tudo,- acabam por afogar aprópria legenda de luta dos bravos deoitenta e nove.

E como se não bastasse, dois gi-gantescos e horríveis retratos de Pe-dio II c Teresa Cristina, que nada têma ver com a memória gloriosa e tãobrasileira de Tiradentes, Cláudio, Gon-zago, Marilia, Bárbara Heliodora, remanescentes que eram os imperadores daantiga dominação portuguesa, a nega-ção mesma do sacrifício dos conjurodosde Vila Rica.

A casa dos contos

E' lastimável o estado em que seencontra este famoso prédio da hisló-ria de Ouro Preto, sob cuja escada ter--se-ia suicidado ou teria sido enforca-do Cláudio Manuel da Costa. Uma par-te do edifício é hoje ocupada pela re-partição local dos correios e telégrafos.Ninguém para atender aos visitantes.

Encaminho-me para a enorme portados fundos e abro-o. Numa área, entrevelhas paredes, mo i de lixo ondeciscam as galinha,. crianças des-calças brincam aqui. igunto-lhes pe-Ia casa da fundição. Correm a mostrar--me: é outro depósito de lixo. As pare-des, de cima a baixo, literalmentecheias de inscrições a carvão — nadahistóricas. . .

E a prisão de Cláudio?E' aqui, debaixo da escada. O

garoto corre a apontar-me uma portalacrada. — Aqui êle foi enforcado —

acrescenta convido.Teu nome?João Bosco Simões. Tenho 1 1

anos. . .

A Curo Freto modern?.

Não se julç-ue que este peso da his-ria acorrentou Ouro Preto. Não. E amelhor prova de que ela vive a nossaépoca é a sua famosa Escola de Minas.O antigo Palácio dos Governadores,que a abriga entre seus muros secula-.res, borbulha de vida.

Fomos direto ao seu museu de mi-nérios — um dos espetáculos mais im-

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Praea Tiradentese estátua

Aqui é o coração de Ouro Preto. Neste local se encontram o Museu dos Inconfidentes, uma fonte belíssima junto aele e, em frente, a estatua elidida em memória de Joaquim .losé da Silva Xavier, no lugar mesmo onde os colonizadoresexpuseram ao público a cabeça do herói. Vista do alto do Museu, Ouro freto parece uma fortaleza entre montanhas,oculta a eventuais inimigos. Hoje, a cidade de tragédia do passado lem um ar tranqüilo e Crave. L embora reveren-ciando os feitos históricos procura viver a vida de nussus dias.

' "fa'":*

fiSPKCTO PARCIAL*•«YY? «

Nesta casa se reuniam para conspirar contra o domínio estrangeiro os prin-ripais cabeças da conjuração mineira. Por acaso, o imóvel salvou-se da fúriaavassaladora dos colonizadores. É pena, como acontece a outras relíquiasMrlóricas de Ouro Preto, não merecer mais cuidado por parte do PatrimônioHistórico.

pressionantes que já vi: mais pela be-leza do que pela riqueza. As pedraspreciosas ou semipreciosas, ouro, pia-tina, diamantes fazem lembrar a famo-sa caverna das Minas de Salomão e avelha bruxa a exclamar aos aventurei-ros europeus: Comei diamantes, bebeidiamantes. . .

Eu preferi admirar o acetinado daspolianitas, a harmonia de cores daságatas, a variedade dos berilos e limo-nitas e as reproduções,— mesmo saben-do que são simples reproduções — dediamantes célebres: azuis, brancos, ver-melhos, ouro preto em ludos, as ame-listas, as calcedônias com gotas deágua há milênios ali guardadas...

Muitas destas pedras ainda hojesão encontradas nas entranhas de Ou-ro Preto, outras vêm da Bahia, do RioGrande do Sul, da própria Minas.

A Escola de Minas

Ao descer os escadas do Museu, di-iijo-me ao gabinete do diretor da Es-cola de Minas, engenheiro Salatiel Tôr-res. As indicações que êle me fornecesobre a velha Escola são uma amostrado crescente interesse no Brasil pelasatividades industriais.

Há cinco anos a Escola contavacom lóO alunos; hoje tem 401.

E' o número limite?E' o quanto podemos atender, com

as instalações atuais, com as verbas dis-poníveis, com o corpo de professorescom que contamos.

Acrescenta o professor Salatiel Trô-res que se a Escola pudesse proporcio-nar instrução a maior número de alu-nos, poderia contar com cerca de 800,pois cresce de ano para ano o númerode candidatos.

Mas nem a Escola nem a cidade oscomporta. As próprias instalações paraos estudantes — em hotéis e repúblicasmodestíssimas — são precárias.

A Escola de Minas de Ouro Pretoproporciona cursos de minas, metalur-gia, geologia, além de um curso geralem ó anos, que dá diplomas de todasestas especialidades. Dispõe também deuma usina siderúrgica de pequeno por-te, em funcionamento há quatro anos.

O professor Salatiel Torres mostra--se otimista quanto à possibilidade derenovação da Escola, com a construçãode um novo edificio (projeto de lúcioCosta), sem abandonar o prédio his-tórico.

E quanto à cide há pro-gresso?

— Sim, sobretudo nos anos recen-tes, Ouro Prêfo se desenvolve. Existeaqui uma fábrica de alumínio (de ca-pitais canadenses), uma fábrica de te-cidos e funcionam duas usinas hidrelé-tricas. Há explorações de pirita, ferro,além de outros minérios. O turismo se in-tensifica, depois da construção da Es-Irada dos Inconfidentes, embora a ei-dade não disponha de hotéis adequa-dos.

O professor Salatiel fala com sim-palia de uma mais que secular indústriade chá-do-Ceilão existente em OuroPreto, a qual, no entanto, se encontramais ou menos estagnada.

Ao sair, encontro estudantes por tô-da parte, desde as escadas de pedra daantiga Casa dos Governadores, no pá-tio, na rua, em grupos alegres, teste-munhando que Ouro Prêfo não é só his-tória. E' também presente e futuro.

Conversa de mineiro

O pitoresco faz parte integrante deMinas, da mesma forma que os mineraise as relíquias históricas. Alguns casos.

Em Ouro Prêfo.Visito a famosa igreja de Francisco

de Assis, em cuja fachada se encontrauma das muitas obras atribuídas aoAleijadinho. (Não é possível que essehomem tenha trabalhado tanto...).Em frente a um dos altares, um criou-linho que nos guia solícito indica, com

.voz que nada lem de tradicional ento-nação dos guias turísticos:

Aqui é São lúcio e Santa Bona«Os bem-casadoi». Cada um re-

zava para que o outro morresse primei-ro. Os dois morreram no mesmo dia...,

E' a lenda? pergunta um paulis-ta que vai ao meu lado.

Não senhor, é verdade mesmo!responde convicto o rapazola.Em Belo Horizonte.Numa agência de jornais, um adepto

apaixonado do marechal Lott:E', o Jânio se elegeu por causa

da fama como governador de São Pau-Io. Oral São Paulo eu governo até pelotelefone... Eu quero ver é êle gover-nar o Piauí, Sergipe, o Nordeste, MatoGrosso. . .

Ainda em Belo Horizonte, numa li-vraria católica.

Ao lado de Santo Tomás de Aquinoe de Pio XII, a Semana Santa de Ara-

gon. . . Tive vontade de comprar a belaedição portuguesa, de Lisboa. Deixei

para um católico.

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Poj quatro evangelhos, o que mais.detalhadamente procura explicar o nas-cimento de Cristo é o de São Lucas. Mui-toi recordarão que êle fala dos pasto-rei que receberam a notícia do nasci-mento do novo Messias quando se en-contravam no redil, nas proximidadesda cabana onde Cristo nasceu.

Mas, se isso aconteceu realmente nanoite de 25 de dezembro, em pleno in-verno, como se explica que os pastoresse encontravam ao ar livre em vez de

procurarem um abrigo mais conforta-vel?

Trata-se de uma interrogação quesó pode ser explicada pela própria his-tória do Natal, o qual, como tudo queé humano, adquiriu a sua atual carac-terística de maior festa da cristandade

gradualmente e através do longo Irans-correr dos séculos.

Quando.na realidade, nasceu Cris-to? Segundo Clemente de Alexandriao nascimento ocorreu a 19 de abril. Se-

gundo outros papas da igreja, a dataseria 18 ou 29 de maio, ou então 28de março. Como, então, se chegou aodia 25 de dezembro?

Como todos sabem, a partir de zerohora de 21 de dezembro, os dias co-

meçam a ficar mais compridos. O in-

verno atingiu o seu ápice, e, mesmo

lentamente, o mundo caminha para no-va estação. As sementes lançadas ai-

. guns meses otrás, começam a germinar;a vida prepara subterrôneamente os

i triunfo* que, depois, explodirão sob o

sol pleno da primavera qu* chega e do

verão. E' o que os astrônomos chamamo solstício do inverno. O eixo da Ter-ro muda a própria inclinação e a dis-tância da Terra ao Sol diminui.

Trata-se lambem de um ciconteci-mento que, desde os tempos mais rc-motos, era celebrado em Iodos os pai-ses e por Iodas as religiões nas formasas mais diversas. Traços dessa grande«festa de inverno sao encontrados nasreligiões dos persas, dos sírios, dos pe-ruanos, dos indus e dos mexicanos.

Mas, um dos testemunhos mais in-teressantes dêsle Natal «ante lideram >é observado nas descrições existen--tes das festas que eram celebradas noantigo Egito, entre 21 e 25 dc dezem-bro, em honra de Isis e de seu filhoHorus. Num bronze existente no Museudo Louvre, a deusa aparece sentadanum trono trazendo ao colo o filho queornamenta e com a cabeça lecoberta

por um estranho turbante adornado noslados por chifres de um touro sóbre os

quais se eleva um disco solar. Trata-sede uma estátua do periodo folemaico,levada para a França por Napoleúoapós a batalha das Pirâmides.

No Egito e em Roma

A partir do ano 300 AC, a eslátucide Isis era adorada em Alexandria com

grandes festas: a imagem era transpor-tada, alta noite, pelas margens do Nilo

t através dos campos, acompanhado cienumerosos sarcedotes e por grandemultidão. Existe também uma tradição

grega sobre as dadainhas de Isis. que

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naquela época eram cantadas pelosfiéis. A sua semelhança com as prega-ções á Virgem depois instituídas pelaIgreja Católica é impressionante. Já notempo dos egípcios a idéia da deusa--viigcm que havia concebido um filho:uja missão na Teria era tornar oscampos mais férteis e garantir o prolon-gamenlo da vida, conslituia o centro docullo. Mas não é êsle o único exemplode festa do inverno, na antigüidade.

¦Sempre na mesma época, islo é,lies séculos antes do nascimento deCristo, eram celebradas em Roma, de

i 9 a 2J de dezembro, as Salurnais, osri rs e as feslas em honra de Saturno.Também nesse caso o solstício de inver-no, ou seja, o início virtual da nova es-laçòo, é o centro dos festejos. Satur-no era, Üe fato, entre outras coisas, odeus dos campos arados. Durante osdias a êle consagrados se procedia arenovação dos contratos rurais e a po-pulação dava livre curso às suas mani-feslaçòes de alegria reprimidas durante

os longos dias de inverno.

Com o passar do tempo e com a ex-

pansào do domínio romano v.a região

mediterrânea, um fato novo inseriu-sena tradição da 'grande festa de inver-no»! o mito solar. Os historiadores daicligião estão de acordo no fixar parao ano 50 AC a instauração em Roma

do cullo do Sol. Acredita-se que êle foilevado à sede do Império pelas legiões

que retornavam da Síria e por alguns

grupos de escravos vindos do Oriente-Médio. O culto do novo deus se «x-

pandiu rapidamente. Inicialmente êle

foi indentificado como o Imperador *,

inaisJaid«,_coniJiJpiter. Sétimo. ^WS;.,-.*..^toí uni seguidor do culto solar, assim ._'

como os seus sucessores Caracalla, Elio-

gabalo e Alexandre Severo.

Pois bem: a festa do Sol, o nasci-

mento do novo deus era celebrada no• dia 25 de dezembro.

Era naquele dia que Mitra — outro

nome sob o qual era identificado o

deus — surgiu da rocha milagrosamen-

le vivo e abatia o touro; gesto pelo'

qual, parece, se queria simbolizar o sa-

crificio como agradecimento às forçasdo universo que se preparavam pararenovar o seu ciclo vital.

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0 Sol tambémera adorado

O culto do Sol, entre os romanos,(¦(instituía também uma das formasde celebração da "festa do inverno",precursora do Natal cristão, na Anti-jruidade. Na foto, Mitra to Sol) ma-tando o touro.

Quando Paulo de Tarso, o mais es-

petacular temperamento de missionáriorevelado pela nascente religião cris..,iniciou a sua obra de evangelizaçõo do

mundo pagão, compreendeu a impossi-

bilidade de apresentar aos novos adep-

tos um panorama árido no que se refere

a feslas, aniversários e rituais. As Ira-

dições existiam e estavam profunda-mente radicadas; tratava de adaplá-las

na medida do possívelà nova crença,

através de um longo trabalho de adap-

tação e mimetização, ou então de

afrontar uma batalha duríssima, em

campo aberto.

0 caminho da adaptação

O caminho escolhido pela Igreja foi

o da adaptação. Existia' uma data fes-

tiva, 25 de dezembro, ligada há se-

culos a uma série de festas e rliuais.

Tratava-se então de aproveitar a data,

eliminar dela o seu velho significado e

adaptá-la às novas necessidades.

Não toi uma tarefa fácil. Foram

precisos alguns séculos para concreti-

zá-la. O ritual da festa natalina cristã

foi introduzida em Antióquia somentepor volta do ano 375; e em Alexandria

depois do ano 430. Em seguida, grada-tivamente, o hábito se estendeu até se

tornar universal. Assim, o solstício de

inverno (25 de dezembro segundo o

calendário romano) coincidiu com o

narrimenlo de Cristo (o «novo sob; co-

mo o chamava Sâo CiprianoJ

«A Virgemcom o menino»

A pintura dc Kaiael, um esplendido exemplo da arte do Renascimento, retrataa Virgem amamentando o mcnino-Deus, A representação assemelha-sc à iiueos antigos egípcios davam á densa Isis. Numa escultura existente no Museu dol.òúvrç aparece sentada num trono e amamentando o filliinho qur tomnos braços.

Após isso, foi necessáiio fazer as

coisas de niodo a que nâo existissecontradição com as afirmações ante-

riores de alguns, segundo as quais Cris-

Io viera à luz na primavera.

A solução encontrada é admirável

pela facilidade e pela elegância de queeslava impregnada. Decidiu-se então

contar ao revez os anos de Cristo, isto

é, a partir da sua morle que teria ocor-

rido em 25 de março. A vida terrena do

Messias circunscreve-se ao número má-

gico e pitagórico dos 33 anos. Voltando

atrás nesses 33 anos se chega a um

outro dia 25 de março. Nesse ponto é

que se chama à atenção para o fato.

Este 25 de março, dizem, nâo é a da-

ta do nascimento de Cristo, mas da sua

«concepção», Se n nartir desse 25 de

março contar-se os 9 meses regula-

mentores da gestação, chega-se a 25

de dezembro, o Natal. E o iògo foi

feito.

A história da árvore

Muitos perguntam: e a história da

árvore, onde entra? O que é que lem

que ver os pinheiros, os abetos, o visco

com o nascimento do Sol ou do Cristo?

Mas, também no Norte, nas escuras fio-

restas germânicas, as tribe ¦ se reuniam

para celebrar a «festa do inverno . E

é lógico e natural que, desejando ceie-

brar o força da natureza, a atenção dê-

Ias se voltasse para alguma coisa que,mesmo no encrudescor dos elementos,

permanecesse verde e peirne,'como se

simbolizasse a vida que nao se apaga e

não se deixa dominar. Para o abelo ou

o pinheiro. E o visco, lambem éle sem-

pre verde, tenás e robusto, foi escolhi

do pelas mulheres estéreis da época

druidica como símbolo da fecundidade

a do amor. Os seus ramos eram quei-mados nos fogos sagrados com o obje-

livo de invocar prole numerosa e supli-

car a conservação do atato dos maridosvolúveis. Será por causa disso que ain-

ciei hoje os enamorados se beijam sob o

visco? Quem sabe7 Pode ser qur sim.

Por fim, resta o fato de que o Na-

tal assumiu, no curso dos séculos, o ca-

ráter da mais sentida e da mais solene

festa familiar. Festa do amor e, sobre-

tudo, festa de paz

ANO II Rio cie Janeiro, semana de 23 a 29 de dezembro de 1960; N 95

Diretor Executivo — Orlando Bomfim Jr. Diretor — Mário Alves Redator-Chefe — Fragmon Borges

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Page 10: Executivo — Orlando Bomfim Jr. Diretor — Mário Alves ... · página do segundo caderno. Cada povo tem o ... que vai publicada na 1' pág. do 2? A atividade do PCB e o professor

— 2 NOVOS-RUMOS' Rio de Janeiro, semana de 23 a 29 de dezembro de 1960 —

Luta Contra a CarestiaComeça Nos Bairros: Santos

A 20 de novembro, na sede do Sin-dicatò dos Gráficos de Santos, estive-iam reunidas cerca de 20 entidadesdc bairro de Santos, São Vicente. Gua-ruiá e Cultalão, convocadas pela Di-retoria de sua organização — a União .das Sociedades de Melhoramentos dosr.iinos, Vilas e Morros das Cidadesda líaixada Sanlisla — para examinar(mais as medidas a adotar com o fitoi • protesti' • contra a alia desabusada('o. çcncri. de primeira necessidade,em particular da carne, do pão. doleite e, agora, nesta cidade, dos trans-portes urbanos.

\brindo os trabalhos, o sr. AlbertoAmnriri. Filho, presidente da. União,ri -í.«a. convidar para a mesa os repre-- •!'. antes do Sindicato dos Gráficos,S'Mi!icato ('. >S Tintureiros c Sindicato('"• Empregados Portuários, que alen-d 'iam ao convite a eles formulado, leuextenso memorial em qne se consuhs-17Melava o ponto dc vista da Direto-i''-. Ali eram examinadas a ação ma-I "ca dos frigoríficos norte-america-no . elevando o preço da carne parav•• ''izir o consumo interno — com oi¦>•<¦ noilcrão exportar mais, o que lhes.' maiores lucros — bem como a es-

ma agraria atrasada de nosso pais,cn •• base no latifúndio improdutivo,ei " impede a plurieultura e a forma-(¦:"'¦> de grandes centros fornecedores:•< 'edor das cidades de maior con-se -.o. Verberàva o documento, poriiCmo. tanto a noliliea econòmico-fi-,,......jra ,i0 Governo Federal, subordi-o • '•( nos problemas essenciais ao que>v é imposto pelos trustes estran-griros, como a política tributária dovi • ••¦i-nador Carvplho Pinto, que de-.{.¦•i cohrir (i"r, ria receita do Orça-msnto do Estado (Io,.") bilhões) com oIrínôsto de Vendas e Consignações, oconhecido "imposto da fome".

que goza. Isso sem falar nas subven-ções estaduais e federais a que o mu-nicipio tem direito, por ser turístico.

ResoluçõesEntre as inúmeras resoluções toma-

das, de apoio a projetos nacionalistasque podem fazer baixar o custo devida (encampação dos frigoríficos, re-forma agrária, limitação da remessade lucros, ele.) e de protesto junto aoprefeito municipal pela ameaça de au-

mento de tarifas do SMTC, figura umade maior importância: a programa-çâo de assembléias em todos os bair-ros das quatro cidades, para que o po-vo debata o problema da alia do eu-tode vida, tome providencias, apresentesoluções e sugestões, organiza-se en-fira para tornar-se uma força inven-cível. A 15 de janeiro, segundo aindao deliberado, será realizada uma grau-diosa concentração de representai! csde todos os bairros, de protesto contrao custo de vida.

Bondes e ônibus

Federação Nacional dos Trabalhadores nas Indúsfrias Urbanas

Rua Visconde dc Inhaúma, 134 — S 725 — Fone:

43-1921.

oaúda os órgãos sindicais, poderes constituídos, os

trabalhadores e todo o povo brasileiro desejando um Natal

de paz e um próspero Ano Novo, de trabalho construtivo

pelo engrandecimento do Brasil

A DIRETORIA

Uma boa parle do trecho do me-morial foi dedicada ao problema dorümento dc tarifas do Serviço Muni-doai dc Transportes Coletivos(SMTC), ameaçado naquela época,..— ii,monto de tprifas de hondes pa-ra 7 cruzeiros e de ônibus para 10crusteiròs, o que se concretizou a par-tir de :!7 de novembro.

Lembravam os dirigentes popularesque a nova majoração, cujo pretextjc o aumento de 35rr concedido aos tra-balhadores da autarquia municipal,não era absolutamente necessária,principalmente nas proporções cm quese dava (25% sobre as passagens deônibus e 10% sobre as dc bondes I.Isso porque os gastos com a Admihis-tração da empresa (25 milhões!) po-(teriam muito bem ser reduzidos, des-de que se empregasse o número dc fun-cionários estritamente necessário: paratanto, todavia, é preciso democratizar oConselho Dir.. que, sugeria o memorial,deve ser integrado por representantes,d« entidades sindicais, estudantis epopulares, além de técnicos. Por outroI: •''!. uma simples modificação na leio ciou o SMTC permitiria à Pre-I" ' 'ira subvencionar o setor de opera-eõ°s (que deve se manter com suasprónrias rendas e onde há os maiorescastos), pendendo ser utilizados parais-o os impostos dos hotéis, da praia(«ue passariam a pagá-los, tão logofíisre revogada a autorização legisla-ti'a que os isenta deles), as majora-cites nos impostos dos terrenos baldiosda orla da praia (onde nada se cons-troi à espera dc valorização) e osdj-nhéirós resultantes de um convêniocom a Cia. Docas que, apesar de lo-cupletar-se com o trabalho do povosantista, não lhe paga um tostão deimpostos, graças á isenção federal de

Sindicato dos Operários Navais do Rio de JaneiroSed« rrovUória: Ru» Bfnjumln tonstamt, SS» — .Niterói

«MENSAGEM»

A Diretorl» do Slndlc4le do* Operário» Naval» do «Io d* Janeiro, ao en.ejo dailaU maifna da Crlttandad* formula Mito* de pat e felicidade» a todo» o» ooerArinsnaval*, «o. funcionário» e coUhoradorn do Sindicato, ao* Sindicato, colrnifto,, ao poviip autoridade d* no««» Pitrla, exten.ho» a todo» o» povo», especialmente nos traiu»-llmili.re». como reai» con»trutore» d» enfrandecimento da» naçõev, e fraternidade entica humanidade.

Imi o nen.amenlo voltado para a fraternidade e a pa/. entre o» homem e nnrOcs,rorinillamo» a tod... o* no»»o» voto» de um «FELIZ NATAL» e «PIlôSrBllO AM) .SOM)

Niterói, ~i de deieiur.ro do 190».r/DIreloil», ARCHlMEDKS MARINHO

Tesoureiro

Sindicato dos Trabalhadores na Indústria Metalúrgica,

Mecânica e de Material Elétrico de Niterói

Almeja Feliz Natal e Próspero Ano Novo aos seus as-sociados e aos trabalhadores em geral, preconizando o for-talecimento da UNIDADE do Movimento Sindical no dc-correr do ano de 1961.

Presidente — Francisco Fernandes de AraújoSecretário — Christoval Martinez MartinezTesoureiro — Sílvio Castro Silva.

Federação .Nacional dos Trabalhadores em Transportes Marílinios,

Fluviais e Lacustres

\ Federação Nacional dos Trabalhado res em Transportes Marítimos, Fluviais e La-

custres, por motivo do Natal e da passagem do ano deseja aos associados dos Sindicatos

seus filiados e aos marítimos em geral, boas festas e feliz ano de 1961.

A Federação faz votos de que no próximo ano floresçam ainda mais a unidade dos

trabalhadores marítimos e as suas relações fraternais com as demais categorias de traba-

lhadores brasileiros, para maior êxito das suas lutas reivindicatórias e pela independênciaeconômica da Pátria.

Federação Nacional dos Trabalhadores FerroviáriosFUNDADA EM 18 DE MARÇO DE 1946

Reconhecido pelo Governo Federal na forma da Consolidação das Leis do Trabalho em 22 de Outubío de 1949Sede: Rua do Carmo, 6— 3.. — S/306/8. Tel.: 42-2833 RiO DE JANEIRO

A Federação Nacional dos Trabalhadores Ferroviários, oo ensejo do NATAL e PASSAGEMDE ANO, formula aos ferroviários os melhores votos de FELIZ NATAL E PRÓSPERO ANO NOVO,extensivos as suas digníssimas famílias, e aproveita da ocasião para agradecer a todos a grandedemonstração de UNIDADE e amadurecimento Sindical na luta pela conquista da PARIDADE.

PAZ E PROSPERIDADE para os trabalhadores de todo o UNIVERSO, são os nossos sincerosvotos.

Rio de Janeiro, dezembro o'e 1960

Raphael Martinelli — PresidenteGeraldo da Costa Mattos — Secretário-GeralAlcyr Pignatti — Tesoureiro-Geral.

Sindicato Nacional dos Cabos-Foguistas, Foguistase Carvoeiros da Marinha Mercante

O Sindicato Nacional dos Cabos-Foguistas, Foguistas e Carvoeirosda Marinha Mercante deseja aos seus associados e Exmas. famílias umleliz Natal c (|iic o ano dc 19G1 lhes seja propicio e lhes traga maiorbem estar.

j Sindicato torna extensivos os seus votos de felicidade a todos os(riilnilhadoics marítimos e seus familiares. Que a data máxima da cris-(andado e a passagem dó ano sejam de alegria para aqueles que tem au'iiiin.1 dc passá-la no recesso dos seus lares; de Conforto e esperança

para todos os que presos ao cumprimento do dever, encontram-se em altomar ou em portos distantes do seu torrão natal.

Almejamos um 1961 dc maior fortalecimento da unidade dos traba-lliailorcs marítimos em defesa das suas reivindicações e da Marinha Mer-látitc: de maior fortalecimento, também da unidade de todos os trabalha-limes brasileiros, na luta pelas reivindicações comuns e em defesa dos• upèriorps interesses do nosso povo.

Itio de Janeiro, dezembro de l!)(j0A DIRETORIA

SINDICATO NACIONAL DOS AERONAUTASAv, Fninklin Itooscvclt, 194 — 8" and. — Sala 803 — Tels. 32-5778

— 22-2246 — I.io dc Janeiro

A MENSAGEM DOS AERONAUTASA Diretoria do SINDICATO NACIONAL DOS AERONAUTAS,

uo termino do uno de 19GU, agradece a colaboração e apoio que recebeude todos aqueles que souberam compreender as duras lutas que osaeronautas realizaram por melhores condições de trabalho e pelaSegurança dos vôos.

Ao raiar do Ano Novo, augura votos para que, com a ajudade todos e dn elevada compreensão dos senhores legisladores e homenspúblicos, sejam aprovados os projetos de lei relativos a criação doConselho Nacional dè Aeronáutica; ao aumento do Seguro de VidaAeronáutico e a Regulamentação da Profissão do Aeroiiauta, que sãoas mais justas reivindicações que objetivam razoáveis condições detrabalho, mais segurança dos vôos e uma aviação comercial emcondições de atender os interesses do povo brasileiro.

\ DIRETORIA

Dezembro de 1960

Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Fiaçãoe Tecelagem de Niterói

Sede: Rua General Castrioto, 419 — Niterói — Est. do Rio

Deseja um Feliz NATAL e prospero ANO NOVO aos associados, suas

famílias e aos trabalhadores em geral. Que se fortaleça no ano de 1981

a, UNIDADE do Movimento Sindical.

Pela DiretoriaAlmir Reis Netu

SINDICATO DOS CONDUTORES DE VEÍCULOS RODOVIÁRIOSE ANEXOS DE NITERÓI

Ao ensejo das tradicionais solenidades de NATAL t ANO NOVO,a Diretoria do SINDICATO reafirma aos companheiros (associados ou não)a disposição de prosseguir firme e intransigentemente na luta pela equipa-ração de. salários dos motoristas do transporte e cargas com os doscoletivos, efetivo pagamento do Salário Mínimo aos trocadores.

que 1901 seja de reforçamento da UNIDADE entre os rodoviáriosc entre nossa categoria profissional e os trabalhadores do mundo inteiro,decididos à luta pela preservação da Paz.

Joaquim Pedro Mayrink Filho — PresidenteJaime Augusto Teixeira — Secretái

' itenor Pereira — Tesoureiro

DicionárioO Fimdo RegimeEscravista

Pode-se definir a lei econômica fiin.dauiental do regime escravista como aprodução do produto suplementar paraos senhores de escravos, mediante, a c.\-ploração mais cruel das massas de es.cravos, os quais constituíam plenapropriedade dos seus senhores.

Apesar de ter sido uma elapa ne.cessaria no desenvolvimento da Intuía-nlilade, sem a qual não teríamos, atin-gido o atual íilvel de desenvolvimento,o regime escravista continha cmsi iih sino os elementos dn sua des-Iriiiçãn. I2m comparação com o re.

Klme comunitário primitivo, o escravis-mo possibilitou o aproveitamento emlarga escala das vantagens da coopera-ção simples do trabalho das massas de'escravo. Ao lado desse aspecto, porém,que favorecia o desenvolvimento dasforças produtivas, havia um outro. I>-mitativo: o escravismo não podia con.trihuir para o desenvolvimento da téc-nica, devido ao desinteressa dos produ-tores (os escravos) pelos resultados doseu trabalho, que diferença fazia paraos escravos o resultado do trabalho se,qualquer fôsse éle, só beneficiava osenhor? E dc outra parte, só os escra.vos se ocupavam com o trabalho, queera considerado uma atividade indige-na.

Um conseqüência, aguçavam-se osantagonismos entre escravos e senho-res de- escravos. A principal força pro.dutiva — o escravo — ia sendo destrui,da e sua reposição era cada vez maisdifícil. Os choques entre as classes an-lagónicas assumiram mais e mais a for.

ma de insurreições armadas de csera-vos.

Também as contradições entre oscamponeses livres e os grandes latifuu.diários tornavam-se mais sérias por-que a grande produção baseada no ira-halho »scravo esmagava econômica-nwnte os pequenos proprietários. listessofriam, ainda, a exploração através deelevados impostos e ônus estatais e docapital comercial « usurário.

•Vs guerras, que tinham sido a prin-cipal fonte de suprimento dc escravos.em vez de vitórias agora traziam der-rolas, pois os que travavam as guerraseram, fundamentalmente, os eampone.ses e artesãos, agora arruinados. K. dasguerras de conquista, os Estados escra.vistas viram-se na contingência de pas-sar i4,a$ guerras defensivas. Diminuindoa quantidade de escravos, os grandeslatifúndios, assim como as oficinas ar.lesanais baseadas no traballio escravoforam perdendo a rentabilidade. Nosúltimos dois séculos do Império Roma-no veio a «iiieila geral da produção. Ocomércio arruinava-se, empobreciam-seas regiões anteriormente ricas, a popiulação começou a diminuir, fechavam-seos ofieios. As cidades, em vez de con-linuarem aumentando, diminuíam, des.povoavam.se.

Todo o quadro mostrava a decadên-cia e o próximo fim do escravismo, quodurante séculos havia sido o regime dopovos inteiros.

Tornou-se claro que não era possi-vel continuar com aquelas relações deprodução. Surgiu a necessidade nisto,rica da substituição das relações de. pro.dução escravistas por outras que mu-(lassem a situação social da principalforça produtiva — massas trabalha-doras.

Quais deviam ser estas novas rela.ções d.e produção? Deviam ser relaçõesnas quais o trabalhador escravo fossesubstituído por outra categoria socialque tivesse pelo menos um certo inte.résse nos resultados do seu trabalho.Apesar da furiosa resistência oposta pe-los escravistas, a mudança amadurece-ra e nenhuma força no mundo podia jácontê-la.

NotaEconômica

Um Balanço Das MetasEstá sendo elaborado pelo Conselho de Descnvolvimon-

In da Presidência da República o balanço tinai do Programadc Metas do atual governo. Numa antecipação dos númerosa serem apresentados ,a revista «Desenvolvimento & Con-junlura» acaba de elaborar estudo análogo, baseado nos re.soltados obtidos até l!lf>U e, nu que se refere ao ano emcurso, em estimativas feitas pela própria revista .Adverte«D&C» que embora haja unia provável discrepância entre obalanço feito pela revista e aquele cm elaboração pelo Con-sclho de Desenvolvimento, não será grande a diferença entreos totais finais.

Antes de entrar no exume das metas, uma por uma, arevista da Confederação Nacional da Indústria faz duas ob-servações sobre aspectos negativos do programa, precisa-mente: 1) «a falta de consistência entre algumas metass e 3)«a tMita de unia verdadeira programação financeira».

Acreditamos que, apesar de constituir um certo avan«,io,a programação das metas pelo governo do presidente Rublís*ciiek está longe de poder ser considerado uni plano de df-snivolvimeiilo econômico. Mais propriamente, éste progra»ma pode ser considerado eomo-uiii passo para a planilicacào,que supõe uma serie de fatores políticos e econômicos. Dosúltimos, alguns certamente poderiam ser encontrados ouestabelecidos nos marcos do próprio regime; outros, porém,os decisivos, não podem ser concebidos senão dentro de umaorganização socialista da sociedade, de tal modo que os ele-nuMitos espontâneos o anárquicos da economia capitalistatenham deixado de existir ou, então, que tenham uma exls-tcncla desprezível.

l.iiircliiniii, iiiesiiiu aqueles fatores que poderiam exis.tir. atualmente, mesmo esses, ou não foram sequer cogita-lies, ou, se o foram, tiveram sua aplicação truneada porliii:.a de causas outras, l m plano, ainda que se refira ape-mm i setor da economia, deve prever, necessariamente,além da quantificação do que se deseja, o prazo para suaivaliznção, a origem «los recursos necessários, a clara res.ponsaliiliilutlc peia execução c, ao lado disto, a situação damela colimada no conjunto da economia. A falta dc qual-quer desses elementos retirará ao. que se objetiva o con»tinido do plano.

No caso do programa d<> metas, vários desses elemen-tos não foram observados, pelo menos com a necessáriaseriedade e oportunidade. Assim, é amplamente sabido queos controles durante a realização do programa ou deixaram,1c ser realizados, ou foram relaxados. Apesar de haver fl-cado estabelecido, quando do lançamento das metas, qu*seriam dados <!<>is balanços anuais, o fato é que essa reso-incito não foi cumprida. Km face das dlfiouldades surgidas,a solução encontrada consistia em não 'ornar conhecimentodelas, deixando ri ali/.ar os balanços na époea prevista.

Mas nào-c só. No caso de algumas das metas, como e

o caso concreto da do trigo, o governo seguiu uma políticaque conduzia pela via mais curta a um fim diametralmenteoposto. Com efeito, quando deviam ser criados estímuloseconômicos à produção tritícola nacional, o governo reali.zou compras maciças de excedentes de trigo aos EstadosUnidos. Na época, o fato foi denunciado como uma salvo-tagem à triticcultura brasileira. 1/igo não faltou porém quemcomo O ministro Amaral Peixoto, então embaixador bra.silelro nos Estados Cnidos, viesse pela imprensa, o rádioe a televisão, negar que tal acontecesse, dizendo que setratava, apenas, de suplementar a produção nacional de tri-go, sem qualquer prejuízo para esta última, ((ue a acusaçãode entreguista que lhe foi feita era plenamente procedente,eonflrma-o o fato de que este ano n produção nacional detrigo nio irá há além das 409 mil toneladas. Em 1955 foi de1 mlihlo de toneladas e o programa de metas previa umaampliação para 2,5 milhões éste ano. Dessa maneira, o trigoque consumimos continuará sendo em sua grande maioriaImportado, sobrecarregando a nossa balança comercial emmais dc 100 milhões de dólares por ano. E' bastante signlfi.cativa a conclusão tirada pela revista da (NI sobre a quedaa menos de metade da produção de trigo no Brasil entre 1955e 1960. Diz a revista: «Deve-se o declínio da produção bra-fiilcira nos últimos dois anos a certa despreocupação oficialsobre garantia de preços e outras formas dc assistênciafinanceira. Essa situação desestimulou os produtores nocombate a pragas e condições climáticas desfavoráveis. Datade tr4is anos, aproximadamente, ou mais precisamente da as-linatura dos acordos de fornecimento do trigo norte-anieri.cano ao Brasil, contra o pagamento a longo prazo, e coma renda da venda do produto no mercado interno destinadano Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico. íisse la-tor novo desarticulou a política trilleolá, baseada há longosanos na importação do Rio dr. Prata e numa participaçãoexpressiva da produção Interna que chegou cm determinadoperíodo a 50 por cento do consumo brasileiro».

Outra crítica de ordem geral que deve ser feita ao pro-grama de metas refere-se à origem dos recursos, Há metasprofundamente comprometidas com o capitai estrangeiro,como é, entre outros, o caso da indústria automobilística,onde há forte predominância (70 por cento) de recursos e.vtrangeiros.

Em conclusão, apesar dc ter constituído um passo í*frente no sentido do desenvolvimento plauificiulo dn eeono.mia nacional, as metas, lauto pelo conteúdo deformndo doalguma* delas, como pela sua má conrtuçêo. como. ainda,pela» graves omissõesque encerram (est rui uraagrária produção eafe.ei.ra, cie), resst hí.mu-sode sériss deficiências.

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— Rio de Janeiro, semana de 23 a 29 de dezembro de 1960

RÁDIO E TELEVISÃO TÊM GENTE COMO A GENTE (III)

Garôta-PropagandaM

TV

NOVOS RUMOS

e oca bonitaExpl orada Wgjeia

.ieportagem de LUIZ GAZZANEP

É fácil, dizem todos, basta serbonita, ter presença, agradar e olugar de garôta-propaganda estágarantido. Pelo que se ouve nãohá muito problema para uma jo-vem dotada de atributos que querabraçar a carreira, menos ainda,murmuram nos corredores dasemissoras de televisão, para aque-Ias que ganham os favores desteou daquele agente de publicida-de, dos donos dos principais car-gos nas telemissoras.

O aparecimento da televisão foiimediatamente acompanhado denovas idéias, sobre a arte de anun-ciar. Desde os primeiros momen-tos, levando em conta o fato de oanúncio ser transmitido atravésda imagem, ficou, decidido peloshomens da publicidade que o ele-mento humano capaz de chamara atenção do espectador era a mu-lher... e bonita.

Por causa disso a garôta-propa-ganda nasceu com a televisão.Sonho e realidade

Se o sonho da carreira cinema-tográfica é de concretização maisou menos remota, a jovem encon-tra na televisão um sucedâneoque lhe permite maiores possibi-lidades de vé-lo realizado. Diária-mente, dezenas de jovens que am-bicionam uma chance se oferecemaos produtores e diretores das te-vês. Geralmente as contempladascomeçam como garòta-propa-ganda.

Apesar da importância do tra-balho que exercem, as garotas-?propaganda, com exceção de umpequeno grupo que se firmou gra-ças ao 'talento e à responsabilida-cie que dão ao papel que lhes foidesignado nesse mundo diferenteque é a televisão, não conseguemjamais a recompensa justa peloque fazem, assim como vivem prà-ticamente sob a ameaça de seremjogadas à rua hoje ou amanhã. Amaioria, inconsciente, sob a influ-ência ainda do sonho que é apa-recer para milhares de pessoas, degentir-se atriz, submete-se ao re-gime imposto pelos diretores dasemissoras de tevê, incapazes dereagir contra uma situação e pro-curar criar condições novas, atémais humanas mesmo, para a pro-fissão que exercem.

Foram divididas em duas cate-gorias: as contratadas e as ihde-pendentes. As primeiras, que sãoem maior número, constituem ogrupo das mais exploradas. Assi-nam contratos que são yerdadei-ros atestados de escravidão, comcláusulas autorizando a direção ciaempresa, sem o pagamento dequalquer indenização, a dispensa-?Ias quando achar conveniente.Recebem geralmente de 10 a 12mil cruzeiros por mês, sem possi-bilidades de fazer outra coisa quelhes permita reforçar o orçamen-to. As independentes trabalham àbase de cachês. O critério dasemissoras nesse caso é outro. Aprópria situação das independeu-tes, que são em sua maioria aque-Ias de maior cartaz, leva a isso.Recebem, por programa, de 500 a2 500 cruzeiros, dependendo na-turalmente da importância do pa-po] que desempenham. Entretnn-to, mesmo nesse sptor, em virtudedo grande número de jovens qupprocura uma rhanep. obrigam agarôta-propafranria a fazer três ouquatro profr,-nmas pelo pagamentode um cachê de mil cruzeiros-,

A batalha pela sobrevivênciaNão fica só uo drama rins sala-

lios a vida da garôta-propaganda.A luta pela sobrevivência ela atrava dia a dia, sem a ajuda deAinsriiém. Uma das suas mais *••'•-

rias preocupações e o vestuário.K de sua obrigação apr.recer nosprogramas com túaleteó diferentes.Se. por acaso aparec-r duas vezesnuma semana com o mesmo ves-tido logo vem um produtor ou di-retor a chamar-lhe a atenção.

Menina, eu já te vi com ês-se vestido um dia desses. Cuida-do, os patrocinadores não gostam.

A ameaça é clara. Ou você setrata, se apresenta melhor, ou en-tão...

O que acontece então? A garô-ta-propaganda, que consegue nummês mais favorável, retirar uns 20mil cruzeiros, é obrigada a fazerdespesas com vestidos, sapatos ebolsas para as quais não está emcondições.

Maninha, simpática garôta-pro-paganda da TV-Rio, contou-nosalgumas coisas sobre o assumo.

O problema da tualete é omais trágico. Veja você que umvestido, por mais modesto que se-ja, custa de 2 a 3 mil cruzeiros. Etem mais, existem programas, oschamados nobres, cm que a ga-rôta-propaganda não pode se apre-sentar com qualquer roupa.Quando acontece isso, lá se vão 8e 9 mil cruzeiros, sem contar oque se gasta em sapato, manicure,cabeleireiro.

Para se avaliar a extensão doproblema, basta dizer que há jo-vens devendo 80, 90 e até 100 milcruzeiros em casas de moda.

Levando-se em conta tambómque a garôta-propaganda tem des-pesas semanais necessárias comcabeleireiro e manicure, chega-seà conclusão que a maioria delasnão ganha nem para vestir. Ora.como o problema do vestuário équestão de vida ou morte para oseu trabalho, ela acaba se atolan-do em dívidas.Trabalho desvalorizado

A desvalorização da garôta-pro-paganda não se reflete só no as-pecto salarial. O papel que ela de-sempenha é inteiramente ignora-do uo ponto-de-vista que pouena-mos enamar artístico. Ninguémse preocupa em orientar o seu tra-baino. Apresentam o produto ouo programa a seu bel-prazer. Nãoensaiam, os textos que lhe são for-necidos são da mais baixa quali-dade; muitas vezes têm de dizerem 30 segundos o que levaria 2 e3 minutos.

Claro está que uma situaçãodessas só leva o telespectador, quenão conhece o. que vai por trásdas càmeras, a fazer mau juízo dajovem que está anunciando. Aforma pelo qual se apresenta a pu-blicidadè em televisão é de um ní-vel tão baixo que faz pensar ime-diatamente na inabilidade dequem o apresenta. A realidade,entretanto, é completamente ou-tra. A maioria dos responsáveisna televisão, existem exceções, éclaro, não se preocupa de nenhummodo com a encenação da publi-cidade, deixando tudo a cargo dapobre da garôta-propaganda.Aquelas de mais experiência aindase salvam, procuram improvisar,criar mesmo; as outras vão aoDeus dará.

Tal estado de coisas, a comple-ta indiferença pelo trabalho dagarôta-propaganda, faz com queela transforme num drama ínti-mo o preparo e a execução de umanúncio. Ensaia sozinha, não éorientada e não tem condições deaquilatar o seu trabalho, pois nãopode ver como se saiu em apresen-tações anteriores. Mesmo no ouese refere à apresentação de tuale-tes nos programa?, não existequalquer orientação. Por isso,ir#ütas vezes uma jovem apresen-

Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Oestiiaçãoe Refinaria do Petróleo do Estado da Guanabara

lil V INHANDUi N." 73 — KIO DE JAN15IKO - KSTADO DA GUANABARA

IFor um I9SI de paz e progresso!

A Dii'p(oi'iii ili» Sindicato, sniula ;i todos os trabalhadores da indústriade petróleo c sutis ramilias c :i todas as organizações sindicais, por motivodas festas do Natal e Ano Novo, nugurando uni 19G1 feliz, pleno dprealizações e conquistas em prol de seu Iicm-cslar.

A DIKETOklA :

Fernando II(ymeiicgil<lo Atitran, Ary (lumes Mat liado. Orlando Es-tevão da Costa Soares, Aldemir íü:i-- de Souza.

ia, ím.a cenário de cozinha, <umproduto de cozinha, vestida emtraje de noite. Tudo isso elas com-preendem, mas como têm de resol-ver os problemas que aparecempor conta própria, ficam em ver-dadeiro estado de tensão nervosaantes de aparecer num programa.Um minuto de apresentação,muitas vezes representa para elashoras de sacrifícios. E, no fim, sepor acaso a publicidade não saiua gosto do patrocinador, vem odiretor da emissora e joga umacatilinária em cima da moça, quefoi a menos culpada. Quando é sócatilinária, ainda não tem muitaimportância, o triste é uma garota-propaganda ser congelada, apare-cer cada vez menos em progra-mas, por um erro pelo qual nãotem absolutamente nenhumaculpa.

A realidade é bem diferente dosonho. Quantas jovens acredita-ram, no dia em que foram admiti-das como garôta-propaganda, quecomeçariam uma vida repleta desensações novas. Depois de poucotempo, o sonho se acabou e a rea-lidade apareceu mais dura do queera a sua realidade anterior.

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Milhões depreocupações

Federação dos Trabalhadores nas Indústrias do Vestuáriodo Rio de Janeiro

Sede: Avenida Venezuela, 27 — 4 andar

SALVE 1961 !Sala 124.

Saudámos os trabalhadores da indústria do vestuáriodos Estados da Guanabara e do Rio e todas suas organiza-ções sindicais, pelos êxitos conquistados durante o ano de1960, augurando as maiores vitórias para 1961, no caminhoda unidade, da conquista de seus direitos e reivindicaçõese seu bem-estar.

ODILIO BORGES — Presidente.

FEDERAÇÃO NACIONAL DOS TRABALHADORESNAS INDÚSTRIAS GRÁFICAS

Deseja aos trabalhadores gráficos do Brasil, às suasfamílias e aos trabalhadores em geral, um Feliz Natal epróspero Ano Novo.

Que o ano de 1961 seja de redobrados esforços pelaConsolidação da unidade de ação das entidades sindicaisdos trabalhadores brasileiros e,

'especialmente da classe

gráfica na Escala Nacional; na conquista do amplo Direitode Greve e na aplicação da nova Lei Orgânica da Previ-dência Social, assim como a defesa intransigente clrs Li-berdade e Autonomia Sindicais.

DANTE PELLACANI — PresidenteASSIS BRASIL ALBUQUERQUE — SecretárioNEWTON EDUARDO DE OLIVEIRA — Tesoureiro.

Sindicato dos Contramestres, Marinheiros, Moços

e Remadores em Transportes Marítimos

O Sindicato dos Contramestres, Marinheiros, Moços eRemadores em Transportes Marítimos, deseja* aos seus as-sociados e Exmas. famílias um Feliz Natal e que o ano de1961 lhes seja propício e lhes traga maior bem-estar.

O Sindicato torna extensivos os seus votos de felici-dade a todos os trabalhadores marítimos e seus família-res. Que a data máxima da cristandade e a passagem doano sejam de alegria para aqueles que têm a ventura depassá-la no recesso dos seus lares; de conforto e esperançapara todos os que, presos ao cumprimento do dever, encon-tram-se em alto mar ou em portos distantes do seu torrãonatal.

Almejamos um 1961 de maior fortalecimento da uni-ilado dos trabalhadores marítimos em defesa das suas rei-'vindicações e da Marinha Mercante; de maior fortaleci-mento, também, da unidade de todos os trabalhadores bra-sileiros, na luta pelas reivindicações comuns p °m defesados superiores interesses do nosso povo.

Rio de Janeiro, dezembro de 1960.

t-nquanto se esmera para dizer o iexto da propaganda comercial sem vaci-lações, com perfeita dicção — depois do grande esforço para, em pouco tempo,decorar o que iria diwr — a garôta-propaganda é obrigada a preocupar-selambem, com a roupa que está vestindo, a maquilagem. coisas que custam bas-tante dinheiro. Muitas vezes, mais dinheiro que o recebido no fim do mês.

Sindicato dos Oficiais Eletricistas e Trabalhadores na indústria deInstalações Elétricas, Gás, Hidráulicas e Sanitárias do Rio de Janeiro

sp<1p: Itim Senndnr FomiXMi, n' 11!:; 11 ml u r

No transcurso das fosia.s natalinas, dlrlglmo-nos a tortos os trabalhadores emífini e, particularmente, aos componentes de nossa eategoiiu profissional augurando-lhesum feliz Natal e um próspero Ano Novo .1, r.irn, com a conquista do novas vitórias.ia classe operAila, em sua luta em def s. melhores condições de vida. c em drfe^.ua emancipação de nossa Pátria.

Pln de Janeiro, dezembro de J!'1"-

MAI IIICIO SCANCKTTI(Presidente)

SILVIO COELHO GARCIA(Secretário)

RELLV DE MENDONÇA(Tesoureiro)

Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de CarrísUrbanos de Niterói

Sede: Rua Padre Lamego, 30 — Telefone: 2-0282Niterói —- Estado do Rio

Deseja aos seus associados e aos trabalhadores em geral umfeliz NATAL e próspero ANO NOVO. extensivos às suas famílias.Nesta oportunidade formula os melhores votos para que 1%1

seja um ano de Paz entre as nações e de fortalecimento da UNIDADEentre os trabalhadores de todo o Universo.

Presidente — Jorge Gonçalves da SilvaSecretário — Lúcio Xavier de Almeida

. Tesoureiro — Mário Ribeiro Serafim

Federação dos Trabalhadores nas Indústrias de Fiaçãoe Tecelagem do Estado do Rio e Estado da Guanabara

Apresenta votos de feliz NATAL e próspero ANO NOVO àsDiretorias das Federações coirmãs, aos Sindicatos que lhe são filiados,bem como, a todos os trabalhadores de nossa categoria profissional esuas famílias.

Outrossim, almeja que o ano de 1961 seja de fortalecimento daUNIDADE nacional e internacional, entre os trabalhadores do mundointeiro

Presidente — João Antônio Alberto Júnio'1" Secretário — José Araújo de Carvalho2" Secretário — José Pereira de Castro1" Tesoureiro — Almir Reis Netto2> Tesoureiro -• Astério dos Santos

Federação dos Trabalhadores na Indústria de Alimentaçãodo Estado do Rio

Sede: Rua Cel. Gomes Machado, 192 — 2° and. — Niterói

Formula votos de feliz NATAL e próspero ANO NOVO às Dire-.orias das Federações coirmãs, aos Sindicatos filiados, assim como -'itodos os trabalhadores de nossa categoria profissional e suas famílias.

Que o ano de 1961 seja de fortalecimento da UNIDADE de açãunacional e internacional ertre os trabalhadores do mundo inteiro.

Presidente — Rafael Francisco de AlmeidaSecretário — Alcebiades Antunes Evangelista FilhoTesoureiro — Irineu Pereira Nunes

Page 12: Executivo — Orlando Bomfim Jr. Diretor — Mário Alves ... · página do segundo caderno. Cada povo tem o ... que vai publicada na 1' pág. do 2? A atividade do PCB e o professor

— 4- NOVOS RUMOS

t-,

¦•jí

A Lei de Reforma Urbana,promulgada pelo Governo Revolu-cionário de Cuba recentemente,consagra'em seu artigo primeiroum novo direito que nâo figuracm nenhuma outra legislação daTerra: o de toda familia ter direitoa uma moradia condigna», que oEstado fará efetivo em três etapas,a saber:

1?'. Etapa atual: O Estado es-limará a amortização da casa quehabite cada familia c«m o quepaga atualmente de aluguel em' um período que não será menorquè cinco' anos nem maior quevinte anos, fkcado de acordo como ano de construção do imóvel.

2\ Etapa futura imediata: OEstudo, com os recursos proveni-entes dessa lei e com outros, em-preenderà a construção em massacie moradias que serão cedidas emusufruto permanente mediante pa-gamentos mensais que não pode-íão exceder os dez por cento dosvencimentos da familia.

3\ Etapa fui ura remota: OEstado com seus próprios recursosconstruirá as moradias que cede-rá em usufruto permanente e gra-tuito a cada família.

A LEI DA REFORMA URBANA EM CUBA;

ada Família TemUma Moradia

ROSENDO MILIAN(Serviço Especial de PRENSA LATINA,

Fundamentos da Le.

Essa lei revolucionária única,que suscitou enorme interesse emtodo o mundo proclama que o pro-blcma universal da moradia faz-se particularmente agudo nos pai-ses subdesenvolvidos como Cuba.

«A falta cie desenvolvimentoindustrial — diz — de acordo comnossas necessidades e possibilida-des, dirigiu a inversão do capitalprivado par 5 a fabricação de edi-fidos pnra alugar nos centros ur-banós, hábito inversionista funda-do om um lucro desmedido e cominteiro esquecimento da funçãosocial da propriedade».

Acontecia em Cuba, por outrolado, que o preço dos terrenos ur-banos havia alcançado cifras ele-vadissimas, contribuindo para «se-parar ainda mais as classes so-ciais». As melhores áreas se fize-ram exclusivas das classes privi-le<?iadás. Formaram-se, assim,bairros residenciais, mais valoriza-dos ainda graças aos préstimos dosserviços públicos, enquanto a par-te mais humilde do povo, a maisdesnutrida, Bem trabalho nem pos-sibilidades «amontoou-se nos ter-renos mais insalubres» e nas «ciu-dadelas» — aglomerados de case-bres em completa desordem.

A especulação com os contra-tos de aluguel alcançou proporçõestão escandalosas que Inclusive osgovernos anteriores, sem qualquerpreocupação com o bem público,viram-se obrigados a decretar leisde redução no preço dos aluguéis.

Entretanto, os preços vertigi-nosos das moradias estimularamnovas inversões em Imóveis paraalugar, muitas vezes com o pró-prio produto desses bens, «alheios,naturalmente, ao trabalho ou aoesforço próprio».

Unida a essa realidade, haviaoutra que cooperava com o jogosujo dos especuladores: um crês-cente déficit, habitacional perma-nente. Mas, devido a sua ausênciade objetivos sociais, o fabuloso ne-gócio da construção de imóveisjamais conseguiu satisfazer as ne-cessidades populares.

Construía-se, não para os tra-balhadores ou para famílias demodestos vencimentos, mas paraanuêles que pudessem pagar altosaluguéis em apartamentos «deluxo».

EspoliaçãoUma especulação similar sobre

os imóveis urbanos realizava-se•através de empréstimos com ga-rantia hipotecária sobre os pró-prios imóveis. A hipoteca funcio-nou como meio de espoliar os pro-pviotários modestos. Com os arre-mates e adjudicações, os inversío-n;.stas hipotecários conseguiam au-montar seus capitais de forma des-proporcional à inversão.

Os imóveis suscetíveis de seremdestinados ao comércio ou à indús-tria. a escritórios de negócios ouprofissionais, foram particular-mmite explorados. Em uma infi-nidade de casos os alugadores che-garam a participar preponderante-mente nos lucros dos industriais,comerciantes e profissionais emgorai.

As inversões em imóveis urba-pos a alugar, tanto sob a formario propriedade corno do créditohipotecário, chegaram a constituirLiiiiíi (llividacie ecoi1omlc.it C|UO ca--in.;i as forças nacionais que de-veriam cooperar para o desenvol-vimento econômico da Nação ¦,

Em lace dêsse quadro, o Go-

vêrno Revolucionário postulou queo desenvolvimento econômico dopovo, o incremento da produção, adistribuição equitatlva da riqueza,a eliminação definitiva dos privi-légios, são as bases definitivas parao desenvolvimento econômico dppais que «podem solucionar o gra-vissimo problema da habitação,sem os pano» quentes sociais quepreconizem soluções parciais de«planos de habitação», soluçõesque sempre se encontravam fun-dadas num desenvolvimento socialsem o apoio de um firme desenvol-vimento econômico».

Até aqui os fundamentos essen-ciais da Lei de Reforma Urbana.

Como se traspasiía propriedade?

O Artigo 2> da Lei anula oaluguel de imóveis urbanos e dequalquer outro negócio ou contra-to que implique a cessão do usototal ou parcial do mesmo. Tal de-terminação não afeta, entretanto,os planos do Governo para o fu-turo imediato com respeito àconstrução de habitações.

A nulidade dos contratos tam-pouco afeta os hotéis, os «mote-les» (hotéis de estrada, longe dequalquer povoado, para pernoitede pessoas «motorizadas») pen-soes, albergues e similares; nemas «cabafias», apartamentos oucasag em lugares de veraneio, bal-neários ou lugares de descanso.Nesses últimos casos é licito oaluguel, mas os preços serão fixa-dos pelo Instituto Nacional da In-dústria Turística.

A lei estabelece sete ConselhosProvinciais da deforma Urbana,com caráter temporário, e um Con-aelho Superior, que será perma-nente, para o conhecimento detodas as questões de natureza civilou social que origine a aplicaçãodessa Lei, que se encontrem rela-cionados com os contratos de com-pra e venda cujas concessões seordenam.

Todo proprietário de imóvelurbano deverá declarar sob jura-mento, perante o correspondenteConselho Provincial da ReformaUrbana, os imóveis de que sejaproprietário e pelos quais recebarenda.

O Inquilino, por sua vez, teráque declarar também sob jura-mento, as circunstâncias relativasao fato da ocupação do imóvelonde reside.

O pagamento da moradiaOs Conselhos Provinciais, pela

ordem de apresentação das decla-rações juramentadas, outorgarãoos contratos de compra-e-venda,'sob as seguintes condições:

1. — O contrato se outorgaráao ocupante do imóvel, seja sub--locatário ou não.

2. — O ocupante, locatário ounão, poderá comprar o imóvel pa-gando de uma só vez a quantiafixada como restante do preço, oupagando em parcelas maiores queas fixadas pela lei.

3. — A pessoa que figure comocomprador deverá declarar suarenda, sob juramento, renda quepesará na estipulação do preço _ apagar. Os contratos não pagarãoimpostos de nenhuma espécie, maso comprador terá que abonar o»gastos originados pelo contrato,isto é, cerca de 20 por cento sobreo montante de uma mensalidadede aluguel.

Quando a ocupação do imóvelfôr ilícita ou delituosa o Conselhoda Reforma Urbana poderá negara concessão do contrato de com-pra e venda.

Todos os mandatos de despejopor falta de pagamento dos alu-guéis, anteriores à lei, ficarão anu-lados.

Os pagamentos de aluguel quedeixaram de ser feitos até a datada concessão do contrato, serãosomados ao montante total do pre-ço estipulado para a venda. As di-vidas pendentes, por serviços deágua e importo territorial, serãodeduzidas do preço total do imóvel,mas. en! remontes, o compradorabona-los-á á razão de um pesomensal.

Maneira de determina:o preço do imóvel

Segundo o artigo 15 da Lei, opreço do imóvel será fixado deacordo com a data de sua cons-trução.

Os imóveis construídos antesdo dia 26 de julho de 1940, terãoo preço que resultar da soma dasmensalidades do aluguel vigentena data da publicação da lei, du-rante cinco anos, menos o mon-tante das contribuições.

Os imóveis construídos > depoisde 1940 e antes de 26 de julho de1950 terão como preço legal assomas das importâncias do aluguelvigente na data da publicação dalei, durante cinco anos, mais ametade dos anos e meses que as-«inale a diferença aritmética entrea data da construção do imóvel ea data de julho de 1940, menos omontante da contribuição munici-pai e o montante do serviço deáguas durante o tempo computa-do.

Do ano 1950 em diante, terãocomo preço legal o que resultarda soma das mensalidades do alu-guel vigente na data da publica-ção da Lei, durante dez anos, maisos anos e meses que assinalar a di-ferença aritmética entre a data

da construção e a data de julhodo 195U, menos o montante dacontribuição e o serviço de águasno tempo computado.

O preço dos imóveis em cons-trução, não destinados à moradia As hipotecasdo proprietário, será fixado peloConselho da Reforma Urbana evendido por este. Se .) proprietá-rio paralisai1 a obra, ela será con-cluicla pelo Estado.

compra e venda não poderão serpermutados, cedidos, vendidos nemtraspassados, sem autorização doConselho.

A dala de construção do imóvelserá verificada pela declaração do«habite-se», a Declaração da obra,Declaração do valor do imóvel e oContraio de aluguel.

Os antigos proprietários recebe-rão o preço que se fixar para osimóveis cm prazos iguais a aquelesa que forem obrigados os compra-dores, isto é, no dia 5 de cada mês.Mas pertencem ao Estado todas asquantias que, acima do total de seis-centos pesos mensais, pudessem re-ceber os vendedores.

A propriedade dos imóveis des-tinados a servir de «ciudadelas»,«casas de vecindad», «cuarterias»ou «solares» (correspondendo às«cabeças de porco», ou cortiçosbrasileiras) transfere-se ao Estadosem indenização. Os aluguéis seacumularão para construir mora-dias condignas para seus ocupantes.Os imóveis que sejam objeto de

Rio de Janeiro, semana de 23 a 29 de dezembro de 19Ó0 —*

inferiores a 150 dólares mensais,receberão uma renda vitalícia maiorem cem por cento do que antes per-

^Sm^^SAj^ soma rle_J B ir B»Bi Igll demais fontes do ronda não ultra-U m\ U mkÊK? m W^0r passe a quantia de duzentos e cin-

coenta dólares mensais.MmJÊ 5 ^m^m m^ ^Hefe *J°r SUa veZ| 0s credores hipote-^^j I m I ^^h ^"B de^WB ¦ 23P ** mWmmm to cincoenta dólares mensais, re-mwmw ceberão uma renda mensal vitalicia

com por cento maior que aquelaquantia, se a soma de suas outrasfontes de renda não exceder a quan-lidado de duzentos dólares mensais.

Os credores hipotecários quedeixem de sê-lo, que tinham rendasuperior a 150 dólares e inferior a200, perceberão uma pensão vitali-cia não inferior h H5ü dólares.

Estas são, ern lir.has gen-is, asdisposições essenciais contidas naLei da Reforma Urbana. Como sevê, fará com que oitocentos mil paisde familia om todo o pais adquirama propriedade da. casa ou aparta-mento em que residem. Ao mesmotempo, cerca de maior proteção oantigo proprietário.

Somente uns quantos grandesproprietários de imóveis, que expio-ravam verdadeiros impérios urba-nos, sairão prejudicados pela Lei,porque aqueles que percebiam, porexemplo, rendas mensais superio-res a 12 e 15 mil dólares, receberãoagora somente seiscentos dólarescada mês.

Ninguém foi despojado de suapropriedade. Muitos dos propriptá-rios, que eram por sua vez inquili-nos, terão que vender, por um lado,suas casas e comprar, por outro,aquela em que residem, invariável-mente muito melhor.

O Governo Revolucionário Cuba-no, com esta importante medida,encarou a sério o problema da ha-bitação e espera resolvê-lo dentrode pouco tempo. Enquanto Isso,acabou com o leonino negócio dosaluguéis e das hipotecas.

A concessão de contrato de ven-da sobre um imóvel produzirá ocancelamento do gravame hipoteca-rio, se houver algum, os gravamessobre imóveis ocupados por seusproprietários também ficam cance-lados.

O principal do montante da hi-poteca não promoverá juros, masserá amortizado por meio do paga-mento de quantias iguais as que de-veriam ser pagas a titulo de juros,nos mesmos prazos assinalados parao pagamento destes. Quando sehouver acertado o pagamento con-junto de vencimentos de capital ejuros, os pagamentos continuarãose realizando da mesma maneira,mas a totalidade se aplicará à amor-tização do capital. O montante dosgravames hipotecários que se can-ceiam pertence ao Estado.

Máxima proteçãoaos antigos proprietário.

Os antigos proprietários, quan-do terminarem de receber o valordo imóvel, se percebiam aluguéis

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¦M^-m¥.:mmmWmwmmr:---^ •• *irí*y..-->*>>™!^>>^-<<-y**::^^^ .. si^^mmiimMmiimmMm^mmmmm^^^mm^mmm^^^^^mmm^

a mkk IaDo outro lado da escala, a grande maioria do povo cubano era obrigada a viver em barracos, tugúrlos t cortiços, na»cidades, e em miseráveis choupanas, nos campos, pagando, na maior parte das vezes, aluguéis extorsivos a proprietáriosque se locupletavam com o dinheiro do povo, A aspiração de milhões de pessoas a dispor de sua própria moradia ena viver em condições melhores era impedida pelos proprietár ios e pelo governo que os protegia. Agora, essas aspiraçõessão defendidas pelo Governo Revolucionário e se tornarão realidade em breve.

Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Artefatosde Couro do Estado da Guanabara

Kl A QUITO N.° 168 - RIO DE JANEIRO - ESTADO DA GUANABARA

No transcurso das festividades da passagem do Ano Novo, saudámos

a todos os trabalhadores da indústria do couro, desejando-lhes felicidades

e ixitos em suas lutas e em sua organização.JOSÉ VICENTE ALVES — PRE8IDENTE

Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Fiação

e Tecelagem do Estado da Guanabara

Sede própria: Rua Mariz e Barros, 65 — Tel. 28-4593.

MENSAGEM DE NATAL E ANO NOVO

Em nome dos Trabalhadores Têxteis do Estado daGuanabara saudámos os Trabalhadores do Brasil na pas-sagem deste Natal e desejamos a todos um Novo Ano prós-pero e de paz.

Que o ano de 1961 seja caracterizado como Ano daUnidade de Ação dos Trabalhadores em defesa de seus di-reitos e reivindicações.

Diretoria:

Felix Cardoso da Silva — PresidenteHércules Correia dos Reis — 1" SecretárioAlberto dos Santos — 23 SecretárioAidé de Almeida Rodrigues — Tesoureira .Alvina Corrêa do Rego — Procuradora

Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Calçados • dl

Luvas, Bolsas e Peles de Resguardo do Estado da Guanabara

Sede: Rua Santana, 205 — sob. — Rio dt Janeiro

A Diretoria do Sindicato, por motivo da Comemoração

do Dia de Natal e Festa de Ano Novo, saúda as organiía-

ções coirmãs, os associados e o proletariado em geral pelos

êxitos alcançados no ano de 1960, desejando plenos êxitos

no ano de 1961 na luta pela consolidação da Unidade Sin-

dical, pela Vitória das reivindicações dos Trabalhadores e

pela manutenção da Paz entre os povos.

Estado da Guanabara, 24 de Dezembro de 1960

PLÍNIO ALVES — Presidente..

. TrfiiiítrftíMfiffll'^^

Page 13: Executivo — Orlando Bomfim Jr. Diretor — Mário Alves ... · página do segundo caderno. Cada povo tem o ... que vai publicada na 1' pág. do 2? A atividade do PCB e o professor

Rio de Janeiro, semana de 23 a 29 de dezembro de 1960 NOVOS RUMOSOs representantes dos partidos co-

munistas e operários das cinco parlesdo mundo, reunidos em Moscou p o imotivo do 43" aniversário da GrandeRevolução Socialisto de Outubro, com-penetrados do sentido da responsabili-dado pelo destino do gênero humano,dirlgimo-nos a vós conclamando-os àluto geral em defesa da paz, contra• perigo de uma nova guerra mundial.

Há tris anos, os partidos comu-nistas e operários lançaram o Manifes-to da Paz, dirigido a todos os povosdo globo. Oesde então, as forcas dapcz conquistaram notáveis vitórias naluta contra os incendlários de guerra.

Hoje em dia, podemos nos pro-nunciar contra o perigo de guerra, queameaça milhões de homens, mulherest crianças, com mais segurança na vi-iória da causa da paz. Jamais houve nahistória da humanidade possibilidadestão reais para concretizar na vida osonho secular dos povos de viver numcl*ma de paz e liberdade.

O problema da manutenção dapaz inquieta mais do que nunca todaa humanidade, diante do perigo deuma catástrofe bélica, que acarretariaenormes sacrifícios, ceifaria centenas demilhões de vidas e converteria em rui-nas os centros fundamentais da civiliza-Cão mundial.

Os comunistas lutamos pela paz,pela segurança geral, por condiçõesde vida tais que todos os homens •todos os povos gozem dos bens Heuma vida pacífica e livre.

O objetivo de cada país socialistoisoladamente e de toda a familia so-ciaíista em seu conjunto é assegurarumei paz firme para todos os povos.

O socialismo não necessita daguerra. A luta histórica entre o novoe o velho regime, entre o socialismo eo capitalismo, não deve ser resolvidamediante a guerra mundial, e sim ememulação pacífica, em emulação paraver qual regime social consegue alcan-çar um nível mais elevado de desen-volvimento da economia, da técnica eda cultura, o garanta às massas popu-lares ai melhorei condiçõei de vida.

Os comunistas consideramos comoum dever sagrado fazer tudo o que es-tiver a nono alcance para lalvar a hu-manidadn dos horrores da guerra mo-derna.

Todcn oi Eitadoi socialistas, aten-do«ie è doutrina do grande lenin, ba-teiam sua politica externa no princi-pio da coexistência pacifica dos Esta-des com diferente regime social.

Em nossa época, os povos seacham ante o seguinte dilema: coexis-tlneia pacifica e emulação do sociaiis-mo «om o capitalismo ou guerra nu-elear genocido. Não existe outro ca-minha.

Do ando parte a ameaça à pazOm todo o mundo?

Todos os governos falam da paz,mas 4 precise levar em conta os fatoso na» as palavras.

Hoje, anim como no poisado, os•rganiiadorei e iniciadorei das guer-

Apelo a Tod os os Povos do Mundoras agressivas são os círculos reacioná-rios, monopolistas e militaristas doi pa!-ses imperialistas. A paz se vê ameaça-da pela política dos governos das po-tências imperialistas, q u e, a despeitoda vontade de seut povos, Impõem aoipaíses a funesta corrida armamentista,ati.am a guerra fria contra os Estadossocialistas e outros Estados pacificas ereprimem os desejos de liberdade dospovos.

Que {alem os fatos!

Os povos aplaudiram as propostasde desarmamento geral e completo con-(rolado, apresentadas peta União So-viélica e apoiadas calorosamente p o itodos os países socialistas,

Quem se opõe à realização destaspropostai? Os governos d o i Estadosimperialistas, encabeçados pelos Esta-dos Unidoi da América do Norte, qujem lugar do desarmamento controladopropõem o controle lôbre oi ormamen-tos e procuram converter em mera char-latanice as negociações acerca do de-sarmamento.

Os povos saúdam o fato de hádois anos três grandes potências nãoterem efetuado provai com armai nu-cleares. Quem se opõe a que se dl umnovo passo e se resolva proibir parasempre estas provas mortíferas? Os go-vernoi das potências imperialistas, queproclamam sem cesiar tua intenção derecomeçar as provai de armas atômi-cas e ameaçam constantemente fruitroras negociaçõei sobre sua proibição, ne-gociações que êlèi foram obrigados «iniciar sob a pressão doi povos.

Oi povoi não querem que per-maneçam em teus territórios loberanosb a i e i militares estrangeirai; pronun-ciom-se contra ot pactoi militares agrei-sivoi, que limitam o independência deseus paísei e oi colocam numa titua-ção perigoia.

Quem te opõe a isto?São oi governos doi Estados do

dloco Atlântico, que oferecem aos mi-litaristai e revanchistai germano-oci-dentais batei militares em territóriosalheios e colocam em suai mãoi armasde extermínio em masia, forçando o ar-momento atômico dai tropai da OTAN.

São os círculos governantes dosEstadot Unidoi, que Impuieram pactosmultarei agrenivoi ao Japão, ao Pa-quistão e a outro* Estadoi do ExtremoOriente e do Oriente Médio, que ati-cam éitei países contra Eitadoi pacl-ficos, que ocupam a Coréia do Sul ea converteram em lua praça de armas,que fazem renurgir o mllitarlimo japo-nêi, que te Imitcuem noi anuntoi in-ternos do Laoi e do Vietnã do Sul, queapoiam oi imperlalistas holandeses noIria Ocidental, os belgas no Congo * osportuguêiei em Goa, bem como outroscolonialiitai, que preparam a interven-

ção armado contra o revolução cubanae arrastam os países da América Lati-na a' pactos militares.

São os E.U.A., que ocupam a ilhachinesa de Taiwan, que enviam cons-fantemente seut avlõei militares ao es-paço aéreo da República Popular daChina e, ao mesmo tempo, passam oorcima dos direitos legítimos que esta temde ser representada na Organizaçãodai Nações Unidas.

Rompas de lançamento de fogue-tes prontai para entrar em ação, ar-senaii abarrotado! de armai nucleares,aviõei que cruzam o espaço carregadosde bombas de hidrogênio, navios deguerra e submarinos que sulcam os ma-rei e os oceanos, dispostos ao ataiiue,umo rede de bases militares em te-ritóriús alheios: esta é a prática atualdo imperialismo.

N e 11 a situação, qualquer pais,grande ou pequeno, do globo ferrei-fre, pode ver-se envolvido subitamentenas chamai de uma guerra nuclear.

O imperialiimo empurra o mundopara a beira da guerra em beneficiedos interesses de um punhdo de gran-dei monopóHos • colonialistas.

Oi inimigos da p a z propagammentiras acerca de um pretemo perigode «agrenão comunista». Recorrem oessa mentira para ocultar .seus verda-deiros objetivos, paralisar a vontadedos povos e justificar ante eles a cor-rida armamentista.

Operários, camponeses,intelectuais, homensde boa-vontade de todoo mundo:

Em nonos dias não há para o hu-manidade tarefa tão inadiável como cluta contra o perigo de uma guerra nu-clear com emprego de foguetes, pelodeiarmamento univenal e total, pelamanutenção da paz. Em noisoi diasnão há dever maii nobre do que a par-tieipoção neita luta.

É possível uma paz duradoura emtodo o mundo?

Oi comuniitai respondemos:

A guerra não é inevitável, a guer-ra pode ser cenjurada, pode-se defen-der e consolidar e paz.

Esta nossa convicção não obedeceunicamente à nona vontade de paz ta nono ódio aoi incendiárioi de guer-ra. A possibilidade de conjurar a guer-ra emana doi fatoi reaii da nova si-tuacão no mundo.

O listemo socialista mundial sevai convertendo num fator cada vezmait deciiivo de nona época. O siste-ma socialista, que abarca mais de umterço da humanidade, e a União Sovié-tica, tua forço principal, utilizam teu

crescente poderio econômico e técnico-científico para impedir as ações dos im-perialistas e manielar os partidários deaventuras bélicas.

O movimento operário internado-nal, que lem como bandeira a luta pelapaz, eleva a vigilância dos povos e ins-pirei a todos os homens honrados açõesresolutas contra a política agressiva dosimperialistas da terra.

Os povos da Asiq, África e Amé-rica Latina que conquistaram sua liber-dade e sua independência política, eos povos que lutam por sua libertaçãonacional, milhões e milhões de seres,se vão convertendo em combatentescada vez mais resolutos pela paz, emoliados naturais da politica pacíficados paises socialistas.

Pronunciam-se em favor da paz eda coexistência pacífica os Estados neu-tros, que não aceitam a política agres-siva dos imperialistas.

O movimento mundial dos parti-ciários da paz agrupo hoje milhões depessoas. Em cada país, os participantesdeste movimento querem defender suopátria do novo incêndio bélico.

Unindo-se para travar uma luladecidida, todas eslos forças pacíficaspodem frustrar os criminosos planos bé-licos, manter a paz e fortalecer a ami-tade entre os povos.

A paz não vem por si mesma. Sóse pode defender e assegurar a pazmediante a luta conjunta de todas asforças pacificas.

Os comuniitai dirlgimo-nos a todosos trabalhadoret, aos povoi de todosoi contlnentei:

Lutai pelo alívio da tensão inter-nacional e pela coexistência pacífica,contra a «guerra fria», contra a corri-da armamentista I Se os enormes re-cursos que são gastos inutilmente emarmamentos fossem aproveitados comfins pacíficos, poder-se-ia melhorar asituação das massas populares, dimi-nuir o desemprego, elevar os salários,melhorar o nível de vida, aumentar aconstrução de moradias e ampliar osseguros sociais. Impedi o aumento dosarmamentos atômicos e o fornecimen-to de armas de extermínio em massa aomilitarismo alemão e japonês I

Exigi a assinatura de um tratadode paz com ambos os Estados alemães« a conversão de Berlim Ocidental nu-ma cidade livre • desmilitarizada I

Lutai contra as tentativas dos go-v»rnos das potências imperialistas dearrastar novos países à guerra fria, àórbita dos preparativos de guerra I

Exigi a liquidação das bases mi-lilares estrangeiras e a retirado dastropas que se encontram nos territóriosde outros Estados e a proibição da ins-talação de novas bases 1 Lutai para li-bertar os países dos pactos militares

agressivos que lhes foram imposlos ILutai por acordos de criação de zo-nas desatomizadas !

Não deixeis qut se afogue a li-berdade do heróicj povo cubano pormeio do bloqueio econômico ou da in-lervenção ormada dos monopólios nor-te-americanos I

Os comunistas, lutando pelo cou-sa da classe operária e dos povos, es-tendemos a mão aos social-democratas,aos membros de outros partidos e or-ganizações que se pronunciam a favorda paz, a ioc'os os membros dos sin-dicatos, a todos os patriotas, e lhesdizemos; atuai junto conosco na defesada paz, pelo desarmamento. Aluemosem comum !

Forjemos a frente comum de lutacontra os preparativos bélicos dos im-perialistas I

Defendamos juntos as liberdades• os direitos democráticos, lutemos con-Ira as forças sin;stras da reação dofascismo, contra o racismo e o chau-vinismo, contra a onipotência dos mo-nopólios, contra a militarização da eco-nomia e da vida política I

A luta dos povoi pela liberdadet a independêncij debilite ai forçasque tendem a guerra e multiplica asforças da paz.

A África, cujos povos sofrerammais do que todos sob o látego da es-crtividão colonial e de uma exploraçãobárbara, desperta para uma nova vi-da. Criando seus Estados inedepndcn-les, os povos da África »ntram no pa-noiama histórico como uma força jo-vem, cada vez mais autônoma e pa-cifica.

Moto colonialismo, condenadopela história, ainda não foi destruídocompletamente.

Uma violência e um terror ferozessão um obstáculo para os povos daÁfrica Oriental, das colônias brilâni-cas e portuguesas, no caminho para aliberdade. Na União Sul-africana, umregime racista comete arbitrariedadesbestiais. Já há seis anos que o valo-roso povo argelino lula pelo direitoò independência nacional, dessangron-do-se na guerra que lhe foi impo>t.ipelos colonialistas franceses, apoiauoipelos cúmplices atlânticos. No Congo,os imperialistas não medem meios ponderrocar o governo legitimo e entre--g.r o Poder a seus Jóceis fantoches,recorrendo a desonestas manobras e cosuborno.

Os povos que conquistaram o di-leito à existência do Estado indepei.dente continuam travando uma árdualula contra o colonialismo em suas no-vas formas, contra os colonialistas nor-le-americanos e germano-ocident vs,contra os antigos opressores ingleses.

franceses e outros, que tentam manlera todo custo em suas mãos as rique»zas naturais, as minas e as plantaçõei,impedir o desenvolvimento Induitrialdos países emancipados e irnpor-ihesgovernoi venais e reacionárioi.

Irmãoi dos países que te liberta-ram do colonialismo e dos paises quelutam por tua libertc-ào:

Soou a hora fina!do colonialismo]

Nós, os comunista., estamos con-vosco I Todo o poderoso campo cciEstados socialistas está convosco I

Convosco reivindicamos o reconhe-cimento Imediato e Incondicional do di-reito à existência independente paroIodos os povos ,

Que as riquezas de vossos países« os esforços doi trabalhadores te des-tinem exclusivamente ao bem dè vossospovos I

Vossa luta pela plena soberaniaa independência econômica, pela lí-

berdade, serve à lograda causo dapaz I

Os representantes dos partidos ei-munistas e operários dirigimos nossoopélo

aoi homens, às mulherei e aosjovem,

ài pesioas de todas ai profissõescamadai lociais,

a todot et homem, quaisquer questjam teui credot políticos e religiosos,qualquer que seja tua nacionalidade ta côr de tua pele,

a todas os que amam tua pátriaodeiam a guerra.

Exigi a proibição imediata d a tprovas, da fabricação o do emprego Hearmas nucleares, bem como de outrostipos de armai de extermínio em mana.

Exigi a conclusão imediata de umacordo de desarmamento univenal •total controlado.

v ¦

Que a ciência e a técnica contem-porâneas não continuem contribuindopara a produção de armai mortíferas

dt extermínio e cooperem em trocaporá o bem-estar dos homens, para oprogresso do humanidade I

Que tm lugar dos blocos milíto-res triunfem a cooperação amistoso eum amplo intercâmbio comercial e cul-tural entre todos os poisei I

Em nossa época, AS FORÇAS OAPAZ SUPERAM AS FORÇAS DA GUERRA!

Se os povos unirem seus esforçose lutarem com decisão e energia pcJapaz e a amizade, conseguirão seu no-bre e desejado objetivo, manterão apaz.

Os comunistas dedicam a e s t ncausa todas oi suas energias.

A PAZ m\"^Á Á GUERRA!

0 "DESASTRE" DO PROF. GUERREIRO RAMOS (II)

UM CONTINUÍSTA "DE ESQUERDA"RENATO GUIMARAcS

O objetive central dos artigoi de«balance» das recentes eleições, pu-bliceo.es pele sr. Guerreiro Ramos em«Última Hora», é pelo monos aparente-mente, e de lançar a idéia de que «uiesquerdas» não comuniitai devem or-ganiiar-se, em nosso pali, de maneirae que postam «libertar-se» da influên-cia comunista e assumir a liderança domovimento nacionalista. As opiniõesamarguradas do respeitável professorsobro o pleito recente — opiniões cujaincompatibilidade com os fatoi e coma vida real já procuramoi demonstraraqui (1) — são apenas o estribo deque êle te serve, na falta de argu-mentos melhores, para justificar tua em-preitada anticomunista.

Dizemos «aparentemente», porqueé difícil entender o que realmente pro-cura o ir. Guerreiro Ramos. Vê-se queêle não está contente com a influên-cia dos comunistas entre oi trabalha-dores o, mesmo, entre outros tutoresdo movimento nacionalitta, e desejaelimina-la. Quando se trata porém decomo fazer isto, as idéias lhe fogem.Limita-se a acenar com o vago e velholema da «união das esquerdas» sem(e contra) os comunistas — lema que,

há decênios, vem excitando a imagina-ção do certos grupos de intelectuaisptquano-burgueses da França, bemcomo de outros países europeus, ondee tradição da movimento comunista e-^erário e maii antiga.

Trata-te então, pelo geito, de umatentativa de plantar no solo brasilei-re uma árvore que não pôde dar frutosem outrai terras: a «esquerda indepen-dente». Mas não é de se esperar que osr. Guerreiro Ramos tenha aqui melhorsorte do que seut precurtoret e mes-três europeus, pois estes foram, siste-màtlcamente levados ao fracasso pelamesma o grave falta em que êle in-cerre: nem um nem outros Jevam emconta es interesses de classe daquelese quem pretendem organizar politica-mente.

A ausência do conceito de classe

já desarma a articulação desejada pelosr. Guerreiro Ramos logo na part:da. Sessu desejo e organizar a esquerda, cie

pv-idsa, em primeiro lugar, definir o

.ue seja a esquerda. Ninguém conse-

gue formar um exército te não definetuai possibilidade! de recrutamento.Por coincidência, aliás, também os exér-citoi regularei são tradicionalmente re-crutados per «danes».

O sr. Guerreiro Ramoi, ne entan-to, dando prova de menor tentido pré-tice de que e marechal Lott, de quemtanto te queixa, adota um critério in-teiramente lubjetivo para recrutar seushomens. Incluem-se em seu futuro exér-cito, ou seja, na esquerda — diz êle —«todot aqueles que direta eu indireta-mente procuram contribuir para a trani-formação da tociedade, tende em vis-ta promover at manai a níveis de exis*tência material e não-material tuperio-rei aoi vigentet».

Etqueçamoi o ridículo da coita efaçamos um teite com tal conceito deesquerda: o almirante Penna Bote po-de ou não ser incluído entre et et-querdittai? Também êle quer a trani-formação da tociedade, a teu modo, evive proclamando que tua intenção éprecisamente melhorar a situação daimanai. Como então negar-lhe o diple-ma? Na realidade, todos sabem que ominúsculo almirante é dos mais raive-toi reacionários patrícios, mas sabem--no porque raciocinam por outros cri-térioi, maii objetivei: identificam e ai-mirante tobretudo pelos interesses quedefende, através de suas idéias e atot.Raciocinar dêtte modo, no entanto, jáé aceitar uma conceituaçãe de dane,e a isso o prof. Guerreiro Ramai te re-cusa.

A tentativa de armar uma ideolo-gia «de esquerda» não apoiada noconceito de dane é, aiiát, a caracte-rittica de todos ot eicritot publicadosultimamente pelo sr. Guerreiro Ramosno que eles têm de essencial. Veja-se,por exemplo, a lua definição de na-cionalismo: «é a ideologia dos povosque, na presente época, lutam por li-bertar-ie da condição colonial», d i zêle, em teus «Cinco Princípios».

é evidente a ?<.treiteza de tal con-cepção do nacionalismo, na qual nãohá legar para o nacionalismo francês,o alemão, e outros nacionallsmos igual-m"nte identificados com o colonialismoe o imperialismo. Paia não usar o con-ceito d» classe — que só êle permite

a diferenciação entre e nacionalismodo uma burguesia que entrou na etapaImperialista, e o nacionalismo comobandeira de uma aliança de classe numpaís em luta contra a dominação et-Irangeira — o prof. Guerreiro Ramotprefere fazer como te oi Hitler e Mas-su nunca tivettem existido.

I e cato, igualmente, de conceitode «povo», que éle deforma delibera-damente para não reconhecer a exis-tência do proletariado, como classe, t

-para misturar t u d e — camponeses,operários, funcionários, burgueses, etc.— numa si massa informe, à esperade alguém — uma «vanguarda» —que a lidere, na luta pela emancipa-ção nacional. E é precisamente este otentido mait profundo de toda a tuaatividade como candidjto a teórico donacionalitmo. Ele faz o que lhe é pos-tível para qut o movimento operárioio dinelva no nacionalitmo, abando-nande tuas características e reivindica-ções própriai, que vão muito além, eaceitando uma liderança que limitateui horizontes à luta pela emancipaçãodo paít,

I obvie que, te o movimento ope-rárip deixatte de existir de forma in-dependente, a burguetia brasileira pas-taria a ter a única dane em condiçõesde attumir a liderança do movimentonacionalitta, e poderia conduzir a seumodo a revolução nacional e demo-crática, com o poder de detê-la ondemelhor lhe aprouvene. Ai se revela aquem, na verdade, está tervindo a pre-gação teórica do tr. Guerreiro Ramos,seja quando tentou impingir aos traba-lhadores ot teut chamados «Cincoprincípios», seja mais recentemente, nosartigot que escreveu em «Última Hora».

A coisa falha, entretanto, porquenáo pode inspirar confiança algumaaos trabalhadoret uma pregação dessetipo, cujo primeiro «princípio» é o deque «os trabalhadores sáo sócios dodesenvolvimento». E o sr. Guerreiro Ra-mos tem uma experiência pessoal dis-so, pois fêz diversas tentativas de le-var sua doutrina ao movimento sindi-cal, e só conseguiu despertar a simpa-ti. alguns psieyos, que picw ..',-mente se tendiam liscnjcacios com a

idéia de terem «sócios de Mattarazo».Para os trabalhadores, no entanto, telidéia apenas pode sugerir a «socieda-d?» que existe entre o boi e a canga.E eles não estão interessados em darnomss bonitos à canga; querem livrar--se dela.

É também por isso que o PartidoComunista tem existência assegurada emnosso país, e exerce sua influência nãoapenas no movimento operário, mas emoutros setores do movimento naciona-lista, apesar dos desejos do prof. Guer-reiro Ramos. Os frabalhadores preci-iam dele, e voltam-se naturalmentepara êle, como intérprete de suas as-pirações de classe e guia de sua lutarevolucionária. Precisamente por isso,por ser o partido revolucionário da cias-t* mait revolucionária, por ser o paiti-do que náo defende outros interessessenão ot da revolução, sua influênciae tua liderança se exercem além dos li-mites de sua classe, sobre todos aquelesque estão sinceramente empenhados naluta pela democratização e emancipa-ção do pais, e que tem muitas e justasrazões para não confiar em «lideran-ças» como as que agora lhes ofereceo tr. Guerreiro Ramos.

Náo nos daremos ao trabalho dedesfazer todas as intrigas e calúniaslevantadas pelo sr. Guerreiro Ramoscontra os comunistas, no afã de lançaro descrédito sobre o partido que lemcomo tarefa conduzir por um rumo inde-pendente e revolucij-ário o movime: 5operário e democrático. A má fé de-monstrada por êle, nos pontos básicosdt sua «doutrinação», dispensa a cri-tica no detalhe ài mentiras e aleivosiasque inventa ou veicula, à guisa de ar-gumentos.

Queremos registrar, entretanto,como fato significativo, que o comen-tarista de «Última Hora», em váriasoportunidades, tenha apresentado aação dos comunistas brasileiros comos?ndo «subordinada às diretrizes sovié-licas». Mão acreditamos que, por igno-renda, êle tr»nha tomado como tal aobservância pelos comunistas brasilei-ros de um dos princípios básicos pe'o<q"a's sa fundamenta a acõo dos comu-n '.Ias do mundo inteiio — o principiodo inlernacionalismo proletário, da

ajuda mútua entre os diversos parti-dos comunistas, da unidade de acáo domovimento operário internacional, tema qual seria impossível enfrentar e der-rotar a ação do capitalismo internado-nal, que não esperou a autorização deninguém para unir-se.

Não é preciso muita inteligênc opara compreender que este princío'obásico do marxitmo-leninismo dt for-ma alguma está em contradição comoutro princípio bático do marxismo-1*-ninismo, a cuja obediência os comunit-tas brasileiros igualmente se obrigam— o da completa independência deorientação a de a<;ão de cada partidocomunista, em tudo o qut concerni àluta revolucionária em seu própriopaís. O mesmo sr. Guerreiro Ramos,aliás, se viu obrigado a reconhecer numde seus artigos, qut nada tem a dizercontra as «Teses» recentemente elabo-radas — e submetidas a um debatepúblico e amplo — pelos comunistasbrasileiros, que se serviram delas comobase para a linha programática qutaprovaram em seu V Congresso. Nãoacreditamos que as limitações do eru-dito professor cheguem ao ponto delevá-lo ao delírio de imaginar que tudoaquilo — as «Teses», a discussão, eC: .gresso — era «encenação», paraencobrir «diretrizes soviéticas». Nãosendo assim, só o desejo de afinar como anticomunismo dot Falcões e Danilospode explicar sua adesão a êsst tipode calúnias. É mais um qut quer «selimpar», diante da reação, emboraprocure fazê-lo de forma a que não oconfundam com um policial qualquer.

Esta atitude de oportunismo, naverdade, explica muita coisa da súbita«amnósia» do sr. Guerreiro Ramos paracom suas opiniões ae apoio entusiás-tico ao marechal Lott, emitidas antes daeleição, e do «antilortismo» manifesta-do por êle depoit das eleições. Portrás de todas as suas complicadas e«-peculaçoes teóricas, revela-se a atitu-de de quem quer ficar de «mãot lim-pas» para poder aderir ao futuro go-vètno. Dirigiu mesmo, abertamente re-petidos «conselhos» a Jânio, para queêsle absorva em seu governo «assesso-res nacionalistas», entit os quais, na-luralmente, tlt tstá incluído,

Nada diríamos d 0 i prepatativotpata a adesão do sr. Guerreiro Ramos,it êlt ot fizesse em turdina, e em ca-ráttr pessoal. Para poder aderir, entre-tanto, êle passa a defender e veicularidéias que contrariam oi inlerêltsi, nãoapenas de proletariado, mai do pró-pria frente única nacionalitta t demo-crática. Não tó prteoniza uma llderan-ça burguesa para o movimento naco-nalitta — o que está no itu paptl fa-zer, e t natural qut atsim ttjo — tprocura tntorpecer, ptla mistificação,as aspirações revolucionária! doi tra-balhadorti t -tnmocratat. Vai além, •procura introdu-.:r no movimento naco-nalista uma perspectiva política false tcontrária aos teut interesses, refletindonisso a tendência conciliadora t voe-lante própria à burguesia, qut te abalat tntra em pânico ao menor final deperigo, e se agarra desesperadamenttaos privilégios e comodidades de quegoza.

Não é simples acaso, de fato, quto sr. Guerreiro Ramos procure hoj» le-var o mrwlmento nacionalista o tomardiante do governo de Jânio a mesmaatitude com que te conduziu diante r/eatual governo. Nem é per acaso qut,quando falava em teut artigot dascausas da derrota de Lett, êle não fêza mínima rtferêncla à política dt cen-ciliação com o imperialismo e dt «de-ttnvolvimentismo» baseado ne sacrifíciodo povo que caracterizou o governoKubitschek, embora tssa política tenhatido o principal fator da derrota, umavez que ela foi associada, aos olhosdai massas, à candidatura lott.

Na verdade, o prof. Guerreiro Ra-mos st acomoda e st identifica perfei-tamente com essa política conciliadorat «desenvolvimentisla» e deseja a cen-linuação dela. Mostia-te, por itto, in-capaz de assimila'- os verdadeiros »n-sinctmentoi qut o p 11 i t e de outubretrouxe para ot nacionalittat. Todas ascontas feitas, ttus artigot aptnai re-fletem a incapacidadt da burguttia deliderar do medo revolucionário e con-seqütnte a luta dt nono povo ptlaemancipação nacional. Sua «eiquerdaindependente» morre no btrçe.

III Ver NOVOS RUMOS dt . .',9-12-60.

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Recife: PrefeNOVOS RUMOS — Rio de Janeiro, semana de 23 a 29 de dezembro de 1960 —

fi Miguel Árraes I m\ àPÊ 51M fl ¦ ¦ mVLmUUQ

«Da apoeira» ao «asfa/fo», dos subúrbios

mais distantes aos ba/rros mcis próximos,dos «a/fos» e córregos ao centro urbano— estamos todos unidos neste propósitocomum: trabalhar com afinco pelo progressoda cidade.

Em/iome dos que vivem na lama, das criem-

ças sem esco/a e sem lar, dos chefes de

famí/ia serrí emprego, dos que trabalham,

/ufam e sofrem asperamente no Recife, eu

vos peco o voto.»

(Da plataforma do r "!?.toMIGUEL ARRAES)

bairros Não Foram Esquecidos

Jí» %>,.¦**'..

Departamenlo de Engenharia eObras da Prefeitura do Recife, por fôr-ça da amplitude d s seus diversos selo-res de atividades, foi, sem dúvida algu-ma, o que maior número de tarefas tevea executar, durante o periodo de 1960.Operando, simultaneamente, na chama-da zona da «poeira», nos alagados tno asfalto, executou um sem número deobro-

. u simples trabalho de capi-nação à construção de modernas faixasde rolamento, tudo sentiu o impulso dadinamização. Assim, obras como asAvenidas Norte, Sul, Boa Viagem eBR-11, BR-25 (estas duas, em colabo-arção com o Departamento de Estradasde Rodagem) feitas em concreto de ei-mento; a abertura de novas vias de pe-netração, como ligações Casa Amarela--Beberibe, Arruda-Peixinhos e Largo daPaz-Prado; Avenidas Beira-Rio e Beira-Canal; e mais a perimetral de contar-no (também em colaboração com oDER) — que, futuramente, interligarátodos os subúrbios da cidade — tudorecebeu o vigoroso empenho da admi-nistração do prefeito Miguel Arraes.

£ maisTudo isso, entremeado pelos traba-

lhos de abertura e drenagem de canais,valões e valetas; terraplenagem e ater-ro; chafarizes; construção e recuperaçãode pontes • pontilhões; reconstrução ereparo de pequenos prédios para a ins-lalação das escolinhas de Movimentode Cultura Popular e a recuperação demais de 150 mil metros quadrados daárea das diversas pavimentações «n-

Assistência

às vítimas doCapibaribe

A Prefeitura deu assistência, em19ó0, às vitimas das enchentes do rioCapibaribe, fornecendo-lhes abrigo •gêneros alimentícios.

O prefeito Miguel Arraes abriu ime-diatamente verba a fim de solucionar oproblema surgido com a pior das cheiaido rio.

A assistência aos flagelados teve amais ampla repercussão em meio aopovo, consciente de que o Poder Públi-co não é apenas a grande frieza dasrepartições burocráticas, mas atua hu-manamente, ftansformando-se, quandonecessário, num poderoso amigo capazde socorrer o próximo.

quadradas na chamada «OperaçãoBuraco*.

Linguagem iria dos númerosEm síntese, o DEO apresentou, nès-

te exercício, de obras executadas pe-los seus diversos setores, as seguintesestatísticas: abertura da Av. Sul, pa-vimentação do seu primeiro trecho einício da construção da nova ponte dosAfogados início do último trecho daAvenida Norte, que cortará a cidade,desde o cais até os limites do municípiode Sâo Lourenço; pavimentação emconcreto de cimento de 3 500 metros li-neores da Avenida Boa Viagem; ave-nida de acesso à BR-25; abertura dasAvenidas Beira-Rio e Beira-Canal, mar-geando, respectivamente, o Rio Capi-baribe e o canal Derbi-Tacanuna; as li-gações Casa Amarela-Beberibe, Arru-da-Peixinhos e Largo da Paz-Prado, tô-das em prosseguimento, para conclusãono próximo ano; além do intenso ata-que aos serviços da chamada OperaçãoBuraco.

Paralelamente, os diversos distritos'o DEO, operando nos bairros da ei-

dade, conjuntamente, terraplenaram . .2 774 583,00 m2 de área, capinaram1 010 700,00 m2, aterraram170 436,60 m3, construíram 5 892,70de galerias, 7 pontilhões e recuperaramtrês.

Para o Movimento de Cultura Po-pular foram plantadas, através da re-cuperacão de pequenos prédios, 67 es-colas e 3 grupos escolares.

Barateamento das obrasPara enfrentar o grande vulto des-

sas obras e obter o máximo de bara-teamento e de rapidez na sua execução,o prefeito Miguel Arraes investiu no se-lor da produção, arrendando, em Ja-boatão, uma pedreira para atender ex-clusivamente às obras municipais e,através do convênio com a «Petro-brás , a implantação de' um terminalasfáltico na zona portuária do Recife.

Como setor encarregado pela in-dústria, foi criada, no Departamentode Engenharia e Obras, a Divisão In-dustrial. Essa nova divisão vai operarcom o material recebido da pedreira deJaboatão e do terminal asfáltico, paraa produção de pré-moldados, cimento-asfáltico, tubos para galerias de águaspluviais, enfim, tudo o que se relcicio-ne com as obras de responsabilidadedo Município. Através do autofinancia-mento, as obras municipais terão o seucusto reduzido em mais de 50 por cento.

Clinica Moveé Meta Impor

Durante o primeiro ano da admi-nistração Miguel Arraes, a Divisão Mé-dica do DBEP ampliou o serviço de sal-vamento nas praias do Recife, equipan-do os postos do Pina e Boa Viagemcom duas ambulâncias munidas de res-suscitadores e medicamentos, A reper-cussáo dessa providência foi altamentepesitiva, pois o índice de mortes porafogamentos, no veião deste 1960,caiu praticamente a zero.

Outras realizações no setor da saú-de pública:

a) — instalação de dois ambula-loiios médicos, um no matadouro dosPeixinhos e outro no Setor de Oficinas;

bl — aproveitamento da antiga

I: Saúdetan te

biblioteca ambulante do DDC em umaclínica móvel, para atendimento de pes-soas pobres, nos subúrbios da cidade.A clínica móvel tem equipagem médico--dentária completa e destina-se, tamb-bém, ao atendimento de funcionáriosda Prefeitura e, principalmente, dascrianças matriculadas no Movimento cieCultura Popular;

cl — Início da construção das no-vas instalações da Divisão Médica, on-de novos serviços serão instalados des-finados a população pobre. Em 1961,estarão em funcionamento setores dehigiene, saúde, Pronto Socorro Infantil,Serviço de Reidialação e um Banco deSangue.

Luz Elétrica Para o PovoA Prcfeiluici instalou luz elétrica em

mais de 1C0 ruas, nos mais distantesarrabaldes ca cidade. Ruas pobres decórregos, ruas às vezes sem nome.

A luz ,entre as populações mais po-bres, foi motivo de festa. Em meio aoe curo da pobieza e da noite, uma luze rica, co menos é sinal de que alie. . » larabcm vida.

O prefeito Miguel Anãos, cúmprin-.d, sjci plataforma em que fala em

t. '••'¦¦¦: ¦¦¦'¦-¦¦.¦'¦¦¦ ,'.•¦¦'':¦;;¦-.¦ ¦¦'';¦'.v'.:* '-¦'''.': ¦''..' '.:¦!'¦¦- ''¦¦¦.*...''' .'.¦:¦¦.'.'¦-' ¦'¦'-.

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"%•

íransportcconfortável

fil) 000 metros de fio elétrico se estendem por Recife, permi tindo o transporte diário de 80 000 piis....,^.1ns nos "Irollcy-

buses" da Companhia de Transportes Urbanos, uma das maiores realizações tia administração do prefeito MírucIArraes. Os ônibus elétricos servem inúmeros bairros de densa população, tais como Casa Amarela, Esiiinheiros, Peixi-nlios, Campo Grande, Fundão e outros. A foto nos apresenta alguns do "tnilley-buses" em circulação em Recife, cujo

progresso pode ser constatado a cada passo.

progresso do cais ao subúrbio, fêz comque mais de 100 ruas tristes ganhas-sem a súbita a'cgna da luz elétrica,elementar pioblema que não vinha sen-do encarado com objetividade; mais doque objetividade: humanidade.

Este é um fato quase sem importou-cia, dirão, em meio a tantos grandesempreendimentos de uma administra-ceio. Mas no realidade, êle também lemum significativo destaque social.

írarreg*JCIl^^^ife; TiK #iw& ^í-- '"'¦>''' 'm\»^

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Transportes ModernosPará os Subúrbios

Saneamento c

pavimentação

Giande auxiliar

no vasto planode metas: SEO

Em apenas um ano de trabalho, oServiço de Equipamento e Oiicinas con-feccionou, na'sua carpinlaria, nada me-nos de 3.000 cadeiras e igual númerocie bancas, além de quadros-negrosdestinados às escolas do Movimento deCultura Popular. A carpinlatia fabricoutambém, biró, estantes e móveisdiversos paia os Departamentos da Pre-feitura e canocerias dos novos comi-nhões .«Mercedes Benz>.' compiados pe-lo prefeito Miguel Anaes para os De-

parlamentos de Obtas e de Bem-EsiarPúblico.

Nas oficinas do S.F. O , foram re-coriaicioncidcs êste ano, 23 moloies,sendo 15 ¦ Joeps,/ e 8 cie automóveise camionetas. Passaram por reformasgc-rais 27 viaturas, sendo A da CâmaraMunicipal, com material fornecido pelopróprio Deliberativo da cidade. Seis dosveículos recupeiados encontravam-sehá muitas anos foia dc circulação.

Outras realizações do S . fi. O . tm1960:

n I —. Construção de um cami-nhoo-lórre paia o Selor rie Eletricidadedo Departamento de Obrai;

b] — Reforma com ampliações,cki fiiCola Estilac Leal i;

r.) —¦ instalação cio seivíc.o medi-co-dénlário das oficinas e

cl) —.- reforma geral do posto delavagem, rem aquisição de modernosequipamentos.

Milhares de metros lineares foramacrescentados à rede dc esgotos dacidade. Na foto, aspecto das obras naAvenida Çaxangá; ebras que permiti-rão concluir a outra faixa de rola-mento, cm concreto de cimento.

O funcionamento da Compam.iade Transportes Urbanos é uma da: rea-lizações mais evidentes da aúininislra-çào Miguel Arraes, com seus belos ôni-bus elétricos, que já se incorporaram a

paisagem da cidade.80 000 passageiros são transpor-

tados diariamente pelos «trolleybuses»da CTU, veículos que cobrem percursos ¦

determinados através das redes aéreasmontadas com fios PIRELLI, organiza-

ção que se ligou, tanto quanto a em-

presa dê ônibus, ao povo do Recife.óO 000 metros de fios se estendem

pela cidade. Esta é a dimensão Iam-bém do progresso.Postes CAVAN

Cada poste que se vê no interiordo Estado significa o marco que o ho-

mem deixou. O desenvolvimento da ei-vilização «e faz com as mãos do ho-

mem.Cada poste CAVAN plantado no

centro da cidade ou do subúrbio maisdistante, prova que o Recife evolui a

passos largos. Êles significam ônibuselétricos da Companhia de TransportesUrbanos. Os postes CAVAN permitemque oi «troleybuses» sirvam a bairrosdemogràficamente densos, como CasaAmarela, Tôrre-Madalena, Derbi, Espi-nheiro, Campo Grande, Peixinhos, Ar-ruda, Água Fria, Fundão, Avenida Nor-

te, Encruzilhada, Córrego do Euclides,Boa Vista e Santo Amaro.

1 600 postes já foram montados.2 102 é o número a ser brevementeatingido, o que importa também em

aplicação dos serviços de transportesda CTU.

Pòr trás da realidadeA realidade dos ônibus elétricos se

multiplicará. O prefeito Miguel Arraes

já está mantendo entendimentos para

que a frota da CTU seja aumentada.Os ônibus da organização se multipli-

carão na proporção das necessidades

do Recife.

A realidade — o acontecimento

palpável de estarem os «troleybus» tra-fegando pelas ruas — tem seus basti-dores compostos de firmas sem as quaisseria impossível que a CTU fosse o querealmente é: a «Marmon Herrington»,

que forneceu os veículos; os «Atelieurscde «Construction Oèrlikon», fabricantesde subestações; a «Ohio Brás», res-

ponsável pelas redes aéreas; a PIRELLI,

produtora dos condutores elétricos; aCAVAN, dos postes; e a «Companhiade Materiais Elétricos», que desde o ini-cio do empreendimento vem orientandesua implantação.

Administração da empresa

O prefeito Miguel Arraes tem dadoo melhor exemplo do Brasil de comoadministrar uma companhia de ônibuselétricos, dirigindo-a em função do po-vo e justamente no caminho oposto ao«empreguismo» o à política contra osinteresses da cidade.

A realidade pode ser apontada, naadministração do atual prefeito; Os ôni-bus elétricos estão aí, no meio da rua,dando um novo ritmo à cidade.

Duas firmas

A CTU está levando tão a sério asolução do problema de transportes doRecife, que elegeu como suas fornece-doras duas das mais importantes fir-mas que operam no Brasil: a POSTESCAVAN, que forneceu também toda a

posteação da Companhia Hidrelétricado São Francisco; a PIRELLI, responsa-vel pelos cabos subterrâneos da «Com-

panhia Telefônica de Pernambuco».Há uma velha filosofia que diz que

a escolha de colaboradores defineaquele que fêz a seleção. A CTU estámuito bem acompanhada pela PIRELLIe pela POSTES CAVAN, em cu|« tradi-ção se baseou paro crescer dignamentecomo está crescendo.

COMPARE: AbasteãmentoSerá Incrementado

A Companhia de Abastecimento do

Recife ICOMPARcI, recentemente cria-da pelo prefeito Miguel Arraes, atacaobjetivamente o problema de gênerosalimentícios da cidade. Estará em ati-vidade em 1961, com as seguintes me-tas: 1) construção de 5 super-mercadose recuperação dos atuais; 2) constru-

ção de 3 mil metros cúbicos de área fri-

çjorificada; 3) modernização da$ fei-

ias; 41 industrialização dos produtose subprodutos do Matadouro Munici-

pai; 5) criação de uma infta-eslrutura

pata abaslecimento do leite «in natu-

ra» até 20 mil litros diários; 6) produ-

ção de flores e plantas ornamentais 10

vezes superior á atual; 7) incentivo à

avícultura, cunicultura e suinicultura.— SUPER-MERCADOS — Os mer-

cados atendem aos modelos mais mo-

demos do mundo. Sua construção está

sendo planejada em forma de U. No

seu centro haverá área coberta onde,

semanalmente, se realizarão feiras. Du-

rante os outros dias essa área será

aproveitada pcia atividades esportivas

e sociais dos bairros. Todos os supor--mercados possuirão frigorificos. A ad-

ministração MiagoLArraes está recupe-

rando todos os atuais mercados, e o

melhor e'xrmp'0 é o trabalho do Mor-

tado de São José.

—:•' r.v :..lrlCAÇÃO — Sendo

o Rociíe uma t 'crie cie SCO mil I'•' -

'antes o denlio da /ona equatorial,

possui, por mais incrível que pareça,capacidade de frigorificação de 18 vê-

zes menos do que a cidade de Ham-

burgo, na Alemanha, situada numa re-

gião em que, durante 8 meses no ano,

é necessário se tomar cuidado para queo frio externo não venha a prejudicaros gêneros alimentícios, como no caso

das frutas e das verduras, incapazes de

suportar temperaturas inferiores a 5

graus centígrados. O prefeito Miguel

Arraes está construindo cerca de 3 mil

metros cúbicos de área frigoiificada, o

que significa o duplo da atual capaci-

dade frigorífica da cidade.

— FEIRAS — Estão sendo substi-tuidas todas as bancas (de vendagem)atuais, com novas e práticas peças, ca-

pazes de proporcionar higienização

perfeita, além de maior conforto pa'ao ferreiro e para o leirante. O Recife

podeiá ser conslcioiado como cidade

precuisora das melhores feiras do Bra-

sil.

_ MATADOURO — Há 17 tm.»!,

quando foi construído o atual Mato-douro dos Peixinhos, qus vêm senãorealizados estudos pata aquisição Hamáquinas para incíustrializaçuo dess-ijs p.cdutos e Ç!jl-prcc!ut3S. Até o

pr^s^nte momento, friam ei :t'.iac''scJica de 15 estudos, r ¦ ;! :i: o to sim' cúos I' cin'.'o -zi ' i c"t|ut nenhum de.es f>^i uproveiiaao. io-

do o mecanismo necessário para indus»

trialização se encontra agora no Ma-

tadouro dos Peixinhos no maior e mais

bem aparelhado do Norte e Nordestedo Brasil.

— LEITE — Três centros de pas-teuiização e resfriamento ae leite serãocolocados era pontos estratégicos das

zonas produtoras de Pernambuco, reu-nindo capacidade de 20 mil litros diá-rios que serão trazidos para o Recife

em cuminhões-frigoríficos. Nesta cidade,10 centros distribuídos em diversos bair-'os da cidade, propiciarão o abasteci-mento total de leite da Capital. Espe-ia-se que, ainda em 1961, seja dupli-cada a capacidade de fornecimento deleite, bem como o número de postosdistribuidores.

— FLORES E PLANTAS — Atual-mente a Prefc.Hura está plantando cêr-ca de 3 mil metros2 de área com flô-rss e plantas ornamentais. Terrenos pa-r:r esse fim já foram aumentados, coma doação de terras do Ministério daAgriculluia. A produção de flores e

plantas ornamentais subirá 10 vezesmais. Estufas estão igualmente em fasode construção.

— AVÍCULTURA, CUNICULTURA 6SUINICULTURA — A Prefeilura constrói,no Guindo, ins!-:'|açÓes paia 30 milí -¦: 5 mil ceji. os t £i'"Ca.ti d; 1 ,,

""

Page 15: Executivo — Orlando Bomfim Jr. Diretor — Mário Alves ... · página do segundo caderno. Cada povo tem o ... que vai publicada na 1' pág. do 2? A atividade do PCB e o professor

— Rio dè Janeiro, semana de 23 a 29 de dezembro de 1 960 íNOypSRMMC^

a Fisionomia da Veneza Brasileira7 —

Chafariz:água •ornamentação

Oito chafarizes foram Instalados• m pontos da cidade onde não chegouainda o serviço de saneamento. Doisoutros estão em construção. Em locaisonde uma lata d'água era cobrada,muitas vezes, ao preço de 10 cruzei-ros.

Ainda está prevista a fixação denovos chafa/izes. Eles resolvem proble-mas de higiene e propiciam melhorescondições ae existência às populaçõesmais pobres.

Os oito chafarizes encontram-seInstalados: no Alto José Bonifácio, naCasa Amarela; na rua Ledinha, emSanto Amaro; no Córrego de São Sebastião, em Água Fria; na Rua Laurode Souza, no Rancho Fundo (SítioNovo); no Beco do Azevedo, no Cor-deiro; na Rua da Mangueira,- na Av.Encanta Moça, no Pina; e na Rua doDendê, Mustardinha. Em construção: noTotó e no Caçote.

Finanças e Serviços1951/1960

MILHÕES DE CRUZEIROSESPECIFICAÇÃO

ReceitaDejpesa

DESPESA:a) Pessoal

II b). Material eServiços

III ObrasLimpeza Pública:

51 52 53 54 55 50 57 58 59180 181 230 282 356 431 598 679 914180 196 217 281 366 461 666 676 885

60.250270

85 97 108 127 206 257 351 464 570 732

IV a) Receitab) DespesaServiço deônibus elétricos

95 99 109 154 160 204 315. 232 31531 36 45 80 58 87 118 88 108

11 13 19 22 24 26 34 25 34'3 21 22 24 31 45 73 79 88

450 10 30 25 65•mil

Crzs.

538

190

40149

120*

Inclusive aquisição de 60 caminhões para a Limpeza Públici

"Operação Buraco" RecuperaPavimentação Das Ruas de Recife

O Departamento de Engenharia eObras da Prefeitura, operando simultâ-neamente com oito firmas especializa-das, recuperou, durante o exercido de1960, 151.312,40 metros quadradosde pavimentação das diversas ruas eavenidas enquadradas na chamada«Operação Buraco». Para sua conclu-•ão, qut consisto na recuperação docérea de 350*11111 metros quadrados deárea pavimentada, a Prefeitura estádespendendo aproximadamente noven-to nllhões dè cruzeiros. De acordo come ritmo sempre crescente das obras dereposição o recuperação das diversaspavimentações, espera o Departamen-to do Engenharia da PM» deixar toda• cidade dotada de ótimas pistas derolamento, até março do próximo ano.

A execução da «Operação Buraco»destaca-se como uma das metas de pe-retração social do governo Miguel Ar-raes. Não se detendo apenas no sim-pies trabalho de recuperação de calça-mento, mas dotando a cidade de pavi-mentações totalmente novas, conseguiua Prefeitura do Recife, neste exercícioque se finda, dotar o município de umafnr. inteiramente melhorada, permitin-

Funcionalismo

recebeu atrasados

e dois aumentos

Apesar da situação financeira daMunicipalidade, o prefeito Miguel Ar-raes concedeu, no primeiro ano de suaadministração, dois aumentos ao fun-cionalismo. Êle procurou equilibrar o

problema administrativo com o humano.Além disso, determinou pagamento

de triênios e atrasados até 1958, re-ferentes a abono familiar e gratifica-ção adicional.

do às populações suburbanas melhorsistema de transporte, através de me-lhores vias de escoamento.

Calçamento, meios-íioíe linhas-dágua

Paralelamente à execução da«Operação Buraco», e dentro dos tra-balhos a ela ligados, o prefeito MiguelArraes fêz executar, neste seu primeiroano do govlmo, no setor de pavimen-•ação, os seguintes serviços: calçamentocom paralelepipedos (em metros qua-drados): 3.175,30; com paraleleplpe-dos sÔbre areia, 5.128,00; em asfaltosobre macadame, 23.247,00; • .mconcreto, 77.162,10, totalizando aárea acima mencionada.

Ao mesmo tempo, foram repostos8.033,60 metros lineares de meio-ficcom linha-dégua, além de implantarmais 3.959,80 metros de novos meios--fios com linha-dágua. em ruas dantesnão beneficiadas.

Padrão técnico satisfatórioTodos esses serviços contratados pe-

Ia Prefeitura Municipal, através de con-corrência pública, foram executadossob a supervisão dos técnicos do De-parlamento de Engenharia o Obras daMunicipalidade, que comprovaram se-rem do ótima qualidade. Para isso, apreocupação do prefeito Miguel Arraesfoi imprimir o máximo do escrúpulo naescolha do firmas que estivessem real-mento capacitadas para a execuçãodas tarefas a olas confiadas, dentrodo padrão técnico exigido. .Das firmasque operam nesso tipo do obra, foramselecionadas oito, altamente credencia-das, cujos resultados tlm sido satisfató-rios o amplamente reconhecidos pelapopulação reclfense.

Em prosseguimento a esses fraba-lhos, é meta do prefeito Miguel Arraes,para o ano de 1961, pavimentar todasas vias de penetração suburbanadas,onde exista o tráfego de veículos cole-tivos.

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Povo apelidoucalçamento

As ruas da "Veneza brasileira" esta-vam a exigir urgentes reparos, tal oseu estado. O prefeito Miguel Arraesresolveu então levar avante a pavi-mentaçao, atividade que o povo reei-fense apelidou de "operação-buraco".

Lixo Produz Renda:Aproveitam

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Escolas

para o povo

O inillce das crianças sem possibilidades de freqèentar colégio - principalmentepo.- falta de recursos — era alarmante. A municipalidade resolveu atacar derijo o problema e se pôs a construir estabelecimento de ensino em númerosulicientc para atender a toda a população em Idade escolar, esperando cmpouco tempo poder liquidar o analfabetismo na capital.

Movimento de Cultura PopularEscola Gratuita Para Todos

Das 90 mil crianças entre as 143.851em idade escolar, 62 por cento nãopodiam se matricular. Todas as esco-Ias existentes já estavam superlotadas.

O Movimento de Cultura Popularsurgiu para diminuir e anular, em futu-ro próximo, essa porcentagem vergo-nhosa. Com o decidido apoio de todoo povo do Recife, representado pelaspersonalidades re,;g:osas, intelectuais,estudantes e agremiações populares debairro, que ofere :or im logo, as suosmodestas sedes para Instalação He es-colas gratuitas. As oficinas da PMR furam reequipadas com modernas maaui-nárias de carpina :c e passaram a fun-cionar em regime extraordinário de tra-balho, no fabrico de bancas, quadris-neqros,, mesas e todo o equipamentonecessário ao funcionamento das no-vas unidades de ensino. Assim, em ape-nas 7 meses (março setembro) foramfabricados todos os conjuntos escola-res necessários.

Cento e sete salas de aulas for.iniinstaladas no primeiro ono da adn.i-nistração Miguel Arraes, em turnos diur-nos e noturnos. Isto, em dados estj-tísticos significa que mais de 4.000crianças podem agora, aprender a lírgratuitamente, sem obrigatoriedade detraje dispendioso, recebendo, a ma;o-ria, os benefícios da Campanha Na-cional da Merenda Escolar, além dematerial didático fornecido pelo INEPe empresas comerciais inscritas no Mo-vimenlo de Cultura Popular. Destacase entre estas a firnia ':lojas Paulis-tos S. A.» que fêz entrega à Piefeilu-ra do Recife, de material escolar equi-valente a uma tonelada de peso, in-cluindo cartilhas, réguas e cadernos.

Metas para 1961A meta de instalações para 1961

alinge o número de 300, entre esco-

Ias a serem construídas àt expensasda PMR ou instaladas nas sedes deagremiações populares.

A Merenda Escolar teta amplia-óa e enriquecida com maizena, aveiae farinha vitamínica.

Uma vez levado à prática o pia-no para o próximo exercício letivo,cerca de 30.000 alunos serão matri-culados somente nas escolas mínimas.

Grupos escolar

A Prefeitura está construindo trêsgrandes Grupos Escolares em convêniocorp o Instituto Nacional de EstudosPedagógicosi um dos quais já se en-contra concluído no Visgueiro, em Ca-sa Amarela.

Alfabetização de adulto*.O Movimento de Cultura Popular

é, no Recife, o maior centro de oglu-tinação de juventude. Cerca de 500universitários já estão inscritos c o n, osócios e efetivarão, no próximo anj,um ousado plano de alfabetização deadultos nos bairros operários da ei-dade.

Grupos de pesquisa e ensino es-tão sendo preparados e atuarão a par-tir de fevereiro, junto às Associaçõesde Cultura Popular Planeja-se, à basede estudos sérios, a promoção de umlevantamento em larga e s c a I a dasatuais condições culturais e sanilÒYasda população, dal partindo um procra-ma de assistência médica e escolar aosociullo'., com a oliiizn.-Co do c.-..rovoluntário dos sócios-estudantes. Medi-cos concretes foram tomadas no sen-tido de atrair a cooperação áa UNESCOo ouiios organicm-DS internacionais es-

'.'alizados.

Industrialização do MatadouroDos Peixinhos

O Departamento do Agricultura,Mercados e Matadouros está realizandoa instalação no Matadouro dos Pcixi-nhos, — devendo enliar em funciona-mento dentro dos pióximos dois meses— a maquinaria completa, destinada àpela de suínos e fabricação de salsi-enas, salame e farinha de sangue, ossoe caine, paia raçüo balanceada. A in-dustiialização do Matadouro vai perini-tir rentabilidade a um setor da Prefci-tura responsável por um «déficit') anualsuperior a 30 milhões de cruzeiros.

As máquinas adquiridas pelo pie-feito Miguel Arraes custaram cerca de5 milhões de cruzeiros.

Atualmente a Prefeitura joga norio mais de 3 mil litros de sangue, dià-riamente. Os animais condenados sãoenterrados, e é certo que muitos delessão retirados às caladas da noite e ven-didos como carne verde, em algumasfeiras-livres. Tanto a corne condenada

como o sangue jogado no rio e ossos,scicio aproveitados na fabricação defaiinha paia ração balanceada. O pio-rluto tem mjrcado certo, mas a PMR vaiempregá-lo, também, na criação deavós e suínos, no Curado.

Recuperado o frigoríficoPossivelmente na próxima semana

entrará em funcionamento o frigoríficodos Peixinhos (o moior do Nordeste,com capacidade para armazenar 700toiieladas de víveres), totalmente rt-cuperado durante este primeiro ano deadministração do prefeito MiguelArraes.

Todas as instalações do Matadourodos Peixinhos constarão do acervo daCompanhia de Abastecimento do Reei-fe. O sr. Miguel Arraes tem comocer-ta a possibilidade de desfazer pesadoônus que provocam as feiras, mercadose matadouros aos cofres municipais.

Racional j :¦>,¦/,.,.<¦ ,'„c»:j(y

A Prefeitura Municipal do Recife, du-rante o presente excickio, deslocou nasua plataforma de governo a instalaçãoda chamada «Operação Limpeza», queconsiste na solução definitiva do pro-blcma do lixo da eidad». Nesse parti-eular, o Departamento de Bem-Estar PO-biico executou, até o presente monn:i„u,

parte do plano, em seus diversos as-picles, constando da construção defornos de incineração, instalação, com-

pista de equipamentos para a seleçãot.° material economicamente recuperovai, ecYmaros de fermentação da matcr'acrjíinica, ampliaçõo e môdsrnlic:"üoca f.oín do viaturas desiinadas ao i.m-viço de coleta do lixo.

Dentre as atividades desonvolvdas

pelo DBEP, no primeiro ano de govti.iot ¦> prefeito Miguel Arrars, a «OperaçãoI- mpeza» ci-slacou-fo, qu^r na ampli-' de de açcb, qurr no s^j planejamonlocm bas*s rar'c^ais. Problema até hoje1 solúvel, ató mismo nas capitais maisc"'!cmtq,''as do País. t-sve o Recife a pri-niazia de mo»'iar às demais comunas

brasileiras o meio eficaz r até rentá-bil paia a execução definitiva dessatarefa, antes considerada inexequível,pelo aspecto oneroso que apresentava.Assim, o lixo deixou de ser, no Recife,apenas detrito, para tornar-se matériaprima, de rico teor orgânico, nn obten-ção do adubo empregado largamentena agricultura.

Frota da coletaA ampliação e modernização da

frota cia coleta de lixo, do DBEP, foiuma das metas atingidas dentro desteperíodo. Maturalmente, como frota-basedo serviço de coleta, se encontra nasoficinas daquele Departamento, prontaspaia entrar em fucionamento, as seguin-tes viaturas: 15 modernos caminhões dacoleta, equipados com basculante 3 co-mlnhõès-guindaste para retirada do lixodas rufs; 40 carrinhos caçambas e mais60 caminhões «Mercedes-Benz», recen-temenle adquiridos pela prefeikna Mu-nicipal do Recife , pelo valor de sessentamilhões de cruzeiros.

Quando as instalações de fornos delixo e câmara de fermentação estiveremem pleno funcionamento (o que eslápravislo para meados do próximo anolo Recife terá resolvido definitivamenteo problema do lixo da cidade, corres-pondente à primeira meta da «Opera-çao Limpeza». Como segunda meta, aMunicipalidade planificou os setores in-dustriais e comercial, representadospelos produtos obtidos pelas câmarasprodutoras que operam na fabricaçãode matéiias orgânicas de grande valorcomercial no campo da agriculluia.Assim, o Recife será a primeira cidadedo Brasil a ter esse ploblema totalmen-te solucionado, cm bases racionais, cujoplano já constitui objeto de estudo nasdemais comunas do pais.Recuperação do lixo rico

Através da seleção do mais :il ro-nômicamento recuperável, cerca de oi-lenta por conto de torlo o Uyo c'n ei-dade s?ráo aproveilacios paia o fci:ii-caçoo de adubo, orgânico, largamenteçnipregado na agricuiluiu. Assim, Uma

vez aproveitado o lixo rico, apenas cercade 10 por cento dos detiitos irrecuperá-veis soião destinados cios fomos crema-tórios da Prefeitura. Essa operação, degrande expressão econômica para aMunicipalidade, será respensável pelalecupemção da verba empregada nasinstalações e manutenção, através dacomercialização do produto.

Complementando a tarefa de trans-formoção do lixo o visondo à descentra-liiação da queima para maior eco-nomia no transporte e maior rapidezno ssrviço de coleta, a Prefeitura construiiá instalações idênticas às de Curadonos pontos estratégicos do cidade. Paiaisso, além das quatro câmaras do Cura-c'o, destinadas a atender os subúrbiosde Tejipló, Várzea, Dois Irmãos o outorsmais próximos, o DBEP já está ptovlden-c ando a consiruç^o de ouítas em Bebe-ribe, com capacidade idêntica àquelas,quo, juntamente com forno do Pombal(já em pleno funcionamento) resolve:á

o problema'do lixo da zona norte daciciaiiei

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uiançãs lém ünde BrincarForam as seguinles as obras recili-

zadas pela Diviião de Parques, Jardinse Cemitérios, do Departamento do Bem-Estar Público, duranle o ano cie 19ó0:

aj — Construção da Piaça clç Ca-xançjii, com parque infantil; b) —Construção da Praça da Torre, comporque infantil de concreto em formasmodernas e funcionais, caracterizandouma nova modalidade do brinquedos;<") — Construção do jotdim externo daCasa do Radio Amador do Recife, emSanto Ameno, cl) — Construção de umparque infantil no Instituto São Miguel,em Coqueiral; e| — Construção de umcampo du espolies c piuque infunlii

na Picica Podre Nóbrega, na Vila dosFerroviários, em Areias; f) Ajardina-mento e instalação de parque infantil,na Praça Maria da Conceição, na VilaCormela Dutra, em Areias; g) —. Iniciodo plano de ampliação do Cemitériode Santo Amaro, com a construção de1950 catacumbas e 1.080 ossvórios;h) — Construção do Teatro do AraialVelho, no Sítio da Trindade; j) —Cons-trução de um monumento ao naturalis-Ia Faiicis Neves, no bosque central doSitio da Trindade e j) — Construçãoda Galeiia Peimanente de Arte, nasmargens do rio Capibarib»,

Page 16: Executivo — Orlando Bomfim Jr. Diretor — Mário Alves ... · página do segundo caderno. Cada povo tem o ... que vai publicada na 1' pág. do 2? A atividade do PCB e o professor

REVOLUÇÃO CUBANA DEMOCRATIZOU O ENSINO

já estudam naUniversidade de Havana

(!) governo revolucionário cubanoi em prática, recentemente, of.. .1::.kío «Plano de Ajuda à For-_n.;it.-í.ri de Técnicos», com o duplol>. .isilu de dar aos jovens a opor-tunitiade dc seguir unia carreiral. ivei.iitária e de assegurar aopu-. no futuro, os técnicos neces-k. '.,. i> à sua industrialização,

Para dar execução ao plano, fo-ram terminados vários edifíciosi|i.ie estavam em construção, outrosfoiHin adaptados e novos estão sen-do construídos nas proximidadesde Havana e no vizinho municípiode Marianò. Segundo o Plano, parao próximo período escolar, que co-m_eá em janeiro, ingressarão naUniversidade de Havana 4.500 boi-slsUis, que serão alojados nos edi-fíc-03 cuja construção, a essa altura,esiará terminada. Além dos 4.500bolsistas, o Plano prevê, segundodeclaração do primeiro-ministroFiçtcj Castro, a admisão, em setem-

bro de 1961, de mais 8.000 bolsis-ias. Para abrigá-los, o governo pre-tende construir a Cidade Universi-dade, cuja edificação será iniciadaimediatamente.0 velho e o novo

Num edifício que antes da Revo-lução era de propriedade "de RafaelSalas Canizarés; famigerado chefeila policia de Batista, vivem bojeos jovens universitários cuja educa-Cão é custeada pelo governo. Seus-1 andares são como 21 degraus- nocaminho da industrialização dopais. Outro edifício de 25 andares,já quase terminado, situado nasproximidades da Universidade, tam-bém foi destinado ao alojamentodos bolsistas.

Além desses, na Cidade EscolarLiberdade (antigo acampamentode Colômbia, quartel-general deBatista), foram construídos II pré-dios que íibrigaráo uma parle dos4.500 bolsistas.

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Dormindo ao somde música suave

Nos amplos e confortáveis dormitóriosInstalados nos edifícios que alojamos bolsistas, foram instalados alto-fa-lantes que transmitem música suavepara embalar os seus sonhos.

Facilidades aos estudantesO Plano proporciona aos bolsis-

tas, gratuitamente, desde a comida,roupa limpa, livros e assistênciamédica, até o transporto e a ma-trícula universitária. Além disso,cada estudante recebe, no fim domês, uma pensão de 15 dólarespara seus gastos pessoais.

Todos os bolsistas, alguns proce-dentes das mais remotas cidadesda ilha, têm permissão para, cada15 dias, ir à sua terra visitar a fa-mília e isso sem qualquer ônus, poiso governo financia as despesas deviagem.Investimento

Em que pese o fato de que amaior parte das compras destina-das ao «Plano de Ajuda à Forma-ção de Técnicos» se realiza a custados diferentes organismos adminis-trados pelo Instituto Nacional deReforma Agraria, especialmente noque se refere à alimentação, osgastos da nova instituição ultrapas-sam os 35.000 dólares mensais, oque corresponde a 75 dólares e 80centavos para cada bolsista.Técnicos paraa industrialização

Terminados seus estudos univer-sitários, esses jovens terão a opor-tunidade de ingressar nas diferen-tes indústrias do pais, muitas dasquais estão em fase de organização.Desse modo, o governo revoluciona-rio aspira a resolver o grande pro-blema que poderia surgir com a in-dustrialização do pais, se paralevá-la a cabo não contasse com omaterial humano habilitado e ne-cessário.

Os médicos e os dentistas pode-rão ocupar postos nos centros po-pulacionais que se fundarem e quese estão fundando nas diferenteszonas agrícolas de Cuba. Engenhei-ros, agrônomos e outros especialis-tas, logo que terminarem os cursos,poderão exercer suas atividades nosmais diferentes locais, dando assimsua valiosa contribuição para o de-.senvolvimento progressista de Cuba.

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Assistência

completa

Além dc custear o curso, o governofornece alimentação e alojamento gra-tuitos aos estudantes bolsistas. A co-mida é grátis mas dc primeira; os re-feitórios são amplos p construídos den-tro da mais moderna técnica.

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Estímuloao estudo coletivo

Nos prédios ontle são alojados os cs-ludantes, foram construídos amplossalões para estudo, com biblioteca eoutras instalações. A sua utilizaçãoestimula o estudo coletivo c a câmara-dagem entre os jovens.

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Lydia vai ser

dentista

Contemplada com uma bolsa de estudos graças ao novo plano dc educação aprovado pelo governo revolucionário, ajovem Lydia Rodrigucz poderá term.nar o curso de odontologia que não pudera prosseguir. Milhares dc jovens ope-rar.os c camponeses como Lydia viram abertas ^s portas para ingressarem nos cursos superiores, diplomarem-se emmedicina, engenharia e outras especialidades, a assim poderem dar uma contribuição mais alta para o desenvolvi-mento da industria e da agricultura em Cuba.

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