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Estatuto de funcionamento do grupo de estudos Linux 1- Capitulo primeiro ( Da organização interna do grupo ) § 1 - A forma de organização escolhida para reger o grupo será o colegiado. A permanência de todos os membros no grupo será de um ano, sendo os membros escolhidos em assembléia ordinária em votação aberta a ser realizada a cada ano no primeiro dia útil do mês de abril. Os membros do grupo poderão exercer as seguintes funções: 1.Coordenador 2.Secretário geral 3.Desenvolvedores § 2 - Os membros eleitos para as funções administrativas deverão estar cientes de que estas funções vêm em complemento à função de desenvolvedor, pois todos os membros, sem exceção, deverão participar de pesquisas e trabalhos. § 3 -As assembléias ordinárias acontecerão na segunda semana de cada mês, às quintas-feiras, em horário e local determinado em assembléia anterior. § 4 - As reuniões extraordinárias poderão ser realizadas com a concordância de, no mínimo, 50%+1 dos membros do grupo. § 5 - As deliberações do grupo serão votadas em regime aberto exigindo um mínimo de 50%+1 dos votos dos membros do grupo, para que possam entrar em vigor, respeitando o quorum mínimo. § 6 - O quorum mínimo para realização das assembléias ordinárias e extraordinárias deverá ser de 60% dos membros pertencentes ao grupo; em situações especiais, essa porcentagem poderá ter um valor diferencial, desde que seja especificado. Esses valores serão mantidos mesmo que o número mínimo de membros não seja atingido. § 7 – Qualquer membro poderá ser destituído do cargo, em votação fechada, quando cometer falta grave, sendo, para tanto, exigido o quorum mínimo de 80% dos membros e pelo menos 90% dos votos válidos no caso de destituição. § 8 - Todas as reuniões serão lavradas em ata pelo Secretário Geral e assinadas por todos os membros presentes. § 9 - O grupo terá como número mínimo de membros 4 (quatro) e máximo de 10 (dez). § 10 - O Coordenador representará o grupo junto à Direção da Instituição de Ensino Superior, em todos os eventos para os quais o grupo for convidado. 2 - Capitulo segundo ( Dos objetivos principais e uso da identidade do grupo )

Exemplo de estatuto de grupo de estudos

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Esse arquivo mostra o exemplo de um estatuto para a criação de um grupo de estudos em linux. Esse estatuto foi utilizado em um dos primeiros grupo de estudo em Linux da Fagoc em 2001

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Estatuto

Estatuto de funcionamento do grupo de estudos Linux

1- Capitulo primeiro ( Da organizao interna do grupo )

1 - A forma de organizao escolhida para reger o grupo ser o colegiado. A permanncia de todos os membros no grupo ser de um ano, sendo os membros escolhidos em assemblia ordinria em votao aberta a ser realizada a cada ano no primeiro dia til do ms de abril. Os membros do grupo podero exercer as seguintes funes:

1. Coordenador

2. Secretrio geral

3. Desenvolvedores

2 - Os membros eleitos para as funes administrativas devero estar cientes de que estas funes vm em complemento funo de desenvolvedor, pois todos os membros, sem exceo, devero participar de pesquisas e trabalhos.

3 -As assemblias ordinrias acontecero na segunda semana de cada ms, s quintas-feiras, em horrio e local determinado em assemblia anterior.

4 - As reunies extraordinrias podero ser realizadas com a concordncia de, no mnimo, 50%+1 dos membros do grupo.

5 - As deliberaes do grupo sero votadas em regime aberto exigindo um mnimo de 50%+1 dos votos dos membros do grupo, para que possam entrar em vigor, respeitando o quorum mnimo.

6 - O quorum mnimo para realizao das assemblias ordinrias e extraordinrias dever ser de 60% dos membros pertencentes ao grupo; em situaes especiais, essa porcentagem poder ter um valor diferencial, desde que seja especificado. Esses valores sero mantidos mesmo que o nmero mnimo de membros no seja atingido.

7 Qualquer membro poder ser destitudo do cargo, em votao fechada, quando cometer falta grave, sendo, para tanto, exigido o quorum mnimo de 80% dos membros e pelo menos 90% dos votos vlidos no caso de destituio.

8 - Todas as reunies sero lavradas em ata pelo Secretrio Geral e assinadas por todos os membros presentes.

9 - O grupo ter como nmero mnimo de membros 4 (quatro) e mximo de 10 (dez).

10 - O Coordenador representar o grupo junto Direo da Instituio de Ensino Superior, em todos os eventos para os quais o grupo for convidado.

2 - Capitulo segundo ( Dos objetivos principais e uso da identidade do grupo )

1 - Primeiro e mais importante dos objetivos do grupo: Estar disposto a ensinar aos outros membros (compartilhando experincias internas e externas ao grupo).

2 - Segundo: Estar disposto a aprender com os membros do grupo o que lhe for proposto e tambm o que lhe for conveniente para o desenvolvimento da equipe.

3 - So contra os princpios do grupo o uso do nome, identidade, imagem e tudo o que diz respeito ao mesmo para obteno de fins lucrativos, sendo as condies de uso da imagem do grupo descritas a seguir:

1) O nome do grupo s poder ser usado para a promoo de instituies tais como: comunidades Linux nacional e internacional, empresas de distribuio Linux e empresas que apiam diretamente o grupo e as comunidades Linux, alm das Instituies de Ensino Superior.

2) Instituies governamentais e no governamentais que lutam pela divulgao do Linux devem, sempre que possvel (e desde que seja de interesse do grupo), serem citadas em pesquisas e trabalhos publicados pelo grupo.

3) Empresas externas s comunidades Linux ou que contrariem a sua filosofia de software livre s devero ser citadas em pesquisas e trabalhos publicados pelo grupo quando estas se encaixarem no terceiro item do terceiro pargrafo do capitulo terceiro deste Estatuto.

3 - Capitulo terceiro ( Da escolha dos membros do grupo, do Coordenador e participaes externas ).

1 - Quando da escolha dos membros do grupo, deve haver uma avaliao quanto aos requisitos abaixo:

Lgica de programao e noes de linguagens de programao.

Operao de sistemas operacionais (MSDOS, Windows 9.x, Windows NT e 2000).

2 - Quando da escolha do Coordenador do grupo, alm do citado no pargrafo primeiro deste capitulo, os membros do grupo devem assim desejar, expressando-se atravs do voto aberto.

3 - Alm dos membros fixos citados no captulo segundo, o grupo poder contar com professores e profissionais devidamente qualificados. A participao desses professores e profissionais ir obedecer s seguintes regras:

1) Os professores que queiram participar do grupo de estudos podero assim faz-lo com o intuito de colaborar para o desenvolvimento do mesmo auxiliando-o em pesquisas e eventuais problemas, no possuindo nenhum tipo de responsabilidade sobre horrios de reunies e participao nas mesmas, mas tambm no podendo reivindicar autoria intelectual sobre resultados de pesquisas realizadas pelo grupo, tendo, a citao de seu nome como colaborador externo da pesquisa.

2) Os profissionais tcnicos da sociedade tero participao meramente a ttulo de apoio tcnico quando se fizer necessrio e oportuno ao grupo, no possuindo estes nenhum tipo de vinculo intelectual com a equipe.

3) As empresas de prestao de servios em informtica s faro parte de pesquisas e trabalhos do grupo quando estas forem convidadas pelo mesmo, em regime de colaborador para a pesquisa e desenvolvimento do grupo; caso essas empresas aceitem, devero colaborar perante um documento assinado e reconhecido em cartrio da comarca de Ub, doando para o grupo todos os direitos autorais referentes aos resultados de tais pesquisas e trabalhos realizados pelo mesmo. Essas empresas tero referncias a sua participao na pesquisa ou trabalho como colaborador externo ao grupo.

4 Em ocasies especiais, quando o nmero de membros fixos for menor que o nmero mximo, um novo membro poder ser admitido no grupo, desde que seja eleito pelos outros membros em uma assemblia ordinria.

4 - Capitulo quarto ( Das responsabilidades e deveres principais )

1 - Quanto fundao de ensino superior: obedecer a todos os seus regulamentos caso assim desejar a instituio, tendo como complemento deste Estatuto o Estatuto da prpria Instituio de Ensino Superior e de seu respectivo Diretrio Acadmico (D.A.).

2 - Quanto sociedade: promover o nome da Instituio de Ensino Superior e da respectiva cidade nas suas pesquisas quando assim for de interesse das mesmas.

3 - Quanto aos seus membros: incentivar o desenvolvimento pessoal, intelectual individual e coletivo de seus membros, criando oportunidades de pesquisas onde constaro o(s) nome (s) do(s) membro(s) e o(s) seu(s) grau(s) de participao na pesquisa referente.

4 - Quanto comunidade Linux nacional e internacional: seguir os seus termos da licena publica GNU, alm de, sempre que possvel, favorecer a sua promoo perante a sociedade.

5 - Por questes ticas e morais altamente aconselhvel que os membros do grupo na sua individualidade e na sua coletividade, sempre que possvel, promovam o bom nome tanto da Instituio de Ensino Superior como das comunidades Linux (nacional e internacional), alm do que diz respeito sua filosofia de trabalho (software gratuito), principalmente quando esse(s) membro(s) se fizer(em) presente(s) em pblico. Os membros devero estar dispostos a serem julgados por uma comisso de tica cientfica, que poder ser formada por membros do grupo. Essas medidas se fazem necessrias, pois afetam diretamente a idoneidade, seriedade e credibilidade do grupo.

5 - Capitulo quinto ( Da permanncia no grupo )

1 - Para que um membro permanea no grupo necessrio que este obedea a algumas regras:

1) Nunca ter ficado ou ter adquirido dependncia em alguma matria da grade curricular dos anos anteriores ou do ano atual.

2) Ainda para permanecer ou fazer parte do grupo, o candidato dever possuir um vinculo estudantil qualquer com a Instituio de Ensino Superior, ficando assim proibida a admisso ou permanncia no grupo, como membro fixo ou Coordenador, de pessoas estranhas ao quadro de alunos da instituio.

3) Os membros que no comparecerem em 3 (trs) reunies ordinrias consecutivas tero a sua permanncia no grupo comprometida, podendo estes serem convidados a afastar-se do grupo.

2 - Caso o membro queira simplesmente abandonar o grupo, deve este redigir uma carta ao mesmo justificando-se, tendo a princpio a conscincia de que a sua volta ao grupo estar impedida pelo prazo mnimo de 6 (seis) meses a contar da data de assinatura e entrega da referida carta.

6 - Capitulo sexto ( Do uso de equipamentos e responsabilidades )

1 - A princpio, por se tratar de um grupo de estudos de software, no haver riscos fsicos aos equipamentos (computadores e perifricos) utilizados pelo grupo.

2 - Caso ocorra algum tipo de dano fsico aos equipamentos da instituio, o assunto deve ser tratado seguindo o regimento interno da prpria instituio.

3 Cada membro se responsabilizar por eventuais danos causados a equipamentos particulares, quando o mesmo estiver fazendo suas pesquisas fora de horrios e locais estipulados pelo grupo.

4 - Para diminuir os problemas relativos segurana, cada membro do grupo deve ter uma senha de administrador (root) em um nico equipamento da Instituio de Ensino Superior, com suas identificaes pessoais internas, no podendo este desenvolver pesquisas completas (apenas parciais quando for o caso) em equipamentos de outros membros do grupo, com suas respectivas senhas.

5 - O Coordenador ser o nico autorizado a ter acesso como root em todos os equipamentos do grupo (a exceo do "dono" de cada senha root) quando assim se fizer necessrio. Para isso, todos os membros devero informar suas respectivas senhas de superusurio ao Coordenador.

6 - Quando o Coordenador ou qualquer outro membro for substitudo, o respectivo equipamento dever ter seus arquivos importantes salvos em outro equipamento, para que o mesmo seja completamente formatado e entregue ao novo membro ou Instituio de Ensino Superior.

7 - O membro que for identificado promovendo ou utilizando pirataria atravs da rede mundial de computadores, a internet, ou mesmo da intranet local, no perodo que deveria estar promovendo a pesquisa e o desenvolvimento cientfico, dever prestar contas de seus atos Instituio de Ensino Superior, e esta ter poder para decidir o que fazer com o membro infrator.

7 - Capitulo stimo ( Das decises )

1 - A forma de deciso utilizada, pelo grupo ser a mais democrtica possvel, sendo esta representada pelo voto, a princpio, aberto, podendo ser substitudo nas questes mais polmicas pelo voto fechado, quando for da vontade do grupo.

2 Todos os votos dos membros do grupo tero o mesmo peso nas decises. Quando o nmero de membros for par, e somente neste nico e exclusivo caso, o voto do Coordenador poder ser contado em dobro, caso haja necessidade de desempate.

3 - Essas decises podero ocorrer a qualquer momento em qualquer que seja a reunio do grupo, obedecendo nica regra de quorum mnimo de 60% dos membros.

8 - Capitulo oitavo ( Das pesquisas e trabalhos )

1 - Todos os membros fixos deste grupo de estudos Linux (inclusive os que possurem funo administrativa) devero participar de pesquisas e trabalhos cientficos tendo como cenrio principal de atuao o sistema operacional Linux.

2 - O tema de tais pesquisas e trabalhos ser, sempre que possvel, escolhido pelos membros do grupo que forem participar desses trabalhos e pesquisas; em casos especiais o tema poder ser sugerido ao grupo por membros fixos do prprio grupo, para que seja avaliada a sua necessidade e ento realizada a pesquisa referente.

3 - vetado a um colaborador externo ao grupo a realizao ou publicao de pesquisas em nome do grupo, bem como utilizar material do grupo para pesquisas externas ao mesmo sem uma autorizao por escrito e reconhecida em cartrio pelo Coordenador.

4 - Ao fim de cada pesquisa ou trabalho, o(s) membro(s) realizador(es) deste deve(m) apresentar os resultados alcanados quando houver resultados - aos outros membros do grupo em assemblia extraordinria, convocada por tal(is) membro(s) e presidida por ele(s) prprio(s).

5 - Todas as pesquisas e trabalhos tero como princpio o desenvolvimento do grupo e, sempre que possvel, o desenvolvimento do prprio Linux em todos os nveis.

9 - Capitulo nono ( Da vida financeira do grupo )

1 - O grupo no possuir vida financeira ativa, o que implica em: ausncia do objetivo de lucro.

2 - Todo o dinheiro que, por ventura, venha a pertencer ao grupo ser imediatamente revertido em material didtico de apoio s pesquisas e trabalhos usados para o desenvolvimento intelectual dos membros do grupo (como cursos e palestras externas Instituio de Ensino Superior) ou doado a instituies de caridade da comunidade qual o grupo pertence.

3 - Com essas regras estabelecidas, o grupo buscar auxlio em suas pesquisas e trabalhos junto a instituies que apiam a pesquisa e desenvolvimento tecnolgico no Brasil e, em alguns casos, no exterior.

4 - Todas as pesquisas, trabalhos e cdigos fonte desenvolvidos pelo grupo estaro disponveis gratuitamente a todos os interessados, desde que respeitem a licena pblica GNU, a qual dever acompanhar todo o material distribudo pelo grupo.

10 Capitulo dcimo ( Da aprovao do Estatuto )

1 Para que este Estatuto possa entrar em vigor, necessrio que seja votado e aprovado por todos os membros envolvidos no grupo, alm da aprovao do Departamento de Cincia da Computao da Instituio de Ensino Superior.

2 Este Estatuto deve ser assinado pelo representante do Departamento de Cincia da Computao da Instituio de Ensino Superior e pelo Coordenador eleito do Grupo de Estudos Linux em trs vias originais e de mesmo valor.