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Professor: João Leal 1 Tal como um mineiro apanha uma pedra, perscrutando-a na busca de ouro, também o investigador procura identificar a informação importante por entre o material encontrado durante o processo de investigação. Num certo sentido, os acontecimentos vulgares tornam-se dados quando vistos de um ponto de vista particular o do investigador.(Bogdan & Biklen, 1994, p. 149)

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Professor: João Leal 1

“Tal como um mineiro apanha uma pedra, perscrutando-a

na busca de ouro, também o investigador procura identificar a

informação importante por entre o material encontrado durante

o processo de investigação. Num certo sentido, os

acontecimentos vulgares tornam-se dados quando vistos de um

ponto de vista particular – o do investigador.”

(Bogdan & Biklen, 1994, p. 149)

Professor: João Leal 2

A Pergunta de Partida

Quivy & Campenhoudt (21998) referem que o primeiro

problema que se coloca ao investigador é o de este saber

como começar bem o seu trabalho.

Professor: João Leal 3

Análise das informações

A análise das informações trata a informação obtida

através da observação. Após efectuado este tratamento,

apresenta essa informação de forma a poder comparar os

resultados observados com os esperados a partir da hipótese.

Esta etapa abrange três operações.

Professor: João Leal 4

Diferentes operações

A primeira operação consiste em descrever os dados.

A segunda operação resulta na medição das relações entre as

variáveis, de acordo com a forma como essas relações foram

previstas pelas hipóteses.

A última operação abarca a comparação entre as relações

observadas com as relações teoricamente esperadas, medindo,

por fim, a diferença entre as duas. Caso a diferença seja nula ou

fraca, conclui-se que a hipótese é confirmada, caso contrário, será

necessário encontrar a justificação para tal desencontro e tirar

conclusões apropriadas.

Professor: João Leal 5

Capa e Folhas Iniciais

Os estudantes podem utilizar alguma criatividade no desenho da

capa, sem perderem de vista a simplicidade que deve

caracterizar os trabalhos académicos. A capa do trabalho inclui

os seguintes elementos:

1. Título do trabalho;

2. Nome do autor;

3. Filiação científica, incluindo escola, curso e disciplina;

4. Data (apenas o ano ou mês e ano).

Professor: João Leal 6

Índice

O índice geral vai inserido no princípio do trabalho,

oferecendo deste modo ao leitor um mapa inicial que ajudará a

organizar os conteúdos da comunicação.

Convém relembrar que actualmente os bons processadores de

texto compõem automaticamente o índice inicial desde que os

títulos tenham sido definidos de acordo com os estilos

recomendados.

Professor: João Leal 7

Introdução

A introdução inclui, pela ordem julgada mais conveniente,

os elementos de apresentação do tema e do trabalho de

investigação.

Por exemplo:

1. Interesse do tema;

2. Enquadramento teórico dos assuntos tratados;

3. Definição do problema;

4. Referência geral ao objectivo do trabalho.

5. Indicação da estrutura geral do trabalho,

...

Professor: João Leal 8

Desenvolvimento

Embora a estrutura clássica do relatório comece por uma

introdução (onde se refere o geral), passando pela revisão da

literatura, metodologia e resultados (parte mais particular),

finalizando-se com a discussão e conclusão (referindo-se

novamente o geral), a lógica interna deve comandar sempre o

desenvolvimento dos capítulos (Mário Azevedo, 32003).

Professor: João Leal 9

Conclusões

Este capítulo destina-se a informar o leitor sobre as respostas

que os dados obtidos forneceram em relação às questões

empíricas formuladas no início do trabalho, constituindo uma

reflexão sobre os resultados encontrados.

Esta etapa do trabalho compreende normalmente três partes.

Professor: João Leal 10

Primeira parte da conclusão

A primeira parte abarca uma retrospectiva das principais

linhas do procedimento que foi seguido.

Professor: João Leal 11

Segunda parte da conclusão

Na segunda parte é efectuada uma apresentação pormenorizada

dos contributos para o conhecimento originados pelo trabalho. Um

trabalho científico proporciona dois tipos de conhecimentos: os

novos conhecimentos relativos ao objecto de análise (para além

destes novos conhecimentos se juntarem aos anteriores, estes

também realçam, corrigem, e põem por vezes em questão esses

conhecimentos) e os novos conhecimentos teóricos (descoberta de

novas perspectivas teóricas, melhorando a capacidade de análise).

Professor: João Leal 12

Última parte da conclusão

Por último, são feitas considerações de ordem prática. Nas

conclusões, as relações entre investigação e acção não são

imediatas, contudo, é necessário especificar bem as ligações entre

as perspectivas práticas e os elementos de análise.

Professor: João Leal 13

Como refere Quivy & Campenhoudt (21998), normalmente os

leitores deste tipo de trabalhos lêem em primeiro lugar a

conclusão. Desta forma fazem um rápido diagnóstico do

trabalho, decidindo ler, ou não, o mesmo. É assim fundamental

elaborar uma boa conclusão, redigindo-a com muito cuidado e

contendo informações úteis. Devem-se evitar repetições cansativas,

sendo necessário fazer a distinção entre os materiais que se

destinam ao capítulo dos resultados e os materiais que devem

figurar nas conclusões.

Professor: João Leal 14

“O objectivo é fazer com que as conclusões passem a fazer

parte de um corpo teórico integral, quer pela sua funcionalidade

numa teoria já existente, quer pela criação de uma teoria

original”.

(Tuckman, 22000, p. 451)

Professor: João Leal 15

“Demasiados trabalhos têm vários princípios e assemelham-se

mais a um descarrilamento de um comboio do que a uma fila de

carruagens dirigidas por uma locomotiva com uma chaminé

donde sai o vapor, anunciando a sua passagem.”

(Bogdan & Biklen, 1994, p. 250)

Professor: João Leal 16

Bibliografia

AZEVEDO, Mário (32003). Teses, Relatórios e Trabalhos

Escolares. Sugestões para a estruturação da escrita.

Lisboa: UCP.

BOGDAN, R. & BIKLEN, S. (1994). Investigação

Qualitativa em Educação. Uma introdução à teoria e

aos métodos. Porto: Porto Editora.

QUIVY, R. & CAMPENHOUDT, L. V. (21998). Manual de

Investigação em Ciências Sociais. Lisboa: Gradiva.

TUCKMAN, Bruce W. (22000). Manual de Investigação em

Educação. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.