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Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos LEI N° 12.506. DE 11 DE OUTUBRO DE 2011. Dispõe sobre o aviso prévio e dá outras providências. A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1 5 O aviso prévio, de que trata o Capítulo VI do Título IV da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei n° 5.452, de de maio de 1943 , será concedido na proporção de 30 (trinta) dias aos empregados que contem até 1 (um) ano de serviço na mesma empresa. Parágrafo único. Ao aviso prévio previsto neste artigo serão acrescidos 3 (três) dias por ano de serviço prestado na mesma empresa, dias, perfazendo um total de até 90 (noventa) dias. Art. 2 e Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Brasília, 11 de outubro de 2011; 190 2 da Independência e 123 2 da República. DILMA ROUSSEFF José Eduardo Cardozo Guido Mantega Carlos Lupi Fernando Damaia Pimentel Miriam Belchior Garibaldi Alves Filho Luis Inácio Lucena Adams Este texto não substitui o publicado no DOU de 13.10.2011

Exemplos de lei Direito do Trabalho

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Page 1: Exemplos de lei Direito do Trabalho

Presidência da RepúblicaCasa Civil

Subchefia para Assuntos Jurídicos

LEI N° 12.506. DE 11 DE OUTUBRO DE 2011.

Dispõe sobre o aviso prévio e dá outras providências.

A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 15 O aviso prévio, de que trata o Capítulo VI do Título IV da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei n° 5.452, de 1° de maio de 1943 , será concedido na proporção de 30 (trinta) dias aos empregados que contem até 1 (um) ano de serviço na mesma empresa.

Parágrafo único. Ao aviso prévio previsto neste artigo serão acrescidos 3 (três) dias por ano de serviço prestado na mesma empresa, dias, perfazendo um total de até 90 (noventa)dias.

Art. 2e Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 11 de outubro de 2011; 1902 da Independência e 1232 da República.

DILMA ROUSSEFF José Eduardo Cardozo Guido Mantega Carlos LupiFernando Damaia Pimentel Miriam Belchior Garibaldi Alves Filho Luis Inácio Lucena Adams

Este texto não substitui o publicado no DOU de 13.10.2011

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ACORDO COLETIVO DE TRABALHO DE 2006/2007

Por este instrumento coletivo, figuram de um lado XXXXXXXXXXXXXXXXXX., pessoa jurídica de direito privado, estabelecida nesta cidade de Londrina, Estado do Paraná, na Rua XXXXXXXXXXXXXXX , inscrita na Junta Comercial do Estado do Paraná, sob o n° XXXXXXXXXX, neste ato representado por seu sócio XXXXXXXXXXXXX, doravante denominada EMPRESA e, de outro lado os seus EMPREGADOS, neste ato representados pelo sindicato laboral, SINDASPEL -SINDICATO DOS EMPREGADOS EM EMPRESAS DE CONTABILIDADE, ASSESSORAMENTO, PERÍCIAS, INFORMAÇÕES, PESQUISAS E DE EMPRESAS PRESTADORAS DE SERVIÇOS DE LONDRINA E REGIÃO, por seus representante legal, que ao final assina, doravante denominado SINDICATO, firmam o presente instrumento coletivo nos termos e condições seguintes:

CLÁUSULA PRIMEIRA - ABRANGÊNCIA:

O presente Acordo Coletivo de Trabalho se aplica a todos empregados da Empresa, ora representados pelo Sindicato, nos municípios que compreendem a base territorial do Sindaspel no estado do Paraná.

CLÁUSULA SEGUNDA - PRAZO DE VIGÊNCIA:

A vigência deste acordo será por prazo determinado, com início previsto para 01/06/2006 à 31/05/2007.

CLÁUSULA TERCEIRA - REAJUSTE SALARIAL:

A Empresa concederá aos seus empregados o reajuste de XXXXXX, a ser aplicadosobre OS salários vigentes em 01/06/2005, Para os empregados admitidos após o mês de junho de 2005, o reajuste salarial será proporcional ao tempo de serviço nos termos da Instrução Normativa n° 01, do TST.

CLÁUSULA QUARTA - PISOS SALARIAIS

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A Empresa fica obrigada a praticar os pisos salariais mínimos de ingresso noâmbito da empresa:Auxiliar administrativo: R$ XXXXSecretaria/Recepcionista: R$ XXXXServente: R$ XXXXContador: R$ XXXXZeladora: R$ XXXXMotorista: R$ XXXXContinuo: R$ XXXX

CLÁUSULA QUINTA - APLICAÇÃO DA CCT SINDASPEL/SESCAP-LDRAs Demais clausulas da Convenção Coletiva de Trabalho assinada entre o Sindaspel e o respectivo sindicato patronal Sescap-Ldr deverão se cumpridas automaticamente pela empresa, exceto aquelas conflitantes com o presente acordo.

CLÁUSULA DECIMA - DISPOSIÇÕES FINAIS:

O presente ajuste é considerado firme e valioso para abranger, por seus dispositivos, todos os contratos individuais de trabalho firmados entre a empresa e os trabalhadores representados pelo Sindicato, inclusive aqueles que venham a ser firmados após essa data, independentemente de qualquer outra formalidade.

Com a manifestação de comum acordo, tem-se como cumpridas as exigências legais/ observados os dispositivos de proteção do trabalho, inclusive do menor.

Londrina, XX de XXXXX de XXXX.

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Acórdão do processo 0000506-86.2012.5.04.0561 (RO) Data:

09/05/2013

Origem:

Vara do Trabalho de Carazinho

Redator:HERBERT PAULO BECK

Participam: JOÃO GHISLENI FILHO, FLÁVIA LORENA PACHECO Teor integral do documento (PDF) | Cópia do documento (RTF) | Andamentos do processo

PROCESSO: 0000506-86.2012.5.04.0561 RO

EMENTA

RECURSO ORDINÁRIO DA RECLAMANTE. ÓNUS DA PROVA.PRINCÍPIO IN DÚBIO PRO OPERÁRIO. A distribuição do ónus da prova, em regra, obedece ao disposto nos artigos 818 da CLT e 333 do CPC, não incidindo ao caso o princípio in dúbio pro operário no tocante ao conjunto probatório. Provimento negado.

ACÓRDÃO

por unanimidade, NEGAR PROVIMENTO AO RECURSO ORDINÁRIO DA RECLAMANTE. RELATÓRIO

Inconformada com a sentença das fls. 220-226, que julgou procedente em parte a ação, a reclamante interpõe recurso ordinário às fls. 227-231, pretendendo a reforma do julgado em relação às horas extras postuladas.

Contrarrazões pelo recorrido às fls. 460-462/verso. VOTO

RELATOR

DESEMBARGADOR HERBERT PAULO BECK: HORAS

EXTRAS

Não se conforma a reclamante com a decisão que indeferiu o pedido de pagamento de horas extras, de acordo com a jornada de trabalho noticiada na inicial. Em resumo, alega que os registros de horário mantidos são completamente nulos, porquanto invariáveis, incidindo ao caso o entendimento vertido na Súmula n° 338 do TST. Sustenta que a questão muito bem pode ser resolvida pela aplicação do princípio da proteção, assim desdobrado: a) in dúbio pro operário; b) norma mais favorável; e c) condição mais benéfica. Invoca os artigos 818 da CLT e 333 do CPC. Transcreve doutrina. Requer a reforma da sentença para "ver reconhecidos os horários laborais apontados na inicial e seus respectivos reflexos".

Analiso.

Quanto às alegações da inicial e da defesa, faço uso da narrativa do Julgador de primeiro grau, e que assim consta na sentença (fl. 223/verso):

"A reclamante postula horas extras, intervalos inter jornadas, intervalos intrajornada e reflexos em repousos semanais remunerados, alegando que sempre laborou das 7h30min às 19h30min, com 45 minutos de

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intervalo, de segundas a sextas-feiras, que foi contratada para laborar 200 horas mensais e que tem direito a 80 horas extras mensais. Aduz que executa sozinha a manipulação de todos os pedidos dos doze municípios que integram o consórcio reclamado, o que impõe a preparação de aproximadamente 260.000 unidades de cápsulas, de 8.5000 unidades de líquidos e de 320.000 unidades de comprimidos. Sustenta, ainda, que a reclamada não respeitou os períodos de intervalo interjornadas e intrajornada.

A reclamada alega que a juntada de documentos não é necessária pois o procurador da reclamante era assessor jurídico da empresa, cargo que ocupou por um longo tempo, e sabe que as obrigações sempre foram cumpridas. Sustenta que a reclamante sabe que não existe cartão-ponto, pois a empresa sempre teve menos de dez empregados, que registravam sua entrada e saída em um livro, colocando sempre o mesmo horário, tanto para a entrada quanto para a saída. Aduz que está juntando as cópias que encontrou (...)".

Os cartões de ponto foram juntados às fls. 71-142 e, conforme admite a própria defesa, contêm registros invariáveis, com a seguinte jornada: das 8h às 12h e das 13h às 17h.

Quanto à prova oral, os depoimentos das partes foram tomados nos seguintes termos (fl. 218):

"Depoimento pessoal do(a) reclamante: que a depoente trabalhou até 12/06/2012; que a depoente trabalhava das 07h30min às 19h30min, com 30 a 40 minutos de intervalo para almoço;

(...)

Depoimento pessoal da preposta da(s) reclamada(s): que a reclamante trabalhava das 08h às 12h e das

13h às 17h; que a reclamante tinha uma hora para almoço;

(...)".

As testemunhas da reclamante registram que:

Primeira testemunha da reclamante: FRANCISCA LOTTERMANN (...) que a reclamante continuou trabalhando depois que a depoente parou; que a depoente trabalhava das 07h30min às 12h e das 13h às l&hZômin/lQh, de segundas a sextas-feiras; que o horário de trabalho da reclamante era o mesmo da depoente; que no livro-ponto era registrado o horário oficial: das 08h às 12h e das 13h às 17h;

(...)

Segunda testemunha da reclamante: GESON BORGES MACEDO (...) que o depoente trabalhava das 07h30min às 19h30min, com 30 a 40 minutos de intervalo para almoço, de segundas a sextas-feiras; que o horário de trabalho da reclamante era o mesmo do depoente; que todos os empregados trabalhavam no horário do depoente; que no livro-ponto era registrado o horário das 08h às 12h e das 13h às 17h30min;

(...)".

E as testemunhas do reclamado prestam depoimento da seguinte forma:

"Primeira testemunha da reclamada: EMANOELI DOS SANTOS (...) que a depoente trabalha para a reclamada das 08h às 12h e das 13h às 17h, de segundas a sextas-feiras; que a reclamante era manipuladora de medicamentos: que a reclamante trabalhava em horário igual ao horário de trabalho da depoente;

(...)

Segunda testemunha da reclamada: PATRÍCIA RIBICKI (...) que a depoente trabalha para a reclamada das 08h às 12he das 13hàs 17h, de segundas a sextas-feiras; que a reclamante era manipuladora de medicamentos; que a reclamante trabalhava em horário igual ao horário de trabalho da depoente;

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(...)

Terceira testemunha da reclamada: RAQUEL ROSÂNGELA PIMENTEL (...) que a depoente trabalha para a reclamada das 08h às 12h e das 13h às 17h, de segundas a sextas-feiras; que a reclamante era manipuladora de medicamentos; que a reclamante trabalhava em horário igual ao horário de trabalho da depoente; que todos os empregados trabalhavam no mesmo horário; (...) que havia um intervalo de 30 minutos no turno da manhã e um intervalo de 30 minutos no turno da tarde; que a produção não exigia trabalho em horas extras;

Pois bem.

Nada obstante o entendimento expressado no item III da Súmula n° 338 do TST, entendo, no caso, que os registros de horários apresentados são válidos. Embora os cartões-ponto apresentem horários de trabalho invariáveis, estes são manualmente anotados pela autora.

Por outro lado, a prova testemunhal restou dividida, não permitindo convencimento seguro quanto à jornada declinada pela autora, em prejuízo daquela anotada nos cartões de ponto. Veja-se que as duas testemunhas apresentadas pela reclamante confirmam a jornada de trabalho por ela alegada, enquanto as três testemunhas arroladas pelo reclamado prestam depoimento justamente no sentido contrário.

Além disso, não há prova de que o reclamado conte com mais de 10 empregados, conforme preconiza o item I da Súmula n° 338 do TST, e tratando-se o réu de Consórcio Intermunicipal de Saúde, para manipulação e distribuição de medicamentos aos municípios associados, merece chancela também a consideração da experiência cotidiana adotada pelo Julgador de origem, qual seja, de que a prática de horas extras não é ordinária no serviço público (CPC, art. 335).

Por fim, a distribuição do ónus da prova, em regra, obedece ao disposto no art. 818 da CLT e 333 do CPC, não incidindo ao caso o princípio in dúbio pro operário no tocante ao conjunto probatório.

Neste contexto, entendo que, não obstante o entendimento vertido no item III da Súmula n° 338 do TST, não logrou êxito a reclamante em demonstrar que o seu horário de trabalho difere daquele formalmente anotado, ainda que invariável.

Sentença de improcedência em relação ao pedido de horas extras que mantenho pelos seus próprios fundamentos.

Nada a prover.