Exercícios com Gabarito de Português Sintaxe - Período · PDF file2 | Projeto Medicina – os deputados mudarem de partido, homens virarem mulher, mulheres virarem homem e os economistas

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    Exerccios com Gabarito de Portugus Sintaxe - Perodo Simples

    1) (Cesgranrio-1995) Assinale a opo que traz corretas classificaes do sujeito e da predicao verbal. a) "Houve uma considervel quantidade" - sujeito inexistente; verbo transitivo direto. b) "que jamais ho-de ver pas como este" - sujeito indeterminado; verbo transitivo indireto. c) "mas reflete a pulsao da inenarrvel histria de cada um"- sujeito simples; verbo transitivo direto e indireto. d) "que se recebe em herana" - sujeito indeterminado; verbo transitivo indireto. e) "a quem tutela" - sujeito simples; verbo intransitivo. 2) (UFC-2002) No trecho: Eu no creio, no posso mais acreditar na bondade ou na virtude de homem algum; todos so mais ou menos ruins, falsos, e indignos; h porm alguns que sem dvida com o fim de ser mais nocivos aos outros, e para produzir maior dano, tm o merecimento de dizer a verdade nua e crua, (...) (p.65):

    I . algum e alguns so pronomes indefinidos. II. alguns sujeito do verbo haver. III. algum equivale a nenhum.

    Assinale a alternativa correta sobre as assertivas acima: a) apenas I verdadeira. b) apenas II verdadeira. c) apenas I e II so verdadeiras. d) apenas I e III so verdadeiras. e) I, II e III so verdadeiras. 3) (PUCCamp-1995) A questo da descriminalizao das drogas se presta a freqentes simplificaes de carter maniquesta, que acabam por estreitar um problema extremamente complexo, permanecendo a discusso quase sempre em torno da droga que est mais em evidncia. Vrios aspectos relacionados ao problema (abuso das chamadas drogas lcitas, como medicamentos, inalao de solventes, etc.) ou no so discutidos, ou no merecem a devida ateno. A sociedade parece ser pouco sensvel, por exemplo, aos problemas do alcoolismo, que representa a primeira causa de internao da populao adulta masculina em hospitais psiquitricos. Recente estudo epidemiolgico realizado em So Paulo apontou que 8% a 10% da populao adulta apresentavam problemas de abuso ou dependncia de lcool. Por outro lado, a comunidade mostra-se extremamente sensvel ao uso e abuso de drogas ilcitas, como maconha, cocana, herona, etc. Dois grupos mantm acalorada discusso. O primeiro acredita que somente penalizando traficantes e usurios pode-se controlar o problema, atitude essa centrada, evidentemente, em aspectos repressivos.

    Essa corrente atingiu o seu maior momento logo aps o movimento militar de 1964. Seus representantes acreditam, por exemplo, que "no fim da linha" usurios fazem sempre um pequeno comrcio, o que, no fundo, os igualaria aos traficantes, dificultando o papel da Justia. Como soluo, apontam, com freqncia, para os reconhecidamente muito dependentes, programas extensos a serem desenvolvidos em fazendas de recuperao, transformando o tratamento em um programa agrrio. Na outra ponta, um grupo "neoliberal" busca uma soluo nas regras do mercado. Seus integrantes acreditam que, liberando e taxando essas drogas atravs de impostos, poderiam neutralizar seu comercio, seu uso e seu abuso. As experincias dessa natureza em curso em outros pases no apresentam resultados animadores. Como uma terceira opo, pode-se olhar a questo considerando diversos ngulos. O usurio eventual no necessita de tratamento, deve ser apenas alertado para os riscos. O dependente deve ser tratado, e, para isso, a descriminalizao do usurio fundamental, pois facilitaria muito seu pedido de ajuda. O traficante e o produtor devem ser penalizados. Quanto ao argumento de que usurios vendem parte do produto: fruto de desconhecimento de como se do as relaes e as trocas entre eles. Duplamente penalizados, pela doena (dependncia) e pela lei, os usurios aguardam melhores projetos, que cuidem no s dos aspectos legais, mas tambm dos aspectos de sade que so inerentes ao problema. (Adaptado de Marcos P.T. Ferraz, Folha de So Paulo) Como soluo, apontam, com freqncia, para os reconhecidamente muito dependentes, programas extensos. Sobre a frase anterior INCORRETO afirmar-se que: a) o sujeito inexistente. b) "com freqncia" um adjunto adverbial. c) "os reconhecidamente muito dependentes" o objeto indireto. d) "programas extensos" o objeto direto. e) "extensos" adjunto adnominal. 4) (UFMG-1998) J no basta ficarem mexendo toda hora no valor e no nome do dinheiro? Nos juros, no crdito, nas alquotas de importao, no cmbio, na Ufir e nas regras do imposto de renda? J no basta mudarem as formas da Lua, as mars, a direo dos ventos e o mapa da Europa? E as regras das campanhas eleitorais, o ministrio, o comprimento das saias, a largura das gravatas? No basta

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    os deputados mudarem de partido, homens virarem mulher, mulheres virarem homem e os economistas virarem lobisomen, quando saem do Banco Central e ingressam na banca privada? J no basta os prefeitos, como imperadores romanos, tentarem mudar o nome de avenidas cruciais como a Vieira Souto, no Rio de Janeiro, ou se lanarem aventura maluca de destruir largos pedaos da cidade para rasgar avenidas, como em So Paulo? J no basta mudarem toda hora as teorias sobre o que engorda e o que emagrece? No basta mudarem a capital federal, o nmero de estados, o nmero de municpios e at o nome do pas, que j foi Estados Unidos do Brasil e depois virou Repblica Federativa do Brasil? No, no basta. L vm eles de novo, querendo mudar as regras de escrever o idioma. "Minha ptria a lngua portuguesa", escreveu Fernando Pessoa pela pena de um de seus heternimos, Bernardo Soares, autor do Livro do Desassossego. Desassossegados estamos. Querem mexer na ptria. Quando mexem no modo de escrever o idioma, pem a mo num espao ntimo e sagrado como a terra de onde se vem, o clima a que se acostumou, o po que se come. Aprovou-se recentemente no Senado mais uma reforma ortogrfica da Lngua Portuguesa. a terceira nos ltimos 52 anos, depois das de 1943 e 1971 - muita reforma, para pouco tempo. Uma pessoa hoje com 60 anos aprendeu a escrever "ida", depois, em 1943, mudou para "idia", ficou feliz em 1971 porque "idia" passou inclume, mas agora vai escrever "ideia", sem acento. Reformas ortogrficas so quase sempre um exerccio vo, por dois motivos. Primeiro, porque tentam banhar de lgica o que, por natureza, possui extensas zonas infensas lgica, como o caso de um idioma. Escreve-se "Egito", e no "Egipto", mas "egpcio", e no "egcio", e da? Escreve-se "muito", mas em geral se fala "muinto". Segundo, porque, quando as reformas se regem pela obsesso de fazer coincidir a fala com a escrita, como o caso das reformas da Lngua Portuguesa, esto correndo atrs do inalcanvel. A pronncia muda no tempo e no espao. A flor que j foi "azlea" est virando "azala" e no se pode dizer que esteja errado o que todo o povo vem consagrando. "Poder" se pronuncia "poder" no Sul do Brasil e "puder" no Brasil do Nordeste. Querer que a grafia coincida sempre com a pronncia como correr atrs do arco-ris, e a comparao no fortuita, pois uma lngua uma coisa bela, mutvel e misteriosa como um arco-ris. Acresce que a atual reforma, alm de v, frvola. Sua justificativa unificar as grafias do Portugus do Brasil e de Portugal. Ora, no meio do caminho percebeu-se que seria uma violncia fazer um portugus escrever "fato" quando fala "facto", brasileiro escrever "facto" ou "receo" (que ele s conhece, e bem, com dois ss, no sentido inferno astral da economia). Deixou-se, ento, que cada um continuasse a escrever como est acostumado, no que se fez bem, mas, se a reforma era para unificar e

    no unifica, para que ento faz-la? Unifica um pouco, respondero os defensores da reforma. Mas, se s um pouco, o que adianta? Alis, para que unificar? O ltimo argumento dos propugnadores da reforma que, afinal, ela pequena - mexe com a grafia de 600, entre as cerca de 110.000 palavras da Lngua Portuguesa, ou apenas 0,54% do total. Se to pequena, volta a pergunta: para que faz-la? Fala-se que a reforma simplifica o idioma e, assim, torna mais fcil seu ensino. Engano. A representao escrita da lngua um bem que percorre as geraes, passando de uma outra, e ser to mais bem transmitida quanto mais estvel for, ou, pelo menos, quanto menos interferncias arbitrrias sofrer. No se mexa assim na lngua. O preo disso banaliz-la como j fizeram com a moeda, no Brasil. Roberto Pompeu de Toledo - Veja, 24.05.95. Texto adaptado pela equipe de Lngua Portuguesa da COPEVE/UFMG Todas as alternativas contm trechos que, no texto, apresentam impreciso do agente da ao verbal, exceto: a) J no basta mudarem toda hora as teorias sobre o que engorda e o que emagrece? b) J no basta ficarem mexendo toda hora no valor e no nome do dinheiro? c) L vm eles de novo, querendo mudar as regras de escrever o idioma. d) J no basta os prefeitos, como imperadores, tentarem mudar o nome de avenidas cruciais (...)? 5) (Mack-1996) "H uma gota de sangue em cada poema." Assinale a alternativa que contm uma observao correta sobre a sintaxe dessa frase. a) sujeito: uma gota de sangue. b) verbo intransitivo. c) adjuntos adverbiais: uma e de sangue. d) complemento nominal: em cada poema. e) predicado verbal: toda a orao. 6) (UFV-1996) "Paquera, gabiru, flerte, caso, transa, envolvimento, at paixo fcil." As gramticas diriam que esta flexo verbal est correta porque o sujeito composto: a) de diferentes pessoas gramaticais. b) constitudo de palavras mais ou menos sinnimas. c) posposto ao verbo. d) ligado por preposio. e) oracional. 7) (Mack-2001) ... E surgia na Bahia o anacoreta sombrio, cabelos crescidos at aos ombros, barba inculta e longa; face escaveirada; olhar fulgurante; monstruoso, dentro de um hbito azul de brim americano; abordoado ao clssico basto em que se apia o passo tardo dos peregrinos.

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    desconhecida a sua existncia durante to longo perodo. Um velho caboclo, preso em Canudos nos ltimos dias da campanha, disse-me algo a