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Exercício de 2010 relatório de gestão e demonstrações financeiras Sociedade de Construções Soares da Costa, SA Soares da Costa Construção SGPS, SA

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Exercício de 2010

relatório de gestão e demonstrações financeiras

Sociedade de Construções Soares da Costa, SA

Soares da Costa Construção SGPS, SA

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2 SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO SGPS, SA /// EXERCÍCIO DE 2010

I: Relatório de Gestão. pág. 06Destaques. pág. 08Introdução. pág. 101. A Identidade da Soares da Costa. pág. 122. Desenvolvimento Sustentável. pág. 163. Actividade. pág. 183.1. Enquadramento. pág. 183.2. Áreas de Negócio - Produção. pág. 283.3. Área Comercial. pág. 443.4. Recursos Humanos. pág. 514. Situação Económico-Financeiro. pág 535. Gestão de Riscos. pág. 596. Perspectivas para 2011. pág. 617. Factos Relevantes ocorridos após o termo do exercício. pág. 628. Outras informações Legais. pág. 629. Reconhecimento. pág. 6210. Proposta de Aplicação de Resultados. pág. 63

II: Demonstrações Financeiras Individuais. pág. 64

III: Políticas Contabilísticas e Notas Explicativas. pág. 72

IV: Demonstrações Financeiras Consolidadas. pág. 92

VII: Relatórios de Fiscalização. pág. 100

I: Relatório de Gestão. pág. 110Principais Indicadores. pág. 112

Introdução. pág. 1141. A Identidade da Soares da Costa. pág. 116

2. Desenvolvimento Sustentável. pág. 1203. Actividade. pág. 122

3.1. Enquadramento. pág. 1223.2. Produção - Áreas de Negócio. pág. 128

3.3. Qualidade, Segurança, Ambiente e Saúde. pág. 1403.4. Área Comercial. pág. 140

3.5. Recursos Humanos. pág. 144 4. Situação Económica e financeira

e Desempenho da Sociedade. pág. 1465. Principais Riscos. pág. 152

6. Factos Relevantes ocorridos após o termo do exercício. pág. 1537. Perspectivas para 2011. pág. 153

8. Outras informações Legais. pág. 1539. Reconhecimento. pág. 153

10. Proposta de Aplicação de Resultados. pág. 154

II: Demonstrações Financeiras. pág. 156

III: Políticas Contabilísticas e Notas Explicativas. pág. 164

IV: Relatórios de Fiscalização. pág. 202

ÍNDICE

Soares da Costa Construção SGPS, SA Sociedade de Construções Soares da Costa, SA

ÍNDICE

PONTE SOBRE O RIO ZAMBEZE - MOÇAMBIQUE

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4 SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO SGPS, SA /// EXERCÍCIO DE 2010

relatório de gestão e demonstrações financeiras

Construção SGPS, SA

Soares da Costa

2010

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relatório de gestão

Grupo Soares da Costa, SGPS, SA

Soares da Costa

RelatóRio de Gestão do exeRcício de 2010

01.

AEROPORTO F. SÁ CARNEIRO - PORTO

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8 SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO SGPS, SA /// EXERCÍCIO DE 2010

> Volume de negócios (VN) consolidado atinge 800,0 milhões de euros um valor inferior em 8,5% ao do ano anterior;

> VN no mercado externo cresce 4,9% para 511,2 milhões de euros;

> EBITDA atinge 53,0 milhões decrescendo 5,4% (56,0 milhões em 2009), mas melhorando a margem em relação ao VN que passa para 6,6% (6,4% um ano antes);

> Resultados financeiros agravam-se para -15,3 milhões de euros (de -8,2 milhões, um ano antes);

> Resultado consolidado de 13,4 milhões de euros, que compara com 22,8 do ano anterior (- 41,3%);

> Resultado líquido individual cifra-se em 12,8 milhões de euros (10,4 milhões um ano antes).

>>> Destaques

Volume de Negócios (VN)

Portugal

Mercado Externo

EBITDA

Margem EBITDA/VN

Resultados Operacionais (EBIT)

Resultados Financeiros

Resultado Consolidado Exerc. Atrib. Grupo

800,0

288,8

511,2

53,0

6,6%

33,2

-15,3

13,4

874,4

387,0

487,5

56,0

6,4%

37,7

-8,2

22,8

-8,5

-25,4

+4,9

-5,4

+0,2 p.p.

-11,9

87,2

-41,3

2010 2009 ∆ %

PRINCIPAIS INDICADORES CONSOLIDADOS

EDIFÍCIO BLUE - MIAMI

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10 SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO SGPS, SA /// EXERCÍCIO DE 2010

IntroduçãoO Conselho de Administração da Soares da Costa Construção, S.G.P.S., S.A., no cumprimento das disposições legais e estatutárias apresenta e submete à apreciação da Assembleia-Geral de Accionistas, o Relatório de Gestão, as contas do exercício e demais documentos de prestação de contas, referentes ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2010.

IntroduçãoO Conselho de Administração da Soares da Costa Construção, S.G.P.S., S.A., no cumprimento das disposições legais e estatutárias apresenta e submete à apreciação da Assem-bleia-Geral de Accionistas, o Relatório de Gestão, as contas do exercício e demais documentos de prestação de contas, referentes ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2010.Estes documentos dão conhecimento da evolução dos negócios, do desempenho e da posição da Soares da Costa Construção, S.G.P.S., S.A. e das principais sociedades em que participa, bem como dos principais riscos e incertezas com que se defronta. Os dados contabilísticos apresentados, quer respeitantes às demonstrações financeiras individuais da sociedade quer no contexto das contas consolidadas, devem ser interpretedas à luz das normas internacionais ( IAS/ IFRS : Normas Interna-cionais de Contabilidade /Normas Internacionais de Relato Financeiro), tal como adoptadas na União Europeia.Mais se informa que, enquanto entidade totalmente detida

pela sociedade Grupo Soares da Costa, S.G.P.S., S.A., sociedade aberta ao investimento do público, a Soares da Costa Cons-trução SGPS, S.A. não está sujeita à elaboração e divulgação de contas consolidadas, competindo essa obrigatoriedade à empresa-mãe. Assim, as contas consolidadas aqui apresenta-das assumem um carácter facultativo, mas visam transmitir a ideia de conjunto da dimensão da área da construção do Grupo Soares da Costa. A informação financeira relativa a cada empresa participada individualmente referida neste relatório deve ser entendida no contexto do seu interesse para a compreensão da activi-dade e «performance» da área de Construção e não substitui as demonstrações financeiras que cada sociedade elabora e apresenta nos termos da legislação vigente.

introd

uçãoAE TRANSMONTANA - VILA REAL

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12 SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO SGPS, SA /// EXERCÍCIO DE 2010

Guiné-Bissau os países eleitos como pioneiros. O seu capital social passa a ser de 180 milhões de escudos;> É também na mesma década que, aproveitando a explosão de crescimento das infra-estruturas do País que a adesão à Comunidade Europeia anunciava, a actividade da Empresa sai da quase exclusividade dos edifícios e se alarga à construção dessas infra-estruturas;> Em 1988, e após uma mudança accionista interna que, sem ainda perder o carácter familiar, levou a Empresa a um período de maior exposição ao mercado financeiro, procede-se a um novo aumento de capital, para 5.250.000 contos;> Durante as décadas de 80 e 90, a actividade internacional da Empresa diversifica-se e o volume de exportações cresce. A presença em mercados tão distantes entre si como Iraque, Macau, Egipto, Guiana, Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, Cabo Verde e Alemanha são exemplos da clarividência na busca de oportunidades e da capacidade para as aproveitar;>A entrada da Empresa no mercado dos Estados Unidos da América deu-se em 1994, com a constituição da SDC Contra-ctor Inc.;> Em 2002 dá-se uma nova reestruturação que conduziu à formalização do grupo económico. A Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A., converte-se numa sociedade gestora de participações sociais, a Grupo Soares da Costa, S.G.P.S., S.A., com o capital social de 160 milhões de euros, que por sua vez detém inteiramente o capital social de quatro outras socie-dades gestoras de participações sociais, cada uma delas enca-beçando as participações do respectivo segmento de negócios. À Soares da Costa Construção, S.G.P.S., S.A., cabe-lhe a missão de gerir todo o negócio da Construção, sendo constituída com

o capital social nominal de 90 milhões de euros;> O período compreendido entre o final do ano de 2006 e o início de 2007 é outro marco histórico para a Empresa, com a obtenção por parte do Grupo Investifino -- Investimentos e Participações S.A. do controlo do Grupo Soares da Costa. O carácter familiar que, até então, estava intimamente ligado à gestão (e, sobretudo, à imagem da Empresa) desaparece, dando origem a uma nova filosofia de gestão, mais profissionalizada e moderna.

É longa e complexa a história do Grupo Soares da Costa no mercado da construção, mas nas suas várias fases sempre procurou e soube encontrar espaço para modernização e crescimento. Desta forma, a Soares da Costa Construção S.G.P.S., S.A. tem a responsabilidade de honrar com a sua actividade os pergaminhos de que é depositária, vendo no seu passado o exemplo mas sabendo sempre encontrar no presente o caminho de crescimento que lhe garanta o futuro.Daí que competindo-lhe a gestão e o desenvolvimento do negócio da Construção, uma das áreas estratégicas de negócios do Grupo, a sociedade evidencia um grande crescimento e dinâmica desde que nasceu formalmente. Em 2008, procedeu às aquisições da Contacto em Portu-gal e da Prince, no Estado da Florida, Estados Unidos da América, para além da integração da Clear adquirida à área industrial. No contexto da actual conjuntura macroeconómica privilegia-se a diversificação geográfica, a consolidação sustentável e a preservação da rentabilidade.

1. A identidade da Soares da Costa

Missão e Valores

Na sua qualidade de estrutura coordenadora de toda a actividade do Grupo Soares da Costa directamente ligada à construção, é à Soares da Costa Construção S.G.P.S., S.A. que incumbe a responsabilidade de, através deste segmento de actividade, um dos dois considerados estratégicos no grupo (a par das Concessões / Serviços), realizar a missão deste: «cor-responder às exigências do mercado e dos seus clientes, através de um modelo de negócio sustentado, recursos qualificados e motivados, geradores de valor económico, social e ambiental, de modo a proporcionar um retorno atractivo aos accionistas».

Também a nível dos valores a Sociedade incorpora e exte-rioriza, na sua atitude perante o mercado de construção, os valores do Grupo a que pertence:

> Orientação permanente para o mercado e a satisfação do cliente;> Eficácia e Eficiência da gestão;> Integridade e Ética;> Conduta socialmente responsável;> Respeito pelo ambiente.

Referências Históricas

A Soares da Costa Construção, S.G.P.S., S.A., de um ponto de vista formal, nasceu em 30 de Dezembro de 2002, tendo sido criada mediante o «apport» pelo seu accionista único – o Grupo Soares da Costa S.G.P.S., S.A. – do «portfolio» de partici-pações sociais da área de negócios da construção.Remontam a 1918 as origens do que é hoje o Grupo Soares da Costa. De pequena empresa com 10 operários dedicada es-sencialmente à execução de acabamentos de alta qualidade a um dos maiores grupos económicos portugueses com presença global, toda a história da Empresa se encontra intimamente ligada ao negócio da Construção.No decorrer da sua já longa existência, a Empresa atravessou várias fases de crescimento, acompanhando sempre os sinais dos tempos:> Em 1944, converte-se numa sociedade por quotas, com 8 milhões de escudos de capital;> Em 1968, e já com actividade em toda a região Norte de Portugal, transforma-se em Sociedade Anónima com um capi-tal de 9 milhões de escudos, ainda detido inteiramente pelos herdeiros do fundador;> No período que se seguiu à Revolução de 1974, e reagindo com inovação à crise que então se instalou no Mercado, a Empresa encontrou na construção, utilizando tecnologia de “co-fragem túnel”, a porta para a continuação do seu crescimento. Em 1977, já com mais de 4.000 trabalhadores, a Sede Social é transferida para um novo edifício na Avenida da Boavista;> No início da década de 80 do século passado, é iniciada a expansão internacional da Empresa, sendo a Venezuela e a

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14 SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO SGPS, SA /// EXERCÍCIO DE 2010

Órgãos Sociais

Durante o exercício de 2010 procedeu-se à eleição dos Órgãos Sociais para o triénio 2010/2012, que, pela deliberação da Assembleia-Geral de Accionistas de 17 de Março passaram a ter a seguinte composição:

MESA DA ASSEMBLEIA-GERAL Presidente Jorge Manuel Oliveira Alves Secretário Pedro Miguel Tigre Falcão Queirós

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Presidente Pedro Manuel de Almeida Gonçalves Vogais Pedro Gonçalo de Sotto-Mayor de Andrade Santos Luís Miguel Andrade Mendanha Gonçalves António José Cadete Paisana Ferreira Paulo Eugénio Peixoto Ferreira António Manuel Lima de Miranda Esteves Paulo Jorge dos Santos Pinho Leal Fernando Manuel Fernandes de Almeida FISCAL ÚNICO Efectivo Patrício, Moreira, Valente & Associados, SROC (SROC nº. 21) Representada por Joaquim Filipe Martins de Moura Areosa (ROC nº. 1927) Suplente José Carlos Nogueira Faria e Matos (ROC nº. 1034)

Accionistas

A Soares da Costa Construção, S.G.P.S., S.A. tem um capital social de 90 milhões de euros, representado por 18 milhões de acções nominativas de valor nominal unitário de 5 euros. A totalidade do capital social é detida pela sociedade Grupo Soares da Costa, S.G.P.S., S.A.Em cumprimento do disposto na alínea d) do número 5 do artigo 66º. do Código das Sociedades Comerciais informa-se que a Sociedade não detém nem transaccionou no exercício findo quaisquer acções próprias.

Organização da Sociedade

A Soares da Costa Construção, S.G.P.S., S.A., enquanto entidade gestora da área de negócios da construção do grupo, exerce a sua actividade enquadrando as participações nas várias empresas dedicadas à execução de obras de construção civil, engenharia e infra-estruturas.Todos os membros que constituem o Conselho de Adminis-tração têm funções executivas, repartindo a coordenação das várias participações da Sociedade.Durante o exercício findo não se verificaram alterações com significado relevante ao nível do portfolio de participações da sociedade e consequentemente do perímetro de consolidação.De seguida representa-se o organigrama de participações da Sociedade:

100% SDC América

60% Porto Construction

Group, LLC

80% SDC Construction

Services, LLC

100% SDC C.S., LLC

100% Prince, LLC

100% SDC Contractor, LLC

51% GEC - Guiné Ecuatorial

Construcciones

80% SDC Moçambique, SARL

100% SDC S. Tomé e Príncipe,

Construções, Lda.

100% SDC Construcciones Centro

Americanas, SA

100% CARTA, Lda

100% Carta Angola, Lda

100% Soc. Construções

Soares da Costa, SA

100% CONTACTO, SA

65% SDC/Contacto, ACE 35%

100% CLEAR, SA

95% CLEAR ANGOLA, SA

MTA, LDA(1) 99%

Transmetro, ACE 50% 17,9% NORMETRO, ACE

ASSOC-Estádio de

Braga, ACE

40% 20% ACESTRADA, ACE

Estádio coimbra, ACE 60% 40% Estádio de Braga,

Acabamentos, ACE

Israel Metro Builders 30% 50% Somage-SDC, ACE

Três ponto dois

TGCCVCMLN, ACE

50% 50% Remodelação do Teatro

Circo, ACE

HidroAlqueva, ACE 50% 25% Nova Estação, ACE

LGV, ACE 17,25 % 28,57% GCVC, ACE

GCF, ACE 28,57% 28,57% Matosinhos, CAE

LGC – Linha de

Gondomar, ACE

30% 50% CAET XXI, ACE

24% GACE – Gondomar, ACE

Coordenação & SDC 50%

50% Grupul Portughez de

Constructii

49% SDC Emirates, LLC

Construtora S. José

Caldera, SA

17%

CFE - Indútrias de

Condutas, S.A.

33,33%

11,3% VSL, SA

7,24% VORTAL, SA

17% Construtora – S.

José – S.Ramon, SA

método Integral

(1) adIcIonalmente, a socIedade de construções soares da costa, s.a. detém uma partIcIpação de 1% no capItal socIal da mta - máquInas e tractores de angola, lda.

e. patrImonIal custo de aquIsIçãométodo proporcIonal

ESTRUTURA DE PARTICIPAÇÕES DA SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA

SDC CoNStRução, SGPS, SA

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16 SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO SGPS, SA /// EXERCÍCIO DE 2010

O compromisso do Grupo Soares da Costa para com um desenvolvimento sustentável está incutido na Visão e Missão da Empresa, que aspira, simultaneamente, à rentabilidade e criação de valor accionista, à protecção e bem-estar dos seus colaboradores e comunidades com quem interactua, à preservação do meio ambiente, através da minimização de impactes ambientais negativos e à melhoria contínua do valor criado para os grupos de interesse prioritários.Este compromisso é transversal a todas as áreas de negócio do Grupo Soares da Costa e, sendo a construção a mais represen-

tativa, assume especial relevância no contexto dos projectos e acções que são desenvolvidos, nos quais é procurada, continu-amente, a minimização de impactes negativos destas activi-dades e, consequentemente, a maximização de potenciais impactes positivos.A Política de Sustentabilidade do Grupo Soares da Costa orienta as linhas de actuação da Empresa rumo ao desenvolvimento sustentável, em conjunto com o Código de Conduta Empresari-al e os Princípios de Negócio da Soares da Costa Construção, nomeadamente no que respeita:

dese

nvol

vimen

to su

stent

ável

> À condução dos negócios de forma ética e em conformidade com a le-gislação e demais normas e regulamentos aplicáveis aos diferentes países onde operamos;> À aplicação de todos os princípios de empregabilidade responsável, res-peitando os direitos humanos e implementando uma verdadeira cultura de segurança, de forma pró-activa e preventiva;> À qualidade dos serviços que prestamos a todos os nossos clientes;> À diferenciação, em cada novo projecto, face aos nossos concorrentes pela inovação, num ambiente de livre e saudável concorrência, sempre com uma actuação transparente;> À protecção do meio ambiente, tendo em conta a minimização dos potenciais impactes ambientais negativos da actividade;> Ao contributo positivo para o desenvolvimento e equidade social das populações com quem interagimos no desenvolver dos nossos projectos;

Ser uma empresa competitiva e de referência no sector é um dos nossos princípios de negócio que consideramos só poder alcançar sendo também uma empresa social e ambientalmente responsável.As informações sobre o desempenho e contributo do Grupo Soares da Costa para o Desenvolvimento Sustentável podem ser consultadas com maior detalhe no Relatório de Sustentabilidade 2010, disponível em www.soaresdacosta.pt.

2. Desenvolvimento Sustentável

BARRAGEM DO ALQUEVA

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18 SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO SGPS, SA /// EXERCÍCIO DE 2010

3. Actividade3.1. - ENQUADRAMENTO

Enquadramento Macroeconómico internacional O ano de 2010 caracterizou-se, à escala global, pelo início da retoma económica após a grave crise que se abateu sobre a economia mundial em 2008 e que afectou seriamente a actividade e o comércio mundiais conduzindo a uma recessão pronunciada. O produto mundial ter-se-á expandido 5,0%1 com o motor a surgir das economias emergentes, com a Ásia na liderança. Persiste, contudo, um movimento generalizado de redução do endividamento das economias desenvolvidas que limita o ritmo desta expansão projectando-se para 2011 um crescimento menor. Os EUA depois de quatro trimestres de contracção da activi-dade económica entre o 3º trimestre de 2008 e o 2º trimestre de 2009, recuperaram (o PIB em 2010 terá crescido 2,7%), revelando dinamismo ainda que em grande parte fruto dos estímulos criados por sucessivos pacotes de medidas de apoio ao crescimento estabelecidos pelas autoridades. Tarda ainda, porém, uma sólida recuperação do emprego e a actividade nos mercados imobiliários permanece fraca.

Na Zona Euro, apesar da recuperação, os níveis de produto situam-se abaixo dos verificados antes da crise e permanecem muito dependentes da procura externa. Por outro lado, as as-simetrias são patentes com a Alemanha a revelar forte cresci-mento enquanto os países periféricos revelam dificuldades nas suas trajectórias de consolidação fiscal e de financiamento das suas economias.

A subida dos preços das commodities em 2010, subsequente à pronunciada queda verificada no ano anterior, projecta-se na taxa de inflação que nas economias avançadas se estima em 1,4% (0,1% no ano anterior) e nas economias emergentes e em desenvolvimento em 6,2% (5,2% um ano antes). Na Zona Euro em termos médios anuais a inflação ter-se-á situado em 1,6%2 (face a 0,3% um ano antes), com destaque em termos de classes, nos extremos, para os transportes (+4,6%) e para as comunicações (-0,8%).

No mercado de trabalho não se verificam sinais de recupe-

ração com a taxa de desemprego a situar-se em 10,1% na Zona Euro e em 9,6% na EU27, em Novembro de 2010, com a Holanda (4,4%), Luxemburgo (4,8%) e Áustria (5,1%) a apresentarem as menores taxas e Espanha (20,6%), Lituânia (18,3% no 3º. Trimestre) e Letónia (+18,2% no 3º. Trimestre) a serem os países mais afectados.

A Economia PortuguesaO quadro de défice excessivo e elevado nível de endivida-mento da economia portuguesa, com as respectivas impli-cações - a que se tem vindo a denominar de crise da dívida soberana - dominou o panorama macroeconómico nacional durante o ano findo. A desconfiança presente na apreciação internacional sobre a capacidade portuguesa para ultrapassar este quadro implicou a consideração de um aumento subs-tancial do risco-país por parte das agências internacionais de rating, consubstanciando-se em incrementos significativos das taxas de juro sobre a dívida soberana e na penalização das condições de financiamento internacional da economia portuguesa. No plano interno foram sendo tomadas medidas, inicialmente ténues mas ao longo do ano progressivas, de agravamento fiscal, de redução de investimento público e de controlo de despesa, visando a diminuição do défice do saldo orçamental e que se traduzem de forma bem mais acentuada no Orçamento de Estado para 2011.Ao nível do produto, o ano de 2010 terá sido concluído com uma taxa de crescimento em Portugal bem mais elevada do que se esperaria no início do ano, situando-se em +1,4% no final do 3º. Trimestre3 , face à evolução de -1,0% verificada em 2009. Porém, o reforço do processo de ajustamento dos dese-quilíbrios macroeconómicos acumulados ao longo de mais de uma década implica a formulação de projecções que apontam para uma contracção da actividade económica em 2011 e para um ténue crescimento no ano seguinte4 . A inflação, que nos últimos anos terá deixado de constituir um problema para a economia, ter-se-á situado em 2010 em torno de +1,4%, embora durante o ano já em curso o Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) possa vir a apresentar um crescimento médio de 2,7%, aumento onde a subida da tributação indirecta, só por si, será responsável por mais de um ponto percentual.O desemprego continua a ser uma variável com evolução preocupante ao nível económico e social. Recentes dados do INE5 colocam a taxa de desemprego em média anual em 10,8%, tendo-se incrementado no 4º. Trimestre para 11,1%.

Regionalmente, são as zonas do Norte do país e do Algarve as mais afectadas.

Mercado Interno: O Sector da ConstruçãoNo sector da construção, ao declínio da actividade privada em todos os segmentos (residencial e não residencial) associou--se, em resultado das políticas de austeridade implementadas para contenção do investimento público, um decréscimo de produção nos mercados públicos, depois da recuperação assi-nalável a que se assistira no ano anterior. Dados da ANEOP 6 revelam que o valor real contratado em 2010 terá ficado 38,9% abaixo do apurado em 2009.“Na realidade, depois de em 2009 ter sido utilizado o inves-timento público como principal instrumento de política para dinamizar a economia como forma de atenuar os impactos da crise financeira mundial, em 2010 continua a ser este também o principal instrumento de política utilizado mas agora para consolidar as finanças públicas7”.Globalmente o output do sector terá contraído 8,5% em 2010 em termos de variação homóloga acumulada, segundo dados do INE8. Para este decréscimo, a produção do segmento de edifícios privados é ainda a mais responsável com uma variação de -12,7% enquanto o segmento de engenharia civil decresce 4,6%.Esta variação negativa reflecte-se naturalmente na generali-dade dos indicadores usualmente apresentados, como sejam o das vendas de cimento (-7,0% em termos de variação homóloga acumulada anual) e também o índice de emprego do sector (-7,7% em termos de variação média anual).A redução geral da procura dificilmente será revertida em 2011 e, por isso, este clima negativo exterioriza-se nos inquéritos de confiança aos empresários, com os saldos de respostas extremas a deteriorarem-se ainda mais nos últimos meses do ano.

Mercado ExternoUma breve referência ao enquadramento macroeconómico nos principais mercados externos de intervenção directa da sociedade:

1 Projecções do Fundo Monetário Internacional IMF – World Economic Outlook Update, Jan. 20112 Indíce Harmonizado de Preços no consumidor segundo Eurostat 9/2011 – 14 Jan

3 Dados encadeados em volume INE - Contas Nacionais Trimestrais 4 -1,3% em 2011 e +0,6% em 2012, segundo o Relatório de Inverno, Banco de Portugal, Jan. 20115 Estatísticas do Emprego – 4.º trimestre de 2010 - 16 Fev. 2011

6 Análise da conjuntura – Dez. 20107 Citação Extraída da “Conjuntura de Construção” Dezembro/2010 - FEPICOP8 Índices de Produção, Emprego e Remunerações na Construção Dezembro de 2010, INE, Fev. 2011

METRO DO PORTO

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20 SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO SGPS, SA /// EXERCÍCIO DE 2010

TORRE AMBIENTE - ANGOLAANGOLAA recuperação do sector exportador fruto do aumento da procura mundial e da subida do preço do petróleo no mer-cado internacional proporcionou um desempenho positivo na economia angolana. O Produto Interno Bruto terá crescido cerca de 4%, realçando-se o crescimento do sector não petrolífero que se deverá situar em torno de 5,7%9 .A inflação acumulada nos últimos doze meses aferida em Novembro de 2010 era de 13,4%, ligeiramente acima do objectivo de 13% definido para o ano. Por outro lado, não obs-tante a recuperação do nível de reservas cambiais, verifica-se alguma acumulação de atrasos nos pagamentos externos com reflexo na execução do plano de investimentos públicos, que se situou abaixo do projectado.

9 Discurso de Fim de Ano 2010 do Exmo. Sr. Governador do Banco Nacional de Angola José Lima Massano http://www.bna.ao/artigo.aspx?c=36&a=1155 angola

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22 SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO SGPS, SA /// EXERCÍCIO DE 2010

MOÇAMBIQUEA economia moçambicana continua a ser considerada um caso de sucesso entre os países africanos de rendimento médio/baixo, apresentando um crescimento anual médio na última década de cerca de 8% face aos 5,5% da região da África Subsaariana.

Durante o ano findo e apesar da conjuntura económica e financeira adversa, a economia moçambicana continuou a crescer a ritmos robustos. Informações preliminares publicadas pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) deste país indicam que o PIB cresceu 8,5% em termos reais nos primeiros nove meses do ano, o que faz antever uma expansão acima do programa inicial e da taxa de crescimento de 6,4% verificada em 2009.

Este crescimento tem sido sustentado pela dinâmica dos sectores agro--industrial, de construção, comércio, transporte e comunicações, o que é encorajador por estes serem os sectores que estão associados à mão-de--obra intensiva, criadores de emprego e com efeito multiplicador ao nível do rendimento e consumo.

No seu World Economic Outlook, o Fundo Monetário Internacional prevê taxas de crescimento neste país para os próximos anos na banda dos 7,5-8,0%.

Não obstante estes indicadores, importa relevar a dependência ainda muito expressiva deste país da ajuda internacional.

Após oito meses de aceleração contínua da inflação, esta mostrou um comportamento favorável nos últimos meses do ano permitindo uma de-saceleração da inflação anual de 17,1% verificada em Agosto para 15,1% em Novembro de 2010.

José Gaspar NunesDirector de Obra - Ponte Rio Zambeze

O privilégio de participar num dos projectos mais emblemáticos e so-cialmente importantes de Moçam-

bique; de dimensão maior ao nível do grande continente Africano, motiva e

enriquece profissionalmente.

Obras da envergadura da ponte Armando Emílio Guebuza, realizadas em lugares remotos e inóspitos, são obstáculos que, quando ultrapassa-dos, trazem ambições renovadas e engrandecem a imagem da Soares

da Costa.

PONTE RIO ZAMBEZE - MOÇAMBIQUE

(...) obstáculos que, quando ultrapassados, trazem ambições renovadas e engrandecem a imagem da Soares da Costa.

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24 SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO SGPS, SA /// EXERCÍCIO DE 2010

ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICAA actividade nos Estados Unidos da América foi caracterizada em 2010 por uma procura doméstica forte mas a apresen-tar um crescimento do produto interno bruto relativamente decepcionante.

Impulsionado pelos programas adicionais de estímulos à economia tomados na parte final do ano o Banco Mundial pro-jecta uma taxa de crescimento da economia norte-americana de 2,8% em 2011 e de 2,9% no ano seguinte, ou seja níveis próximos do verificado no ano findo.

Tomando por referência o Estado da Florida, um foco princi-pal da actividade do Grupo, o sector da construção, após um período de elevados crescimentos foi, desde 2007 até 2009, afectado pela crise macroeconómica. A quebra da procura também associada a restrições de crédito e o excesso de oferta de edifícios residenciais contribuíram para a forte des-cida de investimento privado no imobiliário. No ano de 2010, apesar das restrições ainda latentes, assistiu-se a uma ligeira recuperação do investimento privado em geral. Para 2011 é esperado que este investimento recupere a dinâmica de crescimento e que em 2012, finalmente, o emprego no sector da construção inicie uma trajectória ascendente.

No segmento das infra-estruturas a panorâmica é optimista. Para o ano de 2011 o Estado da Florida prevê investir 3.813 milhões de dólares na construção de infra-estruturas.

Para o quinquénio de 2011-2015 o FDOT (Florida Department of Transportation) apresentou um orçamento que prevê um in-vestimento em construção de 15,439 mil milhões de dólares, significando um aumento de 10,1% relativamente aos cinco anos anteriores. Deste montante 8.795 milhões respeitam a alargamento de vias, 4.650 milhões a Repavimentação, 1.498 milhões a Pontes e 496 milhões para Segurança.

i-75 BRIDGE - EUA

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26 SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO SGPS, SA /// EXERCÍCIO DE 2010

ROMÉNIAA economia romena, apesar da recuperação dos -7,1% verificados em 2009, sofreu no ano findo nova contracção10 por via da debilidade da procura interna em resultado das ambiciosas medidas fiscais encetadas pelas autoridades, em que se inclui o aumento do IVA (a taxa geral passou de 19% para 24% em meados do ano). A longa duração deste período de recessão deve-se fundamentalmente ao desenvolvimento insustentável da economia durante o período pré-crise. Porém, a implementação dos programas de ajustamento do défice orçamental, as reformas estruturais e o restabelecimento da estabilidade nos mercados financeiros possibili-tarão, previsivelmente já em 2011, apresentar um crescimento positivo do produto.

José Martins de SousaDirector Projectos Roménia

Na actividade da empresa no merca-do romeno, destacamos a execução (em consórcio), da obra de “Reha-bilitation and Extention of Water Sup-ply and Sewerage Networks – Pitesti”, concluída em Dezembro 2010, dentro do prazo contratual.

Nesta obra foram completamente renovados 68 Km de tubagens de águas e de esgotos com diâme-tros entre 125mm e 600mm e construídas 8 novas estações ele-vatórias. Com utilização de tecno-logias inovadoras na Roménia foi também executado um túnel com 3m de diâmetro, numa extensão de 1500m, para a condução de efluentes pluviais. Foi ainda implementado e instalado um moderno sistema de controlo e manobra para a gestão de toda a rede e equipamentos instalados.

ÁGUA E SANEAMENTO EM PITESTI - ROMÉNIA

10 -1,9% segundo projecção da Comissão Europeia: European Economic Autumn 2010

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28 SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO SGPS, SA /// EXERCÍCIO DE 2010

3.2. ÁREAS DE NEGÓCIO - PRODUÇÃO

PortugalConforme se deduz do organigrama apresentado as socie-dades com intervenção significativa no país são:> Sociedade de Construções Soares da Costa, SA;> Contacto – Sociedade de Construções, SA;> Clear – Instalações Electromecânicas, SA.

Para além disso, existem em operação vários Agrupamentos Complementares de Empresas, em que, nomeadamente, a primeira das sociedades acima enunciadas participa.Analisemos em seguida, com especial enfoque no capítulo da produção, a actividade desenvolvida por estas sociedades no mercado nacional:O desempenho destas sociedades não é imune ao clima depressivo verificado no mercado nacional da construção civil e obras públicas já acima caracterizado.No caso da Sociedade de Construções Soares da Costa, SA, há que juntar ainda dois importantes factos que marcaram o ano de 2010:> A comummente denominada Auto-Estrada Transmontana sofreu de inesperada contenção ao nível do investimento, motivada pelos conhecidos percalços que teve a concessão do Visto do Tribunal de Contas a este Contrato (entretanto já resolvidos);> O início efectivo da fase de produção da Linha de Alta Velocidade Poceirão-Caia sofreu atrasos, também por causas próximas à concessão do Visto do Tribunal de Contas. Enquadrando a actividade da Sociedade de Construções Soares da Costa por estes factos e condicionalismos, pode, no en-tanto, afirmar-se que o desempenho da Empresa no Mercado Nacional conseguiu superar positivamente as dificuldades que se lhe colocaram.

Entre as obras concluídas em Portugal, relevam-se, pela sua importância, as seguintes:> IKEA de Loures (Loja, Acessibilidades, Cobertura e Fachadas);> Edifício do Parque, no Porto;> Edifício Ruben A, no Porto;> Longevity Wellness, em Monchique;> Reabilitação e Reforço do Viaduto do Trancão, na A1;

> Linha de Metro de Gondomar;> ER 230, entre Tondela e Carregal do Sal;> ETAR de Lordelo;> ETAR do Ave;> Adutoras Pisão/ Roxo, no Alentejo;> Torre do Lóbio, no Alentejo;> Túnel Ferroviário da Trofa;> Centro Logístico de Carga Aérea, no Aeroporto Sá Carneiro.

Em relação às iniciadas em 2010, e para além da já anterior-mente referida Linha de Alta Velocidade entre Poceirão e Caia, que obviamente merece um especial destaque pelo volume de trabalho e desafio técnico inerente ao facto de constituir o primeiro troço de Alta Velocidade em Portugal, são ainda dignas de nota:> Pousada da Cidadela de Cascais;> Urbanização do Chinicato, no Algarve;> Rede de Rega da Capinha, na Cova da Beira:> Acessos da A1 à Plataforma Logística de Castanheira do Ribatejo;> Ponte sobre o Rio Tinhela;> Ponte sobre a Ribeira de Jorjais;> Recuperação de edifício citadino no Porto.

Quanto à distribuição geográfica operacional da Sociedade de Construções Soares da Costa, SA, verifica-se uma grande estagnação na Madeira (4% da actividade em 2010, contra 14% em 2009), e uma grande concentração da actividade no Norte do País (65%), resultante, sobretudo, da Auto-Estrada Transmontana, apesar dos problemas acima citados.

A distribuição por segmentos de actividade, seguiu a tendência do sector, que se confrontou em 2010 com uma clara desaceleração da actividade privada, caracterizando-se por um maior peso do segmento da engenharia e infra-estru-turas que, de uma quota de apenas 27% em 2008, passara para quase 54% em 2009, e para cerca de dois terços da actividade em 2010.

Sul 31%

Madeira 4%

Norte 65%

Actividade Nacional 2010Distribuição por Área Geográfica

Hotéis 12,6%

Indústria 6,1%

Escolas 40,0%

Escritórios 0%

Habitação 41,3%

Actividade Nacional 2010Construção Civil - Composição por sub-segmento

A loja da IKEA de Loures é um empreen-dimento com 82.940 m2 de Área coberta e está implantado num terreno com 116.533 m2 de área, onde se situava uma antiga central de betão, já há muito desactivada.O maior desafio da obra foi a escavação do morro existente no local; 660.000m3 de terras a escavar em apenas 117 dias de calendário o que implicou uma média de 450 cargas diárias, tendo sido atingi-do o pico máximo de 721 cargas (180 camiões em circulação permanente), com todas as dificuldades que resulta-ram do incremento de trânsito naquela zona Industrial/Urbana da cidade e com o vazadouro principal localizado a 15 Km da obra. Apesar das adversidades encontradas ao longo desta actividade, como por exemplo o aparecimento de uma maior percentagem de rocha, relativamente ao que seria expectável, as chuvas e o encerramento dos vaza-douros, foi uma actividade de decorreu com muito sucesso, fruto da enorme persistência da equipa de obra.

Manuel Clemente FernandesDirector de Obra - IKEA Loures

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30 SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO SGPS, SA /// EXERCÍCIO DE 2010

Dentro do segmento da Construção Civil, o subsegmento de Escritórios quase desapareceu em 2010, o dos Edifícios Esco-lares repartiu com a Habitação o maior quinhão, a Hotelaria representou perto de 13% e as Instalações Industriais tiveram uma contribuição de apenas 6%. No Segmento da Engenharia e Infra-estruturas, as Estradas representaram cerca de um terço da actividade, as Infra-estru-turas e Ferrovias cerca de 17% cada uma e as obras de Am-biente à volta de 13%. É ainda de realçar o peso importante (de quase 9%) correspondente ao subsegmento de construção de Barragens, correspondendo essencialmente ao Reforço de Potência da Barragem do Alqueva.Ao nível dos Agrupamentos Complementares de Empresas merecem referência, em função do seu volume de actividade durante o ano findo (parte da Soares da Costa próxima ou superior ao limiar de 10 milhões de euros) os seguintes:> CAET XXI – Construções, ACE (50%): Concepção, projecto,

construção, aumento do número de vias e reabilitação dos conjuntos viários associados que integram a Subconcessão Transmontana;> HidroAlqueva, ACE (50%), tem por objecto a empreitada geral de construção do reforço de potência do Escalão de Alqueva, para a EDP;> Soares da Costa / Contacto – Modernização de Escolas, ACE (100%) – Modernização de Escolas do Parque Escolar;> GACE – Gondomar, ACE, (24%) e LGC – Linha de Gondomar, ACE, (30%) ambos relacionados com a empreitada de cons-trução da Linha de Gondomar, Troço Estádio do Dragão-Venda Nova, no âmbito da construção do Sistema de Metro Ligeiro do Porto;> Nova Estação, ACE (25%) – Empreitada de Concepção/Cons-trução dos toscos do prolongamento entre a Estação Amadora Este e a Estação Reboleira da Linha Azul do Metropolitano de Lisboa E.P..

Não obstante a estratégia que a Sociedade de Construções Soares da Costa tem vindo a desenvolver em termos da diver-sificação geográfica inserida no seu já elevado grau de Inter-nacionalização, o mercado nacional continuará a ser uma das prioridades de actuação da empresa. Os resultados económi-cos obtidos por via da actividade nacional, estando aquém da nossa ambição, são, porém, bastante positivos e motivadores. O mercado nacional é o mercado alvo de actuação da sub-sidiária «Contacto». Esta participada registou (em termos de contas individuais) um decréscimo da actividade em 2010 muito acentuado. Provinda, como se sabe, do Grupo Sonae, a sua história pós integração no Grupo Soares da Costa ainda é recente pelo que ainda não teve oportunidade de granjear a diversificação de clientes fora da órbita de origem que possibi-litasse compensar as consequências de uma queda significa-tiva das encomendas daquele grupo económico em resultado do clima geral de restrições de investimento.

Actividade Nacional 2010Engenharia / Infraestruturas - Composição por sub-segmento

Estradas 35,4%

Infraestruturas 16,8%

Túneis 3,1%

Ferrovias 16,4%

Pontes 4,5%

Aeroportos 1,7%

Ambiente 13,4%

Barragens 8,7%

AE TRANSMONTANA - PORTUGAL

Com a adjudicação da Auto-estrada Trans-montana foi concretizada uma grande aspiração dos Transmontanos, para a cons-trução de 130Kms de Auto-Estrada desde Vila Real até à Fronteira .Inclui no Vale do Corgo um Viaduto de cerca de 2.820m, com uma Ponte atirantada com um vão de 300m e com 2 pilares com cerca de 200m.Com esta nova acessibilidade, as viagens passarão a ser feitas com outro nível de conforto, segurança e comodidade em con-traste com os anos 80, em que tantas vezes me desloquei do Porto a Mirandela para visitar a família, pela EN15, pela Serra do Marão e curvas de Murça, onde demorava cerca de 6 horas, em contraste com as 1:30 horas no futuro.Com este novo Projecto, a Autoestradas XXI está a contribuir para que este lindo País à beira-mar plantado se “torne cada vez mais pequeno”...

Manuel Rodrigues de CastroDirector Geral Auto-Estradas XXI – Subconcessionária Transmontana, SA

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32 SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO SGPS, SA /// EXERCÍCIO DE 2010

Este trajecto de substituição está a ser feito progressivamente tendo em 2010 o Grupo Sonae representado 32% da actividade (face a 74% em 2009), um terço respeitou a obras no interior do Grupo Soares da Costa e os restantes 35% para terceiros. No entanto, não se conseguiu evitar a queda acentuada apresentada.Por tipo de obra, 49% respeitaram a edifícios não residenciais (82% em 2009), também 49% respeitante a obras públicas (apenas 12% um ano antes) e 2% respeitando a edifícios residenciais (6% em 2009).Durante o ano de 2010 foram concluídas as seguintes obras:> Construção da Estação Elevatória da Torre do Lóbio, do Adutor de Serpa e do Reservatório de Serpa Norte;> Alargamento da A2 – Coina/Palmela;> Edifício Cais da Fontinha (área Imobiliária do Grupo);> Central Shopping (área Imobiliária do Grupo);> Loja IKEA de Loures;> Leiria Shopping;> Remodelação do Continente do Guimarães Shopping;> Sport Zone Zaragoza;> Modelo de Peniche;> Modelo de Rio Maior.

O VN individual cifrou-se em 73,2 milhões de euros, com um resulta-do operacional de 576 milhares de euros, face aos valores de 142,5 e de 4,6 milhões de euros, respectivamente, em 2009.

A «Clear» é outra subsidiária da sociedade com relevante actividade no país e em Angola neste caso através da sua filial Clear Angola.

Em Portugal, conforme já se previa, o ano foi de difícil execução prática, com o volume de produção em baixa, e as margens operativas a degradarem-se: as obras em curso, angariadas em situação de concorrência muito forte iam exigir grande esforço de coordenação e gestão; com as condições de mercado deteriora-das, a angariação de novos projectos em condições e em tempo útil para alavancarem adequadamente o desempenho do ano tornou-se complicada.Acresce que alguns dos projectos em curso sofreram várias vicis-situdes que conduziram a paragens na produção, em virtude das dificuldades de financiamento sentidas pelos seus promotores. Assim, a empresa voltou a ter dificuldades na ocupação plena da capacidade produtiva, o que obrigou a reagir através da adequa-ção da estrutura de pessoal da empresa a esta situação de contenção. Esta medida ainda teve alguns resultados práticos no exercício, mas fundamentalmente deixa-nos melhor preparados para os próximos anos.O volume de negócios da Clear diminuiu cerca de 10% situando--se em 37,9 milhões de euros, indicando-se de seguida alguns dos projectos objecto da intervenção da empresa no ano em análise:

O “Hospital da Cuf”, no Porto, foi objecto da nossa actividade nas infra-estruturas dos Sistemas de Climatização, Segurança, Electricidade, Hidráulica e Gestão Técnica. Este hospital tem uma área de 47.000m2, distribuídos por oito pisos e três caves de estacionamento. Embora a Clear possua um curriculum notável na execução de instalações especiais hospitalares, a evolução tec-nológica dos materiais e equipamentos colocam-nos todos os dias à prova na implementação de novos métodos e requisitos, o que também aconteceu nesta obra. Salientamos, como exemplo, as “salas limpas” com requisitos de qualidade do ar de acordo com a norma 14644-1. Foi atingido o objectivo, que era a certificação, que se alcançou com classificação ISO 4 e ISO 5, considerada excelente no que concerne a partículas em suspensão no ar para este tipo de espaços.

Nas “Escola de Monserrate” em Viana do Castelo e “Carlos Amarante” em Braga, o nosso trabalho consistiu na realização das infra-estruturas hidráulicas, desde a central de abastecimento de água até aos diversos pontos de utilização, rede húmida de extinção de incêndio e drenagens residuais e pluviais.

Ainda no programa de escolas a colaboração na “Escola das Caldas das Taipas” em Guimarães, também com os mesmos re-

Nuno RibeiroDirector Delegação Madeira

quisitos das escolas anteriores quanto à hidráulica a que acresceu a componente da climatização com as rubricas de Produção de AQS (Água Quente Sanitária), sistema Solar Térmico, Ventilação e Tratamento de Ar dos espaços escolares.

No “Longevity Wellness Resort” Monchique Hotel, a Clear teve intervenção na especialidade de hidráulica.

No “Ecotermolab” edifício para a actividade de Formação para Técnicos de Climatização do ISQ (Instituto de Soldadura e Quali-dade), situado em Grijó, executamos todas as infra-estruturas de ventilação e climatização deste edifício para a actividade de Formação.

Na ampliação e remodelação do “Hospital da Arrábida” para o grupo Espírito Santo Saúde, localizado em Vila Nova de Gaia, instalámos as infra-estruturas eléctricas desde a média tensão até à utilização em baixa tensão, bem como as instalações eléctricas associadas aos blocos operatórios.

O “SafetyProject” no Centro Comercial Arrábida Shopping perten-cente à Sonae Sierra, que englobou toda a instalação de Segu-rança relativa à desenfumagem tanto nos parques de estaciona-mento como na área comercial.

Na área de manutenção, que intervém de forma global e integrada na manutenção e remodelação de equipamentos e instalações é de salientar que, para além da actividade corrente que temos vindo a desenvolver, iniciamos este ano parcerias com a Chamartin (espaços comerciais) com o Município de Braga, e com a Gedaz (espaços desportivos).Quanto ao IBS – Intelligent Building Systems –, desenvolveu parte da sua actividade no apoio técnico em Gestão Técnica e Super-visão à área de negócio de climatização. Também iniciou o apoio e desenvolvimento técnico na actividade supra para as áreas de climatização e electricidade da Clear – Angola.Globalmente o volume de negócios consolidado da área nacional situou-se nos 288,8 milhões de euros, face aos 387 milhões de euros do ano anterior, o que representou uma descida sensível de 25,4%.

Foi com enorme satisfação que participei na empreitada de Reabilitação e Ampli-ação do Hotel S. João. Onde antes havia

um edifício envelhecido e com evidentes sinais de degradação, ergue-se agora

uma boa peça de Arquitectura, ganhando este facto relevância dada a sua grande

visibilidade, inclusive do local onde es-crevo estas linhas…

Para a Soares da Costa tratou-se de uma empreitada importante pela sua dimen-

são, pela sua componente de Engenharia e por ter enriquecido o curriculum no sec-

tor da Reabilitação.

FOUR VIEWS BAÍA HOTEL - MADEIRA

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34 SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO SGPS, SA /// EXERCÍCIO DE 2010

AngolaO mercado de Angola contribuiu globalmente em 2010 com o VN consolidado de 362,1 milhões de euros, cres-cendo 9,9% relativamente ao ano anterior e ocupando pela primeira vez o lugar de primeiro mercado.

Neste mercado é de fundamental importância a activi-dade por parte da Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A. mas também a subsidiária da Clear, a Clear Angola, tem vindo a assumir uma posição de relevo

crescente.Com incidência neste mercado situam-se ainda a «Carta Angola», direccionada para a prestação de serviços de «catering» e comércio de bens alimentares, e a «MTA», no sector dos equipamentos, e que pela especificidade da sua actividade não são neste capítulo desenvolvidas.Com referência à Sociedade de Construções Soares da Costa, SA durante o ano de 2010 neste país, pese o

agravamento do ambiente económico, reflectido na redução dos investimentos, na redução de liquidez no mercado finan-ceiro e no aumento das taxas de juro, a actividade atingiu um nível bastante elevado, ultrapassando as expectativas formula-das no início do ano.

A confortável carteira global inicial constituiu uma base im-portante para a sustentação dos níveis de produção obtidos e que colocaram o mercado angolano numa posição relativa

de máxima importância entre os mercados geográficos de actuação da empresa, não apenas por um andamento menos positivo de outros mercados, mas pelo próprio crescimento em termos absolutos do VN neste país que no ano findo atingiu um máximo histórico, registando um aumento em valor abso-luto de 29 milhões, ou seja +9,3% face aos valores atingidos em 2009 e superando as metas orçamentais previstas.Com mais de quatro dezenas de obras em actividade11 durante o ano merecem especial destaque as seguintes:

> Bayview – TTA – Edifícios de Escritórios > BECHTEL – Liquid Natural Gás Project, Soyo > Edifício do Largo do Ambiente > 1ª Fase do Empreendimento de Kinaxixi > Condomínio Luanda Sul ZR3 > Baía de Luanda – Requalificação da Marginal > Sana Luanda Royal Hotel > Construção do Edifício Torres Dipanda > UNITEL – Edifício Técnico na FILDA > GOE – Museu de Ciência e Tecnologia > Edifício Atrium Independência

A empresa dispõe reconhecidamente neste mercado, nomeada-mente na área de construção de edifícios, de uma capacidade produtiva reforçada e competente: em meios humanos de enquadramento directo e indirecto - onde é notório o reforço significativo ao nível dos colaboradores Angolanos -, e ao nível do parque de equipamentos onde a política de investimento e renovação dos últimos anos evidencia os seus reflexos.Justifica-se aqui, também, uma referência ao projecto da Praia do Bispo que tendo sido inicialmente concebido como um projecto próprio para acolher as futuras instalações da “sede” administrativa da empresa, em Luanda, acabou, em função de uma oportunidade gerada pelo mercado, por ser transaccionado para fora do grupo.

PONTE DA CATUMBELA - ANGOLA

Santos LeiteDirector de ObraPonte sobre o Rio Catumbela

A construção da Ponte sobre o rio Catumbela pro-porcionou-me uma vivência única, que foi a direcção dos trabalhos de uma ponte de tirantes em Angola.O que saliento, em traços muito gerais, foi a neces-

sidade de ultrapassar as dificuldades que radicam na distância aos recursos mais especializados, bem como o contacto com um povo que está mais perto do essencial e com ânsia de melhorar as suas con-dições de vida, inserido numa natureza intensa de

cores e aromas.

11 Com valor de facturação superior a um milhão de euros

(...)proporcionou-me uma vivência única, que foi a direcção dos trabalhos de uma ponte de tirantes em Angola.(...)

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36 SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO SGPS, SA /// EXERCÍCIO DE 2010

No âmbito organizacional, na sequência da eleição dos órgãos sociais da empresa para o triénio 2010-2012 a que já se fez referência noutro capítulo deste relatório, foi institucional e formalmente reconhecida a relevância deste mercado no seio da sociedade (e do Grupo), com a nomeação de dois admi-nistradores executivos com dedicação em exclusividade a Angola. As estruturas organizativas dos diferentes níveis foram reformuladas visando maior funcionalidade e eficiência e uma mais adequada transição para a já assumida futura individuali-zação jurídica da actividade neste país, que se espera venha a ocorrer em 2011.Ao nível das infra-estruturas de apoio à actividade prosseguiram os esforços de investimento no novo estaleiro de Viana, possibi-litando uma complementaridade e melhor distribuição de valên-

cias com as existentes no actual estaleiro central do Cacuaco.Para a Clear Angola, o ano de 2010 também constitui um marco importante com o VN a incrementar-se de modo significativo atingindo o valor equivalente a 52,3 milhões de euros superior em 43,5% ao valor registado no ano anterior (que já havia crescido 35%).Concluíram-se neste período com êxito, obras de difícil execução onde foi demonstrada toda a capacidade da empresa em desen-volver projectos de grande complexidade técnica. Disso são exemplos a ”Clínica Girassol” e o “Centro Recreativo da Sonangol”. Destaca-se também o arranque no terreno da empreitada de construção do edifício sede da Total, em Luanda, em que a Clear Angola participa com as especialidades de electricidade, climati-zação e hidráulica.

âmbito organizacional

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38 SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO SGPS, SA /// EXERCÍCIO DE 2010

Estados Unidos da América

A Prince assume-se como empresa nuclear no âmbito da acti-vidade da construção do Grupo Soares da Costa, nos Estados Unidos da América.A sede da empresa encontra-se localizada em Tampa (Florida), contando ainda com escritórios regionais na Florida (Sarasota, Orlando e Ford Lauderdale) e na Georgia (Cordon e Macon). A Prince está autorizada a exercer actividade também nos Estados da Carolina do Sul e Alabama. Adicionalmente a empresa tem procurado expandir a sua actividade para os Estados da Carolina do Norte e para o Texas através de joint-ventures ou como subempreiteira. Em 2010, com a abertura dos escritórios regionais em Fort Lauderdale (Florida) e Macon (Georgia), a Prince expandiu efectivamente o seu mercado geográfico de actuação.Durante o exercício de 2010, a actividade da empresa situou-se no segmento da construção de infra-estruturas de transporte com clientes públicos, convalidando, assim, uma alteração estratégica importante desde que a empresa foi adquirida pelo Grupo Soares da Costa. Com efeito, em 2008 a empresa não tinha capacidade e valências de construção de pontes. No final do ano 2010, a empresa tem treze pontes em construção. Esta diversificação concede à empresa a oportu-

nidade de competir em projectos que combinam a execução de auto-estradas com a construção de pontes e outras obras de arte, constituindo uma sinergia importante resultante da integração no Grupo.Em 2010, o volume de negócios ultrapassou a centena de milhões de dólares referente a treze projectos. Destaque-se pela relevância em termos de valor durante o exercício findo a US 301 (SR43) e a US301 Sarasota para o cliente Florida Department of Transportation, a SR 25 Design-Build e a SR 50 Design-Build, em Orlando, para a mesma entidade e a Fall Line Freeway para a Georgia Department of Transportation.Globalmente a actividade nos Estados Unidos da América no ano de 2010 cifrou-se num volume de negócios de 79,9 mi-lhões (bastante superior aos 62,8 milhões de euros de um ano antes) e na obtenção de um EBITDA de 2,2 milhões de euros (1,8 milhões de euros em 2009).

Outros mercados internacionais

Para além dos mercados core Portugal, Angola e Estados Unidos da América, a Sociedade através das suas participadas encontra-se actualmente a actuar na Roménia, em Moçam-bique, S. Tomé e Príncipe, Costa Rica e Israel.

Roménia

Como já se disse o país foi dos mais afectados da União Europeia pela crise económica internacional, e a condução das políticas de redução do défice orçamental introduziu severas cortes no investimento público, com sérios reflexos na insuficiência da procura no sector da construção.Ao nível da produção foram concluídas, no âmbito do Con-sórcio com a MAEC, a obra, de estradas, de Lugoj e a obra, de infra-estruturas de águas e esgotos, de Pitesti, ambas dentro do prazo estabelecido.Na obra de Blaj, em garantia, concluiu-se a execução de uma alteração, solicitada pelo cliente.Mantém-se em execução, no âmbito do Consórcio com a MAEC, a obra de Galati (Obra de infra-estruturas de águas e esgotos), cuja conclusão se prevê venha a ocorrer até Setembro de 2011.

Em parceria com a empresa espanhola ISIS Europa, foram iniciados e concluídos, em 2010, os trabalhos do Parque Eólico de Pestera e do Parque Eólico de Cernavoda, para a EDP Reno-váveis, esta adjudicada ainda durante o ano.Por sua vez, em parceria com a empresa romena S. C. EUROCONSTRUCT TRADING 98 S.R.L., iniciou-se a obra pública de estradas “Modernizare DJ 703I”. No entanto, os trabalhos encontram-se nesta altura suspensos devido ao mau tempo e para compatibilização de partes dos projectos de execução pelo Dono de Obra.Estes condicionalismos levaram a uma redução muito signifi-cativa do VN neste mercado podendo dizer-se que, a par da redução do VN da Contacto, são estes os factores fundamentais da redução global do VN consolidado da sociedade.

......

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40 SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO SGPS, SA /// EXERCÍCIO DE 2010

Moçambique

Moçambique é, também, um mercado de intervenção de longa data da Soares da Costa. Para além da actividade directamente desenvolvida pelo estabelecimento estável da empresa construtora nacional, a actividade é desenvolvida através da Soares da Costa Moçambique, SARL, subsidiária de direito Moçambicano, detida pelo Grupo em 80% através da sociedade a que respeita este relatório.

Este mercado merece uma referência importante neste relatório não só pelo acréscimo significativo do VN e rentabili-dade mas pela relevância, qualidade e importância das obras/projectos que tem em desenvolvimento.

No âmbito da construtora nacional assumiu em 2010 particu-lar relevância o desenvolvimento da obra correspondente ao Projecto da Construção da Vila dos X Jogos Africanos, já angari-ada durante o ano, e que inclui a Construção de 848 fogos de tipologia T3, um Complexo de Piscinas Olímpicas e respectivas bancadas, bem assim como todas as redes de infra-estruturas e viárias que servirão este Complexo. Esta obra tem todos os meios humanos e de equipamento mobilizados e encontra-se em produção em todas as frentes de obra, situação facilitada pelo funcionamento e operacionalidade do suporte financeiro

do Projecto, com a Linha de Crédito devidamente contratada e estabelecida entre o Governo Moçambicano e o Governo Português, o que habilita à regularidade de toda a tramitação inerente ao processo de facturação e pagamentos.

Para além deste projecto, e também em consórcio, é de referir a angariação e contratação de dois lotes da Obra de Reabili-tação da Estrada Nº 221, na província de Gaza: Lote Combu-mune – Mapai e Lote Mapai – Chicualacuala, numa extensão total de cerca de 187,0 km, e que se encontra em fase de início de mobilização de meios humanos e de equipamentos, bem como da execução do respectivo projecto. Neste caso, aguarda-se a operacionalização e contratação da Linha de Crédito que dará cobertura à sua execução.

Procedeu-se também em 2010 ao início dos trabalhos da construção da Nova Ponte de Tete, com a mobilização dos primeiros recursos humanos e de equipamentos para o local, obra que, no quadro da política de PPP’s da República de Moçambique, foi concessionada a uma empresa - “Estra-das de Zambeze” - onde a “Soares da Costa Concessões” se integra, fazendo a Sociedade de Construções Soares da Costa, SA, parte do consórcio construtor.

VILA DOS JOGOS AFRICANOS - MOÇAMBIQUE

Esta concessão inclui, para além da construção da Nova Ponte de Tete, a construção dos troços de estrada que constituem o seu acesso, as manutenções da já existente Ponte Samora Machel na mesma cidade e da estrada que constitui o eixo viário que liga Cuchamano e Zóbuè, o que irá proporcionar, através do tráfego de pesados, o escoamento dos produtos carboníferos de Moatize e de tabaco de Tete, e os de carga geral que circula de e para o Malawi, Zimbabué e Zâmbia, e o descongestionamento do tráfego que hoje se verifica na travessia da única Ponte existente.

Já especificamente falando da Soares da Costa Moçam-bique, SA a evolução da produção durante o exercício de 2010 suplantou as expectativas que se haviam formulado, quer em volume quer em rentabilidade. Neste período foram concluídos os seguintes projectos: > Construção de Complexo de 30 Salas de Aula para a USTM - Maputo;> Construção de 20 Salas de Aula para a UP - Maputo;

> Reabilitação e Ampliação das Instalações do INAC - Maputo;> Construção de Edifício para as TDM - Lichinga;> Construção do Anfiteatro do Centro de Ensino à Distância – Lichinga.

E iniciados os que abaixo são listados:> Construção do Hotel Vip Tete;> Construção do Posto de Combustíveis Petromoc Muelé - Inhambane;> Construção do Parque de Estacionamento da Feira do Artesanato - Maputo;> Construção do Silo-Auto anexo ao Edifício Millennium Developers - Maputo;> Reabilitação da Residência Oficial do Banco de Moçambique - Maputo;> Reabilitação de Instalações para o Call Center das TDM - Maputo;> Requalificação de Edifícios da HCB - Songo;> Reabilitação do Mercado Central de Maputo.

moçamb

ique

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42 SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO SGPS, SA /// EXERCÍCIO DE 2010

S. Tomé e Príncipe

Neste mercado a actividade é desenvolvida através da sub-sidiária: Soares da Costa, STP Construções, Lda.

Tendo sido 2010 um ano marcado pela realização de eleições legislativas a meio do ano neste país, e juntando a prudência de um Governo em fim de mandato com a necessidade de programação de um novo Governo, o nível de investimento público em S. Tomé e Príncipe sofreu uma estagnação durante o ano de 2010.

A actividade da Sociedade de Construções Soares da Costa neste país viu-se limitada em 2010 ao andamento da Escola Secundária da Trindade, um edifício constituído por dois edi-fícios com salas de aula, serviços administrativos e de apoio, um auditório exterior, um ginásio coberto, um campo de jogos exterior e todas as suas infra-estruturas exteriores complemen-tares para o seu perfeito e integral funcionamento, estando a sua finalização prevista para Abril de 2011.

A operação em S. Tomé e Príncipe funcionou, ainda, como base fixa de apoio a uma outra operação, que reputamos de interesse superlativo. Trata-se da programada intervenção na Guiné Equatorial, para a qual foi já constituída uma Empresa, e para a qual se espera obter a Aprovação de Estabelecimento necessária ao início de actividade naquele País durante o ano já corrente. É um novo Mercado, no qual a Soares da Costa Construção deposita grande esperança.

Costa Rica

Neste mercado, a actividade de construção da Empresa funciona como suporte à implementação no terreno da Área das Concessões do Grupo, dando corpo a uma estratégia de aproveitamento de sinergias e complementaridades, sem esquecer a vertente da rentabilidade individual que se procura.

A actividade é exercida por via da Sociedade de Construciones Centro-Americanas que é uma sociedade de direito local, detida a 100%.

Esta sociedade detém participações de 17% em duas outras sociedades que levam a efeito dois grandes projectos que se integram no subsegmento das Infra-estruturas rodoviári-as. Um deles - a empreitada de concepção/construção da Auto-Estrada San José – Caldera, que compreende uma extensão aproximada de 76 Km, foi entregue e recep-cionada provisoriamente e posta em funcionamento para exploração. A exploração é da responsabilidade da con-cessionária “Autopistas del Sol”. Nesta, a Soares da Costa Concessões é igualmente detentora de uma participação de 17%.

O outro projecto, similar, respeita à auto-estrada entre San José e San Ramón tem vindo a ser protelado por motivos que respeitam ao atraso no “Financial Close”.

Israel

Em Israel, a participação da Soares da Costa acontece por via da colaboração com a Área das Concessões do Grupo, no âmbito do projecto do Metro de Telavive. Para além da sucursal da Sociedade de Construções Soares da Costa, SA, esta sociedade possui uma participação de 30% no con-sórcio da construção “Israel Metro Builders” (IMB), que é consolidado proporcionalmente.

Este projecto (e consequentemente a actividade) foi condicionado inicialmente pelo atraso na concretização do “Financial Close”, depois pela intenção abrupta do “dono da obra” de pôr termo unilateralmente ao contrato de con-cessão, conforme é do conhecimento público12.

A sociedade partilha da convicção da sociedade conces-sionária, parte do processo, de que não há fundamentos para aquela rescisão unilateral e aguarda a decisão que sobre este litígio vier a ser tomada pelo Tribunal Arbitral. Reconhece-se, contudo, que a realização dos activos rela-cionados designadamente os que resultam da incorporação proporcional da IMB pode estar dependente do sentido desta decisão.

SAN JOSÉ CALDERA - COSTA RICA

Luis Artur Souto Economista Delegação Costa Rica

A estrada San José – Caldera é uma via fundamental de ligação entre a capital de Costa Rica e um dos principais por-tos de mar do Pais, Caldera. Esta nova infraestrutura reduz em cerca de 2 ho-ras a proximidade da capital à costa do Pacifico, melhorando sobremaneira, quer em tempo quer em custo o transporte de mercadorias até à capital.

12 http://web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/FR29785.pdf

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44 SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO SGPS, SA /// EXERCÍCIO DE 2010

3.3. – ÁREA COMERCIAL

À área comercial das empresas participadas depararam-se em 2010 condições gerais de baixa procura do mercado nacional da construção, com uma conjuntura depressiva do mercado privado, também fruto das dificuldades de financiamento e de liquidez das empresas, e um corte significativo, por imperativos orçamentais, no volume e ritmo de execução do investimento público, assistindo-se inclusivamente a um recuo na implemen-tação de programas públicos estruturantes há muito anunciados. Casos houve em que foram suspensos, ou mesmo cancelados, contratos já formalizados, situação inédita em Portugal.Como positivas excepções, cabe a referência ao programa de modernização do Parque Escolar (envolvendo centenas de esta-belecimentos de ensino público em todo o País) e o bem estru-turado plano do Empreendimento de Fins Múltiplos do Alqueva, que a EDIA vem promovendo com notável êxito. Em ambos os casos, distinguem-nos com a sua confiança.O investimento privado, ressentindo-se da escassez do crédito, na generalidade, retraiu-se e reservou-se para melhor oportuni-dade. Ressalve-se o plano de reforço de potência e construção de barragens, promovido pela Energias de Portugal (EDP). Exem-plar no cumprimento do seu programa de investimento que, a prazo, irá reduzir a dependência energética do país. Nele temos vindo a dar o nosso contributo e procuraremos, com afinco e inovação, reforçar a nossa presença.O desempenho comercial da Sociedade de Construções Soares da Costa no mercado doméstico, foi afectado, natu-ralmente, pela reduzida procura, concorrência desenfreada

e degradação de margens. Neste particular, houve que nos ajustarmos à situação, todavia, sem nunca abdicarmos das mar-gens necessárias à sustentabilidade da empresa e à garantia da qualidade dos trabalhos que nos propomos executar.Apesar da envolvente depressiva referida, foi possível contratar um conjunto importante de empreitadas, das quais se salientam:> Pousada da Cidadela de Cascais (Grupo Pestana);> Pousada da Serra da Estrela (ENATUR);> Bloco de Rega de Aljustrel (EDIA);> Bloco de Rega de Pedrógão 3 (EDIA);> Acessos Rodoviários à Plataforma Logística de Lisboa Norte (BRISA).

Pela dimensão (1.400 milhões de Euros), complexidade e sin-gularidade do processo burocrático, merece destaque o contrato de concepção e construção da primeira linha ferroviária de Alta Velocidade a ser construída em Portugal, para velocidades de 350 Km/h, (lanço Poceirão/ Caia), cujo agrupamento construtor a Soares da Costa lidera. Foi de novo sujeito a concurso e ganho pelo nosso Grupo. Deu-se satisfação, através da reforma do contrato existente, a todas as exigências que foram postas pelo Concedente.

Já no final do ano sob análise, um outro agrupamento (“SALVEO”) por nós liderado, foi declarado vencedor do concurso internacio-nal para a concepção, construção e manutenção do futuro Hospi-tal de Lisboa Oriental (vulgo Hospital de Todos-os-Santos). Trata--se da mais moderna e importante unidade hospitalar da capital. Espera-se que todo o processo que formaliza a contratação possa estar concluído durante 2011.

A dimensão da carteira angariada nos últimos exercícios permitirá que não nos desviemos da estratégia comercial que, prudentemente, nos tem guiado: privilegiar a rentabilidade so-bre o volume (a ser compensado com vantagem no mercado externo) mantendo-se ritmos de crescimento sustentáveis.

Com referência à «Contacto» continuar-se-á a privilegiar, em termos de estratégia comercial, a diversificação de clientes e mercados, procurando novas oportunidades de negócio, favorecendo a adaptação a diferentes regimes de contratação.

No âmbito desta estratégia comercial, continua-se a promover a constituição de acordos com outras empresas de forma a serem alcançadas sinergias e complementaridades para as obras a concorrer e/ou a executar. Com base em critérios de competitividade, qualidade, desempenho, capacidade técnica e financeira, cumprimento de prazos, segurança, preocupações ambientais, cumprimento de legislação vigente e normas aplicáveis, entre outros, a empresa avalia os fornecedores e subempreiteiros na execução das diversas obras. O cumpri-mento de todos os requisitos definidos permite qualificá-los, e integrá-los na lista de empresas que prestam serviços à Contacto de forma estável e continuada.

Em linha com a trajectória negativa que o sector da construção tem vindo a registar desde 2002, em 2010 foram apresen-tadas propostas a clientes no montante de 330 milhões de euros, registando-se adjudicações no montante de 56 milhões de euros, correspondendo a uma taxa de sucesso de 17%, superior à do sector, mas bastante inferior ao nível de 40%

obtido em anos transactos. A diminuição desta taxa resulta da significativa diminuição do volume de empreitadas em regime de “open-book” adjudicadas pelo cliente Sonae, comparativa-mente aos exercícios mais recentes.

Em Angola também foi visível, na esteira, aliás, do que já se observara em 2009, um arrefecimento na área da construção em reflexo da diminuição dos investimentos públicos e priva-dos, tendo por isso também diminuído o número de concursos lançados. Ainda assim, a empresa conseguiu garantir várias adjudicações e contratações que situa a carteira global, no final do exercício, a um nível que permite encarar a actividade em Angola nos próximos dois anos, com razoáveis expectativas.

Neste mercado entre as obras angariadas no exercício são de destacar: Execução da 1ª fase do Projecto Luanda Towers, num total de 125.000 m2 de construção, em consórcio com a Mota-Engil, Edifício do 1º Congresso da futura Sede do BESA, Acabamentos e Especialidades do Hotel da Ilha. Entre outras, não se deixa ainda de referir diversas obras nas Áreas Indus-triais da Base Logística e Portuária de Luanda.

A consolidação dos objectivos definidos em 2009 de diver-sificação e extensão geográfica de actuação no mercado Angolano começam a dar os primeiros sinais de evolução, nomeadamente no Soyo e Benguela, onde se registaram os primeiros resultados com a adjudicação do Projecto de Cons-trução de uma escola no Soyo e, também a negociação com o BESA, em fase avançada, para a construção do Edifício Sede do BESA no Lobito.

área comercial

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46 SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO SGPS, SA /// EXERCÍCIO DE 2010

Foram ainda apresentadas propostas em diversas cidades de Angola, designadamente Huambo, Saurimo, Uíge e Ondjiva.

Quanto ao âmbito de actuação da Clear Angola esta empresa teve um bom desempenho comercial no ano findo que se con-substanciou na angariação de novas obras no valor de 4.269 milhões de Kwanzas. Ainda assim a Sociedade de Construções Soares da Costa manteve-se como principal cliente directo. A área da climatização obteve contratos directos fora do Grupo no montante de 351 milhões de Kwanzas, sendo de desta-car a empreitada de remodelação de escritórios da Sonangol Distribuidora, e a construção do Edifício Metropolis.

De entre as obras angariadas merece especial referência:> O Edifício Dipanda com um valor de adjudicação superior a 19 milhões de dólares, a realizar para a Soares da Costa. É um conjunto formado por dois edifícios e três caves, para uma utilização mista de escritórios e habitação, situado no centro de Luanda, em que a Clear Angola participa nas três especiali-dades;

> A requalificação do Edifício Sede da Sonangol Distribuidora a realizar para a Somague. Trata-se de um edifício de escritórios, com nove pisos, dos quais três enterrados, situado no Largo da Mutamba, em Luanda, em que se participa com a especiali-dade de climatização;

> Na construção do Edifício Metropolis para a empresa FDO--ABB está-se presente, também, com a especialidade de climatização. É constituído por doze pisos, três dos quais enterrados, com destino a uma utilização mista de comércio e serviços;

> O Edifício Sagrada Família I para Soares da Costa. É um imó-vel situado em Luanda na zona com o mesmo nome, composto por cinco pisos enterrados e treze acima do solo, destinado a escritórios. A Clear Angola participa com a hidráulica.

Em Moçambique, o nível de adjudicações e novas contratações em 2010 decorreu num ritmo relativamente consis-tente, o que permite continuar a encarar o próximo exercício, bem como os seguintes, neste mercado, com alguma tranquilidade. Assumem especial relevância, neste contexto, a angariação e contratação de dois projectos já aludidos acima na secção da Produção, a saber:

> Construção e Reabilitação da Estrada N221, na província de Gaza, com a adjudicação dos lotes Combumune – Mapai e Mapai – Chicualacuala, num total de cerca de 187,0 km;

> Projecto da Construção da Vila dos X Jogos Africanos e que inclui a Construção de 848 fogos de tipologia T3, um Complexo de Piscinas Olímpicas e respectivas bancadas, bem assim como todas as redes de infra-estruturas e viárias que servirão este Complexo.

Neste mercado e agora tomando por referência a subsidiária local importa referir que o nível de angariações durante o exercício do ano de 2010 foi idêntico ao registado no exercício anterior, possibilitando uma carteira firme para o ano de 2011 de cerca de 30 milhões de euros.

Objectivando aumentar o potencial universo de angariação de obras, tem vindo a desenvolver-se trabalho em quase todo o país, pelo que, à data de fim do exercício, a empresa marca presença nas províncias de Maputo, Gaza, Inhambane, Tete e Niassa.

Para além disto, e como política geral, tem-se mantido uma postura de selectividade na oferta, optando, sobretudo, por concorrer a obras de clientes certificados que ofereçam seguras garantias de pagamento.

Globalmente a carteira no fim de 2010, neste mercado, ga-rante a actividade para cerca de dois anos ao nível do ano findo.

Na Roménia, durante o ano findo, não foram reunidas con-dições muito propícias à actividade da construção em função das condições de recessão já aludidas em capítulo anterior, designadamente na decorrência das fortes contenções ao investimento público e privado, a que se associou alguma conturbação e instabilidade aos níveis social e político.

Salienta-se a adjudicação da Empreitada do Parque Eólico Cernavada II em Constança, para Global Energy Services

CAIA - MOÇAMBIQUE

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48 SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO SGPS, SA /// EXERCÍCIO DE 2010

(GES) - SIEMSA, que vem na esteira da já verificada em finais do ano passado do Parque Eólico Pestera, na mesma cidade.

Neste mercado, a empresa procedeu durante o ano de 2010 ao estudo, preparação e apresentação de 22 propos-tas no montante global de cerca de 794 milhões de euros. Destes projectos apenas um foi adjudicado à empresa, aguardando-se relativamente à maioria dos restantes a decisão das comissões de avaliação. Nestes, aguarda-se a decisão da EDP Renováveis relativamente às duas propos-tas apresentadas para os Parques Eólicos de Sarichioi e de Vutcani.

As perspectivas de melhoria do clima económico já para 2011, em que se projecta um crescimento que poderá rondar os cerca de 1,5%, e a normalização das variáveis macroeconómicas que conduziram à adopção de medidas de índole orçamental severamente restritivas, cria melhores expectativas relativamente à calendarização e progressiva concretização dos programas de investimento nos Aero-portos, Auto-estradas, Ambiente, Energia, Infra-estruturas, Hospitais, etc., ainda por realizar.

A exiguidade do mercado de S. Tomé e Príncipe associada à realização de eleições durante o ano implicou praticamente a inexistência de concursos públicos na área da construção de

dimensão aceitável. Também ao nível privado os projectos já apresentados em anos anteriores não tiveram avanço. São exemplos o porto de águas profundas, o porto logístico, o hotel de 5 estrelas da Laaico no centro de São Tomé e o condomínio junto à Praia do Governador também da Laaico, para citar ape-nas os maiores. A empresa mantém-se atenta a oportunidades nos países limítrofes, e espera apresentar-se ao concurso de re-qualificação da estrada que liga a cidade de São Tomé às Neves que está programada no Orçamento de Estado de 2011.

Com referência à actividade comercial nos Estados Unidos da América há a destacar como acontecimentos principais:

> a qualificação pelo Georgia Department of Transportation do agrupamento Georgia Mobility Partners que integra a Prince para a shortlist do West by Northwest Public Private Partnership Project. O segmento 1 deste projecto tem um custo de construção de 1,1 mil milhões de dólares e o segmento 2 tem um custo de construção de 1,2 mil mil-hões de dólares. Este agrupamento é liderado pela Cintra, Meridiam e Soares da Costa Concessões tendo na equipa de construção a Ferrovial Agroman e a Prince;

> No ano de 2010, a Prince angariou o valor de 221 milhões de dólares, correspondente à adjudicação de sete novos projectos. No mercado da Florida Central localizam--se cinco deles no valor global de 81 milhões de dólares. Por sua vez, em alinhamento com a sua estratégia de crescimento e de alargamento e expansão do seu âmbito geográfico de actuação obteve também dois significativos projectos em regiões definidas como alvo: o Sudoeste da Florida e a Georgia. Com a adjudicação do projecto I-595 Express 75 (um projecto de 86 milhões de dólares para a Dragados), a Prince estabeleceu a sua presença no Sudoeste da Florida enquanto o projecto I-75 em Macon, Georgia (no valor de 54 milhões de dólares), constituindo o segundo projecto para o Georgia Department of Trans-portation, solidificará a Prince como construtor dominante neste novo mercado regional.

Por outro lado, deram-se passos significativos na ex-ploração de outro campo de intervenção da sociedade e do Grupo nos Estados Unidos da América como construtor--inovador. A Prince e a Soares da Costa Concessões for-maram parcerias para concurso a projectos de concepção-construção e de parcerias-público-privadas. Neste âmbito e como se disse acima a Prince e a Soares da Costa Concessões fazem parte da short-list para o projecto West by Northwest em Atlanta no valor de 2,3 mil milhões de dólares.

A empresa apresentou em 2010 propostas no valor global de 840 milhões de dólares (face a 689 milhões em 2009) tendo aumentado o valor médio por proposta de 17,1 milhões em 2009 para 24,7 milhões de dólares em 2010. A taxa de sucesso durante o ano de 2010 situou-se em 20,6% em número de concursos e em 26,3% no que se refere a valor.

COSTA RICA

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50 SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO SGPS, SA /// EXERCÍCIO DE 2010

Na Costa Rica, a Soares da Costa, compreendendo e dando seguimento às prioridades do Governo da Costa Rica foi-se posicionando e apresentando propostas várias na área da reabilitação de pontes um pouco por todo o país. No final do ano, foi adjudicada à empresa a reabilitação de uma dessas pontes (empreitada a iniciar em Janeiro de 2011). Aguarda-se, entretanto, a sequência deste programa tendo sido já entregues algumas propostas neste final do ano e estando outras em estudo.

Durante o ano de 2010, foi também a empresa pré-qualificada para o Projecto de um Hospital a edificar na capital, San José, concurso este que irá ser aberto às empresas pré-qualificadas previsivelmente durante o decorrer de todo o ano de 2011.

Continuou-se, durante o ano de 2010, a prospecção de mer-cados alternativos que possam compensar a menor procura em Portugal. Neste âmbito, do estabelecimento de represen-tações nos Emiratos Árabes Unidos (Abu Dhabi) e México, não surgiram até agora os frutos esperados e o lançamento feito de bases para a angariação de novos negócios no norte de África francófona e Líbia sofrem reveses da actual conjuntura geopolítica.

Carteira de EncomendasTraçada uma panorâmica por mercados e empresas, o quadro seguinte reflecte o back-log da área de construção e a sua evolução entre finais de 2009 e 2010:

3.4. – RECURSOS HUMANOSOs recursos humanos constituem um dos mais importantes factores de competitividade e desenvolvimento das organiza-ções.Consolidados que estão os princípios e as linhas de orientação estratégica em matéria de desenvolvimento de Recursos Hu-manos no seio do Grupo, tem-se vindo a implementar e a con-solidar, paulatinamente, no âmbito das participadas da Soares da Costa, Construção, SGPS, S.A., um conjunto de metodologias e boas práticas promotoras do incremento do Capital Humano.

Recrutamento e SelecçãoEm linha com a política geral de recrutamento e selecção defi-nida para o Grupo Soares da Costa, a Soares da Costa – Cons-trução, SGPS, S.A. procurou em 2010 dar continuidade a uma estratégia de recrutamento que garantisse na admissão de novos colaboradores não só as competências requeridas para a função, mas também um significativo potencial de desenvolvi-mento profissional.

Tomando a diversificação e a internacionalização como dois dos principais vectores de orientação estratégica, procurámos, em sede de recrutamento e selecção, satisfazer necessidades imediatas de recursos humanos, perspectivando o futuro, nomeadamente na incorporação de capital humano com valências alinhadas com a evolução previsível do portfólio de negócios das empresas compreendidas na área de negócio Construção.

O recrutamento interno foi em 2010 uma abordagem prefe-rencial no preenchimento de vagas, o que tende a potenciar a gestão de carreiras, com os consequentes ganhos de moti-vação dos colaboradores, assim como permitiu reduzir custos com processos de recrutamento externo e integração de novos colaboradores.

A admissão de novos colaboradores foi orientada em função das perspectivas de reorientação de mercados, impondo critérios de elevada exigência e visão estratégica, que possi-bilitem a incorporação de competências diferenciadoras e com elevado valor acrescentado para o negócio.

FormaçãoA Soares da Costa – Construção, SGPS, S.A. vislumbra na for-mação uma técnica de desenvolvimento de recursos humanos que importa utilizar, estrategicamente, no alinhamento do capital humano com o essencial dos planos de negócios das empresas que compõem esta sub-holding.

Em 2010 o investimento na formação dos colaboradores da Soares da Costa – Construção, SGPS, S.A. traduziu-se num total de 30.895,8 horas de formação, o que envolveu 1.156 formandos e implicou um total de 78.709,47g de custos com inscrições em acções de formação.

Importa também destacar as áreas do conhecimento que tiveram maior expressão em acções de formação ministradas em 2010. A Engenharia de um modo geral reuniu o maior número de horas de formação – 20.068, enquanto a área de

€ milhõesTotalPortugal

Angola

EUA

Moçambique

Roménia

S. Tomé e Príncipe

Costa Rica

Dez. 20101.591.617

711.725

446.408

197.349

170.200

7.192

15.261

43.482

%100,0

44,7

28

12,4

10,7

0,5

1

2,7

Dez. 2009*1.378.432

581.158

562.287

96.355

73.631

31.214

18.980

14.807

%100,0

42,2

40,8

7

5,3

2,3

1,4

1,1

Var. %15,5

22,5

-20,6

104,8

131,2

-77

-19,6

193,7

* Retirou-se o valor do projecto do Metro de Telavive, para efeitos de comparabilidade

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52 SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO SGPS, SA /// EXERCÍCIO DE 2010

Qualidade, Ambiente e Segurança se posicionou a seguir com um total de 6.674 horas.

Avaliação de DesempenhoO Sistema de Avaliação de Desempenho em vigor nas empre-sas participadas pela Soares da Costa – Construção, SGPS, S.A. tem como principais objectivos promover o desenvolvimento profissional dos colaboradores, premiar a excelência e incre-mentar os resultados operacionais daquelas empresas.Preconizamos um sistema que compromete o desempenho individual com os resultados da equipa, da empresa e do Grupo, por forma a incutir co-responsabilização, cooperação e coesão no seio das equipas de trabalho. Sustentamos, ainda, um sistema de avaliação que equilibre indicadores de desem-penho baseados em resultados dos processos, actividades ou tarefas, com indicadores qualitativos que apreendam o padrão de atitudes com que as pessoas pautam o exercício das suas funções.

Consideramos que em 2010 o Sistema de Avaliação de Desempenho das empresas participadas pela Soares da Costa Construção, SGPS, S.A., consolidou a sua consistência de estrutura e mecânica de funcionamento, mas importa ainda introduzir ajustamentos com vista a melhorar a fiabilidade dos processos e atingir a almejada maturidade do sistema.

Avaliação de Potencial e Gestão do TalentoO processo de Avaliação de Potencial e Gestão do Talento levado a cabo em 2010 nas empresas participadas pela Soares da Costa – Construção, SGPS, S.A., surge no âmbito de uma política integrada de gestão de recursos humanos. Tem como objectivos recolher de forma sistematizada, criteriosa e fidedigna um conjunto de informações que permita identificar quadros de elevado potencial e, a partir desses dados, gerir, potenciar e reter, com visão estratégica, o talento que encon-tramos no nosso capital humano.

O processo de avaliação conjuga, de forma integrada, dados relativos a competências técnicas, competências operacionais de índole comportamental, interesses profissionais, factores motivacionais, projecto de carreira, disponibilidade para mobili-dade internacional, entre outros aspectos.

Em 2010 iniciou-se a criação da base de dados que irá conter os resultados de todos os processos de avaliação de potencial. Trata-se de uma plataforma informática que será consultada pelos próprios participantes, pelas chefias, directores gerais e administradores no sentido de potenciar a identificação dos colaboradores certos para os lugares certos. Desta forma, tere-mos mais uma fonte estratégica de informação que auxiliará a tomada de decisões de recrutamento interno.

Número de TrabalhadoresNo ano de 2010 o número médio de trabalhadores ao serviço das empresas consolidadas pelo método integral foi de 5.598 trabalhadores (face ao número de 5.406 um ano antes). A sociedade individualmente dispõe de três efectivos.Em termos consolidados os custos com pessoal assumiram o valor de 135,0 milhões representando 17,7% dos custos operacionais (face ao valor de 126,5 milhões de euros e 14,5%, respectivamente, no ano de 2009).

4. Situação Económico-FinanceiraCONTAS INDIVIDUAISApresentam-se em seguida alguns aspectos fundamentais re-flectidos pelas demonstrações financeiras individuais da Soares da Costa Construção, S.G.P.S., S.A.

A demonstração da posição financeira ao nível dos activos traduz uma variação anual de 56,8 milhões de euros, distribuída por um aumento de 13,4 milhões no activo não corrente (fun-damentalmente explicado pela variação nos empréstimos con-cedidos a subsidárias) e 43,4 milhões em dívidas de terceiros.

Quer num caso (investimentos financeiros) quer noutro (dívidas de terceiros) as variações respeitam a relações com Empresas do Grupo.

O aumento verificado no activo é sopesado, no outro membro do balanço, pelo aumento do passivo de 59,5 milhões de euros e numa redução dos capitais próprios de 2,7 milhões de euros. É de referir duas notas:

(i) Este aumento de passivo é interno ao Grupo, uma vez que o endividamento bancário da sociedade é muito reduzido (cerca de 291 mil euros);

(ii) A redução nos capitais próprios foi propiciada pela distribuição de dividendos sobre o resultado do ano anterior (9 milhões de euros), a que acresce a distribuição ao accionista único, durante o segundo semestre, de dividendos antecipados (6,5 milhões de euros) por conta dos resultados de 2010.

Durante o ano de 2010 não se registou a alienação de participações financeiras mas a demonstração de resultados traduz o valor bastante significativo dos rendimentos de participação de capital, no montante de 17,2 milhões de euros, face ao valor de 15,1 mi-lhões de euros no ano anterior, proveniente de dividendos auferidos da Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A., 10,0 milhões de euros, da Contacto no valor de 5,0 milhões de euros, 2,0 milhões de euros da Clear e de 0,2 milhões de outras pro-veniências.

Os resultados operacionais fixaram-se em -1,2 milhões de euros respeitando aos custos de funcionamento (0,7 milhões de Custos c/ Pessoal e 0,5 milhões de Fornecimentos e Serviços Externos).O custo líquido de financiamento situou-se em -4,5 milhões de euros, melhor do que os -5,4 milhões registados no ano anterior.O resultado líquido do exercício situou-se em 12,8 milhões de euros elevando os capitais próprios no final do exercício a 105,3 milhões o que proporciona um rácio de autonomia financeira de 33,2%.

CONTAS CONSOLIDADASEmbora não seja legalmente obrigada a apresentar contas consoli-dadas, uma vez que, sendo detida pela sociedade Grupo Soares da Costa, SGPS, S.A. entidade cotada e líder do Grupo, é a esta que compete a sua elaboração e apresentação, as contas consolidadas dão informação muito relevante e pertinente sobre este segmento de negócios. É, pois, com referência a estas contas consolidadas da Soares da Costa Construção, S.G.P.S, S.A., elaboradas, segundo o «pa-drão» IAS/IFRS, que passamos a transmitir as informações e análise seguintes: Volume de NegóciosO Volume de Negócios atingiu no exercício de 2010 o valor de 800,0 milhões de euros que compara com 874,4 milhões de euros no ano anterior (- 8,5%).O próximo quadro apresenta a estratificação do volume de negócios consolidado da área construção por mercados geográficos.

Acentuou-se significativamente o peso relativo do mercado externo que, tendo crescido globalmente em termos de variação anual (+4,9%), passou a representar 63,9% do Volume de Negócios total.

Com efeito, analisando a distribuição do VN por mercados o facto mais notório é a descida do mercado nacional que em valor absoluto se cifrou em -98,2 milhões, descida essa de magnitude superior à variação total (-74,4 milhões).

Este facto deve-se à restrição da procura do mercado nacional profusamente ilustrada pelos diversos indicadores referidos aquando da análise do enquadramento do sector e, no caso da sociedade, pelos efeitos específicos produzidos na subsidiária Contacto em que o volume de negócios individualmente desceu 69,4 milhões de euros.

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54 SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO SGPS, SA /// EXERCÍCIO DE 2010

ResultadosSe o volume de negócios teve o comportamento acima assi-nalado, os resultados ao nível operacional situaram-se num patamar de significativa eficiência. Com efeito, o EBITDA foi de 53,0 milhões, reduzindo-se dos 56,0 milhões do ano anterior apenas por virtude do efeito do VN. A margem EBITDA/VN registou, aliás, uma melhoria dos 6,4 para 6,6% do VN, o que é notável, considerando o clima de concorrência agressiva que se vive no sector, factor este majorado pelos desequilíbrios que ainda se vivem pelo excesso de oferta em especial em certos segmentos.

Os resultados financeiros agravaram-se passando de -8,2 mi-lhões de euros em 2009 para -15,3 milhões de euros.

Os factores de agravamento geral das condições de financia-mento, aumento da dívida líquida (net-debt), e uma evolução comparativa desfavorável na balança cambial explicam esta evolução.

Os resultados líquidos consolidados da Soares da Costa Cons-trução, SGPS, SA, ascenderam a 13,4 milhões de euros, natu-ralmente, inferiores aos 22,8 milhões alcançados em 2009. No contexto actual depressivo do sector e tendo presentes as con-dições actuais de financiamento e de liquidez das empresas o registo de uma rentabilidade líquida consolidada de 1,7% não pode deixar de merecer uma análise positiva.

Balanço. Evolução dos ActivosA demonstração da posição financeira consolidada evidencia um aumento do activo total que passou de 1.023,4 milhões em 31.12.2009 para 1.076,2 milhões de euros em 31.12.2010, por força de uma redução do activo não corrente (-5,8 mi-lhões), mas com um aumento expressivo no activo corrente (+58,6 milhões de euros).

No activo não corrente inexistiram alterações significativas ao nível do Goodwill, Activos intangíveis e Investimentos Financeiros, que mantêm expressão quantitativa e naturezas similares, concentrando-se a redução verificada ao nível dos activos fixos tangíveis fruto, em termos líquidos, do desinves-timento no empreendimento Praia do Bispo em Angola, que em 2009 transitava no Imobilizado em Curso.

Ao nível do activo corrente as alterações mais significativas

centram-se num aumento considerável nos clientes (+98,1 milhões de euros). Este aumento importante, para além da ge-neralizada degradação geral de pagamentos no sector, deve-se a dois factores específicos importantes:

> Um aumento significativo dos clientes relacionados com projectos desenvolvidos por agrupamentos complementares de empresas, em particular do CAET XXI relacionado com o projecto da Auto-Estrada Transmontana, muito por força dos atrasos verificados na concessão do visto pelo Tribunal de Contas, en-tretanto solucionado;

> A Sociedade de Construções Soares das Costa, SA, da sua actividade em Angola, detém um crédito significativo sobre clientes que não tiveram durante o ano findo o andamento desejado.

Já ao nível dos inventários verificou-se uma desejada redução de 131,3 para 105,1 milhões de euros, enquanto o nível dos outros activos correntes e das disponibilidades mantém ex-pressões quantitativas, da mesma ordem de grandeza do ano anterior.

Capitais PrópriosOs capitais próprios atribuíveis ao grupo, numa base compara-tiva anual sofreram uma ligeira redução de 141,0 milhões para 139,8 milhões de euros, pela conjugação dos seguintes factores.

i) A formação do resultado líquido do exercício de 13,4 milhões de euros;

ii) A saída de fundos a título de dividendos para remune-ração da casa-mãe accionista em resultado da deliberação da Assembleia-Geral que aplicou o resultado de 2009, no valor de 9,0 milhões de euros;

iii) A atribuição durante o segundo semestre de adiantamentos por conta de lucros de 2010, de 6,5 milhões de euros;

iv) Finalmente, por via de registo directo de outras alterações nos capitais próprios no valor global de +0,9 milhões de euros referentes a outras alterações nos capitais próprios (reservas de variação cambial, alterações no justo valor de derivados de cobertura e outros).

Nos mercados internacionais a descida na Roménia, também bastante significativa, e na Guiné-Bissau, (sem projectos em activi-dade no ano 2010 quando no ano anterior tinha em execução a Ponte sobre o rio Cacheu) foi compensada pelo incremento dos mercados de Moçambique, Estados Unidos da América e Angola. Este último país passou para lugar primacial em 2010, crescen-do 9,9% sobre uma base já elevada do ano anterior e representa 45,3% do VN total.

MercadoPortugal

Angola

E.U.A.

Moçambique

Guiné-Bissau

Roménia

Outros

Total

2009386.990

329.517

61.375

21.958

11.205

55.442

7.955

874.443

%36,1%

45,3%

9,9%

4,5%

0,0%

3,2%

1,0%

100,0%

2010288.814

362.130

78.914

36.323

0

25.876

7.969

800.026

%44,3%

37,7%

7,0%

2,5%

1,3%

6,3%

0,9%

100,0%

∆ 2010/09-25,4%

9,9%

28,6%

65,4%

-100,0%

-53,3%

0,2%

-8,5%

Valores em milhares de euros

Portugal

OutrosE.U.A

Roménia

Moçambique

Gráfico da Distribuição Geográfica do Volume de Negócios da Construção em 2010

Angola

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56 SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO SGPS, SA /// EXERCÍCIO DE 2010

PassivoCorrelativamente ao aumento verificado no activo (+58,6 milhões) também a expressão do passivo na análise inter--balanços 2009-2010 teve um acréscimo passando de 881,4 milhões de euros para 934,8 (+53,3 milhões).

Neste aumento ganha expressão o verificado no passivo cor-rente, +66,1 milhões de euros, tendo o passivo não corrente diminuído (-12,7 milhões).

No primeiro caso os Empréstimos (Bancários e Outros), com um aumento de 61,5 milhões, e os outros passivos correntes com uma variação aumentativa de 26,0 milhões de euros são os principais factores.

No passivo não corrente a diminuição deve-se à redução dos empréstimos bancários (-8,6 milhões de euros), que, portanto, se concentram mais em 2010 numa exigibilidade corrente.

O endividamento líquido (net-debt) consolidado da área da construção situa-se à data de 31.12.2010 em 224,1 milhões de euros revelador de um aumento 42,9 milhões relativa-mente a um ano antes, o que face a um EBITDA de 53,037 milhões de euros, coloca o múltiplo Net-Debt/EBITDA em 4,2.

Desempenho das ParticipadasJá acima neste Relatório deu-se conta da estrutura de participações da sociedade, da sua evolução no ano findo bem como da evolução do comportamento dos principais mercados geográficos. Na secção anterior fez-se a análise dos principais indicadores consolidados. O quadro da página seguinte faz uma síntese do contributo das diferentes empresas consolidadas para: volume de negócios, EBITDA, EBIT, Resultados Financeiros e Resulta-dos Líquidos, decompondo exaustivamente a formação destes níveis de resultados consolidados por participada de origem.

Sociedade de Construções Soares da Costa, SAO Volume de Negócios da Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A., cifrou-se nos 626,5 milhões de euros o que compara com 641,1 um ano antes. As margens EBITDA e EBIT relativamente à totalidade dos proveitos operacionais mantiveram-se aos níveis de 2009, situando-se, respectiva-mente, em 6,3% e 4,1%. A influência negativa da evolução dos resultados financeiros penaliza o contributo desta participada para o resultado consolidado da Construção, que ainda assim correspondendo a 8,3 milhões de euros, representa mais de 60% do resultado consolidado.

Gráfico com a repartição do Volume de Negócios por áreas geográficas

Angola

Portugal

OutrosRoménia

Moçambique

QUADRO RESUMO DOS PRINCIPAIS INDICADORES DAS PARTICIPADAS DA AN CONSTRUÇÃO EM 2010

ParticipadaSoc. Construções Soares da Costa, SA

CONTACTO - Soc. Construções, S.A.

Soares da Costa América, INC

Prince Contracting, LLC

Soares da Costa Construction Services, LLC

Soares da Costa Contractor, INC

Porto Construction Group, LLC

Luso Air Corp, INC

Eliminações de consolidação EUA

Estados Unidos da AméricaCLEAR - Instalações Electromecânicas, S.A.

CLEAR ANGOLA, S.A.

Eliminações de consolidação entre Clear e Clear Angola

Clear + Clear AngolaSoares da Costa Moçambique, SARL

Normetro - Agrupamento do Metropolitano do Porto, ACE

Carta - Restauração e Serviços, Lda

HidroAlqueva, ACE

Somague, SDC – Ag. Constr. do Metro de Superf. ACE

Mota-Engil, SDC, MonteAdriano - Matosinhos, ACE

GCVC, ACE

Nova Estação, ACE

GCF – Grupo Construtor da Feira, ACE

Soares da Costa S. Tomé e Principe - Construções, Lda.

Soares da Costa Construcciones Centro Americanas, SA

TRANSMETRO – Constr. do Metropolitano do Porto, ACE

Carta - Cantinas e Restauração, Lda.

Estádio de Coimbra, SC/Abrantina, ACE

3.2 - T.G. Const. Civil - Via e Cat Mod. Linha do Norte, ACE

Coordenação & Soares da Costa, SGPS Lda.

MTA - Máquinas e Tractores de Angola Lda.

ACESTRADA - Construção de Estradas, ACE

Remodelação Teatro Circo - S.C., A.B.B., D.S.T., ACE

Casais, Eusébios, FDO, J. Gomes, Rodrigues e Névoa – SDC

Israel Metro Builders - a Registered Partnership

CAET XXI - Construções, ACE

LGC - Linha de Gondomar, Construtores, ACE

GACE – Gondomar, ACE

LGV, Eng. e Const. de Linhas de Alta Velocidade, ACE

Soares da Costa/Contacto – Modernização de Escolas, ACE

SDC Construções SGPS, SA

Eliminações de consolidação

Total Consolidado da Construção

VN626.544.465

73.163.281

422.528

76.552.336

384.007

640.998

2.531.570

19.740

-655.239

79.895.94037.856.440

52.284.902

-21.134.472

69.006.87016.466.739

6.485.203

11.457.930

19.527.966

0

3.198.847

3.009.752

9.881.528

15.635

3.186.277

680.791

7.098.560

0

1.545

-163.805

0

458.100

0

1.672

0

5.848

37.907.054

13.998.575

13.461.337

3.238.446

14.883.426

0

-213.386.113

800.025.869

EBITDA39.642.555

332.378

-576.138

2.462.155

1.217.930

-578.123

-206.437

-130.255

0

2.189.132-3.010.361

13.894.764

-587.433

10.296.9701.671.134

-6.603

704.492

439.395

-142

614

-72

501

-1.545

831.403

223.981

787.379

-2.122

1

176.605

-2.833

-551.659

897

46

5.895

-123.357

2.168.381

1.602.613

-5.407

220.106

-22.339

-1.187.791

-6.353.684

53.036.924

EBIT25.654.598

575.514

-576.138

521.294

-466.006

-598.097

-218.466

-349.782

0

-1.687.195-3.087.779

13.572.018

-587.433

9.896.806730.259

-6.669

314.022

88.995

4.742

-1.057

-72

-7.619

-1.545

567.558

161.343

785.668

-2.122

1

176.605

-2.833

-598.334

897

46

5.726

-214.749

1.914.430

1.489.622

-5.407

220.106

-22.339

-1.187.871

-5.627.631

33.221.495

R. Financ. -12.118.719

3.947.071

2.231.660

-102.258

-841.410

-6.218

-491

-169.382

-2.638.969

-1.527.068-679.286

-481.685

0

-1.160.97110.180

-9.749

-435.537

-88.996

-4.742

1.057

71

7.617

780

82.789

379.944

-55.797

-20.168

0

-142

-1.355

3.535

-11

-45

0

214.750

170.908

8.727

5.408

-152.982

22.340

12.575.738

-17.185.006

-15.330.373

R. Líquido8.306.186

2.621.583

2.261.275

419.035

-1.307.415

-604.316

-218.957

-519.164

-2.551.386

-2.520.928-2.588.970

13.090.332

-1.241.949

9.259.413480.535

-16.432

-78.984

-3.067

0

0

0

-368

-764

572.094

470.928

729.872

-16.743

0

176.463

-4.188

-594.798

886

0

5.726

0

2.077.926

1.497.963

0

67.158

0

12.835.161

-22.506.257

13.359.365

Valores em milhares de euros

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58 SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO SGPS, SA /// EXERCÍCIO DE 2010

Contacto - Sociedade de Construções, S.A.

No ano terminado a Contacto registou um volume de negócios bastante inferior ao histórico recente, reflectindo a redução de investimento do seu principal cliente (Grupo Sonae) que a conjuntura nacional depressiva apenas permitiu substituir parcialmente. O VN de 73,2 milhões de euros gerou um EBIT de 0,6 milhões de euros. Conjugado com uma função financeira superavitária (+3,9 milhões de euros) proporcionou um resultado líquido que se situou em 2,6 milhões de euros, inferior aos 3,0 registados um ano antes.

Estados Unidos da América

Os Estados Unidos da América representam, em termos de volume de actividade, o terceiro mercado core de actuação do Grupo Soares da Costa. O volume de negócios subiu con-sideravelmente em 2010 (+27,3%) reflectindo os progres-sos de diversificação e expansão geográfica da actividade da Prince. O EBITDA foi positivo de 2,2 milhões de euros insuficiente no entanto para permitir o registo de um con-tributo positivo nos resultados líquidos que se cifraram em -2,5 milhões de euros, em que pesa o resultado negativo da SDC Construction Services e o encerramento da Lusoair.

Clear – Instalações Electromecânicas, S.A.Clear Angola, Lda.

Numa perspectiva da actividade global destas subsidiárias, o ano de 2010 cifrou-se num VN de 69,0 milhões de euros superior em 9,9% ao registado um ano antes. Esta evolução global não deixa de ser caracterizada por uma assimetria já referenciada noutros pontos deste relatório. Uma redução da actividade nacional (Clear Portugal) e um crescimento, neste caso, mais do que compensatório da Clear Angola. O EBITDA situou-se em 10,3 milhões de euros revelando uma margem de 14,9% num ano com características de difícil repetição. O conjunto destas subsidiárias tem um contributo de 9,3 milhões para o resultado consolidado.

Carta – Cantinas e Restauração, Lda.Carta – Restauração e Serviços, Lda. (Angola)

Estas empresas estavam originalmente vocacionadas para a actividade de «catering» e prestação de serviços de ali-mentação nas cantinas e estaleiros das obras. No entanto, enquanto a Carta - Cantinas e Restauração, Lda., que opera-va em Portugal, está inoperacional, detendo a participação na subsidiária angolana, esta manteve em 2010 um volume de negócios com algum significado (11,5 milhões de euros) e um EBITDA de 0,7 milhões de euros. A penalização da função financeira determinou um resultado líquido inexpres-sivo no contexto global.

Soares da Costa Moçambique, SARL

Esta sociedade de direito Moçambicano é detida em 80% pela Sociedade. Em 2010 voltou a ter um bom comporta-mento quer em termos de volume quer em rentabilidade. O VN subiu 24% para 16,5 milhões de euros obtendo um EBITDA de 1,7 milhões, representando 10,1%. O Resultado Líquido acompanhou o crescimento dos outros indicadores situando-se na casa do meio milhão de euros.

SDC S. Tomé e Príncipe, Lda.

Como já se disse noutro passo deste Relatório a actividade em 2010 concentrou-se na execução das obras de cons-trução da Escola Secundária da Trindade que tem prevista a finalização para Abril de 2011. O VN cifrou-se em 3,2 milhões de euros, com um EBITDA de 0,8 milhões e um resultado líquido de 0,6 milhões.

Soares da Costa Construcciones Centro Americanas, S.A.

Esta sociedade constituída sob jurisdição da Costa Rica é detida a 100% pela sociedade e visa coordenar as activi-dades da construção neste país. O VN respeita fundamental-mente a recursos e/ou serviços aportados para o projecto San José-Caldera, entretanto finalizado.O resultado líquido de 0,5 milhões de euros é fortemente influenciado pelos resultados financeiros registados por via da equivalência patrimonial da sociedade que opera a cons-

trução deste projecto e em que a sociedade participa em 17%, mas mantém influência significativa.

ACE’SPor via da participação da Sociedade de Construções Soares da Costa, SA enquanto membro de vários agrupamentos comple-mentares de empresas as contas consolidadas da área da Construção integram, pelo método proporcional, a sua quota-parte nestas «joint-ventures».O quadro acima identifica individualmente os ACE’s e refere os principais indicadores obtidos (VN, EBITDA, EBIT, Resultados financeiros e Resultados líquidos), tendo-se já feito referência aos principais projectos a que respeitam, dispensando-nos, aqui, de referências adicionais.

5. Gestão de RiscosConforme os restantes capítulos deste Relatório de Gestão e as demonstrações financeiras revelam, a actividade da sociedade, situando-se no sector de construção e engenharia civil, acaba por assumir variadas vertentes e actuações em diferentes mercados geográficos, assumindo uma verdadeira dimensão internacional.

Neste âmbito a sociedade e as suas participadas estão expos-tas a diversos riscos que podem ser classificados em riscos dos processos de negócio, riscos de informação e riscos de meio que devem permanentemente estar sob monitorização e ser objecto de gestão rigorosa.

Através da sua organização interna as diferentes áreas de gestão da empresa (Desenvolvimento de Negócios, Direcção de Finanças, Controlo de Gestão, Recursos Humanos, Serviços Jurídicos…) são orientadas em termos de identificar e avaliar os riscos que as suas decisões, nas respectivas áreas de inter-venção e competência, envolvem e de tentar minimizá-los.

A exposição ao risco, por parte de qualquer participada do Grupo Soares da Costa é função da sua estratégia, mas sempre limitada e acessória à sua própria actividade e é subordinada à prossecução dos objectivos traçados para as diferentes áreas de negócio.

O processo de Gestão de Risco é da responsabilidade das Administrações de cada uma das áreas de negócio do Grupo, concretizando-se, na generalidade, num conjunto de etapas ou fases que podem ser sistematizadas do modo seguinte:> Identificação: determinação dos riscos a que o Grupo está exposto;> Mensuração: quantificação das exposições ao risco e produção de relatórios de base à tomada de decisão;> Controlo e gestão do risco - Definição da tolerância ao risco aceitável e das acções a empreender;> Implementação das medidas de gestão de risco definidas;> Monitorização e inerente avaliação do processo de gestão de risco.

Entretanto, a sociedade pondera a institucionalização de uma comissão de análise e controlo de riscos, ao nível do Grupo, para coordenar as diversas gestões de risco parcelares.

Gestão do Risco Financeiro

Neste âmbito assume particular importância o risco de taxa de juro, o risco de taxa de câmbio nas suas vertentes de transacção e de conversão, o risco de liquidez e de crédito.

Estes riscos estão associados a incertezas quanto ao funciona-mento dos respectivos mercados financeiros por um lado e da própria actividade da empresa num mercado cada vez mais globalizado e integrado.

A gestão do risco financeiro é coordenada pela Direcção de Finanças e desenvolve-se sob orientação do Conselho de Administração.

A postura do Grupo relativamente à gestão dos riscos fi-nanceiros é conservadora e prudente, procurando uma não exposição elevada a este tipo de riscos sempre associados ao exercício normal e corrente da actividade da empresa e nunca assumindo posições em instrumentos financeiros de carácter especulativo.

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60 SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO SGPS, SA /// EXERCÍCIO DE 2010

Risco da Taxa de Juro

O risco da taxa de juro advém da incerteza do comportamento dos mercados e manifesta-se na variação de: (i) os custos fi-nanceiros da dívida a taxa variável e do (ii) valor dos passivos a longo prazo com taxas de juro fixas.

A gestão do risco da taxa de juro é orientada em termos de optimização do custo do serviço de dívida.

A sociedade e as principais subsidiárias do grupo têm geral-mente as principais fontes de financiamento remuneradas de modo indexado a taxas de mercado, pelo que está exposta às respectivas flutuações. Isto é, a um aumento das taxas de juro de mercado corresponderá um maior custo líquido de financia-mento do grupo.

Em períodos de maior volatilidade e para financiamento de operações específicas a Administração pondera a realização de operações de cobertura («swaps»).

Risco da Taxa de Câmbio

Este risco advém principalmente do exercício da actividade da construção em cenários internacionais. Assim, o exercício da actividade por parte de algumas das empresas do grupo em mercados externos, nomeadamente, Angola, outros países lusófonos, Roménia e Estados Unidos da América, expõe o grupo aos efeitos derivados de alterações na paridade das moedas relativamente ao euro.

A política de gestão do risco de taxa de câmbio visa reduzir o grau de sensibilidade dos resultados do grupo a estas flutuações cambiais, sendo o objectivo da política de gestão do risco compensar (pelo menos parcialmente) as possíveis perdas de valor dos activos relacionados com o negócio do grupo Soares da Costa causadas por depreciações das taxas de câmbio em relação ao euro, com as poupanças por menor valor em euros da dívida em divisas. Logicamente, aquela sensibilidade dos resultados é tanto menor quanto maior for a correlação (grau de cobertura) entre activos e passivos expressos na divisa correspondente.

Nessa medida, o grupo procura tanto quanto possível, equili-

brar os activos com responsabilidades na mesma divisa.

No mercado angolano sendo uma parte significativa dos contratos geradores de proveitos estabelecidos em moedas que não o euro, advém, inevitavelmente exposição à evo-lução daquelas divisas face ao euro. O grau de exposição é dependente da medida em que os «inputs» necessários para a execução desses contratos sejam de fonte externa e se mate-rializem em responsabilidades contraídas em moeda diferente. Neste sentido, uma sobrevalorização do euro afecta negativa-mente os resultados da empresa.

No entanto, a política de gestão do risco do grupo visa estabelecer, na medida do possível sem custos, equilíbrios de cobertura. Parte dessa cobertura, é conseguida designa-damente mediante o aumento do grau de autonomia do mercado interno angolano, em termos de recurso aos respe-ctivos factores de produção. Por outro lado, nos contratos de construção a empresa obtém dos seus clientes adiantamentos na moeda do contrato que visam mitigar o saldo entre activos /passivos estabelecidos em outras moedas. Durante o ano fundo conseguiu-se na Sociedade de Construções Soares da Costa, SA, principal empresa do grupo exposta a este risco, um interessante grau de cobertura natural, reduzindo a volatilidade da balança cambial em divisas.

Nos Estados Unidos da América a situação é diferente e o risco das taxas de câmbio é exclusivamente inerente ao processo de transposição das demonstrações financeiras das subsidiárias americanas, não afectando em termos relativos a sua rentabi-lidade.

Risco de Liquidez

A política de gestão do risco de liquidez visa assegurar, a cada momento, que o perfil de vencimentos da sua dívida se adequa à sua capacidade de gerar fluxos de caixa para o seu pagamento. A gestão do risco de liquidez passa, portanto, por gerir os eventuais desajustamentos entre as necessidades de fundos (por gastos operativos e financeiros, investimentos e vencimento de dívidas), com as fontes de fluxos de receita (recebimentos de clientes, desinvestimentos, compromissos de financiamento por entidades financeiras).

Relativamente a um conjunto de empresas subsidiárias importantes do grupo a Direcção de Finanças tem vindo a im-plementar medidas que se traduzem numa gestão financeira mais globalizada e integrada e que, por isso, garante uma maior flexibilidade financeira na gestão inter-empresas do grupo.

Em paralelo, o grupo toma medidas de gestão que previnem a ocorrência deste risco mediante uma adequada e atempada gestão de tesouraria.

Para além disso, o grupo tem contratos de apoio à tesouraria que permitem, evitar a existência de roturas (temporárias) de tesouraria.

Risco de Crédito

Este risco está associado às contas a receber decorrentes do normal desenvolvimento das actividades do Grupo.

A política de risco de crédito é orientada desde a Direcção Comercial (selecção das propostas que se submetem, consi-derando o perfil do risco de crédito dos clientes) até à Direcção Financeira (Clientes) no sentido de que as Vendas e prestações de serviços sejam efectivamente cobradas nos prazos contra-tuais estabelecidos.

As situações de risco de crédito apuradas à data de cada ba-lanço são identificadas pelas áreas competentes e em função da antiguidade do crédito, perfil de risco do cliente, experiên-cia recolhida e demais circunstâncias aplicáveis consideradas na respectiva análise, conduz ao registo de imparidades, se for caso disso.

Neste âmbito, merece aqui referência durante o ano de 2010 a verificação de um agravamento dos prazos médios de recebi-mento, à luz da conjuntura económica internacional, com uma influência particular do mercado angolano.

Outros riscos

O Grupo Soares das Costa no âmbito do desenvolvimento normal da sua actividade em vários segmentos de mercado e várias áreas geográficas está, também, naturalmente, exposto

a outros riscos operacionais como sendo a potencial ocorrência de prejuízos decorrentes de falhas humanas, falhas nos pro-cedimentos internos de controlo e nos sistemas de informação, ou por factores externos.

O Grupo visando o controlo e minimização deste tipo de riscos procura junto das diferentes direcções ter informação que permita obter percepção sobre um conjunto diversificado de factores: danos em activos físicos, falhas em sistemas in-formáticos, falhas na gestão e execução de processos, fraudes e violações dos deveres profissionais e laborais.

A gestão dos riscos desta natureza é assente fundamental-mente na prevenção mediante a implementação de pro-cedimentos normativos e organizativos que contemplam a segregação de funções, a definição de procedimentos e de responsabilidades e a supervisão, a formação, a qualidade dos recursos humanos e a componente organizacional desempe-nham, portanto, neste domínio um papel preponderante.

Para fazer face à cobertura de incidentes relacionados com activos físicos o Grupo Soares da Costa revê anualmente o leque de coberturas das suas apólices de seguros ajustando-os à realidade do seu valor e do seu funcionamento.

Por outro lado, o Grupo dispõe de normas internas no que concerne à comunicação da prática de irregularidades.

Na prevenção de incidentes relacionados com os sistemas de informação o grupo dispõe de planos de segurança que permitem recuperar os sistemas informáticos centrais mais relevantes.

6. Perspectivas para 2011Considerando o enquadramento da actividade, as carteiras de encomendas e os riscos e incertezas nomeadamente de conjuntura económica que foram sendo enunciados ao longo deste Relatório de Gestão, mas confiantes na capacidade de ultrapassar as dificuldades e no rumo de qualidade e sucesso que a sociedade vem percorrendo, são positivas ainda que

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62 SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO SGPS, SA /// EXERCÍCIO DE 2010

exigentes as expectativas orçamentais com referência aos indicadores consolidados para o ano de 2011.

Perspectiva-se a obtenção de um crescimento moderado da actividade global desta área de negócios sendo o principal desafio para as empresas em que a sociedade participa a preservação das margens EBITDA/Volume de Negócios, que se mantém sob pressão de erosão pela concorrência agressiva e decréscimo da procura em alguns mercados de actuação, de modo a sustentar a rentabilidade do negócio da Construção do Grupo Soares da Costa.

7. Factos Relevantes Ocorridos Após o Termo do ExercícioNão ocorreram posteriormente ao encerramento do exercício factos materialmente significativos que ponham em causa a expressão das demonstrações financeiras que acompanham este Relatório de Gestão ou mereçam especial referência.

8. Outras Informações Legais

Dívidas ao Estado e à Segurança SocialÀ data do encerramento do balanço a empresa não tem dívi-das em mora ao Estado, resultantes de liquidação de impostos, nem de contribuições para a Segurança Social.

Negócios com a sociedadeDurante o exercício não se registaram negócios entre a socie-dade e os seus administradores, que justifiquem referência.

9. ReconhecimentoOs nossos agradecimentos a todos aqueles que contribuíram para que a Sociedade tivesse o desempenho descrito neste Relatório.

Aos membros dos outros Órgãos Sociais da Sociedade, bem como aos nossos Revisores, manifestamos também o nosso reconhecimento pela forma como exerceram as suas funções.

10. Proposta de Aplicação de ResultadosO Conselho de Administração da Soares da Costa Construção, S.G.P.S., S. A., tendo presentes as Demonstrações Financeiras, propõe nos termos do disposto na alínea f) do artigo 66º. do Código das Sociedades Comerciais, e no respeito pela legislação aplicável quanto à distribuição de bens sociais, nomeadamente os artigos 32º e 33º do mesmo diploma, que o resultado líquido individual de 12.835.161,06 euros obtido pela sociedade no exercício que terminou em 31 de Dezembro de 2010, seja aplicado do modo seguinte:

a) Para Reserva Legal b) Para distribuição de dividendos Adiantamento sobre lucros deliberado em 2010 Valor a atribuir c) Para Resultados Transitados

641.758,05 euros10.000.000,00 euros

6.500.000,00 euros 3.500.000,00 euros 2.193.403,01 euros

porto, 28 de Fevereiro de 2011

o conselHo de admInIstraçãopedro manuel de almeida gonçalves (presidente)

pedro gonçalo de sotto-mayor de andrade santos / luís miguel andrade mendanha gonçalves / antónio José cadete

paisana Ferreira / paulo eugénio peixoto Ferreira / antónio manuel lima de miranda esteves / paulo Jorge dos santos

pinho leal / Fernando manuel Fernandes de almeida

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64 SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO SGPS, SA /// EXERCÍCIO DE 2010

II: Demonstrações Financeiras

demonstrações financeiras individuais

deMoNstRaÇÕes FiNaNceiRas iNdiVidUais

02.

ETAR DE LORDELO

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66 SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO SGPS, SA /// EXERCÍCIO DE 2010

DEMoNStRAção INDIVIDuAL DA PoSIção FINANCEIRA PARA oS PERÍoDoS FINDoS EM 31 DE DEZEMBRo DE 2010 E 2009

ACtIVo NotAS 31-DEZ-10 31-DEZ-09

Não CoRRENtE

Activos intangíveis:

0 0

Activos fixos tangíveis:

Equipamento Administrativo 4 401 481

401 481

Investimentos financeiros:

Participações de capital em subsidárias 5 212.864.138 212.775.938

Empréstimos concedidos a subsidárias 5 47.360.907 34.123.049

Participações de capital em associadas 5 624.175 594.376

Outros investimentos financeiros 5 2.379.300 2.379.300

263.228.520 249.872.663

Total do activo não corrente 263.228.921 249.873.144

CoRRENtE

Dívidas de terceiros:

Estado e outros entes públicos 7 0 1.559

Empresas do Grupo; Associadas e Participadas 7 53.401.528 9.683.966

Outras dívidas de terceiros 7 297.513 563.689

53.699.041 10.249.215

Outros activos correntes 8 821 1.328

Caixa e seus equivalentes 9 25.720 35.439

Total do activo corrente 53.725.582 10.285.982

Total do activo 316.954.503 260.159.126

o responsável técnico *1 o conselho de administração *2

*1 Fernando da silva semana

*2 pedro manuel de almeida gonçalves (presidente) pedro gonçalo de sotto-mayor de andrade santos / luís miguel andrade mendanha gonçalves / antónio José cadete paisana Ferreira / paulo eugénio peixoto Ferreira / antónio manuel lima de miranda esteves / paulo Jorge dos santos pinho leal / Fernando manuel Fernandes de almeida

DEMoNStRAção INDIVIDuAL DA PoSIção FINANCEIRA PARA oS PERÍoDoS FINDoS EM 31 DE DEZEMBRo DE 2010 E 2009

CAPItAL PRÓPRIo E PASSIVo NotAS 31-DEZ-10 31-DEZ-09

CAPItAL PRÓPRIo

Capital realizado 10 90.000.000 90.000.000

Reservas e resultados transitados:

Prémios de emissão 5.929.853 5.929.853

Reservas legais 1.881.036 1.362.047

Resultados transitados 1.182.662 321.870

Resultado líquido do período 12.835.161 10.379.780

Dividendos antecipados (6.500.000) -

Total do capital próprio 105.328.711 107.993.550

PASSIVo

CoRRENtE

Financiamentos obtidos:

Empréstimos bancários 11 290.698 639.535

290.698 639.535

Dívidas a terceiros:

Fornecedores 310.779 73.736

Estado e outros entes públicos 12 19.700 18.409

Empresas do Grupo, Associadas e Participadas 12 208.725.263 150.545.452

Outros dívidas a terceiros 12 2.219.135 827.034

211.274.877 151.464.631

Outros passivos correntes 13 60.217 61.410

Total do passivo corrente 211.625.791 152.165.575

Total do passivo 211.625.792 152.165.576

Total do capital próprio e passivo 316.954.503 260.159.126

o responsável técnico *1 o conselho de administração *2

(VALoRES EM uNIDADES DE EuRo) (VALoRES EM uNIDADES DE EuRo)

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68 SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO SGPS, SA /// EXERCÍCIO DE 2010

DEMoNStRAção INDIVIDuAL DoS RESuLtADoS SEPARADA PARA oS PERÍoDoS FINDoS EM 31 DE DEZEMBRo DE 2010 E 2009

DEMoNStRAção DoS RESuLtADoS NotAS 31-DEZ-10 31-DEZ-09

Vendas e prestação de serviços 0 0

Outros rendimentos e ganhos operacionais:

Outros rendimentos e ganhos 15 29.690 42

Rendimentos e ganhos operacionais 29.690 42

Fornecimentos e serviços externos (537.441) (227.953)

Gastos com o pessoal (672.710) (700.231)

Gastos de depreciação e de amortização e perdas de imparidade (80) (80)

Outros gastos e perdas operacionais:

Impostos (5.772) (11.356)

Outros gastos e perdas 15 (1.559) (171)

Gastos e perdas operacionais (1.217.562) (939.791)

Resultado operacional (1.187.872) (939.749)

Custo líquido do financiamento:

Juros obtidos 3.296.389 74.815

Juros suportados (7.821.203) (5.426.372)

(4.524.814) (5.351.557)

Ganhos e perdas em empresas associadas:

0 0

Outros ganhos e perdas financeiras:

Outros ganhos financeiros 192.372 204.057

Rendimentos de participações de capital 17.184.700 15.116.597

Outras perdas financeiras (276.520) (182.915)

17.100.552 15.137.740

Resultado financeiro 17 12.575.738 9.786.183

Resultado antes de impostos 11.387.866 8.846.434

Imposto sobre o rendimento do período 18 1.447.295 1.533.346

Resultado líquido do período 12.835.161 10.379.780

Resultado por acção:

Básico 19 0,713 0,577

Diluído 19 0,713 0,577

o responsável técnico *1 o conselho de administração *2

DEMoNStRAção INDIVIDuAL Do RENDIMENto INtEGRAL PARA oS PERÍoDoS FINDoS EM 31 DE DEZEMBRo DE 2010 E 2009

31-DEZ-10 31-DEZ-09

Resultado Líquido do período 12.835.161 10.379.780

Outros rendimentos integrais

Diferenças cambiais decorrentes da transposição de demonstrações

financeiras expressas em moeda estrangeira

0 0

Variação. líquida de impostos. no justo valor de instrumentos financeiros derivados 0 0

Outras variações

Total Rendimento Integral 12.835.161 10.379.780

o responsável técnico *1 o conselho de administração *2

(VALoRES EM uNIDADES DE EuRo) (VALoRES EM uNIDADES DE EuRo)

*1 Fernando da silva semana

*2 pedro manuel de almeida gonçalves (presidente) pedro gonçalo de sotto-mayor de andrade santos / luís miguel andrade mendanha gonçalves / antónio José cadete paisana Ferreira / paulo eugénio peixoto Ferreira / antónio manuel lima de miranda esteves / paulo Jorge dos santos pinho leal / Fernando manuel Fernandes de almeida

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70 SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO SGPS, SA /// EXERCÍCIO DE 2010

DEMoNStRAção INDIVIDuAL DAS ALtERAçÕES No CAPItAL PRÓPRIo PARA oS PERÍoDoS FINDoS EM 31 DE DEZEMBRo DE 2010 E 2009

RuBRICA CAPItAL REALIZADo

ACçÕES PRÓPRIAS

RESERVAS E RESuLtADoS

tRANSItADoS

RESERVA DE CoNVERSão

CAMBIAL

DERIVADoS DE CoBERtuRA

outRoS totAL DoS CAPItAIS

PRÓPRIoS

Saldo a

1/Jan/2010

90.000.000 17.993.550 107.993.550

Dividendos (15.500.000) (15.500.000)

Acções próprias -

Outros -

Rendimento

integral

12.835.161 - - 12.835.161

Saldo a

31/Dez/2010

90.000.000 - 15.328.711 - - - 105.328.711

RuBRICA CAPItAL REALIZADo

ACçÕES PRÓPRIAS

RESERVAS E RESuLtADoS

tRANSItADoS

RESERVA DE CoNVERSão

CAMBIAL

DERIVADoS DE CoBERtuRA

outRoS totAL DoS CAPItAIS

PRÓPRIoS

Saldo a

1/Jan/2009

90.000.000 13.613.770 103.613.770

Efeito da

adopção do

novo referencial

contabilístico

-

Dividendos (6.000.000) (6.000.000)

Acções próprias - -

Outros - -

Rendimento

integral

10.379.780 - - 10.379.780

Saldo a

31/Dez/2010

90.000.000 - 17.993.550 - - - 107.993.550

DEMoNStRAção INDIVIDuAL DoS FLuXoS DE CAIXA PARA oS PERÍoDoS FINDoS EM 31 DE DEZEMBRo DE 2010 E 2009

31-DEZ-10 31-DEZ-09

Actividades operacionais:

Recebimentos de clientes 0 0

Pagamentos a fornecedores (284.829) (197.247)

Pagamentos ao pessoal (667.581) (690.532)

(952.410) (887.780)

Pagamento /recebimento do imposto s/o

rendimento

1.559.436 1.658.728

Outros recebimentos/pagamentos relativos à

actividade operacional

(219.727) (308.777)

1.339.709 1.349.951

Fluxos das actividades operacionais 387.299 462.172

Actividades de investimento:

Recebimentos provenientes de:

Investimentos financeiros 235.293.267 36.053.500

Activos fixos tangíveis 0 0

Activos intangíveis 0 0

Subsídios de investimento 0 0

Juros e ganhos similares 0 0

Dividendos 17.116.531 252.409.798 15.116.597 51.170.097

Pagamentos respeitantes a:

Investimentos financeiros 299.008.317 44.788.210

Activos intangíveis 0 0

Activos fixos tangíveis 0 299.008.317 0 44.788.210

Fluxos das actividades de investimento (46.598.518) 6.381.889

Actividades de financiamento:

Recebimentos provenientes de:

Empréstimos obtidos 254.290.231 280.762.500

Aumentos de capital. prestações suplementares e

prémios de emissão

0 0

Subsídios e doações 0 0

Venda de acções (quotas) próprias 0 0

Cobertura de prejuízos 0 0

Juros obtidos 2.932.336 257.222.567 29.572 280.792.072

Pagamentos respeitantes a

Empréstimos obtidos 188.068.626 275.817.837

Amortização de contratos de locação financeira 0 0

Dividendos 15.500.000 6.000.000

Reduções de capital. prestações suplementares 0 0

Aquisições de acções (quotas) próprias 0 0

Juros e gastos similares 7.443.192 211.011.819 5.814.389 287.632.226

Fluxos das actividades de financiamento 46.210.749 (6.840.154)

Variação de caixa e seus equivalentes (470) 3.905

Efeito das diferenças de câmbio (9.249) (28)

Caixa e seus equivalentes no início do período 35.439 31.562

Caixa e seus equivalentes no fim do período 25.720 35.439

o responsável técnico *1 o conselho de administração *2

(VALoRES EM uNIDADES DE EuRo)(VALoRES EM uNIDADES DE EuRo)

*1 Fernando da silva semana

*2 pedro manuel de almeida gonçalves (presidente) pedro gonçalo de sotto-mayor de andrade santos / luís miguel andrade mendanha gonçalves / antónio José cadete paisana Ferreira / paulo eugénio peixoto Ferreira / antónio manuel lima de miranda esteves / paulo Jorge dos santos pinho leal / Fernando manuel Fernandes de almeida

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72 SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO SGPS, SA /// EXERCÍCIO DE 2010

Grupo Soares da Costa, SGPS, SA

Soares da Costa

HOTEL AQUALUZ TROIAMAR

políticas contabilísticas e notas explicativas

Políticas coNtaBilísticas e Notas exPlicatiVas

03.

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74 SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO SGPS, SA /// EXERCÍCIO DE 2010

I – Nota Introdutória

Elementos identificativosDenominação Social: Soares da Costa Construção, SGPS, SANúmero de matrícula na Conservatória do Registo Comercial do Porto e de Pessoa Colectiva: 505 906 490Sede Social: Rua de Santos Pousada, 220 – 4000-478 PortoObjecto Social: Gestão de participações sociais noutras sociedades como forma indirecta de exercício de actividades económicas.

Designação da empresa-mãe: Grupo Soares da Costa, SGPS, SA.Sede da empresa-mãe: Rua de Santos Pousada, 220 – 4000-478 Porto

Os valores monetários referidos nas notas são apresentados em unidades de Euro,

II – Referencial Contabilístico de Prepa-ração das Demonstrações FinanceirasA empresa faz parte integrante do grupo de consolidação cuja empresa-mãe, Grupo Soares da Costa, SGPS, SA, elabora contas consolidadas desde 2004 em conformidade com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (IAS/IFRS) tal como adoptadas na União Europeia.

Assim, ao abrigo do nº 1 do art. 4º do DL 158/2009, de 13 de Julho, optou pela elaboração das demonstrações financeiras individuais em conformidade com estas normas internacionais.

As alterações de políticas e critérios de mensuração não im-plicaram alterações nos capitais próprios.

III - Principais Políticas ContabilísticasAs principais políticas contabilísticas adoptadas na preparação das demonstrações financeiras são as seguintes:

III.1 Bases de apresentaçãoAs demonstrações financeiras foram preparadas no pres-suposto da continuidade das operações, a partir dos livros e registos contabilísticos da empresa, os quais estão em confor-midade com as Normas Internacionais de Relato Financeiro tal como adoptadas na União Europeia, em vigor para o exercício económico iniciado em 1 de Janeiro de 2009, data que cor-responde ao início da primeira aplicação pela empresa dos IAS/IFRS.

Na preparação das demonstrações financeiras anexas foram utilizadas estimativas que afectam as quantias reportadas de activos e passivos, assim como as quantias reportadas de rendimentos e gastos durante o período de reporte. Todas as estimativas e assumpções efectuadas pelo Conselho de Administração foram efectuadas com base no melhor conhe-cimento existente à data de aprovação das demonstrações financeiras dos eventos e transacções em curso.

O Conselho de Administração da Empresa entende que as demonstrações financeiras anexas e as notas que se se-guem asseguram uma adequada apresentação da informação financeira.

Nas presentes demonstrações financeiras a empresa não pro-cedeu à implementação de qualquer norma ou interpretação já emitida pelo IASB cuja data de aplicação obrigatória seja posterior.

III.2 Activos Fixos TangíveisOs activos fixos tangíveis encontram-se registados ao custo de aquisição ou custo de aquisição reavaliado, deduzido de depreciações acumuladas e perdas de imparidade.

As depreciações são calculadas pelo método das quotas cons-tantes por duodécimos, de acordo com os seguintes períodos de vida útil estimada:

As mais ou menos valias resultantes da venda ou abate do activo fixo tangível são determinadas pela diferença entre o preço de venda e o valor líquido contabilístico na data de alienação/abate, sendo registadas na demonstração dos resultados, como “outros rendimentos e ganhos” ou “outros gastos e perdas”.

III.3 Activos e Passivos Financeiros

a) Investimentos FinanceirosOs investimentos financeiros são reconhecidos na data em que são transferidos substancialmente os riscos e vantagens inerentes aos mesmos. São inicialmente registados pelo seu valor de aquisição, que é o justo valor do preço pago.

É feita uma avaliação dos investimentos quando existem indí-cios de que o activo possa estar em imparidade, sendo regis-tado como custo na demonstração de resultados as perdas de imparidade que se demonstrem existir.

Os investimentos financeiros classificam-se em investimentos detidos até à maturidade e investimentos mensurados ao justo valor através de resultados.

Após o reconhecimento inicial, os investimentos mensurados ao justo valor através de resultados são remensurados pelo seu justo valor sem qualquer dedução de gastos da transacção em que se possa incorrer na venda. Os investimentos em instrumentos de capital próprio não admitidos à cotação em mercados regulamentados, e para os quais não é possível estimar com fiabilidade o seu justo valor, são mantidos ao seu custo de aquisição deduzido de eventuais perdas de impari-dade.

Os investimentos financeiros em empresas do grupo e associa-das, encontram-se registados ao custo de aquisição, deduzido quando aplicável, de perdas de imparidade.

Os ganhos ou perdas resultantes da alteração no justo valor dos investimentos mensurados ao justo valor através de resultados são registados na demonstração dos resultados do exercício. Actualmente, a empresa não possui investimentos financeiros desta natureza.

b) Dívidas de terceirosAs dívidas de terceiros são registadas pelo seu valor nominal deduzido de eventuais perdas de imparidade, reconhecidas na rubrica de perdas de imparidade em contas a receber, para que as mesmas reflictam o seu valor realizável líquido.

c) EmpréstimosOs empréstimos são registados no passivo pelo seu valor nominal.

Eventuais despesas com a emissão desses empréstimos, pagas antecipadamente aquando da emissão desses emprés-timos, são reconhecidas linearmente na demonstração de resultados do exercício ao longo do período de vida desses empréstimos, encontrando-se classificados, na rubrica de ”Ou-tros activos correntes”.

Os encargos financeiros com juros bancários e despesas similares (nomeadamente Imposto de Selo), são registados na demonstração de resultados de acordo com o princípio da especialização dos exercícios, encontrando-se os montantes vencidos e não liquidados à data do balanço, classificados na rubrica “Outros passivos correntes”.

d) Dívidas a terceirosAs dívidas a terceiros encontram-se registadas pelo seu valor nominal.

e) Caixa e seus equivalentesOs montantes incluídos na rubrica “Caixa e seus equivalentes” correspondem aos valores de caixa, depósitos bancários e

VIDA ÚtIL

Equipamento Administrativo 4 - 8

Políticas contabilísticas e notas explicativasEM 31 DE DEZEMBRO DE 2010

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76 SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO SGPS, SA /// EXERCÍCIO DE 2010

depósitos a prazo e outras aplicações de tesouraria de curto prazo.

III.4 Encargos Financeiros com Empréstimos Obtidos

Os encargos financeiros relacionados com empréstimos obtidos são geralmente reconhecidos como gasto de acordo com o princípio da especialização dos exercícios.

III.5 Imposto Sobre o Rendimento

O imposto corrente sobre o rendimento é calculado com base nos resultados tributáveis de acordo com as regras fiscais em vigor.

Os impostos diferidos referem-se às diferenças temporárias entre os montantes dos activos e passivos para efeitos de reporte contabilístico e os respectivos montantes para efeitos de tributação.

Os activos e passivos por impostos diferidos são calculados e anualmente avaliados utilizando as taxas de tributação que se esperam estar em vigor à data da reversão das diferenças temporárias.

Os activos por impostos diferidos são registados unicamente quando existem expectativas razoáveis de lucros fiscais futuros suficientes para os utilizar. Na data de cada balanço é efectua-da uma reapreciação das diferenças temporárias subjacentes aos activos por impostos diferidos no sentido de reconhecer activos por impostos diferidos não registados anteriormente por não terem preenchido as condições para o seu registo e/ou para reduzir o seu montante, em função da expectativa actual da sua recuperação futura.

Os impostos diferidos são registados como gasto ou rendimen-to do exercício, excepto se resultarem de montantes registados directamente em capital próprio, situação em que o imposto diferido é também registado na mesma rubrica.

III.6 Apresentação do Balanço

Os activos realizáveis e os passivos exigíveis a mais de um ano da data do balanço são apresentados, respectivamente, como activos e passivos não correntes.

III.7 Reconhecimento de Gastos e Rendimentos

Os rendimentos financeiros relacionados com a mora no pagamento por parte de terceiros são reconhecidos quando há significativa evidência da sua cobrabilidade.

Os dividendos são reconhecidos como rendimentos no exercí-cio em que são atribuídos.

A empresa regista os seus rendimentos e gastos de acordo com o princípio da especialização dos exercícios pelo qual as receitas e despesas são reconhecidas à medida em que são geradas independentemente do momento em que são rece-bidas ou pagas. As diferenças entre os montantes recebidos e pagos e as correspondentes receitas e despesas geradas são registadas nas rubricas “Outros activos correntes” ou “ Outros passivos correntes”, consoante a natureza da diferença.

III.8 Saldos e Transacções expressos em Moeda Estrangeira

As transacções em outras divisas que não Euro, são registadas às taxas em vigor na data da transacção.

Em cada data de balanço, os activos e passivos monetários expressos em moeda estrangeira são convertidos para Euro utilizando as taxas de câmbio vigentes naquela data.

As diferenças de câmbio, favoráveis e desfavoráveis, originadas pelas diferenças entre as taxas de câmbio em vigor na data das transacções e as vigentes na data das cobranças, pagamentos ou à data do balanço, foram registadas como “Outros ganhos e perdas financeiros” na demonstração dos resultados do exercício.

As cotações utilizadas para conversão em euros das rubricas incluídas no Balanço foram as seguintes:

III.9 Imparidade de Activos não coerentes

É efectuada uma avaliação de imparidade à data de cada ba-lanço e sempre que seja identificado um evento ou alteração nas circunstâncias que indique que o montante pelo qual o activo se encontra registado possa não ser recuperado.

Sempre que o montante pelo qual o activo se encontra regis-tado é superior à sua quantia recuperável, é reconhecida uma perda de imparidade, registada na demonstração de resulta-dos.

A reversão de perdas de imparidade reconhecidas em exer-cícios anteriores é registada quando existem indícios de que as perdas de imparidade reconhecidas já não existem ou di-minuíram. A reversão das perdas de imparidade é reconhecida na demonstração de resultados como resultados operacionais.

CâMBIo MéDIo DE CoMPRA E VENDA EM

31-DEZ-10 31-DEZ-09

Dólar Americano eur/usd 1.3362 1.4406

Metical de Moçambique eur/mZn 43.31 40.91

III.10 Activos e Passivos Contingentes

Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demons-trações financeiras, sendo divulgados no anexo às demons-trações financeiras excepto se a possibilidade de existir um exfluxo de recursos for remota.

Os activos contingentes não são reconhecidos nas demons-trações financeiras, sendo divulgados nas notas explicativas quando é provável a existência de um influxo económico futuro.

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78 SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO SGPS, SA /// EXERCÍCIO DE 2010

III.11 Eventos Subsequentes

Os eventos após a data do balanço que proporcionem infor-mação adicional sobre condições que existiam à data do balanço são reflectidos nas demonstrações financeiras. Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação sobre condições que ocorram após a data do balanço, se mate-riais, são divulgados nas demonstrações financeiras.

b) Depreciações AcumuladasO movimento ocorrido no valor das depreciações acumuladas dos activos fixos tangíveis é como segue:

V – Discriminação do Movimento no Período em Investimentos Financeiros

Em finais de 2010, a empresa procedeu nos termos da IAS 36, a testes de imparidade respeitante à aquisição da Contacto através de avaliação realizada a esta empresa, por entidades independentes. Desta avaliação não resultou qualquer impari-dade.

A metodologia utilizada foi a dos Fluxos de Caixa Actualiza-dos (DCF – “Discounted Cash Flows”).

O referencial de valor foi calculado assumindo a continuidade da empresa, a inexistência de sinergias futuras e perspecti-vando a manutenção da actual organização.

As estimativas foram produzidas a valores nominais admitin-do uma taxa de crescimento equivalente à inflação anual de 2%.

O período de projecção explícito foi de cinco anos, ou seja, de 2011 a 2015. Foi considerado um valor residual que

corresponde ao valor global em que se considera a estabili-zação da sua rentabilidade, ou seja, no caso presente, após 2015, valor esse determinado como sendo o valor actual de uma renda perpétua, tendo sido pressuposta uma taxa de crescimento a longo prazo dos fluxos de caixa igual à taxa de inflação adoptada.

Os fluxos de caixa livres operacionais foram actualizados por uma taxa anual de desconto de 9,8% que reflecte o custo médio ponderado dos capitais (WACC):(a) Custo dos capitais alheios: 4,98%(b) IRC sobre o EBT: 27,5%(c) Para taxa de juro sem risco, o “yield” de OT a 10 anos/cupão: 2,625%(d) Para prémio de risco do mercado de acções, o valor de 7,0%(e) Utilizou-se um Beta dos activos de 1,04(f) Para alavancar o ß utilizou-se a fórmula de Hamada(g) Estrutura de capital alvo de 12%

III.12 Gestão de Risco

No desenvolvimento da sua actividade a empresa encontra-se exposta a uma variedade de riscos: risco de mercado (incluin-do risco de taxa cambio, de taxa de juro e risco de preço), risco de crédito e risco de liquidez. O programa de gestão de risco global é focado na imprevisibilidade dos mercados financeiros e procura minimizar os efeitos adversos que daí advêm para o seu desempenho financeiro.

A exposição ao risco de crédito decorre das contas a receber resultantes da normal actividade comercial, sendo a exposição máxima ao risco de crédito o valor nominal das contas a receber.

Não existem à data de 31de Dezembro de 2010 situações de concentração significativa de risco de crédito.

IV – Discriminação do Movimento no Período do Activo Tangível

ACtIVoS FIXoS tANGÍVEIS SALDo INICIAL AuMENtoS ALIENAçÕES tRANSFER.E ABAtES

SALDo FINAL

Equipamento Administrativo 641 0 0 0 641

641 0 0 0 641

ACtIVoS FIXoS tANGÍVEIS SALDo INICIAL REFoRço ANuLAção REVERSão

SALDo FINAL

Equipamento Administrativo 160 80 0 240

160 80 0 240

INVEStIMENtoS FINANCEIRoS SALDo INICIAL AuMENtoS ALIENAçÕES tRANSFER.E ABAtES

SALDo FINAL

Participações de capital em subsidárias 212.775.938 88.200 212.864.138

Empréstimos concedidos a subsidárias 34.123.049 13.237.858 47.360.907

Participações de capital em associadas 594.376 29.799 624.175

Outros investimentos financeiros 2.379.300 0 2.379.300

249.872.663 13.355.857 0 0 263.228.520

O movimento ocorrido no valor bruto dos investimentos financeiros é como segue:

a) Activo BrutoO movimento ocorrido no valor bruto dos activos fixos tangíveis é como segue:

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80 SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO SGPS, SA /// EXERCÍCIO DE 2010

VI – Investimentos em Empresas Subsidiárias e Associadas

VII– Discriminação das Dívidas de Terceiros

DENoMINAção SoCIAL SEDE VALoR DE BALANço

EM 31-DEZ-2010

PERCENtAGEMCAPtItAL

DEtIDo

CAPItAISPRÓPRIoS

RESuLtADoEM 31-DEZ-2010

Empresas do Grupo:

Soares da Costa América, Inc. 7270 N.W. 12 TH Street, Suite PH 3

33126 - FL MIAMI

430.825 100.00% 43.396.938 2.261.275

Soares da Costa Moçambique, SARL Avenida Hochimin, 1178 3º Andar 868.470 80.00% 1.655.947 480.535

1667 - Maputo

SDC S. Tomé e Príncipe, Construções, Lda. Cidade de São Tomé 9.900 99.00% 929.644 572.094

São Tomé e Príncipe

SDC Construcciones CentroAmericanas, SA Cantón Cero Uno (San José) 853.555 100.00% 3.908.164 470.928

1009 - San José

Carta - Cantinas e Restauração Lda. Rua de Santos Pousada, 220 904.969 100.00% 215.738 (16.743)

4000 - 478 - Porto

Soc. Construções Soares da Costa, SA Rua de Santos Pousada, 220 89.304.974 100.00% 115.274.088 3.498.593

4000 - 478 - Porto

Contacto - Soc. Construções, SA Rua de Santos Pousada, 220 81.588.200 100.00% 41.733.536 3.221.306

4000 - 478 - Porto

Coordenação & Soares da Costa SGPS, SA Rua Julieta Ferrão, 12 - 13º 250.000 50.00% 481.623 (8.375)

1600-131 Lisboa

Clear - Instalações Electromecânicas, SA Rua de Santos Pousada, 220 38.653.246 100.00% 4.142.415 (2.588.970)

4000 - 478 - Porto

Empresas Associadas:

Grupul Portughez de Constructii, S.R.L. Roménia 500.000 50.00% (550.615) (1.417.574)

010873 - Bucharest

SDC Emirates Construction,L.L.C. Abu Dhabi 94.376 49.00% 71.129 (102.181)

Emirados Árabes Unidos

GEC-Guinea Ecuatorial Construcciones,SA UrbanizacionVilla Orquidea,4 -

Malabo

7.775 51.00% 15.241 -

Guiné Equatorial

Cerenna-Ceramica Nacional de Angola, S.A. Rua Cónego Manuel das Neves,19 22.024 30.00% - -

Luanda - Angola

Outras empresas:

VSL - Sistemas Portugal, SA Estrada Outeiro Polima, Lote C -

Piso 1 · 2785 - 518 - São Domingos

de Rana

1.012.500 11.25% 4.115.867 417.068

VORTAL - Com. Electr., Consult. e Multimédia,

SA

Rua Julieta Ferrão, 12 - 12º

1600-131 Lisboa 1.366.800 7.24% 7.225.473 2.178.736

DÍVIDAS DE tERCEIRoS 31-DEZ-2010 31-DEZ-2009

Empresas do grupo 53.401,528 9.683,966

Empresas do grupo, associadas

e participadas

53.401,528 9.683,966

Outros devedores 297.513 563.689

Outras dívidas de terceiros 297.513 563.689

O Detalhe da rubrica “ Estado e Outros Entes Públicos em 31 de Dezembro de 2010 e 31 de Dezembro de 2009 era o seguinte:

31-DEZ-2010 31-DEZ-2009

Imposto sobre o rendimento do exercício 0 1.559

0 1.559

VIII– Discriminação de Outros Activos CorrentesoutRoS ACtIVoS CoRRENtES 31-DEZ-10 31-DEZ-09

Gastos a reconhecer 821 1.328

821 1.328

Em 31 de Dezembro de 2010 e 31 de Dezembro de 2009 estas rubricas têm a seguinte decomposição:

GAStoS A RECoNhECER

Seguros 821 1.328

821 1.328

Em 31 de Dezembro de 2010 e 31 de Dezembro de 2009 o detalhe era o seguinte:

Em 31 de Dezembro de 2010, as empresas do grupo e associadas em que a sociedade participa directamente eram as seguintes:

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82 SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO SGPS, SA /// EXERCÍCIO DE 2010

Em 31 de Dezembro de 2010 e 31 de Dezembro de 2009 o detalhe de caixa e equivalentes de caixa era o seguinte:

IX – Caixa e seus Equivalentes

DISCRIMINAção DoS CoMPoNENtES DE CAIXA E SEuS EquIVALENtES 31-DEZ-10 31-DEZ-09

Numerário 1.687 981

Depósitos bancários imediatamente mobilizáveis 24.033 34.458

Caixa e seus equivalentes 25.720 35.439

Disponibilidades constantes do balanço 25.720 35.439

O capital social da empresa tem o valor nominal de 90.000.000,00 de euros, representado por 18.000.000 acções tituladas com o valor nominal de g5 cada.

O capital social é detido a 100% pela Empresa Grupo Soares da Costa, SGPS, SA.

O Resultado Líquido do exercicio de 2009, no montante de 10.379.780 Euros, foi aplicado do modo seguinte, conforme acta nº 14 de 2010/03/17:

X – Composição do Capital Social e Reservas

APLICAção RESuLtADoS 2009 - ACtA 14 DE 17/03/2010

Reserva legal 518.989

Resultados transitados 860.791

Dividendos 9.000.000

10.379.780

A legislação comercial portuguesa estabelece que pelo menos 5% do resultado líquido anual tem de ser destinado ao reforço da “Reserva legal” até que esta represente pelo menos 20% do capital social. Esta reserva não é distribuível, a não ser em caso de liquidação, mas pode ser utilizada para absorver prejuízos, depois de esgotadas todas as outras reservas, e para incorporação no capital.

Em 31 de Dezembro de 2010 e 31 de Dezembro de 2009 o detalhe dos empréstimos bancários é o seguinte:

XI – Empréstimos Bancários

31-DEZ-10 31-DEZ-09

Passivos Correntes

Empréstimos bancários 290.698 639.535

290.698 639.535

Empréstimo contratado pela Soares da Costa Construção, SGPS, S. A. junto da Caixa Nova no montante actual de 291 milhares de Euros, cujo reembolso será realizado, em 10 prestações mensais com termo em Outubro de 2011.

Os empréstimos, à data de 31 de Dezembro de 2010, venciam juros às seguintes taxas:

NAtuREZA MÍNIMo MáXIMo

Empréstimos bancários 2,873% 2,873%

Em 31 de Dezembro de 2010 e 31 de Dezembro de 2009 a rubrica “Outras dívidas a terceiros” tem a seguinte decomposição:

XII – Discriminação de outras Dívidas a Terceiros

DÍVIDAS A tERCEIRoS 31-DEZ-10 31-DEZ-09

Empresas do grupo 208.725.263 150.545.452

Empresas do grupo, associadas e participadas 208.725.263 150.545.452

Outros credores 2.219.135 827.034

Outras divídas a terceiros - corrente 2.219.135 827.034

O detalhe da rubrica “Estado e outros entes públicos” à data de 31 de Dezembro de 2010 e 31 de Dezembro de 2009 é como segue:

31-DEZ-10 31-DEZ-09

Constribuições para a segurança social 7.453 7.022

Outros 12.247 11.387

19.700 18.409

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84 SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO SGPS, SA /// EXERCÍCIO DE 2010

XIII – Discriminação de outros Passivos CorrentesoutRoS PASSIVoS CoRRENtES 31-DEZ-10 31-DEZ-09

Acréscimos de gastos 60.217 61.410

60.217 61.410

Em 31 de Dezembro de 2010 e 31 de Dezembro de 2009 estas rubricas tinham a seguinte decomposição:

ACRéSCIMoS DE GAStoS 31-DEZ-10 31-DEZ-09

Remunerações a liquidar 55.339 55.339

Juros a liquidar 38 71

Outros acréscimos de custos 4.840 6.000

60.217 61.410

XIV – Partes RelacionadasOs saldos e transacções com as empresas do grupo e associadas encontram-se discriminados nos quadros abaixo.

Os termos ou condições praticados entre empresas do grupo e associadas são substancialmente idênticos aos termos que normalmente seriam contratados entre entidades independentes em operações comparáveis.

SALDoS EM 31 DE DEZEMBRo DE 2010

outRAS DÍVIDAS DE tERCEIRoS

EMPRéStIMoS A EMPRESAS Do GRuPo E

ASSoCIADAS

REGIME ESPECIAL DE tRIButAção

GRuPoS SoCIEDADES

FoRNECEDoRES EMPRéStIMoS DE EMPRESAS

Do GRuPo E ASSoCIADAS

outRAS DÍVIDAS

A tERCEIRoS

Grupo Soares da Costa SGPS 51.865.645 1.447.295 108.150.768 537.414

Clear, SA 5.568 673.803

Coordenação & Soares da Costa, SGPS, Lda 2.748

Contacto - Soc. Construções, S.A. 99.900.692

Soc. Construções Soares da Costa, SA 2.886 738.635

Soares da Costa Serviços Partilhados, Lda 1.077 40.937

Costaparques, SA 92

Habitop, SA 651

SDC Construcciones Centro Americanas, SA 189.239 498 897.994

SDC Moçambique, SARL 79.774

SDC América, Inc. 6.650

SDC Emirates Construction, L.L.C. 101.624

297.513 51.954.233 1.447.295 4.706 208.725.264 2.214.981

tRANSACçÕES EM 2010 FoRNECIMENtoS E SERVIçoS EXtERNoS

VENDAS E PREStAção DE SERVIçoS

JuRoS DEBItADoS

JuRoS SuPoRtADoS

outRoS GANhoS FINANCEIRoS

Soares da Costa Serviços Partilhados. Lda 12.869

Costaparques, SA 320

Habitop, SA 7.801

Soc. Construções Soares da Costa, SA 202 7.312 1.530.826

Contacto - Soc. Construções, S.A. 3.467.623

Grupo Soares da Costa SGPS 3.164.339 2.810.727

Clear, SA 15.616 2.043

Coordenação & Soares da Costa, SGPS, Lda 4.794

Carta, Lda 7.019

SDC S. Tomé e Principe, Construções, Lda 1.334

SDC América, Inc. 95.975 165.238

SDC Construcciones Centro Americanas, SA 25.362

21.193 0 3.296.389 7.811.218 190.600

Os outros ganhos operacionais são como segue:

XV – Outros Ganhos e Perdas Operacionais

As outras perdas operacionais são como segue:

outRoS RENDIMENtoS E GANhoS 31-DEZ-10 31-DEZ-09

Restituíção de impostos 26.090 0

Outros rendimentos e ganhos

operacionais

3.600 42

29.690 42

outRoS GAStoS E PERDAS 31-DEZ-10 31-DEZ-09

Outros gastos e perdas operacionais 1.559 171

1.559 171

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86 SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO SGPS, SA /// EXERCÍCIO DE 2010

O número médio de pessoal ao serviço na empresa durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2010, num total de 3, é como segue:

DIRECção quADRoS SuPERIoRES

quADRoS MéDIoS ENCARR, MEStRES E ChEFES

PRoFISSIoNAIS ALtA quALIFIC.

3 - - - -

XVI – Pessoal

As remunerações atribuídas aos membros dos órgãos sociais no exercício findo em 31 de Dezembro de 2009 e 2010 foram as seguintes:

oRGãoS SoCIAIS 31-DEZ-10 31-DEZ-09

Administração 592,232 620,706

Conselho Fiscal / Fiscal Único 6,050 9,600

O número médio de pessoal ao serviço na empresa durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2009, num total de 3, é como segue:

DIRECção quADRoS SuPERIoRES

quADRoS MéDIoS ENCARR, MEStRES E ChEFES

PRoFISSIoNAIS ALtA quALIFIC.

3 - - - -

XVII – Demonstração dos Resultados FinanceirosOs resultados financeiros dos períodos findos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 apresentam a seguinte decomposição:

RENDIMENtoS E GANhoS 31-DEZ-10 31-DEZ-09

Juros obtidos 3.296.389 74.815

Diferenças de câmbio favoráveis 1.772 20.324

Rendimentos de participação de capital 17.184.700 15.116.597

Outros rendimentos e ganhos financeiros 190.600 183.733

(2) 20.673.461 15.395.470

Resultados financeiros (2)-(1) 12.575.738 9.786.183

GAStoS E PERDAS 31-DEZ-10 31-DEZ-09

Juros suportados 7.821.203 5.426.372

Diferenças de câmbio desfavoráveis 75.276 1

Outros gastos e perdas financeiros 201.244 182.914

(1) 8.097.723 5.609.287

A rubrica ”Outras perdas financeiras” inclui, essencialmente, gastos com garantias bancárias e gastos com serviços debitados por instituições bancárias.

A Empresa é tributada em IRC, segundo o Regime Especial de Tributação dos Grupos de Sociedades. A empresa, sendo domi-nada, regista nas contas de “ Accionistas/Empresas do Grupo” o crédito/débito referente ao seu contributo de imposto. A empresa dominante é a sociedade “Grupo Soares da Costa, SGPS, SA.

De acordo com a legislação fiscal, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correcção por parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos (cinco anos para a segu-rança social). Deste modo, as declarações fiscais da Empresa referentes aos anos de 2007 e seguintes podem vir ainda ser sujeitas a revisão. O Conselho de Administração da Empresa entende que eventuais correcções a existir não terão um efeito significativo nas demonstrações financeiras.

O imposto sobre o rendimento registado nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 decompõe-se do se-guinte modo:

XVIII – Imposto Sobre o Rendimento e impostos Diferidos

IMPoSto SoBRE o RENDIMENto 31-DEZ-10 31-DEZ-09

Imposto corrente (1.447.295) (1.533.346)

(1.447.295) (1.533.346)

A reconciliação do resultado antes de imposto para o imposto do período é como segue:

31-DEZ-10 31-DEZ-09

Resultado antes de impostos 11.387.866 8.846.434

Outros ajustamentos não geradores de impostos diferidos (17.208.206) (14.999.829)

Lucro Tributável (5.820.340) (6.153.395)

Taxa nominal média de Imposto sobre o rendimento 25.0% 25.0%

(1.455.085) (1.538.349)

Tributação autónoma 7.790 5.003

Imposto sobre rendimento (1.447.295) (1.533.346)

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88 SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO SGPS, SA /// EXERCÍCIO DE 2010

Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, os resultados básicos por acção correspondem ao resultado liquido dividido pelo número de acções ordinárias da empresa durante o período, tendo sido calculado como segue:

XIX – Resultados por Acção

RESuLtADoS PoR ACção 31-DEZ-10 31-DEZ-09

Resultado das operações continuadas 12.835.161 10.379.780

Resultado líquido 12.835.161 10.379.780

Número total de acções ordinárias 18.000.000 18.000.000

Resultado por acção

Básico e Diluído 0.713 0.577

XX – Garantias PrestadasO detalhe das garantias bancárias e cauções prestadas pela empresa a terceiros à data de 31 de Dezembro de 2010, são como segue:

EuRoS

Garantias Bancárias prestadas a Terceiros 12.963.128

Cartas conforto 250.000

A empresa avalizou duas operações de financiamento de empresas participadas, uma até ao montante de 5.000.000 USD e outra até ao montante de 3.310.042 Euros.

XXI – Riscos Financeirosa) Risco CambialEste risco advém principalmente da presença internacional da empresa que a expõe aos efeitos derivados de alterações na paridade das moedas relativamente ao euro. A política de gestão de risco de taxa de câmbio seguida pela empresa tem como objectivo diminuir ao máximo a sensibilidade dos resultados da empresa a flutuações cambiais. A empresa procura, tanto quanto possível, equilibrar os activos com res-ponsabilidades na mesma divisa.

b) Risco de créditoEste risco está associado às contas a receber decorrentes do normal desenvolvimento das actividades da empresa. Em função da antiguidade de crédito, perfil de risco do cliente, experiência recolhida e demais circunstâncias é aferida a necessidade de registo de imparidades.

Em 31 de Dezembro de 2010 é convicção do Conselho de Administração que os ajustamentos de contas a receber esti-mados se encontram adequadamente relevados nas demons-trações financeiras.

c) Risco de liquidezA política de gestão do risco de liquidez visa assegurar, a cada momento, que o perfil de vencimentos da dívida se adequa à capacidade da empresa de gerar fluxos de caixa para o seu pagamento. A gestão do risco de liquidez passa, portanto, por gerir os desajustamentos entre as necessidades de fundos (por gastos operativos e financeiros, investimentos e vencimento de dívidas), com as fontes de receita (recebimentos de clien-tes, desinvestimentos, compromissos de financiamento por entidades financeiras). Em paralelo, a empresa toma medidas de gestão que previnem a ocorrência desse risco mediante uma adequada e atempada gestão de tesouraria. Para gerir o risco de liquidez a empresa mantém um equilíbrio entre o prazo e a flexibilidade do endividamento contratado através do uso de financiamentos escalonados que encaixem com as necessidades de fundos. Para além disso, a empresa tem con-tratos de apoio à tesouraria que permitem evitar a existênciade roturas ( temporárias) de tesouraria.

Não existem factos relevantes a assinalar.

XXII – Acontecimentos Subsequentes

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90 SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO SGPS, SA /// EXERCÍCIO DE 2010

Decreto-Lei nº 318/94 art 5º nº4

Durante o período findo em 31 de Dezembro de 2010 foram celebrados contratos de suprimentos com as seguintes empresas:

- Soares da Costa America, Inc.- Coordenação & Soares da Costa SGPS, SA- Clear, SA

Durante o período findo em 31 de Dezembro de 2010 foram celebrados contratos de operações financeiras com as seguintes empresas:

- Grupo Soares da Costa, SGPS, S.A.- Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A. - Clear, SA

As respectivas posições devedoras e credoras a 31 de Dezembro de 2010 e 2009 são as seguintes:

XXIII – Cumprimento de Disposições Legais

EMPRéStIMoS CoNCEDIDoS

EMPRESA 31-DEZ-10 31-DEZ-09

Suprimentos / Prestações Acessórias

Soares da Costa America. Inc. 40.814.152 32.666.294

Clear, SA 6.346.754 1.346.754

Coordenação & Soares da Costa SGPS, SA 200.000 110.000

Total 47.360.907 34.123.049

Empréstimos concedidos

Soares da Costa Moçambique, SARL 10.513 10.513

Grupo Soares da Costa, SGPS, S.A. 51.846.987 7.603.000

SDC S. Tomé e Príncipe, Construções, Lda. 180.000

Carta - Cantinas e Restauração Lda. 557.500

Total 51.857.500 8.351.013

EMPRéStIMoS oBtIDoS

EMPRESA 31-DEZ-10 31-DEZ-09

Grupo Soares da Costa. SGPS. S.A. 108.150.768 108.150.768

Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A. 42.247.500

Contacto - Sociedade de Construções , S.A. 99.408.800

Clear, SA 673.803

Total 208.233.371 150.398.268

Em reunião de 28 de Fevereiro de 2011 o Conselho de Admi-nistração aprovou emitir as presentes demonstrações financeiras

XXIV – Aprovação de Contas para Emissão

Durante o exercício de 2010 não ocorreram alterações de políticas contabilísticas, face às consideradas na preparação da informação financeira relativa ao exercício de 2009 nem foram registados erros materiais relativos a exercícios anteriores.

XXV – Alterações de Políticas, Estimativas e Erros

O responsável técnico *1 o conselho de administração *2

*1 Fernando da silva semana

*2 pedro manuel de almeida gonçalves (presidente) pedro gonçalo de sotto-mayor de andrade santos / luís miguel andrade mendanha gonçalves / antónio José cadete paisana Ferreira / paulo eugénio peixoto Ferreira / antónio manuel lima de miranda esteves / paulo Jorge dos santos pinho leal / Fernando manuel Fernandes de almeida

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deMoNstRaÇÕes FiNaNceiRas coNsolidadas

04.

ETAR DE LEIRIA

demonstrações financeiras consolidadas

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94 SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO SGPS, SA /// EXERCÍCIO DE 2010

DEMoNStRAção DA PoSIção FINANCEIRA CoNSoLIDADA EM 31 DE DEZEMBRo DE 2010 E 2009

A C t I V o 31-DEZ-10 ACtIVo LÍquIDo

31-DEZ-09ACtIVo LÍquIDo

Não CoRRENtE

Activos intangíveis:

Goodwill 82.715.787 82.627.587

Activos intangíveis 11.921 10.795

82.727.709 82.638.383

Activos fixos tangíveis:

Terrenos e edifícios 65.949.766 58.173.845

Equipamento básico 60.117.700 59.970.426

Activos fixos tangíveis em curso 13.411.089 22.787.110

Outros activos fixos tangíveis 17.773.439 22.811.168

157.251.994 163.742.549

Investimentos financeiros:

Investimentos financeiros em equivalência patrimonial 2.569.268 2.514.029

Empréstimos a empresas associadas 643.631 419.631

Outros investimentos financeiros 2.525.605 2.425.583

5.738.504 5.359.243

Activos por impostos diferidos 7.215.648 7.012.817

Total do activo não corrente 252.933.855 258.752.992CoRRENtE

Inventários 105.067.243 131.257.022

Dívidas de terceiros:

Clientes 458.230.452 360.145.007

Imposto sobre o rendimento do exercício 65.342 1.933.811

Outras dívidas de terceiros 110.736.307 123.239.452

569.032.101 485.318.269

Outros activos correntes 97.508.072 97.501.386

Caixa e seus equivalentes 51.651.563 50.626.088

Total do activo corrente 823.258.980 764.702.765

Total do activo 1.076.192.834 1.023.455.757

o responsável técnico *1 o conselho de administração *2

DEMoNStRAção DA PoSIção FINANCEIRA CoNSoLIDADA EM 31 DE DEZEMBRo DE 2010 E 2009

CAPItAL PRÓPRIo E PASSIVo 31-DEZ-10 31-DEZ-09

CAPItAL PRÓPRIo

Capital social 90.000.000 90.000.000

Reservas e resultados transitados 42.930.413 28.235.298

Resultado líquido do período 13.359.365 22.768.012

Dividendos antecipados (6.500.000) -

Capital próprio atribuível ao Grupo 139.789.778 141.003.309

Interesses minoritários 1.646.026 1.003.476

Total do capital próprio 141.435.805 142.006.786PASSIVo

Não CoRRENtE

Provisões 675.005 609.558

Empréstimos:

Empréstimos bancários 61.174.492 69.755.292

61.174.492 69.755.292

Dívidas a terceiros:

Fornecedores de investimento 2.368.459 3.881.123

Outros dívidas a terceiros 112.701.785 112.703.092

Passivos por impostos diferidos 17.339.148 20.053.582

Total do passivo não corrente 194.258.888 207.002.646CoRRENtE

Empréstimos:

Empréstimos bancários 162.326.373 117.323.414

Outros empréstimos obtidos 44.528.677 27.983.326

206.855.050 145.306.740

Dívidas a terceiros:

Fornecedores 224.951.307 245.520.890

Fornecedores de investimento 6.887.392 7.776.845

Adiantamentos de clientes 124.542.393 127.309.943

Imposto sobre o rendimento do exercício 348.401 2.547.560

Outros dívidas a terceiros 48.365.901 44.457.651

405.095.394 427.612.889

Instrumentos financeiros derivados 1.337.993 363.759

Outros passivos correntes 127.209.704 101.162.936

Total do passivo corrente 740.498.141 674.446.325

Total do passivo 934.757.030 881.448.971

Total do capital próprio e passivo 1.076.192.834 1.023.455.757

o responsável técnico *1 o conselho de administração *2

*1 Fernando da silva semana

*2 pedro manuel de almeida gonçalves (presidente) pedro gonçalo de sotto-mayor de andrade santos / luís miguel andrade mendanha gonçalves / antónio José cadete paisana Ferreira / paulo eugénio peixoto Ferreira / antónio manuel lima de miranda esteves / paulo Jorge dos santos pinho leal / Fernando manuel Fernandes de almeida

(VALoRES EM uNIDADES DE EuRo) (VALoRES EM uNIDADES DE EuRo)

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96 SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO SGPS, SA /// EXERCÍCIO DE 2010

DEMoNStRAção DoS RESuLtADoS CoNSoLIDADoS SEPARADA PARA oS PERÍoDoS FINDoS EM 31 DE DEZEMBRo DE 2010 E 2009

DEMoNStRAção DoS RESuLtADoS 31-DEZ-10 31-DEZ-09

Vendas e prestação de serviços (Volume de negócios) 800.025.869 874.442.603

Variação nos inventários da produção (33.075.092) 1.858.770

Outros ganhos operacionais 25.252.645 36.060.345

Rendimentos e ganhos operacionais 792.203.422 912.361.718

Custo das mercadorias vendidas e matérias consumidas (159.519.348) (191.577.132)

Fornecimentos e serviços externos (425.986.912) (521.521.264)

Gastos com o pessoal (135.046.992) (126.475.311)

Amortizações e perdas de imparidade (16.497.268) (15.583.250)

Provisões e ajustamentos de valor (3.591.755) (2.897.817)

Outras perdas operacionais (18.339.651) (16.599.672)

Gastos e perdas operacionais (758.981.927) (874.654.446)

Resultado operacional das actividades continuadas 33.221.495 37.707.272

Custo líquido do financiamento (5.683.852) (8.015.014)

Ganhos e perdas em empresas associadas (96.958) 1.844.079

Outros ganhos e perdas financeiros (9.549.563) (2.020.345)

Resultado financeiro (15.330.373) (8.191.280)

Resultado antes de impostos 17.891.122 29.515.992

Impostos sobre o rendimento (4.098.197) (6.538.253)

Resultado consolidado do período 13.792.925 22.977.740

Atribuível ao Grupo 13.359.365 22.768.012

Atribuível a interesses minoritários 433.559 209.728

Resultado por acção:

Básico 0,742 1,265

Diluído 0,742 1,265

o responsável técnico *1 o conselho de administração *2

DEMoNStRAção Do RENDIMENto CoNSoLIDADo INtEGRAL PARA oS PERÍoDoS FINDoS EM 31 DE DEZEMBRo DE 2010 E 2009

31-DEZ-10 31-DEZ-09

Resultado consolidado Líquido do período 13.792.925 22.977.740

Outros rendimentos integrais

Diferenças cambiais decorrentes da transposição de demonstrações

financeiras expressas em moeda estrangeira

1.839.462 (2.862.888)

Variação, líquida de impostos, no justo valor de instrumentos financeiros derivados (586.216) (363.759)

Outras variações (100.649) 45

Total Rendimento Consolidado Integral 14.945.521 19.751.138

Atribuível:

a interesses minoritários 642.550 42.672

ao Grupo 14.302.971 19.708.467

o responsável técnico *1 o conselho de administração *2

(VALoRES EM uNIDADES DE EuRo) (VALoRES EM uNIDADES DE EuRo)

*1 Fernando da silva semana

*2 pedro manuel de almeida gonçalves (presidente) pedro gonçalo de sotto-mayor de andrade santos / luís miguel andrade mendanha gonçalves / antónio José cadete paisana Ferreira / paulo eugénio peixoto Ferreira / antónio manuel lima de miranda esteves / paulo Jorge dos santos pinho leal / Fernando manuel Fernandes de almeida

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98 SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO SGPS, SA /// EXERCÍCIO DE 2010

DEMoNStRAção DAS ALtERAçÕES No CAPItAL PRÓPRIo PARA oS PERÍoDoS FINDoS EM 31 DE DEZEMBRo DE 2010 E 2009

RuBRICA CAPItAL

SoCIAL

ACçÕES

PRÓPRIAS

RESERVAS E

RESuLtADoS

tRANSItADoS

RESERVA DE

CoNVERSão

CAMBIAL

DERIVADoS DE

CoBERtuRA

outRoS CAPItAL PRÓPRIo

AtRIBuÍVEL

AoS ACCIoNIStAS

DA EMPRESA MãE

INtERESSES

MINoRItáRIoS

totAL DoS

CAPItAIS

PRÓPRIoS

Saldo a 1/Jan/2010 90.000.000 - 53.559.231 (2.429.593) (363.759) 237.430 141.003.309 1.003.476 142.006.786

Dividendos - - (15.500.000) - - - (15.500.000) - (15.500.000)

Acções próprias - - - - - - - - -

Outros - - (16.502) - - - (16.502) - (16.502)

Rendimento consolidado

integral

- - 13.359.365 1.630.471 (586.216) (100.649) 14.302.971 642.550 14.945.521

Saldo a 31/Dez/2010 90.000.000 - 51.402.095 (799.122) (949.975) 136.780 139.789.778 1.646.026 141.435.805

RuBRICA CAPItAL

SoCIAL

ACçÕES

PRÓPRIAS

RESERVAS E

RESuLtADoS

tRANSItADoS

RESERVA DE

CoNVERSão

CAMBIAL

DERIVADoS DE

CoBERtuRA

outRoS CAPItAL PRÓPRIo

AtRIBuÍVEL AoS

ACCIoNIStAS DA

EMPRESA MãE

INtERESSES

MINoRItáRIoS

totAL DoS

CAPItAIS

PRÓPRIoS

Saldo a 1/Jan/2009 90.000.000 - 36.793.338 266.239 - 237.385 127.296.961 960.804 128.257.765

Dividendos - - (6.000.000) - - - (6.000.000) - (6.000.000)

Acções próprias - - - - - - - - -

Outros - - (2.119) - - - (2.119) - (2.119)

Rendimento consolidado

integral

- - 22.768.012 (2.695.831) (363.759) 45 19.708.467 42.672 19.751.138

Saldo a 31/Dez/2009 90.000.000 - 53.559.231 (2.429.593) (363.759) 237.430 141.003.309 1.003.476 142.006.786

o responsável técnico *1 o conselho de administração *2

DEMoNStRAção DoS FLuXoS DE CAIXA CoNSoLIDADoS PARA oS PERÍoDoS FINDoS EM 31 DE DEZEMBRo DE 2010 E 2009

31-DEZ-10 31-DEZ-09

Actividades operacionais:

Recebimentos de clientes 669.662.173 759.459.768

Pagamentos a fornecedores (558.152.300) (663.172.774)

Pagamentos ao pessoal (130.099.313) (118.134.875)

(18.589.440) (21.847.881)

Pagamento /recebimento do imposto s/o rendimento (5.009.969) (7.525.689)

Outros recebimentos/pagamentos relativos à actividade

operacional

(2.722.543) 17.470.118

(7.732.512) 9.944.429

Fluxos das actividades operacionais (26.321.952) (11.903.452)

Actividades de investimento:

Recebimentos provenientes de:

Investimentos financeiros 369.369.348 271.978.377

Activos fixos tangíveis 1.565.688 629.205

Juros e ganhos similares 127.542 227.842

Dividendos 117.043 371.179.622 116.597 272.952.022

Pagamentos respeitantes a:

Investimentos financeiros 358.937.134 321.095.258

Activos fixos tangíveis 7.794.502 10.954.838

Activos intangíveis 1.738 366.733.374 2.176 332.052.272

Fluxos das actividades de investimento 4.446.248 (59.100.250)

Actividades de financiamento:

Recebimentos provenientes de:

Empréstimos obtidos 314.366.463 525.508.111

Aumentos de capital. prestações suplementares e prémios

de emissão

3.658 -

Juros obtidos 3.349.856 317.719.977 702.080 526.210.191

Pagamentos respeitantes a:

Empréstimos obtidos 253.376.687 407.651.317

Amortização de contratos de locação financeira 10.037.124 12.250.527

Juros e gastos similares 17.679.889 15.016.280

Dividendos 15.500.000 6.000.000

Aquisições de acções (quotas) próprias - 296.593.700 - 440.918.124

Fluxos das actividades de financiamento 21.126.277 85.292.067

Variação de caixa e seus equivalentes (749.427) 14.288.365

Efeito das diferenças de câmbio 1.774.902 2.079.871

Caixa e seus equivalentes no início do período 50.626.088 34.257.852

Caixa e seus equivalentes no fim do período 51.651.563 50.626.088

O responsável técnico *1 o conselho de administração *2

(VALoRES EM uNIDADES DE EuRo)

*1 Fernando da silva semana

*2 pedro manuel de almeida gonçalves (presidente) pedro gonçalo de sotto-mayor de andrade santos / luís miguel andrade mendanha gonçalves / antónio José cadete paisana Ferreira / paulo eugénio peixoto Ferreira / antónio manuel lima de miranda esteves / paulo Jorge dos santos pinho leal / Fernando manuel Fernandes de almeida

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relatórios de fiscalização

RelatóRios de FiscaliZaÇão

05.

UNIVERSIDADE CATÓLICA - LUANDA

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102 SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO SGPS, SA /// EXERCÍCIO DE 2010

Patrício, Moreira, Valente & Associados, SROC é uma firma independente, membro da RSM international. RSM international é a denominação de uma rede internacional de entidades jurídicas independentes que prestam serviços profissionais de contabili-dade e consultadoria. RSM international não corresponde, em qualquer jurisdição, a uma entidade legalmente reconhecida.

Inscrição na Lista dos Revisores Oficiais de Contas ( em 11/05/1981) sob o n.º21.Inscrição na Lista de Auditores da SMVM (em 21/02/1992) sob o n.º196NIPC 501 612 181Capital Social 160.000g

Introdução1. Examinámos as demonstrações financeiras da Soares da Costa Construção, S.G.P.S., S.A., as quais compreendem a Demons-tração individual da Posição financeira em 31 de Dezembro de 2010, (que evidencia um total de activos de 316.954.503 Euro e um total de capital próprio de 105.328.711 Euro, incluindo um resultado líquido de 12.835.161 Euro) a Demonstração individual dos resultados separada, a Demonstração individual do rendimento integral, a Demonstração individual das alterações no capital próprio, a Demonstração individual dos fluxos de caixa do exercício findo naquela data e as Notas explicativas.

Responsabilidades2. É da responsabilidade do Conselho de Administração a preparação de demonstrações financeiras que apresentem de forma verdadeira e apropriada a posição financeira da Empresa, o resultado das suas operações e os seus fluxos de caixa, bem como a adopção de políticas e critérios adequados e a manutenção de um sistema de controlo interno apropriado.

3. A nossa responsabilidade consiste em expressar uma opinião profissional e independente, baseada no nosso exame daquelas demonstrações financeiras.

Âmbito4. O exame a que procedemos foi efectuado de acordo com as Normas Técnicas e as Directrizes de Revisão/Auditoria da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que o mesmo seja planeado e executado com o projecto de obter um grau de segurança aceitável sobre se as demonstrações financeiras estão isentas de distorções materialmente relevantes. Para tanto o referido exame incluiu:

- a verificação numa base de amostragem, do suporte das quantias e divulgações constantes das demonstrações finan- ceiras e a avaliação das estimativas, baseadas em juízos e critérios definidos pelo Conselho de Administração, utiliza- das na sua preparação;

- a apreciação sobre se são adequadas as políticas cotabilísticas adoptadas e a sua divulgação, tendo em conta as circunstâncias;

- a verificação da aplicabilidade do princípio da continuidade; e

- a apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a apresentação das demonstrações financeiras.

5. O nosso exame abrangeu também a verificação da concordância da informação financeira constante do relatório de gestão com as demonstrações financeiras.

6. Entendemos que o exame efectuado proporciona uma base aceitável para a expressão da nossa opinião.

Certificação Legal das Contas

Ao Accionista Único da Soares da Costa Construção, S.G.P.S., S.A.

Em conformidade com a legislação em vigor e com o mandato que nos foi confiado, vimos submeter à Vossa apreciação o nosso Relatório e Parecer que abrange a actividade por nós desenvolvida e os documentos de prestação de contas da Soares da Costa Construção, S.G.P.S, S.A., relativos ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2010, os quais são da responsabilidade do Conselho de Administração.

Acompanhamos com a periodicidade e a extensão que consideramos adequada, a evolução da actividade da Empresa, a regulari-dade dos seus registos contabilísticos e o cumprimento do normativo legal e estatutário em vigor tendo recebido do Conselho de Administração e dos diversos serviços da Empresa as informações e os esclarecimentos solicitados.

Durante o exercício, analisámos a operação de distribuição antecipada de dividendos, tendo procedido, nos termos do artigo 297.º do Código das Sociedades Comerciais, à emissão de uma Certificação Legal das Contas intercalar.

No âmbito das nossas funções examinámos a Demonstração individual da posição financeira em 31 de Dezembro de 2010, a Demonstração individual dos resultados separada, a Demonstração individual do rendimento integral, a Demonstração individual das alterações no capital próprio, a Demonstração individual dos fluxos de caixa e as Notas explicativas. Adicionalmente, proce-demos a uma análise do Relatório de Gestão do exercício de 2010 preparado pelo Conselho de Administração e da proposta de aplicação de resultdos nele incluida. Como consequência do trabalho de revisão legal efectuado, emitimos nesta data a Certifi-cação Legal das Contas, que inclui no seu parágrafo 8 uma ênfase.

Face ao exposto, somos de opinião que, apesar do descrito no parágrafo 8 da Certificação Legal das Contas, as demonstrações financeiras supra referidas e o Relatório de Gestão, bem como a proposta de aplicação de resultados nele expressa, estão de acordo com as disposições contabilísticas, legais estatutárias aplicadas, pelo que poderão ser aprovados em Assembleia Geral de Accionistas.

Desejamos ainda manifestar ao Conselho de Administração e aos serviços da Empresa o nosso apreço pela colaboração prestada.

Porto, 28 de Fevereiro de 2011

Patrício, Moreira, Valente & Associados, S.R.O.C., representada por Joaquim Filipe Martins de Moura Areosa (ROC n.º 1027)

Relatório e Parecer do Fiscal Único

Patrício, Moreira, Valente & Associados, SROC é uma firma independente, membro da RSM international. RSM international é a denominação de uma rede internacional de entidades jurídicas independentes que prestam serviços profissionais de contabili-dade e consultadoria. RSM international não corresponde, em qualquer jurisdição, a uma entidade legalmente reconhecida.

Inscrição na Lista dos Revisores Oficiais de Contas ( em 11/05/1981) sob o n.º21.Inscrição na Lista de Auditores da SMVM (em 21/02/1992) sob o n.º196NIPC 501 612 181Capital Social 160.000g

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104 SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO SGPS, SA /// EXERCÍCIO DE 2010

Acta n.º15 da A.G. (17/03/2011)Aos dezassete de Março de dois mil e onze, pelas 9h e 30m, na Rua Santos Pousada, nº 220, no Porto, reuniu a Assembleia Geral da sociedade “SOARES DA COSTA - CONSTRUÇÃO, S.G.P.S., Sociedade Anónima”, com sede neste local, com capital social de noventa milhões de euros, com o número único de Pessoa Colectiva (NIPC) e matrícula na Conservatória de Registo Comercial do Porto 505 906 490.

Assumiu a Presidência da Mesa, por direito próprio, o Exmo. Sr. Dr. Jorge Manuel Oliveira Alves, o qual foi secretariado, também por direito próprio, pelo Exmo. Sr. Dr. Pedro Miguel Tigre Falcão Queirós.

Estava presente o representante da accionista única “Grupo Soares da Costa, SGPS, Sociedade Anónima”, Exmo Sr. Dr. Pedro Manuel de Almeida Gonçalves, da qual é Presidente da Comissão Executiva.

Estavam também presentes os membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da Sociedade.

Esta reunião teve lugar sem observância de quaisquer formalidades prévias, mas foi pelo representante da única accionista mani-festada a vontade de que esta Assembleia se constituísse e validamente deliberasse, nos termos do artigo 54.º do Código das Sociedades Comerciais, sobre a seguinte ordem de Trabalhos:

1. “Relatório de Gestão e as Contas do exercício de 2010”;2. “Proposta do Conselho de Administração de Aplicação de Resultados”;3. “Apreciação geral da Administração e da Fiscalização da sociedade”;

Aberta a reunião, foi deliberado o seguinte:1. Quanto ao ponto UM da Ordem de trabalhos, e após uma exposição feita pelos membros do Conselho de Administração sobre as áreas de actividade de que cada um foi responsável no exercício em causa, aprovar o Relatório de Gestão e as Contas relativas ao exercício de 2010;

2. Quanto ao ponto DOIS, aprovar a proposta do conselho de Administração no sentido de o resultado líquido individual de j12.835.161,06, obtido pela sociedade no exercício que terminou em 31.12.2010, ter a seguinte aplicação:

a) Para Reserva legal: ---------------------------------------------- j641.758,05; b) Para Distribuição de Dividendos: ----------------------------- j10.000.000,00; Adiantamento sobre os lucros deliberados em 2010---- j-6.500.000,00 Valor a atribuir -------------------------------------------------- j3.500.000,00 c) Para Resultados Transitados: ---------------------------------- j2.193.403,01

3. Quanto ao ponto TRÊS, por um lado, conferir um voto de louvor e de apreço ao Conselho de Administração, extensivo às várias empresas de gestão da sub-holding, principalmente num contexto económico e financeiro particularmente difícil, e, por outro lado, expressar ao Órgão de Fiscalização reconhecimento e agradecimento pelo acompanhamento permanente e pela colabo-ração e apoio técnico demonstrados;

Por último, foi unanimemente entendido manifestar um voto de louvor aos membros da mesa da Assembleia Geral pela forma como conduziram os trabalhos.

Nada mais havendo a tratar, foi esta reunião dada por encerrada e dela lavrada a presente Acta que, em sinal de concordância e conformidade, vai ser assinada pelo representante da accionista e pelos membros da Mesa.

Opinião7. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras referidas no parágrafo 1 acima apresentam de forma verdadeira e apropriada, em todos os aspectos materialmente relevantes, a posição financeira da Soares da Costa Construção, S.G.P.S., S.A. em 31 de Dezembro de 2010, o resultado das suas operações e os fluxos de caixa no exercício findo naquela data, em conformidade com as Normas internacionais de Relato Financeiro, tal como adoptadas na União Europeia.

Ênfase8. Sem afectar a opinião expressa no parágrafo anterior, chamamos a atenção para a situação seguinte:

8.1 Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2008, a Empresa adquiriu uma participação financeira na sociedade Con- tacto - Sociedade de Construções, S.A., cujo preço de compra poderá sofrer uma variação positiva ou negativa, de até 4.900.000 Euro (5.000.000 Euro em 2009), no prazo de cinco anos.

Relato sobre outros requisitos legais9. É também nossa opinião que a informação constante do resultado de gestão é concordante com as demonstrações financeiras do exercício.

Porto, 28 de Fevereiro de 2011

Patrício, Moreira, Valente & Associados, S.R.O.C., representada por Joaquim Filipe Martins de Moura Areosa (ROC n.º 1027)

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106 SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO SGPS, SA /// EXERCÍCIO DE 2010

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108 SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES SOARES DA COSTA, SA /// EXERCÍCIO DE 2010

2010relatório

de gestão e demonstrações

financeiras

Sociedade de Construções Soares da Costa, SA

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relatório de gestão

Grupo Soares da Costa, SGPS, SA

Soares da Costa

01.RelatóRio de Gestão do exeRcício de 2010

LINHA DE METRO GONDOMAR - PORTO

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112 SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES SOARES DA COSTA, SA /// EXERCÍCIO DE 2010

Apresentam-se, de imediato, os principais indicadores económico-financeiros que constituindo um epítome da actividade desenvolvida durante o ano findo e sendo merecedores duma análise positiva, foram condiciona-dos pelos constrangimentos derivados de um contexto macroeconómico geral e sectorial significativamente adversos.

>>> Principais Indicadores

Volume de Negócios (VN)

Portugal

Mercado Externo

EBITDA

Resultados Financeiros

Resultado antes de Impostos

Resultado Líquido

626,5

229,2

397,3

39,6

-12,1

13,5

8,3

641,1

246,4

394,7

42,4

-6,1

21,7

15,4

-2,3%

-7,0%

0,7%

-6,4

97,4

-37,7

-46,0

201o 2009* Variação %

* Reexpresso (IFRS/IAS)

Valores em milhares de euros

Nos capítulos seguintes, descrevem-se as diversas vertentes da actividade da sociedade e os factores principais que conduziram à obtenção da performance acima traduzida.

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114 SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES SOARES DA COSTA, SA /// EXERCÍCIO DE 2010

IntroduçãoO Conselho de Administração da Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A., no cumprimento do preceituado no Código das Sociedades Comerciais, nas normas estatutárias e outras disposições legais em vigor aplicáveis às sociedades anónimas, submete à apreciação da Assembleia Geral de Accionistas, o Relatório de Gestão, as contas do exercício e demais documentos de prestação de contas, referentes ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2010.Estes documentos dão conhecimento da evolução dos negó-cios, do desempenho e da posição da sociedade, bem como dos principais riscos e incertezas com que esta se defronta.As demonstrações financeiras a que este Relatório de Gestão se reporta foram elaboradas de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (IAS/IFRS) tal como adoptadas pela União Europeia, tendo sido sobre elas emitida a certificação legal de contas e parecer do fiscal único, que se apresenta conjuntamente.

introd

ução

GlossárioNeste Relatório são usadas abreviaturas e expressões correntes na lin-guagem financeira que têm o seguinte significado:

> EBIT Resultado Operacional> EBITDA Meios Libertos Operacionais, correspondente à soma do Re-sultado Operacional, Amortizações do Exercício, Ajustamentos de Valor e Provisões do Exercício (líquidos de reversões)> VN Volume de Negócios, correspondente à soma das Vendas e Serviços Prestados> PO Proveitos Operacionais, englobando para além do VN as restantes rubricas de proveitos operacionais, designadamente a variação da produção e trabalhos para a própria empresa > PC&NE Políticas Contabilísticas e Notas Explicativas> NET-DEBT Endividamento líquido remunerado: saldo das contas de passivo correspondentes a fontes de financiamento remuneradas, líquido de disponibilidades. Considerando as rubricas da demonstração da posição financeira NET-DEBT=Financiamentos Obtidos-Caixa e seus equivalentes

HOTEL AQUALUZ TROIALAGOA

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116 SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES SOARES DA COSTA, SA /// EXERCÍCIO DE 2010

1. A Identidade daSoares da Costa

Missão e ValoresA Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A. é a principal empresa de construção do Grupo Soares da Costa, cabendo--lhe prosseguir, no âmbito do segmento da construção, a missão do Grupo Soares da Costa que é a de “corresponder às exigências do mercado e dos seus clientes, através de um modelo de negócio sustentado, recursos qualificados e motivados, geradores de valor económico, social e am-biental, de modo a proporcionar um retorno atractivo aos accionistas”.Também ao nível dos valores a Sociedade incorpora e exte-rioriza, na sua atitude perante o mercado da construção, os Valores do Grupo a que pertence:> Orientação permanente para o mercado e a satisfação do cliente;> Eficácia e Eficiência da gestão;> Integridade e Ética;> Conduta socialmente responsável;> Respeito pelo ambiente.

Tendo como objectivo permanente a rentabilidade, o êxito da sociedade e do Grupo Soares da Costa em que se insere baseia-se num crescimento sustentável apoiado numa equipa humana de alta qualidade e numa preocupação de diversifi-cação e inovação em todos os seus projectos.

Referências HistóricasMais de Noventa Anos a Construir o Futuro

De um ponto de vista formal, a actual Sociedade de Cons-truções Soares da Costa, S.A. nasceu em finais de 2002, no âmbito da reorganização do Grupo Soares da Costa, de onde emanou a estrutura vigente, mediante o «trespasse» de todos os meios e acervo patrimonial, técnico e humano da área da construção da empresa que a antecedeu e que actualmente é a empresa-mãe do Grupo; as suas origens remontam, no entanto, ao já longínquo ano de 1918, em que na cidade do Porto, José Soares da Costa, homem pleno de iniciativa e, sem dúvida, um dos promotores do surto industrial da época, com dez trabalhadores, a fez nascer.Sendo, pois, uma empresa jovem do ponto de vista formal, a sociedade herdou os recursos técnicos e humanos e, mais im-portante ainda, o acumulado de saber e bem-fazer, para além de um historial rico, na área de construção, nos mais variados pontos geográficos do Mundo.Deixemos, de seguida, a referência a algumas etapas relevan-tes deste percurso: > Em 1918, ano da sua fundação, a Empresa dedicava-se es-sencialmente à execução de acabamentos de alta qualidade;> Em 2 de Junho de 1944, constituiu-se sob a denominação de Soares da Costa, Lda. (em 1 de Maio de 1968 transformada em sociedade anónima) a sociedade que actualmente se denomina de Grupo Soares da Costa, S.G.P.S., S.A. e que está na génese imediata da actual sociedade. Nessa altura, já o seu âmbito se alargava a toda a actividade de construção de edifícios;> Em meados da década de sessenta, a Soares da Costa, já líder de mercado da construção na região norte de Portugal, estende a sua actividade ao resto do país, com a abertura de delegações em Lisboa, Algarve, Madeira e Açores;> Na segunda metade dos anos 70, deu-se um grande cresci-mento da sua actividade, principalmente com a introdução em Portugal da tecnologia de “cofragem túnel”, que revolu-cionou, em prazos e custos, a área da construção de edifícios, sobretudo residenciais veio trazer a revolução também à área da construção;> O início da década de 80 assistiu à primeira constatação de que o País era pequeno demais para a ambição da Empresa: é então iniciada a sua expansão de actividade para a Venezuela e Guiné-Bissau. Essa expansão teve sempre continuidade e

está na origem do que é hoje a Área Internacional na Em-presa, presente em quatro continentes;> Em 1984, com o início da construção da Ponte de S. João, no Porto, assistia também o País a um período de grande expansão na actividade de construção de infra-estruturas. Atenta como sempre, a Soares da Costa rapidamente apren-deu tudo o que não sabia desta actividade e aproveitou esse conhecimento adquirido para levar à prática a sua contribuição para a modernização de Portugal: marcos importantes como as pontes da Régua e do Freixo, a barragem de Touvedo ou troços importantes de auto-estradas como a A2, A3 e A8 são resultado da aplicação desse conhecimento;> Os anos 90 são os anos da consolidação da actividade diversificada. Para além da construção de edifícios (é impor-tante marca deste período a construção do Centro Cultural de Belém), pontes e estradas, também a área ambiental é abraçada: são os anos da construção de ETAs, ETARs e aterros sanitários e, mais uma vez, a Soares da Costa disse: presente! É digna também de referência especial a construção do Aero-porto Internacional de Macau, inaugurado em 1995.> Já em pleno século XXI, e dada a conjuntura do mercado, a Empresa optou por um novo rumo, fazendo crescer a sua actividade internacional sobretudo em Angola. Mas isso não quis dizer ausência nos desafios que foram aparecendo em Portugal: estádios como o de Braga, Coimbra e Faro, auto-estradas como a da Beira Interior e a Transmontana (esta em execução) ou grandes Projectos como o Metro Ligeiro do Porto, Aeroporto Sá Carneiro, ou a Linha de Grande Velocidade Poceirão-Caia (em início de execução) são bem elucidativos.

A curta descrição anterior é representativa da riqueza do tra-jecto percorrido sendo que o passado representa os alicerces do futuro. Porém, a visão do Grupo Soares da Costa de ser um grupo económico de construção e serviços/concessões de projecção internacional com níveis de rentabilidade e de criação de valor accionista em linha com as melhores referências mundiais do sector, coloca na empresa de cons-trução de maior dimensão do Grupo uma responsabilidade que esta assume claramente: a de ser uma referência em termos de eficiência operacional, capacidade técnica e gestão de projecto, mas também a de ser um player reconhecido pela actuação ética e capacidade de criar novas soluções e medidas em observância das modernas exigências ambientais e sociais.id

entidade

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118 SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES SOARES DA COSTA, SA /// EXERCÍCIO DE 2010

Órgãos Sociais

Por deliberação da Assembleia-Geral de 17 de Março de 2010 a composição dos Órgãos Sociais da Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A., para o mandato (2010-2012), é a seguinte:

MESA DA ASSEMBLEIA-GERAL Presidente Jorge Manuel Oliveira Alves Secretário Pedro Miguel Tigre Falcão Queirós

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

FISCAL ÚNICO Efectivo BDO & Associados, SROC, Lda. SROC nº 29, NIPC 501 340 467, representada por Paulo Jorge de Sousa Ferreira, ROC nº 781 Suplente Nuno Miguel Vasconcelos Magina, ROC nº 1226

Organização Interna

Todos os membros que constituem o Conselho de Administração têm funções executivas, repartindo a coordenação das várias áreas de negócios da Sociedade.

O organograma representativo da estrutura organizativa da Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A. é o que consta na tabela da página seguinte.

Accionistas

O capital social da Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A., no valor de 50 milhões de euros, é representado por 10 milhões de acções ordinárias, ao portador, de valor nominal

ESTRUTURA ORGANIZATIVA DA SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES SOARES DA COSTA, S.A.

Conselho de Administração

Controlo de GestãoCosta Alves

Gestão ContratualAntónio Ferrão

Suc. AngolaFernando Almeida / Roberto Pisoeiro

Suc. MoçambiqueVieira de Magalhães

Suc. RoméniaMartins de Sousa

Direcção Geral de Aprovisio-namentosÉlio Abrantes

Direcção Técnico-comercialRui Carrito

Grandes Clientes de C.C.Carlos Santos

Direcção Geral de Recurso de ProduçãoRosário Mendes

Recursos humanos de produçãoPinho Aguiar

EquipamentosCarlos Jorge

Direcção Geral de ProduçãoDaniel Barreira

Direcção de Área 1Daniel Barreira

Direcção de Área 2Daniel Barreira

Direcção de Área 3António Winck

Direcção de Área 4Nuno Ribeiro

Planeamento e controlo de produçãoArmanda Mendes / Jorge Braga

Direcção Geral TécnicaLuís Afonso

Qualidade, Ambiente, Segurança e SaúdeBagão Félix

Estudos e projectosAbel Almeida

TopografiaDomingos Ramada

unitário de 5 euros, sendo totalmente detido pela Soares da Costa Construção, S.G.P.S., S.A., sociedade gestora das partici-pações sociais da área de negócios da construção do Grupo Soares da Costa. Desde já se informa, em cumprimento do disposto na alínea d) do número 5 do artigo 66º do Código das Sociedades Comerciais, que a sociedade não detém nem transaccionou no exercício findo quaisquer acções próprias.

Presidente - Pedro Manuel de Almeida Gonçalves Vogais - Pedro Gonçalo de Sotto Mayor de Andrade Santos Paulo Eugénio Peixoto Ferreira Fernando Manuel Fernandes de Almeida Carlos Alberto Príncipe Santos Domingos Alberto Nave Serpa dos Santos Roberto António Pereira Pisoeiro

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120 SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES SOARES DA COSTA, SA /// EXERCÍCIO DE 2010

Ser uma empresa competitiva e de referência no sector é um dos princípios de negócio da Sociedade de Construções Soares da Costa que só pode ser alcançado sendo também uma em-presa social e ambientalmente responsável.

Sendo este um compromisso transversal a todas as áreas de negócio e empresas do Grupo Soares da Costa, assume nesta Sociedade, especial relevância, dada a dimensão e natureza das actividades. Desta forma, é procurada, continuamente, a minimização de impactes negativos decorrentes das activi-

dades que desenvolve e, bem assim a maximização de poten-ciais impactes positivos, no contexto dos projectos e acções que são desenvolvidos, nacional e internacionalmente.

Conjugando as linhas de actuação da Política de Sustentabili-dade do Grupo Soares da Costa com as orientações do Código de Conduta Empresarial, a Sociedade tem como vectores da sua actividade, um conjunto de princípios:> Condução dos negócios de forma ética e em conformidade com a legislação e demais normas e regulamentos aplicáveis

dese

nvol

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stent

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aos diferentes países onde operamos;> Aplicação dos princípios de empregabilidade responsável, respeitando os direitos humanos e implementando uma cultura de prevenção e segurança;> Garantia de qualidade dos serviços prestados a todos os clientes;> Diferenciação, pela inovação, em cada novo projecto, face aos nossos con-correntes num ambiente transparente e de livre e saudável concorrência;> Protecção do meio ambiente, minimizando os potenciais impactes ambientais negativos da actividade;> Contribuir positivamente para o desenvolvimento e equidade social das populações com quem interagimos no desenvolver dos nossos projectos.

As informações sobre o desempenho e contributo do Grupo Soares da Costa para o Desenvolvimento Sustentável podem ser consultadas com maior detalhe no Relatório de Sustentabilidade 2010, disponível em www.soaresdacosta.pt.

2. Desenvolvimento Sustentável

PARQUE ESCOLAR

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122 SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES SOARES DA COSTA, SA /// EXERCÍCIO DE 2010

3. Actividade3.1 - ENQUADRAMENTO

Análise geralO ano de 2010 caracterizou-se, à escala global, pelo início da retoma económica após a grave crise que se abateu sobre a economia mundial em 2008 e que afectou seriamente a actividade e o comércio mundiais conduzindo a uma recessão pronunciada. O produto mundial ter-se-á expandido 4,8%1 com o motor a surgir das economias emergentes, com a Ásia na liderança. Persiste, contudo, um movimento generalizado para a redução do endividamento das economias desenvolvidas que limita o ritmo desta expansão projectando-se para 2011 um crescimento menor. Os EUA depois de quatro trimestres de contracção da activi-dade económica entre o 3º trimestre de 2008 e o 2º trimestre de 2009, recuperaram (o PIB em 2010 terá crescido 2,7%), revelando dinamismo ainda que em grande parte fruto dos estímulos criados por sucessivos pacotes de medidas de apoio ao crescimento estabelecidos pelas autoridades. Tarda ainda, porém, uma sólida recuperação do emprego e a actividade nos mercados imobiliários permanece fraca.

Na Zona Euro, apesar da recuperação, os níveis de produto situam-se abaixo dos verificados antes da crise e permanecem muito dependentes da procura externa. Por outro lado, as assimetrias são patentes, com a Alemanha a revelar forte cresci-mento enquanto os países periféricos revelam dificuldades nas suas trajectórias de consolidação fiscal e de financiamento das suas economias.

A subida dos preços das commodities em 2010, subsequente à pronunciada queda verificada no ano anterior, projecta-se na taxa de inflação que nas economias avançadas se estima em 1,4% (0,1% no ano anterior) e nas economias emergentes e em desenvolvimento em 6,2% (5,2% um ano antes). Na Zona Euro em termos médios anuais a inflação ter-se-á situado em 1,6%2 (face a 0,3% um ano antes), com destaque em termos de classes, nos extremos, para os transportes (+4,6%) e para as comunicações (-0,8%).

No mercado de trabalho é que não se verificam sinais de

recuperação com a taxa de desemprego a situar-se em 10,1% na Zona Euro e em 9,6% na EU27, em Novembro de 2010, com a Holanda (4,4%), Luxemburgo (4,8%) e Áustria (5,1%) a apre-sentarem as menores taxas e Espanha (20,6%), Lituânia (18,3% no 3º. Trimestre) e Letónia (+18,2% no 3º. Trimestre) a serem os países mais afectados.

A Economia PortuguesaO quadro de défice excessivo e elevado nível de endividamento da economia portuguesa com as respectivas implicações - a que se tem vindo a denominar de crise da dívida soberana - dominaram o panorama macroeconómico nacional durante o ano findo. A desconfiança presente na apreciação interna-cional sobre a capacidade portuguesa para ultrapassagem deste quadro implicou a consideração de um aumento substancial do risco-país por parte das agências internacionais de rating, consubstanciando-se em incrementos significativos das taxas de juro sobre a dívida soberana e na penalização das condições de financiamento internacional da economia portuguesa. No plano interno foram sendo tomadas medidas, inicialmente ténues mas ao longo do ano progressivas, de agravamento fiscal, de redução de investimento público e de controlo de despesa, visando a diminuição do défice do saldo orçamental e que se traduzem de forma bem mais acentuada no Orçamento de Estado para 2011.

Ao nível do produto, o ano de 2010 terá sido concluído com uma taxa de crescimento em Portugal de +1,4%, bem mais elevada do que se esperaria no início do ano, e que compara com a de -1,0% verificada em 2009. No entanto, o reforço do processo de ajustamento dos desequilíbrios macroeconómi-cos acumulados ao longo de mais de uma década implica a formulação de projecções que apontam para uma contracção da actividade económica em 2011 e para um ténue crescimento no ano seguinte3. A inflação, que nos últimos anos terá deixado de constituir um problema para a economia, ter-se-á situado em 2010 em torno de +1,4%, embora durante o ano já em curso o Índice Harmo-nizado de Preços no Consumidor (IHPC) possa vir a apresentar um crescimento médio de 2,7%, aumento onde a subida da tributação indirecta, só por si, será responsável por mais de um ponto percentual.

O desemprego continua a ser uma variável com evolução preo-cupante ao nível económico e social. Recentes dados do INE4

colocam a taxa de desemprego em média anual em 10,8%. Regionalmente, são as zonas do Norte do país e do Algarve as mais afectadas.

Mercado Interno: O Sector da ConstruçãoNo sector da construção nacional, ao declínio da actividade privada em todos os segmentos (residencial e não residencial) associou-se, em resultado das políticas de austeridade imple-mentadas para contenção do investimento público, um decrésci-mo de produção nos mercados públicos, depois da recuperação assinalável a que se assistira no ano anterior. Dados da ANEOP5 revelam que o valor real contratado em 2010 terá ficado 38,9% abaixo do apurado em 2009.

“Na realidade, depois de em 2009 ter sido utilizado o inves-timento público como principal instrumento de política para dinamizar a economia como forma de atenuar os impactos da crise financeira mundial, em 2010 continua a ser este também o principal instrumento de política utilizado mas agora para consolidar as finanças publicas”6.

Globalmente o output do sector terá contraído 8,6% até ao final de Novembro em termos de variação homóloga acumulada, segundo dados do INE. Para este decréscimo, a produção do segmento de edifícios privados é ainda o mais responsável com uma variação de -12,7% enquanto o segmento de engenharia civil decresce 4,7%.

Esta variação negativa reflecte-se naturalmente na generalidade dos indicadores usualmente apresentados, como sejam o das vendas de cimento (-7,0% em termos de variação homóloga acumulada anual) e também o índice de emprego do sector (-7,6% a Novembro).

Esta situação de redução geral da procura dificilmente será revertida em 2011 e, por isso, este clima negativo exterioriza-se nos inquéritos de confiança aos empresários, com os saldos de respostas extremas a deteriorarem-se ainda mais nos últimos meses do ano.

Mercado ExternoUma breve referência ao enquadramento macroeconómico nos principais mercados externos de intervenção directa da sociedade:

1 Projecções do Fundo Monetário Internacional IMF – World Economic Outlook, Oct. 2010 2 Indíce Harmonizado de Preços no consumidor segundo Eurostat 9/2011 – 14 Jan

3 -1,3% em 2011 e +0,6% em 2012, segundo o Relatório de Inverno, Banco de Portugal, Jan. 20114 Estatísticas do Emprego – 4º trimestre de 2010 - 16 Fev. 20115 Análise da conjuntura – Dez. 20106 Citação Extraída da “Conjuntura de Construção” Dezembro/2010 - FEPICOP

METRO DO PORTO

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124 SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES SOARES DA COSTA, SA /// EXERCÍCIO DE 2010

Nuno GarcezDirector de Obra - Sede do BESA

SEDE DO BESA - ANGOLAANGOLAA recuperação do sector exportador fruto do aumento da procura mundial e da subida do preço do petróleo no mer-cado internacional proporcionou um desempenho positivo na economia angolana. O Produto Interno Bruto terá crescido cerca de 4%, realçando-se o crescimento do sector não petrolífero que se deverá situar em torno de 5,7%7 .

A inflação acumulada nos últimos doze meses aferida em Novembro de 2010, era de 13,4%, ligeiramente acima do objectivo de 13% definido para o ano. Por outro lado, não obstante a recuperação do nível de reservas cambiais, verifica--se alguma acumulação de atrasos nos pagamentos externos com reflexo na execução do plano de investimentos públicos, que se situou abaixo do projectado.

“Situado na Av. do primeiro congresso do MPLA, ao lado da assembleia e no coração de Luanda, o Edifício Sede do Besa é uma obra emblemática que representa um desafio a vários níveis para a Soares da Costa Angola. Desde o papel preponderante assumido pela empresa na con-cepção de um método construtivo inovador que permitisse o avanço das fundações, passando pela grande visibilidade e contribuição para a imagem da empresa que esta obra representa, tem sido através do empenho conjunto e colaboração de todos os sectores da SDC Angola que temos excedido as expectativas do cliente, fazendo face a prazos muito exigentes sempre com um máximo de qualidade.

7 Discurso de Fim de Ano 2010 do Exmo. Sr. Governador do Banco Nacional de Angola José Lima Massano http://www.bna.ao/artigo.aspx?c=36&a=1155

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126 SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES SOARES DA COSTA, SA /// EXERCÍCIO DE 2010

MOÇAMBIQUEA economia moçambicana continua a ser considerada um caso de sucesso entre os países africanos de rendimento médio/baixo, apresentando um crescimento anual médio na última década de cerca de 8% face aos 5,5% da região da África Subsaariana.

Durante o ano findo e apesar da conjuntura económica e finan-ceira adversa, a economia moçambicana continuou a crescer a ritmos robustos. Informações preliminares publicadas pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) deste país indicam que o PIB cresceu 8,5% em termos reais nos primeiros nove meses do ano, o que faz antever uma expansão acima do programa inicial e da taxa de crescimento de 6,4% verificada em 2009.

Este crescimento tem sido sustentado pela dinâmica dos sectores agro-industrial, de construção, comércio, transporte e comunicações, o que é encorajador por estes serem os sec-tores que estão associados à mão-de-obra intensiva, criadores de emprego e com efeito multiplicador ao nível do rendimento e consumo.

No seu World Economic Outlook, o Fundo Monetário Interna-cional prevê taxas de crescimento neste país para os próximos anos na banda dos 7,5-8,0%.

Não obstante estes indicadores, importa relevar a dependência ainda muito expressiva deste país da ajuda internacional.

Após oito meses de aceleração contínua da inflação, esta mostrou um comportamento favorável nos últimos meses do ano permitindo uma desaceleração da inflação anual de 17,1% verificada em Agosto para 15,1% em Novembro de 2010.

ROMÉNIAA economia romena, apesar da recuperação dos -7,1% veri-ficados em 2009, sofreu no ano findo nova contracção8 por via da baixa procura interna em resultado das ambiciosas medidas fiscais encetadas pelas autoridades, em que se inclui o aumento do IVA (a taxa geral passou de 19% para 24% em meados do ano). A longa duração deste período de recessão deve-se fundamentalmente ao desenvolvimento insustentável da economia durante o período pré-crise. Porém, a implemen-tação dos programas de ajustamento do deficit orçamental, as reformas estruturais e o restabelecimento da estabilidade nos mercados financeiros possibilitarão previsivelmente já em 2011 apresentar um crescimento positivo do produto.

DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA E SANEAMENTO - PITESTI ROMÉNIA

8 -1,9% segundo projecção da Comissão Europeia: European Economic Autumn 2010

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128 SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES SOARES DA COSTA, SA /// EXERCÍCIO DE 2010

Velocidade Poceirão-Caia sofreu atrasos, também por causas próximas à concessão do Visto do Tribunal de Contas.

Enquadrando a actividade da Sociedade por estes factos e condicionalismos, pode, no entanto, afirmar-se que o seu desempenho no Mercado Nacional conseguiu ultrapassar posi-tivamente as dificuldades que se lhe colocaram.

Entre as obras concluídas em Portugal, ressaltam-se, pela sua importância, as seguintes:> IKEA de Loures (Loja, Acessibilidades, Cobertura e Fachadas)> Edifício do Parque, no Porto;

> Edifício Ruben A, no Porto;> Longevity Wellness, em Monchique;> Reabilitação e Reforço do Viaduto do Trancão; na Autoestrada A1;> Linha de Metro de Gondomar;> ER 230, entre Tondela e Carregal do Sal;> ETAR de Lordelo;> ETAR do Ave;> Adutoras Pisão/ Roxo, no Alentejo;> Torre do Lóbio, no Alentejo;> Túnel Ferroviário da Trofa;> Centro Logístico de Carga Aérea, no Aeroporto Sá Carneiro.

Em relação às iniciadas em 2010, e para além da já anterior-mente referida Linha de Alta Velocidade entre Poceirão e Caia, que obviamente merece um especial destaque pelo volume de trabalho e pelo desafio técnico inerente ao facto de consti-tuir o primeiro troço de Alta Velocidade em Portugal, são ainda dignas de nota:> Pousada da Cidadela de Cascais;> Urbanização do Chinicato, no Algarve;> Rede de Rega da Capinha, na Cova da Beira;> Acessos da A1 à Plataforma Logística; de Castanheira do Ribatejo;> Ponte sobre o Rio Tinhela;> Ponte sobre a Ribeira de Jorjais;> Recuperação de edifício citadino no Porto.

3.2 - PRODUÇÃO - ÁREAS DE NEGÓCIO

LINHA DE GONDOMAR - PORTO

Victor NogueiraDirector de Obra - Linha de Gondomar

A construção da Linha de Gondomar, troço Estádio do Dragão – Venda Nova, no âmbito da execução do Sis-tema de Metro Ligeiro na área Metro-politana do Porto, divide-se em três troços, constituindo uma extensão total de 7.034 metros.Do percurso total, 980 metros desen-volvem-se em túnel, mas realça-se também o trecho de canal fluvial reconstruído, cuja estrutura serve si-multaneamente de suporte da plata-forma do metro e de novo canal do Rio Tinto.Foi um desafio interessante, culmi-nando numa sensação recompensa-dora pela escala de afluência a esta nova infra-estrutura.

Mercado NacionalO desempenho da Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A. não é imune ao clima depressivo verificado no Mercado Nacional da Construção Civil e Obras Públicas já acima carac-terizado.

Há que juntar ainda dois importantes factos que marcaram o ano de 2010:- A comummente denominada Auto-Estrada Transmontana sofreu de inesperada contenção ao nível do investimento, motivada pelos conhecidos percalços que teve a concessão do Visto do Tribunal de Contas a este Contrato (entretanto já resolvidos);- O início efectivo da fase de produção da linha de Alta

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130 SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES SOARES DA COSTA, SA /// EXERCÍCIO DE 2010

Madeira 4%

Norte 65%

Actividade Nacional 2010 Distribuição por Área Geográfica

Hotéis 12,6%

Indústria 6,1%

Escolas 40,0%

Escritórios 0,0%

Habitação 41,3%

Actividade Nacional 2010Construção Civil - Composição por sub-segmento

Sul 31%

A distribuição por segmentos de actividade, seguindo a tendência do Sector que em 2010 se confrontou com uma clara desaceleração da actividade privada, caracterizou-se por um maior peso do Segmento da Engenharia e Infra-estruturas, que de uma quota de apenas 27% em 2008 passou para quase 54% em 2009 e, cerca de dois terços em 2010.

No Segmento da Engenharia e Infra-estruturas, as Estradas represen-taram cerca de um terço da actividade, as Infra-estruturas e Ferrovias cerca de 17% cada uma e as obras de Ambiente à volta de 13%. É ainda de realçar o peso importante (de quase 9%) correspondente ao subsegmento de construção de Barragens, correspondendo essen-cialmente ao Reforço de Potência da Barragem do Alqueva.

Actividade Nacional 2010Engenharia/Infraestruturas - Composição por sub-segmento

Estradas 35,4%

Infraestruturas 16,8%

Túneis 3,1%

Ferrovias 16,4%

Pontes 4,5%

Aeroportos 1,7%

Ambiente 13,4%

Barragens 8,7%

actividade

Dentro do segmento da Construção Civil, o subsegmento de Escritórios quase desapareceu em 2010, o dos Edifícios Esco-lares repartiu com a Habitação o maior quinhão, a Hotelaria representou perto de 13% e as Instalações Industriais tiveram uma contribuição de apenas 6%.

Quanto à distribuição geográfica operacional, verifica-se uma grande estagnação na Madeira (4% da actividade em 2010, contra 14% em 2009), e uma grande concentração da actividade no Norte do País (65%) fruto, sobretudo da Auto-Estrada Transmon-tana, que apesar dos problemas já referidos, representou, mesmo assim, uma importante parcela deste número.

Dos Agrupamentos Complementares de Empresas em que a socie-dade participa merecem referência, em função do seu volume de actividade durante o ano findo, os seguintes:> CAET XXI – Construções;> HidroAlqueva;> LGC - Linha de Gondomar, Construtores;> GACE – Gondomar;> Nova Estação.

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António QuintasDirector de Obra - Edifício do Parque

Não obstante o ano de 2010 ter sido extraordinariamente difícil para o Mercado Português, e apesar do empenho es-tratégico que a Sociedade tem vindo a desenvolver no sentido da diversificação geográfica e no âmbito do seu já elevado grau de Internacionalização, está consciente que a consoli-dação dessa globalização passa, também, pela actividade que continuar a desenvolver em Portugal. Os resultados económi-cos obtidos por via da actividade Nacional, estando aquém da nossa ambição, são porém bastante positivos e motivadores. Complementarmente, o capital de experiência vivida, bem como a oportunidade de formação que este conjunto diverso de obras proporciona aos nossos jovens quadros, dá-nos a garantia de sucesso em todos os desafios que iremos abraçar.

Projecto com realização exigente, reclamando elevados padrões de qualidade e que, por esse motivo, se revelou não só extremamente absor-vente, como enriquecedor.Com a dedicação efectuada em per-manência pela equipa disponibilizada em estaleiro, foi possível garantir, com o máximo de esforço, a satis-fação evidenciada pelos clientes finais, naquilo que é uma acção da Sociedade de Construções Soares da Costa muito bem sucedida a nível técnico, reconhecida por entidades credenciadas para o efeito.

EDIFÍCIO DO PARQUE - MATOSINHOS

132 SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES SOARES DA COSTA, SA /// EXERCÍCIO DE 2010

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134 SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES SOARES DA COSTA, SA /// EXERCÍCIO DE 2010

AngolaA actividade da Soares da Costa em Angola, pese embora o agravamento do ambiente económico, reflectido na redução dos investimentos, redução de liquidez no mercado financeiro e aumento das taxas de juro, atingiu um nível bastante elevado, ultrapassando as expectativas formuladas no início do ano.A confortável carteira global no início do ano constituiu uma base importante para a sustentação dos níveis de produção obtidos e que colocaram o mercado angolano numa posição relativa de máxima importância entre os mercados geo-gráficos de actuação da empresa, não apenas por um andamento menos positivo de outros mercados, mas pelo próprio crescimento em termos absolutos do VN neste país: atingiu um máximo histórico, registando um aumento em valor absoluto de 31,4 milhões, ou seja +9,9% face aos valores atingidos em 2009 e superando as metas orçamen-tais previstas.Com mais de quatro dezenas de obras em actividade9 durante o ano merecem especial destaque as seguintes:> Bayview – TTA – Edifícios de Escritórios;> BECHTEL – Liquid Natural Gás Project, Soyo;> Edifício do Largo do Ambiente;> 1ª Fase do Empreendimento de Kinaxixi;> Condomínio Luanda Sul ZR3;> Baía de Luanda – Requalificação da Marginal;> Sana Luanda Royal Hotel;> Construção do Edifício Torres Dipanda;> UNITEL – Edifício Técnico na FILDA;> GOE – Museu de Ciência e Tecnologia;> Edifício Atrium Independência.

A empresa dispõe reconhecidamente neste mercado, com particular ênfase na área de construção de edifícios, de uma capacidade produtiva reforçada e competente: desde os meios humanos de enquadramento directo e indirecto - onde é notório o reforço significativo ao nível dos colabo-radores Angolanos - ao nível do parque de equipamentos, onde a política de investimento e renovação dos últimos anos evidencia os seus reflexos.

Justifica-se aqui, também, uma referência ao projecto da Praia do Bispo que tendo sido inicialmente concebido como um projecto próprio para acolher as futuras instalações da “sede” administrativa da empresa, em Luanda, acabou, em

9 Com valor de facturação superior a um milhão de euros

função de uma oportunidade gerada pelo mercado, por ser transaccionado para fora do grupo.

No âmbito organizacional, na sequência da eleição dos órgãos sociais da empresa para o triénio 2010-2012 a que já se fez referência noutro capítulo deste relatório, foi institucional e formalmente reconhecida a relevância deste mercado no seio da Sociedade (e do Grupo), com a nomeação de dois administradores executivos com dedicação em exclusividade a Angola. As estruturas organizativas dos diferentes níveis foram também reformuladas visando maior funcionalidade e eficiên-cia e preparando de modo mais adequado a transição para a já assumida futura individualização jurídica da actividade neste país, que se espera venha a ocorrer em 2011.

Ao nível das infra-estruturas de apoio à actividade, prossegui-ram os esforços de investimento no novo estaleiro de Viana, possibilitando uma complementaridade e melhor distribuição de valências com as existentes no actual estaleiro central do Cacuaco.

Importante também referir a realização durante o ano findo de diversas acções e iniciativas integradas no âmbito da Política de Sustentabilidade e Responsabilidade Social da empresa. Ainda que seja tema com tratamento específico não se deixa aqui de fazer referência à inauguração pela empresa de um Posto Médico de atendimento na zona de Mulemba, dotado de todos os meios médicos, medicamentosos e de equipa-mento, incluindo ambulância, vocacionado para o atendimento do pessoal da empresa e família, bem como um Posto de Vaci-nação aos habitantes da zona envolvente, englobando uma prestação dos diversos serviços a um universo populacional superior a cinco mil pessoas.

MoçambiqueEm Moçambique, outro mercado de permanência histórica da Soares da Costa, importa no contexto deste Relatório referir apenas a actividade referente ao estabelecimento estável da sociedade, uma vez que, como se sabe, a actividade do Grupo Soares da Costa neste território extravasa esse âmbito, sendo desenvolvida, principalmente aliás, através da subsidiária de direito Moçambicano, Soares da Costa Moçambique, S.A.R.L., cujo capital é detido na proporção de 80% pela Soares da Costa Construção, SGPS., S.A..Em termos de produção durante o ano de 2010 assumiu

Joana AlvesDirectora de Obra - SANA Hotel

O Sana Hotel proporcionará à cidade de Luanda um edifício de qualidade impar, quer em termos arquitectóni-

cos, com forte preocupação de enquadramento urbano e que con-

tribuirá para a reabilitação da cidade, pelos serviços que irá disponibilizar,

assim como pela obra de engenharia que representa. A solução estrutural adoptada, a diversidade dos traba-

lhos executados, os obstáculos ultra-passados, fazem deste um edifício de

referência.

SANA HOTEL - ANGOLA

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particular relevância o desenvolvimento da obra correspon-dente ao Projecto da Construção da Vila dos X Jogos Africanos, já angariada durante o ano, e que inclui a Construção de 848 fogos de tipologia T3, um Complexo de Piscinas Olímpicas e respectivas bancadas, bem assim como todas as redes de infra-estruturas e viárias que servirão este Complexo. Esta obra, em consórcio, tem todos os meios humanos e de equipa-mento mobilizados e encontra-se em produção em todas as frentes de obra, situação facilitada pelo funcionamento e ope-racionalidade do suporte financeiro do Projecto, com a Linha

de Crédito devidamente contratada e estabelecida entre o Governo Moçambicano e o Governo Português, o que habilita à regularidade de toda a tramitação inerente ao processo de facturação e pagamentos.

Para além deste projecto, e também em consórcio, é de referir a angariação e contratação de dois lotes da Obra de Reabili-tação da Estrada Nº 221, na província de Gaza: Lote Combu-mune – Mapai e Lote Mapai – Chicualacuala, numa extensão total de cerca de 187,0 km, e que se encontra em fase de

início de mobilização de meios humanos e de equipamentos, bem como da execução do respectivo projecto. Neste caso, aguarda-se a operacionalização e contratação da Linha de Crédito que dará cobertura à sua execução.

Procedeu-se também em 2010 ao início dos trabalhos da Construção da Nova Ponte de Tete, com a mobilização dos primeiros recursos humanos e de equipamentos para o local, obra que, no quadro da política de PPP’s da República de Moçambique, foi concessionada a uma empresa - “Estradas

de Zambeze” - onde a “Soares da Costa Concessões” se integra, fazendo a Sociedade de Construções Soares da Costa, SA, parte do agrupamento construtor.

Esta concessão inclui, para além da construção da Nova Ponte de Tete, a construção dos troços de estrada que constituem o seu acesso, as manutenções da já existente Ponte Samora Machel na mesma cidade e da estrada que constitui o eixo viário que liga Cuchamano e Zóbuè, o que irá proporcionar, através do tráfego de pesados, o escoamento dos produtos carboníferos de Moatize e tabaco de Tete, e os de carga geral que circula de e para o Malawi, Zimbabué e Zâmbia, e o descongestionamento do tráfego que hoje se verifica na travessia da única Ponte existente.

VILA DOS JOGOS AFRICANOS - MOÇAMBIQUE

136 SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES SOARES DA COSTA, SA /// EXERCÍCIO DE 2010

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138 SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES SOARES DA COSTA, SA /// EXERCÍCIO DE 2010

DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA E SANEAMENTO - PITESTI ROMÉNIA

10 http://web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/FR29785.pdf

RoméniaAo nível da produção foram concluídas, no âmbito do Consór-cio com a MAEC, a obra, de estradas, de Lugoj e a obra, de infra-estruturas de águas e esgotos, de Pitesti, ambas dentro do prazo estabelecido.

Na obra de Blaj, em garantia, concluiu-se a execução de uma alteração, solicitada pelo cliente.Mantém-se em execução, no âmbito do Consórcio com a MAEC, a obra de Galati (Obra de infra-estruturas de águas e esgotos), cuja conclusão se prevê venha a ocorrer até Setem-bro de 2011.

Em parceria com a empresa espanhola ISIS Europa, foram iniciados e concluídos, em 2010, os trabalhos do Parque Eólico de Pestera e do Parque Eólico de Cernavoda, para a EDP Renováveis, esta adjudicada ainda durante o ano.

Por sua vez, em parceria com a empresa romena S. C. EUROCONSTRUCT TRADING 98 S.R.L., iniciou-se a obra pública de estradas “Modernizare DJ 703I”. No entanto, os trabalhos encontram-se nesta altura suspensos devido ao mau tempo e para compatibilização de partes dos projectos de execução pelo Dono de Obra.

IsraelA actividade da sucursal da sociedade neste país, associada ao desenvolvimento do projecto do Metro de Telavive, foi condicionada pelas vicissitudes deste projecto, inicialmente pelo atraso na concretização do “Financial Close”, depois pela intenção abrupta do “dono da obra” de pôr termo unilateral-mente ao contrato de concessão, conforme é do conhecimento público.10

A sociedade, que não faz parte da entidade concessionária, detém uma participação no consórcio construtor e aguarda a decisão que sobre este litígio vier a ser tomada pelo Tribunal Arbitral, ainda que partilhe da convicção de que não existem fundamentos para aquela rescisão.

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140 SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES SOARES DA COSTA, SA /// EXERCÍCIO DE 2010

3.3 - Qualidade, Segurança, Ambiente e Saúde

No final de 2010 decorreram com êxito as auditorias exter-nas de renovação da certificação do sistema de gestão da qualidade (NP EN ISO 9001:2008) e do sistema de gestão ambiental (NP EN ISO 14001:2004) e a de acompanhamento do sistema de gestão da segurança e saúde no trabalho (NP 4397:2008 e OHSAS 18001:2007).

Foi com elevada satisfação que vimos a equipa auditora da APCER concluir que os referidos sistemas de gestão “se mantêm implementados e em conformidade com os requisi-tos das normas de referência, evidenciando consistência e maturidade”.

Após as respectivas revisões, publicaram-se novas edições das Políticas da Qualidade, do Ambiente e da Segurança e Saúde no Trabalho.

Na área da Segurança, em Angola, para além dos Técnicos de Prevenção e Segurança (TPS) expatriados, foram recrutados e integrados técnicos locais. Prosseguiu o esforço de implemen-tação do Sistema da Segurança e Saúde no Trabalho além--fronteiras, que se traduziu concretamente na deslocação de dois Técnicos de Prevenção e Segurança para Moçambique. Da “Angola LNG Project” recebemos a distinção “One million Job hours injury free”, o que muito nos dignifica. Também os nossos índices de sinistralidade (ainda não totalmente apura-dos) apontam para uma melhoria relativamente a 2009.

Na área da Saúde, a respectiva Unidade continuou a assegurar, para além dos serviços de medicina no trabalho legalmente obrigatórios, consultas de clínica geral e de nutricionismo e vacinações anti-tetânica e anti-gripal gratuitas.

Concluiu-se a implementação de um novo software de gestão clínica integrada, que gere toda a informação clínica e admi-nistrativa dos colaboradores, tais como: convocatórias, registo de dados de saúde, estatística e epidemiologia das doenças e emissão de documentos como fichas médicas de aptidão, atestados médicos e receituário electrónico (por convenção com a ACSS).No que respeita à qualidade, concretizou-se o alargamento

da Bolsa de auditores da Sociedade de Construções Soares da Costa, SA com colaboradores de Angola, o que permitiu alargar a este país a metodologia e a prática de realização de auditorias internas. A estrutura local passou a contar com um responsável directo pela área da qualidade.Na gestão ambiental, deu-se particular enfoque ao reforço de competências, através da realização de uma série de acções de formação dos quadros técnicos (produção, técnicos de acompanhamento ambiental, técnicos de prevenção e segurança e equipas de estudos e propostas). O objectivo prin-cipal destas acções foi dotar os colaboradores com os conhe-cimentos fundamentais sobre os requisitos legais e sobre os princípios do Sistema de Gestão Ambiental da Soares da Costa.

3.4 - Área Comercial

3.4.1. Mercado Nacional

À área comercial da empresa depararam-se em 2010 con-dições gerais de baixa procura do mercado nacional da construção, onde a uma conjuntura depressiva do mercado privado, também fruto das dificuldades de financiamento e de liquidez das empresas, se associou um corte significativo, por imperativos orçamentais, no volume e ritmo de execução do investimento público, tendo-se assistido ao recuo na implementação de programas públicos estruturantes há muito anunciados. Casos houve em que foram suspensos, ou mesmo cancelados, contratos já formalizados, uma situação esta, totalmente anómala em Portugal.

Como positivas excepções, cabe a referência ao programa de modernização do Parque Escolar (envolvendo centenas de estabelecimentos de ensino público em todo o País) e o bem estruturado plano do Empreendimento de Fins Múltiplos do Alqueva, que a EDIA vem promovendo com notável êxito. Em ambos os casos, distinguem-nos com a sua confiança.

O investimento privado, ressentindo-se da escassez do crédito, na generalidade, retraiu-se e reservou-se para melhor oportunidade. Ressalve-se o plano de reforço de potência e construção de barragens, promovido pela Energias de Portugal (EDP). Exemplar no cumprimento do seu programa de inves-timento que, a prazo, irá reduzir a dependência energética do país. Nele temos vindo a dar o nosso contributo e procurare-

mos, com afinco e inovação, reforçar a nossa presença.O desempenho comercial da empresa em Portugal, naturalmente, foi afectado pela reduzida procura, concorrên-cia desenfreada e degradação de margens. Neste particular, houve que nos ajustarmos à situação, todavia, sem nunca abdicarmos das margens necessárias à sustentabilidade da empresa e à garantia da qualidade dos trabalhos que nos propomos executar.

Apesar da envolvente depressiva referida, foi possível con-tratar um conjunto importante de empreitadas, das quais se salientam:

> Pousada da Cidadela de Cascais (Grupo Pestana);> Pousada da Serra da Estrela (ENATUR);> Bloco de Rega de Aljustrel (EDIA);> Bloco de Rega de Pedrógão 3 (EDIA);> Acessos Rodoviários à Plataforma Logística de Lisboa Norte (BRISA).

Pela dimensão (1.400 milhões de Euros), complexidade e singularidade do processo burocrático, merece destaque o con-trato de Concepção e Construção da primeira linha ferroviária de Alta Velocidade a ser construída em Portugal, para veloci-dades de 350 Km/h, (Lanço Poceirão/Caia), cujo Agrupamento Construtor a “Soares da Costa” lidera. Foi de novo sujeito a concurso e ganho pelo nosso Grupo. Deu-se satisfação, através da reforma do contrato existente, a todas as exigências que foram postas pelo Concedente.

Já no final do ano sob análise, um outro agrupamento (“SAL-VEO”) por nós liderado, foi declarado vencedor do concurso internacional para a concepção, construção e manutenção do futuro Hospital de Lisboa Oriental (vulgo Hospital de Todos-os-Santos). Trata-se da mais moderna e importante unidade hos-pitalar da capital. Espera-se que todo o processo que formaliza a contratação possa estar concluído durante 2011.

A dimensão da carteira angariada nos últimos exercícios, permitirá que não nos desviemos da estratégia comercial que, prudentemente, nos tem guiado: privilegiar a rentabilidade so-bre o volume (a ser compensado com vantagem no mercado externo) mantendo-se ritmos de crescimento sustentáveis.

3.4.2. Mercado Internacional

Em Angola também foi visível na esteira, aliás, do que já se observara em 2009, um arrefecimento na área da construção em reflexo da diminuição dos investimentos públicos e priva-dos, tendo por isso também diminuído o número de concursos lançados. Ainda assim a empresa conseguiu garantir várias adjudicações e contratações que situam a carteira global, no final do exercício, num nível que permite encarar a actividade em Angola nos próximos dois anos, com razoáveis expectativas.

Neste mercado entre as obras angariadas no exercício são de destacar: Execução da 1ª fase do Projecto Luanda Towers, num total de 125.000 m2 de construção, em consórcio com a Mota-Engil, Edifício do 1º Congresso da futura Sede do BESA, Acabamentos e Especialidades do Hotel da Ilha. Entre outras, não se deixa ainda de referir diversas obras nas Áreas Indus-triais da Base Logística e Portuária de Luanda.

A consolidação dos objectivos definidos em 2009 de diversifi-cação e extensão geográfica de actuação no mercado Angolano começam a dar os primeiros sinais de evolução, nomeada-mente no Soyo e Benguela, onde se registaram os primeiros resultados com a adjudicação do Projecto de Construção de uma escola no Soyo e, também a negociação com o BESA, em fase avançada, para a construção do Edifício Sede do BESA no Lobito.

Foram ainda apresentadas propostas em diversas cidades de Angola, designadamente Huambo, Saurimo, Uíge e Ondjiva.

Em Moçambique, o nível de adjudicações e novas contratações em 2010 decorreu num ritmo relativamente consistente, o que permite continuar a encarar o próximo exercício, bem como os seguintes, neste mercado, com alguma tranquilidade.

Assumem especial relevância, neste contexto, a angariação e contratação de dois projectos já aludidos acima na secção da Produção, a saber: > Construção e Reabilitação da Estrada N221, na província de Gaza, com a adjudicação dos lotes Combumune – Mapai e Mapai – Chicualacuala, num total de cerca de 187,0 km;

> Projecto da Construção da Vila dos X Jogos Africanos e que

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142 SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES SOARES DA COSTA, SA /// EXERCÍCIO DE 2010

inclui a Construção de 848 fogos de tipologia T3, um Complexo de Piscinas Olímpicas e respectivas bancadas, bem assim como todas as redes de infra-estruturas e viárias que servirão este Complexo.

Estas obras a que acresce a da construção da Nova Ponte de Tete, seus acessos, manutenção da Ponte Samora Machel e obras complementares, no âmbito da respectiva Concessão adjudicada em 2009, permitem antever um bom nível de actividade nos anos mais próximos.

Na Roménia, durante o ano findo, não foram reunidas con-dições muito propícias à actividade da construção em função das condições de recessão já aludidas em capítulo anterior, designadamente na decorrência das fortes contenções ao investimento público e privado, a que se associou alguma conturbação e instabilidade aos níveis social e político.

Salienta-se a adjudicação da Empreitada do Parque Eólico Cernavada II em Constança, para Global Energy Services (GES) – SIEMSA, que vem na esteira da já verificada em finais do ano passado do Parque Eólico Pestera, na mesma cidade.

Neste mercado, a empresa procedeu durante o ano de 2010 ao estudo, preparação e apresentação de 22 propostas no montante global de cerca de 794 milhões de euros. Destes projectos apenas um foi adjudicado à empresa, aguardando-se relativamente à maioria dos restantes a decisão das comissões de avaliação. Nestes, aguarda-se a decisão da EDP Renováveis relativamente às duas propostas apresentadas para os Parques Eólicos de Sarichioi e de Vutcani.

As perspectivas de melhoria do clima económico já para 2011, em que se projecta um crescimento que poderá rondar os cerca de 1,5%, e a normalização das variáveis macroeconómi-cas que conduziram à adopção de medidas de índole orça-mental severamente restritivas, cria melhores expectativas relativamente à calendarização e progressiva concretização dos programas de investimento nos Aeroportos, Auto-estradas, Ambiente, Energia, Infra-estruturas, Hospitais, etc., ainda por realizar.

Outros MercadosA internacionalização é uma consequência inevitável da in-compatibilidade entre os objectivos e ambições da sociedade, e as perspectivas que o mercado interno tem para oferecer.Para além dos mercados internacionais onde a sociedade já desempenha a sua actividade com regularidade, no ano de 2010 continuou-se a prospecção de mercados alternativos. O Brasil, mercado seleccionado como prioritário no âmbito da estratégia de desenvolvimento do Grupo Soares da Costa, é um mercado de elevado potencial, estando-se já a traba-lhar seriamente em termos de detecção de oportunidades e potencial estabelecimento de parcerias.

Das representações estabelecidas nos Emiratos Árabes Unidos (Abu Dhabi) e México não resultaram ainda os resultados esperados.

Com referência já proveniente de relatórios anteriores, menciona-se neste capítulo, o projecto do Metro Ligeiro de Dublin cuja fase final de apresentação de propostas se espera ocorra durante o corrente ano.

Miguel GomesDirector de Obra - Torres Dipanda

O Edifício Torres Dipanda é um imóvel capaz de responder às crescentes e emergentes neces-sidades da cidade de Luanda, cuja imagem procura responder a duas realidades urbanas, por um lado o Largo, que deu origem ao nome (Dipanda significa Independência em Kimbundo), por outro a imagem do edifício no contexto da entrada na cidade. O corpo curvo envolvendo o largo e o corpo recto criando a frente de entrada na cidade.

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144 SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES SOARES DA COSTA, SA /// EXERCÍCIO DE 2010

recursos humanos3.5 - Recursos Humanos

Os recursos humanos constituem um dos mais importantes factores de competitividade e desenvolvimento das organiza-ções. Conjugar os objectivos e estratégias dos negócios com as necessidades e motivações das pessoas constitui o prin-cipal desafio empresarial da gestão dos Recursos Humanos. Consolidados que estão os princípios e as linhas de orientação estratégica em matéria de desenvolvimento de Recursos Humanos no seio do Grupo, tem-se vindo a implementar e a consolidar, progressivamente, na Sociedade de Construções Soares da Costa, um conjunto de metodologias e boas práticas promotoras do incremento do Capital Humano.

Recrutamento e SelecçãoApostado em alinhar o capital humano com a sua estratégia de desenvolvimento organizacional, a Sociedade de Cons-truções Soares da Costa, S.A. procurou dar continuidade em 2010 a uma estratégia de recrutamento que garantisse na admissão de novos colaboradores não só as competências re-queridas para a função, mas também um significativo poten-cial de desenvolvimento profissional.

O recrutamento interno foi em 2010 uma abordagem prefe-rencial no preenchimento de vagas no seio da Sociedade, o

que tende a potenciar a gestão de carreiras, com os con-sequentes ganhos de motivação dos colaboradores, assim como permitiu reduzir custos com processos de recrutamento externo e integração de novos colaboradores.

A redução de efectivos a que se assistiu em 2010, fruto das novas perspectivas de reorientação de mercados, influenciou, de forma indelével, o posicionamento da empresa relativa-mente à admissão de novos colaboradores. De facto, a contenção do recrutamento externo impôs critérios de elevada exigência e visão estratégica, que procuraram restringir a admissão de novos colaboradores à incorporação de com-petências diferenciadoras e com elevado valor acrescentado para o negócio.

FormaçãoA Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A. vislumbra na formação uma técnica de desenvolvimento de recursos hu-manos que importa utilizar, estrategicamente, no alinhamento do capital humano com os objectivos de negócio da empresa. Em 2010 o investimento na formação dos colaboradores do Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A. traduziu-se num total de 23.615,33 horas de formação, o que envolveu 861 formandos e implicou um total de 45.500,67g com ins-crições em acções de formação.

No que concerne à eficácia da formação ministrada, a média do índice de eficácia das acções de formação avaliadas fixou--se nos 3 pontos, numa escala de 1 a 4, o que nos perspec-tiva uma concretização favorável dos objectivos de desen-volvimento de competências preconizados com as diversas intervenções formativas em 2010.Por último, importa destacar as áreas do conhecimento que tiveram maior expressão em acções de formação ministradas em 2010. A Engenharia, de um modo geral, reuniu o maior número de horas de formação – 20.068, enquanto a área deQualidade, Ambiente e Segurança se posicionou a seguir com um total de 2.370,83. Em terceiro lugar encontramos a área Administrativa, Contabilidade e Financeira, com um total de 332 horas de formação.

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146 SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES SOARES DA COSTA, SA /// EXERCÍCIO DE 2010

Avaliação de DesempenhoO Sistema de Avaliação de Desempenho utilizado na So-ciedade é o que está em vigor para as restantes empresas do Grupo Soares da Costa. Tem como principais objectivos promover o desenvolvimento profissional dos colaboradores, premiar a excelência e incrementar os resultados operacionais das diversas áreas de negócio.

Os colaboradores vêm ainda a sua avaliação de desempenho influenciada pelos resultados económicos do Grupo, no intuito de incutir co-responsabilização, cooperação e coesão inter--equipas e inter-empresas. Sustentamos, ainda, um sistema de avaliação que equilibre indicadores de desempenho baseados em resultados dos processos, actividades ou tarefas, com indi-cadores qualitativos que apreendam o padrão de atitudes com que as pessoas pautam o exercício das suas funções.

Consideramos que em 2010 o Sistema de Avaliação de Desempenho consolidou a sua consistência de estrutura e mecânica de funcionamento, mas importa introduzir ajusta-mentos com vista a melhorar a fiabilidade dos processos e atingir a almejada maturidade do sistema. Nesta perspectiva de melhoria contínua, em 2011 deveremos ser capazes de melhorar a utilização do sistema nos seguintes factores críticos de sucesso: 1) participação dos avaliados na definição dos seus indicadores e objectivos de desempenho; 2) monitorização da evolução dos resultados ao longo do ano pelos avaliadores e avaliados e 3) feedback dos resultados aos avaliados.

Avaliação de Potencial e Gestão do TalentoO processo de Avaliação de Potencial e Gestão do Talento surge no âmbito de uma política integrada de gestão de recursos humanos. Tem como objectivos recolher de forma sis-tematizada, criteriosa e fidedigna um conjunto de informações que permita identificar quadros de elevado potencial e, a partir desses dados, gerir, potenciar e reter, com visão estratégica, o talento que encontramos no nosso capital humano.O processo de avaliação conjuga, de forma integrada, dados relativos a competências técnicas, competências operacionais de índole comportamental, interesses profissionais, factores motivacionais, projecto de carreira, disponibilidade para mobili-

Tipo de FunçãoDirigentes

Quadros Superiores

Quadros Médios

Quadros Intermédios

Prof. Altamente Qualificados e Qualificados

Prof. Semi – Qualificados

Prof. Não Qualificados

Praticantes e Aprendizes

Total

20104

290

87

262

1.182

21

145

1

1.992

20095

273

88

286

1.240

22

169

1

2.084

Ao quadro anterior há a adicionar os contratados localmente nas diferentes sucursais e delegações estrangeiras da socie-dade em número de 1.783 no ano de 2010 (2.018 um ano antes).

O quadro ilustra uma redução no número médio de colabo-radores, fruto da necessidade de ajustamento e adaptação do quadro de efectivos à procura e às perspectivas futuras de reorientação de mercados, o que influenciou, com os custos de rescisões, a evolução dos custos com pessoal.

4. Situação económica e financeira e desempenho da sociedade

Em complemento do conjunto de peças que compõem as demonstrações financeiras anexas e que, por si, contêm informação pormenorizada sobre as contas da sociedade, produzimos em seguida sucintas notas sobre os aspectos de maior relevo com referência à situação económico-financeira e ao desempenho da sociedade no ano ora findo:

Volume de NegóciosO volume de negócios (Vendas + Prestações de Serviços) situou-se em 2010 em 626,5 milhões de euros, um valor ligeiramente inferior ao do verificado no ano anterior (-2,3%) com uma quota do mercado externo a representar 63,4% do total (+1,9 pontos percentuais que no ano de 2009).A desagregação por mercados geográficos foi a seguinte:

MercadoPortugal

Angola

Moçambique

Guiné-Bissau

Roménia

Outros

Total

2009

246.423

315.882

9.770

11.205

55.442

2.422

641.145

%36,6%

55,4%

3,3%

0,0%

4,1%

0,5%

100,0%

2010229.198

347.285

20.945

0

25.876

3.239

626.544

%

38,4%

49,3%

1,5%

1,7%

8,6%

0,4%

100,0%

∆ 2010/09

-7,0%

9,9%

114,4%

-

-53,3%

33,8%

-2,3%

Em termos de mercados geográficos o Volume de Negócios da Área Nacional, que apresentara um crescimento significativo de 13,3% em 2009, registou em 2010 uma descida de 7,0%, acompanhando o comportamento depressivo do mercado, que o mercado externo, com crescimento global foi, no entanto, insuficiente para compensar.

Repartição do Volume de Negócios por Áreas Geográficas

Angola

Portugal

OutrosRoménia

Moçambique

dade internacional, entre outros aspectos. Em 2010 iniciou-se a criação da base de dados que irá conter os resultados de todos os processos de avaliação de potencial. Trata-se de uma plataforma informática que será consultada pelos próprios participantes, pelas chefias, directores gerais e administradores no sentido de potenciar a identificação dos colaboradores certos para os lugares certos. Desta forma, tere-mos mais uma fonte estratégica de informação que auxiliará a tomada de decisões de recrutamento interno.

Número de ColaboradoresO número médio de trabalhadores da sociedade (sem conside-rar os recursos humanos específicamente contratados pelos ACE’s) em 2010 foi de 1992 trabalhadores (face a 2.084 um ano antes), divididos de acordo com a seguinte tabela:

Valores em milhares de euros

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148 SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES SOARES DA COSTA, SA /// EXERCÍCIO DE 2010

No mercado externo o destaque vai para Angola, que atingiu um novo máximo histórico, e para Moçambique que em 2010, mais do que duplicou o volume de negócios. RentabilidadePara melhor análise o quadro seguinte reproduz em jeito de síntese as principais componentes da formação dos diversos níveis de resultados para o exercício findo e exercício anterior.A comparação entre 2009 e 2010 evidencia alguma modifi-cação da estrutura de custos com a componente de custo das mercadorias vendidas e consumidas a apresentar um decrésci-mo na proporção dos proveitos operacionais, em compensação do aumento verificado nas outras componentes.O EBITDA tendo-se reduzido em valor absoluto de 42,4 para 39,6 milhões de euros, preservou a margem relativamente aos proveitos operacionais (passou, aliás, de 6,3% para 6,4%) confirmando, por ora, um desígnio estratégico da empresa de, alicerçada numa carteira de encomendas ainda confortável, não obstante a redução de procura do sector, não entrar numa desabrida e agressiva concorrência por via dos preços.

Mercado Volume de Negócios Variação da Produção

Outros Ganhos Operacionais

Proveitos operacionais (PO) Custo Merc. Vend. e Mat. Cons.

Fornecim. e Serviços Externos

Custos com Pessoal

Outros Custos Operacionais

EBITDA Amortiz., Provisões e Ajustam.

Resultado Operac. (EBIT) Resultado Financeiro

Resultado Antes Impostos

Imposto sobre o Rendimento

Resultado Líq. do Exercício

2009641.145

1.844

33.914

676.903133.519

397.171

91.357

12.491

42.36514.507

27.858-6.139

21.719

6.339

15.380

%PO101,7%

-4,9%

3,1%

100,0%16,9%

58,9%

15,5%

2,3%

6,4%2,3%

4,2%-2,0%

2,2%

0,8%

1,3%

2010626.544-29.914

19.352

615.982103.810

363.028

95.622

13.879

39.64313.988

25.655-12.119

13.536

5.230

8.306

% PO94,7%

0,3%

5,0%

100,0%19,7%

58,7%

13,5%

1,8%

6,3%2,1%

4,1%-0,9%

3,2%

0,9%

2,3%

∆ 2010/09-2,3%

-

-42,9%

-9,0%-22,3%

-8,6%

4,7%

11,1%

-6,4%-3,6%

-7,9%97,4%

-37,7%

-17,5%

-46,0%

Esta manutenção das margens operacionais é confirmada tam-bém ao nível do EBIT que representa em 2010 a percentagem de 4,2 dos proveitos operacionais, face a 4,1% conseguida no ano anterior.

Assim, a redução, com alguma substância, do resultado líquido verificada no exercício agora encerrado tem os seus funda-mentos maiores nos níveis a jusante do resultado operacional.

Com efeito, os resultados financeiros, que passaram de -6,1 milhões de euros em 2009 para -12,1 milhões em 2010, têm um relevante significado na decomposição explicativa desta evolução. Neste âmbito, importa registar comparativamente o efeito das diferenças de câmbio nos resultados de 2009 e 2010. Não comportando um valor absoluto muito importante face ao nível de internacionalização da empresa, as diferenças cambiais registaram um valor líquido negativo de 1,8 milhões em 2010 face a um contributo positivo de 2,4 milhões no ano anterior, justificando, portanto, em termos de variação, 4,2 dos 6,1 milhões registados nos resultados financeiros.

A conjugação das componentes anteriormente referidas teve por consequência a obtenção de um resultado antes de impos-tos de 13,5 milhões, inferior em 37,7% ao verificado em 2009.

Também a função fiscal em comparação com o ano ante-rior penaliza a rentabilidade líquida, com as medidas fiscais tomadas com os PEC’s (e com sequência no OGE de 2011) a agravarem significativamente a fiscalidade das empresas, em especial as de índole industrial em que as suas fontes de rendimento são tributadas na totalidade praticamente sem exclusões ou benefícios.

Principais InvestimentosO ano findo não foi propício a elevados investimentos. Ainda assim prosseguiram as obras no Novo Estaleiro de Viana, que em 2011 devem acolher as naves industriais das “artes” de carpintaria e de metalomecânica actualmente instaladas no Estaleiro de Cacuaco, e, bem assim, realizaram-se outras ben-feitorias relevantes em infra-estruturas de apoio à produção, com predominância em Angola.

O investimento bruto (capex) situou-se em 9,5 milhões de euros, consistindo, fundamentalmente, em trabalhos para a própria empresa.

Evolução do ActivoO Balanço continua-se a registar um significativo aumento da sua expressão, tendência registada nos últimos anos, passando de 726,8 milhões em 2009 para 809,9 milhões.

Os Activos fixos tangíveis reduziram-se passando de 147,4 para 139,9 milhões de euros com a redução verificada nos Activos fixos tangíveis em curso. Note-se, conforme já foi revelado, que o empreendimento da Praia do Bispo, entretanto transac-cionado, constava como imobilizado em curso no balanço de 2009.

Globalmente, o Activo Corrente teve um significativo acréscimo na análise inter-comparativa 2010-2009 (∆=90,2 milhões de euros).

Se nos Inventários se verifica uma desejada redução em todas as classes, em particular nas Matérias-primas e nos Produtos e trabalhos em curso, este decréscimo (∆=-15,1) foi ultrapassado pelo aumento da rubrica das Dívidas de terceiros (∆=+113,0), onde o aumento dos clientes explica esta evolução.

Com efeito, sendo consensual a percepção genérica de atraso no cumprimento das obrigações de pagamento que perpassa pelo tecido empresarial nacional e em particular no sector, importa, neste âmbito, adicionar especificamente os efeitos advenientes da construção da Auto-Estrada Transmontana, bem como do atraso na regularização de algumas dívidas de origem em Angola.

Capitais PrópriosOs capitais próprios situam-se em 31 de Dezembro de 2010 num valor de 122,4 milhões de euros ou seja num nível se-melhante ao valor reexpresso do ano anterior (124,7 milhões).Importa referir, porém, que a reexpressão resultante da adopção ao nível das contas individuais do normativo inter-nacional elevou os capitais próprios de modo importante, por via, fundamentalmente, da revalorização dos activos fixos tangíveis. Neste ponto, para maior detalhe, remetemos os utili-zadores desta informação para a nota explicativa constante das PC&NE sobre a reconciliação dos capitais próprios (POC-IAS).Por sua vez, da Demonstração da Variação nos Capitais Próprios resultam as seguintes ilações:

(i) Não ocorreram no exercício operações de Capital que man-teve o valor de cinquenta milhões de euros, totalmente detido pela accionista única Soares da Costa Construção, SGPS, SA;(ii) A Assembleia-Geral Ordinária que aprovou as contas do exercício de 2009, deliberou a distribuição de dividendos no valor de dez milhões de euros;

Valores em milhares de euros

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150 SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES SOARES DA COSTA, SA /// EXERCÍCIO DE 2010

(iii) O resultado líquido do período no valor de 8,3 milhões de euros conduziu, considerando o efeito da variação no justo valor de instrumentos financeiros derivados (-0,6 milhões de euros), à obtenção do rendimento integral em 2010 no valor de 7,7 milhões de euros.

PassivoO Passivo Não Corrente sofreu uma redução ligeira passando de 69,4 milhões de euros para 63,7 milhões.

Já o aumento verificado no Activo Corrente (∆=90,2 milhões de euros) teve correspondência num aumento da mesma ordem de grandeza no lado do Passivo Corrente (∆=91,0 mi-lhões de euros). Nesta variação destacam-se os financiamen-tos obtidos que aumentaram 52,3 milhões de euros.

A pressão exercida sobre o fundo de maneio decorrente da maior dificuldade de traduzir em liquidez a produção realizada reflecte-se nesta evolução ainda que, também, os pagamen-tos de exploração a terceiros sofram alguma erosão com o aumento do saldo de fornecedores (+9,0 milhões de euros).

Em função deste quadro o Net-debt situa-se em 31 de Dezem-bro de 2010 em 189,7 milhões de euros (150,1 milhões um ano antes), passando a representar um múltiplo, ainda assim, bastante conservador de 4,8.

PONTE S. VICENTE - guiné bissau

ADRIANO FERNANDESDirector de Obra - Ponte sobre o rio Cacheu

… assim foi na Guiné Bissau, onde, com a construção da Ponte sobre o Rio Cacheu, em S.Vicente, ao longo de quase três anos, para além de reatarmos fortes laços da presença da empresa no passado, naquele país da África Ocidental, uma vez mais ligamos margens, unimos povos e aproximamos culturas e civilizações. Juntos, em torno da construção da nova ponte, criamos amizades e demos vida e trabalho à população local que nos recebeu de braços abertos e assistiu com tristeza e saudade ao nosso regresso.

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152 SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES SOARES DA COSTA, SA /// EXERCÍCIO DE 2010

RáciosA evolução dos indicadores económico-financeiros exigidos pela Portaria nº. 971/2009, de 27 de Agosto, para revalidação anual do alvará previsto no regime jurídico do exercício da acti-vidade de construção, aprovado pelo Decreto-Lei nº 12/2004, de 9 de Janeiro, tiveram no último triénio a seguinte evolução:

IndicadoresLiquidez geral

Autonomia Financeira

2010 109,9%

15,1%

2009120,3%

14,6%

2008132,6%

16,1%

Exigido105,0%

10,0%

5. Principais Riscos

Conforme os restantes capítulos deste Relatório de Gestão e as demonstrações financeiras revelam a actividade da sociedade enquadrada no sector de construção e engenharia civil, as-sume variadas vertentes e actuações em diferentes mercados geográficos, tendo uma verdadeira dimensão internacional.Neste âmbito a sociedade está exposta a diversos riscos que podem ser classificados em riscos dos processos de negócio, riscos de informação e riscos de meio que devem perma-nentemente estar sob monitorização e ser objecto de gestão rigorosa.

Através da sua organização interna as diferentes áreas de gestão da empresa são orientadas em termos de identificar e avaliar os riscos que as suas decisões envolvem e de tentar minimizá-los.

Neste capítulo julga-se conveniente uma palavra mais desen-volvida para a gestão dos riscos financeiros e entre eles do risco da taxa de juro, do risco da taxa de câmbio e o risco de crédito.

A gestão do risco financeiro é coordenada pela Direcção de Finanças e desenvolve-se sob orientação do Conselho de Administração em primeira linha e da Comissão Executiva do Grupo.

A empresa é conservadora e prudente relativamente à gestão dos riscos financeiros, procurando uma exposição não elevada

a este tipo de riscos e sempre exclusivamente associada ao exercício normal e corrente da actividade da empresa, nunca assumindo posições em instrumentos financeiros de carácter especulativo.

Neste sentido os instrumentos de financiamento constantes das demonstrações financeiras estão, regra geral, indexados a taxas de referência de mercado.

Da vertente internacional já acima explicitada advém a ex-posição da empresa aos efeitos derivados das alterações na paridade das moedas usadas nos contratos relativamente ao euro.

A política de gestão do risco da taxa de câmbio visa reduzir o grau de sensibilidade dos resultados da empresa a flutuações cambiais, sendo objectivo da política de gestão do risco com-pensar ou pelo menos minimizar as possíveis perdas de valor dos activos relacionados com o negócio da empresa causadas por depreciações das taxas de câmbio em relação ao euro com as poupanças por menor valor em euros das responsabilidades contraídas na mesma divisa. Busca-se, por conseguinte, um aumento do grau de correlação entre activos monetários e responsabilidades em divisas.

Neste campo a divisa que não o euro com maior expressão nas demonstrações financeiras da empresa é o dólar dos Estados Unidos da América. Durante o exercício findo verificou--se, em média, uma exposição cambial líquida passiva no sentido de que as responsabilidades em dólares superaram os activos monetários expressos na mesma divisa. Tendo-se verificado em termos anuais uma valorização do dólar face ao euro (ainda que com comportamento não regular) a sociedade acabou por registar, em termos líquidos, perdas cambiais.

A política de risco do crédito é orientada desde o exame preventivo do rating de solvência dos potenciais clientes da empresa (selecção das propostas que se submetem pela Direcção Comercial), durante a duração do contrato, avaliando a qualidade creditícia dos montantes pendentes e desenvol-vendo diligências na cobrança das facturas nos prazos contra-tuais estabelecidos (pela Direcção Financeira em diálogo com as Direcções de Produção), até à avaliação do grau de risco de incumprimento no crédito vencido.

As situações de risco de crédito apuradas à data de balanço são identificadas pelas áreas competentes e em função da antiguidade de crédito, perfil de risco do cliente, experiência recolhida e demais circunstâncias aplicáveis consideradas na análise, conduzem, se for caso disso, ao registo de impari-dades.

Neste âmbito, merece aqui referência durante o ano de 2010 um agravamento geral dos prazos médios de recebimento, à luz da conjuntura económica, com uma influência particular do mercado angolano.

6. Factos Relevantes Após o termo do ExercícioNão ocorreram posteriormente ao encerramento do exercício factos materialmente significativos que ponham em causa a expressão das demonstrações financeiras que acompanham este Relatório de Gestão ou que mereçam especial referência neste capítulo.

7. Perspectivas para 2011Como se depreende da análise feita no capítulo de enquadra-mento económico as expectativas dos empresários do sector formuladas nestes primeiros meses do ano estão longe de ser optimistas, em função da actividade da construção no ano de 2011, em particular no mercado português, dever manter-se em níveis baixos. As dificuldades reveladas pelos mercados financei-ros relativamente ao financiamento dos projectos de investimento privados, as dificuldades de liquidez das empresas e o corte ditado por razões orçamentais no volume e ritmo de execução dos investimentos públicos, enformam um quadro de pressão adicional sobre o sector.

Não obstante o exposto, a carteira de obras da sociedade, a sua distribuição multi-geográfica, e a atitude prudente, em termos de margens de negociação, que tem pautado a actividade da empresa, permitem definir como objectivos para o exercício em

curso um volume de negócios superior ao verificado no ano findo e próximo dos 700 milhões de euros, com o desafio de manutenção da margem de EBITDA num patamar não inferior aos seis por cento.

Naturalmente, a projectada autonomização da actividade em Ango-la, no âmbito das definições constantes do novo plano estratégico AMBIÇÕES RENOVADAS 2014 do Grupo Soares da Costa, não deixará de produzir efeitos no volume de negócios da sociedade, enquanto entidade individual, que dependerão do timing de realização desta operação.

8. Outras Informações LegaisDívidas ao Estado e à Segurança SocialÀ data do encerramento do balanço a empresa não tem dívidas em mora ao Estado, resultantes de liquidação de impostos ou de contribuições para a Segurança Social.

Negócios com a sociedadeDurante o exercício não se registaram negócios entre a sociedade e os seus administradores, que justifiquem referência.

9. ReconhecimentoAo concluir o relatório sobre a actividade desenvolvida durante o exercício de 2010 o Conselho de Administração aproveita a oportu-nidade para expressar os seus agradecimentos a todos as entidades públicas e privadas que, directa ou indirectamente, têm apoiado e colaborado com a sociedade. É gratificante assinalar, em particular, o relacionamento de confiança com que os clientes, fornecedores e outros parceiros de negócio, nomeadamente instituições financeiras nos têm honrado.

Aos membros dos outros Órgãos Sociais da Sociedade, bem como aos nossos Revisores, manifestamos também o nosso reconheci-mento pela forma e rigor com que exerceram as suas funções.

Finalmente, é merecedor de reconhecimento o elevado espírito de profissionalismo e sentido de dever dos colaboradores da socie-dade, sem cujo esforço e dedicação não seria possível a criação de valor de que a sociedade é responsável.

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154 SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES SOARES DA COSTA, SA /// EXERCÍCIO DE 2010

10. Proposta de Aplicação de ResultadosO Conselho de Administração da Sociedade de Construções Soares da Costa, SA, tendo pre-sentes as Demonstrações Financeiras do exercício que terminou em 31 de Dezembro de 2010, propõe nos termos do disposto na alínea f) do artigo 66º do Código das Sociedades Comerciais, e no respeito pela legislação aplicável quanto à distribuição de bens sociais, nomeadamente os artigos 32º e 33º do mesmo diploma, que o resultado líquido individual de 8.306.185,68 eurosobtido pela sociedade, seja aplicado do modo seguinte:

a) Para Reserva Legal (5% dos resultados líquidos do exercício) b) Para distribuição de dividendos c) Para reservas livres, o valor remanescente de

415.309,28 euros 6.500.000,00 euros1.390.876,40 euros

porto, 28 de Fevereiro de 2011

o conselHo de admInIstraçãopedro manuel de almeida gonçalves (presidente)

pedro gonçalo de sotto mayor de andrade santos / paulo eugénio peixoto Ferreira / Fernando manuel Fernandes de almeida

carlos alberto príncipe santos / domingos alberto nave serpa dos santos / roberto antónio pereira pisoeiro

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demonstrações financeiras

Grupo Soares da Costa, SGPS, SA

Soares da Costa

deMoNstRaÇÕes FiNaNceiRas

02.

POUSADA DO FREIXO - PORTO

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158 SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES SOARES DA COSTA, SA /// EXERCÍCIO DE 2010

DEMoNStRAção INDIVIDuAL DA PoSIção FINANCEIRA PARA oS PERÍoDoS FINDoS EM 31 DE DEZEMBRo DE 2010 E 2009

ACtIVo NotAS 31-DEZ-10 31-DEZ-09

Não CoRRENtE

Activos intangíveis: 6

Outros activos intangíveis 63 -

63 -

Activos fixos tangíveis: 7 e 8

Terrenos 4.800.554 4.728.373

Edifícios 55.736.105 49.314.302

Equipamento básico 52.678.784 55.310.173

Equipamento Transporte 12.008.027 13.690.035

Equipamento Administrativo 2.927.967 2.785.859

Outros activos fixos tangíveis 153.305 182.890

Activos fixos tangíveis em curso 11.616.086 21.436.514

139.920.827 147.448.146

Investimentos financeiros: 9 e 10

Participações financeiras - método da equivalência patrimonial - 58.253

Participações de capital em subsidárias 2.303 2.303

Empréstimos concedidos a subsidárias 258.114 258.114

Participações de capital em associadas 63.359 63.359

Empréstimos concedidos a associadas 598.631 364.631

Outros investimentos financeiros 10 1

922.417 746.661

Activos por impostos diferidos 28 1.328.892 1.175682

Total do activo não corrente 142.172.199 149.370.489

CoRRENtE

Inventários: 12

Matérias primas subsidiárias e de consumo 17.183.157 29.302.677

Produtos acabados e intermédios 20.778.204 21.677.155

Produtos e trabalhos em curso 45.944.733 61.100.910

83.906.093 112.080.742

Dívidas de terceiros: 13

Clientes 416.671.111 289.043.604

Adiantamentos a fornecedores 6.515.069 3.803.142

Estado e outros entes públicos 3.574.668 5.943.257

Empresas do Grupo, Associadas e Participadas 25.572.254 45.185.542

Outras dívidas de terceiros 11.702.302 6.986.558

464.035.404 350.962.103

Outros activos correntes 14 76.543.440 77.416.755

Caixa e seus equivalentes 15 43.233.676 37.016.521

Total do activo corrente 667.718.614 577.476.121

Total do activo 809.890.813 726.846.610

o responsável técnico *1 o conselho de administração *2

DEMoNStRAção INDIVIDuAL DA PoSIção FINANCEIRA PARA oS PERÍoDoS FINDoS EM 31 DE DEZEMBRo DE 2010 E 2009

CAPItAL PRÓPRIo E PASSIVo NotAS 31-DEZ-10 31-DEZ-09

CAPItAL PRÓPRIo

Capital realizado 50.000.000 50.000.000

Reservas e resultados transitados:

Prémios de emissão 22.174.402 22.174.402

Reservas legais 3.784.749 3.013.515

Excedentes de revalorização 35.849.821 35.926.664

Outras reservas 7.839.469 3.779.249

Resultados transitados (5.511.569) (5.550.624)

Resultado líquido do período 8.306.186 15.379.843

Total do capital próprio 16 122.443.058 124.723.048PASSIVo

Não CoRRENtE

Provisões 22 15.000 15.000

Financiamentos obtidos:

Empréstimos bancários 18 50.263.287 53.651.348

50.263.287 53.651.348

Dívidas a terceiros:

Fornecedores de investimentos 11 2.301.925 3.881.123

2.301.925 3.881.123

Passivos por impostos diferidos 28 11.142.378 11.919.139

Total do passivo não corrente 63.722.590 69.466.610CoRRENtE

Financiamentos obtidos:

Empréstimos bancários 18 130.697.516 94.688.620

Outros financiamentos obtidos 44.293.314 27.980.654

174.990.830 122.669.274

Dívidas a terceiros:

Fornecedores 31 192.371.506 181.350.857

Fornecedores de investimentos 11 5.662.639 7.626.226

Adiantamentos de clientes 31 119.486.139 117.529.806

Estado e outros entes públicos 1.285.173 1.379.488

Empresas do Grupo, Associadas e Participadas 10.894.352 7.377.196

Outros dívidas a terceiros 31.904.112 24.042.095

20 361.603.921 339.305.668

Instrumentos financeiros derivados 19 1.337.993 363.759

Outros passivos correntes 21 85.792.421 70.318.251

Total do passivo corrente 623.725.166 532.656.952

Total do passivo 687.447.755 602.123.562

Total do capital próprio e passivo 809.890.813 726.846.610

o responsável técnico *1 o conselho de administração *2

*1 Fernando da silva semana

*2 pedro manuel de almeida gonçalves (presidente) / pedro gonçalo de sotto mayor de andrade santos paulo eugénio peixoto Ferreira / Fernando manuel Fernandes de almeida / carlos alberto príncipe santos domingos alberto nave serpa dos santos / roberto antónio pereira pisoeiro

(VALoRES EM uNIDADES DE EuRo) (VALoRES EM uNIDADES DE EuRo)

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160 SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES SOARES DA COSTA, SA /// EXERCÍCIO DE 2010

DEMoNStRAção INDIVIDuAL DoS RESuLtADoS SEPARADA PARA oS PERÍoDoS FINDoS EM 31 DE DEZEMBRo DE 2010 E 2009

DEMoNStRAção DoS RESuLtADoS NotAS 31-DEZ-10 31-DEZ-09

Vendas e prestação de serviços 23 626.544.465 641.144.786

Variação nos inventários da produção (29.914.047) 1.844.095

Outros rendimentos e ganhos operacionais:

Trabalhos para a própria entidade 7 12.952.730 22.431.600

Outros rendimentos e ganhos 24 6.398.819 11.482.860

Rendimentos e ganhos operacionais 615.981.967 676.903.341

Custo das mercadorias vendidas e matérias consumidas (103.810.331) (133.519.372)

Fornecimentos e serviços externos 26 (363.027.756) (397.170.852)

Gastos com o pessoal 25 (95.622.054) (91.357.425)

Gastos de depreciação e de amortização e perdas de imparidade 7 (12.858.662) (11.753.322)

Provisões e ajustamentos de justo valor 22 (1.129.295) (2.753.924)

Outros gastos e perdas operacionais:

Impostos (4.715.932) (4.557.679)

Outros gastos e perdas 24 (9.163.340) (7.933.005)

Gastos e perdas operacionais (590.327.370) (649.045.579)

Resultado operacional das actividades continuadas 25.654.598 27.857.762

Custo líquido do financiamento:

Juros obtidos 9.577.125 4.426.253

Juros suportados (12.767.628) (8.142.706)

(3.190.503) (3.716.453)

Outros ganhos e perdas financeiras:

Outros ganhos financeiros 22.091.970 19.795.771

Rendimentos de participações de capital 512 60.508

Outras perdas financeiras (31.020.698) (22.278.606)

(8.928.216) (2.422.327)

Resultado financeiro 27 (12.118.719) (6.138.780)

Resultado antes de impostos 13.535.879 21.718.982

Imposto sobre o rendimento do período 28 (5.229.693) (6.339.139)

Resultado líquido do período 8.306.186 15.379.843

Resultado por acção das actividades continuadas:

Básico 0.830 1.538

Diluído 0.830 1.538

Resultado por acção:

Básico 0.830 1.538

Diluído 0.830 1.538

o responsável técnico *1 o conselho de administração *

DEMoNStRAção INDIVIDuAL Do RENDIMENto INtEGRAL PARA oS PERÍoDoS FINDoS EM 31 DE DEZEMBRo DE 2010 E 2009

31-DEZ-10 31-DEZ-09

Resultado Líquido do período 8.306.186 15.379.843

Outros rendimentos integrais

Variação, líquida de impostos, no justo valor de instrumentos financeiros derivados (586.216) (363.759)

Outras variações 41 -

Total Rendimento Integral 7.720.010 15.016.084

o responsável técnico *1 o conselho de administração *

*1 Fernando da silva semana

*2 pedro manuel de almeida gonçalves (presidente) / pedro gonçalo de sotto mayor de andrade santos paulo eugénio peixoto Ferreira / Fernando manuel Fernandes de almeida / carlos alberto príncipe santos domingos alberto nave serpa dos santos / roberto antónio pereira pisoeiro

(VALoRES EM uNIDADES DE EuRo) (VALoRES EM uNIDADES DE EuRo)

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162 SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES SOARES DA COSTA, SA /// EXERCÍCIO DE 2010

DEMoNStRAção INDIVIDuAL DAS ALtERAçÕES No CAPItAL PRÓPRIo PARA oS PERÍoDoS FINDoS EM 31 DE DEZEMBRo DE 2010 E 2009

RuBRICA CAPItAL REALIZADo

ACçÕES PRÓPRIAS

RESERVAS E RESuLtADoS

tRANSItADoS

RESERVA DE CoNVERSão

CAMBIAL

DERIVADoS DE CoBERtuRA

outRoS totAL DoS CAPItAIS

PRÓPRIoS

Saldo a 1/Jan/2010 50.000.000 - 52.912.405 - (363.759) 22.174.402 124.723.048

Dividendos (10.000.000) (10.000.000)

Acções próprias -

Outros -

Rendimento integral 8.306.186 - (586.216) 41 7.720.010

Saldo a 31-DEZ-2010 50.000.000 - 51.218.591 - (949.975) 22.174.443 122.443.058

RuBRICA CAPItAL REALIZADo

ACçÕES PRÓPRIAS

RESERVAS E RESuLtADoS

tRANSItADoS

RESERVA DE CoNVERSão

CAMBIAL

DERIVADoS DE CoBERtuRA

outRoS totAL DoS CAPItAIS

PRÓPRIoS

Saldo a 1/Jan/2009 50.000.000 18.127.773 22.174.402 90.302.175

Efeito da adopção do novo

referencial contabilístico

29.404.790 29.404.790

Dividendos (10.000.000) (10.000.000)

Acções próprias -

Outros -

Rendimento integral 15.379.843 - (363.759) 15.016.084

Saldo a 31-DEZ-2009 50.000.000 - 52.912.405 - (363.759) 22.174.402 124.723.048

o responsável técnico *1 o conselho de administração *

DEMoNStRAção INDIVIDuAL DoS FLuXoS DE CAIXA PARA oS PERÍoDoS FINDoS EM 31 DE DEZEMBRo DE 2010 E 2009

31-DEZ-10 31-DEZ-09

Actividades operacionais:

Recebimentos de clientes 482.868.774 520.574.577

Pagamentos a fornecedores (415.305.872) (480.251.264)

Pagamentos ao pessoal (91.984.276) (86.186.803)

(24.421.375) (45.863.492)

Pagamento /recebimento do imposto s/o rendimento (6.217.401) (6.086.924)

Outros recebimentos/pagamentos relativos à actividade operacional (3.260.562) 11.661.197

(9.477.963) 5.574.273

Fluxos das actividades operacionais (33.899.338) (40.289.218)

Actividades de investimento:

Recebimentos provenientes de:

Investimentos financeiros 220.289.874 244.135.283

Activos fixos tangíveis 152.002 624.901

Juros e ganhos similares 7.582 57.537

Dividendos 512 220.449.970 60.505 244.878.227

Pagamentos respeitantes a:

Investimentos financeiros 205.671.945 239.613.288

Activos fixos tangíveis 4.921.803 210.593.748 10.649.792 250.263.080

Fluxos das actividades de investimento 9.856.222 (5.384.852)

Actividades de financiamento:

Recebimentos provenientes de:

Empréstimos obtidos 263.774.665 273.365.418

Venda de acções (quotas) próprias - -

Juros obtidos 2.098.693 265.873.359 865.861 274.231.279

Pagamentos respeitantes a:

Empréstimos obtidos 206.906.667 193.588.351

Amortização de contratos de locação financeira 7.891.344 7.829.778

Dividendos 10.000.000 10.000.000

Aquisições de acções (quotas) próprias - -

Juros e gastos similares 11.930.072 236.728.083 7.544.950 218.963.079

Fluxos das actividades de financiamento 29.145.276 55.268.200

Variação de caixa e seus equivalentes 5.102.160 9.594.129

Efeito das diferenças de câmbio 1.114.995 2.172.729

Caixa e seus equivalentes no início do período 37.016.521 25.249.663

Caixa e seus equivalentes no fim do período 43.233.676 37.016.521

o responsável técnico *1 o conselho de administração *

NotAS

13

13

*1 Fernando da silva semana

*2 pedro manuel de almeida gonçalves (presidente) / pedro gonçalo de sotto mayor de andrade santos paulo eugénio peixoto Ferreira / Fernando manuel Fernandes de almeida / carlos alberto príncipe santos domingos alberto nave serpa dos santos / roberto antónio pereira pisoeiro

(VALoRES EM uNIDADES DE EuRo) (VALoRES EM uNIDADES DE EuRo)

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Grupo Soares da Costa, SGPS, SA

Soares da Costa

ESTAÇÃO DOS ALIADOS - PORTO

políticas contabilísticas e notas explicativas

Políticas coNtaBilísticas e Notas exPlicatiVas

03.

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166 SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES SOARES DA COSTA, SA /// EXERCÍCIO DE 2010

1 – Nota Introdutória

Elementos identificativos

Denominação Social: Sociedade de Construções Soares da Costa, SA.Número de matrícula na Conservatória do Registo Comercial do Porto e de Pessoa Colectiva: 505 924 170Sede Social: Rua de Santos Pousada, 220 – 4000 - 478 PORTOObjecto Social: Exploração da Indústria de Construção Civil e Obras Públicas, Actividades Conexas e Acessórias, Aquisição e Disposição de Imóveis

Designação da empresa-mãe: Soares da Costa Construção, SGPS, S.A.Sede da empresa-mãe: Rua de Santos Pousada, n.º220, 4000 – 478 Porto.

A Sociedade foi constituída em 30 de Dezembro de 2002, por escritura pública celebrada no 4º Cartório Notarial do Porto, resultando do trespasse da actividade de construção da então “ Sociedade de Construções Soares da Costa, SA”, NIPC 500 265 763 que, na mesma data, procedeu à alteração da sua denominação para “Grupo Soares da Costa, SGPS, SA” e do respectivo objecto social para “ Gestão de Participações Sociais”. Os elementos activos e passivos foram transferidos pelos valores contabilísticos que figuravam anteriormente nas contas da empresa trespassante, tendo-se seguido o regime de neutralidade fiscal estabelecido no código do IRC.

Os valores monetários referidos nas notas são apresentados em unidades de Euro.

2 – Referencial Contabilístico de Prepa-ração das Demonstrações FinanceirasA empresa faz parte integrante do grupo de consolidação cuja empresa-mãe, Grupo Soares da Costa, SGPS, SA, elabora contas consolidadas desde 2004 em conformidade com as Normas Internacionais de Relato Financeiro ( IAS/IFRS) tal como adoptadas na União Europeia.

Assim, ao abrigo do nº 1 do art. 4º do DL 158/2009, de 13 de Julho, optou pela elaboração das demonstrações financeiras individuais em conformidade com estas normas internacionais.

Os ajustamentos efectuados referem-se à anulação do método de equivalência patrimonial e à reavaliação do imobilizado e respectivos impostos diferidos.

As alterações de políticas e critérios de mensuração implica-ram alterações nos capitais próprios conforme o seguinte mapa de reconciliação:

CAPItAIS PRÓPRIoS (PoC) 01 DE JANEIRo DE 2009 90.302.175

Terrenos 1.095.385

Edificios 16.040.026

Equipamento Básico 19.655.006

Equipamento Transporte 4.770.047

Gastos a reconhecer (1.584.086)

Activos por Impostos Diferidos 419.783

Passivos por impostos diferidos (11.013.523)

Integração dos ACE´s a 1/1/2009 22.152

Total de efeitos da conversão 29.404.790

Capitais próprios (IAS/IFRS) 01 de Janeiro de 2009 119.706.964

Capitais próprios (POC) 31 de Dezembro de 2009 95.363.088

Ajustamentos de Conversão 29.404.790

Diferença no Resultado 2009 (44.830)

Capitais próprios (IAS/IFRS) 31 de Dezembro de 2009 124.723.048

Adicionalmente e decorrente dos ajustamentos indicados, o balanço em 31 de Dezembro de 2009, reexpresso de acordo com o IAS/IFRS, é como segue:

Políticas contabilísticas e notas explicativasEM 31 DE DEZEMBRO DE 2010

(VALoRES EM uNIDADES DE EuRo)

ACtIVo PoC AJuStAMENtoS /RECLASSIFICAçÕES

IAS

Não CoRRENtE

Activos fixos tangíveis 100.422.655 47.025.491 147.448.146

Investimentos financeiros 2.642.897 (1.896.236) 746.661

Activos por impostos diferidos - 1.175.682 1.175.682

Total do activo não corrente 103.065.552 46.304.937 149.370.489CoRRENtE

Inventários 109.242.341 2.838.400 112.080.742

Dívidas de terceiros 328.808.667 22.153.436 350.962.103

Outros activos correntes 79.316.794 (1.900.039) 77.416.755

Caixa e seus equivalentes 30.789.122 6.227.400 37.016.521

total do activo corrente 548.156.924 29.319.197 577.476.121total do activo 651.222.476 75.624.134 726.846.610

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168 SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES SOARES DA COSTA, SA /// EXERCÍCIO DE 2010

(VALoRES EM uNIDADES DE EuRo)

CAPItAL PRÓPRIo E PASSIVo PoC AJuStAMENtoS / RECLASSIFICAçÕES

IAS

CAPItAL PRÓPRIo

Capital realizado 50.000.000 - 50.000.000

Reservas e resultados transitados 29.938.416 29.404.790 59.343.205

Resultado líquido do período 15.424.673 (44.830) 15.379.843

Total do capital próprio 95.363.088 29.359.960 124.723.048PASSIVo

Não CoRRENtE

Provisões - 15.000 15.000

Financiamentos obtidos 53.651.348 - 53.651.348

Dívidas a terceiros 3.881.123 - 3.881.123

Passivos por impostos diferidos 156.006 11.763.132 11.919.139

Total do passivo não corrente 57.688.477 11.778.132 69.466.610CoRRENtE

Financiamentos obtidos 116.360.012 6.309.262 122.669.274

Dívidas a terceiros 317.435.614 21.870.055 339.305.668

Instrumentos financeiros derivados 363.759 - 363.759

Outros passivos correntes 64.011.525 6.306.726 70.318.251

Total do passivo corrente 498.170.910 34.486.042 532.656.952

Total do passivo 555.859.388 46.264.174 602.123.562

Total do capital próprio e passivo 651.222.476 75.624.134 726.846.610

Decorrente dos ajustamentos indicados, a demonstração de resultados do exercício findo em 31 de Dezembro de 2009, reex-pressa de acordo com o IAS/IFRS, é como se segue:

(VALoRES EM uNIDADES DE EuRo)

DEMoNStRAção DoS RESuLtADoS PoC AJuStAMENtoS / RECLASSIFICAçÕES

IAS

Rendimentos e ganhos operacionais 642.950.208 33.953.133 676.903.341

Gastos e perdas operacionais (617.063.053) (31.982.526) (649.045.579)

Resultado operacional das actividades continuadas 25.887.155 1.970.607 27.857.762

Custo líquido do financiamento (3.415.732) (300.721) (3.716.453)

Outros ganhos e perdas financeiras: (704.137) (1.718.190) (2.422.327)

Resultado financeiro (4.119.869) (2.018.911) (6.138.780)

Resultado antes de impostos 21.767.285 (48.304) 21.718.982

Imposto sobre o rendimento do período (6.342.613) 3.474 (6.339.139)

Resultado líquido do período 15.424.673 (44.830) 15.379.843

3 – Principais Políticas ContabilísticasAs principais políticas contabilísticas adoptadas na preparação das demonstrações financeiras são as seguintes:

3.1 Bases de apresentação

As demonstrações financeiras foram preparadas no pres-suposto da continuidade das operações, a partir dos livros e registos contabilísticos da empresa, os quais estão em confor-midade com as Normas Internacionais de Relato Financeiro tal como adoptadas na União Europeia, em vigor para o exercício económico iniciado em 1 de Janeiro de 2009, data que corres-ponde ao início da primeira aplicação pela empresa dos IAS/IFRS.

Na preparação das demonstrações financeiras anexas foram utilizadas estimativas que afectam as quantias reportadas de activos e passivos, assim como as quantias reportadas de rendimentos e gastos durante o período de reporte. Todas as estimativas e assumpções efectuadas pelo Conselho de Administração foram efectuadas com base no melhor conhe-cimento existente à data de aprovação das demonstrações financeiras dos eventos e transacções em curso.

O conselho de Administração da Empresa entende que as demonstrações financeiras anexas e as notas que se seguem asseguram uma adequada apresentação da informação finan-ceira.

Nas presentes demonstrações financeiras a empresa não pro-cedeu à implementação de qualquer norma ou interpretação já emitida pelo IASB cuja data de aplicação obrigatória seja posterior.

3.2 Activos intangíveis Os activos intangíveis encontram-se registados ao custo de aquisição, deduzido das amortizações acumuladas e perdas de imparidade. Os activos intangíveis só são reconhecidos se for provável que deles advenham benefícios económicos futuros para a empresa, sejam controláveis por ela e se possa medir razoavelmente o seu valor.

As amortizações do exercício dos activos intangíveis são registadas na demonstração dos resultados na rubrica “ Gastos de depreciação e de amortizações e perdas de imparidade”. O método de amortização utilizado nos activos intangíveis com vida útil finita é o método das quotas constantes, tendo-se considerado para estes activos um período de vida útil com-preendido entre 3 e 5 anos.

3.3 Activos fixos tangíveis

Os activos fixos tangíveis encontram-se registados ao custo de aquisição ou custo de aquisição reavaliado, deduzido de depreciações acumuladas e perdas de imparidade.

Na data de conversão, os activos fixos tangíveis foram mensu-rados pelas mesmas quantias escrituradas nas demonstrações financeiras consolidadas de acordo com as Normas Internacio-nais ( IAS/IFRS) (§ 16 do Apêndice D da IAS/IFRS nº1).

As depreciações são calculadas pelo método das quotas cons-tantes, por duodécimos, de acordo com as seguintes períodos de vida útil estimada:

VIDA ÚtIL

Edifícios 8 - 100

Equipamento básico 2 - 20

Outros activos tangíveis 3 - 10

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170 SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES SOARES DA COSTA, SA /// EXERCÍCIO DE 2010

Os activos fixos tangíveis em curso encontram-se registados ao custo de aquisição ou produção, deduzido de eventuais perdas de imparidade.

As mais ou menos valias resultantes da venda ou abate do activo fixo tangível são determinadas pela diferença entre o preço de venda e o valor líquido contabilístico na data de alienação/abate, sendo registadas na demonstração dos resultados, como “outros rendimentos e ganhos” ou “outros gastos e perdas”.

3.4 Activos e passivos financeiros

a) Investimentos Financeiros

Os investimentos financeiros são reconhecidos na data em que são transferidos substancialmente os riscos e vantagens inerentes aos mesmos. São inicialmente registados pelo seu valor de aquisição, que é o justo valor do preço pago incluindo despesas de transacção

É feita uma avaliação dos investimentos quando existem indí-cios de que o activo possa estar em imparidade, sendo regis-tado como custo na demonstração de resultados as perdas de imparidade que se demonstrem existir.Os investimentos financeiros classificam-se em investimentos detidos até à maturidade e investimentos mensurados ao justo valor através de resultados.

Após o reconhecimento inicial, os investimentos mensurados ao justo valor através de resultados são remensurados pelo seu justo valor sem qualquer dedução de custos da transacção em que se possa incorrer na venda. Os investimentos em instrumentos de capital próprio não admitidos à cotação em mercados regulamentados, e para os quais não é possível estimar com fiabilidade o seu justo valor, são mantidos ao seu custo de aquisição deduzido de eventuais perdas de impari-dade

Os investimentos financeiros em empresas do grupo e associa-das, encontram-se registados ao custo de aquisição, deduzido

quando aplicável, de perdas de imparidade.

Os ganhos ou perdas resultantes da alteração no justo valor dos investimentos mensurados ao justo valor através de resultados são registados na demonstração dos resultados do exercício.

b) Dívidas de terceirosAs dívidas de terceiros são registadas pelo seu valor nominal deduzido de eventuais perdas de imparidade, reconhecidas na rubrica de perdas de imparidade em contas a receber, para que as mesmas reflictam o seu valor realizável líquido.

c) EmpréstimosOs empréstimos são registados no passivo pelo seu valor nominal.

Eventuais despesas com a emissão desses empréstimos, pagas antecipadamente aquando da emissão desses empréstimos, são reconhecidas linearmente na demonstração de resultados do exercício ao longo do período de vida desses empréstimos, encontrando-se classificados, na rubrica de ”Outros activos correntes”.

Os encargos financeiros com juros bancários e despesas similares (nomeadamente Imposto de Selo), são registados na demonstração dos resultados de acordo com o princípio da especialização dos exercícios, encontrando-se os montantes vencidos e não liquidados, à data do balanço, classificados na rubrica “Outros passivos correntes”.

d) Dívidas a terceirosAs dívidas a terceiros encontram-se registadas pelo seu valor nominal. Usualmente estas dívidas a terceiros não vencem juros.

e) Letras descontadas e contas a receber cedidas em “ factoring”As letras descontadas e as contas a receber cedidas em factor-ing ( com recurso) encontram-se apresentadas no activo pelo seu valor nominal e no passivo pelo adiantamento já recebido.

Os encargos com juros são reconhecidos de acordo com o princípio da especialização dos exercícios.

f) Caixa e seus equivalentesOs montantes incluídos na rubrica “Caixa e seus equivalentes” correspondem aos valores de caixa, depósitos bancários e depósitos a prazo e outras aplicações de tesouraria de curto prazo.

3.5 Locações

Os contratos de locação são classificados como: > locações financeiras se através deles forem transferidos substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à posse; > locações operacionais se através deles não forem transferi- dos substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à posse.

A classificação das locações em financeiras ou operacionais é feita em função da substância e não da forma do contrato.

Os activos imobilizados adquiridos mediante contratos de locação financeira, são registados pelo seu valor no activo e as respectivas responsabilidades no passivo. As amortizações destes activos calculadas em conformidade com o descrito em 2.3. supra são registadas em gastos de depreciações e amorti-zações do exercício.

A parcela de capital incluída nas rendas pagas é registada como redução daquelas responsabilidades e os juros incluídos nessas rendas são registados como custos financeiros do exer-cício a que respeitam.

Nas locações consideradas como operacionais, as rendas devidas são reconhecidas como custo na demonstração dos resultados durante o período do contrato de locação na rubrica “Fornecimento e serviços externos”.

3.6 Inventários

As mercadorias, as matérias-primas, subsidiárias e de consumo são valorizadas ao menor do custo de aquisição ou do valor realizável líquido. O método de custeio utilizado na movimen-tação das matérias-primas, subsidiárias e de consumo é o custo médio ponderado.

Os produtos acabados e semi-acabados, os subprodutos e os produtos e trabalhos em curso são valorizados ao menor do custo de produção ou do valor realizável líquido. Os custos de produção incluem o custo da matéria-prima incorporada, mão-de-obra directa e gastos gerais de fabrico. O método de custeio é o custo médio.

O valor realizável líquido corresponde ao preço de venda normal deduzido dos gastos para terminar a produção e dos custos de comercialização.

3.7 Encargos financeiros com empréstimos obtidos

Os encargos financeiros relacionados com empréstimos obtidos são geralmente reconhecidos como gasto de acordo com o princípio da especialização dos exercícios.

Estes encargos são capitalizados quando associados a activos qualificáveis de acordo com a IAS 23 .

3.8 Imposto sobre o rendimento

O imposto corrente sobre o rendimento é calculado com base nos resultados tributáveis de acordo com as regras fiscais em vigor.

Os impostos diferidos referem-se às diferenças temporárias entre os montantes dos activos e passivos para efeitos de reporte contabilístico e os respectivos montantes para efeitos

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172 SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES SOARES DA COSTA, SA /// EXERCÍCIO DE 2010

de tributação.Os activos e passivos por impostos diferidos são calculados e anualmente avaliados utilizando as taxas de tributação que se esperam estar em vigor à data da reversão das diferenças temporárias.

Os activos por impostos diferidos são registados unicamente quando existem expectativas razoáveis de lucros fiscais futuros suficientes para os utilizar. Na data de cada balanço é efectu-ada uma reapreciação das diferenças temporárias subjacentes aos activos por impostos diferidos no sentido de reconhecer activos por impostos diferidos não registados anteriormente por não terem preenchido as condições para o seu registo e/ou para reduzir o seu montante, em função da expectativa actual da sua recuperação futura.

Os impostos diferidos são registados como gasto ou rendimen-to do exercício, excepto se resultarem de montantes registados directamente em capital próprio, situação em que o imposto diferido é também registado na mesma rubrica.

3.9 Apresentação de balanço

Os activos realizáveis e os passivos exigíveis a mais de um ano da data do balanço são apresentados, respectivamente, como activos e passivos não correntes.

3.10 Reconhecimento de gastos e rendimentos

Os rendimentos relativos a vendas e prestações de serviços em geral são reconhecidos com a sua realização.

Os rendimentos financeiros relacionados com a mora no pagamento por parte dos clientes são reconhecidos quando há significativa evidência da sua cobrabilidade.

Os dividendos são reconhecidos como rendimentos no exercí-

cio em que são atribuídos.

a) Contratos de construçãoPara o reconhecimento dos rendimentos e gastos dos con-tratos de construção, foi adoptado o método da percentagem de acabamento. De acordo com este método, os rendimentos directamente relacionados com as obras em curso são reconh-ecidos na demonstração dos resultados em função da sua percentagem de acabamento, a qual é determinada pelo rácio entre os custos incorridos até à data do balanço e os custos totais estimados das obras. As diferenças entre os proveitos apurados através da aplicação deste método e a facturação emitida são contabilizadas nas rubricas “Outros activos cor-rentes” ou “Outros passivos correntes”, consoante a natureza da diferença. Os rendimentos e gastos relativos à promoção imobiliária são diferidos no balanço até que a respectiva exe-cução esteja total ou substancialmente terminada.

Variações nos trabalhos face à quantia de rédito acordada no contrato são reconhecidas no resultado do exercício quando é fortemente provável que o cliente aprove a quantia de rédito proveniente da variação, e que esta possa ser mensurada com fiabilidade.

As reclamações para reembolso de gastos não incluídos no preço do contrato são incluídas no rédito do contrato quando as negociações atinjam um estágio avançado de tal forma que é provável que o cliente aceite a reclamação, e que é possível mensurá-la com fiabilidade.

b) Empreendimentos imobiliáriosO reconhecimento das vendas de empreendimentos imo-biliários é efectuado no momento em que legalmente ocorre a transferência de propriedade ou, excepcionalmente, quando a posse ou riscos inerentes ao imóvel são transmitidas ao promitente comprador e se considera a venda irreversível.

c) Custos com a preparação de propostasOs gastos incorridos com a preparação de propostas são reconhecidos na demonstração dos resultados do exercício em que são incorridos, em virtude do desfecho da proposta não ser controlável.

d) Especializações dos exercíciosA empresa regista os seus rendimentos e gastos de acordo com o princípio da especialização dos exercícios pelo qual as receitas e despesas são reconhecidas à medida em que são geradas independentemente do momento em que são rece-bidas ou pagas. As diferenças entre os montantes recebidos e pagos e as correspondentes receitas e despesas geradas são registadas nas rubricas “Outros activos correntes” ou “ Outros passivos correntes”, consoante a natureza da diferença.

3.11 Saldos e transacções expressos em moeda estrangeira

As transacções em outras divisas que não Euro, são registadas às taxas em vigor na data da transacção.

Em cada data de balanço, os activos e passivos monetários expressos em moeda estrangeira são convertidos para Euro utilizando as taxas de câmbio vigentes naquela data.

As diferenças de câmbio, favoráveis e desfavoráveis, originadas pelas diferenças entre as taxas de câmbio em vigor na data das transacções e as vigentes na data das cobranças, paga-mentos ou à data do balanço, foram registadas como “Outros ganhos e perdas financeiros” na demonstração dos resultados do exercício.

As cotações utilizadas para conversão em euros das rubricas incluídas no Balanço foram as seguintes:

CâMBIo MéDIo DE CoMPRA E VENDA EM

31-DEZ-10 31-DEZ-09

Dólar Americano eur/usd 1.3362 1.4406

Metical de Moçambique eur/mZn 43.31 40.91

Dobra de S. Tomé e Príncipe eur/std 24.500.00 24.705.50

Kwanza de Angola eur/aoa 121.60 128.38

Leu Romeno eur/rol 4.2620 4.2363

Shekel Israel eur/Ils 4.7406 5.4398

Real do Brasil eur/Brl 2.2177 2.5113

Dirhams Emirados Àrabes eur/aed 4.9095 -

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174 SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES SOARES DA COSTA, SA /// EXERCÍCIO DE 2010

3.12 Imparidade de activos não correntes

É efectuada uma avaliação de imparidade à data de cada ba-lanço e sempre que seja identificado um evento ou alteração nas circunstâncias que indique que o montante pelo qual o activo se encontra registado possa não ser recuperado.

Sempre que o montante pelo qual o activo se encontra regis-tado é superior à sua quantia recuperável, é reconhecida uma perda de imparidade, registada na demonstração de resulta-dos.

A reversão de perdas de imparidade reconhecidas em exer-cícios anteriores é registada quando existem indícios de que as perdas de imparidade reconhecidas já não existem ou di-minuíram. A reversão das perdas de imparidade é reconhecida na demonstração de resultados como resultados operacionais.

3.13 Activos e passivos contingentes

Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demons-trações financeiras, sendo divulgados no anexo às demons-trações financeiras excepto se a possibilidade de existir um exfluxo de recursos for remota.

Os activos contingentes não são reconhecidos nas demons-trações financeiras, sendo divulgados nas notas explicativas quando é provável a existência de um influxo económico futuro.

3.14 Eventos subsequentes

Os eventos após a data do balanço que proporcionem in-formação adicional sobre condições que existiam à data do balanço são reflectidos nas demonstrações financeiras. Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação sobre condições que ocorram após a data do balanço, se ma-teriais, são divulgados nas demonstrações financeiras.

3.15 Informação por segmentos

Em cada exercício são identificados os segmentos geográficos aplicáveis à empresa. Informação detalhada é incluída na Nota 20.

3.16 Instrumentos financeiros derivados

A empresa recorre à contratação de instrumentos financeiros derivados com o objectivo de efectuar cobertura de riscos financeiros a que se encontra exposta, em particular as decor-rentes nas variações de taxa de câmbio, não sendo utilizados instrumentos derivados com o objectivo de negociação.

Os instrumentos financeiros derivados são mensurados pelo respectivo justo valor. O método de reconhecimento depende da natureza e objectivo da contratação.

Contabilidade de cobertura

A possibilidade de designação de um instrumento financeiro derivado como sendo um instrumento de cobertura obedece às disposições do IAS 39, nomeadamente quanto à respectiva documentação e efectividade.

Os critérios utilizados para classificar os instrumentos derivados como instrumentos de cobertura de fluxos de caixa são os seguintes:

> Espera-se que a cobertura seja altamente eficaz ao conseguir a compensação de alterações nos fluxos de caixa atribuíveis ao risco coberto;

> A eficácia da cobertura pode ser fiavelmente mensurada;

> Existe adequada documentação sobre a transacção a ser coberta no início da cobertura;

> A transacção objecto da cobertura é altamente provável.

As variações no justo valor dos instrumentos derivados de-

signados como cobertura de “cash flow” são reconhecidas em “Reservas de operações de cobertura” na sua componente efectiva e, em resultados financeiros na sua componente não efectiva. Os valores registados em “Reservas de operações de cobertura” são transferidos para resultados financeiros no período em que o item coberto tem igualmente efeito em resultados.

A contabilidade de cobertura é descontinuada quando o instrumento de cobertura atinge a maturidade, o mesmo é vendido ou exercido ou quando a relação de cobertura deixa de cumprir os requisitos exigidos no IAS 39.

3.17 Trabalhos para a própria entidade

Os trabalhos para a própria entidade correspondem basica-mente a obras de construção e beneficiação executadas pela própria empresa.

Tais despesas são objecto de capitalização apenas quando sejam preenchidos os seguintes requisitos:> Os activos desenvolvidos são identificáveis;> Existe forte probabilidade de os activos virem a gerar benefícios económicos futuros, e;> Os custos de desenvolvimento são mensuráveis de forma fiável.

3.18 Integração Proporcional dos ACE’S

As empresas controladas conjuntamente foram integradas pelo método proporcional conforme referido na nota 4.

3.19 Gestão de risco

No desenvolvimento da sua actividade a empresa encontra-se exposta a uma variedade de riscos: Risco de mercado (incluin-do risco de taxa cambio, de taxa de juro e risco de preço), risco de crédito e risco de liquidez. O programa de gestão de risco

global é focado na imprevisibilidade dos mercados financeiros e procura minimizar os efeitos adversos que daí advêm para o seu desempenho financeiro.

No âmbito de gestão do risco da taxa de câmbio, a empresa contratou instrumentos financeiros de cobertura de taxa de câmbio, descritos na nota “Instrumentos financeiros deriva-dos”.

A exposição ao risco de crédito decorre das contas a receber resultantes da normal actividade comercial, sendo a exposição máxima ao risco de crédito o valor nominal das contas a receber.

3.20 Juízos de valor, pressu-postos críticos e principais fontes de incerteza associadas a estimativas

Na preparação das demonstrações financeiras anexas foram efectuados juízos de valor e estimativas e utilizados diversos pressupostos que afectam o valor contabilístico dos activos e passivos, assim como os rendimentos e gastos do período.

As estimativas e os pressupostos subjacentes foram determi-nados com base no melhor conhecimento existente à data de aprovação das demonstrações financeiras dos eventos e transacções em curso, assim como na experiência de eventos passados e/ou correntes. Contudo, poderão ocorrer situações em períodos subsequentes que, não sendo previsíveis à data de aprovação das demonstrações financeiras, não foram consideradas nessas estimativas. As alterações às estimativas que ocorram posteriormente à data das demonstrações finan-ceiras serão corrigidas de forma prospectiva. Por este motivo e dado o grau de incerteza associado, os resultados reais das transacções em questão poderão diferir das correspondentes estimativas.

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176 SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES SOARES DA COSTA, SA /// EXERCÍCIO DE 2010

4. Empresas Controladas Conjuntamente

As empresas controladas conjuntamente integradas pelo método proporcional, suas sedes sociais e proporção do capital detido em 31 de Dezembro de 2010, são as seguintes:

DENoMINAção SoCIAL SEDE SoCIAL PERCENtAGEM Do CAPItAL DEtIDo

TRANSMETRO - Construção do Metropolitano do Porto, ACE Rua Santos Pousada, 220 - 4000-478 Porto 50,00%

Normetro - Agrupamento do Metropolitano do Porto, ACE Rua Santos Pousada, 300 - 7º Bonfim Porto 17,90%

ASSOC - Soares da Costa - Construção do Estádio de Braga, ACE Av. Imaculada Conceição, 756 - Dume - 4700-034 Braga 40,00%

ACESTRADA - Construção de Estradas, ACE Rua Julieta Ferrão, nº 12, 11º andar Lisboa 20,00%

Estádio de Coimbra, SC/Abrantina, ACE Rua Santos Pousada, 220 - 4000-478 Porto 60,00%

Casais, Eusébios, FDO, J. Gomes, Rodrigues e Névoa - Soares

da Costa, Construção do Estádio de Braga - Acabamentos e

Instalações/Infraestruturas Interiores, ACE

Av. Imaculada Conceição, 756 - Dume - 4700-034 Braga 40,00%

Soares da Costa/Contacto - Modernização Escolas, ACE. Rua Santos Pousada, 220 - 4000-478 Porto 35,00%

Três ponto dois - T.G. Const. Civil - Via e Cat Mod. Linha do

Norte, ACE

Avª das Forças Armadas, 125 - 2ºC - Lisboa 50,00%

Somague, Soares da Costa - Agrupamento Construtor do Metro

de Superfície, ACE

Rua Engº Ferreira Dias, 164 4100-247 Porto 50,00%

Remodelação Teatro Circo - S.C., A.B.B., D.S.T., ACE Rua Santos Pousada, 220 - 4000-478 Porto 50,00%

GCF - Grupo Construtor da Feira, ACE Rua da Paz, 66, Sala 19 - 4050 Porto 28,57%

Coordenação & Soares da Costa, SGPS, Lda. Rua Julieta Ferrão, nº 12, 13º Andar, N. Senhora de Fátima -

1000 Lisboa

50,00%

GCVC, ACE Rua do Rêgo Lameiro, nº 38, Campanhã, 4300-454 Porto 28,57%

Mota-Engil, Soares da Costa, MonteAdriano - Matosinhos, ACE Via Adelino Amaro da Costa nº 315, Lugar da Guarda 4470-557

Moreira da Maia

28,57%

HidroAlqueva, ACE Av. Frei Miguel Contreiras, nº 54 7º Andar, Lisboa 50,00%

Nova Estação, ACE Av. Frei Miguel Contreiras, nº 54 - 7º Andar, 1749-083 Lisboa 25,00%

GACE - Gondomar, ACE Rua Eng. Ferreira Dias, nº 161 - Porto 24,00%

LGC - Linha de Gondomar, Construtores, ACE Rua Eng. Ferreira Dias, nº 161 Freguesia de Ramalde - Porto 30,00%

CAET XXI - Construções,ACE Rua de Santos Pousada, 220 Bonfim, Porto 50,00%

LGV, Engenharia e Construção de Linhas de Alta Velocidade, ACE Rua Abranches Ferrão, nº 10, 9ºF, 1600-001 Lisboa 17,25%

Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2010 ocorreram as seguintes alterações nas empresas integradas pelo método proporcional: > Inclusão do agrupamento complementar de empresas, “Soares da Costa/Contacto -Modernização de Escolas, ACE”, com a participação de 35%.

À data de 31 de Dezembro de 2010 as quantias agregadas, ponderadas pela percentagem de controlo conjunto, dos activos cor-rentes, dos activos não correntes, dos passivos correntes, dos passivos não correntes, dos rendimentos e dos gastos relacionados com os interesses em empreendimentos conjuntos são como seguem:

EMPRESA ACtIVoNão CoRRENtE

ACtIVoCoRRENtE

PASSIVo Não CoRRENtE

PASSIVoCoRRENtE

GAStoS RENDIMENtoS RESuLtADo LÍquIDo

ACESTRADA - Construção de Estradas.

ACE

- 17.457 - - 11 897 886

ASSOC - Soares da Costa - Construção do

Estádio de Braga, ACE

- 91.875 - 91.875 18.523 18.523 -

CAET XXI - Construções, ACE 649.032 35.784.859 228.215 33.775.055 36.039.263 38.117.191 2.077.926

Casais, Eusébios, FDO, J. Gomes,

Rodrigues e Névoa - Soares da Costa,

ACE

98 23.861 - 858 458 6.184 5.726

Estádio de Coimbra, SC/Abrantina, ACE - 300.132 - 300.131 3.226 3.227 -

GACE - Gondomar, ACE - 10.078.292 - 10.078.291 13.468.985 13.468.986 -

GCF - Grupo Construtor da Feira, ACE 4.446 591.513 - 598.428 146.558 145.794 (764)

GCVC, ACE - 1.095.536 - 1.095.536 5.722.185 5.722.185 -

HidroAlqueva, ACE 2.173.000 9.427.156 19.729 11.585.075 19.851.916 19.848.848 (3.067)

LGC - Linha de Gondomar, Construtores,

ACE

15.904 11.125.299 - 9.550.453 12.560.870 14.058.835 1.497.963

LGV, Engenharia e Construção de Linhas

de Alta Velocidade, ACE

329 10.588.064 - 10.521.234 3.187.851 3.255.010 67.158

Mota-Engil, Soares da Costa,

MonteAdriano - Matosinhos, ACE

3.294 1.453.805 - 1.457.099 6.152.955 6.152.955 -

Normetro - Agrupamento do

Metropolitano do Porto, ACE

- 5.695.091 - 5.711.522 6.649.877 6.633.448 (16.432)

Nova Estação, ACE 26.196 2.395.640 - 2.422.321 9.895.439 9.895.071 (368)

Remodelação Teatro Circo - S.C., A.B.B.,

D.S.T., ACE

- 1.721.529 - 1.721.528 1.705 1.706 -

Soares da Costa/Contacto -

Modernização de Escolas, ACE

- 926.396 - 926.396 5.258.669 5.258.669 -

Somague, Soares da Costa -

Agrupamento Construtor do Metro de

Superfície, ACE

84 1.683.040 - 156.666 4.923 4.923 -

TRANSMETRO - Construção do

Metropolitano do Porto, ACE

4.303 6.923.142 - 6.197.574 6.457.001 7.186.872 729.872

Três ponto dois - T.G. Const. Civil - Via e

Cat Mod. Linha do Norte, ACE

- 600.464 - 272.889 167.338 343.801 176.463

Total 2.876.686 100.523.151 247.944 96.462.931 125.587.753 130.123.125 4.535.363

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178 SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES SOARES DA COSTA, SA /// EXERCÍCIO DE 2010

5. Partes RelacionadasOs termos ou condições praticadas entre empresas do grupo e associadas são substancialmente idênticos aos termos que nor-malmente seriam contratados entre entidades independentes em operações comparáveis. Os saldos e transacções com empresas do grupo e associadas encontram-se discriminadas nos quadros seguintes:

SALDoS EM 31 DE DEZEMBRo DE 2010 CLIENtES C/C EMPRéStIMoS A EMPRESAS Do GRuPo E

ASSoCIADAS

FoRNECEDoRES outRoS DEVE-DoRES E

CREDoRES

EMPREStIMoS DE EMPRESAS

Do GRuPo E ASSoCIADAS

Auto-Estradas XXI - Subconcessionária Transmontana. SA 32.834.356 13.642

C.P.E. - Companhia de Parque de estacionamento, SA 16.608 247

Carta - Cantinas e restauração, Lda 895

Carta - Restauração e Serviços, Lda 2.272.652

CIAGEST - Imobiliária e Gestão, SA 80.400 169.236 (4.201)

CLEAR - Instalações Electromecânicas, SA 12.442 4.172.978 (138.501)

CLEAR ANGOLA, SA 240.879 25.079.165 (2.950.402)

Construções Metálicas SOCOMETAL, SA 26.078 1.938.385 1.767.387

CONTACTO - Soc. Construções, SA 1.006.179 1.102.799 21.918

COSTAPARQUES - Estacionamentos, SA 986 949

Elos - Ligações de Alta Velocidade, SA 8.939.068

Exproestradas XXI - AE Transmontana, SA 1.999

Grupo Soares da Costa SGPS 12.863 24.412.145 488.720 (6.810) 5.760.109

Grupul Portughez de Constructii S.R.L. 1.238.362 462.309 50.487

HABITOP - Sociedade Imobiliária, SA 14

Hidroeléctrica STP, Limitada 250.259

Hotti - Angola Hoteis, SA 45.195

IMOKANDANDU - Promoção Imobiliária, Lda 16.200

INDÁQUA - Indústria e Gestão de Águas, SA 60.725

Indáqua Feira - Indústria de Águas de Santa Maria da Feira,

SA

1.352 46

Indáqua Matosinhos - Gestão de Águas de Matosinhos, SA 799.582 325 538

Indáqua Vila do Conde - Gestão de Águas de Vila do Conde,

SA

710.841 6.330

Israel Metro Builders - a Registered Partnership 974.517 224.517

Mini Price Hotels (Porto), SA 944

MTA - Máquinas e Tractores de Angola Lda.. 306.489 51.510 387.465

NAVEGAIA - Instalações Industriais SA 4.118 (13.544)

OFM - Obras Públicas, Ferroviárias e Marítimas, SA 150

OPERESTRADAS XXI SA 1.000 (2.000)

Prince Contracting, LLC 346

SDC Construções SGPS, SA 741.119

Soares da Costa Serviços Partilhados, SA 7.186 521.741 1.102

Soares da Costa Concessões, SGPS, SA 92.461 196.257

Soares da Costa Construcciones Centro Americanas, SA 592.982

Soares da Costa Contractor, INC 179.614 3.830 (4.746)

Soares da Costa Hidroenergia, SA 2.244

Soares da Costa Imobiliária, Lda 568.799 297.485 21.184

Soares da Costa Moçambique, SARL 2.287.050 706.690 170.095

Soares da Costa S. Tomé e Principe - Construções, Lda 1.249.862 65.009 94.585

Soares da Costa Serviços Técnicos e de Gestão, SA 943.588 1.578 1.578

Soares da Costa/Contacto - Modernização de Escolas, ACE 604.431 32.155 7.963

SOARTA - Soc Imob. Soares da Costa, SA 109.486

SOMAFEL - Engenharia e Obras Ferroviárias, SA 2.800

Talatona Imobiliária, Lda 12.997.040 37

Totais 70.149.096 24.888.421 34.699.634 (150.807) 5.760.109

tRANSACçÕES EM 2010 FoRNECIMENtoS

E SERVIçoS

EXtERNoS

VENDAS E PRES-

tAção DE

SERVIçoS

outRoS GANhoS

E PERDAS oPERA-

CIoNAIS

CuSto LÍquIDo

Do FINANCIA-

MENto

outRoS GANhoS

E PERDAS

FINANCEIRoS

Auto-Estradas XXI - Subconcessionária Transmontana, SA 37.253.957 212.607

C.P.E. - Companhia de Parque de estacionamento, SA 33.173

Cais da Fontinha - Investimentos Imobiliários, SA 9

Carta - Restauração e Serviços, Lda 7.041.028 2.859.852 (34.187)

CIAGEST - Imobiliária e Gestão, SA 1.648.882 179.203 31.663 119.921

CLEAR - Instalações Electromecânicas, SA 5.146.034 161.590 3 1.413 41.705

CLEAR ANGOLA, SA 38.463.536 687.294 (708.817)

Construções Metálicas SOCOMETAL, SA 3.255.955 106.924 1 901 (22.898)

CONTACTO - Soc. Construções, SA 17.240.855 3.569.013 4.945 27.211

COSTAPARQUES - Estacionamentos, SA 3.372 834

Elos - Ligações de Alta Velocidade, SA 3.238.447

Grupo Soares da Costa SGPS 2.507.629 21.114 138.700 498.896

Grupul Portughez de Constructii S.R.L. 20.115 35.145 (2.540.380)

HABITOP - Sociedade Imobiliária, SA 244

Hidroeléctrica STP, Limitada 5.591

Hotti - Angola Hoteis, SA 3.275

IMOKANDANDU - Promoção Imobiliária, Lda 115

INDÁQUA - Indústria e Gestão de Águas, SA 182.340

Indáqua Feira - Indústria de Águas de Santa Maria da

Feira, SA

27.799

Indáqua Matosinhos - Gestão de Águas de Matosinhos, SA 8.752 3.198.847 97

Indáqua Vila do Conde - Gestão de Águas de Vila do

Conde, SA

5.376 2.970.969

Israel Metro Builders - a Registered Partnership 175.813 409.822 155.715

Mercados Novos - Imóveis Comerciais, Lda. 13.570 51.395

Metropolitan Transportation Solutions Ltd. 287.337 396.282 -1.503 (78.654)

Mini Price Hotels (Porto), SA 2.658

MTA - Máquinas e Tractores de Angola Lda.. 26.034 165.899 (5.271)

NAVEGAIA - Instalações Industriais SA 9.355

OFM - Obras Públicas, Ferroviárias e Marítimas, SA 150

OPERESTRADAS XXI SA 1.000

SDC Construções SGPS, SA 169 1.523.514

Soares da Costa Serviços Partilhados, SA 4.958.790 35.433

Soares da Costa América, Inc. 83.138

Soares da Costa Concessões, SGPS, SA 1.848 403.603 2.638

Soares da Costa Construcciones Centro Americanas, SA 117.543

Soares da Costa Contractor, INC 12.359

Soares da Costa Hidroenergia, SA 1.855

Soares da Costa Imobiliária, Lda 608.257 378.000 27.958

Soares da Costa Moçambique, SARL 229.923 962.184 24.615 16.128

Soares da Costa S. Tomé e Principe - Construções, Lda 60.956 853.352 8.899 6.455

Soares da Costa Serviços Técnicos e de Gestão, SA 781.184

Soares da Costa/Contacto - Modernização de Escolas, ACE 43.822 3.397.644

SOARTA - Soc Imob. Soares da Costa, SA 158.358 9.888

SOMAFEL - Engenharia e Obras Ferroviárias, S.A 192.455

Talatona Imobiliária, Lda -62.489 19.700.494 1.506.024 54.134

Totais 82.075.379 81.775.766 166.761 4.211.075 (2.871.198)

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180 SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES SOARES DA COSTA, SA /// EXERCÍCIO DE 2010

6. Discriminação do Movimento no Período do Activo Intangível

a) Activo BrutoO movimento ocorrido no valor bruto dos activos intangíveis é como segue:

ACtIVoS INtANGÍVEIS SALDo INICIAL VARIAção No PERÍMEtRo

AuMENtoS ALIENAçÕES EFEIto DE CoNV. CAMBIAL

tRANSFER. E ABAtES

SALDo FINAL

Outros activos intangíveis 76 - 227 - - - 303

76 - 227 - - - 303

ACtIVoS INtANGÍVEIS SALDo INICIAL VARIAção No PERÍMEtRo

REFoRço REGuLARIZAçÕES EFEIto DE CoNV CAMBIAL

SALDo FINAL

Outros activos intangíveis 76 - 164 - - 240

76 - 164 - - 240

b) Amortizações AcumuladasO movimento ocorrido no valor das amortizações acumuladas dos activos fixos intangíveis é como segue:

ACtIVoS FIXoS tANGÍVEIS SALDo INICIAL VARIAção No PERÍMEtRo

AuMENtoS ALIENAçÕES EFEIto DE CoNV CAMBIAL

tRANSFER. E ABAtES

SALDo FINAL

Terrenos 4.728.373 - 72.182 - - - 4.800.554

Edifícios 71.206.342 - 4.428.923 (377.354) - (3.226.929) 72.030.982

Equipamento básico 91.728.064 - 3.726.364 (523.540) - (1.061.612) 93.869.277

Equipamento Transporte 26.978.484 - 1.003.810 (215.006) - (744.692) 27.022.596

Equipamento Administrativo 7.613.545 - 1.016.063 (27.830) - (135.915) 8.465.863

Outros activos fixos tangíveis 226.494 - 10.352 (3.278) - (5.598) 227.970

Imobilizações em curso 21.436.514 - 6.714.128 - - (16.534.556) 11.616.086

223.917.815 - 16.971.823 (1.147.008) - (21.709.303) 218.033.328

7. Discriminação do Movimento no Período do Activo Tangívelc) Activo BrutoO movimento ocorrido no valor bruto dos activos fixos tangíveis é como segue:

Na coluna “ Aumentos” das rubricas “ Imobilizações em curso” e “ Edifícios” encontram-se registados trabalhos para a própria entidade 5.880.109 Euros e 3.593.163 Euros, respectivamente.

ACtIVoS FIXoS tANGÍVEIS SALDo INICIAL VARIAção No PERÍMEtRo

REFoRço ANuLAçãoREVERSão

EFEIto DE CoNV. CAMBIAL

SALDo FINAL

Edifícios 21.892.039 - 2.898.197 (8.495.360) - 16.294.877

Equipamento básico 36.417.891 - 6.489.303 (1.716.700) - 41.190.493

Equipamento Transporte 13.288.449 - 2.521.505 (795.385) - 15.014.569

Equipamento Administrativo 4.827.686 - 912.834 (202.624) - 5.537.896

Outros activos fixos tangíveis 43.604 - 36.659 (5.598) 0 74.665

76.469.670 - 12.858.498 (11.215.667) - 78.112.501

d) Depreciações AcumuladasO movimento ocorrido no valor das depreciações acumuladas dos activos fixos tangíveis é como segue:

RuBRICAS CuStoS hIStÓRICoS (a)

REAVALIAçÕES VALoRESCoNtABILIStICoSREAVALIADoS (A)

Imobilizações Corpóreas:

Terrenos e recursos naturais 2.227.883 966.100 3.193.983

Edifícios e out construções 1.345.800 462.661 1.808.460

Equipamento básico 6.668 429.48 7.098

Equipamento de transporte 0 0 0

Equipamento administrativo 0 0 0

3.580.351 1.429.190 5.009.541

A) líquidos das amortizações

8. Quadro Discriminativo das Reavaliações do Activo Fixo tangível

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182 SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES SOARES DA COSTA, SA /// EXERCÍCIO DE 2010

9. Discriminação do Movimento no Período em Investimentos Financeiros

a) Activo BrutoO movimento ocorrido no valor bruto dos investimentos financeiros é como segue:

INVEStIMENtoS FINANCEIRoS SALDo INICIAL

VARIAção No PERÍMEtRo

EFEItoCAMBIAL

AuMENtoS ALIENAçÕES EquIVALêNCIA PAtRIMoNIAL

tRANSFER.E ABAtES

SALDoFINAL

Investimentos financeiros:

Participações financeiras - MEP 58.253 - - - - - (58.253) -

Participações de capital em subsidárias 2.303 - - - - - - 2.303

Empréstimos concedidos a subsidárias 258.114 - - - - - - 258.114

Participações de capital em associadas 63.359 - - - - - - 63.359

Emprést. concedidos associadas 364.631 - - 234.000 - - - 598.631

Outros investimentos financeiros 1 - - 9 - - - 10

746.661 - - 234.009 - - (58.253) 922.417

Em 31 de Dezembro de 2010, as empresas do grupo e associadas em que a sociedade participa directamente eram as seguintes:

% PARtICIPAção

CAPItAIS PRÓPRIoS

RESuLtADo 2010/12/31

Partes de Capital em Empresas do Grupo

SCSP-Soares da Costa Serviços Partilhados, SA, 0,01% 1.200.994 173.206

CARTA - Restauração e Serviços, Lda 1,00% 1.052.312 (78.984)

Soares da Costa - S.Tomé e Príncipe, Construções, Lda 1,00% 929.644 572.094

Partes de Capital em Empresas Associadas

Expoestradas XXI - AE Transmontana, SA. - 60.607 (18.544)

Operestradas XXI, SA. 4,00% 597.027 506.926

Auto-Estradas XXI - Subconcessionária Transmontana, SA. 4,00% (31.140.454) 4.524.212

11. Informação sobre os Bens em Regime de Locação Financeira e Operacional

Locação FinanceiraA empresa possui activos fixos tangíveis incluídos no balanço em regime de locação financeira. À data de 31 de Dezembro de 2010 o valor contabilístico desses bens é como segue:

LoCAção FINANCEIRA IMoB. BRuto AMoRt ACuM. IMoB. LÍquIDo

Edifícios 1.026.404 161.194 865.210

Equipamento básico 11.996.986 1.684.967 10.312.019

Equipamento Transporte 365.838 74.984 290.854

Equipamento Administrativo 110.829 9.236 101.593

13.500.056 1.930.381 11.569.675

A responsabilidade por estes contratos é como segue

CuRto PRAZo 5,333,540

MéDIo E LoNGo PRAZo 2,301,925

A reconciliação entre o total dos futuros pagamentos mínimos das locações financeiras à data do balanço e o seu valor presente, por períodos, é como segue:

31-DEZ-10

Pagamentos mínimos da locação financeira:

2011 5.473.947

2012 1.833.393

2013 460.325

2014 56.746

2015

2016

após 2016

7.824.410

Actualização/Juros 188.946

Valor presente dos pagamentos mínimos

da locação financeira

7.635.465

Corrente 5.333.540

Não Corrente 2.301.925

10. Investimento em Empresas Subsidiárias e Associadas

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184 SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES SOARES DA COSTA, SA /// EXERCÍCIO DE 2010

Os contratos de locação financeira vencem juros a taxa de mercado e têm períodos de vida útil definidos. Não existem à data de 31 de Dezembro de 2010 rendas contingentes nem restrições respeitantes a dividendos (ou qualquer dívida adicional) associadas aos contratos de locação financeira em vigor.

Locação OperacionalDurante o exercício de 2010 foram reconhecidos custos de 1.490.577,84 Euros relativos a rendas de contratos de locação opera-cional.

As rendas de contratos de locação operacional (rendas fixas) mantidos pela empresa em 31 de Dezembro de 2010, essencial-mente relativas a contratos de locação operacional de viaturas, apresentam os seguintes vencimentos:

PAGAMENtoS MÍNIMoS DA LoCAção oPERACIoNAL:

2011 991.089

2012 520.679

2013 235.671

2014 46.317

2015

2016

após 2016

1.793.756

12. Discriminação dos Inventários

INVENtáRIoS 31-DEZ-10 31-DEZ-09

Matérias-primas. subsidiarias e de consumo 17.183.157 29.302.677

Produtos e trabalhos em curso 45.944.733 61.100.910

Produtos acabados e intermédios 24.648.043 25.546.994

Ajustamentos de valor (3.869.840) (3.869.840)

83.906.093 112.080.742

O valor das mercadorias em trânsito à data de 31 de Dezembro de 2010 é de: 1.279.263.70 g.

A rubrica de “Produtos e trabalhos em curso” à data de 31 de Dezembro de 2010, inclui algumas das seguintes empreitadas:

DÍVIDAS DE tERCEIRoS 31-DEZ-10 31-DEZ-09

Clientes c/c 410.943.263 284.467.308

Clientes-títulos a receber 5.727.848 4.576.296

Clientes de cobrança duvidosa 17.238.850 16.109.554

Ajustamentos de valor (17.238.850) (16.109.554)

Clientes 416.671.111 289.043.604

Empresas do grupo 24.415.035 42.932.455

Empresas participadas 1.156.229 2.253.087

Outros accionistas (sócios) 990 -

Empresas do Grupo, Associadas e Participadas 25.572.254 45.185.542

Outros devedores 13.086.424 8.370.680

Ajustamentos de valor (1.384.122) (1.384.122)

Outras dívidas de terceiros 11.702.302 6.986.558

O valor considerado em empresas do grupo diz respeito a empréstimos de tesouraria concedidos à Soares da Costa Construção SGPS, SA., à Grupo Soares da Costa, SGPS, SA. e à Auto – Estradas XXI, SA.

Durante o exercício de 2010 o valor recebido proveniente de investimentos financeiros foi de 220.289.674g ( 171.714.042g da SDC Construção SGPS, SA e 48.575.831 g da Grupo Soares da Costa, SGPS, SA.) e o valor pago respeitante a investimentos financeiros foi de 205.671.944g ( 132.316.028g, da SDC Construção, SGPS, SA, 73.121.907g da Grupo Soares da Costa, SGPS, SA., e 234.000g da Auto-Estradas XXI, SA.

O Detalhe da rubrica “Estado e Outros Entes Públicos” em 31 de Dezembro de 2010 e 31 de Dezembro de 2009 era o seguinte:

31-DEZ-10 31-DEZ-09

Imposto sobre o rendimento do exercício 39.074 56.282

Imposto sobre o valor acrescentado 3.534.629 5.884.171

Outros 965 2.804

3.574.668 5.943.257

Empreitadas em curso 45.944.733

Bayview-TTA-2 Edificio Escritórios 2.416.837

Condominio Soares da Costa em Luanda Sul 3.069.690

Min. Obras Públicas - Palácio Presidencial 1.011.796

Min. Obras Públicas Urb-Reabil. Casa Protocolar 1.010.731

ROC - 112 + 5 Casas na ZR6B 1.681.379

Sigma - Omega Compound 4.428.675

Sonangol - Parking Lot Building 1.800.000

Sonangol-Novo Edificio Sede da Sonangol 1.635.319

Sonils - Extenção da Cameron 1.247.985

Sonils -Baker & Hugues New FacilitY 1.686.223

Sonils-Diversos Trabalhos na Sonils 1.562.873

Sonils-Terminal de Contentores 3.594.582

Outras Obras em cursco 20.798.643

13. Discriminação das Dívidas de Terceiros

Em 31 de Dezembro de 2010 e 31 de Dezembro de 2009 o detalhe era o seguinte:

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186 SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES SOARES DA COSTA, SA /// EXERCÍCIO DE 2010

14. Discriminação de Outros Activos CorrentesoutRoS ACtIVoS CoRRENtES 31-DEZ-10 31-DEZ-09

Acréscimos de rendimentos 68.125.706 54.768.789

Gastos a reconhecer 8.417.734 22.647.966

76.543.440 77.416.755

Em Dezembro de 2010 estas rubricas têm a seguinte decomposição:

31-DEZ-10 31-DEZ-09

Acréscimos de rendimentos

Trabalhos executados não facturados 43.166.981 19.112.558

Processos de Indemnizações em curso 22.009.750 32.735.519

Outros acréscimos de rendimentos 2.948.975 2.920.712

68.125.707 54.768.788

Gastos a reconhecer

Custos iniciais de arranque de obra 1.782.257 18.513.847

Outros gastos a reconhecer 6.635.477 4.134.118

8.417.734 22.647.965

A informação relativa a contratos de construção em curso pode ser analisada como segue:

31-DEZ-10

Custos de construção incorridos até à data 487.610.849

Custos de construção incorridos no ano 299.789.081

Proveitos reconhecidos até à data 560.262.342

Proveitos reconhecidos no ano 346.894.595

Adiantamentos recebidos de clientes 93.826.698

Retenções feitas por clientes 11.908.784

Garantias dadas a clientes 74.983.674

Excesso de produção relativamente à facturação 15.622.265

Défice de produção relativamente à facturação 5.750.717

15. Caixa e seus Equivalentes

Em 31 de Dezembro de 2010 e 31 de Dezembro de 2009 o detalhe de caixa e equivalentes de caixa era o seguinte:

DISCRIMINAção DoS CoMPoNENtES DE CAIXA E SEuS EquIVALENtES 31-DEZ-10 31-DEZ-09

Numerário 528.863 340.668

Depósitos bancários imediatamente mobilizáveis 42.704.813 36.675.853

Equivalentes a caixa - -

Caixa e seus equivalentes 43.233.676 37.016.521

Titulos Negociáveis - -

Disponibilidades constantes do balanço 43.233.676 37.016.521

16. Composição do Capital Social e Reservas

O capital social da empresa tem o valor nominal de 50.000.000 de euros. O capital da sociedade é representado por 10.000.000 de acções ordinárias com o valor nominal de 5 euros cada uma. O capital social é detido a 100% pela Soares da Costa Construção, SGPS, SA.

A legislação comercial Portuguesa estabelece que pelo menos 5% do resultado líquido anual tem de ser destinado ao reforço da “Reserva legal” até que esta represente pelo menos 20% do capital social. Esta reserva não é distribuível, a não ser em caso de liquidação, mas pode ser utilizada para absorver prejuízos, depois de esgotadas todas as outras reservas, e para incorporação no capital.

As reservas de reavaliação não podem ser distribuídas aos accionistas, excepto se se encontrarem totalmente amortiza-das ou se os respectivos bens objecto de reavaliação tiverem sido alienados

17. DividendosOs dividendos referentes ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2009 atribuídos aos accionista, de acordo com a de-liberação da Assembleia Geral datada de 17 de Março de 2010, ascendeu 10.000.000,00g. O seu pagamento ocorreu em 08 de Abril de 2010.

Relativamente aos dividendos referentes ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2010, o Conselho de Administração propõe que seja pago um montante de 6.500.000,00 g. Estes dividendos estão sujeitos à aprovação dos accionistas em Assembleia Geral, não tendo sido incluídos como passivo nas demonstrações financeiras anexas.

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188 SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES SOARES DA COSTA, SA /// EXERCÍCIO DE 2010

18.Empréstimos BancáriosEm 31 de Dezembro de 2010 e 31 de Dezembro de 2009 o detalhe dos empréstimos bancários é o seguinte:

31-DEZ-10 31-DEZ-09

PASSIVoS Não CoRRENtES

Empréstimos bancários 50.263.287 53.651.348

50.263.287 53.651.348

PASSIVoS CoRRENtES

Empréstimos bancários 123.097.371 90.052.236

Outros empréstimos obtidos 44.293.314 27.980.654

Descobertos bancários 7.600.145 4.636.385

174.990.830 122.669.274

Em 31 de Dezembro de 2010 os empréstimos bancários, sob a forma de contas correntes caucionadas, venciam juros à taxa média anual de 9,224%.

Empréstimo, sob a forma de Hot Money, contratado pela Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A. junto da Caixa Nova no montante actual de 1.160 milhares de Euros, cujo reembolso ocorrerá em Janeiro, Fevereiro e Março de 2011.

Empréstimo, sob a forma de Hot Money, contratado pela Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A. junto do Finibanco no montante actual de 3.000 milhares de Euros, cujo reembolso ocorrerá em Janeiro de 2011.

Empréstimo contratado pela Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A. junto da Caixa Geral de Depósitos no montante actual de 688 milhares de Dólares, cujo reembolso será realizado, em 5 prestações trimestrais com termo em Janeiro de 2012.

Empréstimo contratado pela Sociedade de Construções Soares da Costa, S. A. junto da Caixa Nova no montante de 1.250 milhares de Euros, cujo reembolso será realizado em 25 prestações semestrais com termo em Janeiro de 2023.

Empréstimo contratado pela Sociedade de Construções Soares da Costa, S. A. junto da Caixa Nova no montante de 667 milhares de Euros, cujo reembolso será realizado em 2 prestações trimestrais com termo em Maio de 2011.

Empréstimo contratado pela Sociedade de Construções Soares da Costa, S. A. junto do Banco BPI no montante actual de 1.065 milhares de Euros, cujo reembolso será realizado em 6 prestações trimestrais com termo em Maio de 2012.

Empréstimo contratado pela Sociedade de Construções Soares da Costa, S. A. junto do Banco BPI no montante actual de 2.343 milhares de Euros, cujo reembolso será realizado em 11 prestações trimestrais com termo em Setembro de 2012.

Empréstimo contratado pela Sociedade de Construções Soares da Costa, S. A. junto do Banco Português de Negócios no montante actual de 2.155 milhares de Euros, cujo reembolso será realizado em 17 prestações trimestrais com termo em Janeiro de 2015.Empréstimo contratado pela Sociedade de Construções Soares da Costa, S. A. junto do Banco Português de Negócios no mon-tante actual de 4.777 milhares de Euros, cujo reembolso será realizado em 09 prestações trimestrais com termo em Fevereiro de 2013.

Empréstimo contratado pela Sociedade de Construções Soares da Costa, S. A. junto do Banco BAI Europa no montante actual de 950 milhares de Euros, cujo reembolso será realizado em 6 prestações mensais com termo em Junho de 2011.

Empréstimo contratado pela Sociedade de Construções Soares da Costa, S. A. junto do Banco BIC no montante actual de 1.200 milhares de Euros, cujo reembolso será realizado em 18 prestações mensais com termo em Junho de 2012.

Empréstimo contratado pela Sociedade de Construções Soares da Costa, S. A. junto do BANIF Banco Internacional do Funchal no montante actual de 4.522 milhares de Euros, cujo reembolso será realizado em 17 prestações trimestrais com termo em Fevereiro de 2015.

Empréstimo contratado pela Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A. junto da Caixa Geral de Depósitos no montante actual de 10.000 milhares de Euros, cujo reembolso será até Setembro de 2011.

Empréstimo contratado pela Sociedade de Construções Soares da Costa, S. A. junto da Caixa Nova no montante de 2.000 mi-lhares de Euros, cujo reembolso será realizado em 8 prestações mensais com termo em Agosto de 2011.

Empréstimo contratado pela Sociedade de Construções Soares da Costa, S. A. junto do BRD Groupe Société Generale no montante actual de 1.760 milhares de Rol, cujo reembolso será realizado em 7 prestações trimestrais com termo em Agosto de 2012.

A Sociedade de Construções Soares da Costa, S. A. tem contratado com o Barclays Bank a colocação e tomada firme de emissões de Papel Comercial até ao limite de 15.000 milhares de Euros, ao abrigo de um contrato programa válido até Agosto de 2013. Em 31 de Dezembro de 2010 esta colocação estava a ser utilizada na sua totalidade.

A Sociedade de Construções Soares da Costa, S. A. tem contratado com a Caixa Central de Credito Agrícola Mutuo a colocação e tomada firme de emissões de Papel Comercial até ao limite de 5.000 milhares de Euros, ao abrigo de um contrato programa válido até Janeiro de 2014. Em 31 de Dezembro de 2010 esta colocação estava a ser utilizada na sua totalidade.

A Sociedade de Construções Soares da Costa, S. A. tem contratado com a Caixa Geral de Depósitos a colocação e tomada firme de emissões de Papel Comercial até ao limite de 15.000 milhares de Euros, ao abrigo de um contrato programa válido até Junho de 2012. Em 31 de Dezembro de 2010 esta colocação estava a ser utilizada na sua totalidade.

Empréstimo contratado pela Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A. junto do Banco Africano de Investimentos no mon-tante actual de 1.570 milhares de Dólares, cujo reembolso será realizado em 2 prestações semestrais com termo em Julho de 2011.

Empréstimo contratado pela Sociedade de Construções Soares da Costa, S. A. junto do Banco Africano de Investimentos no mon-tante actual de 3.750 milhares de Dólares, cujo reembolso será realizado em 25 prestações mensais com termo em Janeiro de 2013.

Empréstimo contratado pela Sociedade de Construções Soares da Costa, S. A. junto do Banco de Fomento Angola no montante actual de 562 milhares de Dólares, cujo reembolso será realizado em Fevereiro de 2011.

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190 SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES SOARES DA COSTA, SA /// EXERCÍCIO DE 2010

O valor nominal dos empréstimos registados no balanço à data de 31 de Dezembro de 2010 tem as seguintes maturidades:

MAtuRIDADES EMPRéStIMoS BANCáRIoS

EMPRESt. PoR oBRIGAçÕES

outRoS EM-PRéSt. oBtIDoS

DESCoBERtoS BANCáRIoS

o. EMPRéSt. oBtIDoS (FACtoRING)

totAL

2011 123.097.371 7.600.145 44.293.314 174.990.830

2012 14.621.596 14.621.596

2013 23.241.945 23.241.945

2014 8.261.485 8.261.485

2015 2.016.211 2.016.211

2016 1.472.050 1.472.050

após 2016 650.000 650.000

173.360.658 - - 7.600.145 44.293.314 225.254.117

Os empréstimos, à data de 31 de Dezembro de 2010, venciam juros às seguintes taxas:

NAtuREZA MÍNIMo MáXIMo

Contas caucionadas 3,626% 6,746%

Hot Money 5,201% 7,707%

Empréstimos bancários 1,858% 7,978%

Empréstimo obrigacionista 2,562% 2,593%

Emissão de papel comercial 3,391% 5,006%

19. Instrumentos financeiros Derivados

Para fazer face ao risco cambial associado aos fluxos de caixa esperados num projecto específico, a Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A., contratou com uma instituição financeira um conjunto de forwards cambiais, resumidos no seguinte quadro:

Tipo de instrumento financeiro: Derivados

Descrição dos derivados: Forward

Banco: Barclays Bank

Moeda: Dólar

Data do contrato: 3/7/2009 18/09/2009 21/10/2009

Data de ínicio: 3/7/2009 18/09/2009 21/10/2009

Data de vencimento: 9/7/2012 09/07/2012 30/09/2011

Periodicidade: Flexivel Flexivel Flexivel

Swap: 1.4455 1.510 1.534

Montante total coberto em 31-12-2010: 12.000.000 USD 5.000.000 USD 2.250.000 USD

Referência: Taxa de Câmbio EUR/USD

20. Discriminação de Outras Dívidas a Terceiros

DÍVIDAS A tERCEIRoS 31-DEZ-10 31-DEZ-09

Empresas do grupo 66.945 121.062

Regime especial de tributação dos grupos de empresas 5.760.109 6.363.117

Empresas participadas 3.857.038 848.987

Empresas associadas - 44.031

Outros accionistas (sócios) 1.210.259 -

Empresas do Grupo, Associadas e Participadas - corrente 10.894.352 7.377.196

Outros credores 31.904.112 24.042.095

Outras divídas a terceiros - corrente 31.904.112 24.042.095

O detalhe da rubrica “Estado e outros entes públicos” acima evidenciada à data de 31 de Dezembro de 2010 e 31 de Dezembro de 2009 é como segue:

31-DEZ-10 31-DEZ-09

Imposto sobre o valor acrescentado 11 1.813

Imposto sobre o rendimento do exercício 12.152 2.816

Constribuições para a segurança social 945.566 1.032.792

Outros 327.444 342.068

1.285.173 1.379.488

21. Discriminação de Outros Passivos CorrentesoutRoS PASSIVoS CoRRENtES 31-DEZ-10 31-DEZ-09

Acréscimos de gastos 62.258.681 57.654.232

Rendimentos a reconhecer 23.533.740 12.664.019

85.792.421 70.318.251

Em 31 de Dezembro de 2010 e 31 de Dezembro de 2009 estas rubricas tinham a seguinte decomposição:

31-DEZ-10 31-DEZ-09

Acréscimos de gastos

Facturas por recepcionar 52.349.692 42.766.255

Remunerações a liquidar 5.997.286 6.284.854

Juros a liquidar 591.830 476.110

Outros acréscimos de gastos 3.319.874 8.127.013

62.258.681 57.654.232

Rendimentos a reconhecer

Trabalhos facturados não executados 20.203.336 11.670.863

Outros rendimentos a reconhecer 3.330.403 993.156

23.533.739 12.664.019

Em 31 de Dezembro de 2010 a rubrica “Outras dívidas a Terceiros”, têm a seguinte decomposição:

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192 SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES SOARES DA COSTA, SA /// EXERCÍCIO DE 2010

22. Discriminação do Movimento no Período dos Ajustamentos de Valor e das ProvisõesO movimento ocorrido nos ajustamentos de valor é como segue:

AJuStAMENtoS DE VALoR NotA SALDo INICIAL ALtERAçÕESNo PERÍMEtRo

AuMENto REDução SALDo FINAL

Clientes cobrança duvidosa 16.109.554 - 1.129.295 - 17.238.850

Clientes 16.109.554 - 1.129.295 - 17.238.850

Outros devedores 1.384.122 - - 1.384.122

Outras dívidas de terceiros 1.384.122 - - - 1.384.122

-

Produtos acabados e intermédios 3.869.840 - - - 3.869.840

Inventários 3.869.840 - - - 3.869.840

Total de ajustamentos de valor 21.363.516 - 1.129.295 - 22.492.811

O movimento ocorrido nas provisões é como segue:

PRoVISÕES SALDo INICIAL ALtERAçÕES No PERÍMEtRo

AuMENto REDução SALDo FINAL

Outras provisões para riscos e encargos 15.000 - - - 15.000

15.000 - - - 15.000

O registo das perdas por imparidade relacionadas com as dívidas de terceiros tem por base uma análise individualizada do risco, ponderando a natureza do terceiro, a mora do crédito.

23. Informação por SegmentosAs vendas e prestações de serviços por mercados geográficos, distribuem-se da seguinte forma:

RéDItoS DE VENDAS PoR MERCADoS GEoGRáFICoS

31-DEZ-2010 % 31-DEZ-2009 %

Portugal 229,198,710 36,58% 246,422,642 38,43%

Angola 347.285.389 55.43% 315.882.222 49,27%

E.U.A. 83.138 0.01% 77.644 0,01%

Roménia 25.876.496 4.13% 55.442.463 8,65%

Moçambique 20.944.767 3.34% 9.770.142 1,52%

Guiné-Bissau - 0.00% 11.205.239 1,75%

S. Tomé e Príncipe 1.393.837 0.22% 1.435.289 0,22%

Outros 1.762.128 0.28% 909.146 0,14%

Totais 626.544.465 100.00% 641.144.786 100,00%

A decomposição desta rubrica à data de 31 de Dezembro de 2010 e 31 de Dezembro de 2009 é a seguinte:

VENDAS E PREStAçÕES DE SERVIçoS 31-DEZ-10 31-DEZ-09

Mercadorias 922.958 768.529

Produtos acabados e intermédios 525.668 402.313

Prestação de serviços 612.466.616 621.378.872

Proveitos suplementares 12.629.224 18.595.072

626.544.465 641.144.786

Os activos líquidos e Investimentos em activos tangíveis distribuem-se por mercados geográficos como segue:

PoRtuGAL ANGoLA E.u.A. MoçAMBIquE S.toMé E PRÍNCIPE

GuINé RoMéNIA outRoS totAL

Activos líquidos:

Activos intangíveis 63 - - - - - - - 63

Activos fixos tangíveis 22.113.200 115.055.476 - 1.487.006 437.449 311.886 515.810 - 139.920.827

Investimentos financeiros 662.100 4.294 - - 256.024 - - - 922.417

Inventários 23.863.159 60.014.587 - - - - 28.348 - 83.906.093

Dívidas de terceiros 205.055.203 226.134.856 - 15.919.794 1.578.000 6.960.858 6.473.156 1.913.537 464.035.404

Disponibilidades 7.494.096 32.762.844 - 2.772.675 - 13.454 144.008 46.599 43.233.676

Activos por impostos

diferidos

1.328.892 - - - - - - - 1.328.892

Outros activos 32.514.064 19.194.810 - 6.780.583 563.721 1.517.161 14.979.442 993.659 76.543.440

Totais 293.030.777 453.166.867 - 26.960.058 2.835.194 8.803.360 22.140.763 2.953.795 809.890.813

Investimentos realizados em 2010:

Activos fixos tangíveis e

intangíveis

802.972 14.975.929 - 615.506 - - 577.642 - 16.972.050

Totais 802.972 14.975.929 - 615.506 - - 577.642 - 16.972.050

24. Outros Ganhos e Perdas OperacionaisOs outros ganhos operacionais são como segue:

outRoS RENDIMENtoS E GANhoS 31-DEZ-10 31-DEZ-09

Ganhos em activos fixos tangíveis 83.750 2.280.666

Beneficios e penalidades contratuais 507.606 1.457.900

Restituíção de impostos 251.571 118.588

Recuperação de dívidas 47.001 -

Outros rendimentos e ganhos operacionais 5.508.892 7.625.706

6.398.819 11.482.860

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194 SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES SOARES DA COSTA, SA /// EXERCÍCIO DE 2010

As outras perdas operacionais são como segue:

outRoS GAStoS E PERDAS 31-DEZ-10 31-DEZ-09

Dívidas incobráveis - 66.543

Perdas em Activos fixos tangíveis 858.333 893.975

Multas 80.212 135.931

Donativos 9.338 21.248

Perdas em inventários 185.964 10.413

Penalidades contratuais 1.857.257 185

Outros gastos e perdas operacionais 6.172.236 6.804.710

9.163.340 7.933.005

25. PessoalO número médio de pessoal ao serviço na empresa durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2010, num total de 2.224, é como segue:

DIRECção quADRoS SuPERIoRES

quADRoS MéDIoS

ENCARR, MEStRES E ChEFES

PRoFISSIoNAIS ALtA quALIFIC.

quALIFICADoS E SEMI-quALIF.

Não quALIFICADoS

PRAtICANtES E APRENDIZES

Construtora

4 290 87 262 1.182 21 145 1

ACE’S

27 42 28 39 16 42 38 0

As remunerações atribuídas aos membros dos órgãos sociais no exercício findo em 31 de Dezembro de 2009 e 2010 foram as seguintes:

oRGãoS SoCIAIS 31-DEZ-10 31-DEZ-09

Administração 697.000 409.170

Conselho Fiscal 35.000 35.000

Os gastos com o pessoal durante os exercícios de 2010 e 2009, apresentam a seguinte decomposição:

FoRNECIMENtoS E SERVIçoS EXtERNoS 31-DEZ-10 31-DEZ-09

Subcontratos 178.988.321 219.038.055

Consórcios e ACE’s 21.729.318 34.166.971

Trabalhos especializados 11.459.215 14.299.971

Aluguer de equipamentos 9.456.425 17.148.715

Alugueres de viaturas pesadas 6.903.122 7.514.182

Deslocações e estadas 5.928.927 5.901.708

Rendas de edifícios 5.864.731 5.102.359

Vigilância e segurança 2.551.944 3.085.088

Transportes 2.339.085 5.150.047

Honorários 1.623.420 1.176.192

Seguros 1.572.901 1.852.524

Comunicação 1.315.906 1.192.016

Combustíveis 1.268.398 980.715

Alugueres de viaturas ligeiras 1.245.461 1.290.436

Electricidade 513.616 677.539

Rendas de terrenos 465.698 226.734

Outros 31.891.051 35.099.436

integração ACE´s 77.910.219 43.268.165

363.027.756 397.170.852

27. Demonstração dos Resultados FinanceirosOs resultados financeiros dos períodos findos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 apresentam a seguinte decomposição:

GAStoS E PERDAS 31-DEZ-10 31-DEZ-09

Juros suportados 12.767.628 8.142.706

Diferenças de câmbio desfavoráveis 23.627.896 17.165.579

Descontos de pronto pagamento concedidos 36.363 342.946

Outros gastos e perdas financeiros 7.356.439 4.770.081

(1) 43.788.325 30.421.312

RENDIMENtoS E GANhoS 31-DEZ-10 31-DEZ-09

Juros obtidos 9.577.125 4.426.253

Diferenças de câmbio favoráveis 21.783.296 19.534.620

Descontos de pronto pagamento obtidos 42.617 8.503

Rendimentos de participação de capital 512 60.508

Outros rendimentos e ganhos financeiros 266.057 252.649

(2) 31.669.607 24.282.532

Resultados financeiros (2)-(1) (12.118.719) (6.138.780)

A rubrica ”Outras perdas financeiras” inclui, essencialmente, custos com garantias bancárias, comissões de papel comercial e empréstimos obrigacionistas e custos com serviços debitados por instituições bancárias.

GAStoS CoM PESSoAL 31-DEZ-10 31-DEZ-09

Remunerações 79.629.158 77.750.795

Encargos sociais 15.992.896 13.606.631

95.622.054 91.357.425

26. Decomposição dos Gastos com Fornecimentos e Serviços ExternosOs gastos com fornecimentos e serviços externos no exercício de 2010 e 2009, apresentam a seguinte decomposição:

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196 SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES SOARES DA COSTA, SA /// EXERCÍCIO DE 2010

28. Imposto Sobre o Rendimento e Impostos DiferidosA Empresa é tributada em IRC, segundo o Regime Especial de Tributação dos Grupos de Sociedades. A empresa, sendo domi-nada, regista nas contas de “ Empresas do grupo, associadas e participadas” o crédito/débito referente ao seu contributo de imposto. A empresa dominante é a sociedade “Grupo Soares da Costa, SGPS, SA”.

De acordo com a legislação fiscal, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correcção por parte das autoridades fiscais du-rante um período de quatro anos (cinco anos para a segurança social). Deste modo, as declarações fiscais da Empresa referentes aos anos de 2007 e seguintes podem vir ainda ser sujeitas a revisão. O Conselho de Administração da Empresa entende que eventuais correcções a existir não terão um efeito significativo nas demonstrações financeiras.

O imposto sobre o rendimento registado nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 decompõe-se do seguinte modo:

IMPoSto SoBRE o RENDIMENto 31-DEZ-10 31-DEZ-09

Imposto corrente 5.771.646 6.359.643

Imposto diferido (541.953) (20.504)

5.229.693 6.339.139

A reconciliação do resultado antes de imposto para o imposto do período é como segue

31-DEZ-10 31-DEZ-09

Resultado antes de impostos 13.535.879 21.718.982

Ajustamentos geradores de Impostos diferidos 3.783.847 23.734

Outros ajustamentos não geradores de impostos diferidos

Movimentos de consolidação com impacto no RAI

Alterações no justo valor de activos/passivos financeiros

Outros 1.591.522 957.230

Lucro Tributável 18.911.248 22.699.946

Utilização de perdas fiscais que não deram origem a activos por impostos diferidos

Reconhecimento de perdas fiscais no exercício que não deram origem a activos por impostos diferidos

Outros

18.911.248 22.699.946

Taxa nominal média de Imposto sobre o rendimento 24,6% 25,0%

4.656.953 5.681.129

Efeito da existência de taxas de imposto diferentes da que vigora em Portugal

Efeito da alteração de taxa no cálculo de impostos diferidos (541.624) 89.130

Efeito da constituição ou reversão de impostos diferidos

Insuficiência / Excesso de estimativa de imposto

Tributação autónoma 419.252 388.239

Benefícios fiscais

Outros 695.112 180.642

Imposto sobre o rendimento 5.229.693 6.339.139

Os activos por impostos diferidos e os passivos por impostos diferidos apresentados no balanço têm as seguintes naturezas das situações que lhes dão origem:

ACtIVoS PoR IMPoStoS DIFERIDoS 31-DEZ-10 31-DEZ-09

Justo Valor dos Instrumentos Financeiros 388.018 -

Outros 940.874 1.175.682

1.328.892 1.175.682

PASSIVoS PoR IMPoStoS DIFERIDoS 31-DEZ-10 31-DEZ-09

Diferença Valorização Activos Fixos 11.009.652 11.777.235

Mais Valias com Tributação Diferida 132.726 141.904

11.142.378 11.919.139

29. Resultados por AcçãoEm 31 de Dezembro de 2010 e 2009, os resultados básicos por acção correspondem ao resultado liquido dividido pelo número de acções ordinárias da empresa durante o período, tendo sido calculado como segue:

RESuLtADoS PoR ACção 31-DEZ-10 31-DEZ-09

Resultado das operações continuadas 8.302.102 15.375.758

Resultado líquido 8.302.102 15.375.758

Número total de acções ordinárias 10.000.000 10.000.000

Resultado por acção das operações continuadas

Básico 0.830 1.538

Diluído 0.830 1.538

Resultado por acção

Básico 0.830 1.538

Diluído 0.830 1.538

30. Garantias prestadasO valor das garantias bancárias prestadas pela empresa a terceiros à data de 31 de Dezembro de 2010, é de 278.809.563g.

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198 SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES SOARES DA COSTA, SA /// EXERCÍCIO DE 2010

31. Riscos Financeirosa) Risco CambialEste risco advém principalmente da presença internacional da empresa que a expõe aos efeitos derivados de alterações na paridade das moedas relativamente ao euro. A política de gestão de risco de taxa de câmbio seguida pela empresa tem como objectivo diminuir ao máximo a sensi-bilidade dos resultados da empresa a flutuações cambiais. A empresa procura, tanto quanto possível, equilibrar os activos com responsabilidades na mesma divisa.

ACtIVoS EuR uSD AoK MZM StD CRC ILS outRAS totAL

Investimentos financeiros 920.352 2.065 922.417

Clientes 213.360.167 195.820.521 1.936.953 974.517 4.578.952 416.671.111

Empresas do Grupo 24.415.035 24.415.035

Empresas Associadas 11.077 462.309 473.387

Empresas Participadas e

Participantes

682.843 682.843

Outros Accionistas (Sócios) 990 990

Adiantamentos a fornecedores 3.600.680 1.329.722 1.576.886 7.772 6.515.061

Estado e Outros Entes Públicos 3.574.668 3.574.668

Outros devedores 14.105.218 417.399 15.284 12.984 64.240 14.615.126

Depósitos bancários 7.458.967 19.130.234 8.553.877 1.339.761 31.600 112.820 36.627.259

Caixa 6.195.708 147.255 181.861 42.686 38.908 6.606.417

Acréscimos e diferimentos 76.203.990 316.307 23.143 76.543.440

PASSIVoS EuR uSD AoK MZM StD CRC ILS outRAS totAL

Empréstimos bancários 129.155.512 39.343.153 8.223.684 1.270 4.237.184 180.960.803

Outros financiamentos obtidos 44.293.314 44.293.314

Empresas do Grupo 66.945 66.945

Empresas Participantes e

Participadas

3.857.038 3.857.038

Outros Accionistas (Sócios) 1.210.259 1.210.259

RETGS 5.760.109 5.760.109

Fornecedores 124.518.618 51.827.880 630.360 15.394.648 192.371.506

FFornecedores de investimento 7.964.564 7.964.564

Adiantamentos de clientes 14.751.112 103.184.610 1.550.417 119.486.139

Credores por locação financeira 6.563.329 6.563.329

Estado e Outros Entes Públicos 1.285.173 1.285.173

Outros credores 68.228.185 5.422.841 73.651.026

Instrumentos Financeiros

derivados

1.337.993 1.337.993

Acréscimos e diferimentos 84.313.328 195.008 1.279.162 4.922 85.792.421

b) Risco de créditoEste risco está associado às contas a receber decorrentes do normal desenvolvimento das actividades da empresa. Em função da antiguidade de crédito, perfil de risco do cliente, experiência recolhida e demais circunstâncias é aferida a necessidade de registo de imparidades.

Em 31 de Dezembro de 2010 as contas a receber para as quais não foram registados ajustamentos por se considerar que as mesmas são realizáveis, são as seguintes:

VENCIMENto CLIENtES C/C CLIENtES tÍtuLoS A RECEBER

CLIENtES CoBRANçA DuVIDoSA

2010 2009

Não vencido 134.530.873 5.727.848 140.258.721 48.752.649

0 a 180 dias 60.260.419 60.260.419 63.195.853

181 a 360 dias 28.709.550 28.709.550 47.374.125

361 a 540 dias 38.583.640 38.583.640 69.853.005

541 a 720 dias 37.782.177 37.782.177 13.728.017

+ de 720 dias 111.076.604 111.076.604 46.139.954

Total 410.943.263 5.727.848 - 416.671.111 289.043.604

Os valores em dívida há mais de 360 dias, estratificam-se por tipo de cliente de modo seguinte:

VALoRES EM DÍVIDA > 360 DIAS 31-DEZ-10 31-DEZ-09

Retenções de Garantia 17.446.245 12.340.734

Entidades Públicas Angolanas 82.679.932 52.147.222

Entidades Privadas Angolanas 28.660.776 9.636.138

Entidades Públicas Nacionais 26.496.806 26.193.459

Entidades Privadas Nacionais 29.625.345 25.844.918

Entidades Públicas Guinienses 2.533.317 3.558.506

Total 187.442.421 129.720.976

É convicção do Conselho de Administração que o valor dos ajustamentos de contas a receber, à data de 31 de Dezembro de 2010, mostra-se adequado para fazer face às imparidades estimadas.

c) Risco de liquidezA política de gestão do risco de liquidez visa assegurar, a cada momento, que o perfil de vencimentos da dívida se adequa à capacidade da empresa de gerar fluxos de caixa para o seu pagamento. A gestão do risco de liquidez passa, portanto, por gerir os desajustamentos entre as necessidades de fundos ( por gastos operativos e financeiros, investimentos e vencimento de dívidas), com as fontes de receita ( recebimentos de clientes, desinvestimentos, compromissos de financiamento por entidades financeiras). Em paralelo, a empresa toma medidas de gestão que previnem a ocorrência desse risco mediante uma adequada e atempada gestão de tesouraria. Para gerir o risco de liquidez a empresa mantém um equilíbrio entre o prazo e a flexibilidade do endividamento contratado através do uso de financiamentos escalonados que encaixem com as necessidades de fundos. Para além disso, a empresa tem contratos de apoio à tesouraria que permitem evitar a existência de roturas ( temporárias) de tesouraria.

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200 SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES SOARES DA COSTA, SA /// EXERCÍCIO DE 2010

32. Acontecimentos SubsequentesNão existem factos relevantes a assinalar.

33. ContingênciasDiferendo Quinta da Murtosa / Sociedade de Construções Soares da Costa / CM Porto

A empresa mantém uma conta a receber da entidade “Quinta da Murtosa – Empreendimentos Imobiliários, Lda.” no montante de 5.985.575 Euros, evidenciado no balanço na rubrica “Clientes – conta corrente”, o qual está associado a um contrato promessa de venda de um terreno que deveria ter sido entregue pela Câmara Municipal do Porto ao abrigo de um protocolo celebrado em 7 de Dezembro de 2000. A realização desta conta a receber está pendente da resolução de um processo de contencioso que envolve aquela entidade e a Câmara Municipal do Porto. Paralelamente, a referida entidade intentou um processo judicial contra a empresa no sentido de lograr judicialmente a anulação ou resolução do contrato-promessa acima referido.

Em Janeiro de 2005 a empresa intentou um processo contra a Câmara Municipal do Porto visando a entrega do terreno que constitui objecto de litígio. Subsidiariamente, caso não seja concretizada a entrega do terreno, a empresa exige o pagamento da quantia de 7.182.689 Euros acrescida de juros de mora. Já foi realizado o julgamento deste processo, tendo a decisão favorável à empresa já transitado em julgado, e, como o Município do Porto não deu espontânea execução àquela sentença foi intentada a competente acção executiva, que corre seus termos.

Dado que o Conselho de Administração entende que a resolução deste processo não produzirá qualquer impacto relevante nas demonstrações financeiras, não foi registada qualquer provisão.

34. Aprovação de Contas para EmissãoEm reunião de 28 de Fevereiro de 2011 o Conselho de Administração aprovou emitir as presentes demonstrações financeiras.

35. Alterações de políticas, Estimativas e ErrosDurante o exercício de 2010 não ocorreram alterações de políticas contabilísticas, face às consideradas na preparação da infor-mação financeira relativa ao exercício de 2009 nem foram registados erros materiais relativos a exercícios anteriores.

36. Principais Indicadores Financeiros

INDICADoRES ECoNÓMICoS 31-DEZ-10 31-DEZ-09REEXPRESSo

31-DEZ-09

Liquidez reduzida 94,3% 83,9% 92,3%

Liquidez geral 109,9% 108,2% 120,3%

Solvabilidade 117,8% 120,7% 117,2%

Autonomia financeira 15,1% 17,2% 14,6%

Autofinanciamtº, capitais permanentes 65,8% 64,2% 48,4%

Grau de cobertura do imobilizado 124,3% 123,0% 191,1%

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PONTE PEDONAL - COIMBRA

relatórios de fiscalização

RelatóRios de FiscaliZaÇão

04.

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204 SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES SOARES DA COSTA, SA /// EXERCÍCIO DE 2010

Senhores Accionistas,RelatórioNo cumprimento do mandato que V. Exas. nos conferiram e no desempenho das nossas funções legais e estatutárias, acompa-nhámos durante o exercício de 2010, a actividade da Sociedade de Construções Soares da Costa, SA, examinámos regularmente os livros, registos contabilísticos e demais documentação, constatámos a observância da lei e dos estatutos e obtivemos do Conselho de Administração os esclarecimentos, informações e documentos solicitados.

A demonstração da posição financeira, a demonstração dos resultados separada, a demonstração do rendimento integral, a demonstração das alterações no capital próprio, a demonstração dos fluxos de caixa, o anexo às demonstrações financeiras e oRelatório de Gestão, lidos em conjunto com a Certificação Legal das Contas, permitem uma adequada compreensão da situação financeira e dos resultados da Empresa e satisfazem as disposições legais e estatutárias em vigor. Os critérios valorimétricos utilizados merecem a nossa concordância.

ParecerAssim, propomos:

1.º Que sejam aprovados o Relatório de Gestão, a demonstração da posição financeira, a demonstração dos resultados separada, a demonstração do rendimento integral, a demonstração das alterações no capital próprio, a demonstração dos fluxos de caixa e o anexo às demonstrações financeiras, apresentados pelo Conselho de Administração, relativos ao exercício de 2010.

2.º Que seja aprovada a proposta de aplicação de resultados apresentada pelo Conselho de Administração.

Porto, 3 de Março de 2011

O Fiscal ÚnicoPaulo Jorge de Sousa Ferreira, em representação deBDO & Associados, SROC

Relatório e Parecer do Fiscal Único

Introdução e responsabilidades1. Examinámos as demonstrações financeiras da Sociedade de Construções Soares da Costa, SA (adiante designada por Empre-sa), as quais compreendem a demonstração de posição financeira em 31 de Dezembro de 2010 (que evidencia um activo líquido de 809.890.813 euros e um capital próprio de 122.443.058 euros, incluindo um resultado líquido de 8.306.186 euros), a demonstração dos resultados separada, a demonstração do rendimento integral, a demonstração das alterações no capital próprio, a demonstração dos fluxos de caixa e o anexo às demonstrações financeiras, referentes ao exercício findo naquela data. É da responsabilidade do Conselho de Administração a preparação de demonstrações financeiras que apresentem, de forma verdadeira e apropriada, a posição financeira da Empresa, o resultado das suas operações e os fluxos de caixa, bem como a adopção de políticas e critérios contabilísticos adequados e a manutenção de um sistema de controlo interno apropriado. A nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião profissional e independente, baseada no exame que realizámos às referi-das demonstrações financeiras.

Âmbito2. O nosso exame foi efectuado de acordo com as Normas Técnicas e as Directrizes de Revisão/Auditoria da Ordem dos Re-visores Oficiais de Contas, as quais exigem que o exame seja planeado e executado com o objectivo de se obter um grau de segurança aceitável sobre se as demonstrações financeiras contêm ou não distorções materialmente relevantes. Para tanto, o nosso exame inclui: (i) a verificação, por amostragem, do suporte das quantias constantes das demonstrações financeiras e a avaliação das estimativas, baseadas em juízos e critérios definidos pelo Conselho de Administração na preparação das demon-strações financeiras, (ii) a apreciação da adequação das políticas contabilísticas adoptadas e da sua divulgação, tendo em conta as circunstâncias, (iii) a apreciação da aplicabilidade, ou não, do princípio da continuidade das operações, e (iv) a verificação de ser adequada a apresentação das demonstrações financeiras. O nosso exame abrangeu também a verificação da concordância da informação financeira constante do relatório de gestão com as demonstrações financeiras. Entendemos que o exame efec-tuado proporciona uma base aceitável para a expressão da nossa opinião.

Opinião3.º Em nossa opinião, as referidas demonstrações financeiras apresentam de forma verdadeira e apropriada, em todos os aspec-tos materialmente relevantes, a posição financeira da Sociedade de Construções Soares da Costa, SA, em 31 de Dezembro de 2010, bem como os resultados das suas operações e os fluxos de caixa no exercício findo naquela data, em conformidade com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (NIC/NIRF), tal como adoptadas na União Europeia.

Relato sobre outros assuntos legais4.º É também nossa opinião que a informação financeira constante do relatório de gestão é concordante com as demonstrações financeiras do exercício.

Porto, 3 de Março de 2011

Paulo Jorge de Sousa Ferreira, em representação deBDO & Associados, SROC

Certificação Legal das Contas

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206 SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES SOARES DA COSTA, SA /// EXERCÍCIO DE 2010

Acta n.º16 da A.G. (17.03.2011)Aos dezassete de Março de dois mil e onze, pelas 9h e 30m, na Rua Santos Pousada, nº 220, no Porto, reuniu a Assembleia Geral da sociedade “SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES SOARES DA COSTA, Sociedade Anónima”, com sede neste local, com capital social de cinquenta milhões de euros, com o número único de Pessoa Colectiva (NIPC) e matrícula na Conservatória de Registo Comercial do Porto 505 924 170.

Assumiu a Presidência da Mesa, por direito próprio, o Exmo. Sr. Dr. Jorge Manuel Oliveira Alves, o qual foi secretariado, também por direito próprio, pelo Exmo. Sr. Dr. Pedro Miguel Tigre Falcão Queirós.

Estava presente o representante da accionista única “SOARES DA COSTA - CONSTRUÇÃO, SGPS, Sociedade Anónima”, Exmo Sr. Dr. Pedro Manuel de Almeida Gonçalves, da qual é Presidente do Conselho de Administração.

Estavam também presentes os membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da Sociedade.

Esta reunião teve lugar sem observância de quaisquer formalidades prévias, mas foi pelo representante da única accionista mani-festada a vontade de que esta Assembleia se constituísse e validamente deliberasse, nos termos do artigo 54.º do Código das Sociedades Comerciais, sobre a seguinte ordem de Trabalhos:

1. “Relatório de Gestão e as Contas do exercício de 2010”2. “Proposta do Conselho de Administração de Aplicação de Resultados”3. “Apreciação geral da Administração e da Fiscalização da sociedade”

Aberta a reunião, foi deliberado o seguinte: 1. Quanto ao ponto UM da Ordem de trabalhos, o Presidente do Conselho de Administração, Sr. Dr. Pedro Gonçalves, usando da palavra, deu uma panorâmica geral do exercício da actividade do Grupo, referindo que esta Sociedade, por ser a empresa de referência e de maior relevância do Grupo, uma vez que gera 2/3 do Volume de Negócios do grupo como um todo, está mais exposta ao ciclo económico e às consequências da crise actual, estando já a sofrer o impacto decorrente do decrésci-mo de volume de negócios, o que seguramente ditará a necessidade de se proceder a um reajustamento dos recursos face às perspectivas que se antevêem.Seguiu-se uma exposição feita por cada um dos restantes membros do Conselho de Administração sobre as áreas de actividade de que cada um foi responsável no exercício em causa.De seguida, foi posto à votação o Relatório de Gestão e as Contas relativas ao exercício de 2010, que mereceram aprovação; 2. Quanto ao ponto DOIS, aprovar a proposta do Conselho de Administração no sentido de o resultado Líquido individual de j8.306.185,68 obtido pela Sociedade no exercício que terminou em 31/12/2009, ser aplicado do modo seguinte:

Para Reserva legal (5% dos resultados líquidos):---------------------- j415.309,28; Para distribuição de dividendos: ---------------------------------------- j6.500.000,00; Para reservas livres, o valor remanescente de: ---------------------- j1.390.876,40;

3. Quanto ao ponto TRÊS, por um lado, manifestar apreço pela forma como o Conselho de Administração conduziu a gestão dos negócios sociais, merecendo um particular voto de louvor os Senhores Administradores com funções executivas pelodesempenho demonstrado no contexto de um ano especialmente difícil, em que os resultados, se bem que não hajam atingido a meta expectada, podem considerar-se bons, e expressar ao Órgão de Fiscalização reconhecimento e agradecimento pelo acompanhamento permanente e pela colaboração e apoio técnico demonstrados;Nada mais havendo a tratar, foi esta reunião dada por encerrada e dela lavrada a presente Acta que, em sinal de concordância e conformidade, vai ser assinada pelo representante da accionista única e pelos membros da Mesa.

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Ficha Técnica:

Edição:Soares da Costa Construção SGPS, SASociedade de Construções Soares da Costa, SA

Design Gráfico:KZL - Hugo Casais

ISBN: 978-989-95428-8-4

Documento disponível para download em www.soaresdacosta.pt