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 UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA INSTITUTO DE LETRAS E LINGUÍSTICA DISCIPLINA: ESTUDOS DO TEXTO: COESÃO, COERÊNCIA E TIPOLOGIA PROFA: DRA. LUISA HELENA BORGES FINOT TI Texto A !"##$o %& e%'(&)$o É comum o argumento de que o ensino de baixa qualidade é a causa fnal da difculdade do Brasil de se tornar desenvolvido. Em épocas de prosperidade, "##o (o argumento – substituição) é usado para alertar contra a ilusão do consumo. Como a economia é cíclica, as crises sempre chegam, dando a chance para a constataão implac!vel" #$iu no que d! não %a&er o dever de casa'#. (! ainda um uso diversionista %o te!& (ensino de baixa q ualidade- substituição) . )inguém discorda que & e%'(&)$o (ensino-substituição)  precisa melhorar *o B+&#" (do Brasil- repetição). Contudo, não é "##o (ensino de baixa qualidade- substituição)  que est! em *ogo no debate econ+mico. apelo - educaão é um expediente de quem cr que o Estado não deve ter políticas monet!ria e fscal ativas e nem intervir nos es%oros produtivos. ativismo econ+mico atrapalharia sua aão naquilo em que ee (ativismo econômico- substituição) seria de %ato crucial : & e%'(&)$o (educação- repetição). /opulaão educada, carga tribut!ria baixa etc. bastariam para estimular o empreendedorismo e, assim, o desenvolvimento. Entretanto, & e%'(&)$o (educação- repetição) não é tão crucial ao desenvolvimento econ+mico, como obst!culo ou alavanca. 0e preciso, não %altam engenheiros europeus dispostos a trabalhar no Brasil. 0e e& (educação- substituição) %osse um impulso tão decisivo, a 12ssia seria ho*e altamente desenvolvida, pois o comunismo %e& um dos mais impressionantes es%oros de educaão e cincia *! vistos. A e%'(&)$o (educação- repetição) é mais resultado do que requisito do desenvolvimento. É claro que as coisas se retroalimentam, mas o arranque vem mais do aspecto econ+mico. )a Coreia, & e%'(&)$o (educação- repetição) é um sucesso, mas %oi o capitalismo coreano que puxou o desenvolvimento. 3e qualquer %orma, não h! um dilema em questão. A e%'(&)$o (educação- repetição) tem um valor em si e é dessa maneira que vale a pena tratar %o te!&. (educação- substituição) 1

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA

INSTITUTO DE LETRAS E LINGUÍSTICA

DISCIPLINA: ESTUDOS DO TEXTO: COESÃO, COERÊNCIA E TIPOLOGIA

PROFA: DRA. LUISA HELENA BORGES FINOTTI

Texto

A !"##$o %& e%'(&)$o

É comum o argumento de que o ensino de baixa qualidade é a causa fnal dadifculdade do Brasil de se tornar desenvolvido.

Em épocas de prosperidade, "##o (o argumento – substituição) é usado para alertarcontra a ilusão do consumo. Como a economia é cíclica, as crises sempre chegam,dando a chance para a constataão implac!vel" #$iu no que d! não %a&er o dever decasa'#.

(! ainda um uso diversionista %o te!& (ensino de baixa qualidade- substituição).)inguém discorda que & e%'(&)$o (ensino-substituição) precisa melhorar *oB+&#" (do Brasil- repetição). Contudo, não é "##o (ensino de baixa qualidade-substituição) que est! em *ogo no debate econ+mico. apelo - educaão é umexpediente de quem cr que o Estado não deve ter políticas monet!ria e fscalativas e nem intervir nos es%oros produtivos.

ativismo econ+mico atrapalharia sua aão naquilo em que ee (ativismoeconômico- substituição) seria de %ato crucial: & e%'(&)$o (educação- repetição)./opulaão educada, carga tribut!ria baixa etc. bastariam para estimular oempreendedorismo e, assim, o desenvolvimento.

Entretanto, & e%'(&)$o (educação- repetição) não é tão crucial aodesenvolvimento econ+mico, como obst!culo ou alavanca. 0e preciso, não %altamengenheiros europeus dispostos a trabalhar no Brasil. 0e e& (educação-substituição)%osse um impulso tão decisivo, a 12ssia seria ho*e altamentedesenvolvida, pois o comunismo %e& um dos mais impressionantes es%oros deeducaão e cincia *! vistos.

A e%'(&)$o (educação- repetição) é mais resultado do que requisito dodesenvolvimento. É claro que as coisas se retroalimentam, mas o arranque vemmais do aspecto econ+mico. )a Coreia, & e%'(&)$o (educação- repetição) é umsucesso, mas %oi o capitalismo coreano que puxou o desenvolvimento. 3e qualquer%orma, não h! um dilema em questão. A e%'(&)$o (educação- repetição) tem umvalor em si e é dessa maneira que vale a pena tratar %o te!&. (educação-

substituição)

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/ouco entendo de e%'(&)$o. (educação- substituição) 4inda assim, peo licenapara %a&er algumas re5ex6es diletantes. 4gir diletantemente tem o sentido de %a&eralgo com amor ou de %orma pouco sistemati&ada. A# +e-exe# (refexões-repetição) a seguir so%rem das %'&# (o"#&#. (aer algo com amor ou de orma pouco sistematiada- substituição)!

7ma das ra&6es que me f&eram cursar outra %aculdade %oi a vontade de ap8s aaposentadoria dar aulas na escola p2blica. I##o (a vontade de ap"s aaposentadoria dar aulas na escola p#blica - substituição) mostra um dos problemasdo ensino b!sico no Brasil" não ser uma boa opão de emprego. 0er pro%essor, sim,mas s8 quando não precisar mais trabalhar para ganhar a vida.

)as gera6es mais antigas de minha %amília, h! pelo menos seis pro%essoras deescola p2blica. A /+o0##$o (proessoras- associação$ %iperônimo9 era uma boaopão, ao menos para mulheres, quando o trabalho %eminino não era tão comum.(o*e, apenas '!& /+"!& (am&lia- associação$ %ipônimo9 é /+o1e##o+&.(proessora- substituição)

7m país de renda mediana como o Brasil pode pagar um sal!rio anual médio de 1:;<< mil para que o !&2"#t3+"o (proessora- substituição) se*a uma profssãoatrativa. Como o /&4# (o Brasil- substituição) tem cerca de dois milh6es dedocentes na escola b!sica, o gasto anual ao fm da mudana seria de 1: =<<bilh6es, menos de >? do /@B de =<;=.

aumento salarial ao menos em parte precisaria depender de novos concursos.0enão, h! o risco de aumentar o gasto sem melhorar a qualidade dos pro%essores. Aalve& o papel direto da 7nião na educaão b!sica devesse aumentar, reali&andoconcursos nacionais para contratar pro%essores e criar um sistema de alocaão queincentive o *ovem de regi6es mais ricas a se mudar.

Brasil também pode tirar vantagens do atraso. esmo nos países ricos, é comumprivilegiar os aspectos culturais do conhecimento. Brasil pode saltar - %renteintensifcando a dedicaão -s cincias, en%ati&ando conte2dos mais atuais. Ensinaraos *ovens no6es b!sicas de mecnica quntica, relatividade, neurocincia egeometrias nãoDeuclidianas, entre outras coisas, não é tão di%ícil.

T&"# &te+&)e# ('++"('&+e# (' Brasil pode saltar rente intensicando adedicação s ci*ncias$ enatiando conte#dos mais atuaisD substituião9 sofsticam oentendimento que temos do mundo, por exemplo, 5exibili&ando o determinismo da%ísica netoniana e o domínio da geometria euclidiana na racionali&aão do espao.

I##o (+ais alterações curriculares- substituição) não quer di&er que se deva redu&ir oespao das humanidades. /or exemplo, no Brasil o es%oro em línguas precisa

crescer. (! também o que ser revisto em hist8ria, que tem so%rido com um pesoexcessivo do entendimento marxista.

E##&# (+ais alterações curriculares- substituição) são mudanas tão di%íceis que o#e' (+ais alterações curriculares- substituição) equacionamento fscal deve ser omenos problem!tico. /ara citar um obst!culo, o con5ito de ter dois corpos docentesseria enorme e duro de resolver. utra d2vida é se o país tem 5o6e quantidade depessoas preparadas para promover as mudanas de conte2do.

A t&+e1& (+ais alterações curriculares- substituição) não é trivial. as a*uda a %a&erescolhas ao menos ter claro por que & e%'(&)$o (educação- repetição) éprioridade" e& (educação- substituição) é uma missão civili&at8ria.

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marcelo.miterho%Fgmail.com

arcelo iterho%, GH, é economista do B)3E0. artigo não re5ete necessariamentea opinião do banco.

Fo5& %e S. P&'o, 78 %e 6'*5o %e 97.

Texto 9

;3%"(o# 1&<e! /&+&"#&)$o e! = E#t&%o# (o*t+& &)e# %o 2o>e+*o

;3%"(o# paralisaram atividades ontem em ao menos ;I Estados emprotesto contra a6es recentes do governo %ederal envolvendo & (&te2o+"&.

)a maior parte dos casos, & 2+e>e de =I horas resultou na suspensão doatendimento eletivo Jconsultas, exames e cirurgias marcadas9 no 070./rocedimentos de urgncia e emergncia %oram mantidos.

A /&+&"#&)$o nos Estados integra mobili&aão nacional da classe médicacontra medidas recentes do /lanalto.

alvo principal é o ais édicos, lanado pelo governo 3ilma 1ousseK naesteira dos protestos de *unho e que prev levar médicos brasileiros e estrangeirospara o interior do país e ampliar a duraão do curso de medicina, adicionando doisanos de servios obrigat8rios ao 070.

# problema não é %alta de médico, mas %alta de estrutura e investimento. Écomo contratar co&inheiros sem %ei*ão, %ogão ou pratos#, di& Losé /ontes, presidentedo 0indicato dos édicos do Cear!.

4 Menam JMederaão )acional de édicos9 registrou adesão - paralisaão em0/, /1, N, N, B4, /E, CE, 1), 4, 0, /B, /4, 0E e 4C.

Em 0ão /aulo, s8 médicos residentes participaram.

)o 4cre, di%erentemente dos outros Estados, o# !3%"(o# entraram emgreve por tempo indeterminado. A (&te2o+"& reivindica também concurso p2blico emelhores condi6es de trabalho.

4s estimativas de adesão %oram variadas, com pro*e6es de sindicatos entre><? J/aran!9 e H<? J/araíba9.

Em /ernambuco, um ato no 1eci%e promoveu o enterro simb8lico do ministroda 0a2de, 4lexandre /adilha, que est! via*ando pelo país de%endendo o ais

édicos.

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Novernos minimi&aram o impacto das paralisa6es. Em inas, a 0a2deestadual não registrava greve nos hospitais da rede, enquanto a capital apontavaadesão de =O?.

4s entidades também repudiam os vetos do governo - lei do 4to édicoDDque tinha respaldo da categoria.

4 lei, que tramitou por ;; anos no Congresso, regulamenta a atividade dosmédicos, defnindo !reas de atuaão privativa da categoria e outras liberadas ademais profssionais de sa2de.

s vetos de 3ilma excluíram a demanda central dos médicos" garantir que odiagn8stico de doenas e a prescrião teraputica %ossem atos privativos dos%ormados em medicina.

4 Menam e outras entidades plane*am novas paralisa6es para os pr8ximosdias G< e G;, e tentam buscar apoio de profssionais da rede privada. 4s entidadesdevem entrar ho*e com aão no 0AM J0upremo Aribunal Mederal9 contra o ais

édicos.

?RA@ANNE AEVEDO Folha de S. Paulo, 24 de julho de 2013.

Texto

3iante das guerras que se travam ho*e no mundo, sou obrigado a me perguntar porque, depois de séculos de massacres, o homem continua, como nos prim8rdios dacivili&aão, a se armar e guerrear. 4li!s, não apenas continua, tornaDse mais capa&de matar, valendoDse de armas cada ve& mais sofsticadas.

Pogo me vem - mente a bomba at+mica, que s8 não %oi usada na escala que osbelicistas pretendiam, porque, neste caso, quase ninguém sobreviveria. E osestadistas querem a guerra desde que ela não os atin*a pessoalmente. Elesdecidem por %a&Dla, mas quem morre são os soldados e o povo em geral. s

che%6es, quase nunca.

Costumo di&er que %requentemente me surpreendo com o 8bvio, e isso aconteceagora, quando a televisão bombardeia diariamente com o n2mero de mortos pelasbombas e %oguetes na %aixa de Na&a, na 0íria, na Píbia, no @raque, na 7crnia.

0urpreendoDme com a quantidade de dinheiro que os países gastam comarmamentos. E não s8 com armamentos, mas também com as %oras armadas. Aodos os países tm permanentemente centenas de milhares de soldados queconstituem os e%etivos militares. Eles %a&em do Estado, como elemento %undamentaldele, e constituem carreiras a que milhares e milhares de pessoas dedicam suasvidas.

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Com isso, gastamDse %ortunas, com a fnalidade de %a&er guerra. Claro, se %orpreciso. as a verdade é que essas %oras são %ormadas e mantidas com essafnalidade" a de%esa da p!tria pelas armas, se %or o caso. E por que isso' /or que aguerra é uma possibilidade permanente para os Estados, todos, sem exceão.

as por qu' Que os povos selvagens vivessem se matando, d! para entender. /or

exemplo, os índios do Brasil neolítico, que eram n+mades, viviam do que colhiam nanature&a, eram obrigados a se deslocar para outras regi6es em busca de alimentos.0e houvesse outra tribo ali, a guerra entre as duas era inevit!vel.

as e ho*e, por que a guerra'

4s ra&6es são as mais diversas.

u é um louco como (itler, que sonhava dominar o mundo ou é concepão religiosaque leva líderes a atacar vi&inhos, ou disputa de mercado. as, depois de tantaguerra que *! houve, por essa e outras ra&6es, resultando na morte de milh6es depessoas, parece que muito pouco o homem aprendeu com isso.

É certo que uma boa parte dos países R particularmente aqueles que so%reram nacarne as consequncias das 2ltimas guerras R evita lanar mãos das armas paraimpor seus interesses, mas mesmo estes, continuam a produ&ir armamentos, cadave& mais sofsticados e mais mortais. 4 cada dia surgem notícias de avi6es deguerra invisíveis aos radares, %oguetes com velocidade e alcance inimagin!veis,armas essas que anulam qualquer possibilidade de de%esa.

Que signifca isso, senão que a guerra é possível a qualquer momento, embora nãose saiba entre que países e por que ra&ão' /ara que aquelas armas se*amconcebidas e produ&idas, os governos investem em pesquisa tecnol8gica e na%ormaão de cientistas que dedicarão sua inteligncia, seus conhecimentos e sua

vida a produ&ir instrumentos de destruião. as não s8 os governos, h! tambémempresas privadas que investem em armamentos, que vendem para di%erentespaíses e com isso ganham %ortunas. uitos desses países mal tm recursos paraatender as necessidades b!sicas de seu povo mas, ainda assim, compram armas emantm exércitos prontos para a guerra.

3esse modo, a guerra, quer ocorra ou não, é %ator importante da economia mundial.esmo o Brasil, que não se caracteri&a como um país belicioso, produ& e vendearmas para outros países. 3eveDse concluir, portanto, que a hipotética eliminaãoda guerra, por tornar a produão de armas desnecess!ria, não conviria a essespaíses, mesmo porque condu&iria a uma grave crise na economia em escalaplanet!ria.

@sso, portanto, est! %ora de cogitaão. E a televisão, a cada momento, dia ap8s dia,os mostra popula6es em pnico, mulheres desesperadas tentando escapar comseus flhos das bombas que explodem - sua volta. E mostra também quarteir6esinteiros de cidades trans%ormados em amontoados de ruínas por bombas e%oguetes. Que sentido tem isso'

( N7PP41, Merreira  ,uerrear preciso. Fo5& %e S. P&'o ;<S<HS=<;I.9

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Texto =

$oc é machistaT 4o ouvir essa acusaão, um pro%essor de hist8ria sentiu ogolpe. Ele abordava o período colonial e a situaão de in%erioridade da mulhernaquele sociedade patriarcal. 4 base era o livro U(ist8rias das ulheres noBrasilV, de arW del /riore.

3iante da constataão de que a maioria dos livros did!ticos conta umaUhist8ria masculinaV, a respeitada pesquisadora de%ende a necessidade de seprocurar a mulher na narrativa hist8rica. 4pesar de o discurso do pro%essorestar alinhado ao da historiadora, a 2nica coisa que uma aluna registrou %oi" U4hist8ria é masculinaV. @nterpretou a %ala como uma absurda exemplifcaão dain%erioridade %eminina. Moi o sufciente para considerar o pro%essor machista e,portanto, seu inimigo.

)8s, pro%essores de ensino médio e préDvestibular, temos sido, em sala, alvosdas mais pesadas acusa6es. @mbuídos de uma espécie deUneo%undamentalismo politicamente corretoV, alguns alunos retiram nossasobserva6es de contexto e as usam como combustível para *ustifcar suaintransigncia, que cresce a cada dia em progressão geométrica de ra&ãoinfnita.

Claro, atitudes machistas, homo%8bicas e afns devem ser combatidas. as,em torno dessa causa *usta, surgiram patrulhas ideol8gicas, sempre atentas atoda possível aão preconceituosa. olhar do crítico est! tão viciado quebusca preconceito, avidamente, onde não h!.

utro exemplo" um colega %oi acusado de homo%obia por contar em classe,uma hist8ria vivida por ele e um amigo homossexual. detalhe de o amigoser gaW era importante no caso, e o relato tinha um fm pedag8gico. 4tacadopor um aluno de%endeuDse" U(omo%obia' nde'V. aluno respondeu" Ura,pelo %ato de voc ter dito que seu amigo era gaWV. )ovamente o pro%essor" UEser gaW é de%eito'V.

s patrulheiros não costumam ser agentes de mudana. 0ão como fscais detrnsito, que s8 multam, mas não colaboram para melhorar o 5uxo.U3escobremV in%ra6es que nem %oram cometidas. edem cada palavra dopro%essor, buscando %ero&mente uma m! intenão que não est! ali.

)essa caa intensa, os patrulheiros não se dão conta de que fcaram maisagressivos do que muitos daqueles que imaginam combater. /raticam umpreconceito -s avessas. UEu %ao parte de um grupo iluminado que dita asregras é bom voc me obedecer.V 08 que as regras R repetidas Uad nauseamV,sem re5exão R quase nunca %a&em sentido quando avaliado o contexto.

achismo é obviamente abomin!vel. 0obretudo numa sociedade como anossa, que carrega uma tradião de hegemonia masculina, e em que, apesarde as mulheres serem mais da metade da populaão, ocupam menos de X?das cadeiras do Congresso )acional. as uma pessoa não é machista por nãogostar, digamos, de lo*as de sapatos %emininos Jsim, algo parecido aconteceucom outro colega9. achismo seria, por exemplo, achar que uma mulher não

pode ser cientista. adame Curie que o diga.

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4 situaão guarda perigosa semelhana com o romance U;XHIV, de Neorgerell, em que a novilíngua defnia as novas palavras aceit!veis. Certascoisas deixariam de existir pelo simples %ato de não haver uma palavra que asexplicasse. Controle de pensamento" U0e*a como eu. Concorde comigo. 3iga oque eu quero ouvir. u voc é da minha turma ou é meu inimigoV. 0em meiotermo.

4o ouvir certas express6es Jo contexto pouco importa9, detectamUpreconceitoV e atiram contra o inimigo. s *ovens patrulheiros veem maldadeem tudo. @mpregnados, eles sim, por preconceitos, despre&am o humorpopular, que muitos pro%essores usam apenas para quebrar a tensão.4creditam que s8 o Uhumor inteligenteV, isto é, o militante da UcausaV, éaceit!vel. Lamais aprovariam a comédia nonsense dos mestres ingleses doontW /Wthon, pois Unão é enga*adaV.

0ão movidos por boas inten6es, mas podam são censores. Arans%ormamDsenaquilo que di&em abominar. Em nome da tolerncia, tm cometido asmaiores intolerncias.

J/E1E@14 Puís de e /E14 0ílvio @n" Fo5& %e S. P&'o  ;>S<OS =<;I.9

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