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DIREITO ADMINISTRATIVO 01. (FGV OAB/PE - 2010.3) O prefeito de um determinado municpio resolve, por decreto municipal, alterar unilateralmente as vias de transporte de nibus municipais, modificando o que estava previsto nos contratos de concesso pblica de transportes municipais vlidos por vinte anos. O objetivo do prefeito foi favorecer duas empresas concessionrias especficas, com que mantm ligaes polticas e familiares, ao lhes conceder os trajetos e linhas mais rentveis. As demais trs empresas concessionrias que tambm exploram os servios de transporte de nibus no municpio por meio de contratos de concesso sentem-se prejudicadas. Na qualidade de advogado dessas ltimas trs empresas, qual deve ser a providncia tomada? a) Ingressar com ao judicial, com pedido de liminar para que o Poder Judicirio exera o controle do ato administrativo expedido pelo prefeito e decrete a sua nulidade ou suspenso imediata, j que eivado de vcio e nulidade, por configurar ato fraudulento e atentatrio aos princpios que regem a Administrao Pblica. b) Ingressar com ao judicial, com pedido de indenizao em face do Municpio pelos prejuzos de ordem financeira causados. c) Nenhuma medida merece ser tomada na hiptese, tendo em vista que um dos poderes conferidos Administrao Pblica nos contratos de concesso a modificao unilateral das suas clusulas. d) Ingressar com ao judicial, com pedido para que os benefcios concedidos s duas primeiras empresas tambm sejam extensivos s trs empresas clientes. 02. (FGV OAB/PE - 2010.3) So considerados agentes pblicos todas as pessoas fsicas incumbidas, sob remunerao ou no, definitiva ou transitoriamente, do exerccio de funo ou atividade pblica. Assim, correto afirmar que os notrios e registradores so: a) agentes pblicos ocupantes de cargo efetivo e se aposentam aos 70 (setenta) anos de idade. b) agentes pblicos vitalcios, ocupantes de cargo efetivo, e no se aposentam compulsoriamente. c) delegatrios de servios pblicos aprovados em concurso pblico. d) os notrios e registradores so delegatrios de servios pblicos, investidos em cargos efetivos aps aprovao em concurso.

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03. (FGV OAB/PE - 2010.3) A revogao da licitao pressupe a) mero juzo de convenincia e oportunidade da Administrao, podendo se dar a qualquer tempo. b) mero juzo de convenincia e oportunidade da Administrao, podendo ocorrer at antes da assinatura do contrato. c) prvia, integral e justa indenizao, podendo, por isso, se dar por qualquer motivo e a qualquer tempo. d) razes de interesse pblico decorrentes de fato superveniente, devidamente comprovado, pertinente e suficiente para justificar essa conduta. 04. (FGV OAB/PE - 2010.3) Sendo o contrato administrativo nulo, correto afirmar que: a) a declarao de nulidade no opera retroativamente, obrigando o contratado a indenizar a Administrao pelos danos por esta sofridos. b) seu reconhecimento no exonera a Administrao do dever de indenizar o contratado de boa-f, por tudo o que este houver executado e por outros prejuzos comprovados. c) a declarao no opera retroativamente, respeitando o direito adquirido ao trmino do contrato, caso tenha o contratado iniciado sua execuo. d) que essa nulidade s produzir efeitos se o contrato for de valor superior a 100 (cem) salrios mnimos, caso o contratado tenha iniciado a sua execuo. 05. (FGV OAB/PE - 2010.3) Um policial militar, de nome Norberto, no dia de folga, quando estava na frente da sua casa, de bermuda e sem camisa, discute com um transeunte e acaba desferindo tiros de uma arma antiga, que seu av lhe dera. Com base no relatado acima, correto afirmar que o Estado a) ser responsabilizado, pois Norberto agente pblico pertencente a seus quadros. b) ser responsabilizado, com base na teoria do risco integral. c) somente ser responsabilizado de forma subsidiria, ou seja, caso Norberto no tenha condies financeiras. d) no ser responsabilizado, pois Norberto, apesar de ser agente pblico, no atuou nessa qualidade; sua conduta no pode, pois, ser imputada ao Ente Pblico.

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06. (FGV OAB/PE - 2010.3) Determinado servidor pblico foi acusado de ter recebido vantagens indevidas valendo-se de seu cargo pblico, sendo denunciado justia criminal e instaurado, no mbito administrativo, processo administrativo disciplinar por ter infringindo seu estatuto funcional pela mesma conduta. Ocorre que o servidor foi absolvido pelo Poder Judicirio em razo de ter ficado provada a inexistncia do ato ilcito que lhe fora atribudo. Nessa situao, correto afirmar que a) a deciso absolutria no influir na deciso administrativa do processo administrativo disciplinar, por serem independentes. b) haver repercusso no mbito do processo administrativo disciplinar, no podendo a administrao pblica punir o servidor pelo fato decidido na esfera penal. c) em nenhuma hiptese a deciso penal surtir efeito na esfera administrativa, mesmo que a conduta praticada pelo servidor seja prevista como ilcito penal e ilcito administrativo. d) a punio na instncia administrativa nunca poder ser anulada, caso tenha sido aplicada. 07. (FGV OAB/PE - 2010.3) correto afirmar que a desconcentrao administrativa ocorre quando um ente poltico a) cria, mediante lei, rgos internos em sua prpria estrutura para organizar a gesto administrativa. b) cria, por lei especfica, uma nova pessoa jurdica de direito pblico para auxiliar a administrao pblica direta. c) autoriza a criao, por lei e por prazo indeterminado, de uma nova pessoa jurdica de direito privado para auxiliar a administrao pblica. d) contrata, mediante concesso de servio pblico, por prazo determinado, uma pessoa jurdica de direito pblico ou privado para desempenhar uma atividade tpica da administrao pblica. 08. (FGV OAB/PE - 2010.3) Com relao interveno do Estado na propriedade, assinale a alternativa correta. a) A requisio administrativa uma forma de interveno supressiva do Estado na propriedade que somente recai em bens imveis, sendo o Estado obrigado a indenizar eventuais prejuzos, se houver dano. b) A limitao administrativa uma forma de interveno restritiva do Estado na 3

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propriedade que consubstancia obrigaes de carter especfico e individualizados a proprietrios determinados, sem afetar o carter absoluto do direito de propriedade. c) A servido administrativa uma forma de interveno restritiva do Estado na propriedade que afeta as faculdades de uso e gozo sobre o bem objeto da interveno, em razo de um interesse pblico. d) O tombamento uma forma de interveno do Estado na propriedade privada que possui como caracterstica a conservao dos aspectos histricos, artsticos, paisagsticos e culturais dos bens imveis, excepcionando-se os bens mveis. DIREITO DO TRABALHO 09. (CESPE PGE/AL 2009) Acerca da situao de um trabalhador de determinado segmento, que labore em regime dirio de mais de seis horas, com quinze minutos de intervalo e uma folga semanal, assinale a opo correta. a) Segundo o atual entendimento do TST, o intervalo mencionado possvel, desde que previsto em conveno coletiva de trabalho. b) Na situao em apreo, o intervalo encontra-se dentro do previsto na CLT. c) No concedendo o empregador intervalo na forma legal, seu pagamento, quando determinado, gerar reflexos em FGTS. d) Segundo o TST, o horrio de intervalo desrespeitado tem carter indenizatrio quando ressarcido em pagamento equivalente. 10. (CESPE PROCURADOR FEDERAL AGU 2007) Julgue os itens subsequentes. 1. Empregado que exerce funo de confiana e revertido ao cargo efetivo perde o direito de receber a gratificao correspondente funo, independentemente do tempo de seu exerccio. ( ) 2. A aposentadoria espontnea constitui hiptese de extino do contrato de trabalho. ( ) 3. Todos os empregados de determinada pessoa jurdica recebem, para o desempenho de suas atividades, vesturio e equipamentos adequados, os quais devem ser utilizados no local de trabalho. Nessa situao, tais utilidades, nos termos da legislao vigente, so consideradas prestaes in natura integrantes do salrio, para todos os efeitos. ( ) 4. O regulamento da pessoa jurdica Delta estabelece em uma de suas clusulas que seus empregados tero direito ao recebimento de adicional, equivalente a

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10% da remunerao contratada, a ttulo de auxlio alimentao. Nessa situao, por ser ato unilateral, a modificao do regulamento direito do empregador, que poder revogar essa vantagem a qualquer tempo, atingindo todos os empregados, independentemente da data de admisso. ( ) 11. (CESPE PGE/PI 2008) Ana e Clara foram contratadas pela Empresa Tudo Limpo Ltda. na mesma poca. Ana, auxiliar de servios de escritrio, recebia remunerao de R$ 1.000,00 por ms, e Clara, supervisora de escritrio, recebia salrio de R$ 1.500,00 por ms. Ambas possuam nveis de escolaridade e qualificao profissional semelhantes. Aps um ano, Clara foi demitida sem justa causa e Ana foi designada para substitu-la na funo de supervisora, mas continuou a receber salrio de R$ 1.000,00, razo pela qual moveu reclamao trabalhista contra a empresa, pleiteando equiparao salarial com Clara. A respeito da situao hipottica apresentada, assinale a opo correta. a) devida a equiparao salarial, j que Ana possua a mesma qualificao tcnica de Clara. b) devida a equiparao salarial, pois no havia diferena de tempo de servio superior a dois anos entre Ana e Clara. c) No devida a equiparao salarial, j que um dos requisitos da equiparao, a simultaneidade na prestao de servios entre o paradigma e o trabalhador que requer a equiparao, no foi preenchido. d) No devida a equiparao, pois a empresa pode estabelecer, dentro do seu poder diretivo, condies diferenciadas entre empregados. e) No devida a equiparao, mas, sim, o pagamento de diferenas salariais. 12. (CESPE PGE/PB 2008) Com base na CF, na CLT e na jurisprudncia sumulada e consolidada do STF e do TST, assinale a opo correta quanto aos empregados pblicos. a) A despedida de empregados de empresa pblica e de sociedade de economia mista, ainda quando admitidos por concurso pblico, independe de ato motivado ara a sua validade, excetuada a exigncia de motivao como condio para a despedida quando gozar a empresa do mesmo tratamento destinado Fazenda Pblica em relao imunidade tributria e execuo por precatrio, alm das prerrogativas de foro, prazos e custas processuais. b) O ingresso como empregado pblico prescinde de prvia aprovao em concurso pblico, exigncia restrita ao ingresso como servidor pblico estatutrio. c) Ao empregado pblico de empresa pblica ou de sociedade de economia mista

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admitido aps aprovao em concurso pblico garantida a estabilidade no emprego. d) A contratao de empregado pblico, aps a Constituio Federal de 1988, sem prvia aprovao em concurso pblico, resulta na nulidade do contrato e no direito do trabalhador a receber as verbas rescisrias decorrentes e o FGTS. e) A contratao irregular do trabalhador, mediante empresa interposta, gera vnculo de emprego com os rgos da administrao pblica direta, indireta ou fundacional que se hajam beneficiado dos respectivos servios. 13. (TRT/ JUIZ DO TRABALHO/ 2008) Analise as proposies abaixo e responda: I empregado submetido a regime de tempo parcial no pode fracionar frias; II no possvel a utilizao como paradigma para fins de equiparao salarial de trabalhador readaptado em nova funo, por motivo de deficincia fsica ou mental atestada pelo rgo competente da Previdncia Social; III as gorjetas integram a base de clculo das frias, do FGTS e do aviso prvio; IV ao menor de 18 anos vedado realizar horas extras, salvo se estas forem compensadas em regime de banco de horas. a) todas as opes esto corretas; b) apenas trs opes esto corretas; c) apenas duas opes esto corretas; d) apenas uma opo est correta; e) todas as opes esto incorretas. 14. (CESPE/PGM- VITRIA/2007) Analise os itens a seguir. 1. Fernando, empregado da empresa Nanotech, foi condenado pelo crime de desobedincia, em sentena transitada em julgado, por no ter comparecido audincia judicial para a qual fora intimado. O magistrado, na dosimetria da pena, puniu Fernando com 45 dias de deteno, substituindo-a por pena restritiva de direitos. Nessa situao, com base na legislao aplicvel, esse fato no constitui justa causa para a resciso do contrato de trabalho existente entre a Nanotech e Fernando. ( ) 2. Ana, empregada de determinada pessoa jurdica, obteve a guarda judicial para fins de adoo de uma criana com 9 meses de idade. Nessa situao, Ana ter direito licena maternidade, de 120 dias, mediante a apresentao do termo judicial de guarda. ( ) 3. Desconto salarial para fins de plano de sade vlido, desde que autorizado por escrito pelo empregado. ( ) 6

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4. Adquirente da massa falida em hasta pblica assume a dvida trabalhista da massa. ( ) DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO 15. (CESPE ADV. DA UNIO AGU 2008) Julgue os itens subsequentes. 1. O recurso de revista o remdio cabvel para se discutirem julgados proferidos em dissdio coletivo pelos tribunais regionais do trabalho bem como os julgados em dissdio individual pelas turmas desses tribunais. ( ) 2. No processo do trabalho, no cabem embargos infringentes, por total omisso da CLT e incompatibilidade com o processo civil. ( ) 3. Prorroga-se, at o primeiro dia til imediatamente subsequente, o prazo decadencial para ajuizamento de ao rescisria quando expira em frias forenses, feriados, finais de semana ou em dia em que no haja expediente forense. ( ) 4. Compete justia do trabalho o processamento e o julgamento das causas que envolvam pedido de condenao de ente pblico ao pagamento de indenizao por danos morais e materiais decorrentes de acidente do trabalho sofrido por servidor pblico estatutrio. ( ) 5. Em audincia, o juiz do trabalho indeferiu o pleito de uma parte de produzir prova testemunhal e, no mrito, julgou desfavoravelmente a essa parte. A nulidade do ato de indeferimento da produo de prova testemunhal deve ser arguida pela primeira vez no recurso ordinrio para o tribunal regional do trabalho, porque, antes da sentena, no possvel constatar a existncia de prejuzo que justifique a pronncia da nulidade do referido ato. ( ) 16. (CESPE PROCURADOR FEDERAL AGU 2007) Julgue os seguintes itens. 1. Em caso de resciso do contrato de trabalho com a Unio, esta obrigada a pagar ao trabalhador, data do comparecimento na justia do trabalho, a parte incontroversa das verbas rescisrias, sob pena de pag-las acrescidas de 50%. ( ) 2. Considere que um empregado, detentor de estabilidade provisria, aps ter sido indevidamente despedido, tenha ingressado com reclamao trabalhista pleiteando reintegrao, mas que o perodo de estabilidade j tenha se exaurido. Nessa situao, se o juiz deferir o pagamento dos salrios referentes ao perodo compreendido entre a data da demisso e o final do perodo de estabilidade, no haver nulidade por julgamento extra petita. ( ) 3. Com o advento da EC n. 45/2004, a competncia para o processo e

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julgamento de aes judiciais em que se pleiteie a concesso do benefcio previdencirio denominado auxlio-acidente passou a ser da justia do trabalho.( ) 4. Um empregado pode ingressar com reclamao trabalhista sem a assistncia de advogado, mas no poder retirar os autos do cartrio. ( ) 5. Segundo o STF, a reclamao trabalhista s pode ser proposta depois da passagem do empregado pela Comisso de Conciliao Prvia. ( ) 17. (CESPE PGE/AL 2008) Considerando que, elaborados os clculos, demonstrando o dbito da reclamada, o magistrado abra prazo s partes para manifestao acerca da conta, assinale a opo correta. a) A parte insatisfeita, reclamante ou reclamada, poder intentar,

respectivamente, embargos execuo ou impugnao. b) A citada concesso de prazo para manifestao sobre a conta uma faculdade do julgador e ser de cinco dias na forma sucessiva. c) A mencionada concesso de prazo para manifestao sobre a conta uma faculdade do julgador e ser de dez dias na forma sucessiva. d) A referida concesso de prazo para manifestao sobre a conta uma obrigao do julgador e dever ter prazo sucessivo fixado pelo juiz. e) Caso haja pagamento antecipado da parcela apurada a ttulo de contribuio previdenciria, no poder a previdncia social cobrar eventual diferena. 18. (CESPE PGE/AL 2008) Em determinada demanda trabalhista, durante a instruo do feito, reclamante e reclamado celebraram acordo, tendo havido declarao de que todas as parcelas acordadas seriam de natureza indenizatria. Nessa situao, a) por ter sido celebrado acordo, a deciso homologatria ser irrecorrvel. b) a deciso homologatria no mencionar as custas porque no houve parte sucumbente. c) ocorrendo acordo sobre prestaes sucessivas, a execuo s poder ocorrer sobre a impaga, no compreendendo as que lhe sucederem. d) os termos do acordado podero ser alvo de recurso a ser aviado pela previdncia social. e) no caso de descumprimento do acordo, a execuo do crdito depender de iniciativa da parte, no cabendo movimentao de ofcio.

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19. (CESPE PGE/ES 2008) Julgue os itens abaixo. 1. A execuo fiscal decorrente de multa aplicada pela fiscalizao do trabalho deve ser promovida pela Procuradoria da Fazenda Nacional perante a justia do trabalho, qual cabe process-la e julg-la. ( ) 2. O direito processual comum ser aplicado sempre que houver omisso no direito processual trabalhista. ( ) 3. A compensao ou reteno pode ser arguida como matria de defesa, inclusive no recurso interponvel para o tribunal regional do trabalho. ( ) 4. A ao rescisria apenas ser admitida quando efetivado prvio depsito correspondente a 20% do valor da causa, salvo prova de miserabilidade do autor. ( ) 5. Segundo o TST, o no-comparecimento do representante da pessoa jurdica de direito pblico audincia em que deveria produzir defesa no importa revelia, prevalecendo, na hiptese, a busca da verdade real, por tratar-se de interesse pblico indisponvel. ( ) 20. (CESPE TST ANALISTA JUD. 2007) Carlos ajuizou, perante a vara do trabalho, reclamao trabalhista com valor de causa igual a vinte salrios mnimos, pretendendo verbas salariais e rescisrias da empresa que fora sua anterior empregadora e, ainda, a responsabilizao subsidiria da autarquia federal, qual teria, por meio daquela empresa interposta, prestado servios. A ao apresentou pedidos lquidos e endereo adequado das partes reclamadas. Postulou honorrios advocatcios, por estar assistido pelo sindicato da categoria, juntando declarao de que, no obstante perceba mais de dois salrios mnimos, no tinha condies de suportar os nus do processo sem prejuzo ao sustento prprio e ao de sua famlia. Com base nessa situao hipottica, julgue os itens seguintes. 1. A reclamao trabalhista deve seguir o rito sumarssimo, devido ao valor dado causa e observncia da exigncia de pedido lquido e de correto endereamento da parte reclamada, j que a autarquia federal apenas est sendo chamada a integrar a lide como responsvel subsidiria, e no como devedora principal. ( ) 2. Dada a irregularidade da prestao dos servios terceirizados, seria correto que o juiz decidisse pela nulidade do contrato entre a autarquia e a empresa interposta e declarasse que o vnculo de emprego foi estabelecido diretamente entre Carlos e a autarquia. ( ) 3. Nessa situao, no pode ser concedida gratuidade judiciria, j que somente

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quem percebe remunerao em valor igual ou inferior a dois salrios mnimos faz jus a esse benefcio. Por isso, tambm no cabe eventual condenao em honorrios advocatcios, se Carlos for vencedor. ( ) 4. Cada parte poder apresentar at trs testemunhas. ( ) LTIMAS DICAS TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO PRESCRIO a) Reclamao trabalhista, ainda que arquivada, interrompe a prescrio! Ateno! A interrupo fica restrita aos pedidos nela contidos Smula 268 TST. b) O protesto judicial (procedimento cautelar previsto no artigo 867 CPC) interrompe a prescrio, a partir do seu ajuizamento OJ 392 SDI-1. c) A prescrio do FGTS de 30 anos (trintenria), mas o prazo prescricional de 02 anos (prescrio bienal), a contar da resciso contratual, deve ser respeitado Smula 362 TST. d) A prescrio trintenria s ser observada se o pedido principal for o prprio FGTS (depsito no realizado, p.ex.). Caso o FGTS figure como pedido acessrio, a prescrio ser quinquenal, seguindo o prazo prescricional do pedido principal. Exemplificando: o reclamante requer a condenao do reclamado em horas extras e em sua repercusso sobre o FGTS o pedido principal o de horas extras, enquanto o pedido acessrio o de repercusso das horas extras sobre o FGTS sendo assim, a repercusso das horas extras sobre o FGTS seguir a prescrio das horas extras, ou seja, 05 anos Smula 206 TST. e) A jurisprudncia, inclusive do STF, vem respaldando a atuao do sindicato como substituto processual da categoria. Se o sindicato prope ao como substituto processual, a prescrio tambm interrompida, ainda que, na sentena, seja declarada a sua ilegitimidade ativa OJ 359 SDI-1. f) A suspenso do contrato de trabalho, em face da percepo de auxlio-doena ou da concesso de aposentadoria por invalidez, no interrompe, por si s, a prescrio. Nesse caso, a prescrio s ser interrompida se houver prova cabal da impossibilidade de agir OJ 375 SDI-1. g) A prescrio bienal aplicvel ao trabalhador avulso OJ 384 SDI-1. h) Existindo aviso prvio na extino contratual, seja ele trabalhado ou indenizado, a prescrio bienal s se iniciar a partir do final do aviso prvio. Para o TST, o aviso prvio, trabalhado ou indenizado, computado como tempo de servio, inclusive para fins de registro na CTPS OJ 82 SDI-1, OJ 83 SDI-1 e Smula 305 TST. INSALUBRIDADE E PERICULOSIDADE a) O adicional de periculosidade era o nico adicional que poderia ser reduzido 10

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mediante conveno coletiva ou acordo coletivo de trabalho. No pode mais! A Smula 364 TST foi alterada no ms de maio, quando foi extirpada aquela previso. Assim sendo, nenhum adicional pode ser reduzido por negociao coletiva. b) O fato de o perito constatar a insalubridade por agente insalubre diverso do apontado na petio inicial, no prejudica o pedido Smula 293 TST. c) A limpeza em residncias e escritrios e o trabalho a cu aberto, com exposio radiao solar, no so consideradas atividades insalubres, simplesmente por no constarem do quadro de atividades insalubres editado pelo Ministrio do Trabalho OJ 4 SDI-1, OJ 173 SDI-1 e Smula 460 STF. d) O adicional de periculosidade incide em quatro atividades: contato permanente com inflamveis, explosivos, radiao ionizante e eletricidade. O percentual o mesmo 30%, mas a base de clculo diferente. Nas trs primeiras atividades, o adicional calculado sobre o salrio base. No caso da eletricidade, o adicional calculado sobre o salrio total art. 193 CLT, Lei 7.369/85, OJ 345 SDI-1 e Smula 191 TST. e) Os empregados que operam bomba de gasolina tm direito ao adicional de periculosidade Smula 39 TST. f) Os empregados cabistas, instaladores e reparadores de linhas e aparelhos de empresas de telefonia, expostos a condies de risco, tm direito ao adicional de periculosidade OJ 347 SDI-1. g) No caso de pedido de adicional de insalubridade ou adicional de periculosidade, o juiz deve determinar a realizao de percia, mesmo no caso de revelia. Caso o local de trabalho esteja desativado, impossibilitando a percia, o magistrado apreciar o pedido com base em outros meios probatrios Artigo 195, 2, CLT e OJ 278 SDI-1. h) Os adicionais de insalubridade e periculosidade so os nicos que no admitem cumulao, ou seja, o empregado, mesmo existindo fato gerador, no pode receber os dois adicionais ao mesmo tempo. Cabe ao obreiro optar pelo mais vantajoso Artigo 193, 2, CLT. i) Para fins de Exame de Ordem, a base de clculo do adicional de insalubridade continua sendo o salrio mnimo, luz da liminar concedida pelo STF em sede de ADI Smula 228 TST. j) Os adicionais de insalubridade so de 10%, 20% ou 40%, a depender do nvel de risco Artigo 192 CLT. RECURSOS TRABALHISTAS a) No esqueam a regra O2 Recurso Ordinrio x Competncia Originria. Quando o TRT estiver atuando em sua competncia ORIGINRIA, contra suas 11

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decises caber recurso ORDINRIO. Vejamos: TRT julga ao rescisria; TRT julga mandado de segurana; TRT julga habeas corpus; TRT julga dissdio coletivo; TRT julga ao cautelar. Em todos esses casos o TRT atua em competncia Originria, logo, o recurso cabvel contra a deciso proferida o Recurso Ordinrio Artigo 895, II, CLT. b) No esqueam a regra O x O x O. Contra decises definitivas ou terminativas proferidas na fase de EXECUO, cabe AGRAVO DE PETIO. Contra deciso do TRT, apreciando AGRAVO DE PETIO, s cabe recurso de revista em caso de VIOLAO CONSTITUIO Artigo 897 CLT, Artigo 896, 2, CLT e Smula 266 TST. c) Os recursos trabalhistas obedecem ao prazo de 08 dias, salvo quatro excees: embargos de declarao 05 dias; recurso extraordinrio 15 dias; agravo de instrumento contra deciso que denegou seguinte a recurso extraordinrio 10 dias; pedido de reviso do valor da causa 48 horas. d) Litisconsortes com procuradores distintos no tm prazo em dobro no processo do trabalho, pois o TST considera o artigo 191 CPC incompatvel com os princpios do processo trabalhista OJ 310 SDI-1. e) As decises interlocutrias so irrecorrveis de imediato, como dispe o artigo 893, 1, CLT. Porm, quando o juiz do trabalho acolhe exceo de incompetncia em razo do lugar, remetendo os autos a vara do trabalho pertencente a TRT diverso, cabe, de imediato, recurso ordinrio Smula 214, c, TST. COMPETNCIA DA JUSTIA DO TRABALHO a) A Justia do Trabalho no tem competncia para processar e julgar ao de cobrana de honorrios, proposta por profissional liberal contra o seu cliente. O STJ entende que se trata de relao de consumo, no de trabalho Smula 363 STJ. b) Conflito de competncia pode ser positivo ou negativo. Positivo, quando dois ou mais rgos jurisdicionais se dizem competentes para apreciar a ao. Negativo, quando se dizem incompetentes. Quem julga o conflito? Vamos l: conflito entre juzes do trabalho de um mesmo TRT ser julgado pelo respectivo TRT; conflito entre juzes do trabalho de Tribunais Regionais diferentes ser julgado pelo TST; conflito entre Tribunais Regionais ser julgado pelo TST; conflito entre juiz do trabalho e juiz de direito ser julgado pelo STJ; conflito entre juiz do trabalho e juiz federal ser julgado pelo STJ; conflito entre TRT e TJ ser julgado pelo STJ; conflito entre TRT e TRF ser julgado pelo STJ; conflito envolvendo o TST ser julgado pelo STF. O juiz de direito investido em jurisdio trabalhista considerado, para todos os fins, como juiz do trabalho. 12

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c) A Justia do Trabalho competente para processar e julgar aes possessrias decorrentes do movimento grevista (ao de reintegrao de posse, ao de manuteno de posse e interdito proibitrio) SV 23. d) A Justia do Trabalho competente para processar e julgar aes que tenham como objeto o meio ambiente do trabalho Smula 736 STF. ESTABILIDADE a) O inqurito judicial para apurao de falta grave no se aplica a todos os casos de estabilidade. Para o TST, o inqurito imprescindvel no caso do dirigente sindical Smula 379 TST. Por analogia, a Smula 379 TST se aplica a mais dois casos: diretores de cooperativa e representante dos empregados no CNPS OJ 253 SDI-1, Artigo 55 da Lei 5.764/71 e Lei 8.213/91. b) Empregado que registra candidatura a eleio sindical durante o aviso prvio, no adquire estabilidade Smula 369 TST. c) No h que se falar em estabilidade gestante durante contrato de experincia Smula 244 TST. d) S existe um caso de estabilidade em que o suplente no alcanado pela garantia de emprego: diretores de cooperativa OJ 253 SDI-1. e) A composio da CIPA paritria, ou seja, metade representa o empregador e metade representa os empregados. Apenas os representantes dos empregados que gozam de estabilidade, pois so eleitos. Os representantes do empregador so por ele indicados. A presidncia da CIPA ocupada por um dos representantes do empregador, enquanto a vice-presidncia preenchida por um dos representantes do empregado. Concluso: o presidente da CIPA no tem estabilidade; o vice-presidente tem estabilidade. Artigos 163 a 165 CLT, Artigo 10, II, a, ADCT e Smula 339 TST. f) A empregada domstica tem direito estabilidade gestante Lei 5.859/72. g) Membro do conselho fiscal de sindicato no tem direito a estabilidade OJ 365 SDI-1. h) Delegado Sindical no tem direito a estabilidade OJ 369 SDI-1. i) O dirigente sindical s pode ser transferido de localidade em duas situaes: se o prprio dirigente pedir ou em caso de fechamento do estabelecimento. Logo, no se aplica a transferncia por necessidade de servio, prevista nos 1 e 3 do artigo 469 CLT Artigo 543 CLT e Smula 369 TST. ALTERAO DO CONTRATO a) O adicional de transferncia de 25% s devido quando a transferncia for provisria Artigo 469, 3, CLT e OJ 113 SDI-1. b) As clusulas previstas em regulamento empresarial se incorporam ao contrato

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de trabalho, ou seja, tm natureza de direito adquirido. Caso a empresa revogue o regulamento, a revogao s alcana os empregados contratados a partir dali Smula 51 TST. c) As clusulas previstas em conveno coletiva, acordo coletivo ou sentena normativa no se incorporam ao contrato de trabalho Smula 277 TST. d) O cargo de confiana pertence ao empregador, ou seja, quando este quiser, pode, a qualquer tempo, retirar o empregado do respectivo cargo de confiana, revertendo-o ao cargo anteriormente ocupado. O empregador, observem, pode fazer isso a qualquer tempo! Se o empregado ocupava o cargo, poca da reverso, h dez anos ou mais, e se a reverso se deu sem justo motivo, ele ter direito a incorporar a gratificao pertinente ao cargo Artigo 468, p. nico, CLT e Smula 372 TST. e) No confundam remoo com transferncia. S se considera transferncia de localidade aquela que resultar, necessariamente, na mudana de domiclio do empregado. A transferncia s pode ser realizada em trs situaes: se o empregado pedir ou concordar; em caso de fechamento do estabelecimento; em caso de necessidade de servio. A remoo, por sua vez, pode ser realizada a qualquer momento, no precisando estar amparada por necessidade de servio Artigo 469 CLT. NOVIDADES a) Se o tempo de deslocamento entre a portaria da empresa e o local efetivo de trabalho superar o limite de 10 minutos dirios ser computado no horrio de trabalho Smula 429 TST. b) O uso do bip ou de telefone celular, por si s, no caracteriza horrio de sobreaviso Smula 428 TST. c) Havendo pedido expresso de que as intimaes e publicaes sejam realizadas exclusivamente em nome de determinado advogado, a comunicao em nome de outro profissional constitudo nos autos nula, salvo se constatada a inexistncia de prejuzo Smula 427 TST. d) A Smula 369 TST foi alterada para, finalmente, esclarecer que a limitao da estabilidade sindical a, no mximo, sete dirigentes deve abranger, separadamente, titulares e suplentes, ou seja, cada sindicato ter sete dirigentes titulares e sete dirigentes suplentes protegidos pela estabilidade, totalizando, assim, 14 empregados. e) O regime de compensao intitulado banco de horas, luz da nova redao da Smula 85 TST, s pode ser ajustado por acordo coletivo ou conveno coletiva de trabalho, ou seja, no pode ser fruto de acordo individual. f) A OJ 273 SDI-1 foi cancelada. Sendo assim, os operadores de telemarketing 14

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passaram a ter direito jornada laboral dos telefonistas, de apenas seis horas. DIREITO DO CONSUMIDOR 21. (CESPE/ OAB/ 2007.3) No que se refere ao campo de aplicao do Cdigo de Defesa do Consumidor (CDC), assinale a opo correta: a) O conceito de consumidor restringe-se s pessoas fsicas que adquirem produtos como destinatrias finais da comercializao de bens no mercado de consumo. b) O conceito de fornecedor envolve o fabricante, o construtor, o produtor, o importador e o comerciante, os quais respondero solidariamente sempre que ocorrer dano indenizvel ao consumidor. c) O conceito de produto definido como o conjunto de bens corpreos, mveis ou imveis, que sejam oferecidos pelos fornecedores para consumo pelos adquirentes. 22. (CESPE/ JUIZ/ TJ-AC/ 2007) Hildete comprou, no supermercado Boas Compras Ltda., uma lmpada da fabricante Indstria de Lmpadas Ltda. com a indicao de 150 watts. Ao chegar em sua residncia, verificou que a lmpada era, na verdade, de 80 watts e, quando tentou utiliz-la, a mesma explodiu, causando danos materiais e morais a Hildete. Em percia tcnica, foi constatado defeito de fabricao e inadequao de acondicionamento da lmpada no supermercado: Com relao situao hipottica apresentada e s normas do CDC, assinale a opo incorreta. a) O supermercado Boas Compras Ltda. e a fabricante Indstria de Lmpadas Ltda. respondem solidariamente pela reparao dos danos causados a Hildete. b) A indicao incorreta de que a lmpada adquirida por Hildete tinha 150 watts configura vcio do produto. c) A responsabilidade pelo vcio do produto objetiva, como em qualquer outra hiptese prevista no CDC. d) Os danos causados a Hildete em razo da exploso da lmpada caracterizam o fato do produto. e) O conceito de servio engloba qualquer atividade oferecida no mercado de consumo, mediante remunerao, salvo as decorrentes das relaes de carter trabalhista.

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23. (CESPE/ OAB/2009.2) Joana adquiriu um aparelho de telefone em loja de eletrodomsticos e, juntamente com o manual de instrues, foi-lhe entregue o termo de garantia do produto, que assegurava ao consumidor um ano de garantia, a contar da efetiva entrega do produto. Cerca de um ano e um ms aps a data da compra, o aparelho de telefone apresentou comprovadamente um defeito de fabricao. Em face dessa situao hipottica, assinale a opo correta acerca dos direitos do consumidor. a) Aps o prazo de um ano de garantia conferida pelo fornecedor, Joana no poder alegar a existncia de qualquer defeito de fabricao. b) Joana poder reclamar eventuais defeitos de fabricao at o prazo de noventa dias aps o final da garantia contratual conferida pelo fornecedor. c) O prazo para Joana reclamar dos vcios do produto de apenas noventa dias, a partir da entrega efetiva do produto, independentemente de prazo de garantia. d) A lei garante a Joana a possibilidade de reclamar de eventuais defeitos de fabricao a qualquer tempo, desde que devidamente comprovados. 24. (FCC/Defensor Pblico/DPE-PA/2009) So vlidas as clusulas

contratuais relativas ao fornecimento de produtos e servios que: a) estabeleam inverso do nus da prova em prejuzo do consumidor. b) imponham representante para concluir ou realizar outro negcio jurdico pelo consumidor. c) determinem a utilizao facultativa de arbitragem. d) permitam ao fornecedor, direta ou indiretamente, variao do preo, ainda que de maneira unilateral. e) possibilitem a renncia do direito de indenizao por benfeitorias necessrias. 25. (FCC/Juiz Substituto/TJ-RR/2008) Julgue os itens a seguir. I. A publicidade enganosa aquela que traz informao falsa, total ou parcialmente, e que tenha efetivo potencial para induo dos consumidores em erro sobre a natureza, caractersticas, qualidade, quantidade, propriedades, origem ou preo do produto ou servio. () (C) (D) (E) II. abusiva, dentre outras, a publicidade que seja capaz de induzir o consumidor a se comportar de forma prejudicial ou perigosa sua sade ou segurana. III. A publicidade enganosa sempre feita em detrimento da vulnerabilidade do consumidor, de forma a induzi-lo a se comportar de maneira contrria a determinados valores sociais, como o respeito ao meio ambiente.

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IV. enganosa a propaganda que, para destacar o efeito refrescante de uma determinada bebida dirigida ao pblico adulto, sugere a ocorrncia de neve na Amaznia. a) Somente as proposies I e II so corretas. b) Somente as proposies I e IV so corretas. c) Somente as proposies II e III so corretas. d) Somente as proposies III e IV so corretas. e) As proposies I, II, III e IV so corretas. TICA 26. Acerca da inscrio do advogado, correto afirmar: a) deve ser feita no Conselho Seccional em cuja base territorial tenha concludo o seu curso de Direito. b) deve ser feita no Conselho Federal se residir na cidade de Braslia. c) deve ser feita na Subseo onde tiver seu domiclio. d) deve ser feita no Conselho Seccional em cujo territrio pretende estabelecer o seu domiclio profissional. 27. Em caso de pedido de transferncia ou de inscrio suplementar, o Conselho Seccional, ao verificar a existncia de vcio ou ilegalidade na inscrio principal, deve: a) indeferir o pedido, uma vez que os Conselhos Seccionais detm personalidade jurdica prpria e no dependem das decises uns dos outros. b) deferir o pedido, se restar constatada a regularidade do pedido de acordo com seu regimento interno. c) sobrestar o pedido, representando ao Conselho Federal, que decidir sobre a validade da inscrio principal. d) indeferir o pedido porque os vcios ou ilegalidades da inscrio principal geram a nulidade da inscrio por transferncia ou suplementar. 28. Quanto s sociedades de advogados correto afirmar: a) os advogados reunidos apenas para colaborao recproca, sem serem integrantes de sociedade registrada na OAB podem representar em juzo clientes de interesses opostos, j que a proibio atinge apenas os scios de sociedades devidamente registradas na OAB. 17

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b) admite-se a participao de estagirios, desde que devidamente inscritos no quadro de estagirios da OAB. c) As atividades profissionais privativas dos advogados so exercidas coletivamente pelos scios, da porque os honorrios respectivos sempre se revertem sociedade. d) os advogados scios e associados respondem subsidiria e ilimitadamente pelos danos causados diretamente pelos danos causados diretamente ao cliente. 29. No que se refere aos honorrios advocatcios, correto afirmar: a) A celebrao de convnios para prestao de servios jurdicos com reduo dos valores da tabela de honorrios no implica captao de clientes ou causa, no havendo necessidade de demonstrar as condies peculiares dos carentes. b) prescreve em cinco anos a ao de prestao de contas pelas quantias recebidas pelo advogado de seu cliente, ou de terceiros por conta dele. c) Na hiptese de falecimento ou incapacidade civil do advogado, os honorrios de sucumbncia de advogado scio de sociedade de advogados sero repartidos entre os demais scios. d) O crdito por honorrios advocatcios quirografrio. 30. Quanto s incompatibilidades e impedimentos, incorreto afirmar: a) so incompatveis com a advocacia os militares de qualquer natureza, na ativa. b) os diretores das faculdades pblicas de Direito so impedidos de exercer a advocacia contra a Fazenda Pblica que os remunera. c) so incompatveis com a advocacia os membros da Mesa do Poder Legislativo, em seus diferentes nveis. d) no so incompatveis com a advocacia os gerentes de bancos, desde que estes sejam privados. DIREITO EMPRESARIAL 31. (Auditor Fiscal Receita Federal 2009 ESAF) A respeito do empresrio individual no mbito do direito comercial, marque a opo correta. a) O empresrio individual atua sob a forma de pessoa jurdica. b) Da inscrio do empresrio individual, constam o objeto e a sede da empresa. c) O analfabeto no pode registrar-se como empresrio individual. d) O empresrio, cuja atividade principal seja a rural, no pode registrar-se no Registro Pblico de Empresas.

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e) O empresrio individual registra uma razo social no Registro Pblico de Empresas. 32. (Exame da Ordem 2009.1 empresarial, assinale a opo correta. a) A sociedade simples no possui personalidade jurdica, sendo desnecessria a inscrio de seu contrato social no Registro Civil das Pessoas Jurdicas do local de sua sede. b) Na sociedade em comum, todos os scios respondem limitadamente pelas obrigaes da sociedade; assim, todos os scios podem valer-se do benefcio de ordem a que os scios da sociedade simples fazem jus. c) As cooperativas, independentemente do objeto social, so sempre sociedades simples. d) A sociedade annima pode adotar a forma simples, desde que o seu objeto social compreenda atividades tipicamente civis. 33. (Analista FGV) Assinale a opo correta, acerca da escriturao das sociedades empresrias. a) Todas as sociedades empresrias so obrigadas a se registrar na junta comercial competente antes de iniciar suas atividades, mas patrimonial e de resultado econmico anualmente. b) Os livros empresariais obrigatrios, antes de postos em uso, devem ser autenticados no registro pblico de empresas mercantis, salvo disposio de lei em sentido contrrio. c) So livros empresariais indispensveis a todas as sociedades empresrias o razo e o de registro de duplicatas. d) No curso de processo judicial, o juiz de direito tem competncia para determinar a exibio integral dos livros e papis de escriturao das sociedades empresrias em quaisquer hipteses. e) O livro dirio no pode ser substitudo em nenhuma hiptese. 34. (Auditor Fiscal Receita Federal 2009 ESAF) Com relao teoria geral do direito empresarial, assinale a opo correta. apenas as que tenham capital social superior a R$ 200.000,00 devem levantar balano CESPE) Considerando os vrios tipos de

sociedades descritos no Cdigo Civil e com base na teoria geral do direito

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a) Para o direito empresarial brasileiro, o conceito de empresa objetivo, ou seja, empresa o estabelecimento, enquanto empresrio, a pessoa fsica que exerce sua atividade na empresa. b) Nome empresarial e ttulo do estabelecimento so conceitos que no se confundem, uma vez que o nome empresarial se refere s relaes do empresrio perante os consumidores em geral, enquanto o ttulo do estabelecimento significa a forma empresarial adotada no que concerne limitao da responsabilidade. c) A sociedade annima opera sob firma ou razo social, sempre designativa do objeto social e integrada pelas expresses sociedade annima ou companhia, por extenso ou abreviadamente. d) Considera-se gerente o preposto permanente no exerccio da empresa, na sede desta ou em sucursal, filial ou agncia. O preponente responde com o gerente pelos atos que este pratique em seu prprio nome, mas conta daquele. 35. (FGV - TJ PA) Analise as proposies a seguir a respeito da falncia: I. So exigveis na falncia todas as obrigaes do devedor, inclusive as obrigaes a ttulo gratuito. II. Requerida a sua falncia, no pode mais o devedor pleitear a recuperao judicial. III. No processo falimentar, o devedor, uma vez citado, ter quinze dias para apresentar contestao. Assinale: a) se apenas a proposio I estiver correta. b) se apenas a proposio II estiver correta. c) se apenas a proposio III estiver correta. d) se apenas as proposies I e II estiverem corretas. e) se nenhuma proposio estiver correta. 36. (Direito Comercial- Auditor Fiscal Receita Federal 2009 ESAF) Assinale abaixo o crdito com maior prioridade na falncia. a) Crditos com garantia real. b) Crditos fiscais, excetuadas as multas tributrias. c) Crditos com privilgio geral. d) Crditos quirografrios. e) Crditos derivados da legislao trabalhista, nos limites legais.

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DIREITO PROCESSUAL CIVIL 37. (Competncia) Ferido o critrio material de determinao da competncia, temos a incompetncia absoluta, e reconhecida a incompetncia absoluta todos os atos decisrios so nulos, o que gera a extino do processo sem resoluo do mrito; j quando ferido o critrio territorial de determinao de competncia, ocorre to somente a incompetncia relativa, onde os autos so remetidos ao juzo competente. ( ) 38. (Interveno de Terceiros) Marcelo, fiador de seu primo Andr em contrato de locao de imvel, foi citado para responder ao de cobrana de aluguis devidos ao locador e verificou que o primo no est no polo passivo da demanda. Nessa situao hipottica, para fazer que o locatrio integre a lide, Marcelo poder valer-se de a) nomeao autoria. b) oposio. c) denunciao da lide. d) chamamento ao processo. 39. (Atos do Juiz) possvel ao Juiz indeferir a petio inicial, sendo licito afirmar que referida sentena poder, excepcionalmente, gerar coisa julgada material. Indeferida a petio inicial o autor poder apelar viabilizando ao Juiz o exerccio do juzo de retratao. ( ) 40. (Revelia) Uma vez citado o ru de forma vlida, caso no apresente sua contestao, ser considerado ru revel. Entretanto, apesar de revel, podemos afirmar que h situaes em que no teremos como verdadeiros os fatos afirmados pelo autor na petio inicial. ( ) 41. (Recurso) Caber agravo da deciso do juiz singular que excluir da lide uma das partes, por ilegtima, prosseguindo o processo em relao outra e uma vez interposto o recurso o recorrente pode desistir do recurso interposto. ( ) 42. (Processo de Execuo) Caracteriza-se a fraude de execuo somente quando o devedor aliena bens durante o processo de execuo. ( ) 43. (Embargos a Execuo) Os embargos independem de prvia segurana do 21

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juzo, no possuindo, em regra, efeito suspensivo.( ) 44. (Cumprimento de sentena) Somente aps a penhora e a avaliao dos bens que Beatriz ser intimada para oferecer impugnao. ( ) DIREITO TRIBUTRIO 45. (FGV/SEFAZ RJ/ 2010) No que concerne competncia tributria dos entes federados, analise as afirmativas a seguir: I. a Unio no poder, em nenhuma hiptese, instituir impostos que tenham fato gerador ou base de clculo prprios de impostos de competncia estadual. II. o Distrito Federal poder instituir contribuio para o custeio do servio de iluminao pblica. III. os Municpios, em nenhuma hiptese, podero instituir taxas com base de clculo prpria de impostos. Assinale: a) se somente a afirmativa I estiver correta. b) se somente a afirmativa III estiver correta. c) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. d) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. e) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. 46. (FGV/SEFAZ-RJ/2011) A respeito da imunidade tributria, correto afirmar que: a) os templos de qualquer culto no podero ser tributados em relao ao IPTU e s taxas de contribuio de melhoria. b) a imunidade recproca entre os entes federados absoluta, ou seja, abarca todas as espcies de tributos. c) as imunidades seguem as regras de competncia previstas na Constituio, mas so criadas por meio de lei. d) as entidades sindicais dos trabalhadores e as patronais gozam de imunidade tributria. e) a imunidade recproca entre os entes federados no se aplica em relao Contribuio Social sobre o Lucro Lquido.

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47. (FGV/SEFAZ-RJ/2011) A respeito dos princpios constitucionais tributrios, assinale a alternativa correta, considerando que a segunda assertiva decorrncia lgico-jurdica da primeira. a) O princpio da capacidade contributiva tem por finalidade atingir a justia fiscal, / e essa finalidade s alcanada pela progressividade obrigatria das espcies de tributos. b) O princpio da capacidade contributiva determina que os impostos tenham, sempre, carter pessoal; / assim sendo, os impostos devem ser graduados segundo a capacidade econmica do contribuinte. c) O princpio da vedao do tributo confiscatrio impede a utilizao de imposto com tal efeito; / dessa forma, o imposto s ser confiscatrio se ultrapassar 33% da renda. d) O princpio da vedao do tributo confiscatrio impede a utilizao de imposto com efeito de confisco, / mas no h percentual que estabelea previamente os limites do tributo confiscatrio. e) O princpio da legalidade veda aos entes da Federao que se exija ou aumente tributo sem lei que o estabelea; / desse modo, a atualizao do valor monetrio da base de clculo do tributo tem de ser sempre prevista em lei. 48. (FGV/OAB 2010.2) De acordo com o Cdigo Tributrio Nacional, aplica-se retroativamente a lei tributria na hiptese de: a) analogia, quando esta favorecer o contribuinte. b) extino do tributo, ainda no definitivamente constitudo. c) graduao quanto natureza de tributo aplicvel, desde que no seja hiptese de crime. d) ato no definitivamente julgado, quando a lei nova lhe comine penalidade menos severa que a prevista na lei vigente ao tempo de sua prtica. 49. (FGV/SEFAZ-RJ/2011) O objeto da obrigao tributria se traduz em uma prestao, de cunho patrimonial ou no, devida pelo contribuinte ou responsvel. Em relao obrigao tributria, correto dizer que: a) a obrigao tributria de contedo patrimonial chamada de obrigao principal, ao passo que a acessria se caracteriza pela prestao de contedo no patrimonial, consubstanciada em obrigaes de fazer e no fazer. Entretanto, a no observncia da obrigao acessria tem o condo de convert-la em principal relativamente penalidade pecuniria.

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b) a obrigao tributria principal, representada por uma obrigao de dar, surge no momento do lanamento do tributo que, por sua vez, constitui o crdito tributrio. Esta obrigao decorre de legislao tributria especfica e extingue-se juntamente com o crdito dela decorrente. c) a obrigao tributria, seja ela principal ou acessria, sempre uma obrigao de cunho patrimonial quando se refere a uma obrigao de fazer ou no fazer. d) de modo anlogo obrigao civil, a obrigao tributria acessria decorre da obrigao principal. Nesse diapaso, tambm pode se dizer que, extinta a obrigao principal, extinta est a obrigao acessria, mas a extino da obrigao acessria no implica, necessariamente, a extino da obrigao principal. e) a obrigao acessria, caracterizada por obrigaes de fazer e no fazer tais como emitir notas fiscais, manter a escriturao dos livros em dia, entregar as declaraes de acordo com as instrues do fisco, no impedir o livre acesso da fiscalizao empresa, etc., decorre de legislao tributria especfica, no interesse exclusivo de arrecadao dos tributos. 50. (FGV/SEFAZ-RJ/2011) A respeito do lanamento, correto afirmar que: a) se reporta data de ocorrncia do fato gerador e regido pela lei ento vigente, exceto se esta for posteriormente modificada ou revogada. Nesse caso, por fora do princpio da supremacia do interesse pblico, ainda que a lei nova venha a prejudicar o contribuinte ou responsvel pelo pagamento do tributo, ela ser aplicvel de imediato se entrar em vigor entre a data de ocorrncia do fato gerador e a data do lanamento. b) o lanamento do Imposto de Renda tido como lanamento por declarao. Nesse tipo de lanamento, o sujeito passivo tem o dever de, se for o caso, antecipar o pagamento sem o prvio exame da autoridade administrativa. Esse pagamento extingue o crdito tributrio, sob condio de posterior homologao do lanamento pela autoridade fazendria, que tem 5 (cinco) anos para tanto, caso a lei no fixe prazo determinado. c) um dos casos em que o lanamento considerado de declarao ocorre quando se comprove falsidade, erro ou omisso quanto a qualquer elemento definido na legislao tributria como sendo de declarao obrigatria. d) por fora de previso legal, a autoridade administrativa tem o poder de delegar o lanamento tributrio s entidades da administrao pblica indireta que sejam pessoas jurdicas de direito pblico. Nesse caso, so aplicveis as disposies do CTN referentes constituio do crdito tributrio, que inclui, entre outras, a responsabilidade funcional do servidor pblico pelas informaes prestadas ao 24

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fisco. e) quando o lanamento regularmente notificado ao sujeito passivo, ele s pode ser alterado pela impugnao do sujeito passivo, por recurso de ofcio, ou por iniciativa de ofcio da autoridade administrativa, nos casos previstos expressamente no CTN. No se pode esquecer que a reviso do lanamento somente pode ser iniciada enquanto no extinto o direito da Fazenda Pblica. 51. (FGV/SEFAZ RJ/2009) Com relao s formas de extino do crdito tributrio, analise as seguintes afirmativas: I. A dao em pagamento, consoante o artigo 156 do Cdigo Tributrio Nacional, pode ocorrer tanto em relao aos bens mveis como aos bens imveis. II. A impossibilidade do pagamento, no sistema brasileiro, forma legalmente (Cdigo Tributrio Nacional) prevista de extino do crdito tributrio. III. O crdito tributrio ser extinto por deciso administrativa favorvel ao contribuinte contra a qual no possa mais ser oposto recurso ou ao anulatria. Assinale: a) se somente a afirmativa I estiver correta. b) se somente a afirmativa III estiver correta. c) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. d) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. e) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. 52. (FGV/OAB-PE/2010.3) Na denncia espontnea, o sujeito passivo tem direito excluso a) da multa e dos juros. b) da multa e da correo monetria. c) apenas dos juros. d) apenas da multa. 53. (FGV/OAB-PE/2010.3) Nos autos de uma ao de divrcio, os ex-cnjuges, casados em regime de comunho total de bens, dividiram o patrimnio total existente da seguinte maneira: o imvel situado no Municpio X, no valor de R$ 50.000,00, pertencer ao ex-marido, enquanto o imvel situado no Municpio Y, no valor de R$ 30.000,00, pertencer ex-esposa. Assinale a alternativa correta quanto tributao incidente nessa partilha. a) O tributo a ser recolhido ser o ITCMD, de competncia do Estado, e incidir sobre a base de clculo no valor de R$ 10.000,00. 25

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b) O tributo a ser recolhido ser o ITBI, sobre ambos os imveis, cada qual para o municpio de localizao do bem. c) O tributo a ser recolhido ser o ITBI, de competncia do Municpio, e incidir sobre a base de clculo no valor de R$ 10.000,00. d) No h tributo a ser recolhido, pois, como o regime de casamento era o da comunho total de bens, no h transferncia de bens, mas simples repartio do patrimnio comum de cada ex-cnjuge. DIREITO CIVIL PARTE GERAL DO DIREITO CIVIL No se esquea a diferena de ato nulo e anulvel: a) Ato nulo: juiz deve declarar de ofcio, no convalesce e no pode ser confirmado ou ratificado b) Ato anulvel: juiz no pode agir de ofcio, convalesce e pode ser confirmado ou ratificado. No se esquea dos defeitos do negcio jurdico Defeitos do negcio jurdico: so vcios que incidem no ato, tornando-os anulveis. So dois tipos de defeitos do negcio jurdico: a) Vcios da vontade: erro, dolo, coao, estado de perigo e leso b) Vcios Sociais: fraude contra credores Simulao no mais defeito do negcio jurdico,pois torna o negcio jurdico nulo, sendo causa autnoma de nulidade. Outro ponto importante: pertenas So bens acessrios que so afetados de forma duradoura a um bem principal para servir os seus fins. Exemplos: ar condicionado e os demais bens mveis que guarnecem um imvel. Observao 1: no sero pertenas se constiturem partes integrantes do bem Observao 2: os negcios que dizem respeito ao bem principal no abrangem, em regra, as pertenas, apenas se resultar da vontade das partes, da natureza do ato ou das circunstncias.

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DIREITO DAS OBRIGAES A obrigao se constitui a partir da existncia de um devedor devendo uma prestao para um credor. No se esquea que pode haver transmisso das obrigaes, ou seja, o credor transmitir seu crdito a um terceiro ou um terceiro assumir o dbito do devedor. Assim sendo, transmisso das obrigaes representa uma troca subjetiva nos plos da obrigao, podendo ser de dois tipos: a) Cesso de crdito: troca de credor, ou seja, no plo ativo da obrigao b) Assuno de dvida: troca de devedor, ou seja, no plo passivo da obrigao DIREITO DOS CONTRATOS Em contratos, a dica voc lembrar das garantias implcitas impostas ao alienante. Quando uma pessoa aliena um bem, a lei lhe impe duas garantias: vcios redibitrios e evico. a) Vcios redibitrios: defeitos matrias ocultos no bem, que tornam o bem imprprio para o seu uso ou que lhe diminuem o valor. b) Evico: perda judicial do bem em razo de defeito jurdico anterior alienao, que faz o adquirente do bem perd-lo para um terceiro. Lembre-se de trs regrinhas que se aplicam tanto ao vcio redibitrio quanto evico: a) O alienante responde por eles, mesmo que no venha expresso no contrato b) O alienante responde por eles apenas quando a alienao for onerosa (o alienante responde em caso de doao quando esta for onerosa, ou seja, com encargo) c) O alienante responde por eles, mesmo quando a aquisio do bem se der em hasta pblica RESPONSABILIDADE CIVIL Normalmente, quem causa o dano quem tem o dever de indenizar. No entanto, o art. 932 do Cdigo Civil traz casos em que o dano no ser indenizado por quem o causou, pois traz casos em que eu tenho que indenizar danos causados por um terceiro. Nesse sentido, respondem os pais por atos de filhos menores que estejam sob sua autoridade e em sua companhia, nos mesmo termos em que tutor responde por 27

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ato de tutelado e curador por ato de curatelado, empregador ou comitente responde por ato de empregado, servial ou preposto, instituies de ensino e de hospedagem por atos de seus educandos e hspedes, bem como aqueles que participarem gratuitamente no produto do crime at a concorrente quantia. No se esquea que a responsabilidade desse terceiro objetiva, ou seja, independe de culpa. No entanto, poder cobrar em regresso de quem causou o dano, para o que ter que provar culpa. S no ter ao regressiva contra descendente seu, que seja absoluta ou relativamente incapaz. Vale ainda lembrar: em regra, pais, tutores e curadores respondem civilmente pelos danos causados por seus filhos menores, tutelados e curatelados. No entanto, excepcionalmente, em dois casos o incapaz pode responder civilmente com seus bens pelos danos que causar: se as pessoas por eles responsveis no tiverem condies financeiras para indenizar ou quando no tiverem a obrigao de faz-lo. Para que o incapaz responda, deve ter condies financeiras para tal e s ser condenado a indenizar se no priv-lo e quem dele dependa (art. 928 do Cdigo Civil). DIREITOS REAIS Vale destacar os efeitos da posse, tema que vem exposto nos arts. 1210 a 1222 do Cdigo Civil. a) Proteo possessria: Podem ser de dois tipos: autotutela e heterotutela. A autotutela pode ser: legitima defesa da posse (diante de turbao) e desforo imediato (diante de esbulho). A heterotutela a proteo atravs das aes possessrias, que podem ser de trs tipos: reintegrao de posse (diante de esbulho), manuteno de posse (diante de turbao) e interdito proibitrio (diante de ameaa). Lembre-se da fungibilidade das aes possessrias, que a ao possessria uma ao dplice e que ela pode ser de fora nova ou de fora velha, diferindo no procedimento especial ou comum. b) Posse e benfeitorias: O possuidor tem direito de receber indenizao pelas benfeitorias que realiza no bem quando a perde? Depende se a posse de boa-f ou de m-f e tambm do tipo de benfeitoria: (i) Possuidor de boa-f (art. 1219): tem direito de ser indenizado pelas

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benfeitorias necessrias e teis. J as volupturias, se no lhe forem pagas, poder apenas levant-las, desde que no prejudique o bem principal. Pela indenizao, tem direito de reteno. (ii) Possuidor de m-f (art. 1220): s tem direito de ser indenizado pelas benfeitorias necessrias, pela qual no trem direito de reteno. c) Posse e frutos Quem tem posse e colhe frutos tem que indenizar os frutos colhidos caso venha a perd-lo? Depende se a posse de boa-f ou de m-f. O possuidor faz seus os frutos colhidos enquanto durar a boa f. Se a posse de m-f, tem obrigao de indenizar no s os frutos colhidos, mas aqueles que se perderam por sua causa, tendo apenas direito de abater o que gastou na produo para evitar o enriquecimento sem causa. d) Posse e responsabilidade pela perda ou deteriorao do bem Possuidor que destri ou deteriora um bem, tem dever de indenizar ao caso venha a perd-lo? Depende se a posse de boa-f ou se de m-f. O possuidor de boaf tem que indenizar se deu causa e o possuidor de m-f dever indenizar mesmo que tenha se dado acidentalmente, apenas no tendo essa obrigao se provar que a perda ou deteriorao se daria da mesma forma estando o bem na posse do reivindicante. DIREITO DE FAMLIA No confunda causa impeditiva do casamento com causa suspensiva do casamento: causa impeditiva quando no podem casar enquanto que a causa suspensiva quando no devem casar. Causa Impeditiva: so situaes em que determinadas pessoas no podem casar. Se casarem, o casamento invlido, do tipo nulo. Os casos esto previstos no art. 1521 do Cdigo Civil. Causa suspensiva: so situaes transitrias em que no devem casar. Se casarem, o casamento vlido, pois no h proibio em lei, mas sofrero uma punio: obrigatoriamente devero adotar o regime da separao de bens. Os casos esto previstos no art. 1523 do Cdigo Civil. DIREITO DAS SUCESSES Importante voc conhecer a ordem de vocao hereditria, ou seja, em que

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ordem a lei estabelece a definio dos sucessores dos bens de uma pessoa que vem a bito. A ordem vem prevista no art. 1829 do Cdigo Civil, valendo a pena uma rpida memorizao para sua prova da OAB. Ateno: no se esquea que meao no se confunde com herana. Se o de cujos era casado, a depender o regime de bens, o cnjuge tem direito metade dos bens do morto, mas isso no herdar. S objeto de herana a parte do patrimnio que pertence ao de cujos. ESTATUTO DA CRIANA E DO ADOLESCENTE 54. luz do ECA, assinale a opo correta. a) A internao constitui medida privativa de liberdade e, dada essa condio, no permitida ao adolescente interno a realizao de atividades externas, como trabalho e estudo. 121 1 b) A medida de internao poder ser aplicada, ainda que haja outra medida adequada, se o MP assim requerer. 1222 c) Poder ser decretada a incomunicabilidade do adolescente, a critrio da autoridade competente, quando ele praticar atos reiterados de indisciplina. 1241 d) Em caso de internao, a autoridade judiciria poder suspender temporariamente a visita, inclusive de pais ou responsvel, se existirem motivos srios e fundados de prejudicialidade aos interesses do adolescente. 1242 55. Com relao s disposies do ECA acerca da colocao da criana e do adolescente em famlia substituta, assinale a opo correta. a) Somente a adoo constitui forma de colocao da criana em famlia substituta. 28 b) O guardio no pode incluir a criana que esteja sob sua guarda como beneficiria de seu sistema previdencirio visto que a guarda no confere criana condio de dependente do guardio. 333 c) A colocao da criana em famlia substituta, na modalidade de adoo, constitui medida excepcional, preferindo-se que ela seja criada e educada no seio saudvel de sua famlia natural. 19

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d) A guarda destina-se a regularizar a posse de fato e, uma vez deferida pelo juiz, no pode ser posteriormente revogada. 35 56. Acerca do Estatuto da Criana e do Adolescente (ECA), assinale a opo

correta. a) Os crimes definidos no ECA so de ao pblica condicionada. 227 b) A internao, antes da sentena, pode ser determinada por prazo mximo de 65 dias. 108 c) O adolescente civilmente identificado no ser submetido a identificao compulsria pelos rgos policiais, de proteo e judiciais, salvo para efeito de confrontao, havendo dvida fundada. 109 d) No assegurado ao adolescente infrator o direito de solicitar a presena de seus pais ou responsvel em qualquer fase do procedimento. 110,VI 57. A Lei no 12.010/09, conhecida como Lei Nacional de Adoo: a) trouxe modificaes essenciais nos princpios que regiam, segundo a redao original do Estatuto da Criana e do Adolescente, o instituto da adoo em nosso pas. b) ampliou as possibilidades de adoo em favor de candidato domiciliado no Brasil no cadastrado previamente nos termos desta Lei. c) introduziu no texto do Estatuto da Criana e do Adolescente o conceito de famlia extensa ou ampliada. d) imps a criao e implementao de um nico cadastro de pessoas ou casais, nacionais ou estrangeiros, habilitados adoo. e) desjudicializou o controle do acolhimento institucional de crianas e

adolescentes. 58. Pelo que dispe expressamente o Estatuto da Criana e do Adolescente, a Justia da Infncia e Juventude a) competente para, em alguns casos, suprir a capacidade ou o consentimento para o casamento. 148 p.nico c+ 98 b) deve contar com equipe interprofissional de assessoramento cujos

componentes tm assegurada livre manifestao do ponto de vista tcnico, no estando subordinados imediatamente autoridade judiciria. 151

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c) deve contar com um corpo executivo, denominado Comissariado da Infncia e Juventude, cuja funo, entre outras, apoiar o cumprimento das decises judiciais. 194 - no h mais o comissariado de menores, h , sim, corpo de voluntrios credenciados. d) regida, em seus atos e procedimentos, pelo princpio da informalidade. 152/153 e) deve contar com varas especializadas criadas obrigatoriamente pelos Estados e pelo Distrito Federal nas comarcas de grande porte. 145 podero DIREITO INTERNACIONAL 59. Pierre de Oliveira nasceu na Frana, filho de pai brasileiro (que poca se encontrava em viagem privada de estudos) e me francesa. Viveu at os 25 anos em Paris, onde se formou em anlise de sistemas e se ps-graduou em segurana de rede. Em 2007, Pierre foi convidado por uma universidade brasileira para fazer parte de um projeto de pesquisa destinado a desenvolver um sistema de segurana para uso de instituies financeiras. Embora viajasse com freqncia para a Frana, Pierre passou a residir no Brasil, optando, em 2008, pela nacionalidade brasileira. No incio de 2010, uma investigao conjunta entre as polcias brasileira e francesa descobriu que Pierre fez parte, no passado, de uma quadrilha internacional de hackers. Detido em So Paulo, ele confessou que, entre 2004 e 2005, quando ainda vivia em Paris, invadiu mais de uma vez a rede de um grande banco francs, desviando recursos para contas localizadas em parasos fiscais. Com relao ao caso hipottico acima, correto afirmar que: a) se a Frana assim requerer, Pierre poder ser extraditado, pois cometeu crime comum sujeito jurisdio francesa antes de optar pela nacionalidade brasileira. b) a critrio do Ministrio da Justia, Pierre poder ser expulso do territrio nacional pelo crime cometido no exterior antes do processo de aquisio da nacionalidade, a menos que tenha filho brasileiro que, comprovadamente, esteja sob sua guarda e dele dependa economicamente. c) Pierre poder ser deportado para a Frana, a menos que pea asilo poltico. d) Pierre no poder ser extraditado, expulso ou deportado em qualquer hiptese. 60. Compete autoridade judiciria brasileira, com excluso de qualquer outra, conhecer de aes: a) relativas a imveis situados no Brasil.

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b) quando no Brasil tiver de ser cumprida a obrigao. c) quando a ao se originar de fato ocorrido ou de ato praticado no Brasil. d) quando o ru, qualquer que seja sua nacionalidade, estiver domiciliado no Brasil. 61. Empresa brasileira, ao final de uma dura negociao de um contrato com uma empresa francesa, concorda em incluir no referido contrato uma clusula arbitral. A sede da arbitragem ser no Brasil, e as regras escolhidas so as da Cmara de Comrcio Internacional - CCI. Poucas semanas depois da assinatura do contrato, a empresa brasileira descobre que algumas informaes prestadas pela empresa francesa quanto sua capacidade financeira, includas como exigncias no contrato, no estavam corretas. Imediatamente, tem incio uma ao na justia brasileira contra a filial brasileira da empresa francesa contratante. O juiz a quem for distribudo o processo: a) deve julg-lo normalmente, pois h competncia da justia brasileira, nesse caso, luz do artigo 88 do Cdigo de Processo Civil. b) deve extinguir a causa sem julgamento do mrito, em razo da existncia e da autonomia da clusula arbitral. c) deve encaminhar o pedido Cmara de Comrcio Internacional de Paris, por meio de carta rogatria ativa. d) deve extinguir a causa sem julgamento do mrito, pois a filial da empresa francesa no parte integrante do contrato. e) pode solicitar informaes sobre a idoneidade da empresa francesa, por meio do auxilio direto, antes de decidir sobre a sua competncia 62. Em junho de 2009, uma construtora brasileira assina, na Cidade do Cabo, frica do Sul, contrato de empreitada com uma empresa local, tendo por objeto a duplicao de um trecho da rodovia que liga a Cidade do Cabo capital do pas, Pretria. As contratantes elegem o foro da comarca de So Paulo para dirimir eventuais dvidas. Um ano depois, as partes se desentendem quanto aos critrios tcnicos de medio das obras e no conseguem chegar a uma soluo amigvel. A construtora brasileira decide, ento, ajuizar, na justia paulista, uma ao rescisria com o objetivo de colocar termo ao contrato. Com relao ao caso hipottico acima, correto afirmar que: a) o Poder Judicirio brasileiro no competente para conhecer e julgar a lide, pois o foro para dirimir questes em matria contratual necessariamente o do local onde o contrato assinado.

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b) o juiz brasileiro poder conhecer e julgar a lide, mas dever basear sua deciso na legislao sul-africana, pois os contratos se regem pela lei do local de sua assinatura. c) o juiz brasileiro poder conhecer e julgar a lide, mas dever basear sua deciso na legislao brasileira, pois um juiz brasileiro no pode ser obrigado a aplicar leis estrangeiras. d) o juiz brasileiro poder conhecer e julgar a lide, mas dever se basear na legislao brasileira, pois em litgios envolvendo brasileiros e estrangeiros aplica-se a lex fori. DIREITO CONSTITUCIONAL 63. Acerca do Controle de Constitucionalidade, marque a opo correta: a) O STF s pode determinar a modulao dos efeitos da deciso que declara a inconstitucionalidade de norma em controle abstrato. b) Em ao direta de inconstitucionalidade, a deciso sobre a constitucionalidade de uma lei s poder ser tomada se estiverem presentes ao menos 6 dos 11 ministros do STF na sesso de julgamento. c) No mbito da argio de descumprimento de preceito fundamental, a liminar pode ser concedida para suspender a eficcia do ato normativo impugnado ou da deciso judicial, mesmo na hiptese de coisa julgada. d) possvel a utilizao da via da ao civil pblica para declarar incidentalmente a inconstitucionalidade de uma lei, sob pena de usurpao da competncia do STF, mesmo a sentena proferida naquela ao possuindo eficcia erga omnes. 64. Sobre o processo legislativo, analise os itens a seguir: I. Se o presidente da Repblica editasse medida provisria fixando em 60% o nmero mximo de candidatos do mesmo sexo que um partido poderia registrar para concorrer a eleies proporcionais, esse diploma normativo seria eivado de inconstitucionalidade. II. O STF admite excepcionalmente o controle judicial sobre os pressupostos constitucionais da medida provisria; III. O presidente da Repblica dispe de 48 horas para vetar um projeto de lei, contadas da data de seu recebimento, devendo, dentro de 24 horas, comunicar os motivos do veto ao presidente do Senado Federal. IV. O presidente da Repblica poder solicitar urgncia para votao de projetos de lei da iniciativa tanto de deputados federais quanto de senadores.

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V. O Poder Legislativo no detm competncia para emendar projeto de lei de iniciativa reservada ao chefe do Poder Executivo. Esto incorretos os itens: a) I e II b) I, III e IV c) III, IV e V d) II, IV e V 65. No que tange competncia constitucional dos entes da Federao, incorreto afirmar que: a) competente o Municpio para fixar o tempo de espera de fila em bancos b) inconstitucional a lei ou ato normativo estadual ou distrital que disponha sobre consrcios e sorteios, inclusive bingos e loterias. c) compete aos Estados e ao Distrito Federal legislar, concorrentemente com a Unio, sobre direito tributrio, financeiro, penitencirio, econmico, urbanstico. d) na competncia concorrente, a supervenincia de lei federal sobre normas gerais sempre suspender a eficcia da lei estadual. 66. Examine as proposies abaixo e responda: I. Os tratados e convenes internacionais sobre direitos humanos, aprovados em cada uma das Casas do Congresso Nacional por 2/3 dos votos dos seus respectivos membros, sero equivalentes s emendas constitucionais. II. O direito de reunio em locais pblicos pode ser exercido independentemente de autorizao ou prvio aviso autoridade competente, desde que tenha fins pacficos e no frustre outra reunio j anteriormente convocada para o mesmo local. III. Consoante doutrina e jurisprudncia do Supremo Tribunal Federal, as garantias fundamentais previstas na Constituio abrangem no apenas os brasileiros natos ou naturalizados, mas tambm os estrangeiros, residentes ou no no pas, e as pessoas jurdicas. IV. O princpio da legalidade se equivale ao princpio da reserva legal na medida em que uma obrigao somente chega ao particular mediante lei. a) H apenas uma proposio verdadeira. b) Todas as proposies so verdadeiras. c) H apenas trs proposies verdadeiras. d) H apenas duas proposies verdadeiras. 35

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67. Considere que, no estado de Pernambuco, tenha sido editada uma lei (Lei A) que determina que os donos de cachorro devem pagar certa taxa ao Governo local. Para efeitos desse problema, suponha que essa taxa seja incontroversamente constitucional. Essa lei esteve em vigor por anos, at que nova lei (Lei B) revogou a Lei A e ainda concedeu benefcios fiscais aos proprietrios de ces. A nova lei objeto, porm, de ao direta de inconstitucionalidade, na qual foi concedida liminar, suspendendo a sua execuo, sem se declarar a partir de quando a liminar surtiria efeitos. Nesse caso, assinale a opo correta. a) Depois da liminar e enquanto esta estiver em vigor, Pernambuco poder cobrar dos donos de cachorro a quantia relativa taxa que no foi paga durante o perodo em que esteve em vigor a Lei B. b) Enquanto a liminar estiver em vigor, a Assemblia legislativa no poder editar outro diploma sobre o assunto da taxao dos donos de cachorro. c) Depois da concesso da liminar, os donos de cachorro esto sujeitos ao pagamento da taxa prevista na Lei A. d) Pernambuco, depois da liminar do STF e enquanto esta estiver em vigor, no poder cobrar a taxa dos proprietrios de cachorro, mas tampouco esses podero invocar, em tempo algum, o benefcio fiscal previsto na Lei B. 68. Ao Supremo Tribunal Federal cabe julgar, em recurso extraordinrio: a) o crime poltico. b) a extradio solicitada por Estado estrangeiro. c) as causas decididas em nica ou ltima instncia, quando a deciso recorrida julgar vlida lei ou ato de governo local contestado em face da Constituio. d) as causas decididas em nica ou ltima instncia, pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos Tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territrios, quando a deciso recorrida julgar vlida lei ou ato de governo local contestado em face de lei federal. 69. Sobre as atribuies do Poder Legislativo, marque a opo que est de acordo com a CRFB/88: a) Compete ao Congresso Nacional a tomada de contas do presidente da Repblica, quando estas no forem apresentadas dentro de sessenta dias aps a abertura da sesso legislativa.

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b) Cabe ao Senado Federal processar e julgar, nos crimes de responsabilidade, o presidente da Repblica, o vice-presidente da Repblica, os ministros do STF, o procurador-geral da Repblica e o advogado-geral da Unio, bem como, em qualquer hiptese, os comandantes da Marinha, do Exrcito e da Aeronutica. c) de competncia da Cmara dos Deputados autorizar a instaurao de processo por crime de responsabilidade cometido pelo Presidente da Repblica e Vice-Presidente da Repblica, mediante quorum qualificado de trs quintos de seus membros. d) Em caso de crime de responsabilidade do Presidente da Repblica, a competncia para o julgamento do Senado Federal, sob a presidncia do presidente do STF, sendo que a condenao depende da deliberao favorvel do equivalente a 2/3 dos votos daquela Casa Parlamentar. 70. Considerando a organizao poltico-administrativa brasileira, assinale a opo correta a respeito dos entes federativos. a) A interveno da Unio nos estados para prover a execuo de lei federal depende de provimento, pelo STJ, de representao formulada pelo procuradorgeral da Repblica. b) cabvel interveno estadual em municpio nos casos em que o tribunal de justia der provimento a representao para assegurar a observncia de princpios expressos na constituio estadual, admitindo-se a interposio de recurso extraordinrio em face do acrdo que deferir o pedido de interveno. c) Nem o DF nem os territrios podem ser divididos em municpios. d) No que concerne Organizao do Estado, se um Estado for dividido em vrios novos Estados-membros, com o ente originrio perdendo a sua personalidade, ocorrer a hiptese de alterao divisional interna denominada subdiviso. DIREITO PROCESSUAL PENAL 71. (FCC/ANALISTA ADMINISTRATIVO/TRE/MS/2007) Considere as

afirmativas abaixo a respeito da competncia, de acordo com as normas estabelecidas no Cdigo de Processo Penal. I. A competncia ser, de regra, determinada pelo lugar em que se consumar a infrao, ou, no caso de tentativa, pelo lugar em que for praticado o ltimo ato de execuo. II. Tratando-se de infrao continuada ou permanente, praticada em territrio de duas ou mais jurisdies, a competncia firmar-se- pela preveno.

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III. No sendo conhecido o lugar da infrao, a competncia regular-se- pelo domiclio ou residncia da vtima. IV. Nos casos de exclusiva ao privada, o querelante poder preferir o foro de domiclio ou da residncia do ru, exceto quando conhecido o lugar da infrao. correto o que se afirma APENAS em a) I e II. b) I e IV. c) I, II e III. d) II e IV. e) III e IV. 72. (FCC Promotor/CE Janeiro de 2009) Com relao s regras de provas do Cdigo de Processo Penal, pode-se afirmar: a) adotou a teoria dos frutos da rvore envenenada e a teoria da fonte independente. b) na inquirio das testemunhas as perguntas das partes sero feitas por intermdio do juiz. c) se a infrao deixar vestgios, a falta de exame de corpo de delito poder ser suprida pela confisso do acusado. d) a busca domiciliar, por ser medida de natureza cautelar, s se justifica quando fundadas razes a autorizarem e, se realizada para prender pessoas condenadas, poder ser feita em qualquer momento. e) o juiz poder ordenar, somente quando iniciada a ao penal, a produo antecipada de provas urgentes e relevantes. 73. (POLCIA CIVIL/SC 2008 ACAFE Delegado de Polcia Substituto) Correlacione a segunda coluna de acordo com a primeira, considerando as modalidades de flagrante com os seus respectivos conceitos. ( 1 ) Flagrante prprio ( 2 ) Flagrante imprprio ( 3 ) Flagrante ficto ou assimilado ( 4 ) Flagrante esperado ( 5 ) Flagrante preparado ( ) Ocorre quando o agente preso, logo depois de cometer a infrao, com

instrumentos, armas, objetos ou papis que faam presumir ser ele o autor da infrao.

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(

) Ocorre quando a ao policial aguarda o momento da prtica delituosa,

valendo-se de investigao anterior, para efetivar a priso, sem utilizao de agente provocador. ( ) Ocorre quando o agente perseguido, logo aps cometer o delito, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em situao que faa presumir ser autor da infrao. ( ( ) Ocorre quando algum provoca o agente prtica de um crime, ao mesmo ) Ocorre quando o agente surpreendido cometendo uma infrao penal ou tempo em que toma providncias para que o mesmo no se consume. quando acaba de comet-la. A seqncia correta, de cima para baixo, : a) 4 - 3 - 2 - 1 - 5 b) 2 - 4 - 1 - 5 - 3 c) 5 - 1 - 3 - 2 - 4 d) 3 - 4 - 2 - 5 1 e) 3 4 2 1 - 5 74. (TJ/MS 2008 FGV Juiz Substituto) Relativamente ao inqurito policial, correto afirmar que: a) a autoridade assegurar no inqurito o sigilo necessrio elucidao do fato, aplicando, porm, em todas as suas manifestaes, os princpios do contraditrio e da ampla defesa. b) a autoridade policial poder mandar arquivar autos de inqurito por falta de base para a denncia. c) o inqurito dever terminar no prazo de 30 dias, se o indiciado estiver preso, ou no prazo de 60 dias, quando estiver solto. d) o inqurito policial no acompanhar a denncia ou queixa quando servir de base a uma ou outra. e) o indiciado poder requerer autoridade policial a realizao de qualquer diligncia. 75. (UnB/CESPE PGE/CE-2008) Nos casos em que somente se procede mediante queixa, no ser considerada perempta a ao penal quando o querelante a) deixar de promover, aps iniciada a ao penal privada, o andamento do

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processo durante trinta dias seguidos. b) deixar de comparecer, sem motivo justificado, a qualquer ato do processo a que deva estar presente. c) deixar de formular o pedido de condenao nas alegaes finais. d) deixar de apresentar o rol de testemunhas na queixa-crime. e) for pessoa jurdica e esta se extinguir sem deixar sucessor DIREITOS HUMANOS 76. (FMP / Promotor de Justia AC / 2008) De acordo com a teoria dos direitos fundamentais, correto afirmar que a) os direitos sociais so caracterizados por exigir prestao estatal comissiva. b) os direitos individuais exigem do Estado prestao positiva. c) os direitos transindividuais vinculam-se idia de defesa do indivduo contra o Estado. d) inexiste possibilidade de sua vinculao aos particulares. 77. (FUNDEB / Delegado de Policia MG/ 2008) Analise as seguintes afirmativas acerca da Declarao Universal dos Direitos Humanos de 1948 e assinale com V as verdadeiras e com F as falsas. ( ) , tecnicamente, uma recomendao que a Assemblia Geral das Naes Unidas faz aos seus membros (Carta das Naes Unidas, art. 10). ( ) Mostra os abusos praticados pelas potncias ocidentais aps o encerramento das hostilidades, pois foi redigida sob o impacto das atrocidades cometidas na Segunda Guerra Mundial. ( ) Enuncia os valores fundamentais da liberdade, da igualdade e da fraternidade, mas omissa quanto proibio do trfico de escravos e da escravido. ( ) Representa a culminncia de um processo tico que levou ao reconhecimento da igualdade essencial de todo ser humano e de sua dignidade de pessoa. Assinale a alternativa que apresenta a seqncia de letras CORRETA. a) (V) (F) (V) (F) b) (F) (V) (F) (V) c) (V) (F) (F) (V) d) (F) (V) (V) (F)

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78. (MPT / Procurador Trabalho / 2007) Em relao aos mecanismos de proteo dos direitos humanos, INCORRETO afirmar que: a) a Comisso de Direitos Humanos das Naes Unidas, a par de fixar parmetros mnimos para a proteo dos direitos humanos, elaborando projetos para vrias convenes internacionais, tambm aprecia casos especficos de violaes a direitos humanos; b) o sistema interamericano tem como principal instrumento a Conveno Americana de Direitos Humanos, que estabelece a Comisso Interamericana e a Corte Interamericana de Direitos Humanos; c) no da competncia da Comisso Interamericana de Direitos Humanos examinar as comunicaes, encaminhadas por indivduos ou entidades no governamentais, que contenham denncia de violao a direito consagrado pela Conveno Americana, por Estado que dela seja parte; d) a Corte Interamericana de Direitos Humanos possui competncia consultiva e contenciosa; 79. (MPT / Procurador Trabalho / 2007) Em relao tutela constitucional dos direitos humanos: I considerando que os textos constitucionais ho de ser compreendidos como sistema que seleciona determinados valores sociais, pode-se afirmar que a Constituio da Repblica Federativa do Brasil elege a dignidade da pessoa humana como valor essencial que lhe d unidade de sentido; II o texto constitucional brasileiro privilegia a temtica dos direitos humanos, o que pode ser verificado pela nova topografia constitucional, apresentando j nos primeiros captulos avanado sistema de direitos e garantias; III a Constituio da Repblica de 1988 a primeira constituio brasileira a integrar, na declarao de direitos, os direitos sociais e a elencar o princpio da prevalncia dos direitos humanos como princpio fundamental a reger o Brasil nas relaes internacionais; IV a Constituio da Repblica de 1988 institui o princpio da aplicabilidade imediata das normas que traduzem direitos e garantias fundamentais, valendo dizer que cabe aos Poderes Pblicos conferir eficcia mxima e imediata a todo e qualquer preceito definidor de direito e garantia fundamental. De acordo com as assertivas acima, pode-se afirmar que: a) apenas as de nmeros I, II e III esto corretas; b) todas esto corretas;

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c) apenas as de nmeros I, III e IV esto corretas; d) apenas as de nmeros II, III e IV esto corretas; 80. (MPE SP/ MPE SP / 2010) Os tratados e convenes internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por trs quintos (3/5) dos votos dos respectivos membros, sero equivalentes: a) s emendas constitucionais. b) s leis complementares. c) s leis ordinrias. d) s leis delegadas. e) aos decretos legislativos. DIREITO PENAL 81. Alguns pontos merecem destaque nestes momentos que antecedem a prova. O primeiro que ressalto a analise dos elementos subjetivos do tipo, ou seja, o Dolo e a Culpa. Temos o crime doloso quando o agente objetiva o resultado ou assume o risco de produzi-lo. Pode ser subdividido em: Dolo Direto a circunstncia onde a conduta do agente orientada por sua vontade e a esta busca se adequar. Ex. Joo deseja matar Pedro. Vai at o encontro da vtima e atira objetivando conseguir o resultado morte. Dolo Eventual o sujeito ativo do delito, mesmo no desejando o resultado, aceita e assume o risco que este venha a ser produzido. Ex. O condutor de veculo dirige em alta velocidade em via lotada de pedestres sem se preocupar com os possveis danos que possa gerar. O crime culposo ocorre quando o agente deu causa ao resultado por impercia, imprudncia ou negligncia. Existe uma divergncia entre a conduta e a vontade do agente. O agente no deseja nem assume o risco de produzir o resultado, mas este acaba ocorrendo. Podemos dividir a culpa em duas modalidades: Culpa Inconsciente o sujeito ativo do delito no consegue visualizar previamente que a sua conduta possa gerar um resultado delituoso. Culpa Consciente - quando o sujeito ativo do delito consegue visualizar previamente que a sua conduta pode gerar um resultado delituoso, mas acredita, sinceramente, que esse resultado no vai se manifestar.

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82. Outro ponto de destaque so os critrios objetivos estabelecidos em lei para que o juiz possa estabelecer o regime inicial de cumprimento de pena. Regra geral, o critrio padro utilizado a pena sentenciada pelo magistrado. Sendo o agente submetido a uma pena superior a 08 anos o cumprimento da pena dever ser iniciado em regime fechado. Porm, sendo o agente submetido a uma pena superior a 04 anos e igual ou inferior a 08 anos, desde que no seja reincidente, a pena poder comear no regime semi-aberto. Caso a sentena estabelea pena igual ou inferior a 04 anos, no sendo o condenado reincidente, a pena poder ser iniciada,em regime aberto. Caso agente tenha sido condenado a uma pena no superior a 04 anos, nas hipteses de crimes dolosos praticados sem violncia ou grave ameaa possvel a substituio da pena privativa de liberdade por uma pena restritiva de direitos. Em sendo o crime culposo, caber esta substituio em qualquer hiptese. Ainda que o condenado seja reincidente em crime doloso, possvel a aplicao da pena restritiva de direito em substituio pena privativa de liberdade desde que a medida seja socialmente recomendvel e a reincidncia no tenha ocorrido pelo mesmo crime. 83. Para finalizar, gostaria de destacar uma dica sobre prescrio, que corresponde impossibilidade de se aplicar a lei penal, no caso concreto, em decorrncia do transcurso do lapso temporal. Esse instituto se subdivide em duas grandes modalidades: Prescrio da Pretenso Punitiva (P.P.P.) regulada pela pena mxima cominada ao crime. Ou seja, a pena mxima estabelecida em lei. Prescrio da Pretenso Executria (P.P.E.) essa prescrio verificada aps o transito em julgado, tomando por base a pena estabelecida pelo magistrado na sentena. Caso o Estado no consiga fazer cumprir a pena, depois de determinado lapso temporal, esta ser extinta. Cuidado, pois no caso de concursos de crimes, seja formal ou material, a prescrio ser dada pelos crimes individualmente analisados. Com relao s penas restritivas de direito sero aplicados os mesmos prazos previstos para as penas privativas de liberdade. Em relao s penas de multa, no sendo estas pagas, ainda que solvente o condenado, sero consideradas como dvidas de valor, devendo os prazos prescricionais serem regidos de acordo com a legislao relativa dvida ativa da Fazenda Pblica.

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84. E o mais importante de tudo: quando sentar para fazer a sua prova no esquea de que por mais difcil que tenha sido o caminho para chegar at aqui, este o seu momento. O momento da sua vitria. Fiquem com Deus e sucesso sempre.

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