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POLO DE CAPACITAÇÃO PARA MINISTÉRIOS EXIGÊNCIAS BÁSICAS, ECLESIÁSTICAS, PARA O MINISTÉRIO DE LOUVOR.

EXIGÊNCIAS BÁSICAS, ECLESIÁSTICAS PARA O MINISTÉRIO DE LOUVO.doc

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POLO DE CAPACITAÇÃO PARA MINISTÉRIOS

EXIGÊNCIAS BÁSICAS, ECLESIÁSTICAS,PARA

O MINISTÉRIO DE LOUVOR.

NELIO WILSON LOPES SOBRAL2002

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ÍNDICE

APRESENTAÇÃO ............................................................................................. 03

1- EXIGÊNCIAS BÁSICAS PARA MINISTRAR O VERDADEIRO LOUVOR .... 04

2- CONSCIÊNCIA DO MINISTÉRIO ................................................... 06

3- DESCOBRINDO O PODER LOUVOR ................................................... 10

4- A UNÇÃO QUE FAZ A DIFERENÇA ................................................... 11

CONCLUSÃO ................................................... 12

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APRESENTAÇÃO

Deus busca adoradores e não apenas talentos humanos. Quando alguém sensível, sincero, dedicado e hábil se dedica a sua paixão, no caso a musical, queremos ouvi-lo. Comunicar-se através dos cânticos é um grande desafio, em que muitos conseguem dar cor a uma melodia, vida a uma paisagem, tocar o intocável.

Ao lermos a Bíblia, no Antigo Testamento vemos o louvor como elemento fundamental do culto a Deus. O Novo Testamento também trata o assunto com a importância que lhe é devida. Vários são os seus ministros de louvor ali citados, porém quem mais se destacou foi Davi, que fez do louvor um meio de estabelecer comunhão íntima com Deus.

Adoradores são exemplos vivos de uma vida plena com Deus. Assim sendo, espero que as pessoas já envolvidas com o louvor em suas igrejas e comunidades aproveitem este trabalho e na presença Deus, se aperfeiçoe mais e mais e cresçam muito espiritualmente. Meu desejo é que Deus levante outros, bem como edifique a quem estiver ministrando. Enfim, que sejam pedras vivas, verdadeiros adoradores, e que com seus louvores adornem sempre ao altar do Senhor.

Nélio Wilson Lopes SobralMinistro Gestor da PIB em Duque de Caxias

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1- EXIGÊNCIAS BÁSICAS PARA MINISTRAR O VERDADEIRO LOUVOR.

Na antiguidade, conhecemos bem Asafe, Core, Etã e até mesmo Moisés, com a oração do Salmo 90, como ministros de louvor. Mas, principalmente Davi, músico, arranjador e letrista fizeram do louvor não somente um meio de comunhão uma arma poderosa nas situações difícieis de sua vida.

No Novo Testamento também vemos que a presença da música é real. O próprio Jesus e seus discípulos participavam de períodos de louvor: “E tendo cantado o hino, saíram para o monte das Oliveiras” (Mt 26.30). E também, o apóstolo Paulo, ensinou sobre a importância do louvor nas reuniões cristãs do início da igreja: “Falando entre vós em salmos, e hinos, e cânticos espirituais; cantando e salmodiando ao Senhor no vosso coração” (Ef. 5.19).

Mas, e fora da Bíblia? Sabemos que alguns dos grandes reformadores também foram grandes compositores. Wesley, Moody e até mesmo Martinho Lutero, com a tradicional “Castelo Forte”.

Enfim, o segmento gospel, nos dias atuais, através de um número elevado de cantores, grupos, bandas, corais, orquestras e solistas, que conseguiram seu espaço na mídia dão destaque ao movimento que impulsiona os verdadeiros adoradores a apresentarem aquilo que Deus lhes tem entregado.

Um bom ministro de louvor, necessita de algumas exigências básicas, elementos, para ministrar o verdadeiro louvor, da qual são fundamentais para que todo o seu trabalho prospere, vejamos.

1. Chamado por Deus.

Se a obra é Deus, é claro que ele é quem irá nos chamar. Muitos músicos e cantores que se destacam em suas igrejas ajudando no louvor. De repente eles começam atender a convites para ministrar em outros locais, e assim envolvem-se com essa agenda. Quando se sentem seguros de si, abandonam uma profissão muitas vezes e passam a dedicarem-se integralmente à música. Algum tempo depois, vemos esses mesmos irmãos passando por dificuldades tremendas, frustrados e espiritualmente abalados.

Por que isso acontece? Deus os abandonou? Será que cometeram algum pecado? Nada disso. Apenas entraram no ministério “pela porta dos fundos”, ou seja, se a obra é de Deus, é ele quem deve nos convocar para tomar parte no ministério formado por várias pessoas, ou até mesmo desenvolvemos o nosso próprio ministério individual, como é o meu caso.

Então, para ter certeza de que você está dentro da visão e do momento de Deus, responda para você mesmo essas questões:

1- Quando o Senhor te chamou?2- Como o Senhor te chamou?3- Para que o Senhor te chamou?4- Quando você deverá começar a desenvolver o seu ministério?

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Notas:

1- Asafe.

Asafe era homem de Deus, nos dias do rei Davi. Era autor de vários salmos, e pioneiro, sob a orientação de Davi, na condução de Israel num culto alegre no Monte Sião.

Asafe havia nascido na tribo sacerdotal de Levi, o que significava que estava destinado a ministrar na presença de Deus durante toda sua vida. Na época do seu nascimento, o interesse nacional pelas coisas espirituais estava num ponto baixíssimo devido à apostasia de Saul, que reinava em Israel.

Quando Davi tornou-se rei, conduziu o povo a um reavivamento espiritual, levando a arca da aliança de volta a Jerusalém. Ela tinha sido colocada dentro dos muros de Sião; na tenda que a abrigava, erguia-se um louvor desinibido, um culto espontâneo a Deus.

As orações de centenas de israelitas piedosos, que intercederam durante os dias negros de Saul, alcançaram respostas que ultrapassavam os sonhos mais fantasiosos. Davi era o instrumento através do qual Deus haveria de trazer um reavivamento jamais visto antes. Os que conheciam as Escrituras lembravam-se dos dias de Moisés, quando Miriã conduziu a nação inteira no cântico e nas danças, em adoração a Deus, às margens do mar Vermelho.

A consciência da presença de Deus exigia o cântico de louvor e palmas de alegria diante da magnificência de Deus. O próprio rei Davi dançava sem inibições em adoração a Deus.

É quando encontramos Asafe pela primeira vez. Ele é atirado por catapulta da obscuridade à proeminência ao ser escolhido para reger a música de louvor do povo que escoltava a arca no trajeto até Jerusalém.

"Disse Davi aos chefes dos levitas que constituíssema seus irmãos, cantores, para que, cominstrumentos de música, com alaúdes, harpas e címbalos, se fizessem ouvir, e levantassem a vozcom alegria. Portanto, designaram os levitas aHemã... a Asafe... e Etã..." (I Crônicas 15:16-17)

Para que os guias tivessem consciência de sua capacidade musical, a reputação de Asafe deveria ter sido semelhante à do próprio Davi. Anos antes, quando era obscuro pastorzinho de ovelhas, a habilidade de Davi para louvar a Deus com sua harpa já era conhecida até na corte.

Logo após este fato, Davi nomeou Asafe para a posição permanente de líder do culto, diante da arca da aliança.

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"Designou alguns dos levitas para ministraremperante a arca do Senhor, para fazerem petições,para louvarem e exaltarem ao SenhorDeus de Israel: Asafe era o chefe... deviam tocaros alaúdes e as harpas, Asafe devia fazerressoar os címbalos... Nesse mesmo dia Davientregou a Asafe e seus irmãos, pela primeiravez, o seguinte Salmo de ações de graças aoSenhor... Davi deixou a Asafe e seus irmãosdiante da arca da aliança do Senhor paraministrarem ali continuamente, segundo seordenara para cada dia." (I Crônicas 16:4,5,7,37)

Sem dúvida, Asafe eram homem dotado de grandes dons espirituais, e de grande potencial, ungido pelo Espírito a fim de conduzir o povo no louvor. Com o passar dos anos, ele haveria de escrever alguns salmos, e, muitos anos após sua morte, seria lembrado pelo título profético de "vidente" (2 Crônicas 29:30).

2- Coré.

Doze salmos (42-49, 84 e 85, 87 e 88) são atribuídos a esta família levita, descendentes do líder rebelde com este nome, cujos filhos - para maior proveito nosso - foram poupados quando ele morreu por sua rebeldia (Nm 26.10,11). Uma parte desta família ficou sendo porteiros e guardas do templo (1 Cr 9.17ss; cf. Sl 84.10); outra parte, cantores e músicos do coro do templo fundado por Hemã no reinado de Davi. Os levitas companheiros de Hemã, Asafe e Jedutum (ou Etã), dirigiam os corais tirados de dois outros clãs da tribo de Levi (I Cr 6.31,33,39,44).

3- Etã.

Salmo 89. Provavelmente é o mesmo Jedutum (Sl 39,62,77), que fundou um dos três corais de Israel (cf. 1 Cr 15.19; 2 Cr 5.12).

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2. CONSCIÊNCIA NO MINISTÉRIO.

Após termos a consciência de nossa chamada ao ministério de louvor, é importante observar sobre este chamado de Deus. O ministro honesto sempre estará revendo sua posição no corpo de Cristo, até porque a Bíblia ensina que a ‘revisão’faz parte de nosso trabalho: “Examine-se o homem a si mesmo, e então como do pão e beba do cálice [participe do Corpo]- I Co 11.28”.

Os ministros de louvor devem ter a liberdade de consciência o seu papel de destaque exatamente nesse ponto. A nossa vida espiritual deve ser constantemente cuidada. Pois, devemos ter livre acesso à presença de Deus primeiramente em nosso próprio favor. Se houver qualquer problema que nos impeça de olhar a Deus de frente, isso afetará diretamente o nosso serviço, e a ministração soará artificial, mecânica, sem possibilidades de dar bons frutos.

Mas se, ao contrário, nossa comunhão com Deus for estável, poderemos ministrar aos ouvintes, cristãos ou não, um louvor fruto de nosso relacionamento com Deus.

3. Perdão.

Davi, durante a sua vida, notamos que ele tinha um coração perdoador. O mais forte exemplo de como Davi era perdoador fosse a passagem que ele esta sendo perseguido por Saul. Esse queria matar Davi, mas Davi era um grande estrategista. Ele conseguiu inverter a situação e a ‘caça virou o caçador’. Mas, os aliados de Davi disseram para que ele matasse Saul. Davi disse a ele que não tocaria “num ungido de Deus”, e perdoou a Saul.

O resultado de atitudes como essa valeram a Davi um título inédito e muito cobiçado. Ele é conhecido na Bíblia como ‘um homem segundo o coração de Deus’, ou seja, o sentimento que Davi trazia em seu coração com relação ao seu próximo era semelhante ao que Deus sente quando olha para cada um de nós.

Deus, por sua grande misericórdia, é perdoador. O maior prazer de Deus é encontrar alguém arrependido para lhe dar o seu perdão. Assim, como ministros de louvor do mesmo Deus de Davi, devemos também, trazer esse sentimento e exerce-lo como Davi o fez.

4. Paz

A paz é o sinal de comunhão com Deus, consigo, e com o próximo. Lembre-se, que a paz faz parte do ‘Fruto do Espírito’- Ga 5: 22,23.

5. E, certeza da presença de Deus.

Davi, afirmou: “Porém tu és Santo, o que habitas entre os louvores de Israel”- Sl 22.3. Davi não diz que o Senhor habita em outro lugar que não seja os louvores. É muito importante para todo aquele que participa do louvor ter certeza de que Deus está sempre. Ora, como iremos adora-lo sem ter a certeza da sua presença? Como iremos

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cantar para ele, se ainda duvidamos que ele está entre nós? Mas, é preciso saber que em todos os nossos cultos somos assistidos por Deus.

2- CONSCIÊNCIA DO MINISTÉRIO.

O apóstolo Paulo é bem claro ao dizer que a nossa capacidade não é suficiente para realizar uma obra como essas, e que “a nossa capacidade vem de Deus” - 2Co 3.5. Em outras palavras, ingressar no ministério é infinitamente diferente de arrumar um emprego seguro. É preciso ter consciência missionária, ou consciência ministerial. Pois, isso irá fazer uma tremenda diferença antes, durante e depois de qualquer ação que façamos.

Vejamos, então, quatro fatores que compõem essa consciência ministerial, e que fazem a distinção entre um artista e um bom ministro.

a- Humildade.

A humildade é um sentimento que nos faz esvaziar de nós mesmos. Quando esvaziamos nosso coração daqueles desejos ambiciosos, ficamos prontos para que o Senhor nos encha com os seus sentimentos mais sublimes.Esse canal que é o louvor é eficiente quando o desejo é aproximar-se do Criador. Se, portanto, quem busca aproximação de Deus, ou quem ministra essa aproximação está cheio de auto-suficiência, como poderá acessar a presença de Deus?Afinal, apesar de toda a riqueza espiritual a que temos direito, Jesus disse: “... aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração”- Mt 11.29.

b- Postura.

Como conseqüência de um coração treinado na humildade, vamos falar diretamente de um efeito direto desse sentimento: a postura.Muita das vezes se não somos suficientemente humilde como músico, mas se minha postura for afinada com a visão espiritual de louvor, irei sempre me corrigir em possíveis ocasiões nas quais meu ego quiser se exaltar.Jesus andou na terra certo de ser um vencedor. Como resultado disso, sua simples presença incomodava as pessoas.Isso pode acontecer conosco também. Quando temos consciência da importância do nosso serviço a Deus, temos também a firmeza para impor o nosso chamado.A postura do ministro de louvor abençoará a todos igualmente quando ele se colocar diante de Deus para louva-lo e conduzir o seu rebanho ao alvo maior que é a adoração. O mais é da competência do próprio Espírito Santo.

c- Propósito.

Você já procurou responder a essa pergunta: qual o propósito do seu louvor?Na verdade, o propósito de tudo o que se possa fazer ou falar é a adoração. Nunca devemos nos esquecer. Ainda que alguém esteja em uma cadeira de

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rodas ou que tenha perdido todos os movimentos do corpo; ainda que não saiba cantar ou mesmo tocar um instrumento, fomos chamados para sermos verdadeiros adoradores, porque o Pai procura por esses.

d- Serviço.

Depois de nos esvaziar de todos os sentimentos que querem guiar nossos passos, e enchermo-nos da graça de Deus, estaremos prontos para servir.Enquanto o período for de louvor, a atenção e os esforços devem ser concentrados em prestar serviço aos ouvintes. Esse fator é decisivo para o sucesso de um ministro, de um pregador, de um membro.O tipo de relacionamento que temos com Deus será exposto a todos os presentes quando abrimos nossa boca para dizer o que há dentro de nosso coração. Se nossa relação com o Senhor for de Pai para filho, prestaremos um bom serviço a ele e à comunidade. Se nosso relacionamento com Deus for do tipo mercantil... falta-nos consciência de ministério.

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3- DESCOBRINDO O PODER DO LOUVOR.

São muitos os casos em que o louvor transformou vidas, livrou pessoas de cometerem suicídio, salvou almas.

Deus tem um propósito específico. A uns Deus deu o dom para evangelizar. A outros, o dom para pregar ou ensinar. E a tantos outros Deus repartiu o dom para a música, para compor, fazer arranjos, tocar, ministrar, etc.

Veja como o ajuntamento dos dons repartidos completos o que é necessário para um bom culto, incluindo o louvor:

“Que fareis, pois, irmãos? Quando vos ajuntais cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo pra edificação” I Co 14.26.

Um dia qualquer, enquanto ia para um estúdio tirar fotos publicitárias, cantando um hino no carro, a letra ‘tocou’ diferente em seu espírito. Parece que sua mente havia sido aberta, o véu se rasgou e ela entendeu que deveria louvar a Deus com todo o seu corpo, não só no templo, mas em todos os lugares.

Um louvor feito com unção, inspirado pelo Senhor, faz com que a atmosfera da verdadeira adoração exista e traga a presença e a atuação do Senhor.

Enfim, o grande propósito da ministração é esse: realizar o serviço de Deus por meio do nosso talento e crer que o Senhor irá mostrar a sua salvação a quem necessita dela. O poder do louvor se manifesta nesse trabalho conjunto: nós usamos nossos dons, Deus nos usa como suas ferramentas.

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IV- A UNÇÃO QUE FAZ A DIFERENÇA.

No Antigo Testamento, a unção era feita por um profeta (no caso de Samuel) ou pelo sacerdote. Quando se ungia, derramava-se o óleo de dentro de um vaso sobre a cabeça de outra pessoa.

A unção era ordenada por Deus e o profeta ou o sacerdote deveria ungir a quem Deus apontava. Quando Deus mandou Samuel ungir um dos filhos de Jessé a rei, o profeta foi até a casa onde os moços estavam e quis ungir o primeiro que apareceu. Deus impediu que Samuel ungisse a pessoa errada e quando Davi apareceu Deus se mostrou de acordo.

Em resumo, a unção determina o chamado de Deus. No Antigo Testamento quem fosse chamado por Deus para a obra era ungido com o óleo, normalmente óleo de oliva.

Já, no Novo Testamento, as características da unção são diferentes. Primeiramente é preciso que Deus realize a chamada para o ministério. Essa chamada pode acontecer de diversas maneiras, por meio de uma oportunidade, de uma profecia, dos testemunhos das pessoas de nosso convívio etc.

Em geral, o ministério consagra obreiros por meio da unção. Os pastores oram com imposição de mãos sobre o novo obreiro e ungem sua testa com óleo. Essa é a confirmação daquilo que Deus já fez.

A unção é que nos enche, dá-nos o prazer de sentir a presença de Deus em nós. Leia o que o apóstolo Paulo escreveu: “Mas o que nos confirma convosco em Cristo, e o que nos ungiu, é Deus”- 2 Co 1.21. Assim sendo, Paulo está afirmando que Deus já nos ungiu. Mas, como dizia, a unção é que determina a função que iremos desempenhar no ministério. Davi foi ungido por Samuel para ser rei – 1Sm 16. Jesus foi ungido para ser rei, sacerdote e profeta: “O Espírito do Senhor Jeová está sobre mim, porque o Senhor me ungiu...” Is 61.1. E ainda, podemos citar o Ministério de Davi foi tão prospero assim, porque ele teve a unção ordenada pelo Senhor. Ele recebeu a unção e trabalhou para que o seu talento fosse usado por Deus.

Alguns músicos que se convertem a Cristo. É preciso aguardar o chamado de Deus e encher-se da unção do Espírito Santo. Muitos músicos e cantores que se convertem pensam que basta usar o dom natural que tem e gravar um CD. Normalmente o que acontece é um fiasco, o CD ‘encalha’, a pessoa desanima, fica decepcionada, e até mesmo se afasta. Porém, quem já recebeu a unção dificilmente terá esses tipos de problemas.

A unção faz a diferença. É impossível tocar a alma das pessoas senão for por meio da unção presente na vida de quem ministra. Por que Jesus causava tanto impacto em suas mensagens? Porque nele havia unção. Os ouvintes de Jesus chegavam a afirmar que ele “não ensinava como os escribas, mas como quem tem autoridade” – Mt 7.28 e 29. O que faltava nos escribas, já que eram profundos conhecedores da Lei? Faltava-lhes a unção.

Não haverá nenhuma diferença entre um músico do mundo e um músico cristão se a unção não estiver sobre a sua vida. Você pode ter muita força de vontade, suas intenções podem ser as melhores; você pode ter uma excelente voz ou tocar extremamente bem um determinado instrumento, mas se a unção que confirma o seu ministério não estiver presente em sua vida, esqueça tudo o que já aconteceu e comece a busca-la imediatamente. É ela quem fará a grande diferença em sua vida ministerial.

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CONCLUSÃO

Tanto a física, quanto a filosofia; até mesmo a lógica, que dá a base para o desenvolvimento da computação muita coisa vai permanecer, porém no louvor e a adoração, eu não diria são duradouros, mas eternos. Em verdade, estes existem bem antes da criação do homem. Veja o que está escrito no livro do profeta Ezequiel: “estavas no éden, jardim de Deus; toda a pedra preciosa era a tua cobertura: a sardonia, o topázio, o diamante, a turquesa, o ônix, o jaspe, a safira, o carbúnculo, a esmeralda e o ouro, a obra dos teus tambores e dos teus pífaros estava em ti; no dia em foste criado oram preparados. - Ez 28.13”.

Esse texto é retroativo, isto é, diz respeito a um acontecimento passado. Esse texto é uma alegoria que narra o momento em que Deus condenava Lúcifer, o querubim ungido que havia pecado contra deus por rebeldia.

Deus está descrevendo o que Lúcifer estava acabando de perder, todo o esplendor das pedras preciosas, a paz desfrutada no Éden, o jardim de Deus e no final Deus menciona os instrumentos usados na música, ou seja, no louvor que existe no céu. Digo existe porque a queda de Lúcifer não alterou a adoração a Deus, a não ser entre os homens.

Se Deus procura verdadeiros adoradores, é necessário termos uma vida reta, pura, santa perante a Ele. Vivermos unicamente com e para Ele. Temos que viver: trabalhando, ser honesto, ter liberalidade, humildade, amor, alegria, sacrifício e pureza.

Nélio Wilson Lopes SobralMinistro Gestor da PIB em Duque de Caxias

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BIBLIOGRAFIA

1. PAGANELLI, André. Verdadeiros Adoradores. Rio de Janeiro. 2002.

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3. PEREIRA, Josivaldo de França. A teologia de missões dos Salmos. Internet. Rio de Janeiro, 2002.

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5. Auto ajuda através da Bíblia. (CD). Paraná. 1999.

6. SMITH, Malcolm. Esgotamento espiritual. Ed. Vida, São Paulo, 1998.

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