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EXMO. SR. DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL LUIZ FUX ALEXANDRE FROTA DE ANDRADE, Deputado Federal em exercício de mandato, com endereço à Praça dos Três Poderes, Câmara dos Deputados Federais, Anexo IV, gabinete 216, vem a presença de V.Excia para apresentar DENÚNCIA Em face do Deputado Federal, Nelson Barbudo, domiciliado a Câmara Federal anexo IV gabinete 635, seu assessor Rafael Klas Dal Bo, de mesmo endereço, Turíbio Torres, Marco Antônio Martins, Marcos Antônio Pereira Gomes vulgo Zé Trovão, no, pelos fatos a seguir aduzidos. Os denunciados estão organizando uma manifestação no próximo dia 07 de Setembro de 2021 que tem como mote a intervenção no Supremo Tribunal Federal, com a saída de todos os eminentes Ministros, violação de direitos constitucionais, propagando a violência desmedida contra as instituições

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EXMO. SR. DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO SUPREMO

TRIBUNAL FEDERAL LUIZ FUX

ALEXANDRE FROTA DE ANDRADE, Deputado Federal em exercício

de mandato, com endereço à Praça dos Três Poderes, Câmara dos

Deputados Federais, Anexo IV, gabinete 216, vem a presença de V.Excia

para apresentar

DENÚNCIA

Em face do Deputado Federal, Nelson Barbudo, domiciliado a Câmara

Federal anexo IV gabinete 635, seu assessor Rafael Klas Dal Bo, de mesmo

endereço, Turíbio Torres, Marco Antônio Martins, Marcos Antônio Pereira

Gomes vulgo Zé Trovão, no, pelos fatos a seguir aduzidos.

Os denunciados estão organizando uma manifestação no próximo dia 07 de

Setembro de 2021 que tem como mote a intervenção no Supremo Tribunal

Federal, com a saída de todos os eminentes Ministros, violação de direitos

constitucionais, propagando a violência desmedida contra as instituições

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democráticas, para tanto estão contribuindo financeiramente para esta

manifestação ocorra.

Como denunciado o Sr. Rafael Klas Dal Bo, vem utilizando meios e

materiais públicos da Câmara dos Deputados para fazer a divulgação e,

mais ainda, a organização desta manifestação antidemocrática, convocando

pessoas a comparecerem armadas.

Diversas denuncias têm chegado ao conhecimento do denunciante que dão

conta da presença de grupos paramilitares, em diversos locais do território

nacional, sendo que a Capital Federal e a Av. Paulista em São Paulo são os

dois principais locais de grupamento destas pessoas.

Grupos de ex militares, ex policiais, policiais e militares da ativa estão

sendo convocados pelo grupo denunciado e também pelo Presidente da

República, Jair Messias Bolsonaro.

Já há tempos consegue-se notar um clima tenso e hostil entre aqueles que

defendem o presidente e os seus opositores, com ofensas desmedidas,

ameaças e ataques a honra de quem se atreve a ser contrário ao que defende

este grupo radical de extrema direita, que muito nos faz lembrar a

juventude nazista.

A juventude sob Hitler não podia ser boa. De 1933 a 1945, os jovens

alemães foram incorporados em massa à trituradora ideológica e militar

do nazismo e muitos se tornaram autores dos crimes do regime. A

cumplicidade genérica da juventude da Alemanha com seu Führer é

indiscutível, mas também é verdade que esses meninos e meninas que

ofereceram sua alma ao perverso ditador, seduzidos ou forçados, foram de

alguma forma, e em maior ou menor grau, dependendo do caso, vítimas.

Doutrinados até o indizível, coagidos, intimidados, despojados de sua

infância e adolescência, arrancados de suas casas e escolas, muitas vezes

Page 3: EXMO. SR. DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO SUPREMO …

entregues pelos próprios pais ao ogro da suástica, os jovens alemães foram

usados pelos nazistas, que os tornaram sujeitos de um experimento social

atroz, reservatório de suas ideias abomináveis e, em última instância, bucha

de canhão para sua guerra com o mundo.

Acima apenas uma análise rápida do perigo que estamos correndo com

estas manifestações que seus organizadores querem que se espalhe pelo

país.

A presente denúncia tem o caráter preventivo, ou seja, busca alertar todas

as instituições estabelecidas para que tomem providências no sentido de

evitar um confronto maior com as forças de segurança que tem por

obrigação defender a Constituição Federal e todas as instituições

democráticas que sustentam o Estado Democrático de Direito.

Estas manifestações agridem de morte toda a base que sustenta nosso país,

violam todos os preceitos constitucionais estabelecidos nos primeiros

artigos de nossa Carta Magna, de vez que em seus primeiros artigos

constitui preceito fundamental a paz, construção de uma sociedade livre, a

igualdade entre os cidadãos independentemente de raça, cor, sexo, idade,

origem ou qualquer outra forma que estimule o preconceito.

As notícias são preocupantes, dão conta de que esta manifestação será

composta por grupos violentos, como já citado grupos paramilitares e

outros que em virtude de uma suposta defesa do Presidente da República

vem anunciando a necessidade de levantar armas contra seus opositores.

A convivência democrática não permite ações violentas para a defesa de

ideologias que permeiam as pessoas que não conseguem conviver

pacificamente com a democracia. Há u temor que estas manifestações

antidemocráticas venham causar uma ruptura institucional através da

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violência, nos moldes das revoluções ou guerras civis conhecidas ao longo

da historia da humanidade.

Como observa-se na matéria veicula pelo site de notícias “O Antagonista”

deixa clara a intenção desta perigosa manifestação, inclusive nomeando os

responsáveis pela convocação. Mas cabe salientar que o Presidente da

República vem diuturnamente fazendo comentários a respeito desta

malfadada manifestação:

Caminhoneiro bolsonarista quer o impeachment dos 11 ministros do STF

O caminhoneiro Zé Trovão diz que a pauta do protesto de 7 de setembro é o afastamento de todos os integrantes do Supremo

Redação O Antagonista

o

31/08/2021 07:31Atualizado há 5 horas

Page 5: EXMO. SR. DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO SUPREMO …

Reprodução/redes sociais

Zé Trovão, o caminhoneiro bolsonarista investigado pela PF, disse ontem num canal do Telegram que “a pauta principal” do protesto de 7 de setembro é afastar os 11 ministros do STF:

“Todos estão em busca do mesmo ideal: impeachment dos 11 ministros”.

O caminhoneiro, como mostrou a reportagem do UOL, foi recebido no

Palácio do Planalto em 11 de agosto. Ele estava acompanhado de

Rafael Dal Bo, chefe de gabinete do deputado Nelson Barbudo (PSL-

MT), e de outros dois representantes dos caminhoneiros.

(https://www.oantagonista.com/brasil/caminhoneiro-bolsonarista-quer-

o-impeachment-dos-11-ministros-do-stf/amp/)

Já o conhecido jornal “O Globo” faz um relato jornalístico preciso com

relação a participação do cidadão de vulgo Zé Trovão:

Investigado por organizar ato antidemocrático,

líder dos caminhoneiros dribla proibição do STF

Conhecido como Zé Trovão, Marcos Antônio Pereira Gomes participou de

transmissão de vídeo e fez nova incitação.

Aguirre Talento

31/08/2021 - 09:05 / Atualizado em 31/08/2021 - 10:52

Zé Trovão dribla proibição do STF e faz nova incitação em rede social Foto: Reprodução/YouTube

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BRASÍLIA — Alvo de investigação da Procuradoria-Geral da

República (PGR) por suspeita de organizar atos antidemocráticos

para o dia 7 de setembro, o caminhoneiro Marcos Antônio Pereira

Gomes, conhecido como Zé Trovão, descumpriu ordem do

Supremo Tribunal Federal (STF) e voltou a participar de

transmissão em redes sociais para incitar a realização de atos

violentos com fechamento de estradas para pressionar o Senado a

aceitar pedido de impeachment contra ministros do Supremo.

Leia também: Movimentação financeira de Ricardo Barros é

'incompatível' com o patrimônio, aponta Coaf

A decisão do ministro Alexandre de Moraes que autorizou busca

e apreensão contra o caminhoneiro também havia bloqueado suas

redes sociais e proibido que ele aparecesse em redes sociais de

terceiros. "Bloqueio e não participação em suas e em quaisquer

redes sociais", escreveu o ministro. Também o proibiu de se

comunicar com outros manifestantes.

Zé Trovão, entretanto, participou, na noite do último domingo, de

uma transmissão ao vivo no YouTube realizada pelo blogueiro

Oswaldo Eustáquio, que também foi alvo de outra investigação da

PGR sobre atos antidemocráticos.

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7 de Setembro: Governo do DF, STF e Congresso definem nesta

terça-feira plano de segurança

Zé Trovão e Turíbio Torres em vídeo nas redes sociais Foto:

Reprodução

Na transmissão, Zé Trovão afirma que irá participar das

manifestações no 7 de setembro, embora não cite o lugar aonde

irá, e confirma sua atuação para organizar os atos. O plano que ele

descreve é que os caminhoneiros irão paralisar as atividades e

bloquear estradas a partir das 6h da manhã do dia 7 de setembro.

— Em algum canto do Brasil eu vou aparecer. Talvez seja na

(Avenida) Paulista, talvez seja em Brasília, talvez seja em Santa

Catarina, no Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte, não sei —

afirmou.

Otoni de Paula: Deputado diz à PF que não tem relação com

suspeitos de organizar ato antidemocrático

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A decisão do STF cita expressamente que ele está proibido de

participar de manifestações em Brasília. Zé Trovão chega a

desafiar a Polícia Federal a prendê-lo nas manifestações.

— Se prepara meu amigo, porque se quiserem me prender no dia

7 de setembro, vão me prender no meio do povo.

De deputado bolsonarista a líder de produtores de soja: veja

quem são os outros alvos da operação contra Sérgio Reis

Outro investigado no mesmo inquérito, o jornalista Wellington

Macedo, também suspeito de convocar e apoiar os atos

antidemocráticos, aparece na mesma transmissão, apesar de a

ordem do STF ter proibido o contato entre os investigados.

O advogado Levi de Andrade, que defende Zé Trovão, também

participou da mesma transmissão e afirmou que seu cliente não

estava descumprindo as ordens do STF.

— Não consta a restrição de dar entrevista a jornalistas. Como é o

teu caso (dirigindo-se a Eustáquio), aqui não é uma rede social, é

um programa jornalístico. Você é jornalista e está entrevistando o

Zé Trovão e o Wellington sem problema — afirmou o advogado.

Page 9: EXMO. SR. DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO SUPREMO …

'Serei preso': Deputado bolsonarista publicou vídeo nas redes

questionando decisões do Supremo

— Ele não está proibido, em razão disso ele não pode ser preso

porque não está descumprindo determinação do ministro

Alexandre de Moraes — argumentou.

Ataque a democracia: PGR detalhou ao STF movimento contra

a democracia previsto para 7 de setembro

(https://oglobo.globo.com/politica/investigado-por-organizar-

ato-antidemocratico-lider-dos-caminhoneiros-dribla-proibicao-

do-stf-25178269?utm_source=globo.com&utm_medium=oglobo)

Como sabemos a formação de grupos paramilitares é vedado no nosso

ordenamento jurídico, pois afronta a lógica e o bom senso imaginar-se a

formação de “esquadrão”, “milícia particular” ou “organização

paramilitar” com número de participantes inferior à quadrilha prevista no

art. 288 do CPP. Tratam-se, na verdade, de agrupamentos ou associações

de pessoas com a finalidade delinquir que envolvem inúmeras pessoas, os

quais não se estruturam apenas com dois ou três indivíduos e, in concreto,

não será difícil identificar essa quantidade mínima (mais de três) como

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integrantes de tais milícias. Pensar diferente significa criar figura mais

rigorosa que a pretendida pelo legislador, agravando a situação de

envolvidos ao conceber como típicas condutas não recepcionadas pelo

texto legal.

Em discurso em evento militar em Goiânia, no dia 27 de agosto passado,

Bolsonaro disse que o “Brasil vive momentos não muito tranquilos”. Sem

agenda oficial à tarde, ele participou de motociata em Goiânia. Sem

máscara, ele acenou a apoiadores pelo caminho. Horas antes, o presidente

desembarcou na capital goiana para participar da cerimônia de passagem

do Comando de Operações Especiais, onde o general Gustavo Henrique

Dutra de Menezes passou a função para o general Carlos Alberto Rodrigues

Pimentel. Nas redes sociais, ele postou um trecho de uma entrevista da TV

Record na qual um policial militar de Goiás cita seu slogan eleitoral de

2018 para confirmar a ida ao ato.

O portal R7 foi cirúrgico a noticiar a apreensão que ronda todos os

defensores da democracia:

Brasília está em compasso de espera pelo 7 de Setembro

Durante a semana, as cúpulas dos poderes se reuniram a portas fechadas para distender as relações antes das manifestações

R7 PLANALTO | Mariana Londres, de Brasília 28/08/2021 - 04H16 (ATUALIZADO EM 28/08/2021 - 11H52)

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Lira, Fux e Pacheco atuaram para que o 7 de setembro não se transforme em ruptura

ou mais tensão entre Poderes MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL - 24.03.2021

As cúpulas dos poderes em Brasília passaram parte da semana a

portas fechadas tentando encontrar uma solução para o 7 de

Setembro. Teme-se que as incitações do presidente Bolsonaro a

algumas categorias possam levar à violência ou que as falas dele

nas manifestações distanciem ainda mais os Três Poderes ou, no

limite, provoquem uma ruptura institucional.

Uma das imagens que se quer evitar é a repetição de 19 de abril

de 2020, quando Bolsonaro participou de manifestação na porta

do Quartel-General do Exército, em Brasília, entre faixas que

pediam a intervenção militar e o fechamento do Congresso e do

Supremo Tribunal Federal (STF).

A participação de Bolsonaro no ato levou a um série de pedidos

para que o ministro Alexandre de Moraes, do STF, incluísse o

presidente como investigado no inquérito dos atos

antidemocráticos. Em junho deste ano, no entanto, o ministro

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negou investigar o presidente a partir de parecer da vice-

Procuradoria-Geral da República.

Apesar das conversas, até agora o presidente Bolsonaro mantém

os planos de participar das manifestações do 7 de Setembro em

Brasília pela manhã, e em São Paulo, na Avenida Paulista, no

período da tarde.

O presidente tem usado os ataques ao STF para mobilizar

categorias para a manifestação, como caminhoneiros e policiais.

Mas os chefes dos demais poderes agiram durante a semana para

tirar parte dessa munição de Bolsonaro: o presidente do Senado,

Rodrigo Pacheco (DEM-MG), usou argumentos técnicos para não

acolher o pedido de impeachment do ministro do STF Alexandre

de Moraes e o presidente do STF, Luiz Fux, teve uma reunião

com Lira, para oficialmente tratar de outros temas, mas o 7 de

Setembro também foi discutido.

Do outro lado da Praça dos Três Poderes, Bolsonaro recuou de

apresentar o pedido de impeachment do ministro Luís

Roberto Barroso, conforme antecipou o Blog do Nolasco. Mas,

no discurso, continua inflamado. Nesta sexta (27), ele disse a

apoiadores que "todo mundo tem que comprar fuzil".

Outros atores que trabalharam durante a semana como bombeiros

da crise institucional foram o ministro-chefe da Casa Civil, Ciro

Nogueira (PP-PI), e o ministro do STF Gilmar Mendes. A

interlocutores, Lira, que é aliado do Planalto, demonstrou

incômodo com a possibilidade de Bolsonaro esticar ainda mais a

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corda. Em entrevista, minimizou os atos, dizendo que não haverá

nada, mas confirmou o esforço pelo distensionamento: "Grandes

ou pequenos, isso é irrelevante. A gente tem trabalhado em

Brasília para distensionar, diminuir, dirimir e exterminar com as

versões".

Um curioso efeito colateral das ameaças que Bolsonaro faz em

torno do 7 de Setembro foi a união, durante a semana, da cúpula

do Congresso com o Judiciário. Lira e Pacheco estavam distantes

e Lira, réu no STF, se aproximou de Fux.

Eleições

Do ponto de vista eleitoral, as manifestações do 7 de Setembro

são consideradas um divisor de águas da disputa de 2022. Se o

presidente Bolsonaro conseguir demonstrar que ainda tem apoio

popular, mantém viva a possibilidade de enfrentar de forma

competitiva as eleições do ano que vem.

Se o apoio for pequeno, a tendência é de um presidente cada vez

mais enfraquecido e isolado até o final do mandato. E é também

por isso que os atores políticos da capital esperam o 7 de

Setembro antes de fazer qualquer movimento.

Brasília em compasso de espera

(https://noticias.r7.com/prisma/r7-planalto/brasilia-esta-em-

compasso-de-espera-pelo-7-de-setembro-28082021)

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Algumas autoridades tem defendido que esta manifestação seja impedida

pelas forças de segurança do Estado brasileiro, vemos o Ministério Público

Militar do Ceará enviou nessa quarta-feira, 25, uma recomendação aos

comandantes-gerais da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros do Estado

para que sejam adotadas medidas para "prevenir, perquirir e, se for o caso,

fazer cessar, inclusive por meio da força" atos promovidos ou integrados

por militares estaduais no dia 7 de setembro.

No documento expedido pelo Ministério Público do Estado do Ceará

também orienta a instauração de procedimentos administrativos contra

envolvidos na manifestação identificados. Segundo o promotor do texto, a

segurança pública é dever do Estado, sendo "confiada no âmbito estadual à

Polícia Militar e Bombeiros Militares, que deverão constantemente atuar na

preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do

patrimônio".

Já o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), disse na quinta-feira,

26, que a Secretaria de Segurança Pública vetou a realização de protestos

contra Bolsonaro no dia 7. A determinação valeria tanto para a capital

quanto para outras cidades paulistas, e o secretário de Segurança Pública,

coronel Álvaro Batista Camilo, disse que deve chamar os coordenadores da

campanha contra o presidente para um diálogo sobre os atos.

Como vimos todos os atos criminosos que acontecerem em virtude destas

manifestações serão de inteira responsabilidade dos denunciados, inclusive

de mais cidadãos que possam ser apurado posteriormente, e mais que isso a

responsabilização do Presidente da República será o caminho lógico.

Por todo a acima exposto, a presente denuncia tem o caráter de prevenir e

evitar que tais atos sejam permitidos em todo o território nacional,

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precisamos ter um Estado prevento para não permitir o derramamento de

sangue que porventura possa ocorrer.

Nós enquanto servidores da população, temos o dever de garantir sua

segurança pessoal e social, não podemos deixar um pequeno grupo criar

um clima irreversível de violência e intimidação dos opositores ao atual

presidente.

Desta forma é a presente para requerer a apuração do acima denunciado a

fim de se impedir que excessos criminosos sejam impedidos nas

manifestações do dia 07 de setembro próximo.

Brasília 31 de agosto de 2021

Alexandre Frota

Deputado Federal

PSDB/SP