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Expediente - gadojerseybr.com.brgadojerseybr.com.br/wp-content/uploads/2018/11/SUMÁRIO-2018.pdf · da UEPG e vice-coordenador do curso de Pós-Graduação em Zootecnia da UEPG. A

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ExpedienteAv. Francisco Matarazzo, 455 Pq. Água Branca - SP - CEP 05.001-900São Paulo/SPFone: (11) 3672-0588E-mail: [email protected]

Coordenação Marcelo de Paula XavierCristiano Nogueira de Campos

ProduçãoMilkShow - Marketing Rural [email protected](12) 3645-6116

wwww.gadojerseybr.com.br

Palavra do Presidente Prezados(as) Jersistas,

É com grande satisfação que a As-sociação do Criadores de Gado Jersey do Brasil (ACGJB) lança – em parceria com a empresa Neogen – o primeiro Sumário Genômico de Fêmeas Jer-sey. Com grande empenho de todos os envolvidos, este projeto toma for-ma sob a competente supervisão do Prof. Dr. Victor Breno Pedrosa do De-partamento de Zootecnia da Universi-dade Estadual de Ponta Grossa (PR).

Espera-se que, a partir de agora, os jersistas passem cada vez mais a usar as análises genômicas como ferramenta para tomada de decisões na seleção de seus animais, bem como na defi nição dos acasalamentos para suas matrizes, passando a explorar os ben-efícios exclusivos que o genoma proporciona. O uso das análises genômicas poderá dar um impulso muito grande nos programas de melhoramento genético no Brasil, basta olharmos o exemplo dos Estados Unidos, onde o ganho genético dos touros da Raça Jersey triplicou após o advento do genoma.

A ACGJB tem feito um grande esforço para promover a genoti-pagem das fêmeas Jersey no Brasil, bem como desenvolver ferra-mentas de seleção genômica e fornecer informações sobre como usar os touros na condução dos programas de melhoramento gené-tico. A parceria fi rmada com a Neogen (empresa líder em genômica mundial), no ano passado, foi um passo importante para impul-sionar as análises genômicas no rebanho brasileiro. Com a base de fêmeas Jersey brasileiras genotipadas fi cando mais robusta, a ACGJB ganha ainda mais subsídios para ajudar no desenvolvimento da Raça Jersey no país.

Agradecemos a todos os criadores que participaram desse pro-jeto e agradecemos, de modo especial, ao professor Victor Pedrosa pelo grande trabalho e dedicação na estruturação deste sumário.

Marcelo de Paula Xavier ( Presidente da ACGJB )

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A ACGJB, em busca por excelência técnica na realização deste sumário, procurou o professor Victor Breno Pedrosa para comandar o procedimento metodológico deste material. Com vasta experiência em genética e melhoramento animal, o referido docente possui graduação em Zootecnia pela Universidade de São Paulo (USP), bem como Mestrado e Doutorado em Zootecnia também pela USP. Além disto, o professor Victor Pedrosa possui Doutorado pelo Institut für Nutztiergenetik da Alemanha e especialização em Animal Genomics pela University of Guelph do Canadá. É professor da

Apresentação PROF. DR. VICTOR BRENO PEDROSADEPARTAMENTO DE ZOOTECNIA

UEPG – UNIVERSIDADE ESTADUALDE PONTA GROSSA

Metodologia

Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) e professor de pós-graduação stricto sensu na mesma instituição (UEPG) e na Universidade Federal da Bahia (UFBA). O professor é ainda, coordenador do LeMA – Laboratório de estudos em Melhoramento Animal, a frente de diversos programas de melhoramento genético, de espécies bovinas e ovinas. Conselheiro técnico e responsável pela avaliação genética da Associação Paranaense de Criadores de Bovinos da Raça Holandesa (APCBRH). Conselheiro Técnico e responsável

pela avaliação genética do Grupo Nelore Katayama. Conselheiro Técnico e responsável pela avaliação genética da raça Santa Inês, na Associação dos Criadores de Caprinos e Ovinos (ASCCO). Consultor Ad Hoc de projetos de fomento nas principais agências governamentais do país, como, CNPq, Fundação Araucária, FAPESP e FAPESC. Por fim, ocupa os cargos administrativos de coordenador do curso de Zootecnia da UEPG e vice-coordenador do curso de Pós-Graduação em Zootecnia da UEPG.

A primeira avaliação genômica de gado leiteiro oficial foi lançada nos EUA em janeiro de 2009. Desde então, o número de animais genotipados por ano aumentou rapidamente, dos quais atualmente, 90% são fêmeas. Laboratórios de genotipagem certificados, juntamente com associações de raça e organizações de inseminação artificial coletam amostras para obtenção das avaliações genômicas, realizadas pelo CDCB - Council on Dairy Cattle Breeding.A fim de garantir extrema qualidade no processo de avaliação genômica, o CDCB controla as amostras que abastecem o banco de dados norte americano, analisando possíveis conflitos de identificação de parentesco, além de aferição da qualidade dos genótipos enviados. No Brasil, empresas como a NEOGEN e Zoetis, atuam como prestadoras de serviço de genotipagem e entrega dos resultados genômicos, realizados em parceria do CDCB. Estas empresas coletam o material genético dos animais, encaminham

VALORES GENÔMICOS E CONFIABILIDADE:PTA Genômico: Capacidade de Transmissão Prevista Genômica (GPTA) é a medida de habilidade de transmissão do mérito genético de umreprodutor ou matriz para sua progênie, aplicada às características de interesse na bovinocultura leiteira. Por exemplo, uma matriz com GPTA Leite +1000, significa que sua progênie, em média, terá capacidade de produção de 1000 libras a mais do que a média da população avaliada. No caso deste sumário, a população avaliada (base genética), advém do rebanho norte americano (CDCB - Council on Dairy Cattle Breeding). Confiabilidade genômica (%): O GPTA para qualquer característica, é sempre acompanhado de uma medida de confiabilidade do mérito genético do indivíduo. Essa medida pode ser interpretada como a confiança que o criador pode ter naquela informação genética. Quanto maior (mais próximo a 100%), mais confiável é aquela informação genética. A genômica foi fundamental para o aumento da confiabilidade, visto que após o advento das avaliações genômicas, foi possível

aos laboratórios de extração de DNA e identificação dos genótipos e, sequencialmente, repassam as informações genotípicas ao CDCB. Este por sua vez, processa as análises genômicas na base de dados de milhões de animais do CDCB, retornando as empresas os resultados de valores genômicos dos animais.Este sumário apresenta os resultados dos animais da raça Jersey, genotipados pelas empresas NEOGEN e Zoetis, as quais disponibilizaram os valores genômicos, avaliados junto ao CDCB, atualizados na base de agosto de 2018. Assim, tornou-se possível o ranqueamento das fêmeas, visto que estas foram comparadas na mesma base de avaliação genômica.

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aumentar sensivelmente a confiabilidade das informações de mérito genético individual.CARACTERÍSTICAS AVALIADAS NESTE SUMÁRIO:- GPTA Leite(lbs): É o mérito genético, medido em libras, para capacidade deprodução de leite, ajustado aos 305 dias de lactação.- GPTA Gordura(lbs): É o mérito genético, medido em libras, para capacidadede produção de gordura no leite, ajustado aos 305 dias de lactação.- GPTA Proteína(lbs): É o mérito genético, medido em libras, para capacidade de produção de proteína no leite, ajustado aos 305 dias de lactação.- Vida Produtiva: O GPTA para Vida Produtiva é uma previsão da longevidade do animal (e de sua progênie) no rebanho, sendo este medido em meses. Valores mais elevados são desejáveis e representam uma menor exigência de reposição de fêmeas.- Tipo: O GPTA para Tipo é uma pontuação composta das característicasde conformação, mensuradas na classificação para Tipo.- DPR: A taxa de prenhez das filhas, também conhecida como DPR, mede o percentual de vacas que empenharão a cada 21 dias (ciclo reprodutivo). Animais/Rebanhos com maior DPR são mais férteis e mais capazes de conceber após o parto. Valores mais elevados são desejáveis e representam a capacidade reprodutiva mensurada nas filhas.- Mérito Líquido $: O mérito líquido é um índice composto que representa a conjunção dos resultados de características de extrema importância econômica, ligadas a vida produtiva do animal. Este índice traça uma estimativa do lucro vitalício proporcionado, em dólares. As características incluídas na composição deste índice, juntamente com sua ponderação relativa, são: Libras de proteína (17%), Libras de gordura (27%), Rendimento de leite (1%), Vida produtiva (12%), Habilidade de sobrevivência (7%), Escore de Células Somáticas (4%), Saúde (2%), Composto

de úbere (7%), Composto de pernas e pés (3%), Composto de tamanho corporal (5%), Taxa de prenhez das filhas – DPR (7%), Taxa de concepção da novilha (1%), Taxa de concepção da vaca (2%) e Habilidade de parto (5%

REALIZAÇÃO: Diretor Presidente da raça Jersey do Brasil: Marcelo de Paula Xavier Superintendente do SRG da raça Jersey do Brasil: Cristiano Nogueira deCampos Gerente Geral da Associação de Criadores de Gado Jersey do Brasil:Marina Toledo Cesar Representante Patrocinador máster: Diego Marcondes Guerra (NEOGEN)Responsável técnico: Prof. Dr. Victor Breno Pedrosa (UEPG/LeMA)Departamento de ZootecniaUEPG – Universidade Estadual de Ponta Grossa

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POR DIEGO M. GUERRA - NEOGEN CORPORATION- GENÔMICA APLICADA AO MELHORAMENTOMÉDICO VETERINÁRIO- GERENTE COMERCIAL LEITE

Introdução Tudo começou com a descoberta da estrutura da molécula de DNA, em 1953, por James Watson e Francis Crick. A descoberta possibilitou analisar a estrutura e a função do material genético como também a criação de máquinas específicas, métodos estatísticos, ferramentas de informática. Tudo isto resultou no que conhecemos hoje como ciência genômica. Em 1989 surgiu o chamado Modelo Animal. Método importante que tem como base um modelo estatístico que utiliza dados de fêmeas adultas (vacas), machos adultos (touros), bem como de todos os seus parentes, (irmãs, tias, avós

NEOGEN DO BRASIL - GENOMA IGENITY LEITEetc.), conciliado a isso, usa o desempenho do próprio animal para estimar os valores genéticos. Por fim, em 2009 a revista Science noticiou o sequenciamento do genoma bovino. Este realmente foi um dos maiores marcos da pesquisa moderna de genética molecular. Com base nos achados foi possível identificar marcadores vinculados às características de maior interesse econômico que são usados nos dias atuais na pecuária em geral. Estes marcadores moleculares são as variações no genoma que caracterizam as diferenças fenotípicas de inúmeros indivíduos e variam quanto à confiabilidade,

à reprodutibilidade e etc. Quando os marcadores moleculares se mostram associados com características de interesse, eles podem constituir poderosa ferramenta no processo de melhoramento genético animal. Os marcadores do tipo SNP, polimorfismo de base única (Single Nucleotide Polymorphism – SNP) se destacam na aplicação genômica. Estas marcas correspondem a alteração de uma única base na molécula de DNA de um indivíduo em comparação com um genoma de referência e estas marcas estão distribuídas por todo o genoma.

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O teste nada mais é que uma poderosa ferramenta que orienta, técnicos e produtores no conhecimento dos rebanhos. Para ter sucesso é necessário conhecer muito bem o cliente.

Para isso algumas fases são estabelecidas:

Primeira Fase do teste: Na prática tudo começa com descoberta das reais necessidades do produtor. Algumas perguntas são fundamentais:

O que ele precisa? Um teste genômico com 45 características ou um mais enxuto de menor investimento financeiro.

Como ele gera a sua receita? Boa parte da receita é fundamentada na venda de animais; deseja focar o mercado de lácteos oferecendo um leite mais específico para a indústria;

Qual o seu perfil? Perfil voltado para um melhoramento genético mais intenso;

Qual o objetivo de melhoramento?Sólidos, Conformação, Etc.

Segunda fase do teste: Após conhecer o perfil do produtor, é indicado o teste genômico mais específico para a propriedade e também para cada grupo de animais. Atualmente, existe, diferentes testes para atender diferentes perfis de

O Teste Genômico

propriedades e animais.

Terceira fase do teste: Identificar os animais e coletar as amostras biológicas (pelo, sangue ou outros tecidos). Após a retirada, já no laboratório efetua-se leitura e a interpretação das informações contidas no DNA dos animais. Todas as informações primárias geradas são transformadas em dados de fácil interpretação relacionadas a produção de leite, saúde, conformação e etc.

Quarta fase do teste: A empresa deve fazer a interpretação dos resultados em conjunto do produtor. Nesta fase começa a traçar o plano de ação. Os dados genômicos podem ser direcionados e usados para: a escolha dos touros (acasalamentos) que serão usados na inseminação artificial; classificação de animais jovens; classificação geral das fêmeas para IA e/ou programa de embriões, seleção de doadoras, descarte ou não dos animais inferiores.

Quinta fase do teste: Acompanhar o uso das informações geradas nos relatórios em cada uma das ações específicas da fase anterior.

É importante reforçar que o final do teste não é a entrega do resultado em planilhas de Excel ou com a entrega de Login e Senha de acesso a portais, mas sim na interpretação dos dados e criação de um protocolo de ações que serão tomadas a partir das informações genômicas.

OLHOS NO FUTURO

Com os resultados em mãos, o futuro começa a ser desenhado. Quando o produtor entende o que ele realmente é e deseja ser, podemos traçar o processo de entrada no universo da genotipagem. Este universo atual é democrático, acessível e extremamente abrangente. Hoje o produtor não precisa contar mais com apenas um teste disponível para poucos fins. Atualmente, podemos oferecer de forma personalizada algo em torno de 5 tipos de testes genômicos. Testes focados em características de saúde, características de tipo e até mesmo oferecer testes com foco totalmente para as proteínas do leite (Beta Caseína -A1, A2, Kappa caseína e etc). A diversificação de testes é acompanhada sobretudo, por preços mais acessíveis e justos que viabiliza seu uso e difusão.A mensagem final é que a genômica moderna é para todos e o futuro está 100% acessível.

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