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Exploração do Subsolo Fernando A. M. Marinho Revisões Luiz G. de Mello Maurício Abramento Waldemar Hachich

Exploração do Subsolo - edisciplinas.usp.br

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Page 1: Exploração do Subsolo - edisciplinas.usp.br

Exploração do Subsolo

Fernando A. M. MarinhoRevisões

Luiz G. de Mello

Maurício Abramento

Waldemar Hachich

Page 2: Exploração do Subsolo - edisciplinas.usp.br

O que vem antes da concepção de um

programa de investigação de subsolo?

Definição do problema

Quais os parâmetros necessários ?

Envolve solos, rochas

Tipos de ruptura

Deformações

Estabilidade

Água

Erosão

Sucção

Etc....

Como analisar o problema ?

Métodos de cálculo

Parametros representativos

Ensaios de campo

Ensaios de laboratório

Modelo Geológico da Área

Page 3: Exploração do Subsolo - edisciplinas.usp.br

• Entendermos a formação do solos do local em estudo (formação dos

solos e, eventualmente, rochas e todos os materiais oriundos de sua

decomposição, incluindo coluvios e talus no caso de proximidade de

encostas)

• Prevermos comportamentos possíveis a luz dos carregamentos /

solicitações antevistas nos distintos cenários de operação da obra no

futuro, assim como das etapas construtivas relevantes

• Definirmos os parâmetros necessários para desenvolvermos os cálculos

associados ao detalhamento do projeto, incluindo cenários extremos

• Desenvolvermos o projeto executivo dos aspectos geotécnicos e de

interação solo-estrutura da obra

• Quantificarmos os serviços antevistos e detalhados no projeto, levando à

proposição do custo e o cronograma da obra

• Avaliar os riscos associados à(s) solução(ões) proposta(s) no projeto

Porque devemos investigar o subsolo ?

Page 4: Exploração do Subsolo - edisciplinas.usp.br

• Geomorfologia

• Estratigrafia

• Nível de água e sua variação sazonal; Perfil de sucção

e sua variação sazonal

• Caracterização geotécnica / geomecânica dos materiais

▪ Resistência ao cisalhamento dos materiais envolvidos

▪ Parâmetros de deformabilidade dos materiais envolvidos

▪ Parâmetros hidráulicos dos materiais envolvidos

Investigação

Page 5: Exploração do Subsolo - edisciplinas.usp.br

Você já pensou sobre o subsolo sobre o qual você vive ?

• Ele possui desde mais de 4.600 milhões

a poucas dezenas de milhares de anos –

em alguns casos, como em aterros hidraulicos

e rejeitos de mineração, os solos

estão sendo formados agora !!

Após ter sido submetido a ação das forças da natureza temos como

resultado o subsolo de hoje. Conhecendo o subsolo de forma

adequada teremos condições de tomar decisões mais seguras antes

de construirmos qualquer obra nele, reduzindo os riscos inerentes.

• Ele esteve submetido a inúmeros diastrofismos ( movimentos da

crosta terrestre produzidos por processos tectônicos, incluindo

a formação de bacias oceânicas, continentes, platôs e cadeias de montanhas).

• O subsolo foi intemperizado, erodido, transportado e sedimentado

• …..esta cadeia de ações pode ter-se repetido inúmeras vezes

Page 6: Exploração do Subsolo - edisciplinas.usp.br

Ensaios de Laboratório Ensaios de Campo

Vantagens Vantagens

• Condições de contorno bem

definidas

• Condições de drenagem

totalmente controladas

• Trajetórias de tensão bem

definidas, impostas ou

observadas (limitado)

• Deformação e velocidade de

drenagem controlados.

• O solo e as características

físicas identificadas.

• Podem ser executados em

muitos solos que não podem ser

amostrados.

• Ensaio é realizado no ambiente

natural.

• Um volume maior de solo é

ensaiado em comparação com o

laboratório

• Em alguns ensaios uma

monitoração contínua do solo é

possível.

• Em solos argilosos existe

perturbação da amostra.

• Em solos granulares geralmente

não é possível uma amostragem

não deformada.

• O volume ensaiado é geralmente

pequeno em relação as

características da obra .

• Condições de contorno geralmente mal

definidas.

• Condições de drenagem geralmente mal

definidas. Medições de poro-pressões ajudam.

• Não uniformidade de tensões e deformações.

• Velocidades de deformação geralmente são

maiores do que no laboratório.

• As características do solo ensaiado com

frequência não são totalmente identificadas.

• Os modos de deformação e ruptura são

geralmente diferentes daqueles das estruturas

de engenharia.

• Grau de perturbação geralmente desconhecido

Desvantagens

Desvantagens

Hight & Burland (1987)

SISTEMÁTICAS DE INVESTIGAÇÃO

Page 7: Exploração do Subsolo - edisciplinas.usp.br

IMPORTANTE

Em qualquer tipo de investigação de campo o engenheiro geotécnico

não deve perder a oportunidade de:

• Identificar tátil visualmente o solo obtido nos furos realizados –

validade de associar ao ensaio SPT

• Registrar todas as mudanças observadas no perfil de solo

• Registrar o nível de água local

• Recolher amostras para determinação do teor de umidade

Outros aspectos importantes são:

• Obtenção de amostras indeformadas para eventuais ensaios

complementares de laboratório

• Obtenção de amostras para identificação de eventual contaminação do

solo, no caso de aplicação da geotecnia ambiental.

VALIDADE DE SE ASSOCIAR VARIOS ENSAIOS PRÓXIMOS

CONCEITO DE ILHAS DE INVESTIGAÇÃO

Cuidado com a sequência de execução e a distância entre ensaios para

não perturbar o subsolo para o ensaio posterior

Ideal é começar com o CPTU e a Amostragem, e depois fazer SPT e

Vane

Page 8: Exploração do Subsolo - edisciplinas.usp.br

Sondagem a Percussão

Sondagem a

Percussão

Page 9: Exploração do Subsolo - edisciplinas.usp.br

Trados manuais

Page 10: Exploração do Subsolo - edisciplinas.usp.br

10Amostrador Padrão Raymond

Page 11: Exploração do Subsolo - edisciplinas.usp.br

SPT – Vantagens

• Simplicidade

• Baixo custo

• Obtenção de valor numérico para correlações

• Padronizado NBR-6484/80

11

Page 12: Exploração do Subsolo - edisciplinas.usp.br

Indicador do nível d’água (INA)

12

Page 13: Exploração do Subsolo - edisciplinas.usp.br

Lâminas e amostradores

Page 14: Exploração do Subsolo - edisciplinas.usp.br

14

Resultado típico de sondagem de simples reconhecimento com SPT

(NBR-6484/80)

Page 15: Exploração do Subsolo - edisciplinas.usp.br

Sondagem de simples reconhecimento com SPT

15

Page 16: Exploração do Subsolo - edisciplinas.usp.br

Sondagem rotativa

16

Page 17: Exploração do Subsolo - edisciplinas.usp.br

Testemunhos

17

Page 18: Exploração do Subsolo - edisciplinas.usp.br

Abertura de Poços de Investigação

e coleta de amostras “indeformadas”

Page 19: Exploração do Subsolo - edisciplinas.usp.br
Page 21: Exploração do Subsolo - edisciplinas.usp.br

Ensaios in Situ a Serem Estudados em Aula

Cisalhamento Expansão de Cavidade

Cone e Piezocone Vane Test(Palheta) Pressiômetro

Dilatômetro

Page 22: Exploração do Subsolo - edisciplinas.usp.br

Ensaio de Palheta ou “Vane Test”

Page 23: Exploração do Subsolo - edisciplinas.usp.br

• Envolve a medição “in situ” do momento torsor

requerido para causar a ruptura por cisalhamento de

uma superfície cilíndrica por meio de uma palheta

(foto).

• A informação obtida pode ser utilizada para se obter a

resistência não drenada (su) de solo argiloso mole.

• O método consiste em introduzir a palheta no solo,

adiante do fundo da escavação prévia, rotacionando-a

em velocidade rápida (6º/min), para não ocorrer

drenagem, registrando-se o torque e a rotação

induzida.

Torque aplicado, T

Superfície cilíndrica de

cisalhamento admitida

com a máxima tensão

cisalhante su no torque

máximo.

Altura da palheta

Diâmetro da palheta

Ensaio de Palheta ou “Vane Test”

Page 24: Exploração do Subsolo - edisciplinas.usp.br

24

Ensaio de Palheta ou “Vane Test”

Page 25: Exploração do Subsolo - edisciplinas.usp.br

Palheta

Cilindro de solo cisalhado

Torquímetro

Tubo

Haste central

Palheta

Solo amolgado

Ensaio de Palheta ou “Vane Test”

Page 26: Exploração do Subsolo - edisciplinas.usp.br

d

Me

h

Ms

Me

Mobilização triangular da resistência ao cisalhamento

d/2 d/2

su

d/2 d/2

su

Mobilização uniforme da resistência ao cisalhamento

Mobilização parabólica da resistência ao cisalhamento

d/2 d/2

su

( )

=

++=

2

dSdhM

MMMT

us

ees

“Vane Test” – Relação com 𝑠𝑢

Page 27: Exploração do Subsolo - edisciplinas.usp.br

A resistência não drenada é obtida pela expressão:

parabólica ãodistribuiç para 5

3

uniforme ãodistribuiç para 3

2

r triangulaãodistribuiç para 2

1

42

32

=

=

=

+

=

dhd

TSu

Para que a resistência medida seja de fato su, é fundamental que a velocidade de rotação seja rápida (ruptura a ser atingida no máximo em cerca de 10 min) para não permitir drenagem.

“Vane Test” – Relação com 𝑠𝑢

Page 28: Exploração do Subsolo - edisciplinas.usp.br

Camada de solo mole NA (OCR=1)

Page 29: Exploração do Subsolo - edisciplinas.usp.br

12/10/2018

s

Comportamento não é sempre governado por tensões EFETIVAS?

Waldemar Hachich 29

c’

t

▪Tresca

𝒖𝑻𝑨

𝒖𝑻𝑩

𝒖𝑻𝑪

𝜏𝑟 = 𝑠𝑢𝐴

dupla tangência

Page 30: Exploração do Subsolo - edisciplinas.usp.br

12/10/2018

s

Comportamento não é sempre governado por tensões EFETIVAS?

Waldemar Hachich 30

c’

t

𝜏𝑟 = 𝑠𝑢𝐵

𝜏𝑟 = 𝑠𝑢𝐴

dupla tangência

Page 31: Exploração do Subsolo - edisciplinas.usp.br

12/10/2018

s

Resistência não drenada vs tensão de adensamento

Waldemar Hachich 31

t

𝜏𝑟 = 𝑠𝑢𝐵

𝜏𝑟 = 𝑠𝑢𝐴

𝜏𝑟 = 𝑠𝑢𝑐

trajetória de

tensões totais

𝒔𝒖𝝈𝒂′ = 𝑹𝑹

Page 32: Exploração do Subsolo - edisciplinas.usp.br

12/10/2018

▪ Mohr-Coulomb

s

t

tr= su

s’

t

c’

▪Tresca

Modelos de resistência usuais para solos e rochas

tr= c’ + s’ tg ’

Waldemar Hachich 32

Estado de

tensão

seguro

Estados de

tensão de

inatingíveis

c’

razão de

resistência

(dessa argila,

com seu IP)

𝒔𝒖𝝈𝒂′ = 𝑹𝑹

Page 33: Exploração do Subsolo - edisciplinas.usp.br

12/10/2018

𝝈𝒂′

𝒔𝒖

tr= su

Variação de RR com IP (OCR=1)

33

razão de resistência (de

cada argila, com seu IP)

RR1

Plasticidade (IP) crescente

RR1

RR

1 RR

1

0,000

0,100

0,200

0,300

0,400

0,500

0,600

0 20 40 60 80 100 120 140

RR

IP

Skempton (1948)

𝒔𝒖𝝈𝒂′ = 𝑹𝑹

Waldemar Hachich

Page 34: Exploração do Subsolo - edisciplinas.usp.br

12/10/2018

Variação de RR com OCR

34

𝒔𝒖𝝈𝒂′

𝑶𝑪𝑹>𝟏

=𝒔𝒖𝝈𝒂′

𝑶𝑪𝑹=𝟏

𝑶𝑪𝑹𝒎

Waldemar Hachich

A partir de pesquisas fundamentadas em resultados experimentais:

𝒎 ≅ 𝟎, 𝟖

Mesri (1975)𝒔𝒖 proj

𝝈𝒂′ ≅ 𝟎, 𝟐𝟐 𝝈𝒂

𝒔𝒖 proj

𝝈𝒂′ = 𝟎, 𝟐𝟑 ± 𝟎, 𝟎𝟒 × 𝑶𝑪𝑹𝒎 Jamiolkovski

& Ladd

Page 35: Exploração do Subsolo - edisciplinas.usp.br

Problemas na execução e interpretação:

• Amolgamento do solo

• Ruptura progressiva

• Anisotropia

• Correção dos valores interpretados, por exemplo Bjerrum

Resistência residual

Para se obter a resistência não drenada residual gira-se a palheta um certo

número de vezes (aprox. 25).

Ângulo de rotação

Mo

me

nto

de

to

rçã

o

Solo indeformado

Solo amolgado

Su

z

Solo indeformado

Solo amolgado

Ensaio de Palheta ou “Vane Test”

Page 36: Exploração do Subsolo - edisciplinas.usp.br

“Vane Test” – Fator de correção para anisotropia

Torque aplicado, T

Superfície cilíndrica de

cisalhamento admitida

com a máxima tensão

cisalhante su no torque

máximo.

Altura da palheta

Diâmetro da palheta

Além da anisotropia natural típica de solos moles sedimentares

Fig. 15.5

Page 37: Exploração do Subsolo - edisciplinas.usp.br

“Vane Test” – Fator de correção para tempo até ruptura

compressão primária

Livro do Prof. Carlos PintoFigs. 11.8 e 11.9 – compressão secundária (deformação lenta)Fig. 15.6 – seus efeitos

𝑢𝑇 decrescente

𝜎′ crescente

𝜎′ constantefim da compressão primária

𝑢𝑇 = 0

resistência viscosa crescente com velocidade de deformação imposta

Page 38: Exploração do Subsolo - edisciplinas.usp.br

Ensaio de Cone – Piezocone CPTu

Dentre os equipamentos de ensaios “in situ” o ensaio

penetrométrico (CPT) e o piezocone (CPTu) são os mais

versáteis. Existe ainda o Cone Sísmico (SCPT) que permite a

determinação do módulo cisalhante (G) e do coeficiente de

Poisson.

No ensaio um cone é cravado no terreno a uma velocidade

constante e medições contínuas de resitência de ponta e de

atrito lateral são feitas. Se utilizado o CPTu,

a pressão neutra gerada pela

cravação é também medida,

e provas de dissipação da

sobrepressão neutral são

realizadas em profundidades

pré-determinadas.

Page 39: Exploração do Subsolo - edisciplinas.usp.br

Ensaio de Piezocone

Aspectos importantes

• Relações entre atrito lateral(fs), pressão neutra (u) e

resistência de ponta (qc) contribuem para a identificação

indireta do tipo de solo do perfil.

• Uma das importantes e amplamente utilizadas aplicações do

cone é a definição da estratigrafia do perfil de solo.

• A penetração contínua associada a alta resolução permite

que camadas finas sejam identificadas.

• Recomentada-se o seu uso em depósitos de solos

compressíveis e de baixa resistência.

• O acompanhamnto da dissipação da pressão neutra permite

a estimativa do coeficiente de adensamento (Cv).

Page 40: Exploração do Subsolo - edisciplinas.usp.br

44

Page 41: Exploração do Subsolo - edisciplinas.usp.br

http://www.ce.gatech.edu/~geosys/Faculty/Mayne/Research/devices/cpt.htm

Page 42: Exploração do Subsolo - edisciplinas.usp.br
Page 43: Exploração do Subsolo - edisciplinas.usp.br
Page 44: Exploração do Subsolo - edisciplinas.usp.br

CPTu

Page 45: Exploração do Subsolo - edisciplinas.usp.br

Cone Penetration Testing (CPT)

Real-Time readings in computer screen

Penetration at 2 cm/s

Sand

Clay

Buried Crust

ClayuRP = u0

Page 46: Exploração do Subsolo - edisciplinas.usp.br

Resistência de ponta corrigida - qt (MPa) Atrito lateral - fs (kPa) Poro pressão - u (kPa)

CONSÓRCIO ANDRADE GUTIERREZ-CONSTREMAC

TERMINAL DE CONTAINER 4GUARUJÁ - SÃO PAULO COTA (m): 3,020

DATA 07/07/07 IDENT OBRA AGT-01 Profundidade (m) 34,38

OBRA

Pro

fundid

ade (

m)

Razão de atrito - FR (%)

CLIENTE

LOCAL

CPTu-20 (ILHA F)

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

20

22

24

26

28

30

32

34

36

0 2 4

0,00-0,30 PLATAFORMA

0,30-2,00 ESPAÇO VAZIO

2,00-3,02 LÂMINA DE ÁGUA

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

20

22

24

26

28

30

32

34

36

0 50 100 150

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

20

22

24

26

28

30

32

34

36

0 2 4 6

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

20

22

24

26

28

30

32

34

36

0 200 400 600 800 1000

0,00-0,30 PLATAFORMA

0,30-2,00 ESPAÇO VAZIO

2,00-3,02 LÂMINA DE

0,00-0,30 PLATAFORMA

0,30-2,00 ESPAÇO VAZIO

2,00-3,02 LÂMINA DE

0,00-0,30 PLATAFORMA

0,30-2,00 ESPAÇO VAZIO

2,00-3,02 LÂMINA DE

pressão

hidrostática

Lente arenosa

Resultado de um ensaio de piezocone em Guarujá (arquivo pessoal, LG)

Page 47: Exploração do Subsolo - edisciplinas.usp.br

Resultado de um ensaio de piezocone na BR101 em Santa Catarina (Schnaid, 2000).

Page 48: Exploração do Subsolo - edisciplinas.usp.br

A razão de atrito (Rf) é utilizada para a classificação indireta dos

tipos de solos

c

sf

q

fR =

Ábaco para classificação do tipo de solo sedimentar (Robertson & Campanella, 1983).

Page 49: Exploração do Subsolo - edisciplinas.usp.br
Page 50: Exploração do Subsolo - edisciplinas.usp.br
Page 51: Exploração do Subsolo - edisciplinas.usp.br

Ensaio de Piezocone

Métodos de Interpretação

• O estado de tensões e deformações induzidas nos ensaios de

cone são muito complexos.

• Algumas simplificações ou métodos semi-empíricos são

necessários para possibilitar a análise dos resultados.

Dentre as formulações utilizadas temos:

• Método de expansão de cavidade

• Método de equilíbrio limite

• Método de penetração contínua

• Métodos Numéricos

• Método de trajetória de deformações

• Métodos empiricos

Page 52: Exploração do Subsolo - edisciplinas.usp.br

Ensaio de Cone

Resistência não drenada

( )

k

vocu

N

qS

s−=

carga de capacidade defator

situ"in " vertical tensão

cone do ponta de aresistênci

k

vo

c

N

q

s

Para melhor determinar o valor de Nk é recomendável fazer ensaios vane próximos – conceito de ilhas de investigação

𝑵𝒌 proj ≅ 𝟏𝟔Mesri (2001)

Page 53: Exploração do Subsolo - edisciplinas.usp.br

𝒄𝒗 =𝟎, 𝟖𝟒𝟖 ×𝑯𝑫

𝟐

𝒕𝟗𝟎

Ensaio de dissipação de 𝑢𝑇 no laboratório

Livro do Prof. Carlos PintoFigs. 11.3 – determinação de cv em laboratório pelo processo de Taylor

Page 54: Exploração do Subsolo - edisciplinas.usp.br

Exemplo da redução da poro

pressão da água nas escalas (a)

log tempo e (b) raiz quadrada do

tempo.

Exemplo da redução da poro

pressão normalizada nas escalas

(a) log tempo e (b) raiz quadrada

do tempo.

Ensaio de dissipação de 𝑢𝑇 no campo

Page 55: Exploração do Subsolo - edisciplinas.usp.br

59

CPTu - 𝑐ℎ argilas

• Parâmetro importante para previsão t

ur

r

2

h

r

2

h G/SI;t

IR*Tc ;

IR

tcT* ===

Valores de T*

𝐺 = ൘𝐸

2 1 + 𝜈

Elasticidade

Page 56: Exploração do Subsolo - edisciplinas.usp.br

60

Valores de T* para outras posições da pedra porosa para registro de u

Coeficiente de Adensamento

Horizontal (ch )

Ensaio de dissipação

de 𝑢𝑇 no campo

t

ITRc

r

h

.. *2

=

Page 57: Exploração do Subsolo - edisciplinas.usp.br

Ensaio de Dissipação

Coeficiente de Adensamento

Horizontal (ch )

R : raio médio do piezocone, igual a

17,85mm;

T *: fator tempo adimensional para

uma dada percentagem de

dissipação;

Ir : índice de rigidez do solo ensaiado

= G/su;

t : tempo de dissipação necessário

para uma dada percentagem de

dissipação.

Os valores de T* são obtidos a partir

de gráficos

t

ITRc

r

h

.. *2

=

Soluções teóricas para definição de

T*, em função da percentagem de

dissipação (Apud Lunne et al, 1997).

Page 58: Exploração do Subsolo - edisciplinas.usp.br

Ensaio Pressiométrico

• Pressiômetros em perfurações.

• Pressiômetros autoperfurantes.

• Pressiômetros cravados.

Page 59: Exploração do Subsolo - edisciplinas.usp.br

Ensaio Pressiométrico

• Medida contínua do comportamento tensão deformação.

• Interpretação racional: expansão de cavidade

A teoria considera que não haja perturbação

durante a a inserção do pressiômetro.

Mantendo assim o estado de tensão inicial

do solo

Page 60: Exploração do Subsolo - edisciplinas.usp.br

64

Pressiômetro - Tipos

• Ménard (MPM): instalado em pré-furo

• Auto-perfurante: self boring pressuremeter (SBP)

• pressiomêtre auto foreur (PAF)

• Cambridge-Ko-meter (Camkometer)

Em geral:

2,5<P<10MPa em solo

10<P<20MPa em rocha

Page 61: Exploração do Subsolo - edisciplinas.usp.br

65

Pressiômetro Ménard

Page 62: Exploração do Subsolo - edisciplinas.usp.br

Ensaio Pressiométrico

• Pressiômetro em perfurações (Ménard).

Medidores de

pressão

Cilindro de gás

Regulador de

pressão

Medidor de

volume

Sonda Ménard

de 3 celulas

Page 63: Exploração do Subsolo - edisciplinas.usp.br

67

PAF

Page 64: Exploração do Subsolo - edisciplinas.usp.br

68

Pressiômetro Auto-perfurante

Page 65: Exploração do Subsolo - edisciplinas.usp.br

69

Pressiômetro – SBP

• Camkometer (Cambridge-Ko-Meter)

• expansão da membrana através de gás (N2)

• deslocamento da parede através de braços

• cilíndro rígido

• lâmina cortante acionada através de haste ligada ao topo

(rotativa)

Page 66: Exploração do Subsolo - edisciplinas.usp.br

Ensaio Pressiométrico

Ensaio com Camkometer

Page 67: Exploração do Subsolo - edisciplinas.usp.br

71

Pressiômetro-Parâmetros

• Parâmetros de projeto possíveis de serem obtidos:

• rigidez (𝐺 = ൗ𝐸 2 1+𝜈)

• tensões horizontais in situ (sho)

• resistência drenada () e não-drenada (su)

• permeabilidade e ch

• Vantagens▪ parâmetros a partir de um único ensaio

▪ condições de contorno bem definidas

Page 68: Exploração do Subsolo - edisciplinas.usp.br

Curva típica de um ensaio com pressiômetro Ménard

Curva típica de um ensaio tipo Ménard (Schnaid, 2000).

Page 69: Exploração do Subsolo - edisciplinas.usp.br

Curva típica de um ensaio com pressiômetro autoperfurante

Curva típica de um ensaio pressiométrico autoperfurante (Abramento & Sousa Pinto, 1998).

CAMKOMETER

Page 70: Exploração do Subsolo - edisciplinas.usp.br

74

Auto perfurante x Ménard

Page 71: Exploração do Subsolo - edisciplinas.usp.br

Ensaio Pressiométrico

Pressiômetro cravado.

Page 72: Exploração do Subsolo - edisciplinas.usp.br

Ensaio Dilatométrico - DMT

• Concebido por Marchetti (1975)

• Patenteado em 1977 na Itália

• Normalizado nos EUA e Europa

• Estimativa semi-empírica: Ko, E, OCR, su, ’

• Estimativa do tipo de solo

• Brasil: em expansão

76

Page 73: Exploração do Subsolo - edisciplinas.usp.br

Ensaio Dilatométrico - DMT

Page 74: Exploração do Subsolo - edisciplinas.usp.br

DMT - Características

• Lâmina dilatométrica

• Unidade de controle de pressões

• Cabo elétrico-pneumático

• Penetração estática da lâmina (2 a 4 cm/s)

• Penetração interrompida a cada 20 cm para injeção de gás e medidas de pressões

78

Page 75: Exploração do Subsolo - edisciplinas.usp.br

Ensaio Dilatométrico - DMT

Page 76: Exploração do Subsolo - edisciplinas.usp.br

80

◼ Medem-se três pressões:

◼ Po: pressão p/ desloc. horizontal de 0,5 mm

◼ P1: pressão p/ desloc. de 1,1 mm

◼ P2: pressão residual p/ desloc. de 0,5 mm (retorno)

Page 77: Exploração do Subsolo - edisciplinas.usp.br

81

DMT - Correlações

◼ Po Tensão horizontal in situ (Ko)

◼ P1-Po Módulo de Elasticidade (E)

◼ P2 sobrepressão neutra na cravação

Page 78: Exploração do Subsolo - edisciplinas.usp.br

82

DMT – Índices Dilatométricos

◼ Módulo dilatométrico Ed = 34,7 (P1-Po)

◼ Índice de material: Id = (P1-Po) / (Po-uo)

◼ Índice da tensão horiz.: Kd = (Po-uo) / s’v

Page 79: Exploração do Subsolo - edisciplinas.usp.br

83

Classificação dos solos(Ed e Id)

Page 80: Exploração do Subsolo - edisciplinas.usp.br

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Outros Resultados

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Ensaio CPTU na

área de ampliação

do Aeroporto

Internacional

Salgado Filho

(Schnaid, 2000).

Cone

CPTU

Valores estimados

de Su e OCR do

depósito de argilas

moles do

Aeroporto

Internacional

Salgado Filho

(Schnaid, 2000).

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Variação de Su com a

profundidade (Schnaid, 2000).

Comparação entre ensaios

de palheta e triaxiais

Perfil de resistência não drenada (Schnaid, 2000).

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Cone

CPTu

Perfil típico do

terreno natural

(Schnaid,

2000).

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Índices do ensaio dilatométrico

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Considerações Finais

• O conhecimento das condições do subsolo é

fundamental para projetos de qualquer obra.

• O custo envolvido com a investigação no Brasil é

da ordem de 0,2 a 0,5% do custo total da obra.

• A programação das investigações é tão

importante quanto a própria campanha de

ensaios.

• O fator de segurança e custos de uma obra estão

associados e dependem do detalhamento e

interpretação das investigações.