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Extinção Da Pessoa Natural - Resumo

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Resumo feito por Wilkson Silveira

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EXTINÇÃO DA PESSOA NATURAL

a) Morte Real – Art. 6º. - Lei dos Registros Públicos 6.015/1973 Artigo 77 - Declaração de morte – Resolução do CFM no. 1.480/97

b) Morte Presumida SEM declaração de ausência. Art. 7º CC. Extremamente provável a morte. Desaparecimento em campanha.

c) Morte Presumida COM declaração de ausência. Processo de ausência Art. 22º a Art. 39 CC. Fases do Processo de Ausência : Curadoria – Art. 22 a 25 CC.

Sucessão Provisória – Art. 26 – 36 CC.

Sucessão definitiva – Art 37-39 CC.

d) Morte Civil a) Herdeiro indigno. Artigos 1814 a 1816. CC b) Militar declarado indigno do oficialato. Decreto-lei n° 3.038/41.

e) Comoriência

Art. 8 CC.

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EXTINÇÃO DA PERSONALIDADE NATURAL CÓDIGO CIVIL Art. 6o A existência da pessoa natural termina com a morte; presume-se esta, quanto aos ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura de sucessão definitiva.

O Artigo 6º é dividido em duas partes para definir o fim da existência da pessoa natural :

A. A existência da pessoa natural termina com a morte;

- Morte existe um corpo. - Com o corpo – segue a Lei dos Registros Públicos 6.015/1973 Artigo 77 - Declaração de morte – Resolução do CFM no. 1.480/97

B. presume-se esta, quanto aos ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura

de sucessão definitiva

Morte Presumida pode ser de dois tipos :

SEM DECLARAÇÃO DE AUSÊNCIA – ART 7º. CC

Art. 7o Pode ser declarada a morte presumida, sem decretação de ausência:

I - se for extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida;

II - se alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for encontrado até dois anos após o término da guerra.

Parágrafo único. A declaração da morte presumida, nesses casos, somente poderá ser requerida depois de esgotadas as buscas e averiguações, devendo a sentença fixar a data provável do falecimento.

COM DECLARAÇÃO DE AUSÊNCIA – SEGUNDA PARTE DO ART. 6º CC E PARA

SE DECLARAR A AUSÊNCIA.

Ausência acontece quando uma pessoa some sem deixar notícias. Para A SUCESSÃO DEFINITIVA tratada no artigo 6º é necessário se abrir um, Processo de ausência que é definido no Capítulo III – CC Da Ausência que vai do Art 22 ao 39. Objetivos :

Arrecadar e cuidar dos bens do ausente até que ele retorne. Se futuramente a pessoa não retornar, declarar sua morte.

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A SUCESSÃO DEFINITIVA tratada na segunda parte no artigo 6º . É dividido em TRÊS FASES:

A. CURADORIA Artigos 22 a 25. Situação Ausente . Tempo 1 a 3 anos, Art 26 CC

B. SUCESSÃO PROVISÓRIA –

Artigos 26 a 36. Situação Ausente . Tempo 10 anos (Art 37 CC), e 5 anos caso maior que 80

anos (Art 38 CC)

C. SUCESSÃO DEFINITIVA – Artigos 37 a 39 – Situação Morto

A. CURADORIA (Art 22 a 25) – A PESSOA É DECLARADA AUSENTE

DECLARAÇÃO DE AUSÊNCIA Ocorre quando uma pessoa desaparece do seu domicilio e não deixa REPRESENTANTE ou

PROCURADOR. (Art 22). Caso o representante ou procurador : não querer, não possa exerce , ou se os Poderes forem

insuficientes (Art 23). A requerimento do Interessado ou do MP o Juiz declarará a ausência e nomeará um curador

QUEM PODERÁ SER NOMEADO CURADOR

Art. 25 CC, deve ser seguida ESSA ORDEM a) Cônjuge. b) Pais c) Descendentes Na ausência nas pessoas acima caberá ao juiz a escolha do curador.

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B. SUCESSÃO PROVISÓRIA (Art 26 a 36) - A PESSOA É DECLARADA AUSENTE

É a fase que serve como garantia ao ausente aos bens devidos caso ele retorne. A pessoa ainda não é considerada morta e sim ausente QUANDO PODE SER ABERTA A SUCESSÃO PROVISÓRIA - Art 26. 1 ANO – Se a curadoria seguiu o artigo 25 do CC 3 ANO – Se o Ausente deixou Representante ou Curador

QUEM PODE REQUERER – Art 27

Art. 27. Para o efeito previsto no artigo anterior, somente se consideram interessados: I - o cônjuge não separado judicialmente; II - os herdeiros presumidos, legítimos ou testamentários; III - os que tiverem sobre os bens do ausente direito dependente de sua morte; IV - os credores de obrigações vencidas e não pagas.

QUANDO PRODUZIRÁ EFEITOS – Art. 28

180 dias – Para produzir a sentença da abertura da sucessão provisória depois de publicado na imprensa. Após julgado procederá :

Abertura de Testamento se houver. Inventário. Partilha dos Bens.

Como se o ausente estivesse falecido.

GARANTIAS DO AUSENTE – Art 29 - 30

O processo de sucessão Provisória, e não PERMANENTE : - É temporário , pois ainda há a possibilidade de retorno do ausente. - É condicionada, O Estado ainda está preocupado em restituir ao proprietário o seu patrimônio caso ele volte. O Patrimônio do ausente deve ser garantido, pois é algo constitucionalmente definido. Art. 5º. Os Herdeiros deverão provar que terão possibilidade devolver ao dono exatamente o que receberam, para isso deverão obedecer ao Art. 30, e quem não poder apresentar garantia será excluído, e seus direitos serão administrados pelo curador.

Art. 30. Os herdeiros para se imitirem na posse dos bens do ausente, darão garantias da restituição deles, mediante penhores ou hipotecas equivalentes aos quinhões respectivos.

§ 1o Aquele que tiver direito à posse provisória, mas não puder prestar a garantia exigida neste artigo, será excluído, mantendo-se os bens que lhe deviam caber sob a administração do curador, ou de outro herdeiro designado pelo juiz, e que preste essa garantia.

EXCEÇÃO § 2o Os ascendentes, os descendentes e o cônjuge, uma vez provada a sua qualidade de herdeiros, poderão, independentemente de garantia, entrar na posse dos bens do ausente.

Os excluídos do § 2o terão direito a metade do que lhe é de direito.

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Art. 34. O excluído, segundo o art. 30, da posse provisória poderá, justificando falta de meios, requerer lhe seja entregue metade dos rendimentos do quinhão que lhe tocaria.

GARANTIAS REALIZADAS PELOS JUÍZES EM MANTER O PATRIMONIO O JUIZ, para evitar a perda dos bens do ausente e garantir seu patrimônio, transformará os bens móveis em imóveis

Art. 29. Antes da partilha, o juiz, quando julgar conveniente, ordenará a conversão dos bens móveis, sujeitos a deterioração ou a extravio, em imóveis ou em títulos garantidos pela União.

Além disso não poderá ser vendido

Art. 31. Os imóveis do ausente só se poderão alienar, não sendo por desapropriação, ou hipotecar, quando o ordene o juiz, para lhes evitar a ruína.

[5] BENS MÓVEIS E IMÓVEIS

DIREITO DOS SUCESSORES PROVISÓRIOS

Art. 32. Empossados nos bens, os sucessores provisórios ficarão representando ativa e passivamente o ausente, de modo que contra eles correrão as ações pendentes e as que de futuro àquele forem movidas.

Art. 33. O descendente, ascendente ou cônjuge que for sucessor provisório do ausente, fará seus todos os frutos e rendimentos dos bens que a este couberem; os outros sucessores, porém, deverão capitalizar metade desses frutos e rendimentos, segundo o disposto no art. 29, de acordo com o representante do Ministério Público, e prestar anualmente contas ao juiz competente.

Art. 35. Se durante a posse provisória se provar a época exata do falecimento do ausente, considerar-se-á, nessa data, aberta a sucessão em favor dos herdeiros, que o eram àquele tempo.

CASO O AUSENTE RETORNE

POR SUA PROPRIA VONTADE – Art 30 Parágrafo único

Parágrafo único. Se o ausente aparecer, e ficar provado que a ausência foi voluntária e injustificada, perderá ele, em favor do sucessor, sua parte nos frutos e rendimentos.

Ele perderá para os sucessores a sua parte dos frutos e rendimentos.

INOCENTEMENTE – Art 36

Art. 36. Se o ausente aparecer, ou se lhe provar a existência, depois de estabelecida a posse provisória, cessarão para logo as vantagens dos sucessores nela imitidos, ficando, todavia, obrigados a tomar as medidas assecuratórias precisas, até a entrega dos bens a seu dono.

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C. SUCESSÃO DEFINITIVA (Art 37 a 39) – A PESSOA É DECLARADA MORTA

QUANDO PODE SER ABERTA A SUCESSÃO DEFINITIVA

10 ANOS após transitado em julgado a sentença que concedeu a sucessão provisória – Art 37 CC 5 ANOS se o ausente tiver 80 anos ou mais – Art 38 CC. O QUE ACONTECE SE A PESSOA RETORNA MESMO DEPOIS DA SUCESSÃO DEFINITIVA Se aparecer até 10 anos seguintes após a abertura da sucessão definitiva, ele terá direito aos seus bens no estado em que se encontram – Art 39 CC Se aparecer após 10 anos não terá direito nenhum ao bem Art 39 CC – Parágrafo Unico

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MORTE CIVIL

Desde a Antiguidade, passando pela Idade Média e continuando na Idade Moderna, até o século 18, existiu na Europa uma penalidade criminal brutal conhecida como morte civil.1,2,3 O indivíduo apenado com a morte civil perdia todos os direitos civis e políticos, sendo considerado civilmente morto. Em conseqüência, o condenado tornava-se um morto-vivo. Ele não era condenado à morte física nem mantido preso mas, para todos os efeitos jurídicos, era tido como morto, cessando por completo sua participação na vida política e civil da comunidade.

A morte civil não acarretava só a perda de direitos políticos como os de votar e de exercer funções públicas, mas também a perda de direitos civis básicos. Por exemplo, fazia desaparecer todos os laços de família: o condenado perdia o pátrio poder sobre os filhos e tinha seu casamento desfeito, podendo sua esposa contrair novo matrimônio como se solteira ou viúva fosse. O infeliz também perdia todos os direitos patrimoniais, abrindo-se sua sucessão em favor dos herdeiros. Ele tampouco podia adquirir qualquer bem ou recebê-lo por doação entre vivos ou por herança. O condenado ficava ainda proibido de manter qualquer emprego, público ou privado, e de exercer qualquer ofício em sua comunidade. Ninguém podia dar-lhe comida, abrigo, dinheiro ou qualquer tipo de apoio. Quem o fizesse também seria processado criminalmente, correndo o risco de receber a mesma pena.

A morte civil frequentemente levava à morte de fato, pois qualquer pessoa ficava autorizada a matar impunemente o indivíduo civilmente morto. Embora o condenado mantivesse formalmente o direito à vida e à liberdade, ele não podia contar com o Estado para garantir esses direitos, isto é, não podia recorrer às autoridades em busca de proteção. Historicamente, na Inglaterra, a declaração de um indivíduo como "fora da lei" (outlaw) foi uma forma comum de decretação da morte civil. Não era uma pena de morte, mas sim, a proibição de o indivíduo continuar ligado à sua comunidade. Para não ser morto, o "fora da lei" tinha que fugir para as florestas, passando a viver como um animal.

2. RESQUÍCIOS DA PENA DE MORTE CIVIL

No atual ordenamento jurídico brasileiro existem dois resquícios da morte civil:

a)Herdeiro indigno. A indignidade é declarada por ter o herdeiro cometido algum crime contra a pessoa que deixa a herança. O herdeiro indigno é considerado morto para fins de sucessão e seus descendentes herdam em seu lugar;

b)Militar declarado indigno do oficialato.5 O oficial declarado indigno do oficialato perde o posto e a patente e sua família passa a receber pensão como se ele estivesse morto.

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COMORIÊNCIA

Conhecido como morte simultânea, Art. 8 CC.

Art. 8o Se dois ou mais indivíduos falecerem na mesma ocasião, não se podendo averiguar se algum dos comorientes precedeu aos outros, presumir-se-ão simultaneamente mortos.

QUAL A IMPORTANCIA DE COMORIENCIA Transmissão de direitos entre os comorientes, e como os mortos não herdam, a comoriência determina a herança dos vivos. Tírcio, Pedro e Paulo são irmãos – Tírcio é rico e tem um patrimônio de US$ 10,000,000.00

1. Exemplo - Tírcio, Pedro e Paulo viajam de carro. - Tírcio e Pedro Faleceram juntos. - Paulo só teve ferimentos leves e sobreviveram - Herança : Tírcio – 0% Pedro – 0% Paulo – 100%

2. Exemplo

- Tírcio, Pedro e Paulo viajam de carro. - Tírcio, Faleceu na hora, - Pedro, Faleceu horas depois no hospital. - Paulo só teve ferimentos leves e sobreviveram - Herança : Tírcio – 0% Pedro – 50%, que foram para os herdeiros. Paulo – 50%