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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE ESCOLA DE ENFERMAGEM AURORA DE AFONSO COSTA COORDENAÇÃO GERAL DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM MESTRADO ACADÊMICO EM CIÊNCIAS DO CUIDADO EM SAÚDE FABIANA LOPES JOAQUIM A VISITA DOMICILIAR DE ENFERMAGEM E A CAPACIDADE FUNCIONAL DE PESSOAS QUE VIVEM COM ÚLCERAS VENOSAS: Um ensaio clínico randomizado NITERÓI 2014

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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

ESCOLA DE ENFERMAGEM AURORA DE AFONSO COSTA

COORDENAÇÃO GERAL DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM

MESTRADO ACADÊMICO EM CIÊNCIAS DO CUIDADO EM SAÚDE

FABIANA LOPES JOAQUIM

A VISITA DOMICILIAR DE ENFERMAGEM E A CAPACIDADE FUNCIONAL DE

PESSOAS QUE VIVEM COM ÚLCERAS VENOSAS:

Um ensaio clínico randomizado

NITERÓI

2014

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FABIANA LOPES JOAQUIM

A VISITA DOMICILIAR DE ENFERMAGEM E A CAPACIDADE FUNCIONAL DE

PESSOAS QUE VIVEM COM ÚLCERAS VENOSAS:

Um ensaio clínico randomizado

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-

Graduação do Mestrado Acadêmico em

Ciências do Cuidado em Saúde da

Universidade Federal Fluminense, como

requisito parcial para a obtenção do título de

Mestre.

Linha de Pesquisa: O cuidado nos ciclos vitais

humanos – tecnologias e subjetividades na

enfermagem e saúde.

Orientadora:

Profª Drª Alessandra Conceição Leite Funchal Camacho

Niterói

2014

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J 623 Joaquim, Fabiana Lopes.

A visita domiciliar e a capacidade funcional de pessoas que

vivem com úlceras venosas : um ensaio clínico randomizado /

Fabiana Lopes Joaquim. – Niterói: [s.n.], 2014.

118 f.

Dissertação (Mestrado Acadêmico em Ciências do Cuidado

em Saúde) - Universidade Federal Fluminense, 2014.

Orientador: Profª. Alessandra Conceição Leite Funchal

Camacho.

1. Cuidados de enfermagem. 2. Úlcera varicosa. 3. Visita

domiciliar. I. Título.

CDD 610.73

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FABIANA LOPES JOAQUIM

A VISITA DOMICILIAR DE ENFERMAGEM E A CAPACIDADE FUNCIONAL DE

PESSOAS QUE VIVEM COM ÚLCERAS VENOSAS:

Um ensaio clínico randomizado

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-

Graduação do Mestrado Acadêmico em

Ciências do Cuidado em Saúde da

Universidade Federal Fluminense, como

requisito parcial para a obtenção do título de

Mestre.

Linha de Pesquisa: O cuidado nos ciclos vitais

humanos – tecnologias e subjetividades na

enfermagem e saúde.

Aprovado em ___________ de 2014.

BANCA EXAMINADORA

___________________________________________________________________________

Profª Drª Alessandra Conceição Leite Funchal Camacho – UFF

Orientadora

___________________________________________________________________________

Profª Drª Marluci Andrade Conceição Stipp – UFRJ

1ª Examinadora

___________________________________________________________________________

Profª Drª Vera Maria Sabóia – UFF

2ª Examinadora

___________________________________________________________________________

Prof Dr Marcos Antônio Gomes Brandão - UFRJ

Suplente

___________________________________________________________________________

Profª Drª Patrícia dos Santos Claro Fuly - UFF

Suplente

Niterói

2014

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Dedico este trabalho às pessoas que são o alicerce da

minha vida: minha mãe (in memoriam) que sempre

acreditou que eu tinha o dom da Enfermagem e me

incentivou a agarrar a oportunidade de me inserir no

mundo acadêmico. Sou grata por ter herdado seu amor

pela docência e tenho certeza de que mesmo não estando

presente fisicamente, tive sua força e sua presença ao

longo desta caminhada. Ao meu pai, por sempre me

incentivar a ir em busca dos meus sonhos. Obrigado por

ter estado ao meu lado durante esta trajetória, por ser meu

porto seguro, me amparando nos momentos difíceis e não

me deixar desistir mesmo quando as situações pareciam

impossíveis de serem vencidas.

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AGRADECIMENTOS

A Deus pelo dom da vida, pela família abençoada que possuo, pelas pessoas que cruzaram o

meu caminho mesmo que de maneira rápida e pelas oportunidades que tive e que ainda terei

ao longo da minha caminhada frente à profissão que escolhi;

Á minha família por ser sempre presente e por todo incentivo à minha formação;

Aos amigos Anaelisa Mantovani de Andrade, José Carlos Benfica dos Santos Júnior e Renata

Cilento Leal de Souza pelas orações, incentivo, palavras de apoio que chegavam na hora que

eu mais precisava, por afirmarem a todo o momento que eu tenho o dom para ser mestre e por

entenderem minha ausência em muitos momentos ao longo destes anos de formação. Aos

amigos que conquistei ao longo desta jornada, Cláudio José de Souza e Cristineide dos Anjos,

que só somaram ao meu desenvolvimento como pessoa e aos demais membros da turma do

MACCS 2013/ 1º semestre, o meu muito obrigado por cada momento partilhado;

À minha orientadora Profª Drª Alessandra Conceição Leite Funchal Camacho por me

orientar, por acreditar e apoiar o tema a ser desenvolvido ao longo destes anos. Obrigado por

dar asas ao meu sonho, por sempre estar presente e disponível quando eu precisava, pela

amizade construída, conselhos e ensinamentos transmitidos;

À Profª Drª Geilsa Soraia Cavalcanti Valente por ter reavivado a chama de ingressar no

mestrado ao longo da Pós-graduação Lato Sensu, por ter apresentado a minha orientadora e

por ter me incentivado a concorrer no processo seletivo.

Aos participantes da pesquisa por confiarem no estudo desenvolvido, por permitirem que eu

adentrasse a suas casas e por terem me recebido com tanto carinho.

Á Drielle dos Santos Louredo pelo companheirismo durante a coleta de dados, pelas

palavras de incentivo, por não me deixar esmorecer frente às dificuldades;

Aos Prof. Dr. da banca examinadora: Profª Drª Vera Maria Sabóia; Profª Drª Marluci

Andrade Conceição Stipp; Profª Drª Patrícia dos Santos Claro Fuly; e Profº Drº Marcos

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Antônio Gomes Brandão por terem aceitado o convite para compor a banca e pelas

contribuições realizadas ao longo da construção do trabalho;

A todos os funcionários da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa por

acompanharem meu crescimento ao longo destes anos e torcerem pelo meu sucesso.

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Você não precisará de sonhos para ser um trabalhador

comum, massacrado pela rotina, que faz tudo igual todos

os dias e que vive apenas em função do salário no final do

mês.

Mas precisará de muitos sonhos para ser um profissional

que procura a excelência, amplia os horizontes de sua

inteligência, fica atento às pequenas mudanças, tem

coragem para corrigir rotas, tem capacidade para

prevenir erros, tem ousadia para fazer das suas falhas e

dos seus desafios um canteiro de oportunidades.

Precisará de sonhos para enxergar soluções que ninguém

vê, para apostar naquilo que crê, para encantar seus

colegas, para surpreender sua equipe de trabalho.

(CURY, 2004, p. 148).

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RESUMO

Evidenciando-se a úlcera como um problema epidemiológico que acomete os membros

inferiores e provoca impacto na qualidade de vida e produtividade, torna-se necessário avaliar

a capacidade funcional de seus portadores, que sofrem com dores, edema e consequentemente

dificuldades de locomoção. Frente ao exposto, esta pesquisa teve como objeto a intervenção

em saúde realizada por enfermeiros, durante a visita domiciliar a adultos e idosos que vivem

com úlceras venosas. Os objetivos foram: identificar a efetividade das intervenções na

capacidade funcional de adultos e idosos com úlceras venosas e comparar o efeito da visita

domiciliar antes e após orientações na capacidade funcional dessas. Trata-se de um estudo

clínico experimental, randomizado não cego e controlado com delineamento do tipo

transversal e abordagem quantitativa. O campo de pesquisa foi o Ambulatório de Reparo de

Feridas do Hospital Universitário Antônio Pedro (HUAP) localizado em Niterói/RJ e o

domicílio de pacientes atendidos no referido ambulatório. Participaram da pesquisa 32

pacientes, que vivem com úlceras venosas e que se encontram em tratamento no referido

ambulatório, sendo 16 participantes alocados aleatoriamente por meio do Software Biostat

5.0 no grupo caso e 16 no grupo controle. A coleta de dados ocorreu através dos

instrumentos: Protocolo I – Adaptado - Avaliação de clientes com úlceras venosas, utilizado

no projeto Cicatrizar da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PROPP/UFF) e Conselho

Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq); Escala de Independência em

Atividades da Vida Diária (Escala de KATZ - EIAVD); Escala de avaliação de equilíbrio e

marcha (Índice de TINETTI); e instrumento com orientações a serem prestadas aos sujeitos da

pesquisa que receberam visita domiciliar, sendo este o instrumento de registro da intervenção

aplicada no estudo. Os resultados apresentados através da Escala de KATZ-EIAVD e do

Índice de TINETTI antes da intervenção demonstram que há semelhança em relação às

questões e pontuação nos dois grupos. Após a intervenção, os resultados revelam que o Índice

de TINETTI expressa melhor o comprometimento da capacidade funcional de adultos e

idosos com úlceras venosas, demonstrando melhora significativa no grupo caso quando

comparada ao grupo controle, que se manteve absolutamente estável quando comparado com

os resultados apresentados pela Escala de KATZ-EIAVD. Deste modo conclui-se que as

intervenções no contexto domiciliar foram benéficas aos participantes do grupo caso.

Palavras-chave: Cuidados de Enfermagem. Úlcera Varicosa. Visita Domiciliar.

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ABSTRACT

Seeing the ulcer as an epidemiological problem that affects the lower limbs and causes impact

on quality of life and productivity, it is necessary to evaluate the functional capacity of

patients suffering from this, who experience pain, swelling and, as a consequence, movement

difficulties. Based on it, this research aims to assess the health intervention performed by

nurses during home visits to adults and elders with venous ulcers. The objectives were to

identify the effectiveness of interventions on the functional capacity of adults and elders, and

to compare the effects of home medical visits before and after functional capacity advice is

provided. This is an experimental, non-randomized blind, with a cross-sectional controlled

design and quantitative approach clinical study. The field research was the Outpatient Wound

Repair clinic of the Antonio Pedro University Hospital (HUAP) located in Niterói / RJ and

the domicile of patients treated at the clinic. 32 venous ulcers patients who are in treatment at

the clinic participated; 16 participants were randomly allocated in the control group and 16 in

the case group through the software Biostat 5.0. Data collection occurred through the

instruments: Protocol I - Adapted - Assessment of patients with venous ulcers used in the

Heal Project, of the Pro Dean of Research and Graduate department (PROPP / UFF) and the

National Council for Scientific and Technological Development (CNPq); Measure Scale of

Independence in Activities of Daily Living (Katz – EIAVD Scale); Scale assessment of

balance and gait (Tinetti Index) and the instrument with guidelines to be provided to research

subjects who received home visits, which is the recording instrument applied in the study

intervention. The results presented by Katz-EIAVD Scale and Tinetti index before

intervention shows that there are similarities in the issues and score in both groups. After the

intervention, the results reveal that the Tinetti index best expresses the impaired functional

capacity of adult and elderly patients with venous ulcers, demonstrating a significant

improvement in the case group compared to the control group, which remained absolutely

stable when compared to the results presented by KATZ-EIAVD Scale. Thus we conclude

that interventions in home environment were beneficial to the participants in the case group.

Keywords: Nursing Care. Varicose Ulcer. Home Visit.

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RESUMEN

Evidenciando la úlcera como un problema epidemiológico que afecta a las extremidades

inferiores y causa impacto en la calidad de vida y en la productividad, es necesario evaluar la

capacidad funcional de los pacientes con úlcera, que sufren dolor, hinchazón y

consecuentemente tienen dificultades locomotoras. Sobre la base de estos, esta investigación

tuvo como objeto la intervención en salud realizado por las enfermeras durante las visitas

domiciliarias a los adultos mayores que viven con úlceras venosas. Los objetivos fueron

identificar la efectividad de las intervenciones en la capacidad funcional de los adultos

mayores y con úlceras venosas y comparar el efecto de las visitas a domicilio, antes y después

de la capacidad funcional de estas directrices. Se trata de un estudio clínico experimental,

aleatorizado no ciego y controlado con un enfoque transversal y abordaje cuantitativo. La

investigación de campo fue el Ambulatorio Wound Repair del Hospital Antonio Pedro

Universidad (HUAP) situado en Niterói / RJ y el domicilio de los pacientes atendidos en la

clínica. Los participantes fueron 32 pacientes que viven con úlceras venosas y que están en

tratamiento en la clínica, con 16 participantes asignados al azar a través de Software Biostat

5,0 en el grupo de casos y 16 en el grupo control. Los datos fueron recolectados a través de

los instrumentos: Protocolo I - Adaptado - Valoración de los clientes con úlceras venosas

utilizados en el proyecto Cicatrizar de la Pro Rectoría de Investigación y Postgrado (PROPP /

UFF) y el Consejo Nacional de Desarrollo Científico y Tecnológico (CNPq); Escala de

Independencia en las Actividades de la Vida Diaria (Katz Escala - EIAVD); Evaluación de la

Escala de equilibrio y marcha (Tinetti Index) y el instrumento con las directrices que se le

debe proporcionar a los sujetos de la investigación que recibieron visitas a domicilio, siendo

éste el instrumento de registro de la intervención aplicada en el estudio. Los resultados

presentados por la escala Katz -EIAVD y el índice de Tinetti antes de la intervención

muestran que hay similitudes en las cuestiones y en la puntuación de ambos grupos. Después

de la intervención, los resultados revelan que el índice de Tinetti es el que mejor expresa el

deterioro de la capacidad funcional de los pacientes adultos y ancianos con úlceras venosas, lo

que demuestra una mejora significativa en el grupo caso en comparación con el grupo

control, que se mantuvo absolutamente estable cuando se compara los resultados presentados

por Escala de KATZ-EIAVD. Así llegamos a la conclusión de que las intervenciones en el

entorno del hogar fueron beneficiosas para los participantes en el grupo caso.

Palabras-clave: Atención de Enfermería. Úlcera Varicosa. Visita Domiciliaria.

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 Tipos de coberturas, componentes, indicação e observação, f. 32

Quadro 2. Nutrientes, fonte de alimentos e função exercida no processo de

cicatrização, f. 34

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 Pontuação da Escala de KATZ – EIAVD segundo os grupos caso e controle

antes e após intervenção, f. 63

Gráfico 2 Pontuação da Escala de Avaliação do Equilíbrio do Índice de TINETTI

segundo os grupos caso e controle antes e após intervenção, f. 76

Gráfico 3 Pontuação da Escala de Avaliação da Marcha do Índice de TINETTI

segundo os grupos caso e controle antes e após intervenção, f. 77

Gráfico 4 Pontuação Total do Índice de TINETTI segundo os grupos caso e controle

antes e após intervenção, f. 78

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 Análise das variáveis sociodemográficas e clínicas segundo os grupos caso

e controle. Niterói/RJ, 2014, f. 46

Tabela 2 Análise das variáveis sociodemográficas e clínica segundo os grupos caso e

controle. Niterói/RJ, 2014, f. 50

Tabela 3 Escala de KATZ - EIAVD e as respectivas áreas antes da intervenção

segundo os grupos caso e controle. Niterói/RJ, 2014, f. 51

Tabela 4 Índice de TINETTI (Escala de avaliação do equilíbrio) antes da intervenção

segundo os grupos caso e controle. Niterói/RJ, 2014, f. 53

Tabela 5 Índice de TINETTI (Escala de avaliação da marcha) antes da intervenção

segundo os grupos caso e controle. Niterói/RJ, 2014, f. 56

Tabela 6 Escala de KATZ – EIAVD antes e depois da intervenção no grupo caso.

Niterói/RJ, 2014, f. 60

Tabela 7 Escala de KATZ – EIAVD antes e depois da intervenção no grupo controle.

Niterói/RJ, 2014, f. 61

Tabela 8 Escala de avaliação de equilíbrio do Índice de TINETTI antes e depois da

intervenção no grupo caso. Niterói/RJ, 2014, f. 64

Tabela 9 Escala de avaliação da marcha do Índice de TINETTI antes e depois da

intervenção no grupo caso. Niterói/RJ, 2014, f. 67

Tabela 10 Escala de avaliação de equilíbrio do Índice de TINETTI antes e depois da

intervenção no grupo controle. Niterói/RJ, 2014, f. 70

Tabela 11 Escala de avaliação da marcha do Índice de TINETTI antes e depois da

intervenção no grupo controle. Niterói/RJ, 2014, f. 73

Tabela 12 Delta absoluto das pontuações das escalas de KATZ e TINETTI segundo o

grupo, f. 79

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LISTA DE SIGLAS

BDENF Banco de Dados da Enfermagem

BVS Biblioteca Virtual de Saúde

CNPq Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico

EIAVD Escala de Independência em Atividades da Vida Diária

HUAP Hospital Universitário Antônio Pedro

ICIDH Classificação Internacional de Comprometimento, Incapacidades e Desvantagens

LILACS Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências da Saúde

NIC Nursing Interventions Classification

PROAP Programa de Apoio à Pós Graduação

PROPP Pró Reitoria de Pesquisa e Pós Graduação

PubMed Medical Published - service of the U.S. National Library of Medicine

SUS Sistema Único de Saúde

UFF Universidade Federal Fluminense

VD Visita Domiciliar

WHO World Health Organization

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.......................................................................................................... 17

1.1 APRESENTAÇÃO DA TEMÁTICA....................................................................... 17

1.2 DELIMITAÇÃO DO PROBLEMA DE PESQUISA E JUSTIFICATIVA.............. 18

1.3 OBJETIVOS.............................................................................................................. 23

2 REVISÃO DE LITERATURA.................................................................................. 24

2.1 ÚLCERAS VENOSAS E SUAS IMPLICAÇÕES EM ADULTOS E IDOSOS...... 24

2.2 A AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE FUNCIONAL.............................................. 27

2.2.1 Escala de independência em atividades da vida diária (Escala de Katz -

EIAVD)...........................................................................................................................

28

2.2.2 Escala de avaliação de equilíbrio e marcha - Índice de Tinetti........................ 29

2.3 A VISITA DOMICILIAR COMO ESTRATÉGIA AO ATENDIMENTO

DOMICILIAR PARA O MONITORAMENTO/TRATAMENTO DE LESÕES..........

29

2.4 TRATAMENTO E PREVENÇÃO DAS ÚLCERAS VENOSAS........................... 31

3 MÉTODOS E TÉCNICAS........................................................................................ 37

3.1 ABORDAGEM E TIPO DE ESTUDO..................................................................... 37

3.2 CAMPO DE PESQUISA.......................................................................................... 38

3.3 CÁLCULO AMOSTRAL E PARTICIPANTES DO ESTUDO.............................. 40

3.4 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS.......................................................... 41

3.5 TEMPO DE ACOMPANHAMENTO...................................................................... 43

3.6 VARIÁVEIS DA PESQUISA................................................................................... 43

3.7 ANÁLISE ESTATÍSTICA........................................................................................ 43

3.8 ASPECTOS ÉTICOS................................................................................................ 44

4 RESULTADOS........................................................................................................... 46

5 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS.......................................................................... 80

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS..................................................................................... 88

7 OBRAS CITADAS..................................................................................................... 91

8 OBRAS CONSULTADAS......................................................................................... 102

9 APÊNDICES............................................................................................................... 103

9.1 TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO............................... 103

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9.2 ORIENTAÇÕES A SEREM PRESTADAS AOS SUJEITOS DA PESQUISA

QUE RECEBEREM VISITA DOMICILIAR.................................................................

106

10 ANEXOS................................................................................................................... 107

10.1 PROTOCOLO DE PESQUISA............................................................................... 107

10.2 ESCALA DE INDEPENDÊNCIA EM ATIVIDADES DA VIDA DIÁRIA

(ESCALA DE KATZ – EIAVD)....................................................................................

108

10.3 ESCALA DE AVALIAÇÃO DE EQUILÍBRIO E MARCHA - ÍNDICE DE

TINETTI..........................................................................................................................

110

10.4 TERMO DE COMPROMISSO............................................................................... 112

10.5 DECLARAÇÃO DE AUTORIZAÇÃO PARA A PESQUISA.............................. 113

10.6 FOLHA DE ROSTO PARA PESQUISA ENVOLVENDO SERES HUMANOS. 114

10.7 PARECER CONSUBSTANCIADO DO CEP........................................................ 115

10.8 INSTRUMENTO DE RANDOMIZAÇÃO DA AMOSTRA DO ESTUDO:

SOFTWARE BIOSTAT 5.0............................................................................................

118

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17

1 INTRODUÇÃO

1.1 APRESENTAÇÃO DA TEMÁTICA

A motivação para o desenvolvimento deste estudo originou-se durante o curso de

graduação, no transcorrer do ensino teórico-prático da disciplina de Enfermagem em Saúde

Coletiva II, na qual tive a oportunidade de atuar no tratamento de lesões, por meio da visita

domiciliar (VD). Associado a este interesse evidenciei que a úlcera venosa em pacientes

adultos e idosos é uma temática relevante na área da Enfermagem.

A capacidade funcional diz respeito à condição que o indivíduo apresenta de viver de

maneira autônoma e de se relacionar com o meio em que se encontra inserido (NOGUEIRA et

al., 2010). Deste modo, a capacidade funcional permite averiguar a independência que o

indivíduo apresenta em realizar atividades básicas e instrumentais, sendo estas representadas

pelos seguintes atos: tomar banho, vestir-se, realizar higiene pessoal, transferir-se, alimentar-

se, manter a continência, preparar refeições, controlar as finanças, tomar medicamentos,

arrumar a casa, fazer compras, usar transporte coletivo, usar telefone e caminhar certa

distância.

Tendo em vista o fato de a capacidade funcional declinar com a idade, torna-se

necessário elaborar estratégias que tenham como finalidade a promoção, tratamento e

reabilitação dela e a integração social dos sujeitos (TORRES et al., 2009). Frente ao exposto e

evidenciando-se a úlcera venosa como um problema epidemiológico (CARMO et al., 2007)

que acomete os membros inferiores e provoca impacto na qualidade de vida e produtividade,

torna-se necessário avaliar a capacidade funcional dos seus portadores, que sofrem com dores,

edema e, consequentemente, dificuldades de locomoção (SMELTZER; BARE, 2012).

Neste contexto, insere-se o atendimento domiciliar que diz respeito às atividades

assistenciais desenvolvidas em domicílio por profissionais da equipe de saúde. Estas

atividades assistenciais exigem complexidade em sua execução, necessitando que o

profissional que irá desenvolver apresene formação técnica pertinente (FERREIRA;

CANAVEZ, 2010).

Este tipo de atendimento, de acordo com Abrahão, Silva e Souza (2012), se torna

cada vez mais comum e funciona como potencializador e expansor das práticas assistenciais,

tendo em vista o fato de se permitir uma maior integração entre as ações que ocorrem no

contexto domiciliar e as que ocorrem nos serviços de saúde.

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18

Estudos apontam a visita domiciliar como uma oportunidade para obter informações

adicionais sobre as condições de vida do paciente, sua dinâmica familiar e seu estilo de vida.

Por isso tem sido apontada por diversos autores como um fator de melhora na qualidade dos

cuidados prestados aos pacientes, bem como contribuinte no aspecto rentável dos pacientes

que sofrem de doenças crônicas (THEILE et al., 2011).

Para Lacerda (2000), quando o enfermeiro realiza o atendimento domiciliar, ele

utiliza o conhecimento para sustentar suas ações, observando, analisando, cuidando e

orientando com o intuito de promover resolutividade aos problemas diagnosticados. Quando

este atendimento tem como finalidade o tratamento de uma lesão, o enfermeiro tem como

objetivo promover a cicatrização efetiva da lesão, sendo, nestes casos, primordial realizar

orientações aos pacientes sobre o autocuidado, visando à prevenção de possíveis

complicações e redução de recidivas. Entretanto, o papel do enfermeiro frente à pacientes com

úlcera venosa ultrapassa as questões de prevenção e avaliação do diagnóstico de risco. De

acordo com Silva et al. (2009) seu papel se estende ao de fornecer apoio educacional e mental

aos pacientes.

Para Costa et al. (2011), as lesões ulcerativas provocam nos pacientes e familiares

dificuldades relacionadas à necessidade de adaptação a condição clínica, levando estes a

repensar valores, entender a enfermidade, seguir procedimentos e enfrentar o olhar da

sociedade repleta de mitos e estigmas. Deste modo, o enfermeiro deve estar atento ao

paciente, desenvolvendo apoio educacional de modo a auxiliá-lo.

Ao desenvolver apoio educacional aos pacientes, o enfermeiro procura orientá-los a

verificar meios adaptativos que os levem a superação da sua condição clínica, projetando a

recuperação efetiva e consequentemente resulte em melhora da qualidade de vida (COSTA et

al., 2011). Este apoio educacional é primordial para que as condutas adotadas objetivando a

recuperação sejam discutidas e conscientizadas aos poucos, de maneira a tornar o tratamento

efetivo e satisfatório às condições biopsicossociais do paciente.

Deste modo, deve-se entender o apoio social como uma possibilidade de estar

criando, adaptar e transformar o modo de cuidar com vistas à emancipação do sujeito assistido

(SCHIER; GONÇALVES; ALVAREZ, 2014).

1.2 DELIMITAÇÃO DO PROBLEMA DE PESQUISA E JUSTIFICATIVA

O estudo proposto tem como linha pesquisa O cuidado nos ciclos vitais humanos -

tecnologias e subjetividades na enfermagem e saúde, conceituada como desenvolvimento de

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abordagens científicas, tecnológicas, relacionais e culturais nos diferentes ciclos de vida, e

encontra-se vinculada à Ação Transversal n. 06/2011 - Casadinho/Procad, do projeto:

"Inovação em Enfermagem no Tratamento de Lesões Tissulares - Sistematização, Inclusão

Tecnológica e Funcionalidade" através do MCTI/CNPq/MEC/CAPES.

Mediante a linha de pesquisa, a produção e o aprimoramento do cuidado de

enfermagem na prevenção de agravos de doenças, como a úlcera venosa, deve se dar pela da

construção ou aplicação de novas intervenções técnicas no cuidado de enfermagem e saúde,

objetivando a recuperação e a reabilitação não somente do sujeito, mas da família envolvida

no processo de cuidar.

A visita domiciliar deve promover o cuidado com ações direcionadas às reais

necessidades de saúde do sujeito assistido (MARTINS et al., 2008), tendo em vista o fato do

processo de envelhecimento provocar mudanças nos aspectos biopsicossociais. Assim,

quando o enfermeiro realiza o atendimento domiciliar ele pode planejar as atividades que

devem ser desenvolvidas para melhor suprir o que é requisitado. Logo, o enfermeiro tende a

executar uma assistência integral, voltada para ações de assistência básica, de vigilância

epidemiológica e sanitária.

Ao realizar a visita domiciliar para o tratamento / acompanhamento de lesões, o

enfermeiro com o olhar crítico e reflexivo tende a ir além das técnicas para a realização de

curativos voltados à cicatrização da lesão. Ele deverá refletir sobre a dinâmica familiar, as

condições em que este paciente reside e promover, deste modo, contribuições significativas

para a prestação dos cuidados. Logo, ao atentarmos para as mudanças provenientes do

processo de envelhecimento de cada sujeito atendido, estaremos prestando uma assistência

exclusiva, pautada nas reais necessidades que estejam em vigência no momento do

atendimento, sendo estas relatadas pelo paciente ou observadas pelo profissional de saúde.

Assim, considerando que as úlceras venosas podem afetar a qualidade de vida dos

pacientes na medida em que alteram suas relações sociais e familiares, além de autoestima e

autoimagem, este estudo apresenta a questão de pesquisa elaborada de acordo com a

estratégia PICO (SANTOS; PIMENTA; NOBRE, 2007):

P (Patients) - Pacientes adultos e idosos com úlceras venosas crônicas em um ou

ambos os membros inferiores;

I (Intervention) - Visita domiciliar do enfermeiro para continuidade do tratamento de

úlceras venosas realizado no Ambulatório de Reparo de Feridas do Hospital Universitário

Antônio Pedro seguida de orientações;

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C (Control) - Pacientes adultos e idosos com úlceras venosas em atendimento

exclusivo no Ambulatório de Reparo de Feridas do Hospital Universitário Antônio Pedro;

O (Outcomes) – Melhora na capacidade funcional de pacientes adultos e idosos com

úlceras venosas que recebem visita domiciliar, seguida de orientações para continuidade do

tratamento desenvolvido no Ambulatório de Reparo de Feridas do Hospital Universitário

Antônio Pedro.

O objeto deste estudo é a intervenção em saúde realizada por enfermeiros, durante a

visita domiciliar a adultos e idosos que vivem com úlceras venosas.

A hipótese a ser estudada pretende verificar se a visita domiciliar realizada por

enfermeiros possui intervenção efetiva na capacidade funcional de adultos e idosos que vivem

com úlceras venosas.

Após elaboração da hipótese de estudo e frente à evidência de que as alterações

cutâneas decorrentes do processo de envelhecimento interferem não apenas na aparência, mas

também nas funções que a pele desempenha (SMELTZER; BARE, 2012), torna-se necessário

à realização do acompanhamento das lesões.

Um dos critérios para realização da visita domiciliar no acompanhamento de lesões

diz respeito a adultos/idosos que necessitam de assistência referentes a curativos de lesões

tissulares ulcerativas venosas (ABRAHÃO; LAGRANGE, 2007).

A úlcera venosa é uma lesão cutânea associada à insuficiência venosa crônica que

acomete os membros inferiores, e atinge grande parte da população brasileira, constituindo-se

em um problema epidemiológico (CARMO et al., 2007).

Logo, a justificativa desse estudo está na necessidade de desenvolver ações de

prevenção de complicações decorrentes da úlcera venosa e promoção do autocuidado em

pacientes adultos e idosos portadores de úlcera venosa como tecnologia de proteção em saúde,

por meio da avaliação e análise de sua capacidade funcional e do apoio social recebido

vislumbrando a estes uma melhor qualidade de vida. Esta justificativa encontra-se embasada

no aumento populacional dos idosos em virtude da baixa natalidade associado ao aumento da

expectativa de vida. Deste modo, torna-se primordial que se desenvolva novas tecnologias

que vislumbrem tratamentos que até alguns anos atrás eram impensados na perspectiva de um

prognóstico de vida favorável para enfermidades, principalmente as de tipologia crônicas

(CAMACHO; COELHO, 2010).

A pesquisa apresenta relevância nas esferas social, científica e assistencial. A

relevância social é atendida visto que a visita domiciliar realizada por enfermeiros aos

adultos/idosos é uma oportunidade para obter informações adicionais sobre as condições de

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vida de um paciente, sua dinâmica familiar e seu estilo de vida, sendo um fator de melhora na

qualidade dos cuidados prestados aos pacientes, contribuindo no aspecto rentável dos

pacientes que sofrem de doenças crônicas (THEILE et al., 2011).

Ao adentrar nas residências para prestar os cuidados, o enfermeiro poderá ter um

olhar humanizado e uma escuta sensível, deixando de lado a dinâmica mecanicista e

capitalista comum nos ambientes assistenciais em que mal se consegue ter tempo hábil para se

realizar a técnica assistencial, o que é benéfico ao paciente que consegue expor suas reais

necessidades e ao profissional que consegue por em prática o plano de cuidados desenvolvido.

O aspecto rentável dos pacientes assistidos também é beneficiado visto que os portadores de

úlceras crônicas aposentam-se precocemente, apresentando em muitos casos a renda mensal

comprometida, impossibilitando este de ir até as unidades de saúde.

Ao realizar a visita domiciliar, os enfermeiros tendem a contribuir para a promoção

do autocuidado, bem como para a melhoria dos cuidados prestados aos idosos por familiares e

cuidadores, gerando nesses a sensação de bem estar, e desenvolvimento de processos

adaptativos aos problemas de saúde. Porém, se os problemas de saúde não forem abordados

de maneira adequada, podem gerar impacto negativo para o sistema de saúde, levando-se em

consideração as demandas epidemiológicas (MARTINS et al., 2008). Ou seja, se o cuidado

não for realizado adequadamente, a condição clínica do paciente pode se agravar, resultando

em demora na cicatrização, comprometimento emocional e aumento dos gastos do sistema de

saúde.

A relevância científica encontra-se pautada no levantamento do “Estado da Arte”

nas seguintes bases de dados da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS): BDENF (Banco de

Dados da Enfermagem), LILACS (Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências da

Saúde) e na base de dados internacional PubMed (Medical Published - service of the U.S.

National Library of Medicine) no mês de junho de 2013, com os seguintes descritores em

Português: enfermagem; idoso; adulto; úlcera varicosa; e visita domiciliar e seus similares em

Inglês.

A busca com descritores isolados forneceu um total de 10279069 artigos. Mediante

este quantitativo se optou por refinar a pesquisa, e fazer uma melhor aproximação das

produções que contribuíssem para responder os objetivos. Realizou-se, então, a busca com os

descritores associados adotando-se como Operador Lógico Booleano o termo “AND”.

Este refinamento da pesquisa resultou no total de 218178 artigos que passaram por

um refinamento tendo como base os critérios de inclusão (artigos em Português / Inglês

publicados entre os anos de 2008 a 2013; resumos disponibilizados na íntegra; aderência aos

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objetivos) e os critérios de exclusão (artigos repetidos presentes na mesma categoria; artigos

não publicados na íntegra; artigos que não apresentaram aderência à temática). Após a

submissão destes critérios foram analisados 8 artigos.

Dos 8 artigos selecionados, 50% (4 artigos) são do ano de 2011; 12,5% (1 artigo) de

2010; 25% (2 artigos) de 2009 e 12,5% (1 artigo) de 2008. Evidenciando-se a ausência de

artigos já publicados no ano de 2013 em bases nacionais e internacionais que viessem a

contribuir para responder os objetivos propostos.

Quanto ao tipo de publicação, 7 (87,5%) eram artigos originais e 1 (12,5%) tratava-

se de artigo de revisão.

O idioma das publicações foram 25% (2 artigos) em inglês e 62,5 % (5 artigos) em

português e 12,5% (1 artigo) publicado nos dois idiomas.

Em relação à essência do conteúdo, 50% (4 artigos) ressalvam as contribuições da

visita domiciliar realizada por enfermeiros aos adultos/idosos e 50% (4 artigos) ressalvam a

ação do enfermeiro no cuidado de úlceras venosas.

Ao término do desenvolvimento do estado da arte, foi possível evidenciar que a

visita domiciliar realizada por enfermeiros é uma ferramenta importante no tratamento de

úlceras venosas, tendo em vista o fato do profissional em questão estar envolvido em todo o

processo que circunda o tratamento como a avaliação dos custos destinados ao tratamento da

úlcera venosa, avaliação da qualidade de vida do portador, avaliação do processo de

cicatrização, adoção de novas tecnologias de tratamento e apoio educacional ao paciente.

O levantamento dos artigos também demonstrou que a visita domiciliar possibilita a

obtenção de informações sobre a vida do paciente o que contribui para a sua recuperação.

Deste modo, ao realizar a visita domiciliar ao adulto/idoso com o objetivo de acompanhar o

processo cicatricial de lesões, o enfermeiro tende a adotar um olhar crítico e reflexivo

adquirido e aprimorado ao longo de sua formação. Este olhar tende a ser refletido sobre a

dinâmica familiar e as condições em que este paciente reside, promovendo prestação dos

cuidados mais efetiva e mais resolutiva ao quadro que o idoso venha estar apresentando no

momento da visita.

Evidenciou-se, durante este estudo, a limitação de artigos em bases nacionais e

internacionais que viessem a contribuir para responder os objetivos propostos quando

realizada a associação dos descritores. Esta limitação ressalta a importância de serem

desenvolvidas novas pesquisas, proporcionando maior acervo aos pesquisadores, profissionais

e estudantes da área da saúde, tendo em vista o fato da úlcera venosa ser uma lesão cutânea

que acomete grande parte da população brasileira e as visitas domiciliares serem utilizadas

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para o acompanhamento destas. Estas evidências justificam e ressaltam a importância do

desenvolvimento desta pesquisa.

Para a assistência de Enfermagem, a relevância está no fato de compreender que a

assistência à saúde aos pacientes adultos e idosos portadores de úlcera venosa requer uma

assistência embasada em um modelo holístico de cuidado, em que o ser humano precisa ser

assistido a partir das suas reais necessidades. Uma vez que esse estado patológico gera

expectativa, medo, ansiedade em relação à qualidade de vida afetada, devido ao

comprometimento da doença que limita e impede o indivíduo de exercer atividades diárias

com restrições sociais, profissionais, gerando elevados custos sociais e econômicos. Segundo

Waidman et al. (2011), o fato das feridas crônicas perdurarem por anos provocando perdas

importantes na autoestima de seus portadores, bem como gerando condições incapacitantes,

torna fundamental que o suporte profissional a este paciente seja executado de forma

holística.

As contribuições deste estudo para a área de ensino da enfermagem ocorrerá por

meio de estratégias de cuidados de enfermagem que visem à inserção social e laboral de

adultos e idosos com vistas a novas tecnologias de cuidado no âmbito domiciliar. Para a linha

de pesquisa, O cuidado nos ciclos vitais humanos - tecnologias e subjetividades na

enfermagem e saúde, contribuirá com a produção e o aprimoramento do cuidado de

enfermagem na prevenção de agravos de doenças como a úlcera venosa, por meio da

construção ou aplicação de novas intervenções técnicas no cuidado de enfermagem e saúde,

objetivando a recuperação e a reabilitação não somente do sujeito, mas da família envolvida

no processo de cuidar.

1.3 OBJETIVOS

Geral:

Avaliar a capacidade funcional de pacientes adultos e idosos que sofreram

intervenções durante a visita domiciliar.

Específicos:

Identificar a efetividade das intervenções na capacidade funcional de adultos e

idosos com úlceras venosas;

Comparar o efeito da visita domiciliar antes e após orientações na capacidade

funcional de pacientes adultos e idosos com úlceras venosas.

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2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 ÚLCERAS VENOSAS E SUAS IMPLICAÇÕES EM ADULTOS E IDOSOS

O aumento na expectativa de vida evidenciado por pesquisas desenvolvidas pela

Organização das Nações Unidas (2012) e pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

(2011) ressalta a importância de serem desenvolvidos estudos voltados para a faixa etária de

adultos e idosos. Associado a este fato tem-se as úlceras venosas crônicas que apresenta

elevada incidência e prevalência entre estes grupos populacionais (OLIVEIRA et al., 2012;

COSTA et al., 2012; MACÊDO et al., 2010).

De acordo com a Scottish Intercollegiate Guidelines Network (2010), estas lesões

são as mais graves na denominada Síndrome da Insuficiência Venosa Crônica dos membros

inferiores e caracterizam-se como um problema de saúde pública. Ademais, geram elevado

impacto socioeconômico em razão de o tratamento ser difícil e prolongado, acarretando

absenteísmo laboral (BELCZAK et al., 2011; DEALEY, 2008).

As úlceras venosas são lesões crônicas dos membros inferiores que resultam de

insuficiências venosas crônicas e apresentam como causa principal a hipertensão venosa

(SMELTZER; BARE, 2012; DEALEY, 2008). Sua cronificidade e recorrência fazem com

que muitos pacientes convivam por anos com as lesões oriundas deste estado patológico

(SILVA et al., 2009).

Dados epidemiológicos apontam que as úlceras venosas correspondem a

aproximadamente 80% a 90 % dos casos de úlcera de perna (BARBOSA; CAMPOS, 2010).

Segundo Smeltzer e Bare (2012), a insuficiência venosa crônica provoca dores,

frequentemente descritas como contusa ou peso, e edema na região dos tornozelos e pés. Estas

condições levam a perda da mobilidade funcional e comprometimento das atividades diárias,

laboral e de lazer.

Quando surge a lesão, o paciente começa a apresentar dificuldade de locomoção e

dor. Além disso, a presença de exsudato e odor oriundo da lesão levam a mudanças no estilo

de vida do paciente, gerando frustação e desesperança relacionada ao tratamento, tendo em

vista o fato da demora no processo cicatricial das úlceras (SALOMÉ; FERREIRA, 2012).

A úlcera venosa inicia-se de modo espontâneo ou ocasionalmente por um evento

traumático (WOUND, OSTOMY AND CONTINENCE NURSES SOCIETY, 2011); e

caracteriza-se por sua localização, no terço inferior da face medial dos membros inferiores e

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região perimaleolar, e por apresentar bordas irregulares e fundo formado por rede de fibrina e

tecido de granulação.

As lesões apresentam grande extensão de profundidade rasa, abundante exsudato e

pulsos normais. Os membros ulcerativos também se caracterizam por apresentarem varizes, a

pele periférica apresenta hiperpigmentação azulada e há dermatite acompanhada de prurido

(BORGES, 2011). Os pacientes acometidos por este tipo de lesão apresentam edema e dor.

De acordo com Dantas et al. (2011) e Hess (2002), o diagnóstico de ulcerações

venosas é proveniente de anamnese e exame físico minucioso, o que torna necessário verificar

a história do paciente e atentar para fatores de risco. Os autores também ressaltam que a

prevalência é elevada na população idosa, e a população feminina apresenta três vezes mais

chances de desenvolver úlceras venosas que os homens.

A avaliação clínica envolve realizar condutas como a palpação dos pulsos periféricos

em membros inferiores, a observação dos sinais clínicos de insuficiência venosa crônica e a

visualização das características clínicas da úlcera e da região circunscrita (BENEVIDES et al.,

2012).

Ao exame físico, o membro acometido pode apresentar as seguintes características:

alterações eczematosas com eritema, descamação, prurido e, ocasionalmente, exsudato

(OLIVEIRA et al., 2012).

O tratamento tem como base as condutas de tratamento da estase venosa com

abordagem medicamentosa, terapia tópica com coberturas locais com o objetivo de manter o

leito da ferida úmido e limpo, bem como promover o controle do exsudato fazendo uso ou não

da terapia compressiva, controle de infecções secundárias e prevenção de casos de recidivas

(AGUIAR et al., 2005; BARBOSA; CAMPOS, 2010).

As úlceras venosas provocam danos relacionados à qualidade de vida dos seus

portadores devido às dores, depressão, perda da autoestima, isolamento social, inabilidade

laboral, hospitalizações ou visitas clínicas ambulatoriais (SALOMÉ; FERREIRA, 2012;

BORGES, 2005). Neste contexto, precisa-se ter em mente que uma boa qualidade de vida

para pacientes portadores de úlcera venosa consiste na realização de atividades cotidianas,

participação de atividades sociais com amigos e familiares, bem como minimização do

aspecto estético que a úlcera provoca (SILVA et al., 2009).

A Enfermagem possui papel extremamente importante no cuidado a úlceras venosas

de membros inferiores e sua assistência inclui atividades de avaliação dos custos destinados

ao tratamento da úlcera venosa, avaliação da qualidade de vida do portador, avaliação do

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processo de cicatrização e adoção de novas tecnologias de tratamento para fundamentar a

prática/aprofundar as questões vinculadas à assistência do enfermeiro (SILVA et al., 2009).

Estudos apontam que quando o enfermeiro conhece a situação do paciente com

úlcera venosa no aspecto biopsicossocial, ele deve elaborar um plano focado na necessidade

do cliente e com isso promover a melhora da condição de vida desse (SILVA; MOREIRA,

2011). Esta conduta do enfermeiro é consequência do seu papel de educador, logo, quando

são trabalhadas as orientações ao paciente, possibilita-se um meio favorável para a adaptação

dele à sua condição clínica, melhorando, assim, o processo de recuperação e a qualidade de

vida do cliente (COSTA et al., 2011).

Para Garanhani et al. (2009), ao assumir o papel de educador junto aos pacientes, o

enfermeiro não está apenas realizando um planejamento formal de ações, mas está utilizando

conscientemente seus conhecimentos para realizar transformações democráticas a fim de que

o sujeito assistido seja participativo nas condutas adotadas em seu benefício, tornando-se ator

no processo transformador.

As alterações estéticas e os transtornos clínico-funcionais provocados pelas lesões

ulcerativas tendem a gerar reclusão ao paciente que se sente constrangido e com vergonha da

sua atual condição (SILVA; MOREIRA, 2011). Além destes sentimentos oriundos do próprio

paciente, o convívio com a doença tende a provocar discriminação e na maioria dos casos

falta de apoio por parte de familiares e amigos. Por isso, autores relatam que a não adaptação

ao tratamento, no que concerne ao aspecto psicossocial, contribui para que as lesões se

cronifiquem e ocasionem a redução da qualidade de vida. Deste modo, o enfermeiro deve

desenvolver apoio educacional a estes pacientes e orientá-los a procurar meios adaptativos

que os levem à superação da sua condição clínica, projetando a recuperação efetiva e que

resulte, consequentemente, em melhora da qualidade de vida (COSTA et al., 2011).

Ao conhecer a situação dos pacientes com úlcera venosa, seus aspectos físicos,

clínicos e repercussões desta lesão a nível psicossocial, o enfermeiro tem condições de

promover um planejamento mais adequado e prestar o cuidado voltado às reais necessidades

do paciente. Desta forma, o enfermeiro considera a pessoa na sua totalidade, sem ocultar suas

relações com o ambiente. Esta conduta promove uma melhor adaptação do sujeito a sua

condição patológica (SILVA; MOREIRA, 2011; LOBOSCO et al., 2008).

Ao promover condutas voltadas à prevenção no aparecimento de úlcera venosa de

membros inferiores e suas possíveis complicações, o enfermeiro proporciona um cuidado de

qualidade com uma assistência sistematizada de forma objetiva e eficaz (SILVA et al., 2009).

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2.2 A AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE FUNCIONAL

A capacidade funcional é definida, segundo a Classificação Internacional de

Comprometimento, Incapacidades e Desvantagens (ICIDH) da World Health Organization

(WHO), como a ausência de dificuldades no desempenho de atividades de vida cotidiana.

Segundo Viana et al. (2008) a avaliação desta capacidade está relacionada a aspectos como

atividades de cuidado pessoal, bem como a manutenção do desenvolvimento de atividades de

cunho básico e complexo desenvolvidas no cotidiano. Na perspectiva de que ela sofre

impactos em razão da existência de doenças crônicas, torna-se importante realizar sua

avaliação quando da presença de úlceras venosas (ALVES et al., 2007).

Reis e Torres (2011) apontam em seus estudos que a dor provoca grande

comprometimento sobre a capacidade funcional. Segundo os autores, este sintoma provoca

reclusão social, tendência ao sedentarismo, perda de autoestima e, por consequência,

displicência quanto ao autocuidado. Frente ao exposto, é importante ressaltar que a dor é

constante nos indivíduos com úlceras venosas.

O comprometimento da capacidade funcional provoca abandono do autocuidado nos

sujeitos, os quais podem apresentar dependência física e mental vinculada à realização de

atividades da vida diária como, por exemplo, limpar a casa (REIS; TORRES, 2011).

Neste sentido, a realização de diagnósticos que promovam a prevenção de possíveis

riscos sobre a capacidade funcional aponta para a busca de longevidade dos sujeitos com

independência, autonomia e qualidade de vida (DEL DUCA; SILVA; HALLAL, 2009).

Marchon, Cordeiro e Nakano (2010) apontam que a capacidade funcional tende a

declinar ao longo dos anos. Deste modo, realizar a avaliação funcional fornece benefícios

quando tratamos da temática do envelhecimento, visto que, ao preservar estas capacidades

durante este processo, prevenimos os problemas que as incapacidades promovem no

indivíduo e na sociedade (NAKATANI et al., 2009; ALVES et al., 2007).

A avaliação da capacidade funcional ocorre através de escalas, sendo a avaliação

funcional simples capaz de avaliar questões como equilíbrio e mobilidade, função cognitiva,

capacidade para executar a atividade de vida diária e atividades instrumentais de vida diária

(COSTA; NAKATANI; BACHION, 2006).

De acordo com Nakatani et al. (2009), a avaliação funcional por profissionais de

saúde possibilita realizar a identificação de limitações e potencialidades, o que permite a

adoção de medidas preventivas, terapêuticas e reabilitadoras com o objetivo de manter a

autonomia e a independência do sujeito frente a comunidade.

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A adoção de medidas que visem postergar o surgimento de incapacidades funcionais

possibilita aos profissionais de saúde atuar de modo efetivo junto aos indivíduos e

consequentemente proporcionar a ele melhora na qualidade de vida (FIEDLER; PERES,

2008).

2.2.1 Escala de independência em atividades da vida diária (Escala de Katz - EIAVD)

A Escala de Independência em Atividades da Vida Diária (EIAVD) foi desenvolvida

por Sidney Katz et al. para a avaliação dos resultados de tratamentos aplicados em idosos e

predizer o prognóstico em doentes crônicos (LINO et al., 2008), tendo sido publicado pela

primeira vez em 1963. Segundo Duarte, Andrade e Lebrão (2007) é um dos instrumentos mais

adotados em estudos nacionais e internacionais.

A escala consta de seis itens que mensuram o desempenho do indivíduo no que se

refere a atividades de autocuidado (KATZ et al., 1970). Esta mensuração avalia o

desempenho do indivíduo estudado obedecendo à seguinte hierarquia de complexidade:

alimentação, controle de esfíncteres, transferência, higiene pessoal, capacidade para se vestir e

tomar banho (EVANS; CROGAN, 2006).

A pontuação da escala é obtida da seguinte forma: cada resposta positiva (sim,

realiza a atividade) vale um ponto. Neste contexto, seis (06) pontos indicam independência

para atividades da vida diária; quatro (04) pontos indicam dependência parcial e dois (02)

pontos indicam que o sujeito estudado apresenta um grau importante de dependência.

Segundo Lino et al. (2008), a validação da escala de atividade de vida diária de Katz,

no Brasil, comprovou que embora o instrumento original tenha sido elaborado por meio da

observação direta de pacientes internados, a escala vem sendo largamente usada na forma de

entrevista ambulatorial, apresentando resultados semelhantes à análise do desempenho

individual, apresentando equivalência operacional por profissionais não bilíngues que lidam

com idosos. O autor também ressalta que o instrumento apresenta fácil aplicação e

compreensão, sem sofrer influência do grau de escolaridade e gênero do sujeito participante

da pesquisa. Sendo este fator importante para a fidedignidade nas respostas e valoração dos

dados coletados.

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2.2.2 Escala de avaliação de equilíbrio e marcha - Índice de Tinetti

A escala de Avaliação de Equilíbrio e Marcha (Índice de Tinetti) foi desenvolvida

por Tinetti em 1986, sendo traduzido e validado no Brasil em 2003, por Gomes (GAI et al.,

2010).

O Índice de Tinetti é bem empregado quando se almeja detectar alterações na

mobilidade, diagnosticar e quantificar a gravidade do comprometimento, bem como predizer

o risco de quedas (CARVALHO; PEIXOTO; CAPELLA, 2007).

Para Tinetti (1986), mobilidade diz respeito à habilidade de se locomover num

ambiente, sendo esta locomoção composta de múltiplas manobras que dependem de interação

física, cognitiva e psicológica. Autores como Gai et al. (2010) apontam que a capacidade que

o indivíduo apresenta de manter o equilíbrio tende a diminuir com o processo de

envelhecimento. Deste modo, torna-se fundamental realizar a avaliação deste segmento, bem

como da mobilidade.

O Índice de Tinetti é compreendido por duas escalas. A primeira avalia o equilíbrio

através de nove itens, sendo eles: equilíbrio sentado, levantando, tentativas de levantar, assim

que levanta (primeiros 5 segundos), teste dos três tempos (na qual o avaliador empurra

levemente o externo do paciente, que deve ficar de pés juntos), olhos fechados, girando 360º e

sentado. A segunda escala, por sua vez, avalia a marcha, sendo composta por sete itens: início

da marcha, comprimento e altura dos passos, simetria dos passos, continuidade dos passos,

direção, tronco e distância dos tornozelos (FREITAS; PY, 2011). Durante a realização dos

itens descritos na escala em que se torna necessário o uso de uma cadeira, o paciente inicia a

avaliação numa cadeira rígida, sem braços e costas eretas.

2.3 A VISITA DOMICILIAR COMO ESTRATÉGIA AO ATENDIMENTO DOMICILIAR

PARA O MONITORAMENTO/TRATAMENTO DE LESÕES

A visita domiciliar (VD) é um conjunto de ações de caráter educativo ou assistencial

na qual é possível avaliar as condições físicas, ambientais, levantar dados sobre condições de

habitação e saneamento, com vistas à prevenção de doenças e educação em saúde de um

indivíduo ou família. As vantagens destas ações são aproximação com o meio ambiente do

grupo familiar, tornando mais fácil o planejamento das ações de saúde, além de promover o

estreitamento do relacionamento com a equipe de saúde em razão da VD ser menos formal e

possibilitar maior liberdade para conversar sobre problemas (OLIVEIRA, 2013).

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A VD tem como objetivos principais levar assistência e orientações sobre saúde ao

indivíduo no cenário domiciliar, por meio de prestação de cuidados, supervisão de cuidados

prestados pela família ou cuidador, coleta de dados sobre saneamento básico das famílias

através de observação e entrevista, e orientações (OLIVEIRA, 2013). Os autores também

ressaltam que para se obter sucesso com a VD, se faz necessário seguir os seguintes passos:

planejamento (seleção das visitas, coleta de dados, plano de visita domiciliar e preparação do

material), execução do planejamento proposto, registro de dados e avaliação dos resultados

(OLIVEIRA, 2013).

Segundo Santos e Kirschbaum (2008) este tipo de ação ganha destaque no Brasil a

partir de sua incorporação aos serviços sanitários da década de 1920, sendo suas ações

voltadas quase que exclusivamente para a eliminação das grandes epidemias de doenças

infectocontagiosas e redução de custos referentes a hospitalizações. Posteriormente, o cuidado

domiciliar passa a ser visto como uma tentativa de reorganizar o modelo de atenção básica,

atentando-se aos princípios do Sistema Único de Saúde (SUS) que favorecem a integralidade

e a equidade da assistência à saúde (ALBUQUERQUE; BOSI, 2009).

A atenção domiciliar é entendida, segundo a Portaria nº 963 de 27 de maio de 2013,

como uma nova modalidade de atenção à saúde, sendo esta executada em caráter substitutivo

ou complementar às já existentes (BRASIL, 2013). A complementariedade deste tipo de

atenção pode estar voltada a unidades básicas de saúde ou hospitalares (BRASIL, 2012a).

A atenção domiciliar caracteriza-se por um conjunto de ações de promoção à saúde,

prevenção e tratamento de doenças, bem como reabilitação, prestadas em domicílio. Esta

modalidade de atenção encontra-se integrada às redes de atenção à saúde e visa promover a

continuidade de cuidados prestados nas redes de saúde (BRASIL, 2013). Segundo

Feuerwerker e Merhy (2008), este tipo de atenção pode ser instituído objetivando a

desinstitucionalização do cuidado e a produção de novas tecnologias do trabalho em saúde.

Neste contexto de atenção domiciliar encontra-se inserido o atendimento domiciliar

que se refere às atividades de caráter assistencial desenvolvida em domicílio por profissionais

ou equipe de saúde. Estas atividades requerem planejamento atento das ações que devem ser

baseadas nos objetivos assistenciais, de diagnóstico da saúde, das condições familiares e da

própria estrutura residencial sob a qual se encontra o paciente, requerendo um envolvimento

pleno do enfermeiro tanto nas questões relacionadas ao cuidar como naquelas que se destinam

a ensinar a cuidar (LACERDA; ZAGONEL; MARTINS, 2006).

Ao promover o cuidado, o enfermeiro deve estabelecer relação com o sujeito

assistido. Esta relação é fundamental para que este mantenha seu bem-estar físico e mental,

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visto que as feridas crônicas promovem dor, falta de afeto dos familiares, custo elevado do

tratamento, odor intenso na lesão, mudança no aspecto físico, redução da produtividade

laboral e de lazer (COUTINHO; VIVÓRIO, 2014).

Gago e Lopes (2012) apontam em seu estudo que a construção de uma relação de

confiança e aceitação da presença do enfermeiro no domicílio proporciona a mudança de

atitudes da pessoa assistida promovendo o bem-estar. Ao se estabelecer esta relação, o

enfermeiro deve traçar um plano de cuidados priorizando as necessidades do sujeito assistido,

estabelecendo ações com o intuito de alcançar os resultados esperados (CESAR, 2014).

Os estudos de Fabrício et al. (2004) e Ferreira e Canavez (2010) apontam que o

atendimento domiciliar apresenta diversas vantagens, dentre elas humanização do tratamento,

a diminuição no tempo de hospitalização e satisfação do paciente e familiar. Porém, para que

estas vantagens sejam alcançadas, o profissional que realiza o atendimento domiciliar deve

munir-se de alguns requisitos, sendo estes abordados no estudo de Lacerda, Zagonel e Martins

(2006) como conhecimento científico, sensibilidade, humildade, delicadeza e flexibilidade.

Uma das condições atendidas de modo frequente por meio da atenção domiciliar é a

Síndrome da Imobilidade que acomete pessoas que não conseguiram obter desenvolvimento

neuromotor e aquelas que apresentam perda da capacidade funcional (BRASIL, 2012b). Neste

contexto de atendimento encontra-se inserido o monitoramento de úlceras, principalmente as

úlceras de estase que necessitam de cuidados voltados à diminuição do edema e melhora do

retorno venoso (BRASIL, 2012b).

2.4 TRATAMENTO E PREVENÇÃO DAS ÚLCERAS VENOSAS

O tratamento clínico oferecido ao portador de úlceras venosas consiste na realização

do curativo, terapia compressiva, prescrição de dieta que favoreça a o processo cicatricial,

orientações quanto à importância de repouso e do uso de meias de compressão após a efetiva

cicatrização da lesão (CARMO et al., 2007).

Ao realizar a limpeza da lesão o profissional de saúde promove um ambiente

favorável à cicatrização. Esta limpeza é exercida realizando-se a remoção de: fragmentos de

tecidos necróticos, debris, resíduos da cobertura anterior, excesso de exsudato e diminuição

do número de microorganismos (FURTADO; MOURATO, 2014).

As coberturas usadas sobre a lesão apresentam a função de absorver o exsudato e

manter o leito úmido. Suas características primordiais são a fácil aplicação e remoção,

evitando, deste modo, traumas e dor ao paciente durante a realização das trocas do curativo,

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ser hipoalergênica, impermeável a patógenos estéreis, livre de contaminantes e proporcionar

isolamento térmico (CARMO et al., 2007).

O Quadro 1 apresenta as coberturas que podem ser utilizadas sobre as lesões

ulcerativas, composição, indicação e observações pertinentes sobre as mesmas.

Quadro 1 - Tipos de coberturas, componentes, indicação e observação.

(continua)

Nutrientes Componentes Indicação Observação

Hidrocolóide Pectinas,

carboximetilcelulose

sódica e gelatina

revestida por camada

de poliuretano,

partícula de alginato

de cálcio.

Feridas com pouco

a moderado

exsudato.

Pode ser associado ao

hidrocolóide em pó ou em

pasta em úlceras com

profundidade, para

aumentar capacidade de

absorção.

Alginato de

cálcio

Fibras naturais de

alginato de cálcio e

sódio, derivados de

algas marinhas

marrons.

Feridas com

moderado a muito

exsudato.

Auxilia o desbridamento

autolítico, faz hemostase.

Hidrogel Carboximetilcelulose

e propilenoglicol,

partícula de alginato

de cálcio.

Feridas com

necrose.

Desbridamento autolítico.

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Quadro 1 - Tipos de coberturas, componentes, indicação e observação.

(conclusão)

Nutrientes Componentes Indicação Observação

Espuma de

poliuretano

com prata

Almofada de espuma

de camadas

sobrepostas de

nãotecido e

hidropolímero,

revestida por

poliuretano e prata.

Feridas com

moderada a alta

exsudação,

infectada e/ou

estagnadas.

Absorve o exsudato, trata a

infecção e estimula o

desbridamento autolítico.

Carvão

ativado

Partículas de carvão

impregnadas com

íons de prata.

Feridas infectadas

ou não que drena

moderado ou

abundante

exsudato.

Não deve ser recortado.

Tem ação bactericida da

prata e elimina odores

desagradáveis, pois tem

capacidade de filtrá-los.

Fonte: Carmo et al. (2007, p. 511).

A escolha da cobertura ideal ocorre após a avaliação das seguintes questões: aspecto

e localização, exigências e escolha do paciente, diversidade e características dos produtos

disponíveis para a realização do procedimento (BORGES, 2005). Após esta avaliação, o

profissional de saúde escolhe a melhor opção dentre as descritas.

Segundo Brandão e Lacerda (2011), o estado nutricional do portador de úlceras

venosas influencia na reparação tecidual, frente à quantidade de proteínas, minerais e calorias

demandadas durante o processo. Deste modo, o profissional de saúde deve estar atento à

presença destes déficits e as patologias de base para elaborar um plano nutricional adequado à

demanda necessária ao paciente a sua realidade financeira (BRANDÃO; LACERDA, 2011;

CARMO et al., 2007; SILVA; LOPES, 2006). O Quadro 2 apresenta os principais

nutrientes, alimentos em são encontrados e a função destes no processo de cicatrização.

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Quadro 2 - Nutrientes, fonte de alimentos e função exercida no processo de cicatrização

Nutrientes Fontes de alimentos Função dos nutrientes na

cicatrização

Vitamina A Vegetais folhosos verde-escuros,

vegetais e frutas amarelo-laranja.

Contribui para a epitelização e

produção de colágeno. Diminui os

riscos de infecção, pois bloqueia os

efeitos inibidores dos

glicocorticoides no processo de

construção tecidual.

Vitamina B6 Frutas não cítricas (banana),

tubérculos, carnes, fígado

bovino.

Eleva a produção de proteínas.

Vitamina C Frutas cítricas, tomate, couve-

flor, brócolis, cenoura, batatas,

repolho.

Coenzima de hidroxilases na

produção de colágeno.

Vitamina K Vegetais folhosos verde-escuros,

fígado bovino, óleos vegetais.

Coenzima necessária na produção do

precursor dos fatores de coagulação.

Proteína Carnes vermelhas, frango, peixe. Bloco de construção tecidual.

Colágeno Gelatina, pé de galinha. Faz parte da constituição tecidual.

Albumina Clara de ovo, albumina em pó. A albumina sérica é um indicador do

estado nutricional do cliente. Baixos

níveis de albumina estão associados

à cicatrização deficiente.

Zinco Peixe, carne escura, ovos,

legumes.

Crescimento e multiplicação celular.

Ferro Feijão preto, brócolis, açaí,

laranja seleta, aveia (flocos

crus), espinafre cru, soja crua.

Faz parte da constituição da

hemoglobina cuja função é o

transporte de oxigênio que é

necessário para o processo de

cicatrização.

Calorias Suprimento energético da célula.

Fonte: Carmo et al. (2007, p. 512).

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As terapias compressivas são apontadas por Borges (2005) como o tratamento de

“ouro” das úlceras venosas, sendo elas classificadas em elásticas e inelásticas.

As terapias compressivas elásticas são realizadas com bandagens do tipo

compressivas elásticas e são indicadas, segundo Borges (2005), quando as úlceras crônicas

encontram-se abertas. Silva (2008) ressalta que esta forma de terapia é a comumente usada,

porém deve ser realizada por um profissional treinado visto que a técnica para a realização

necessita de habilidade, estando à eficácia deste método relacionada à compressão correta.

As terapias compressivas inelásticas são realizadas com uso da Bota de Unna

(LOPEZ, ARAVITES; LOPES, 2005 apud CARMO et al., 2007). Trata-se de um curativo

que auxilia no retorno venoso, sendo sua principal indicação as úlceras de etiologia venosa

presentes em pacientes que deambulam, visto que a deambulação é primordial na estimulação

da bomba muscular da panturrilha (ABBADE; LASTÓRIA, 2006). Esta terapia consiste na

colocação de um curativo em contato direto com o leito da úlcera venosa, devendo este

apresentar tecido de granulação e ausência de sinais de infecção, podendo apresentar áreas

desvitalizadas. A troca do curativo pode variar entre cinco a sete dias (ABBADE, 2010).

As meias elásticas de compressão são utilizadas com o intuito de prevenir o

desenvolvimento e evitar a recorrência das úlceras venosas em pernas de formato normal,

devendo estas serem utilizadas ao longo do dia e retiradas à noite (ABBADE; LASTÓRIA,

2006; BORGES, 2005). As contraindicações para o uso destas meias são: presença de doença

arterial obstrutiva crônica de membros inferiores, insuficiência cardíaca descompensada,

presença de abscessos, dermatite exsudativa, úlcera de membros inferiores e alergia aos

produtos presentes na composição da meia (RAMELLET, 1995 apud FRANÇA; TAVARES,

2003).

Frente ao exposto e evidenciando-se o cuidado como principal instrumento de

trabalho da enfermagem, deve-se atentar para o tratamento proposto ao paciente sem,

contudo, se esquecer da parte educacional, pois as orientações em saúde visam à recuperação,

o bem-estar e a capacitação do paciente e família para o autocuidado domiciliar (BRESSAN;

JORGE; ZIENTARSKI, 2007). Elas contribuem para com o cuidado prestado ao paciente no

tratamento e nas ações preventivas, sendo evidenciadas, portanto, como uma intervenção.

Dochterman e Bulechek (2008, p. 43) definem intervenção como “qualquer

tratamento, baseado no julgamento clínico e no conhecimento, realizado por um enfermeiro

para melhorar os resultados obtidos pelo paciente/cliente”. Assim, o enfermeiro deve, através

do cuidado de enfermagem, planejar intervenções de caráter educativo junto com o cliente e

pautado na avaliação que realiza com o intuito de ajudá-lo e fazer com que o mesmo

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reaprenda a viver com a nova realidade que a patologia lhe proporciona (SANTOS; ROCHA;

BERARDINELLI, 2011).

Para a realização de intervenções o profissional de enfermagem deve se pautar na

literatura possibilitando maior abrangência sobre o que se pretende intervir, bem como

proporcionar a padronização da intervenção adotada frente aos demais profissionais. Deste

modo, quando o profissional de enfermagem realiza suas intervenções pautadas na Nursing

Interventions Classification (NIC) ele possibilita a realização de documentação clínica,

comunicação de cuidados realizados entre unidades de tratamento, integração de dados em

sistemas de informação e unidades, para dar eficácia a pesquisas, mensurar produtividade,

avaliar competências, facilitar reembolso pós-cuidado prestado e para a realização de

planejamento curricular (DOCHTERMAN; BULECHEK, 2008).

A NIC possui intervenções voltadas a ações independentes e colaborativas, para

cuidados diretos ou indiretos que podem ser aplicadas em qualquer local, desde unidades de

saúde à domicílios, e contemplam diversas especialidades. Abrange aspectos fisiológicos e

psicossociais, tratamento, prevenção de doenças e promoção da saúde. Foram elaboradas para

aplicabilidade individual, familiar ou em comunidades ou para intervenções de cuidado

indireto (DOCHTERMAN; BULECHEK, 2008). Por este motivo a NIC foi utilizada para

embasar a construção do instrumento de orientações a serem prestadas aos sujeitos desta

pesquisa que receberam visita domiciliar.

Para Guimarães e Barros (2001), a determinação das intervenções de enfermagem

através de linguagem padronizada trás benefícios aos enfermeiros que atuam na assistência,

ensino e pesquisa, facilitando a comunicação entre os profissionais por proporcionar uma

terminologia comum à troca de informações.

De acordo com Nonino et al. (2008), a nomeação das ações realizadas facilita o

registro, reforça a importância de ações efetivas realizadas cotidianamente, confere maior

visibilidade ao trabalho do enfermeiro e identifica as atividades não realizadas, discutindo-se

a não realização através de aspectos legais, estruturais, de condições de trabalhos e outros

fatores.

Ao selecionar uma intervenção o enfermeiro deve levar em conta os seguintes

fatores: resultados esperados do paciente, características do diagnóstico de enfermagem, a

base de pesquisa para intervenção, equilíbrio para executar a intervenção, o aceite do paciente

para receber o que foi proposto e capacidade do enfermeiro para aplicar a intervenção

(DOCHTERMAN; BULECHEK, 2008).

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3 MÉTODOS E TÉCNICAS

3.1 ABORDAGEM E TIPO DE ESTUDO

Estudo de abordagem quantitativa do tipo clínico experimental, randomizado não

cego e controlado com delineamento do tipo transversal.

De acordo com Hulley et al. (2008), o estudo clínico experimental permite ao

investigador comparar o desfecho em grupos de participantes que recebem diferentes

intervenções. Sendo um grupo formado por participantes que recebem o tratamento padrão

(controle) e o outro a intervenção a ser testada.

O grupo controle foi formado por pacientes adultos e idosos com úlceras venosas em

atendimento no Ambulatório de Reparo de Feridas do Hospital Universitário Antônio Pedro,

que receberam visita domiciliar com a realização de curativos, mas sem a intervenção

experimental que diz respeito às orientações. O grupo intervenção, por sua vez, foi formado

por pacientes adultos e idosos com úlceras venosas, atendidos no referido ambulatório que

receberam visita domiciliar para a realização de curativos e orientações para continuidade do

tratamento.

O delineamento transversal permite ao investigador realizar a seleção amostral da

população a ser pesquisada, bem como permite a realização da medição da variável preditora

e de desfecho, sendo as medições relacionadas às variáveis e seus padrões de distribuição

realizada em um único momento ou durante um curto período de tempo (HULLEY et al .,

2008).

A pesquisa apresentou uma abordagem quantitativa, com a finalidade de analisar a

capacidade funcional de adultos e idosos na visita domiciliar para o tratamento de úlceras

venosas.

Por pesquisa quantitativa, Cervo, Bervian e Silva (2007) consideram ser aquela onde

há manipulação de grande quantidade de dados e informações que necessitam

imprescindivelmente sofrer análise estatística e procedimentos matemáticos. Segundo

Figueiredo e Souza (2010), este tipo de abordagem preza pela objetividade, referindo-se a

fatos relativos ao mundo concreto, objetivo e mensurável, concebido das ciências naturais e

sociais.

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3.2 CAMPO DE PESQUISA

O estudo apresentou dois campos de investigação: o Ambulatório de Reparo de

Feridas do Hospital Universitário Antônio Pedro (HUAP) localizado em Niterói/RJ e o

domicílio de pacientes atendidos no referido ambulatório.

O Ambulatório de Reparo de Feridas do HUAP foi escolhido como campo de

pesquisa por ser considerado referência no atendimento de úlceras crônicas de difícil

cicatrização e pelo referido hospital ser a maior e mais complexa unidade de saúde da Grande

Niterói, que presta atendimento para a Região Metropolitana II e atua junto ao Ministério da

Educação exercendo as funções de ensino, pesquisa e extensão.

Criado em 1993 pela Profª Drª Beatriz Guitton Renaud Baptista de Oliveira para a

realização de consultas de enfermagem pautadas nas etapas de sistematização da assistência de

enfermagem (histórico, diagnóstico, plano assistencial, prescrição de cuidados, evolução e

prognóstico), o ambulatório conta com uma equipe formada por professores, mestrandos,

residentes, graduandos, bolsistas de iniciação científica e monitores da disciplina de

Fundamentos de Enfermagem I e profissionais de enfermagem do HUAP.

Os atendimentos no setor são realizados diariamente, nos períodos matutino e

vespertino, sendo as consultas agendadas previamente, com acompanhamento uma vez por

semana. Os pacientes do ambulatório são atendidos em conjunto pelos Serviços de Cirurgia

Vascular e de Dermatologia do HUAP, onde são avaliados e consultados por médicos

especialistas.

O fluxo de atendimento consiste em encaminhamentos internos realizados pelas

equipes de cirurgia geral, cirurgia pástica, angiologia e dermatologia, bem como através de

encaminhamentos externos realizados por intermédio de guias de referência e

contrarreferência do SUS, sendo estes pacientes oriundos de unidades básicas de saúde,

policlínicas e dos programas saúde da família e médico de família.

A estrutura física do ambulatório localizado no térreo do HUAP que possuía de seis

leitos divididos em box feminino e masculino, encontra-se atualmente em reforma, sendo os

atendimentos realizados no 6º andar da emergência e os box de atendimento reduzidos ao

quantitativo de quatro.

O domicílio de pacientes atendidos no referido ambulatório também fez parte da

pesquisa, visto que a atuação do profissional de saúde no contexto domiciliar potencializa,

expande e integra as ações de atendimento que ocorrem no contexto domiciliar e nos

serviços de saúde (ABRAHÃO; SILVA; SOUZA, 2012).

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Os pacientes atendidos no Ambulatório de Reparo de Feridas que se encontravam

dentro dos critérios de inclusão do estudo foram convidados a participar da pesquisa, sendo

explicada neste momento que seria realizada a avaliação da capacidade funcional no

contexto domiciliar. Estes foram instruídos sobre a utilização dos instrumentos para

mensuração da capacidade funcional e da realização de duas visitas domiciliares com a

realização de curativos, no intervalo de quinze dias, momentos em que os instrumentos

seriam aplicados.

Presando pela fidedignidade dos resultados apresentados na pesquisa, a proposta da

VD foi seguida igualmente em ambos os grupos e os participantes que receberam a

intervenção das orientaçãos com tópicos voltados ao tratamento e prevenção das úlceras

venosas não sabiam que esta conduta não havia sido prestada aos integrantes do grupo

controle.

No primeiro momento houve recusa por parte de alguns sujeitos, cujas justificativas

foram: o não aceite por parte de familiares em razão da condição patológica estudada e o fato

de alguns residirem em áreas violentas.

A recusa dos pacientes que não obtinham o aceite dos familiares foi logo sanada,

pois os mesmos passaram a ver a visita como uma oportunidade da família se inteirar da

condição clínica apresentada, proporcionando mudanças nas relações entre eles estabelecidas.

Os demais convidados a integrar a pesquisa relataram a VD como benéfica, pois além de

avaliar a capacidade funcional, esta viria acompanhada da realização de curativos o que,

segundo eles, auxiliaria no processo de cicatrização e, consequentemente, melhora das dores

já que a técnica do curativo seria realizada pelo enfermeiro.

Os participantes do estudo residem em casas e apartamentos localizados nas cidades

de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí. Todas as residências visitadas possuem rede de esgoto,

água encanada e luz elétrica, porém há ruas sem asfalto e ausência do serviço de limpeza

urbana, principalmente nas que são caracterizadas como lote. Os residentes em prédios não

possuem elevadores, o que caracteriza desgaste físico aos portadores de lesões em membros

inferiores que necessitam subir pelas escadas até os seus respectivos andares. Outra questão

evidenciada durante as visitas domiciliares é o fato de a maioria dos participantes do estudo

residir distante de centros comerciais e em locais de difícil acesso, como morros, o que gera

queixas referentes de dores e edemas nos membros inferiores, tendo em vista o fato destes

participantes necessitarem se deslocar a pé, por um longo trajeto até terem acesso ao sistema

de transporte público.

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Para terem acesso ao serviço ambulatorial do HUAP, muitos participantes do estudo

necessitam sair com até duas horas de antecedência de suas residências, devido à distância e

trânsito. O retorno às residências também é sacrificante em razão do intenso tráfego de

veículos. Outra dificuldade relaciona-se ao baixo poder aquisitivo dos participantes, os quais,

para almoçar, levam lanches para consumo próprio enquanto aguardam o atendimento e/ou

para consumir antes do retorno para seus lares.

3.3 CÁLCULO AMOSTRAL E PARTICIPANTES DO ESTUDO

O cálculo amostral foi realizado considerando que um dos objetivos deste estudo

pretendeu comparar o efeito da visita domiciliar, após orientações sobre a capacidade

funcional de pacientes adultos e idosos com úlceras venosas atendidos exclusivamente no

Ambulatório de Reparo de Feridas do HUAP e dos que são atendidos no ambulatório e

recebem visita domiciliar para a realização de intervenção em saúde, segundo a Escala de

KATZ – EIAVD e do Índice de TINETTI. Para tanto foram considerados os seguintes

parâmetros para o cálculo do tamanho da amostra:

1) nível de significância de 5% (α);

2) poder do teste estatístico de 80% (1-β) e;

3) aumento esperado na pontuação no grupo com intervenção relativamente

“moderado”, conhecido como tamanho do efeito (TE ≈ 1), obtido por

conhecimento prévio da literatura ou estudo piloto.

De acordo com COHEN (1969), o número mínimo de casos é de 22 para cada grupo,

totalizando 44 pacientes em estudo, porém em pesquisas clínicas, os critérios de inclusão e

exclusão permitem a identificação de sujeitos aos quais seja possível, ético e relevante

desenvolver o estudo proposto (HULLEY et al., 2008). Deste modo, os critérios adotados

foram estabelecidos conforme descrição abaixo.

Critérios de inclusão: pacientes adultos e idosos com úlceras venosas em um ou

ambos os membros inferiores e que aceitaram participar da pesquisa, além de possuírem

condições cognitivas para seguir as orientações recomendadas durante o período do estudo.

Critérios de exclusão: pacientes adultos e idosos com úlceras arteriais, pé diabético

e também os pacientes que não consentiram a participação na pesquisa, falta de adesão aos

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cuidados e normas da assistência proposta, além do não comparecimento contínuo as

consultas agendadas de enfermagem.

Frente à adoção dos critérios descritos, os participantes do estudo foram 32

pacientes com úlceras venosas que se encontram em tratamento no referido ambulatório.

Estes foram selecionados para compor os grupos de maneira randomizada, sendo o sorteio

realizado através do Software Biostat 5.0, por um estatístico com o objetivo de se evitar o viés

de seleção, sendo alocados 16 participantes ao grupo caso e 16 ao grupo controle.

3.4 INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS

Para coleta de dados foram utilizados os seguintes instrumentos:

Protocolo I (ABREU, 2012) – Adaptado - Avaliação de clientes com úlceras

venosas (Anexo 10.1):

A parte oriunda deste protocolo que fez parte deste projeto diz respeito à coleta de

dados sociais pertencentes ao critério de identificação do paciente e dados referentes ao tempo

de tratamento.

Escala de Independência em Atividades da Vida Diária (Escala de KATZ -

EIAVD) (Anexo 10.2):

Desenvolvida por Sidney Katz et al. para a avaliação dos resultados de tratamentos

aplicados em idosos e predizer o prognóstico em doentes crônicos (LINO et al., 2008), que

consta de seis itens que mensuram o desempenho do indivíduo no que se refere a atividades

de autocuidado (KATZ et al., 1970). Esta mensuração avalia o desempenho do indivíduo

estudado obedecendo à seguinte hierarquia de complexidade: alimentação, controle de

esfíncteres, transferência, higiene pessoal, capacidade para se vestir e tomar banho (EVANS;

CROGAN, 2006).

A pontuação da escala é obtida da seguinte forma: cada resposta positiva (sim,

realiza a atividade) vale um ponto. Neste contexto, seis (06) pontos indicam independência

para atividades da vida diária; quatro (04) pontos indicam dependência parcial; e dois (02)

pontos indicam que o sujeito estudado apresenta um grau importante de dependência.

Escala de avaliação de equilíbrio e marcha (Índice de TINETTI) (Anexo 10.3):

Desenvolvida por Tinetti em 1986, sendo traduzido e validado no Brasil em 2003,

por Gomes (GAI et al., 2010). O Índice de Tinetti é bem empregado quando se almeja

detectar alterações na mobilidade, diagnosticar e quantificar a gravidade do

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comprometimento, bem como predizer o risco de quedas (CARVALHO; PEIXOTO;

CAPELLA, 2007).

O Índice de Tinetti é compreendido por duas escalas. A primeira avalia o equilíbrio

através de nove itens, sendo eles: equilíbrio sentado, levantando, tentativas de levantar, assim

que levanta (primeiros 5 segundos), teste dos 3 tempos (na qual o avaliador empurra

levemente o externo do paciente, que deve ficar de pés juntos), olhos fechados, girando 360º e

sentando; enquanto que a segunda avalia a marcha, sendo composta por sete itens: início da

marcha, comprimento e altura dos passos, simetria dos passos, continuidade dos passos,

direção, tronco e distância dos tornozelos (FREITAS; PY, 2011). Durante a realização dos

itens descritos na escala em que se torna necessário o uso de uma cadeira, o paciente inicia a

avaliação numa cadeira rígida, sem braços e costas eretas.

A pontuação da escala é obtida da seguinte forma: cada item analisado apresenta uma

pontuação pré-determinada que será somada ao final da coleta de dados, obtendo-se um score.

O total do índice corresponde a 28 pontos e pontuação menor que 19 indica risco de quedas.

Orientações a serem prestadas aos sujeitos da pesquisa que receberem visita

domiciliar (Apêndice 9.2):

Elaborado pela autora da pesquisa, o instrumento é destinado ao registro das

orientações prestadas aos participantes da pesquisa no âmbito domiciliar. O instrumento foi

elaborado pautado noNIC, objetivando a melhora da capacidade funcional dos portadores de

úlcera venosa. As atividades constantes no NIC que asseguraram a elaboração do instrumento

foram: limpar a lesão com soro fisiológico a 0,9% em jato; realizar curativo com o produto

adequado; assegurar o emprego de técnica adequada no cuidado de feridas; encorajar uma

ingesta calórica adequada ao tipo de corpo e ao estilo de vida e monitorar edema nas pernas e

pés.

O instrumento elaborado com vistas a atender o que é proposto pela NIC apresentou

orientações voltadas aos tópicos que se destinam ao tratamento e prevenção das úlceras

venosas, sendo estas sobre: limpeza da ferida, realização de curativos, alimentos e nutrientes

necessários à cicatrização, terapias compressivas elásticas e inelásticas, uso de meias elásticas

e elevação dos membros inferiores para melhora do retorno venoso.

Tendo estes tópicos como os norteadores da nossa orientação no contexto domiciliar,

atuou-se a partir das reais necessidades dos sujeitos, sendo eles os responsáveis por nortear a

prestação das orientações que objetivam um cuidado individualizado.

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43

3.5 TEMPO DE ACOMPANHAMENTO

A coleta de dados ocorreu de fevereiro a junho de 2014, devido à demanda

ambulatorial, pautada nos critérios de inclusão e exclusão. Após a alocação dos participantes

do estudo nos grupos caso e controle, estes receberam orientações e a reavaliação ocorreu

após o período de 15 dias.

3.6 VARIÁVEIS DA PESQUISA

Nesta pesquisa foram estudadas as variáveis de caracterização sociodemográficas,

clínicas, de independência em atividades da vida diária, de equilíbrio e de marcha.

As variáveis de caracterização sociodemográficas selecionadas foram: sexo, idade,

grupo étnico, escolaridade, estado civil, cidade de domicílio, fonte de renda e renda familiar.

As variáveis clínicas foram tempo de tratamento e número de recidivas. As de independência

em atividades da vida diária selecionadas foram: alimentação, controle de esfíncteres,

transferência, higiene pessoal, capacidade para se vestir e tomar banho.

As variáveis de equilíbrio foram: equilíbrio sentado, levantando, tentativas de

levantar, assim que levanta (primeiros 5 segundos), teste dos três tempos (na qual o avaliador

empurra levemente o externo do paciente, que deve ficar de pés juntos), olhos fechados,

girando 360º e sentando. As variáveis de marcha utilizadas foram: início da marcha,

comprimento, altura, simetria e continuidade dos passos, direção, tronco e distância dos

tornozelos.

3.7 ANÁLISE ESTATÍSTICA

A análise estatística descritiva foi apresentada sob a forma de tabela. Os dados

observados foram expressos pela frequência (n) e percentual (%) para dados categóricos e

pela média, desvio padrão, mediana, mínimo e máximo para dados numéricos.

Segundo Figueiredo (2009), a análise descritiva se caracteriza pela descrição de

determinada população ou fenômeno ou o estabelecimento de relações entre variáveis,

envolvendo o uso de técnicas padronizadas de coleta de dados como questionário e

observação sistemática, assumindo em geral a forma de levantamento.

A análise inferencial foi composta pelos seguintes testes:

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Teste de χ2 ou exato de Fisher para dados categóricos e o teste t de Student para

amostras independentes ou de Mann-Whitney para dados numéricos: para

verificar se existe diferença significativa nas variáveis basais sociais,

demográficas e das escalas de KATZ-EIAVD e Índice de TINETTI entre os

grupos (caso e controle);

Teste de McNemar: para analisar a evolução antes e depois da intervenção no

interior de cada grupo, sendo aplicado também para as questões individuais;

Teste dos postos sinalizados de Wilcoxon: aplicado para avaliar as pontuações

das respectivas escalas;

Teste de Mann-Whitney: para verificar se existe diferença significativa no delta

das pontuações das escalas entre os grupos.

O teste de Mann-Whitney (wilcoxon rank-sum test), também conhecido como teste

de U foi desenvolvido por Wilcoxon em 1945, para comparar tendências centrais de duas

amostras independentes de tamanhos iguais; porém em 1947, H.B. Mann e D.R. Whitney

generalizaram a técnica para que fosse possível avaliar amostras de tamanhos diferentes.

Logo, este teste é indicado quando se objetiva realizar a comparação de dois grupos não

pareados, com o intuito de verificar se estes pertencem ou não a mesma população através da

testagem das medianas encontradas em cada grupo pesquisado (RIBEIRO et al., 2010). Deste

modo, este teste permitirá verificar se há diferença de valores no que se refere à capacidade

funcional de pacientes adultos e idosos que sofreram intervenções durante a visita domiciliar.

Foram utilizados métodos não paramétricos, pois as pontuações das escalas não

apresentaram distribuição normal (distribuição Gaussiana), segundo a rejeição da hipótese de

normalidade do teste Shapiro-Wilks. O critério de determinação de significância adotado foi o

nível de 5%. A análise estatística foi processada pelo software estatístico SAS®

System versão

6.11 (SAS Institute, Inc., Cary, North Carolina).

3.8 ASPECTOS ÉTICOS

Por se tratar de um estudo que envolve seres humanos, foi aplicado um termo de

consentimento livre e esclarecido (Apêndice 9.1), elaborado segundo os aspectos relativos à

Resolução nº 466, de 12 de dezembro de 2012, do Conselho Nacional de Saúde/Ministério da

Saúde que, através das suas competências legais, estabelece as diretrizes e as normas que

regulamentam pesquisas desse gênero. Nesse sentido, o protocolo de pesquisa foi submetido

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ao Comitê de Ética e Pesquisa do Hospital Universitário Antônio Pedro, instituição

promotora, à qual estão vinculados a Escola de Enfermagem e o programa de Mestrado

Acadêmico em Ciências do Cuidado em Saúde e gerado um parecer de aprovação com o

número 506.332 e CAAE: 23386513.3.0000.5243 (Anexo 10.7). Através deste termo os

participantes foram esclarecidos sobre o conteúdo da pesquisa de modo a sanar quaisquer

dúvidas com relação ao estudo.

Este estudo não ofereceu riscos diretos ou indiretos para os sujeitos investigados

nem acarretou encargos financeiros para eles ou para a instituição. A pesquisa foi

desenvolvida com recursos do próprio pesquisador e traz como benefício para os pacientes

deste estudo a possibilidade de redução da ferida por intermédio do ensino de habilidades

sociais e enfrentamento, adoção de comportamento de adesão terapêutica, e capacidade

funcional. Elementos importantes para a participação do sujeito e família no cuidado,

resultando em um melhor prognóstico para o paciente a partir do resultado progressão no

tratamento numa perspectiva integral.

Em relação aos possíveis benefícios para as instituições que sediaram o estudo estão a

testagem de um programa que pode ser inserido em suas práticas; atendimento gratuito sem

ônus a instituição; redução dos sintomas e complicações de retardamento da cicatrização da

ferida; e, como benefício indireto, a diminuição nos custos do tratamento.

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4 RESULTADOS

A presente dissertação contou com 32 participantes e abrangeu dois campos de

investigação, sendo estes o Ambulatório de Reparo de Feridas do HUAP e o domicílio de

pacientes atendidos no referido ambulatório. Ambos os grupos, caso e controle, tiveram os

cuidados ambulatoriais mantidos e receberam visita domiciliar, mas apenas o grupo caso

recebeu a intervenção que diz respeito às orientações de limpeza da ferida, realização de

curativos, alimentos e nutrientes necessários à cicatrização, terapias compressivas elásticas e

inelásticas, uso de meias elásticas e elevação dos membros inferiores para melhora do retorno

venoso.

Obedecendo aos critérios de inclusão e exclusão, os pacientes admitidos na pesquisa

foram selecionados para compor os grupos caso e controle de maneira randomizada, sendo o

sorteio realizado através do Software Biostat 5.0. Após este sorteio obteve-se 16 participantes

integrando o grupo caso e 16 integrando o grupo controle.

Antes de iniciar a análise dos dados, os mesmos foram organizados por meio de

digitação em planilha do Microsoft Excel 2010. Posteriormente, os resultados foram

analisados por meio da estatística descritiva e inferencial, utilizando-se o software estatístico

SAS®

System versão 6.11 (SAS Institute, Inc., Cary, North Carolina), sendo os resultados

codificados, tabulados e apresentados sob a forma de tabelas e gráficos.

As tabelas 1 e 2 fornecem a análise descritiva sociodemográfica dos grupos caso e

controle por meio da frequência (n), percentual (%) e do correspondente nível descritivo (p

valor) do teste de qui-quadrado (χ2) ou exato de Fisher. A idade foi expressa pela média ±

desvio padrão (DP) e comparada pelo teste t de Student para amostras independentes.

Tabela 1 - Análise das variáveis sociodemográficas e clínicas segundo os grupos caso e

controle. Niterói/RJ, 2014.

(continua)

Características Categorias

Grupo Caso

(n = 16)

Grupo Controle

(n = 16) p valor a

n % n %

Sexo feminino 10 62,5 8 50,0

0,48 masculino 6 37,5 8 50,0

Idade (anos) * 60,1 ± 9,7 66,9 ± 11,6 0,080

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Tabela 1 - Análise das variáveis sociodemográficas e clínicas segundo os grupos caso e

controle. Niterói/RJ, 2014.

(continuação)

Características Categorias

Grupo Caso

(n = 16)

Grupo Controle

(n = 16) p valor

a

n % n %

Grupo Étnico

branco 5 31,3 5 31,3

0,44 negro 9 56,3 6 37,5

pardo 2 12,5 5 31,3

Escolaridade

analfabeto 1 6,3 1 6,3

0,99 1° grau 9 56,3 8 50,0

2° grau 5 31,3 6 37,5

3° grau 1 6,3 1 6,3

Estado Civil

solteiro 3 18,8 2 12,5

0,63 casado 6 37,5 9 56,3

divorciado 3 18,8 1 6,3

viúvo 4 25,0 4 25,0

Cidade

Niterói 8 50,0 7 43,8

0,78 São

Gonçalo 6 37,5 8 50,0

Itaboraí 2 12,5 1 6,3

Fonte de Renda

aposentado 11 68,8 16 100

0,043 pensionista 3 18,8 0 0,0

empregado 2 12,5 0 0,0

Renda Familiar

1 a 2 SM 16 100 12 75,0

0,10 2 a 4 SM 0 0,0 3 18,8

> 4 SM 0 0,0 1 6,3

Tempo de Tratamento

6m a 1 ano 4 25,0 6 37,5

0,85 1 a 5 anos 1 6,3 1 6,3

> 5 anos 11 68,8 9 56,3

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Tabela 1 - Análise das variáveis sociodemográficas e clínicas segundo os grupos caso e

controle. Niterói/RJ, 2014.

(conclusão)

Fonte: A autora, 2014.

Dos participantes da pesquisa integrantes do grupo caso, 62,5% são do sexo feminino

e 37,5% do sexo masculino; no grupo controle, por sua vez, 50% correspondem ao sexo

feminino e 50% ao masculino. Esta análise demonstra que a maior parte dos participantes da

pesquisa foi composta por mulheres.

A média de idade do grupo caso ficou entre 60,1 anos e do grupo controle de 66,9

anos. O que indica maior faixa etária nos integrantes do grupo controle.

No que se refere ao grupo étnico dos integrantes do grupo caso, 31,3% se declaram

brancos, 56,3% se declaram negros e 12,5% se declaram pardos. Quanto ao grupo controle,

31,3% se declaram brancos, 37,5% negros e 31,3% pardos. A análise deste item demonstra

que 93,8% dos participantes da pesquisa são negros.

Quanto à escolaridade no grupo caso, observou-se que 6,3% são analfabetos, 56,3%

possuem o 1º grau, 31,3% possuem o 2º grau e 6,3% estudaram até o 3º grau. No grupo

controle tem-se 6,3% dos participantes analfabetos, 50,0% possuem o 1º grau, 37,5%

estudaram até o 2º grau e 6,3% estudaram até o 3º grau. Ao analisar este item podemos

evidenciar que 106,3% dos participantes da pesquisa estudaram somente até o 1º grau.

Em relação ao estado civil, 18,8% dos integrantes do grupo caso são solteiros, 37,5%

casados, 18,8% divorciados e 25,0% viúvos. No grupo controle, 12,5% são solteiros, 56,3%

Características

Categorias

Grupo Caso

(n = 16)

Grupo Controle

(n = 16) p valor

a

n % n %

N° de recidivas

nunca 5 31,3 8 50,0

0,45 1 a 4x 7 43,8 4 25,0

5x ou + 4 25,0 4 25,0

a teste de χ2 ou exato de Fisher.

* expressa pela média ± DP e comparada pelo teste t de Student para amostras independentes.

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são casados, 6,3% divorciados e 25,0% viúvos. Neste item observa-se que há um predomínio

de casados (93,8%) e viúvos (50,0%) nos grupos.

Quanto à cidade de moradia, notou-se que 50,0 % do grupo caso residem em Niterói,

37,5% em São Gonçalo e 12,5% em Itaboraí. Dos integrantes do grupo controle, 43,8%

residem em Niterói, 50,0 % em São Gonçalo e 6,3% em Itaboraí.

No item fonte de renda se observou que 68,8% dos integrantes do grupo caso são

aposentados, 18,8% são pensionistas e 12,5% estão empregados. No grupo controle, 100%

dos participantes são aposentados.

Ao serem abordados sobre a renda familiar, 100% dos integrantes do grupo caso

declararam viver com a renda de um a dois salários mínimos. No grupo controle se verificou

75,0% dos pacientes vivendo com a renda familiar de um a dois salários mínimos, 18,8% de

dois a quatro salários mínimos e 6,3% com renda familiar acima de quatro salários mínimos.

Estes dados demonstram que a maioria dos participantes vive com a renda familiar de um a

dois salários mínimos.

Quanto ao tempo de tratamento no grupo caso observamos que 25,0% possuem de

seis meses a um ano de tratamento, 6,3% de um a cinco anos e 68,8% mais de cinco anos. No

grupo controle, 37,5% possuem de seis meses a um ano de tratamento, 6,3% possuem de um a

cinco anos e 56,3% mais de cinco anos de tratamento. Os resultados apresentados neste item

demonstram que 62,5% dos participantes possuem mais de cinco anos de tratamento da lesão.

Ao avaliarmos o número de recidivas da lesão, constatou-se, no grupo caso, que em

31,3% dos participantes a lesão nunca fechou, em 43,8% o número de recidivas foi de uma a

quatro vezes e em 25,0% as recidivas ocorreram cinco vezes ou mais. No grupo controle

obteve-se 50,0% dos participantes com lesões que nunca cicatrizaram, 25,0% com número de

recidivas de um a quatro vezes e 25,5% com o número de recidivas entre cinco vezes ou mais.

Frente à análise da tabela 1 observamos que o grupo caso apresentou proporção de

aposentados (68,8%) significativamente menor que o grupo controle (100%) com p = 0,043.

Nos demais itens não houve diferença significativa, ao nível de 5%, nas características sociais

e demográficas estudadas entre os dois grupos.

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Tabela 2 - Análise das variáveis sociodemográficas e clínica segundo os grupos caso e

controle. Niterói/RJ, 2014.

Variável Categoria

Grupo Caso

(n = 16) Grupo Controle

(n = 16) p valor a

n % n %

Escolaridade

analfabeto 1 6,3 1 6,3

0,99 1° grau 9 56,3 8 50,0

2°/3° grau 6 37,5 7 43,8

Estado Civil casado 6 37,5 9 56,3

0,29 não casado 10 62,5 7 43,8

Renda Familiar 1 a 2 SM 16 100 12 75,0

0,050 ≥ 2 SM 0 0,0 4 25,0

Tempo de Tratamento ≤ 5 anos 5 31,3 7 43,8

0,47 > 5 anos 11 68,8 9 56,3

a teste de χ2 ou exato de Fisher.

Fonte: A autora, 2014.

Ao analisar os dados constantes da Tabela 2, verifica-se que com relação à

escolaridade dos integrantes do grupo caso, 6,3% são analfabetos, 56,3% possuem apenas o 1ª

grau e 37,5% possuem como nível de estudo o 2º/3º grau. No grupo controle evidenciaou-se

que 6,3% são analfabetos, 50,0% estudaram até o 1º grau e 43,8% estudaram até o 2º/3º grau.

No que tange ao estado civil do grupo caso: 37,5% são casados e 62,5% não casados.

No grupo controle, 56,3% são casados e 43,8% não casados.

Quanto à renda familiar, 100% dos integrantes do grupo caso vivem em média com

um a dois salários mínimos; no grupo controle esse percentual é de 75,0%, enquanto 25,0%

vivem com mais de dois salários mínimos.

No grupo caso, observou-se que 31,3% estão em tratamento há menos de cinco anos

e 68,8% há mais de cinco. No grupo controle, 43,8% fazem tratamento há menos de cinco

anos e 56,3% há mais de cinco anos.

Frente ao exposto se constata que o grupo caso apresentou proporção de renda

familiar até dois salários mínimos (100%) significativamente maior que o grupo controle

(75%) com p = 0,050. Evidenciou-se também que não existe diferença significativa, ao nível

de 5%, nas demais características sociais e demográficas modificadas entre os grupos. Deste

modo, os resultados acima apresentados demonstram que, de forma geral, os dois grupos

estudados são semelhantes em relação às características sociodemográficas estudadas.

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Com a finalidade de avaliar a capacidade funcional dos participantes da pesquisa

foram utilizados a Escala de KATZ-EIAVD e o Índice de TINETTI, cujos dados coletados

por estes instrumentos foram divulgados, na sequência, com o objetivo de verificar se existe

diferença significativa nas questões que compõem esses instrumentos, antes da intervenção.

As Tabelas 3, 4 e 5 fornecem a frequência (n) e o percentual (%) das questões das

escalas de KATZ e TINETTI de equilíbrio e marcha, respectivamente, antes da intervenção

segundo os grupos (caso e controle) e o correspondente nível descritivo (p valor) do teste de

χ2 ou exato de Fisher. As pontuações parciais e totais foram expressas pela mediana (mínimo

– máximo) e comparadas pelo teste de Mann-Whitney.

Tabela 3 - Escala de KATZ - EIAVD e as respectivas áreas antes da intervenção segundo os

grupos caso e controle. Niterói/RJ, 2014

Fonte: A autora, 2014.

Domínios do KATZ Resposta

Grupo Caso

(n = 16)

Grupo Controle

(n = 16) p valor a

n % n %

Banho ruim 0 0,0 2 12,5

0,24 boa 16 100 14 87,5

Vestuário ruim 1 6,3 1 6,3

0,76 boa 15 93,8 15 93,8

Higiene ruim 0 0,0 2 12,5

0,24 boa 16 100 14 87,5

Transferência ruim 3 18,8 1 6,3

0,30 boa 13 81,3 15 93,8

Continência ruim 6 37,5 6 37,5

1 boa 10 62,5 10 62,5

Alimentação ruim 0 0,0 0 0,0

NSA boa 16 100 16 100

Pontuação total do

KATZ * ---- 5 (4 - 6) 5,5 (2 - 6) 0,91

a teste de χ2 ou exato de Fisher. NSA: não se aplica.

* expressa pela mediana (mínimo - máximo) e comparada pelo teste de Mann-Whitney.

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A Escala de KATZ – EIAVD permite avaliar a independência do indivíduo frente

às atividades de vida diária nos domínios banho, vestuário, higiene pessoal, transferência,

continência e alimentação. Para melhor categorização e apresentação dos resultados a fim de

responder os objetivos propostos pela pesquisa, considerou-se como boa resposta a

realização das atividades por parte dos participantes da pesquisa sem auxílio e como resposta

ruim a necessidade de assistência para desempenhar as tarefas descritas em cada domínio.

Nas questões relacionadas ao item banho da escala de KATZ-EIAVD, 100% dos

integrantes do grupo caso apresentaram boa resposta. No grupo controle, 12,5% apresentaram

uma resposta ruim frente a 87,5% que apresentaram boa resposta neste quesito. Evidenciando

melhor resposta neste domínio dos integrantes do grupo caso.

Na categoria vestuário, 6,3% do grupo caso apresentaram uma resposta ruim neste

domínio e 93,8% apresentaram uma boa resposta. No grupo controle, 6,3% do grupo caso

apresentaram uma resposta ruim neste domínio e 93,8% apresentaram uma boa resposta.

Frente ao exposto evidencia-se que neste domínio as respostas são iguais em ambos os

grupos.

Nas questões ligadas à higiene, 100% do grupo caso apresenta uma boa resposta. No

grupo controle 12,5% apresentam resposta ruim e 87,5% apresentam uma boa resposta a esta

questão. Os dados apresentados demonstram que neste domínio o grupo caso apresenta

melhor resposta.

As questões relacionadas à transferência nos integrantes do grupo caso apontam que

18,8 % apresentam uma resposta ruim e 81,3% uma boa resposta. No grupo controle, 6,3%

apresentam uma resposta ruim e 93,8% demonstram uma boa resposta.

Ao analisar as questões do item continência, observou-se que 37,5% dos integrantes

do grupo caso apresentam uma resposta ruim, enquanto 62,5% apresentam uma boa resposta.

No grupo controle, 37,5% dos integrantes apresentam uma resposta ruim e 62,5% apresentam

uma boa resposta. Evidenciando-se que neste domínio as respostas são iguais em ambos os

grupos.

Nas questões sobre alimentação, 100% dos integrantes do grupo caso e 100% dos

integrantes do grupo controle apresentaram boa resposta. O que demonstra que os grupos

neste domínio conseguem alimentar-se sem assistência.

A pontuação total do KATZ-EIAVD expressa pela mediana (mínimo - máximo) e

comparada pelo teste de Mann-Whitney indica que a mediana do grupo caso é 5 (4 - 6) e do

grupo controle 5,5 (2 - 6).

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Mediante os dados apresentados e analisados, observou-se que não existe diferença

significativa, ao nível de 5%, nas questões e pontuação total da escala de KATZ-EIAVD antes

da intervenção entre os dois grupos.

Tabela 4 - Índice de TINETTI (Escala de avaliação do equilíbrio) antes da intervenção

segundo os grupos caso e controle. Niterói/RJ, 2014.

(continua)

Domínios da Escala de

Avaliação do Equilíbrio Resposta

Grupo Caso

(n = 16)

Grupo Controle

(n = 16) p valor a

n % n %

D1. Equilíbrio sentado ruim 3 18,8 0 0,0

0,11 boa 13 81,3 16 100,0

D2. Levantando

ruim 0 0,0 1 6,3

0,99 regular 13 81,3 12 75,0

boa 3 18,8 3 18,8

D3. Tentativas de

levantar

ruim 0 0,0 1 6,3

0,46 regular 7 43,8 4 25,0

boa 9 56,3 11 68,8

D4. Assim que levanta

ruim 9 56,3 5 31,3

0,43 regular 2 12,5 2 12,5

boa 5 31,3 9 56,3

D5. Equilíbrio em pé

ruim 3 18,8 3 18,8

0,49 regular 5 31,3 2 12,5

boa 8 50,0 11 68,8

D6. Teste dos três

tempos

ruim 3 18,8 3 18,8

1 regular 3 18,8 3 18,8

boa 10 62,5 10 62,5

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Tabela 4 - Índice de TINETTI (Escala de avaliação do equilíbrio) antes da intervenção

segundo os grupos caso e controle. Niterói/RJ, 2014.

(conclusão)

Domínios da Escala de

Avaliação do

Equilíbrio

Resposta

Grupo Caso

(n = 16)

Grupo Controle

(n = 16) p valor a

n % n %

D7. Olhos fechados ruim 5 31,3 4 25,0

0,50 boa 11 68,8 12 75,0

D8. Girando 360°

(passos)

ruim 3 18,8 4 25,0 0,50

boa 13 81,3 12 75,0

D8. Girando 360°

(equilíbrio)

ruim 4 25,0 4 25,0 0,66

boa 12 75,0 12 75,0

D9. Sentando

ruim 2 12,5 0 0,0

0,41 regular 6 37,5 5 31,3

boa 8 50,0 11 68,8

Pontuação do equilíbrio

* ---- 11,5 (3 - 16) 13 (2 - 16) 0,37

a teste de χ2 ou exato de Fisher.

* expressa pela mediana (mínimo - máximo) e comparada pelo teste de Mann-Whitney.

Fonte: A autora, 2014.

Os resultados obtidos da coleta de dados referentes ao domínio equilíbrio sentado

permitiu averiguar que, nos integrantes do grupo caso, 18,8% apresentam resposta ruim e

81,3% apresentam boa resposta. No grupo controle, 100% dos integrantes apresentaram boa

resposta. Deste modo, as respostas que compõem este domínio permitiram verificar que o

grupo controle apresenta melhor resposta quando comparado ao grupo caso.

Ao avaliar os dados correspondentes ao domínio levantando, os resultados

apontaram que 81,3% dos integrantes do grupo caso apresentaram uma resposta regular e

18,8% apresentam uma boa resposta. No grupo controle foi evidenciado que 6,3% apresentam

uma resposta ruim, 75,0% apresentam resposta regular e 18,8% apresentam uma boa resposta.

Em ambos os grupos o maior percentil está voltado à resposta regular do participante frente a

situações expostas na escala.

No domínio tentativas de levantar, os resultados obtidos demonstram que 43,8%

dos integrantes do grupo caso apresentam resposta regular e 56,3% apresentam uma boa

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resposta. No grupo controle, 6,3% apresentaram uma resposta ruim, 25,0% resposta regular e

68,8% apresentaram resposta boa. As porcentagens apresentadas neste domínio demonstram

que o maior valor percentil apresentado em ambos os grupos diz respeito a uma boa resposta.

O domínio assim que levanta demonstrou que 56,3% dos integrantes do grupo caso

apresentaram uma resposta ruim, 12,5% apresentaram resposta regular e 31,3% resposta boa.

No grupo controle observou-se que 31,3% dos integrantes apresentaram resposta ruim, 12,5%

resposta regular e 56,3% resposta boa. No grupo caso o maior percentil dos participantes

(56,3%) apresentam uma resposta ruim assim que levanta e no grupo controle o maior

percentil está direcionado a uma boa resposta (56,3%) neste domínio.

Ao avaliar as questões relacionadas ao domínio equilíbrio em pé, verificou-se que

18,8% dos integrantes do grupo caso apresentaram resposta ruim, 31,3 % apresentaram

resposta regular e 50,0% resposta boa. Quanto aos integrantes do grupo controle, 18,8%

apresentaram resposta ruim, 12,5% resposta regular e 68,8% resposta boa. Em ambos os

grupos o maior percentil deste domínio voltou-se para uma boa resposta dos participantes às

questões abordadas.

No domínio teste dos três tempos as respostas demonstram que 18,8% dos

participantes do grupo caso apresentaram uma resposta ruim, 18,8% resposta regular e 62,5%

boa resposta. Quanto aos integrantes do grupo controle, 18,8% apresentaram resposta ruim,

18,8% resposta regular e 62,5% resposta boa. Neste item evidenciou-se que nos grupos caso e

controle os percentis foram iguais quando comparadas as respostas.

No domínio olhos fechados os dados coletados demonstram que 31,3% dos

integrantes do grupo caso apresentaram resposta ruim e 68,8% uma boa resposta. No grupo

controle observou-se que 25% dos integrantes com resposta ruim e 75,0% boa resposta. Neste

domínio evidenciou-se que os melhores percentis em ambos os grupos estão relacionados a

uma boa resposta dos participantes.

No domínio girando 360º item passos, 18,8% dos participantes do grupo caso

demonstraram resposta ruim e 81,3% boa resposta. No grupo controle evidenciou-se que

25,0% dos participantes mostraram resposta ruim e 75,0% boa resposta. Neste domínio, no

que diz respeito ao item passos, os melhores percentis em ambos os grupos estão relacionados

a uma boa resposta dos participantes.

Ao avaliar o item equilíbrio do mesmo domínio, evidenciou-se que 25,0% dos

participantes do grupo caso apresentaram resposta ruim e 75,0% resposta boa. No grupo

controle, 25,0% demonstraram resposta ruim e 75,0% resposta boa. As porcentagens

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apresentadas neste domínio demonstram que o maior valor percentil apresentado em ambos os

grupos diz respeito a uma boa resposta.

No domínio sentando, 12,5% dos integrantes do grupo caso apresentaram resposta

ruim, 37,5% resposta regular e 50,0% boa resposta. No grupo controle, 31,3% obtiveram

resposta regular e 68,8% boa resposta.

A pontuação do Índice de TINETTI (Escala de avaliação do equilíbrio) expressa pela

mediana (mínimo – máximo) e comparada pelo teste de Mann-Whitney indica que a mediana

do grupo caso é 11,5 (3 – 16) e do grupo controle 13 (2 - 16).

Mediante os dados apresentados e analisados, infere-se que não existe diferença

significativa, ao nível de 5%, nas questões e pontuação da escala de equilíbrio do Índice de

TINETTI antes da intervenção entre os dois grupos.

A Tabela 5 demonstra os resultados do Índice de TINETTI (Escala de avaliação da

marcha) antes da intervenção segundo os grupos caso e controle.

Tabela 5 - Índice de TINETTI (Escala de avaliação da marcha) antes da intervenção segundo

os grupos caso e controle. Niterói/RJ, 2014.

(continua)

Domínios da Escala

de Avaliação da

Marcha

Resposta

Grupo Caso

(n = 16)

Grupo Controle

(n = 16) p valor a

n % n %

D10. Início da marcha ruim 10 62,5 5 31,3

0,078 boa 6 37,5 11 68,8

D11a. Comprimento

dos passos (pé direito)

ruim 1 6,3 4 25,0 0,17

boa 15 93,8 12 75,0

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Tabela 5 - Índice de TINETTI (Escala de avaliação da marcha) antes da intervenção segundo

os grupos caso e controle. Niterói/RJ, 2014.

(conclusão)

Fonte: A autora, 2014.

Os resultados obtidos pelo Índice de TINETTI, escala de avaliação de marcha,

referente ao domínio início da marcha mostrou que, nos integrantes do grupo caso, 62,5%

Domínios da Escala

de Avaliação da

Marcha

Resposta

Grupo Caso

(n = 16)

Grupo Controle

(n = 16) p valor a

n % n %

D11a. Altura dos

passos (pé direito)

ruim 2 12,5 5 31,3 0,20

boa 14 87,5 11 68,8

D11b. Comprimento

(pé esquerdo)

ruim 1 6,3 3 18,8 0,30

boa 15 93,8 13 81,3

D11b. Altura dos

passos (pé esquerdo)

ruim 2 12,5 9 56,3 0,012

boa 14 87,5 7 43,8

D12. Simetria dos

passos

ruim 4 25,0 7 43,8 0,26

boa 12 75,0 9 56,3

D13. Continuidade dos

passos

ruim 6 37,5 6 37,5 1

boa 10 62,5 10 62,5

D14. Direção

ruim 1 6,3 2 12,5

0,78 regular 8 50,0 6 37,5

boa 7 43,8 8 50,0

D15. Tronco

ruim 2 12,5 1 6,3

0,99 regular 5 31,3 5 31,3

boa 9 56,3 10 62,5

D16. Distância dos

tornozelos

ruim 1 6,3 0 0,0 0,50

boa 15 93,8 16 100,0

Pontuação da marcha * ---- 9 (2 - 11) 7,5 (0 - 11) 0,55

Pont. total - Índice de

TINETTI * ---- 20 (5 - 27) 21,5 (2 - 27) 0,65

a teste de χ2 ou exato de Fisher.

* expressa pela mediana (mínimo - máximo) e comparada pelo teste de Mann-Whitney.

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apresentaram resposta ruim e 37,5% boa resposta. No grupo controle, 31,3 % demonstraram

resposta ruim e 68,8% boa resposta. Frente a estes dados constata-se que o grupo controle

apresentou melhor resposta quando comparado ao grupo caso.

Ao analisar o domínio comprimento e altura dos passos, optou-se por avaliar os

passos separadamente (pé direito e pé esquerdo) para obtenção de uma análise mais

minuciosa. Deste modo, no que tange às questões relacionadas ao domínio comprimento dos

passos (pé direito) nos integrantes do grupo caso, verificou-se que 6,3% dos participantes

apresentaram resposta ruim e 93,8% boa resposta. No grupo controle, 25,0% apresentaram

resposta ruim e 75,0% boa resposta.

Ao analisar o mesmo domínio, porém avaliando a altura dos passos (pé direito),

verificou-se que 12,5% dos participantes do grupo caso demonstraram resposta ruim às

questões que integram este domínio e 87,5% boa resposta. No grupo controle, 31,3% dos

integrantes apresentaram resposta ruim e 68,8% resposta boa. Deste modo, ao se analisar o

comprimento e altura dos passos (pé direito), constata-se que o grupo caso apresenta

melhor resposta (181,3%) quando comparado ao grupo controle (143,8%).

O domínio comprimento dos passos (pé esquerdo) aponta que, nos integrantes do

grupo caso, 6,3% apresentaram resposta ruim e 93,8% resposta boa. No grupo controle,

18,8% apresentaram resposta ruim e 81,3% resposta boa.

Na avaliação do domínio altura dos passos (pé esquerdo), 12,5% dos participantes

do grupo caso apresentaram resposta ruim e 87,5% boa resposta. No grupo controle, 56,3%

demonstraram resposta ruim e 43,8% resposta boa. Assim,, ao se analisar o comprimento e

altura dos passos (pé esquerdo), constata-se que o grupo caso apresentou melhor resposta

(181,3%) quando comparado ao grupo controle (125,1%).

As questões relacionadas ao domínio simetria dos passos apontam que 25,0% dos

participantes do grupo caso apresentaram uma resposta ruim e 75,0% uma boa resposta. Nos

integrantes do grupo controle evidenciou-se que 43,8% apresentaram resposta ruim e 56,3%

boa resposta. Dado o exposto, o grupo caso apresentou melhor resposta ao domínio simetria

dos passos quando comparado ao grupo controle.

No domínio continuidade dos passos, 37,5% dos participantes do grupo caso

apresentaram resposta ruim e 62,5% uma boa resposta. No grupo controle, 37,5%

apresentaram resposta ruim e 62,5% boa resposta. Observa-se, portanto, igualdade de

percentis nas respostas dos grupos.

Ao avaliar a direção, os resultados do grupo caso apontam que 6,3% dos

participantes apresentaram resposta ruim, 50,0% resposta regular e 43,8% resposta boa. No

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grupo controle, 12,5% apresentaram resposta ruim, 37,5% resposta regular e 50,0% resposta

boa. Os dados demonstram que neste quesito o grupo caso apresentou melhor resposta

(resposta regular + resposta boa = 93,8%) quando comparado ao grupo controle (resposta

regular + resposta boa = 87,5%).

No domínio tronco os dados demonstram que 12,5% dos participantes do grupo caso

apresentaram resposta ruim, 31,3% resposta regular e 56,3% boa resposta. Ao se avaliar o

grupo controle obtiveram-se as seguintes respostas: 6,3% ruim, 31,3% regular e 62,5% boa.

Mediante os dados apresentados neste domínio, evidencia-se uma melhor resposta do grupo

controle (resposta regular + resposta boa = 93,8%) quando comparado ao grupo caso (resposta

regular + resposta boa = 87,6%).

Na análise do domínio distância dos tornozelos, 6,3% dos participantes do grupo

controle apresentaram resposta ruim e 93,8% boa resposta. No grupo controle 100% dos

participantes apresentaram boa resposta.

A pontuação do Índice de TINETTI (Escala de avaliação da marcha) expressa pela

mediana (mínimo – máximo) e comparada pelo teste de Mann-Whitney indica que a mediana

do grupo caso é 9 (2 – 11) e do grupo controle 7,5 (0 – 11). Quando se expressa a pontuação

total do Índice de TINETTI (Escalas de avaliação do equilíbrio e marcha) através da mediana

(mínimo – máximo) e comparada pelo teste de Mann-Whitney obtém-se como mediana total

do grupo caso 20 (5 – 27) e do grupo controle 21,5 (2 – 27).

Frente aos dados apresentados e analisados, constata-se que o grupo caso apresentou

a proporção de altura dos passos do pé esquerdo (12,5%) significativamente menor que o

grupo controle (56,3%) com p = 0,012. Nas demais questões que compõem a Tabela 5, se

evidencia que não existem diferenças significativas no nível de 5%, entre os grupos caso e

controle.

Os resultados apresentados acima sobre a Escala de KATZ-EIAVD e o Índice de

TINETTI (nas questões referentes ao equilíbrio e marcha nos grupos caso e controle)

mostram, de uma forma geral, que os grupos são semelhantes em relação às questões e

pontuações antes da intervenção.

A partir deste momento passa-se a comparar os resultados apresentados pelos

participantes da pesquisa através da Escala de KATZ – EIAVD com o objetivo de verificar se

existe variação significativa dos dados antes e depois da intervenção em saúde, sendo estas as

orientações (limpeza da ferida, realização de curativos, alimentos e nutrientes necessários à

cicatrização, terapias compressivas elásticas e inelásticas, uso de meias elásticas e elevação

dos membros inferiores para melhora do retorno venoso) prestadas durante a visita domiciliar.

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As Tabelas 6 e 7 fornecem a frequência (n) e o percentual (%) das questões da escala

de KATZ - EIAVD antes e depois da intervenção para os grupos caso e controle,

respectivamente, e o correspondente nível descritivo (p valor) do teste de McNemar. A

pontuação total foi expressa pela mediana (mínimo – máximo) e analisada pelo teste dos

postos sinalizados de Wilcoxon.

Tabela 6 - Escala de KATZ – EIAVD antes e depois da intervenção no grupo caso.

Niterói/RJ, 2014.

Domínios do KATZ Resposta Antes Depois

p valor a

n % n %

Banho ruim 0 0 0 0

NP boa 16 100 16 100

Vestuário ruim 1 6,3 1 6,3

1 boa 15 93,8 15 93,8

Higiene ruim 0 0 0 0

NP boa 16 100 16 100

Transferência ruim 3 18,8 2 12,5

1 boa 13 81,3 14 87,5

Continência ruim 6 37,5 4 25,0

0,50 boa 10 62,5 12 75,0

Alimentação ruim 0 0 0 0

NP boa 16 100 16 100

Pontuação total do

KATZ * ---- 5 (4 - 6) 6 (4 - 6) 0,25

a teste de McNemar. NP: não processa o teste estatístico.

* expressa pela mediana (mínimo - máximo) e comparada pelo teste dos postos sinalizados de Wilcoxon.

Fonte: A autora, 2014.

O domínio banho da escala de KATZ-EIAVD aponta que 100% dos participantes da

pesquisa que integraram o grupo caso obtiveram boa resposta antes da intervenção mantendo

a mesma porcentagem após a intervenção.

No domínio vestuário verificou-se que, antes da intervenção, 6,3% dos participantes

apresentavam uma resposta ruim a este domínio e 93,8% uma boa resposta. Após intervenção,

a reavaliação mostrou que os valores se mantiveram: 6,3% antes e 9,3% depois.

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Ao se avaliar o domínio higiene também obtiveram-se respostas iguais antes e após

intervenção.

Na avaliação da transferência, antes da intervenção 18,8% dos participantes

obtiveram resposta ruim a este domínio e 81,3% resposta boa. Após a intervenção, a

reavaliação mostrou que 12,5% dos participantes passaram a apresentar resposta ruim e

87,5% passaram a ter uma boa resposta; o que demonstra que os participantes obtiveram

melhora neste domínio.

Na avaliação do domínio continência, 37,5% dos participantes apresentaram

resposta ruim e 62,5% boa antes da intervenção. Pós-intervenção a reavaliação mostrou que

apenas 25,0% continuaram apresentando resposta ruim e 75,0% passaram a apresentar uma

boa resposta.

O domínio alimentação apresentou respostas iguais antes e pós-intervenção. Os

resultados deste domínio demonstram que 100% dos participantes obtiveram boa resposta.

A pontuação total do KATZ- EIAVD expressa pela mediana (mínimo - máximo) e

comparada pelo teste dos postos sinalizados de Wilcoxon demonstrou que a mediana antes da

intervenção era 5 (4 - 6) e após intervenção 6 (4 - 6).

Os dados acima apresentados e analisados, demonstram que não existe variação

significativa, ao nível de 5%, nos domínios e na pontuação total da Escala de KATZ-EIAVD

antes e depois da intervenção no grupo tratado.

A pontuação alcançada pelo grupo caso, segundo a Escala de KATZ-EIAVD,

demonstra que esta população apresenta ótima independência nas atividades diárias não

apresentando muitos pontos a serem melhorados.

Tabela 7 - Escala de KATZ – EIAVD antes e depois da intervenção no grupo controle.

Niterói/RJ, 2014.

(continua)

Domínios do KATZ Resposta Antes Depois

p valor a

n % n %

Banho ruim 2 12,5 2 12,5

1 boa 14 87,5 14 87,5

Vestuário ruim 1 6,2 1 6,2

1 boa 15 93,8 15 93,8

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Tabela 7 - Escala de KATZ – EIAVD antes e depois da intervenção no grupo controle.

Niterói/RJ, 2014.

(conclusão)

Domínios do KATZ Resposta Antes Depois

p valor a

n % n %

Banho ruim 2 12,5 2 12,5

1 boa 14 87,5 14 87,5

Vestuário ruim 1 6,2 1 6,2

1 boa 15 93,8 15 93,8

Higiene ruim 2 12,5 2 12,5

1 boa 14 87,5 14 87,5

Transferência ruim 1 6,2 1 6,2

1 boa 15 93,8 15 93,8

Continência ruim 6 37,5 6 37,5

1 boa 10 62,5 10 62,5

Alimentação ruim 0 0 0 0

NP boa 16 100 16 100

Pontuação total do

KATZ * ---- 5,5 (2 - 6) 5,5 ( 2 - 6) 1

a teste de McNemar. NP: não processa o teste estatístico.

* expressa pela mediana (mínimo - máximo) e comparada pelo teste dos postos sinalizados de Wilcoxon.

A porcentagem obtida através da Escala de KATZ – EIAVD nos integrantes do

grupo controle em todos os domínios permaneceu inalterada ao longo do estudo.

No domínio banho, 12,5% dos integrantes apresentaram resposta ruim e 87,5%

resposta boa. No domínio vestuário, 6,2% apresentaram resposta ruim e 93,8% resposta boa.

Ao avaliar a higiene, 12,5% apresentaram resposta ruim e 87,5% boa resposta.

Avaliando a transferência, verifica-se que 6,2% apresentaram resposta ruim e 93,8%

demonstraram boa resposta.

Avaliando a continência pode-se observar que 37,5% apresentaram resposta ruim e

62,5% resposta boa. No domínio alimentação 100% dos participantes obtiveram boa resposta.

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A pontuação total do KATZ- EIAVD expressa pela mediana (mínimo - máximo) e

comparada pelo teste dos postos sinalizados de Wilcoxon demonstrou que a mediana antes e

pós não se alterou: 5,5 (2 - 6).

A apresentação e analise dos dados acima demonstram que não existe variação

significativa, ao nível de 5%, nos domínios e na pontuação total da Escala de KATZ-EIAVD

antes e depois da intervenção no grupo tratado, demonstrando estabilidade dos participantes

nas questões investigadas.

A avaliação da Escala de KATZ-EIAVD do grupo controle se mostrou análoga, de

modo que não existem muitos pontos a serem melhorados.

O Gráfico 1 apresentado abaixo demonstra a pontuação da Escala de KATZ –

EIAVD segundo os grupos caso e controle antes e após intervenção.

Gráfico 1 - Pontuação da Escala de KATZ – EIAVD segundo os grupos caso e controle antes

e após intervenção.

Fonte: A autora, 2014.

A seguir está apresentada a comparação dos resultados apresentados pelo Índice de

TINETTI com o objetivo de verificar se existe variação significativa das questões e pontuação

antes e depois da intervenção em saúde no interior de cada grupo.

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As Tabelas 8 e 9 apresentam os dados referentes ao grupo caso e a 10 e 11 os dados

do grupo controle. Ressalta-se que as Tabelas 8, 9, 10 e 11 fornecem a frequência (n) e o

percentual (%) das questões do Índice de TINETTI nas escalas de equilíbrio e marcha antes e

depois da intervenção nos grupos caso e controle, respectivamente, e o correspondente nível

descritivo (p valor) do teste de McNemar. As pontuações parciais e totais foram expressas

pela mediana (mínimo – máximo) e analisadas pelo teste dos postos sinalizados de Wilcoxon.

Tabela 8 - Escala de avaliação de equilíbrio do Índice de TINETTI antes e depois da

intervenção no grupo caso. Niterói/RJ, 2014.

(continua)

Domínios da Escala de

Avaliação do Equilíbrio Resposta

Antes Depois p valor

a

n % n %

D1. Equilíbrio sentado ruim 3 18,8 0 0

0,25 boa 13 81,2 16 100

D2. Levantando

ruim 0 0,0 0 0,0

0,50 regular 13 81,2 11 68,8

boa 3 18,8 5 31,2

D3. Tentativas de levantar

ruim 0 0,0 0 0,0

0,25 regular 7 43,8 4 25,0

boa 9 56,2 12 75,0

D4. Assim que levanta

ruim 9 56,3 3 18,8

0,05 regular 2 12,5 4 25,0

boa 5 31,3 9 56,2

D5. Equilíbrio em pé

ruim 3 18,8 1 6,3

0,15 regular 5 31,2 5 31,3

boa 8 50,0 10 62,5

D6. Teste dos três tempos

ruim 3 18,8 3 18,8

0,31 regular 3 18,8 2 12,5

boa 10 62,5 11 68,8

D7. Olhos fechados ruim 5 31,2 2 12,5

0,25 boa 11 68,8 14 87,5

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Tabela 8 - Escala de avaliação de equilíbrio do Índice de TINETTI antes e depois da

intervenção no grupo caso. Niterói/RJ, 2014.

(conclusão)

Domínios da Escala de

Avaliação do Equilíbrio Resposta

Antes Depois p valor

a

n % n %

D8. Girando 360°

(passos)

ruim 3 18,8 2 12,5 1

boa 13 81,2 14 87,5

D8. Girando 360°

(equilíbrio)

ruim 4 25,0 3 18,8 1

boa 12 75,0 13 81,2

D9. Sentando

ruim 2 12,5 1 6,2

0,60 regular 6 37,5 7 43,8

boa 8 50,0 8 50,0

Pontuação do equilíbrio * ---- 11,5 (3 - 16) 13,5 (4 - 16) 0,004

a teste de McNemar. NP: não processa o teste estatístico.

* expressa pela mediana (mínimo - máximo) e comparada pelo teste dos postos sinalizados de Wilcoxon.

Fonte: A autora, 2014.

Os resultados obtidos pela escala de avaliação do equilíbrio do Índice de TINETTI

no grupo caso demonstram que antes da intervenção no domínio equilíbrio sentado, 18,8%

dos participantes apresentaram resposta ruim e 81,2% apresentaram boa resposta. Após a

intervenção e reavaliação se verificou que 100% dos integrantes apresentaram boa resposta

neste domínio. Deste modo, é possível inferir que houve uma melhora de 18,8% no que se

refere ao equilíbrio sentado.

Ao avaliar os dados correspondentes ao domínio levantando, os resultados antes da

intervenção apontavam que 81,2% dos integrantes do grupo caso apresentaram uma resposta

regular e 18,8% apresentaram uma boa resposta. Após a intervenção estes resultados

passaram a ser de 68,8% para resposta regular e 31,2% para boa resposta. O que nos permite

dizer que ocorreu uma melhora de 12,4% em ambas as respostas.

No domínio tentativas de levantar, os resultados obtidos antes da intervenção

demonstram que 43,8% dos integrantes apresentaram resposta regular e 56,2% boa resposta.

Após a intervenção, estes resultados passaram a ser de 25,0% para resposta regular e 75,0%

para boa resposta. A avaliação pós-intervenção demonstrou melhora de 18,8% nos

participantes que apresentavam resposta regular e boa resposta.

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66

A investigação do domínio assim que levanta demonstrou que 56,3% dos

integrantes do grupo caso apresentaram uma resposta ruim, 12,5% resposta regular e 31,3%

resposta boa. Após a intervenção verificou-se que a porcentagem de participantes que

apresentavam resposta ruim passou a ser de 18,8%, de 25,0% para resposta regular e de

56,2% para boa resposta. Estes resultados demonstram que os pacientes que apresentavam

resultado ruim tiveram queda de 37,5%, os que apresentavam resposta regular tiveram

aumento de 12,5% e os que possuíam boa resposta tiveram acréscimo de 24,9%.

Ao avaliar as questões relacionadas ao domínio equilíbrio em pé verificou-se que

18,8% dos integrantes apresentaram resposta ruim, 31,2% resposta regular e 50,0% resposta

boa. Após a intervenção os resultados passaram a ser de 6,3% para resposta ruim, 31,3% para

resposta regular e 62,5% para resposta boa. Logo, verifica-se evolução positiva em 12,5% dos

participantes que apresentavam resposta ruim, 0,1% nos que apresentavam resposta regular e

12,5% nos que demonstravam boa resposta antes da intervenção.

No domínio teste dos três tempos as respostas demonstram que 18,8% dos

participantes do grupo apresentaram uma resposta ruim, 18,8% resposta regular e 62,5% boa

resposta. Na reavaliação após intervenção verificou-se que se manteve a porcentagem de

participantes que apresentava resposta ruim, mas houve melhora aos que apresentavam

resposta regular e boa. O percentil dos participantes que apresentavam resposta regular passou

a ser de 12,5% e os que apresentavam boa resposta passou a ser de 68,8%, ou seja, ocorreu

uma melhora de 6,3% nas respostas regulares e boas.

No domínio olhos fechados os dados coletados demonstram que 31,2% dos

integrantes do grupo apresentaram resposta ruim e 68,8% boa resposta. Após a intervenção

estes valores passaram a ser de 12,5% para resposta ruim e 87,5% para resposta boa. Assim,

verifica-se um decréscimo de 18,7% dos participantes que apresentavam resposta ruim e

acréscimo de 6,3% nos que apresentavam boa resposta.

No domínio girando 360º item passos, 18,8% dos participantes do grupo caso

apresentaram resposta ruim e 81,2% boa resposta. Depois da intervenção 12,5% dos

integrantes deste grupo apresentaram resposta ruim e 87,5% resposta boa. Ou seja, houve um

decréscimo de 6,3% nas respostas ruins e aumento de 6,3% nas respostas boas.

Ao avaliar o item equilíbrio, do mesmo domínio, evidenciou-se que 25,0% dos

participantes do grupo apresentaram resposta ruim e 75,0% resposta boa. Pós-intervenção

estas porcentagens passaram a ser de 18,8% para os participantes que apresentavam resposta

ruim e 81,2% para os que apresentavam resposta boa. Estes resultados demonstram queda de

6,2% nas respostas ruins e aumento de 6,2% nas respostas boas relacionadas a este domínio.

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No domínio sentando observou-se que 12,5% dos integrantes apresentaram resposta

ruim, 37,5% resposta regular e 50,0% boa resposta. A reavaliação pós-intervenção

demonstrou que a resposta ruim passou a ser de 6,2%, a regular de 43,8% e a boa se manteve

em 50%. Frente a estes dados verificou-se queda de 6,3% dos participantes que apresentavam

resposta ruim neste domínio, passando estes a apresentar resposta regular (6,3%).

A pontuação do Índice de TINETTI (Escala de avaliação do equilíbrio) expressa pela

mediana (mínimo – máximo) e comparada pelo teste dos postos sinalizados de Wilcoxon

indicam que a mediana do grupo que era de 11,5 (3 – 16) antes da intervenção passou a ser de

13,5 (4 - 16).

Tabela 9 - Escala de avaliação da marcha do Índice de TINETTI antes e depois da intervenção

no grupo caso. Niterói/RJ, 2014.

(continua)

Domínios da Escala de

Avaliação da Marcha Resposta

Antes Depois p valor

a

n % n %

D10. Início da marcha ruim 10 62,5 3 18,8

0,016 boa 6 37,5 13 81,2

D11a. Comprimento dos

passos (pé direito)

ruim 1 6,2 1 6,2 1

boa 15 93,8 15 93,8

D11a. Altura dos passos

(pé direito)

ruim 2 12,5 2 12,5 1

boa 14 87,5 14 87,5

D11b. Comprimento (pé

esquerdo)

ruim 1 6,2 1 6,2 1

boa 15 93,8 15 93,8

D11b. Altura dos passos

(pé esquerdo)

ruim 2 12,5 2 12,5 1

boa 14 87,5 14 87,5

D12. Simetria dos

passos

ruim 4 25,0 3 18,8 1

boa 12 75,0 13 81,2

D13. Continuidade dos

passos

ruim 6 37,5 4 25,0 0,50

boa 10 62,5 12 75,0

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68

Tabela 9 - Escala de avaliação da marcha do Índice de TINETTI antes e depois da intervenção

no grupo caso. Niterói/RJ, 2014.

(conclusão)

Domínios da Escala de

Avaliação da Marcha Resposta

Antes Depois p valor

a

n % n %

D14. Direção

ruim 1 6,2 0 0

0,25 regular 8 50,0 7 43,8

boa 7 43,8 9 56,2

D15. Tronco

ruim 2 12,5 0 0,0

0,25 regular 5 31,3 6 37,5

boa 9 56,3 10 62,5

D16. Distância dos

tornozelos

ruim 1 6,2 0 0 1

boa 15 93,8 16 100

Pontuação da marcha * ---- 9 (2 - 11) 10 (4 - 11) 0,002

Pont. total - Índice de

TINETTI * ---- 20 (5 - 27) 24 (9 - 27) 0,0005

a teste de McNemar. NP: não processa o teste estatístico.

* expressa pela mediana (mínimo - máximo) e comparada pelo teste dos postos sinalizados de Wilcoxon.

Fonte: A autora, 2014.

Os resultados obtidos pela escala de avaliação da marcha do Índice de TINETTI,

no grupo caso, demonstraram que antes da intervenção no domínio início da marcha, 62,5%

dos integrantes apresentaram resposta ruim e 37,5% boa resposta. Após a intervenção e

reavaliação dos resultados, constatou-se que os percentis passaram a ser de 18,8% para

resposta ruim e 81,2% para boa resposta, ou seja, houve um decréscimo de 43,7% nos

participantes que demonstravam resposta ruim. Estes passaram a apresentar resposta boa

frente a este domínio.

Ao analisarmos o domínio comprimento e altura dos passos optou-se por avaliar os

passos separadamente (pé direito e pé esquerdo) para obtenção de uma análise mais

minuciosa. Deste modo, ao analisarmos as questões relacionadas ao domínio comprimento

dos passos (pé direito) nos integrantes do grupo caso, verificou-se que 6,2% dos

participantes apresentaram resposta ruim e 93,8% boa resposta antes da intervenção. Após a

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intervenção as porcentagens apresentadas para as respostas ruim e boa permaneceram

inalteradas.

Ao analisar o mesmo domínio, porém avaliando a altura dos passos (pé direito),

verificou-se que 12,5% dos participantes do grupo apresentaram resposta ruim as questões

que integram este domínio e 87,5% boa resposta. Após a intervenção os resultados

apresentados permaneceram inalterados tanto para as resposta ruim quanto para a boa.

O domínio comprimento dos passos (pé esquerdo) apontou que 6,3% dos

integrantes deste grupo apresentaram resposta ruim e 93,8% resposta boa. Após a intervenção

e reavaliação dos dados, os participantes que integram este grupo mantiveram as porcentagens

inalteradas.

Na avaliação do domínio altura dos passos (pé esquerdo), verificamos que 12,5%

dos participantes apresentaram resposta ruim e 87,5% resposta boa. Após a intervenção os

resultados apresentados permaneceram inalterados para ambas as resposta.

As questões relacionadas ao domínio simetria dos passos apontam que 25,0% dos

participantes do grupo caso apresentaram resposta ruim e 75,0% resposta boa antes da

intervenção. Após a intervenção os resultados passaram a ser de 18,8% para resposta ruim e

81,2% para resposta boa. Ou seja, houve uma queda de 6,2% nas respostas ruins que foram

revertidas para resposta boa.

No domínio continuidade dos passos, 37,5% dos participantes apresentavam

resposta ruim e 62,5% resposta boa. Após intervenção os resultados passaram a ser de 25,0%

para resposta ruim e 75,0% para resposta boa, o que demonstra queda de 12,5% nos

participantes que apresentavam resposta ruim, passando estes a apresentar resposta boa.

Ao avaliar a direção, as respostas dos integrantes demonstram que 6,2%

apresentaram resposta ruim, 50,0% resposta regular e 43,8% resposta boa antes da

intervenção. Após a intervenção e reavaliação dos resultados se verificou que nenhum

participante passou a apresentar resposta ruim neste domínio, 43,8% passaram a apresentar

resposta regular e 56,2% resposta boa. Logo, os resultados demonstram que houve queda de

6,2% na resposta regular e aumento de 12,4% na resposta boa.

No domínio tronco os dados demonstram que 12,5% dos participantes apresentaram

resposta ruim, 31,3% apresentaram resposta regular e 56,3% boa resposta. Durante a

reavaliação dos dados pós-intervenção, verificou-se que nenhum participante passou a

apresentar resposta ruim, a resposta regular passou a ser de 37,5% e a resposta boa de 62,5%.

Ou seja, os resultados averiguados neste domínio demonstraram aumento de 6,2% na resposta

regular e boa.

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Na análise do domínio distância dos tornozelos se evidenciou que 6,2% dos

participantes apresentavam resposta ruim e 93,8% resposta boa antes da intervenção. Após

intervenção a porcentagem passou a ser de 100% para resposta boa.

A pontuação do Índice de TINETTI (Escala de avaliação da marcha) expressa pela

mediana (mínimo – máximo) e comparada pelo teste dos postos sinalizados de Wilcoxon

demonstram que a mediana do grupo caso, que antes da intervenção era é 9 (2 – 11), passou

para 10 (4-11). Quando expressamos a pontuação total do Índice de TINETTI (Escalas de

avaliação do equilíbrio e marcha) antes da intervenção, no grupo caso, obtemos mediana total

igual a 20 (5 – 27) e após intervenção este valor passou a ser de 24 (9 – 27).

Após a avaliação dos resultados obtidos por meio do Índice de TINETTI antes e após

a intervenção, observamos que o grupo caso apresentou melhora significativa na questão 4

“assim que levanta” (p = 0,05) e na questão 10 “início da marcha” (p = 0,016). Evidenciou-se

também o aumento significativo na pontuação do equilíbrio (p = 0,004), na pontuação da

marcha (p = 0,002) e na pontuação total do Índice de TINETTI (p = 0,0005).

Nas demais questões que compõem o Índice de TINETTI não existiram variações

significativas, ao nível de 5%, quando avaliamos o antes e depois da intervenção no grupo

caso.

A seguir estão apresentadas as Tabelas 10 e 11 que correspondem aos resultados

apresentados pelos participantes do grupo controle antes e após intervenção.

Tabela 10 - Escala de avaliação de equilíbrio do Índice de TINETTI antes e depois da

intervenção no grupo controle. Niterói/RJ, 2014.

(continua)

Domínios da Escala

de Avaliação do

Equilíbrio

Resposta

Antes Depois

p valor a

n % n %

D1. Equilíbrio sentado ruim 0 0 0 0

NP boa 16 100 16 100

D2. Levantando

ruim 1 6,3 1 6,3

0,31 regular 12 75,0 11 68,8

boa 3 18,8 4 25,0

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Tabela 10 - Escala de avaliação de equilíbrio do Índice de TINETTI antes e depois da

intervenção no grupo controle. Niterói/RJ, 2014.

(conclusão)

Domínios da Escala

de Avaliação do

Equilíbrio

Resposta

Antes Depois

p valor a

n % n %

D3. Tentativas de

levantar

ruim 1 6,3 1 6,3

1 regular 4 25,0 4 25,0

boa 11 68,8 11 68,8

D4. Assim que levanta

ruim 5 31,3 5 31,3

1 regular 2 12,5 2 12,5

boa 9 56,3 9 56,3

D5. Equilíbrio em pé

ruim 3 18,8 3 18,8

1 regular 2 12,5 2 12,5

boa 11 68,8 11 68,8

D6. Teste dos três

tempos

ruim 3 18,8 3 18,8

1 regular 3 18,8 3 18,8

boa 10 62,5 10 62,5

D7. Olhos fechados ruim 4 25,0 4 25,0

1 boa 12 75,0 12 75,0

D8. Girando 360°

(passos)

ruim 4 25,0 4 25,0 1

boa 12 75,0 12 75,0

D8. Girando 360°

(equilíbrio)

ruim 4 25,0 4 25,0 1

boa 12 75,0 12 75,0

D9. Sentando

ruim 0 0 0 0

1 regular 5 31,2 5 31,2

boa 11 68,8 11 68,8

Pontuação do

equilíbrio * ---- 13 (2 - 16) 13 (2 - 16) 1

a teste de McNemar. NP: não processa o teste estatístico.

* expressa pela mediana (mínimo - máximo) e comparada pelo teste dos postos sinalizados de Wilcoxon.

Fonte: A autora, 2014.

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Os resultados obtidos da coleta de dados referentes ao domínio equilíbrio sentado

permitiu averiguar que, nos integrantes do grupo controle, 100% apresentaram boa resposta

neste domínio antes e após intervenção.

Ao avaliarmos os dados correspondentes ao domínio levantando, os resultados

apontaram que 6,3% participantes apresentaram uma resposta ruim, 75,0% resposta regular e

18,8% boa resposta antes da intervenção. Após a intervenção o grupo controle manteve a

porcentagem referente à resposta ruim, passou a apresentar 68,8% de resposta regular e 25,0%

de resposta boa. Frente aos dados apresentados neste domínio verificamos o decréscimo de

6,2% na resposta regular e o acréscimo deste percentil na resposta boa.

Nos domínios tentativas de levantar; assim que levanta; equilíbrio em pé; teste dos

três tempos; olhos fechados; girando 360º (passos e equilíbrio) e sentando, os valores

percentuais obtidos nas respostas permaneceram inalterados pós-período de intervenção nos

participantes do grupo controle.

A seguir estão descritos os valores antes da intervenção nos domínios.

No domínio tentativas de levantar os resultados obtidos demonstraram que 6,3%

apresentaram uma resposta ruim, 25,0% resposta regular e 68,8% apresentaram resposta boa a

este domínio antes da intervenção.

O domínio assim que levanta demonstrou que 31,3% dos integrantes apresentaram

resposta ruim, 12,5% resposta regular e 56,3% resposta boa.

Ao avaliar as questões relacionadas ao domínio equilíbrio em pé, verificou-se que

18,8% apresentaram resposta ruim, 12,5% resposta regular e 68,8% resposta boa.

No domínio teste dos três tempos as respostas demonstram que 18,8% apresentaram

resposta ruim, 18,8% resposta regular e 62,5% resposta boa aos itens integrantes deste

domínio.

No domínio olhos fechados os dados coletados demonstram que 25% dos integrantes

apresentaram resposta ruim a este domínio e 75,0% boa resposta.

No domínio girando 360º item passos, evidenciou-se que 25,0% dos participantes

apresentaram resposta ruim e 75,0% apresentaram uma boa resposta a este domínio.

Ao avaliar o item equilíbrio, do mesmo domínio, evidenciou-se que 25,0%

apresentaram resposta ruim e 75,0% resposta boa.

No domínio sentando observou-se que 31,2% dos participantes obtiveram resposta

regular e 68,8% obtiveram uma boa resposta.

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A pontuação do Índice de TINETTI (Escala de avaliação do equilíbrio) expressa pela

mediana (mínimo – máximo) e comparada pelo teste dos postos sinalizados de Wilcoxon

indica que a mediana do grupo controle é 13 (2 – 16) antes e após período de intervenção.

Tabela 11 - Escala de avaliação da marcha do Índice de TINETTI antes e depois da

intervenção no grupo controle. Niterói/RJ, 2014.

(continua)

Domínios da Escala de

Avaliação da Marcha Resposta

Antes Depois p valor

a

n % n %

D10. Início da marcha ruim 5 31,2 5 31,2

1 boa 11 68,8 11 68,8

P11a. Comprimento dos

passos (pé direito)

ruim 4 25,0 4 25,0 1

boa 12 75,0 12 75,0

D11a. Altura dos passos

(pé direito)

ruim 5 31,2 5 31,2 1

boa 11 68,8 11 68,8

D11b. Comprimento (pé

esquerdo)

ruim 3 18,8 3 18,8 1

boa 13 81,2 13 81,2

D11b. Altura dos passos

(pé esquerdo)

ruim 9 56,2 9 56,2 1

boa 7 43,8 7 43,8

D12. Simetria dos passos ruim 7 43,8 7 43,8

1 boa 9 56,2 9 56,2

D13. Continuidade dos

passos

ruim 6 37,5 6 37,5 1

boa 10 62,5 10 62,5

D14. Direção

ruim 2 12,5 2 12,5

1 regular 6 37,5 6 37,5

boa 8 50,0 8 50,0

D15. Tronco

ruim 1 6,3 1 6,3

1 regular 5 31,3 5 31,3

boa 10 62,5 10 62,5

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74

Tabela 11 – Escala de avaliação da marcha do Índice de TINETTI antes e depois da

intervenção no grupo de controle. Niterói/RJ, 2014.

(conclusão)

Domínios da Escala de

Avaliação da Marcha Resposta

Antes Depois p valor

a

n % n %

D16. Distância dos

tornozelos

ruim 0 0 0 0 NP

boa 16 100 16 100

Pontuação da marcha * ---- 7,5 (0 - 11) 7,5 (0 - 11) 1

Pont. total - Índice de

TINETTI * ---- 21,5 (2 - 27) 21,5 (2 - 27) 1

a teste de McNemar. NP: não processa o teste estatístico.

* expressa pela mediana (mínimo - máximo) e comparada pelo teste dos postos sinalizados de Wilcoxon.

Fonte: A autora, 2014.

Os resultados obtidos pela escala de avaliação da marcha do Índice de TINETTI no

grupo controle demonstraram que os valores percentuais obtidos nas respostas permaneceram

inalterados pós-período de intervenção em todos os domínios.

A seguir serão apresentados os valores antes da intervenção nos respectivos

domínios.

No domínio início da marcha, 31,2% dos integrantes apresentaram resposta ruim e

68,8% boa resposta a este domínio.

Ao analisarmos o domínio comprimento e altura dos passos optamos por avaliar os

passos separadamente (pé direito e pé esquerdo) para obtenção de uma análise mais

minuciosa. Deste modo, ao analisarmos as questões relacionadas ao domínio comprimento

dos passos (pé direito), nos integrantes do grupo controle, verificamos que 25,5% dos

participantes apresentam resposta ruim a este domínio e 75,5% apresentam boa resposta.

Ao analisarmos o mesmo domínio, porém avaliando a altura dos passos (pé direito)

verificamos que 31,2% dos participantes do grupo apresentaram resposta ruim às questões que

integram este domínio e 68,8% apresentaram boa resposta.

O domínio comprimento dos passos (pé esquerdo) apontou que 18,8% dos

integrantes deste grupo apresentaram resposta ruim e 81,2% resposta boa.

Na avaliação do domínio altura dos passos (pé esquerdo), verificamos que 56,2%

dos participantes apresentaram resposta ruim e 43,8% resposta boa.

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As questões relacionadas ao domínio simetria dos passos apontam que 43,8% dos

participantes do grupo caso apresentaram resposta ruim a este domínio e 56,2% resposta boa.

No domínio continuidade dos passos, 37,5% dos participantes apresentavam

resposta ruim e 62,5% resposta boa.

Ao avaliar a direção, as respostas dos integrantes demonstram que 12,5%

apresentaram resposta ruim, 37,5% resposta regular e 50,0% resposta boa a este domínio.

No domínio tronco os dados demonstram que 6,3% dos participantes apresentaram

resposta ruim, 31,3% resposta regular e 62,5% boa resposta.

Na análise do domínio distância dos tornozelos evidenciamos que 100% dos

participantes apresentavam boa resposta antes e após período de intervenção.

A pontuação do Índice de TINETTI (Escala de avaliação da marcha) expressa pela

mediana (mínimo – máximo) e comparada pelo teste dos postos sinalizados de Wilcoxon

demonstram que a mediana do grupo controle antes e após período de intervenção

permaneceu inalterado, apresentando a mediana de 7,5 (0 – 11). Ao expressamos a pontuação

total do Índice de TINETTI (Escalas de avaliação do equilíbrio e marcha), o valor da mediana

também permaneceram inalterado após avaliação, correspondendo a 21,5 (2 – 27).

Após a avaliação dos resultados obtidos por meio do Índice de TINETTI nos

integrantes do grupo controle antes e após a intervenção, observamos que não existe variação

significativa nas questões e nas pontuações de equilíbrio, marcha e total nas escalas que

compõem o Índice de TINETTI quando avaliamos antes e depois da intervenção, o que

demonstra que o grupo encontra-se absolutamente estável.

A seguir serão apresentados gráficos ilustrando as pontuações alcançadas através do

Índice de TINETTI.

O Gráfico 2 apresentado abaixo demonstra a pontuação da Escala de Avaliação do

Equilíbrio do Índice de TINETTI segundo os grupos caso e controle antes e após intervenção.

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Gráfico 2 - Pontuação da Escala de Avaliação do Equilíbrio do Índice de TINETTI segundo

os grupos caso e controle antes e após intervenção.

Fonte: A autora, 2014.

O Gráfico 2 demonstra através da Pontuação da Escala de Avaliação do Equilíbrio do

Índice de TINETTI que o grupo caso apresentou melhora quando comparamos o momento

antes e depois da intervenção e esta afirmação pode ser evidenciada ao analisarmos a

adjacente inferior do gráfico boxplot que, antes da intervenção, tinha a pontuação 3 e após

passou apresentar pontuação 4. A adjacente superior demonstra que antes e depois da

intervenção a variação se manteve em 16 pontos. A mediana deste grupo também apresentou

melhora passando de 11,5 para 13,5 após intervenção.

O gráfico também demonstra que o grupo controle apresenta estabilidade. Esta

estabilidade é evidenciada ao compararmos a adjacente inferior do gráfico boxplot do grupo

controle antes e depois. Nos dois momentos este valor foi de 2 pontos. Ao compararmos à

mediana, a estabilidade se confirma, visto que em ambos os momentos a mediana foi de 13.

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Quanto à adjacente superior o gráfico demonstra que antes e depois da intervenção a variação

se manteve em 16 pontos como no grupo caso.

O Gráfico 3 apresentado abaixo demonstra a pontuação da Escala de Avaliação da

Marcha do Índice de TINETTI segundo os grupos caso e controle antes e após intervenção.

Gráfico 3 - Pontuação da Escala de Avaliação da Marcha do Índice de TINETTI segundo os

grupos caso e controle antes e após intervenção.

Fonte: A autora, 2014.

O Gráfico 3 demonstra através da Pontuação da Escala de Avaliação de Marcha do

Índice de TINETTI que o grupo caso antes da intervenção apresentava variação de 11 pontos

na adjacente superior do gráfico boxplot. Após intervenção os valores não sofreram variação.

A mediana deste grupo antes da intervenção era 9 e após passou a ser 10, o que demonstra que

nas questões de marcha não existe variação significativa no interior do grupo. A adjacente

inferior do gráfico também demonstrou estabilidade, apresentando 4 pontos antes e depois da

intervenção.

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78

Ao analisarmos o grupo controle através do gráfico boxplot evidenciamos

estabilidade no interior do grupo, que apresentou antes e após intervenção 11 pontos na

adjacente superior, 7,5 de mediana e 2 pontos na adjacente inferior.

O Gráfico 4 apresentado abaixo demonstra a pontuação Total do Índice de TINETTI

segundo os grupos caso e controle antes e após intervenção.

Gráfico 4 - Pontuação Total do Índice de TINETTI segundo os grupos caso e controle antes e

após intervenção.

Fonte: A autora, 2014.

O Gráfico 4 demonstra através da Pontuação Total do Índice de TINETTI que o

grupo caso apresentou melhora no que se refere a capacidade funcional após intervenção. A

adjacente superior se manteve em 26,5 pontos antes e após intervenção, sendo esta a variação

máxima nos dois momentos. A mediana antes da intervenção era 20, passando a 24 após

orientações. A adjacente inferior também demonstra melhoras evidenciadas como 6,5 antes da

intervenção e 8,5 após a realização das orientações.

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79

O grupo controle manteve estabilidade quando comparamos a pontuação total antes e

após as orientações. A adjacente superior se manteve em 26,5, a mediana 2,1 e a adjacente

inferior se manteve com 2 pontos em ambos os momentos.

A Tabela 12 tem por objetivo apresentar a mediana (mínimo – máximo) dos deltas

absolutos (depois – antes da intervenção) obtidas pelas pontuações da Escala de KATZ -

EIAVD e o índice de TINETTI (escalas de equilíbrio e marcha) segundo os grupos (caso e

controle), assim como o correspondente nível descritivo (p valor) do teste de Mann-Whitney.

Tabela 12 - Delta absoluto das pontuações das escalas de KATZ e TINETTI segundo o grupo.

Escala Grupo Caso Grupo Controle p valor a

KATZ 0 ( 0 - 1) 0 (0 - 0) 0,073

TINETTI -

Equilíbrio 1,5 (0 - 6) 0 (0 - 1) 0,001

TINETTI - Marcha 1 (0 - 5) 0 (0 - 0) 0,0002

TINETTI - Total 2,5 (0 - 6) 0 (0 - 1) 0,0001

a teste de Mann-Whitney.

* os deltas foram expressos pela mediana (mínimo - máximo).

Fonte: A autora, 2014.

Os dados apresentados na tabela acima demonstram que não existe diferença

significativa no delta da pontuação da escala de KATZ (p = 0,073) entre os dois grupos,

indicando que estes evoluem de forma semelhante. Ao realizar a avaliação das demais escalas

observamos que o grupo caso apresentou delta da pontuação do equilíbrio (p = 0,001), da

marcha (p = 0,0002) e do Índice de TINETTI total (p = 0,0001) significativamente maior que

do grupo controle. Assim, a melhora na capacidade funcional, segundo o Índice de TINETTI,

foi significativamente no grupo controle.

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5 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

A seguir serão discutidos os resultados evidenciados ao longo da pesquisa, sendo

estes abordados através da caracterização de quatro variáveis: sociodemográficas, clínicas, de

independência em atividades da vida diária e de equilíbrio e marcha.

Diante da caracterização das variáveis sociodemográficas dos grupos caso e

controle, identificou-se que 56,2% dos participantes da pesquisa são do sexo feminino e

43,8% do sexo masculino. A predominância do sexo feminino no desenvolvimento de úlceras

venosas é evidenciada em diversos estudos que relacionam esta predisposição aos hormônios

femininos e à gravidez (MACEDO et al., 2013; FRADIQUE et al., 2011; ABBADE;

LASTÓRIA, 2006). De acordo com estes autores os distúrbios hormonais levam à

predisposição da insuficiência venosa crônica e, consequentemente, à formação de úlceras

venosas.

Outro ponto a ser refletido sobre o predomínio de mulheres na pesquisa está

relacionado à procura destas pelos serviços de saúde. A população feminina cuida-se mais e

busca atendimento médico a qualquer sintoma que para ela seja preocupante. Esta

preocupação do sexo feminino pelo autocuidado se deve a condição de matriarcal imposta

pela sociedade antiga de que a mulher deve cuidar do lar e estar bem disposta fisicamente

para cuidar dos filhos, marido e realizar afazeres domésticos; e que vem sofrendo alterações

ao longo dos anos. Porém, é notório que na sociedade em que vivemos há uma valorização de

políticas públicas de saúde para mulheres e crianças, o que também influencia neste elevado

índice sociodemográfico.

Em contrapartida, os homens procuram menos os setores de saúde e esta baixa

procura se deve a questões culturais onde há desvalorização do autocuidado, necessidade de

se ausentar do serviço e precariedade de políticas e ações de saúde voltadas à população

masculina. O horário de funcionamento das unidades ambulatoriais de saúde também é, em

muitos locais, inadequado. Embora haja a ampliação nos horários de atendimento para atender

a esta clientela, em muitos locais, em razão da violência, o horário não é estendido ou a

extensão deste não condiz com o horário em que o homem possa sair do serviço e chegar até a

unidade de saúde.

Os valores referentes à idade apontam que a média foi de 63,5 anos, sendo 46,9%

referente à faixa etária de 40 a 59 anos e 53,1 % a faixa etária de 60 a 79 anos.

De acordo com Silva (2008), a incidência da insuficiência venosa crônica apresenta

elevados índices a partir da terceira década de vida, acometendo indivíduos em plena

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maturidade e inseridos no mercado de trabalho. Esta afirmação é observada em nosso estudo,

visto que 46,9% dos participantes são adultos (40 a 59 anos) e gera preocupação, pois as

lesões ulcerativas apresentam difícil cicatrização levando os seus portadores a se afastar da

vida laborativa ou mesmo se aposentar.

O afastamento da vida laborativa e aposentadoria precoce provocam desequilíbrio da

população economicamente ativa causando prejuízos para o mercado de trabalho e para o

indivíduo que acaba perdendo sua identidade social (ABBADE; LASTÓRIA, 2006; SILVA et

al., 2009). Apesar dos resultados da pesquisa demonstrarem que devemos estar atentos ao

elevado índice de adultos acometidos por úlceras venosas crônicas, o estudo em questão

evidenciou a predominância de idosos (53,1 %) o que corrobora com os achados apresentados

nos estudos de Malaquias et al. (2012) e Fradique et al. (2011).

A prevalência de idosos acometidos por úlceras venosas é apontada por Abbade e

Lastória (2006) e Orosco e Martins (2006) como decorrência das alterações fisiológicas as

quais esta faixa etária está suscetível. Segundo estes autores, estas alterações são decorrentes

de alterações nutricionais, metabólicas, vasculares e imunológicas que afetam o aspecto e a

função que a pele desempenha.

No que diz respeito ao grupo étnico, 46,9% dos participantes se autodeclararam

negros, seguidos de 31,2% que se autodeclararam brancos e 21,9% de pardos. A etnia negra e

parda é evidenciada como predominante em estudos nacionais e internacionais (CAMACHO

et al., 2014; SOUZA et al., 2013; THOMAS, 2013).

A ocorrência de insuficiência venosa crônica e ulcerações estão relacionadas à

presença do fator etiológico que é a insuficiência venosa desencadeada pela hipertensão

venosa. Deste modo, a hipertensão venosa pode ser ocasionada na população que apresentar

um ou mais fatores de risco, sendo estes: incompetência valvular, que impede o fluxo

retrógrado; falência do músculo da panturrilha, resultando em esvaziamento venoso

incompleto; trombose venosa profunda; múltiplas gravidezes; edema; obesidade; ascite;

anomalia congênita; traumatismos graves nos membros inferiores ou tumores; insuficiência

cardíaca congestiva; e estilo de vida ou laboral sedentário (BORGES; CALIRI, 2011).

Quanto à escolaridade evidencia-se o baixo grau de ensino nos participantes da

pesquisa, sendo 6,3% analfabetos, 53,1% com o 1º grau, 34,3 % com o 2º grau e 6,3% com o

3º grau completo. Estes achados não diferem de outros estudos realizados em contexto

ambulatorial (CAMACHO et al., 2014; MALAQUIAS et al., 2012; OLIVEIRA et al., 2012;

ANGÉLICO et al., 2012; NÓBREGA et al., 2011).

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É importante estar atento ao grau de instrução do sujeito atendido, pois a baixa

escolaridade pode interferir diretamente na compreensão da patologia, assimilação do

processo de cuidado, aplicabilidade das intervenções relacionadas ao tratamento das lesões e

mudança de conduta e atitude no âmbito domiciliar (AZOUBEL et al., 2010).

Autores como Mandelbaum, Di Santis e Mandelbaum (2003) apontam em seu estudo

que ao planejar uma intervenção o profissional de saúde não deve apenas considerar a lesão a

ser tratada, mas o indivíduo de maneira holística, com suas características, necessidades

psicossociais e atentando-se para a realização do diagnóstico educacional deste sujeito,

objetivando a adesão e continuidade do tratamento proposto.

Ao atentarmos para o grau de instrução do paciente para pautar nossas ações de

cuidado, evitamos que este retorne ao seu lar sem compreender a orientação prestada, visto

que muitos profissionais de saúde se limitam a fornecer uma explicação rápida do tratamento

proposto, condutas a serem adotadas e entrega da prescrição medicamentosa realizada pelo

médico.

Devemos refletir sobre esta conduta mecanizada e pensar na hipótese deste paciente

ser analfabeto funcional, o que pode causar vergonha aos que, por circunstâncias da vida, não

tiveram ou não puderam frequentar a escola e serem alfabetizados. Logo, não devemos expor

o paciente e sim auxiliá-lo e fornecer subsídios para que este tenha consciência das condutas

adotadas.

No que diz respeito ao estado civil dos pacientes há o predomínio de casados,

corroborando com o perfil de participantes de outros estudos (CAMACHO et al., 2014;

MALAQUIAS et al., 2012; ANGÉLICO et al., 2012).

Costa et al. (2011) apontam que a maioria das pessoas com úlceras venosas não recebe

apoio familiar durante o tratamento e sofrem com discriminação da família. Desse modo, a

predominância de casados em nosso estudo evidencia a aceitação e apoio dos companheiros

frente à patologia, visto que as alterações ocasionadas pela lesão como mudança no estilo de

vida e isolamento decorrentes da dor, dificuldade de locomoção e aparência física podem

gerar crises familiares, abandono do companheiro e, por consequência, depressão na pessoa

que vive com úlcera venosa.

O não aceite por parte da família da condição patológica estudada foi evidenciada no

nosso estudo, sendo relatado por alguns participantes no momento do convite para integrar a

pesquisa. O medo de como a família reagiria ao receber um profissional de saúde em seus

lares foi logo sanado por estes que passaram a vislumbrar a pesquisa como uma oportunidade

de mudanças nas relações familiares estabelecidas.

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Em relação à cidade de domicílio dos participantes da pesquisa, predomina a cidade

de Niterói (46,9%), seguida por São Gonçalo (43,8%) e Itaboraí (9,3%), sendo o Ambulatório

de Reparo de Feridas do Hospital Universitário Antônio Pedro (HUAP) o local onde estes

participantes são acompanhados. Nessa perspectiva, devemos nos preocupar com a

capacidade funcional destes sujeitos que necessitam se deslocar de sua moradia por horas para

buscar atendimento.

Segundo Abreu (2012) e Oliveira et al. (2012), o elevado número de pacientes

oriundos de outros municípios que realizam consultas de enfermagem no Ambulatório de

Reparo de Feridas do HUAP se deve pelos seguintes motivos: o setor ser considerado

referência no tratamento de lesões crônicas em Niterói/RJ, o atendimento ser realizado por

uma equipe multidisciplinar e pelo fato do município de origem destes pacientes não possuir

ambulatório de referencia para o tratamento deste tipo de lesão.

A autora expõe também que a busca de atendimento de moradores oriundos de outros

municípios gera custos extras ao hospital, pois a verba destinada pelo Sistema Único de Saúde

(SUS) tem relação direta e proporcional à área de abrangência e moradores de Niterói, não

estando incluídos os municípios circunscritos (ABREU, 2012).

O fato de pacientes tratados no ambulatório serem em maior percentual oriundos de

outros municípios também pode estar atrelado à deficiência na rede de saúde de seus locais de

origem, levando estes a procurar por atendimento em municípios vizinhos.

A fonte de renda dos participantes da pesquisa é outro ponto que gerou preocupação.

Como descrito anteriormente, as úlceras venosas crônicas acometem indivíduos em plena

maturidade e em muitos casos inseridos no mercado de trabalho, mas como as lesões

ulcerativas apresentam difícil cicatrização muitos dos seus portadores necessitam se afastar da

vida laborativa ou mesmo se aposentar.

A questão da aposentadoria é evidenciada neste estudo, onde 84,4% dos participantes

são aposentados, 9,4% são pensionistas e 6,2% apresentam vida laborativa. O fato dos

portadores de úlceras venosas crônicas serem em sua grande maioria aposentados ou não

desempenharem atividade ocupacional é evidenciado também nos estudos de Camacho et al.

(2014), Angélico et al. (2012) e Malaquias et al. (2012).

Frente ao que foi exposto sobre a fonte de renda dos participantes da pesquisa,

verificamos que esta se encontra diretamente ligada à renda familiar, ou seja, sendo eles na

maioria aposentados, a renda é de um salário mínimo mensal.

Ao serem questionados sobre a renda familiar, 87,5% dos participantes alegam

apresentarem a renda de 1 a 2 salários mínimos, 9,4% de 2 a 4 salários mínimos e 3,1% dizem

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que a renda familiar é mais de 4 salários mínimos mensais. Estudos desenvolvidos por

Camacho et al. (2014), Oliveira et al. (2012), Angélico et al. (2012) e Malaquias et al. (2012)

também evidenciam ao traçar o perfil sociodemográfico dos participantes o baixo poder

aquisitivo da população atendida nos serviços ambulatoriais públicos.

Os dados financeiros refletem diretamente no cuidado em saúde, visto que o baixo

poder aquisitivo pode levar o paciente a privilegiar o pagamento das contas mensais em

detrimento do cuidado da lesão (ir às consultas, seguir o tratamento com a cobertura para a

lesão proposta). Logo, a aposentadoria precoce, a baixa renda familiar e a distância existente

entre o local de tratamento e moradia são questões que, quando associadas, podem levar

muitos sujeitos que se encontram em tratamento a faltar às consultas e abandonar o tratamento

quando é requisitado a este um acompanhamento semanal em nível ambulatorial. Deste modo,

não devemos julgar o paciente quando este não comparece a consulta ou não adota a

prescrição recomendada. Devemos, nestes casos, dialogar com o paciente com o intuito de

que, em conjunto, sejam adotadas estratégias que melhor lhe beneficie.

A caracterização das variáveis clínicas tempo tratamento e número de recidivas

foram questões que chamaram atenção, corroborando com os achados de Silva et al. (2009) de

que a cronicidade e recorrências das lesões fazem com que os pacientes convivam por anos

com este estado patológico.

Os dados da pesquisa evidenciaram que 62,5% dos participantes encontram-se em

tratamento há mais de cinco anos, evidenciando o que é descrito por Belczak et al. (2011) e

Dealey (2008) de que o tratamento das lesões é difícil e prolongado. Quanto ao número de

recidivas, 40,6% dos participantes nunca tiveram a lesão cicatrizada, 34,4% apresentaram

recidiva de 1 a 4 vezes e 25 % dos participantes apresentaram recidivas cinco vezes ou mais

no decurso do tratamento.

Luccas e Rocha (2008), Silva (2008) e Abbade e Lastória (2006) apontam em seus

estudos que os casos elevados de recidivas nas úlceras venosas são decorrentes da falta de

acompanhamento por angiologistas pós-cicatrização, não realização de cirurgias, entre outros

fatores. A ausência de colaboração dos pacientes quanto a medidas preventivas também é

apontada pelos autores como causa para elevação das recidivas.

Frente ao exposto pelos autores, refletimos sobre a “ausência de colaboração” dos

pacientes. Esta “ausência de colaboração” pode ser decorrente de diversos fatores sendo estes:

falta de capital financeiro para investir nas medidas propostas pelos profissionais de saúde,

pouca informação sobre as medidas preventivas ou de tratamento proposto e falta de

participação do sujeito nas tomadas de decisões frente aos cuidados propostos.

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Como profissionais de saúde devemos ter em mente que com imposição e sem ouvir

o paciente nenhum cuidado se faz efetivo. Devemos utilizar o saber científico para estabelecer

o plano de cuidados, mas este deve ser sempre pautado nas reais necessidades pessoais, nas

suas vivências e experiências prévias. Temos a missão de fazer com que o sujeito perca a

passividade imposta pelos sistemas de saúde e por alguns profissionais atuantes, e torná-lo

ator no seu processo de cuidado.

A capacidade funcional discutida neste estudo por meio do efeito das orientações

durante a Visita Domiciliar a pacientes com úlceras venosas teve como instrumento de

avaliação a Escala de KATZ-EIAVD e o Índice de TINETTI, sendo os domínios destes

instrumentos as variáveis de independência em atividades da vida diária e variáveis de

equilíbrio e marcha, apresentadas e discutidas a seguir.

A Escala de KATZ-EIAVD. que apresenta como domínios banho, vestuário,

higiene, transferência, continência e alimentação, apresentou boa porcentagem nos grupos

caso e controle.

As porcentagens obtidas avaliando-se os participantes antes e depois da intervenção

demonstraram que os sujeitos pesquisados apresentam ótima independência nas atividades

básicas de vida diária.

Os resultados do grupo caso demonstram que no domínio banho, 100% dos

participantes apresentam boa resposta antes e após intervenção, enquanto que no grupo

controle estes percentuais são de 87,5% antes e após período determinado para reavaliar

intervenção (15 dias). No domínio vestuário, o grupo caso apresentou como percentual de

resposta positiva, 93,8% antes e após intervenção. O grupo controle demonstrou neste

domínio para a mesma resposta antes e após o período de intervenção 93,8%.

No domínio higiene 100% dos participantes do grupo caso obtiveram e manterão

boa resposta, enquanto que no grupo controle 87,5% obtiveram boa resposta antes da

intervenção e após período de intervenção. No quesito transferência 81,3% dos integrantes

do grupo caso obtinham boa resposta antes da intervenção e após as orientações passaram a

apresentar 87,5% de resposta positiva o que demonstra uma melhora de 6,2%. No grupo

controle, este percentual foi de 93,8% permanecendo inalterado ao longo da pesquisa.

Com relação à continência, 62,5% do grupo caso apresentavam boa resposta antes

da intervenção e após este percentual passou a ser de 75,0%, demonstrando um benefício de

12,5% neste quesito pós-orientações. No grupo controle, a avaliação deste domínio

demonstrou que 62,5% dos integrantes obtinham boa resposta, permanecendo o mesmo

percentual pós-período de intervenção.

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No domínio alimentação o grupo caso e o grupo controle demonstraram apresentar

boa resposta e a nível percentual esta é de 100% antes e após intervenção.

Os resultados analisados referentes à escala de KATZ- EIAVD demonstram que as

populações estudadas apresentam ótima independência nas atividades de vida diária e

demonstram que os grupos não apresentam variação significativa entre si. A escala de KATZ

vem evidenciando boas respostas percentuais em outros estudos, como nos de Camacho et al.

(2014) e Pereira et al. (2012), o que demonstra boa independência dos sujeitos estudados.

Segundo Lino et al. (2008), quando caracterizamos o estado funcional do indivíduo,

devemos nos basear no estado real que este apresenta no momento da avaliação e não na

habilidade de realizar a tarefa proposta sem o auxílio de terceiros. Os autores também expõem

que ser independente é ser capaz de desempenhar as funções sem supervisão.

Ante ao exposto, embora não tenha se vislumbrado alterações significativas através

da escala de KATZ-EIAVD nos grupos estudados antes e após intervenção, evidenciamos que

o instrumento utilizado foi substancial para a avaliação dos participantes da pesquisa no

contexto domiciliar demonstrando boa funcionalidade e tornando nulas as dúvidas que podem

surgir durante a aplicação da escala, como descreve Lino et al. (2008) em seu estudo. Isto

porque a identificação do estado funcional é realizada pelo pesquisador e não descrita pelo

pesquisado.

O Índice de TINETTI conseguiu avaliar a capacidade funcional dos participantes da

pesquisa através das escalas de equilíbrio e marcha, visto que o portador de insuficiência

venosa crônica apresenta dores, edema em tornozelos e pés, dificuldade de locomoção e perda

da mobilidade funcional que comprometem as atividades diárias, laborais e de lazer

(SMELTZER; BARE, 2012; SALOMÉ; FERREIRA, 2012).

Deste modo, ao avaliar os grupos antes e após intervenção verificamos que o grupo

caso apresentou melhora após intervenção nos domínios: equilíbrio sentado, levantando,

tentativas de levantar, assim que levanta, equilíbrio em pé, teste dos três tempos, olhos

fechados, girando 360º, sentando, início da marcha, simetria dos passos, continuidade dos

passos, direção, tronco e distância dos tornozelos. No domínio comprimento e altura dos

passos não houve alteração percentual pós-intervenção.

Após análise estatística evidenciou-se que as melhoras significativas ocorreram nos

domínios: assim que levanta e início da marcha, o que significa que mesmo evidenciando-se

melhoras nos demais domínios, estas não foram significativas no nível de 5% proposto na

pesquisa.

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O grupo controle apresentou melhora no domínio levantando após reavaliação. Os

domínios equilíbrio sentado e distância do tornozelo apresentaram 100% de resposta positiva

a este item na avaliação e reavaliação, demonstrando que não há como os participantes

melhorarem neste quesito. Nos demais domínios do instrumento de coleta não houve

variação, ou seja, o grupo controle demonstra que não há variação significativa e que o grupo

encontra-se instável.

Ao analisar estatisticamente as respostas do Índice de TINETTI, evidenciamos que

os participantes do grupo caso apresentam melhora significativa e diferenciada pós-

intervenção quando comparada ao grupo controle que se manteve estável.

O Índice de Tinetti de acordo com Gai et al. (2010) ajuda a estimar o risco e nível de

proteção contra queda. Porém, segundo os autores, este risco dependerá dos seguintes fatores:

condições em que vive ou se encontra o indivíduo estudado no momento da queda e presença

de fatores intrínsecos e extrínsecos que contribuem para a dificuldade de equilíbrio e marcha.

Deste modo, as melhoras percentuais no Índice de TINETTI após intervenção

indicam melhora motora. Esta afirmação pode ser evidenciada no estudo de Muñoz, Gómez e

Costa (2005) que demonstraram após intervenção melhora no equilíbrio, marcha e

consequente melhora na qualidade de vida do sujeito pesquisado.

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6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este estudo possibilitou identificarmos a efetividade das intervenções na capacidade

funcional de adultos e idosos com úlceras venosas e comparar o efeito da visita domiciliar

antes e após orientações na capacidade funcional de pacientes adultos e idosos com úlceras

venosas.

As características sociodemográficas predominantes no grupo estudado foram sexo

feminino, faixa etária expressa pela média de 60,1 a 66,9 anos, grupo étnico de negros, com

escolaridade até o 1º grau, casados, residentes no município de Niterói, tendo como fonte de

renda a aposentadoria e a renda familiar média de um a dois salários mínimos.

A caracterização clínica dos participantes demonstra que há a predominância de

participantes com mais de cinco anos de tratamento e lesões que nunca fecharam,

evidenciando a dificuldade de cicatrização deste tipo de lesão o que leva ao prolongamento do

tratamento proposto.

Em relação à caracterização clínica evidenciada por intermédio da Escala de KATZ-

EIAVD antes da intervenção nos grupos caso e controle, observou-se que não existe diferença

significativa nas questões e pontuações totais da escala ao nível de 5%. O grupo caso

apresentou a mediana de 5 e o grupo controle de 5,5.

A caracterização clínica evidenciada antes da intervenção pelo Índice de TINETTI

indica que os grupos caso e controle não apresentam diferença significativa ao nível de 5%

nas questões e pontuação do equilíbrio, que apresenta a mediana de 11,5 para o grupo caso e

13 para o grupo controle.

Os domínios do Índice de TINETTI que avaliam a marcha indicam que antes da

intervenção o grupo caso apresentou proporção da altura dos passos do pé esquerdo (12,5%)

significativamente menor que o grupo controle (56,3%), com p = 0,012. Os demais domínios

que proporcionam a avalição da marcha demonstram que não existe diferença significativa ao

nível de 5% entre os dois grupos.

Os resultados vislumbrados através da Escala de KATZ-EIAVD e do Índice de

TINETTI antes da intervenção demonstram que há semelhança em relação às questões e

pontuação nos dois grupos.

O comparativo da caracterização clínica dos participantes do grupo caso, antes e

depois da intervenção, por intermédio da Escala de KATZ-EIAVD, indica que não existe

variação significativa, ao nível de 5%, nos domínios e pontuação total do grupo que

apresentou mediana de 5 antes da intervenção e 6 pós intervenção.

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No grupo controle, o comparativo da caracterização clínica dos participantes, antes e

depois da intervenção, por intermédio da Escala de KATZ-EIAVD, indica que não existe

variação significativa nas questões e na pontuação total da escala que apresentou mediana de

5,5 antes da intervenção e 5,5 depois, estando este grupo em condições clínicas estáveis.

Ao utilizar a caracterização clínica dos participantes do grupo caso para comparar o

antes e depois da intervenção, por intermédio do Índice de TINETTI, evidenciou-se que o

grupo caso apresentou melhoras significativas, com p = 0,05 no domínio “assim que levanta”

e p = 0,016 no domínio “início de marcha”. Evidenciou-se também o aumento significativo na

pontuação do equilíbrio (p = 0,004), na pontuação da marcha (p = 0,002) e na pontuação total

do Índice de TINETTI (p = 0,0005).

Nos demais domínios que compõem o Índice de TINETTI não existiu variação

significativa, ao nível de 5%, quando comparamos o antes e depois da intervenção no grupo

caso.

A caracterização clínica dos participantes do grupo controle no comparativo de antes

e depois da intervenção, de acordo com o Índice de TINETTI, permite observar que não existe

variação significativa nas questões e nas pontuações de equilíbrio, marcha e total da escala de

TINETTI, indicando absoluta estabilidade no grupo.

Ao final do estudo verificou-se, através da análise estatística dos dados coletados

utilizando-se a Escala de KATZ-EIAVD, que não existe diferença significativa no delta da

pontuação da escala (p = 0,073) entre os grupos caso e controle, o que indica evolução

semelhante entre os grupos.

O Índice de TINETTI demonstrou que o grupo caso apresentou delta da pontuação

do equilíbrio (p = 0,001), da marcha (p = 0,0002) e do Índice total (p = 0,0001)

significativamente maior que do grupo controle, ou seja, os resultados estatísticos

apresentados constatam que a melhora na capacidade funcional do grupo com caso foi

significativamente maior que do grupo controle.

Em síntese, podemos evidenciar que o Índice de TINETTI expressou melhor o

comprometimento da capacidade funcional de adultos e idosos com úlceras venosas,

demonstrando melhora significativa no grupo caso quando comparada ao grupo controle, que

se manteve absolutamente estável quando comparado com os resultados apresentados pela

Escala de KATZ-EIAVD.

Diante dos resultados que compararam o efeito da visita domiciliar após orientações

sobre a capacidade funcional de pacientes adultos e idosos com úlceras venosas e

demonstraram que as intervenções no contexto domiciliar foram benéficas aos participantes

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do grupo caso, recomenda-se a adoção das intervenções adotadas a todos os pacientes em

tratamento de úlceras venosas.

Questões relacionadas ao deslocamento utilizando o transporte público para a

realização das visitas domiciliares dificultou a realização do estudo visto que a distância entre

as residências restringiu a articulação para realizar as VD. Em muitos casos, foi possível

apenas a realização de uma visita por dia.

Evidenciou-se como limitação durante a realização do estudo a receptividade por

parte de alguns participantes, visto que muitos se demonstraram receosos por não residirem

em um local seguro o que poderia colocar em risco a segurança do profissional a visitá-lo.

Outra limitação encontrada diz respeito a artigos em bases nacionais e internacionais que

viessem a contribuir para a discussão dos objetivos propostos. Esta limitação ressalta a

importância de serem desenvolvidas novas pesquisas relacionadas à capacidade funcional de

sujeitos com úlceras venosas, proporcionando maior acervo aos pesquisadores, profissionais e

estudantes da área da saúde, tendo em vista o fato de a úlcera venosa apresentar elevada

incidência e prevalência populacional. Apresentamos também como limitação atender ao

cálculo amostral, visto que o número de pacientes com úlceras venosas que se encontravam

em atendimento durante a pesquisa foi limitado.

Sugere-se a realização de estudos voltados a qualidade de vida de pacientes adultos e

idosos com úlceras venosas crônicas, tendo em vista que a redução ou ausência de capacidade

funcional levam ao comprometimento das atividades diárias, laborais e de lazer. Sugere-se

também a elaboração de estudos voltados a saúde mental dos portadores de úlceras venosas,

visto que ao longo do estudo evidenciou-se a reclusão dos pacientes devido à condição

estética que a ferida ulcerativa proporciona, bem como o não aceite por parte de familiares e

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102

8 OBRAS CONSULTADAS

POLETTI, Nadia Antonia Aparecida. O cuidado de enfermagem a pacientes com feridas

crônicas: a busca de evidências para a prática. 2000. Dissertação (Mestrado)-Escola de

Enfermagem de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2000.

SILVA, Edna Lúcia da; MENEZES, Estera Muszkat. Metodologia da pesquisa e elaboração

de dissertação. 3. ed. rev. e atual. Florianópolis: UFSC, 2001. Disponível em:

<www.ucs.br/ccet/defq/vvbgmiss/aula1.pdf>. Acesso em: 01 jun. 2009.

WORLD HEALTH ORGANIZATION. International classification of impairments,

disabilities, and handicaps (ICIDH): a manual of classification relating to the consequences

of disease. Geneva: World Health Organization, 1980. Disponível em:

<whqlibdoc.who.int/publications/1980/9241541261_eng.pdf>. Acesso em: 17 set. 2013.

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103

9 APÊNDICES

9.1 TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Dados de identificação

Título do Projeto: A visita domiciliar como estratégia de avaliação da capacidade funcional de

adultos e idosos com úlceras venosas.

Pesquisador Responsável: Enfª Msd Fabiana Lopes Joaquim

Orientadora: Prof.ª Dr.ª Alessandra Conceição Leite Funchal Camacho

Instituição a que pertence o Pesquisador Responsável: Universidade Federal Fluminense

Telefones para contato: (21) 9865-1033

Nome do voluntário: _____________________________________________________

Idade: ____ anos R.G.: __________________________

Responsável legal: _______________________________________________________

R.G. Responsável legal: _________________________

O(A) Sr. (ª) está sendo convidado(a) a participar do projeto de pesquisa “A visita domiciliar

como estratégia de avaliação da capacidade funcional de adultos e idosos com úlceras

venosas”, de responsabilidade da pesquisadora Enfª Msd Fabiana Lopes Joaquim. A úlcera

venosa trata-se de uma lesão cutânea associada à insuficiência venosa crônica que acomete os

membros inferiores, e atinge grande parte da população brasileira. Às lesões cutâneas

interferem não apenas na aparência, mas também nas funções que a pele desempenha logo, a

justificativa desse estudo está na necessidade de prevenir complicações decorrentes da úlcera

venosa e promover o autocuidado em pacientes adultos e idosos portadores de úlcera venosa

como tecnologia de proteção em saúde através da avaliação e análise de sua capacidade

funcional e do apoio social recebido vislumbrando uma melhor qualidade de vida. O presente

estudo tem como objetivo geral: avaliar a capacidade funcional no cuidado de úlceras venosas

de pacientes adultos e idosos através da visita domiciliar. Os objetivos específicos são:

analisar a capacidade funcional no cuidado de úlceras venosas de pacientes adultos e idosos

através da visita domiciliar e comparar as estratégias de cuidado voltadas para a capacidade

funcional de pacientes adultos e idosos atendidos exclusivamente no Ambulatório de Reparo

de Feridas de um Hospital Universitário de Niterói e os que são atendidos no Ambulatório de

Reparo de Feridas e recebem visita domiciliar para continuidade do tratamento. O cenário

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104

deste estudo é o Ambulatório de Reparo de Feridas de um Hospital Universitário de Niterói e

o domicílio de pacientes atendidos neste referido ambulatório. Esta pesquisa será objeto de

avaliação de pacientes portadores de úlceras venosas que se encontram em tratamento

exclusivo no Ambulatório de Reparo de Feridas de um Hospital Universitário de Niterói e os

que pacientes que recebem atendimento domiciliar para continuidade do tratamento. O

protocolo de pesquisa, a Escala de Independência em Atividades da Vida Diária (Escala de

KATZ - EIAVD), a Escala de Avaliação de Equilíbrio e Marcha - Índice De Tinetti e o

instrumento de registro das orientações a serem prestadas aos sujeitos da pesquisa que

receberem visita domiciliar são os instrumento escolhidos para coleta de dados. Os dados

serão tratados estatisticamente em dados percentuais. Não há qualquer risco ou desconforto

para os participantes. Espera-se como meta que este estudo promova por meio de estratégias

de cuidados de enfermagem à inserção social e laboral de adultos e idosos com vistas a novas

tecnologias de cuidado no âmbito domiciliar, bem como forneça contribuições com a

produção e o aprimoramento do cuidado de enfermagem na prevenção de agravos da úlcera

venosa, através da construção ou aplicação de novas intervenções técnicas no cuidado de

enfermagem e saúde, objetivando a recuperação e a reabilitação não somente do sujeito, mas

da família envolvida no processo de cuidar. Caso necessite, poderão ser marcados encontros

para respostas ou esclarecimentos de qualquer dúvida acerca dos procedimentos relacionados

à pesquisa. Os resultados da pesquisa serão tornados públicos em trabalhos e/ ou revistas

cientificas. A retirada do consentimento e permissão de realização do estudo pode ser feita a

qualquer momento, sem que isso traga prejuízos. Será mantido o caráter confidencial de todas

as informações relacionadas à privacidade da pessoa pela qual sou responsável. Este

documento será elaborado em duas vias, sendo uma retida pelo representante legal do sujeito

da pesquisa e uma arquivada pelo pesquisador. Contando com sua colaboração, obrigado pela

atenção.

Eu, __________________________________________, RG nº _____________________

declaro ter sido informado e concordo em participar, como voluntário, do projeto de pesquisa

acima descrito.

Eu, __________________________________________, RG nº _______________________,

responsável legal por ____________________________________, RG nº

_____________________ declaro ter sido informado e concordo com a sua participação,

como voluntário, no projeto de pesquisa acima descrito.

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105

Niterói, _____ de ____________ de _______

__________________________________

Nome e assinatura do paciente ou seu

responsável legal

__________________________________

Nome e assinatura do responsável por obter

o consentimento

______________________________ _____________________________

Testemunha Testemunha

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106

9.2 ORIENTAÇÕES A SEREM PRESTADAS AOS SUJEITOS DA PESQUISA QUE

RECEBEREM VISITA DOMICILIAR

NOME: _________________________________________________________________

IDADE:_______ PRONT:____________

Solicitado pelo paciente assistido:

( ) Orientações sobre limpeza da ferida

( ) Orientações sobre realização de curativos

( ) Orientações sobre alimentos e nutrientes necessários à cicatrização

( ) Orientações sobre Terapias compressivas elásticas e inelásticas

( ) Orientações sobre o Uso de meias elásticas

( ) Orientações sobre Elevação dos membros inferiores para melhora do retorno

venoso

REGISTRO DAS ORIENTAÇÕES PRESTADAS:

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

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107

10 ANEXOS

10.1 PROTOCOLO DE PESQUISA

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINESE

Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa

Hospital Universitário Antônio Pedro

Cicatrizar PROPP/UFF e CNPq – Coord. Profª Drª Beatriz Guitton

PROTOCOLO I B- ADAPTADO AVALIAÇÃO DE CLIENTES COM ÚLCERA VENOSA

Data: / /

I. IDENTIFICAÇÃO

Nome Nº Prontuário

Data de Nascimento

Idade Sexo ( ) F ( ) M Cor

Escolaridade _____ grau ( ) completo

( ) incompleto ( ) analfabeto

Estado Civil

Ocupação Endereço

Tel. ( ) Bairro Cidade CEP

Fonte de renda: ( ) aposentado ( ) pensionista ( ) empregado ( ) sem renda

Renda familiar: ( ) < 1 salário mínimo ( ) de 1 até 2 salários mínimos

( ) > 2 até 4 salários mínimos ( ) > 4 salários mínimos

Diagnóstico Médico –

Identificado no prontuário

( ) sim ( ) não

( ) IVC ( ) Hipertensão venosa ( ) Úlcera venosa

Tempo de tratamento Número de recidivas

( ) < 30 dias

( ) > 3 meses a 6 meses

( ) > 1 a 5 anos

( ) 31 dias a 3 meses

( ) > 6 meses a 1 ano

( ) > 5 anos

( ) 1 vez

( ) 2 vezes

( ) 3 vezes

( ) 4 vezes

( ) 5 ou mais vezes

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10.2 ESCALA DE INDEPENDÊNCIA EM ATIVIDADES DA VIDA DIÁRIA (ESCALA

DE KATZ - EIAVD)

NOME: ____________________________________________________________________

IDADE:_______ PRONT:__________

ÁREA OPÇÕES / / /

Banho - NÃO recebe assistência, entra e sai do chuveiro sem

ajuda

- recebe assistência para lavar somente uma única

parte do corpo (costas os pernas)

- recebe assistência para lavar mais de uma parte do

corpo

- não toma banho sozinho

( )

( )

( )

( )

( )

( )

( )

( )

( )

( )

( )

( )

Vestuário - veste-se completamente SEM assistência (tirar as

roupas do armário e vesti-las, incluindo roupas

íntimas e roupas de passeio, como a utilização de

fechos, suspensórios e colchetes)

- veste-se sem assistência, recebendo auxílio somente

para amarrar os sapatos

- recebe assistência para vestir-se ou tirar as roupas

do armário

- não se veste sozinho

( )

( )

( )

( )

( )

( )

( )

( )

( )

( )

( )

( )

Higiene Pessoal - vai ao banheiro SEM assistência, limpando-se e

arrumando as roupas;

- recebe assistência para ir ao banheiro, limpar-se ou

arrumar as roupas: ou recebe ajuda no manuseio de

comadre/patinho somente à noite.

- não realiza o ato de eliminação fisiológica no

banheiro

( )

( )

( )

( )

( )

( )

( )

( )

( )

Transferência - deita e levanta da cama, bem como senta e levanta

da cadeira, SEM assistência: pode utilizar-se de

( )

( )

( )

( )

( )

( )

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109

objetos para auxílio como bengala e andador

- deita e levanta da cama, ou senta e levanta da

cadeira com assistência

- não se levanta da cama

( ) ( ) ( )

Continência - controle esfincteriano (urinário e fecal) completo,

por si só

- ocorrência de “acidentes” ocasionais

- supervisão no controle esfincteriano, cateter é

utilizado, ou é incontinente

( )

( )

( )

( )

( )

( )

( )

( )

( )

Alimentação - alimenta-se SEM assistência

- alimenta-se sem assistência, exceto para cortar carne

ou passar manteiga no pão

- alimenta-se com assistência, ou é alimentado de

maneira parcial/completa com sondas ou fluídos IV

( )

( )

( )

( )

( )

( )

( )

( )

( )

RESULTADO

APLICADO POR: _____________________________________________________

CARIMBO

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110

10.3 ESCALA DE AVALIAÇÃO DE EQUILÍBRIO E MARCHA - ÍNDICE DE TINETTI

NOME: ____________________________________________________________________

IDADE:_______ PRONT:__________

Fonte: FREITAS, E.V et al. Tratado de geriatria e gerontologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011.

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Fonte: FREITAS, E.V et al. Tratado de geriatria e gerontologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011.

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10.4 TERMO DE COMPROMISSO

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10.5 DECLARAÇÃO DE AUTORIZAÇÃO PARA A PESQUISA

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10.6 FOLHA DE ROSTO PARA PESQUISA ENVOLVENDO SERES HUMANOS

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10.7 PARECER CONSUBSTANCIADO DO CEP

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10.8 INSTRUMENTO DE RANDOMIZAÇÃO DA AMOSTRA DO ESTUDO:

SOFTWARE BIOSTAT 5.0