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Professor: Fernando Paulo Martins

Direito Universidade do Vale do Itajaí - UNIVALI

MBA Gestão de Shopping Center – FGV MBA Direito Empresarial – EPD

Mestrado (Fase Conclusão) EPD/Universidade Lusófona – Lisboa Portugal

Advogado Consultivo e Empresário Varejo/Franquia

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ObjetivosApresentar aos acadêmicos as origens, a

evolução e a legislação vigente do Direito Empresarial. Capacitar os acadêmicos a bem compreender as estruturas e mecanismos do Direito Empresarial.

Em cada tema específico do programa, propiciar ao acadêmico inteirar-se de forma genérica sobre o tema, expondo-lhe a doutrina e a respectiva legislação.

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Conteúdo ProgramáticoTítulos de Crédito

Conceito de Titulos de CréditoPrincípios do Direito CambiárioTítulos de Crédito no Código Civil de 2002Constituição e exigibilidade do Crédito

CambiárioTitulos de Crédito em espécie:

Nota Promissória Cheque Duplicata Títulos Bancários

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Conteúdo ProgramáticoContratos Mercantis

Teoria Geral do ContratosContrato de Compra e Venda MercantilContrato de ColaboraçãoContratos BancáriosRepresentação ComercialSeguroLocação não-residencialFranquia *

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Conteúdo ProgramáticoDireito Falimentar

Teoria Geral do Direito FalimentarProcesso FalimentarFalênciaRecuperação JudicialRecuperação ExtrajudicialCrimes Falimentares

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Teoria Geral do Títulos de CréditoConceito de Título de Crédito

O que é crédito? Quem são os personagens? Quem concede? (credor e devedor)

O crédito é extremamente importante para a economia, pois utiliza-se dos títulos de crédito como seus maiores instrumentos.

“Título de Crédito é o documento necessário para o exercício do direito, literal e autônomo, nele mencionado”. (Vivante)

Fabio Ulhoa Coelho parte de Vivante e diz que:

“Título de Crédito é um documento. Como documento ele reporta um fato, ele diz que alguma coisa existe”. (relação jurídica)

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Teoria Geral do Títulos de CréditoO título de Crédito é o único documento que

representa um direito? (Crédito X Direito)(Contrato de Locação / Escritura Pública de Compra e Venda / Notificação de Lançamento Fiscal / Sentença Judicial)

O título de crédito se distingue dos demais documentos representativos de direitos e obrigaçoes em 3 aspectos:

a)Se refere unicamente a relações credíticias, ou seja, não se documenta num título de crédito nenhuma outra obrigação, de dar, fazer ou não fazer.

O simples fato de representar um crédito não distingue os títulos de créditos dos demais documentos representativos de obrigação. (Apólice Seguro)

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Teoria Geral do Títulos de Créditob) Facilidade de cobrança do crédito em juízo. Ele é

definido pela lei processual como título executivo extrajudicial (CPC, art. 585, I). O que significa executividade? O direito do credor em promover a execução judicial do seu direito.

Se o documento não possui esta característica, a cobrança do crédito representando deverá ser feita através de ação de conhecimento(ou monitória), normalmente mais morosa do que a execução.

Esse atributo não é exclusividade dos títulos de crédito, afinal outros documentos representativos de obrigação são também executivos (sentença judicial – apólice de seguro).

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Teoria Geral do Títulos de Créditoc) Ostenta o atributo da negociabilidade, ou seja, esta sujeito a

certa disciplina jurídica que torna mais fácil a circulação do crédito.

A principal diferença entre o regime cambiário e a disciplina dos demais documentos representativo de obrigações (regime civil) é relacionada aos preceitos que facilitam, ao credor, encontrar terceiros interessados em antecipar-lhe o valor da obrigação, em troca de titularidade do crédito.

Nem todos os documentos que representam obrigação são descontados por bancos. A negociabilidade dos títulos de crédito é decorrência do regime jurídico-cambial.

Iremos compreender isso melhor após o exame dos príncipios do direito cambiário.

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Princípios do Direito CambiárioDo regime jurídico disciplinador dos títulos

de crédito podem-se extrair 3 princípios:

Cartularidade

Literalidade

Autonomia das Obrigacões Cambiais

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CartularidadeO exercício dos direitos representados por um título de

crédito pressupõe a sua posse. Somente quem exibe a cártula (papel) pode pretender a satisfação de uma pretensão relativamente ao direito documentado pelo título.

A prova concreta disto é a exigência de exibição do original do título de crédito na instrução da petição inicial de execução.

Pode-se apresentar cópia autenticada? NÃO

Essa exigência evita o enriquecimento indevido. Quem paga o título deve exigir que lhe seja entregue a cártula.

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CartularidadeExistem exceções: Duplicata Mercantil ou de Prestação de Serviços.

Neste casos é possível o protesto por indicações, meio pelo qual o credor da duplicata retida pelo devedor pode protestá-la, apenas fornecendo ao cartório os elementos quen a individualizam (nome do devedor, quantia devida, fatura originária, vencimento etc.)

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Literalidade Segundo Vivante o príncipio da literalidade somente produzem

efeitos jurídico-cambiais os atos lançados no próprio título de crédito.

Atos documentados em instrumentos apartados, ainda que válidos e eficazes entre os sujeitos diretamente envolvidos, não produzirão efeitos perante o portador do título.

Pagamentos parciais devem ser anotados na própria cártula.

Aval em documento apartado não possui validade.

Não se pode pleitear nada mais do que aquilo descrito no título de crédito.

A Literalidade também não se aplica inteiramente a Duplicata, pois quitação pode ser dada pelo portador do título em documento em separado.

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Princípio da Autonomia das Obrigaçoes CambiaisO mais importante dos princípios!Quando um único título documenta mais de

uma obrigação, a aventual invalidade de qualquer delas não prejudica as demais.

Dois subprincípios: Abstração e InoponibilidadeAbstração: Quando o título de crédito é posto

em circulação, diz-se que opera-se a abstração, pois ocorre a desvinculação do ato ou negócio jurídico que deu origem a sua criação.

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Princípio da Autonomia das Obrigaçoes CambiaisInoponibilidade: Inoponíveis aos terceiros

defesas (exceções) não fundadas no título, salvo provada má-fé.

O simples conhecimento, por terceiro, da existência de fato oponível ao credor anterior, é suficiente para caracterizar a má-fé.

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Natureza da Obrigação CambialDiz-se que os devedores de um título de

crédito são solidários! Errado!!!A solidariedade cambial apresenta

particularidades.Solidariedade passiva define-se pela existência

de mais de um devedor obrigado pela dívida toda (CC 264). Se duas ou mais pessoas são obrigadas perante um sujeito, haverá solidariedade entre elas se o credor puder exigir a totalidade da obrigação de qualquer uma.

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Natureza da Obrigação CambialA semelhança entre o regime cambial e a

solidariedade civil existe apenas no ponto do credor PODER exercer seu direito, pelo valor total, contra qualquer um dos devedores.

Quando se tratar de regresso, dos interesses destes devedores, a regra é diferente. O art 285 do CC não se aplica as obrigações cambiais.

No tratamenta da natureza da obrigação cambial é a existência de hierarquia o aspecto mais importante. Há definição de devedor principal e demais codevedores.

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Classificação de Títulos de CréditoClassificação:a)Quanto ao modelo:

Vinculados: São aqueles em que o emitente não é livre para escolher a disposição formal dos elementos essenciais à criação do título. Ex: Duplicata que segue o disposição do Conselho Monetário Nacional e o cheque que utiliza papel fornecido pelo Banco Central.Livres: Não existe modelo formal, podendo se utilizar qualquer tipo de papel. Ex: Nota promissória

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Classificação de Títulos de Créditob) Quanto à estrutura:

Ordem de Pagamento: Quando gera no momento do saque 3 situações jurídicas distintas: Sacador: Deu ordem a realização do pagamento Sacado: Quem recebeu a ordem de pagar e irá cumprirTomador: O beneficiário da ordemEx: Cheque, duplicata e letra de câmbio.Promessa de Pagamento: Quando gera 2 situações jurídicas distintas: Promitente: Aquele que promete pagarBenificiário: Aquele que tem a expectativa de receberEx: Nota Promissória

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Classificação de Títulos de Créditoc) Quanto às hipóteses de emissão:

Causais: Aqueles que são emitidos apenas nas hipóteses autorizadas por lei.Ex: Duplicata Mercantil

Limitados: São aqueles que apenas não podem ser emitidos em hipóteses circunscritas pela Lei.Ex: Letra de Câmbio sacada por comerciante para documentar compra e venda mercantil.

Não causais: Podem ser criados em qualquer hipótese. Ex: Nota Promissória ou Cheque

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Classificação de Títulos de Crédito

d) Quanto à circulação: a diferença reside no ato que opera a circulação do crédito.

Ao portador: Não ostenta o nome do credor, bastando somente a sua posse.

Nominativos à ordem: Identificam o titular do crédito e se transferem por endosso.

Nominativos não à ordem: Identificam o Credor e circulam por cessão civil do crédito.

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Titulos de Crédito no Novo CC 2002

• Arts. 887 a 926 do CC de 2002.

• Só se aplicam quando a legislação especial disciplina o assunto de igual modo. Se o CC disciplinar diferente, aplica-se a lei especial.

• Quando da lacuna da lei específica também se aplica o CC 2002.

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Informática e o Futuro do Direito CambiárioOs títulos de crédito surgiram na idade

média, como instrumentos destinados à facilitação da circulação do crédito comercial.

O progresso no tratamento eletrônico das informações faz com que ocorra a substituição do papel.

A este fenômeno chamamos de desmaterialização.