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FACULDADE CENTRO MATO-GROSSENSE
CURSO DE BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA
CONSUMO MÁXIMO DE OXIGÊNIO EM ATLETAS DE HANDEBOL DE SORRISO, MATO GROSSO
JULIANA KOVALESKI
SORRISO – MT
NOVEMBRO/ 2012
FACULDADE CENTRO MATO-GROSSENSE
CURSO DE BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA
CONSUMO MÁXIMO DE OXIGÊNIO EM ATLETAS DE HANDEBOL DE SORRISO, MATO GROSSO
JULIANA KOVALESKI
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Graduação de Bacharelado em Educação Física, da Faculdade Centro Mato - Grossense, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Educação Física. Sob a orientação do professor Esp. João Ricardo Gabriel de Oliveira.
SORRISO – MT
NOVEMBRO/ 2012
DEDICATÓRIA
Dedico a minha mãe Sueli Cherubin Kovaleski, meu pai Elói Antonio
Kovaleski, aos meus irmãos, Janice Kovaleski, Janete Kovaleski Casarin e Marcelo
Kovaleski, pelo apoio na continuidade a minha formação, nas dificuldades, nos
obstáculos, sempre tive contribuição para que não desistisse, pois apesar dos
momentos de fraqueza, sabemos que a recompensa no final é o mais importante.
AGRADECIMENTO
Agradecimentos em primeiro lugar a Deus, pela força, determinação, saúde e
por me iluminar para vencer a cada dia os obstáculos existentes.
A minha família pelo apoio, confiança e união, no cumprimento dessa jornada,
meus pais Sueli Cherubin e Elói Antonio Kovaleski, aos meus irmãos, Janete
Kovaleski Casarin, Marcelo Kovaleski e Janice Kovaleski que de uma forma ou de
outra sempre contribuíram para que esse sonho se tornasse realidade.
Tenho um agradecimento especial à três pessoas importantes na minha vida,
minhas irmãs Janice Kovaleski, Janete Kovaleski Casarin e minha mãe Sueli
Cherubin, que estão sempre ao meu lado, com muita paciência, amor,
companheirismo, amizade, alegria, espontaneidade, eu amo muito vocês, obrigada
por existirem e fazerem parte da minha vida, sem vocês nela nada tem sentido, o
objetivo principal é a nossa felicidade.
Aos amigos, colegas de profissão, Washington Coutinho, Jocir Teles, Daiane
Tavares de Miranda, Rami Bogoni, Janaiana Cavalcante, que são pessoas que
passei a conviver e ver o quanto são especiais e que de uma forma ou de outra
colaboraram para que essa pesquisa concluísse. Obrigadaa!!!!
As amigas e companheiras de trabalho Angélica Pozzatti Righi, Lisandra
Barbosa e Rutinéia Zulado Resende, pela atenção dedicada, pelas orientações,
conselhos, dicas e por passar um pouco da experiência de vocês, com essa
pesquisa, obrigada pelo que aprendi e pelo que aprendo todo dia com vocês.
Ao orientador João Ricardo Gabriel de Oliveira, pelo apoio, dedicação,
disposição nos momentos das dúvidas, nas horas de aflição, obrigada pelas
palavras de conforto, pela sua amizade, seu carinho, que foram essenciais para que
essa pesquisa se realizasse.
Aos professores Jailson Alves Bomfim, David Santos Nascimento, Ludmilla
Czeder, Ariel, que sempre apoiaram, compreenderam, por passar seu conhecimento
sempre da melhor maneira possível, com carinho e respeito.
E a todas as pessoas que contribuíram para a realização desse trabalho,
meus sinceros agradecimentos.
"Bom mesmo é ir a luta com determinação, abraçar a vida com paixão, perder com classe e
vencer com ousadia, pois o triunfo pertence a quem se atreve.... A vida é muita para ser
insignificante"
Charles Chaplin
SUMÁRIO
LISTA DE FIGURAS....................................................................................... ii
LISTA DE TABELAS ...................................................................................... iii
LISTA DE SÍMBOLOS ................................................................................... iv
RESUMO ........................................................................................................ v
ABSTRACT..................................................................................................... vi
1 INTRODUÇÃO.............................................................................................. 1
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ....................................................................... 3
2.1 HISTÓRIA DO HANDEBOL ..................................................................... 3
2.2 HANDEBOL NO BRASIL.......................................................................... 4
2.3 METABOLISMO DE GLICOSE E GORDURA ......................................... 5
2.4 CONTROLE DO SISTEMA CARDIOVASCULAR NO REPOUSO........... 7
2.4.1 Controle da Frequência Cardíaca no Repouso .....................................
2.4.2 Controle da Pressão Arterial no Repouso ............................................. 7
10
2.4.3 Duplo Produto.........................................................................................
2.5 ADAPTAÇÃO CARDIORRESPIRATÓRIA AO EXERCÍCIO FÍSICO ...... 2.5.1 Adaptações da Frequência Cardíaca ao Exercício Físico Aeróbio ......
2.5.2 Adaptações da Pressão Arterial ao Exercício Físico Aeróbio ...............
2.5.3 Duplo Produto e Prática Regular de Exercício Físico ............................
2.6 CONSUMO MÁXIMO DE OXIGÊNIO ....................................................... 2.7 PRÁTICA ESPORTIVA X VO2
11
12
15
16
17
18
20 MÁX ......................................................... 3 MATERIAIS E MÉTODOS ........................................................................... 23
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES ................................................................ 5 CONCLUSÃO .............................................................................................. 6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................... 7 ANEXOS ......................................................................................................
25
29
30
33
ii
LISTA DE FIGURAS
Figura 01 - Comparação da Frequencia Cardíaca em repouso e final........... 26
Figura 02 - VO2máx ml/kg/min-1. ..................................................................... 27
iii
LISTA DE TABELAS
Tabela 01 - Nível de Aptidão Física de Cooper para Homens – VO2máx.
ml(kg.min)-1 .....................................................................................................
26
iv
LISTA DE SÍMBOLOS
AGL - Ácidos Graxos Livres.
AS - Nodo Sinoatrial.
ATP - Adenosina trifosfato.
AV - Nodo Atrioventricular.
Bpm - batimentos por minuto.
DP - Duplo Produto.
FC - Frequência Cardíaca.
FCM - Frequência Cardíaca Máxima.
JEB’S - Jogos Estudantis Brasileiros.
JUB’S - Jogos Universitários Brasileiros.
ml.kg.min-1 - Mililitros por Kilograma por Minuto.
mmHg - Milímetro de Mercúrio.
O2 – Oxigênio.
PA - Pressão Arterial.
PAD - Pressão Arterial Diastólica.
PAS - Pressão Arterial Sistólica.
TCLE - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.
VO2 - Consumo de Oxigênio.
VO2máx - Consumo Máximo de Oxigênio.
v
RESUMO
KOVALESKI, J. Consumo Máximo de Oxigênio em Atletas De Handebol de Sorriso, Mato Grosso. Sorriso, 2012. 56p. Trabalho Conclusão de Curso (TCC) – Faculdade Centro Mato Grossense – FACEM.
O consumo máximo de oxigênio VO2máx durante os exercícios físicos tem estabelecido protocolos que auxiliam na obtenção de resultados da resistência cardiorrespiratória de atletas. Desta forma, esta pesquisa teve como objetivo central verificar o nível de consumo máximo de oxigênio em um grupo de atletas praticantes de handebol de Sorriso, Mato Grosso. A coleta de dados foi realizada com um grupo de atletas pertencentes à equipe Sorrisense de Handebol. Foram amostrados 12 praticantes, sendo monitorada a frequência cardíaca em repouso, a frequência cardíaca final e o tempo de realização do teste de pista de 2400 metros de Cooper. Estas variáveis foram obtidas com o auxilio do frequencimetro marca polar, e com o cálculo do VO2máx. Como resultado, verificou-se que a frequência cardíaca de todos os atletas aumentou pós teste. O VO2máx teve uma média de 48,24 ml.kg.min-1 e um desvio padrão de 5,97 ml.kg.min-1, o que denota que o nível de aptidão física cardiorrespiratório dos atletas praticantes de handebol está boa, de acordo com a tabela de Cooper (1982). Assim, conclui-se que a prática esportiva do handebol, melhora o VO2máx, pois com o cálculo da média detectou-se um índice significativo para a faixa etária dos atletas.
Palavras-Chave: Frequência cardíaca; Handebol; VO2máx.
vi
ABSTRACT
KOVALESKI, J. Maximal Oxygen Consumption in Handball Athletes of Sorriso, Mato Grosso. Sorriso, 2012. 56p. Conclusion Work of Course (TCC) – Faculdade Centro Mato Grossense – FACEM.
The maximum oxygen consumption VO2max during physical exercise has established protocols that assist in attainment endurance results cardiorespiratory of athletes. So, this search has as central objective to verify the level of maximal oxygen consumption in a group of athletes practisers handball Sorriso, Mato Grosso. Data collection was performed with a group of athletes belonging to Sorrisense Team of Handball. We sampled 12 practisers, being monitored the resting heart rate, heart rate final, and the time of the test runway fulfilment of 2400 meters Cooper. These variables were obtained with the help of the monitors of heart frequency of Polar brand, and the calculation of VO2max. As a result, was verified that the heart rate of those athletes increased after all test. VO2max has averaged 48.24 ml.kg.min-1 and a standard deviation of 5.97 ml.kg.min-1, which denote that the physic cardiorespiratory fitness level of athletes practicing handball is good, according to the table Cooper (1982). Thus, conclude that the sportive practice of handball, improve the VO2max, because with the calculation of the middle was detected a significant index for the age group of athletes.
Keywords: heart rate; Handball; VO2máx.
1
1 INTRODUÇÃO
Durante a prática de exercícios físicos o organismo altera o seu
funcionamento na tentativa de manter essa atividade pelo maior período de tempo,
para que essa manutenção seja possível, é essencial que haja maior oferta de
oxigênio aos tecidos, em especial, àqueles que estão sendo exaustivamente
exigidos, a diminuição na oferta de oxigênio pode comprometer a realização e o
desempenho do indivíduo.
A busca por avaliações que possam refletir a condição física dos atletas em
determinada modalidade vem sendo pesquisada há algum tempo, vários são os
índices que podem ser mensurados para expressar essa condição física, dentre
eles, o consumo máximo de oxigênio está entre os mais utilizados, alguns estudos
tem demonstrado que cada vez mais é preciso aproximar os vários testes físicos as
características de determinada modalidade, assim, no handebol torna-se necessário
à aplicação de testes físicos que retratem suas características a fim de quantificar
valores próximos à especificidade do jogo.
Dentre as mais variadas modalidades esportivas, dando ênfase ao handebol,
o desempenho do sistema cardiovascular é um determinante do desempenho, com
o teste de pista de 2400 metros, possibilita ao atleta suportar uma maior carga de
treinamento, possibilitando um aumento do volume e da intensidade dos exercícios
nas diversas fases de treinamento em busca da supercompensação, e
conseqüentemente, do resultado no desempenho.
O handebol pode ser caracterizado por possuir atividades motoras completas
que envolvem uma série de esforços, associados ou não com a manipulação da
bola, de alta intensidade e curta duração com intervalos ativos, que consiste em três
gestos naturais: correr, saltar e arremessar.
A verificação da aptidão física de indivíduos é uma das capacidades mais
importantes para praticantes de modalidades esportivas, a modalidade do presente
estudo, handebol, caracteriza-se, como modalidade dinâmica e coletiva
considerando-a como modalidades acíclicas que exigem do praticante diversas
formas de movimentações em diferentes sentidos, necessitando de análises
fisiológicas para verificação do nível de resistência aeróbica.
2
Com a prática de exercícios físicos ocorre uma alta captação de oxigênio
alcançada por um indivíduo, respirando o ar atmosférico, realizando a integração do
organismo, captando, transportando e utilizando oxigênio para os processos
aeróbios de produção de energia durante esforço físico.
O VO2
máx de atletas, é o elemento fundamental na ressíntese de Adenosina
trifosfato (ATP) e do sistema anaeróbico, que além da potência aeróbica máxima,
existem outras capacidades físicas que influenciam no desempenho esportivo de
atletas de handebol.
Sendo assim o objetivo central da pesquisa é verificar o nível de consumo
máximo de oxigênio em um grupo de atletas praticantes de handebol de Sorriso,
Mato Grosso.
3
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 2.1 HISTÓRIA DO HANDEBOL
Homero, na Odisséia, foi quem primeiro citou o handebol, depois foram os
romanos, na qual conheciam um jogo praticado com as mãos, “Hasparton”, mesmo
durante a Idade Média, eram os jogos com bola, praticados como lazer por rapazes
e moças, mas a Alemanha é quem iniciou o jogo como se conhece hoje
(Confederação Brasileira de Handebol, 2012).
O handebol teve sua origem em 1917, quando o Professor alemão Karl
Schelenz criou e publicou as primeiras regras oficiais da modalidade, inspiradas na
prática de um esporte uruguaio jogado com as mãos, denominado de "Balon"
(ALMEIDA & BARBOSA, 2008).
Na França, o professor dinamarquês Holger Nielsen criou no Instituto de
Ortrup, um jogo denominado “Haaddbold” determinando suas regras, na mesma
época dos tchecos que conheciam um jogo semelhante denominado “Hazena”
(Confederação Brasileira de Handebol, 2012).
Complementando Almeida & Barbosa (2008) o Handebol é um jogo coletivo
com bola, praticado com as mãos, cujo objetivo principal é marcar o maior número
de gols contra a equipe adversária, cada equipe é composta por sete jogadores,
sendo, um goleiro, três jogadores de campo defensivo e três de campo ofensivo.
Baseado nesse pressuposto, o handebol, como se joga hoje, foi introduzido
na última década do século passado, na Alemanha, como “Raftball”, quem o levou
para o campo, em 1912, foi o alemão Hirschmann, então secretário da Federação
Internacional de Futebol (Confederação Brasileira de Handebol, 2012).
Em 1920 o Diretor da Escola de Educação Física da Alemanha tomou o jogo
como desporto oficial, em 1927 o Comitê de Handebol adotou as regras alemãs
como as oficiais, realizando no mesmo ano a inclusão do handebol no programa
olímpico (Confederação Brasileira de Handebol, 2012).
O Comitê Olímpico Internacional, decidiu em 1934 que o handebol seria
incluído nas olimpíadas de Berlim de 1936, o que realmente aconteceu com a
participação de seis dos vinte e seis países então filiados (Confederação Brasileira
de Handebol, 2012).
4
O handebol vem realizando a cada quatro anos seus campeonatos mundiais
e olímpicos, estes desde 1972 no masculino e desde 1976 no feminino, destacando
Estados Unidos e Brasil que têm obtido melhores resultados em ambos os sexos
(Confederação Brasileira de Handebol, 2012).
2.2 HANDEBOL NO BRASIL
Em nosso país, o handebol como modalidade de campo, foi introduzido em
São Paulo por imigrantes, principalmente da colônia alemã, no início da década de
1930, tendo a Federação Paulista sido fundada em 1940 realizando competições
desde então (Confederação Brasileira de Handebol, 2012).
O jogo de handebol é um esporte praticado em quadra (40 x 20 m) e as
equipes são constituídas por sete atletas (seis de linha e um goleiro) que iniciam o
jogo e mais cinco suplentes que podem participar da partida a qualquer momento,
além disso, não há limite para as substituições (ROSEGUINI et al., 2007).
De acordo com a Confederação Brasileira de Handebol (2012), o handebol
ficou restrito à São Paulo até a década de 60, quando o professor francês Augusto
Listello, no curso internacional de Santos o mostrou a professores de outros estados
em forma didática, esses professores então o introduziram em seus colégios e assim
começou a ser praticado em outros estados.
Após isso segundo Confederação Brasileira de Handebol (2012), em 1971, o
MEC, em face ao seu crescimento nas escolas inclui o handebol de sete entre as
modalidades dos Jogos Estudantis e Jogos Universitários Brasileiros (JEB’s e
JUB’s), com isso o handebol disseminou-se em todo o território nacional, com vários
estados dividindo à partir daí os títulos nacionais.
O handebol é um esporte coletivo, que pode ser praticado, na areia, no
campo e o mais conhecido jogado na quadra com sete jogadores, um goleiro,
obrigatoriamente jogado com as mãos e possuiu três gestos naturais: correr, saltar e
arremessar (TENROLLER, 2005).
Em 1979 foi criada a Confederação Brasileira de Handebol. Em São Paulo, o
Handebol é uma das modalidades mais praticadas, principalmente no meio
estudantil, os campeonatos promovidos pela Federação Paulista de Handebol, com
excelente organização e índice técnico, têm levado grande público aos ginásios,
5
com jogos transmitidos pela ESPN-Brasil para todo o Brasil (Confederação Brasileira
de Handebol, 2012).
A duração total de uma partida de handebol é de aproximadamente setenta
minutos, sendo dois tempos de trinta minutos com dez minutos de intervalo, devido
ao tempo de jogo (60 minutos) proporciona um alto gasto (ROSEGUINI et al., 2007).
Corroborando o Bergamasco et al. (2005) o handebol é um esporte que
possui tempo de jogo de sessenta minutos, dividido em dois tempos de trinta
minutos mais um intervalo de dez minutos entre os tempos, podendo ocorrer durante
o jogo interrupções feitas pelos árbitros decorrentes de situações implícitas na regra
da modalidade.
Seguindo o mesmo raciocínio o handebol pode ser definido segundo
Roseguini et al. (2007), como uma modalidade esportiva coletiva, caracterizada
por atividades motoras completas que envolvem uma série de esforços, arremessos,
saltos, associados ou não com a manipulação da bola, de alta intensidade e curta
duração com intervalos ativos.
Segundo Tenroller (2005), esse esporte surgiu da fusão dos elementos que
compõem o futebol e o basquetebol, por ser uma modalidade de base permite
desenvolver as mais variadas qualidades: físicas, psíquicas e sociais, tornando-se
um dos jogos coletivos mais ricos em educação, recreação, lazer ou prática de alto
nível.
2.3 METABOLISMO DE GLICOSE E GORDURA
O metabolismo é a soma de vários processos químicos em um organismo,
incluindo o processo onde a energia é tornada disponível para o funcionamento do
organismo (OLIVEIRA & MARCHINI, 2008).
Conforme Silva et al. (2007) o metabolismo energético durante o exercício
demonstra que o tempo de sustentação em cada exercício está relacionado com a
quantidade de glicogênio muscular disponível para ressíntese de Adenosina
Trifosfato.
Baseado nesse pressuposto, Wilmore et al. (2010), explanam que fadiga
muscular é a diminuição no desempenho muscular diante de um esforço contínuo,
juntamente com sensações gerais de cansaço ou de incapacidade de manter o nível
6
de potencia necessária para manter o trabalho muscular em determinada
intensidade.
Assim sendo, informações relacionadas às variáveis de fadiga muscular, as
suas causas estão relacionadas ao fornecimento de energia (Adenosina trifosfato,
glicólise anaeróbica e oxidação), fornecimento de subprodutos metabólicos como o
lactato, falha do mecanismo de contração das fibras musculares e alterações do
sistema nervoso (WILMORE et al., 2010).
Na maioria das pessoas os níveis de glicogênio muscular diminuem
gradualmente durante o exercício, ingerir carboidrato durante o exercício prolongado
melhora o desempenho pela manutenção da disponibilidade e oxidação da glicose
sanguínea (SILVA et al., 2007).
Seguindo essa concepção, Wilmore et al. (2010) ressaltam que a ingestão de
carboidratos para os indivíduos fisicamente ativos terão que proporcionar níveis
capazes de manter as reservas corporais de glicogênio, que são relativamente
limitadas, pois, quando as células alcançam sua capacidade máxima para
armazenamento de glicogênio os açúcares em excesso são transportados e
armazenados como gordura.
Os ácidos graxos são as principais fontes energéticas de origem lipídica, são
armazenados em forma de triglicérides, principalmente no tecido adiposo, no
exercício prolongado de intensidade inferior à máxima, os lipídios fornecem
cinquenta por cento (50 %) das necessidades energéticas, podendo variar diante do
tipo de trabalho muscular, da intensidade, duração do esforço, da massa muscular
envolvida e da composição corporal (GHORAYEB & BARROS, 2004).
A ingestão de lipídios constitui o combustível celular ideal durante o exercício
prolongado e menos intenso, pois cada molécula possui grandes quantidades de
energia por unidade de peso, transportada e armazenada facilmente, assim, para a
gordura ser utilizada como forma de energia precisa ser reduzida até seus
componentes básicos, glicerol e ácidos graxos livres (AGL) (WILMORE et al., 2010).
O treinamento aeróbio aumenta o número e o tamanho das mitocôndrias,
assim, um indivíduo mais treinado aerobiamente apresenta maior número e tamanho
das mitocôndrias e consegue realizar o mesmo exercício com maior utilização de
ácidos graxos livres para serem fornecidos e utilizados pelo músculo (GHORAYEB &
BARROS, 2004).
7
2.4 CONTROLE DO SISTEMA CARDIOVASCULAR NO REPOUSO
O funcionamento do sistema cardiovascular depende da manutenção de
algumas variáveis para a plena função do organismo humano, neste sentido, o
controle da frequência cardíaca (FC), da pressão arterial (PA) e, consequentemente,
do duplo produto (DP) possuem papel importante, pois suas adequadas
manutenções são fundamentais para permitir a realização das trocas de nutrientes e
excretas apropriadas ao funcionamento do organismo (GUYTON & HALL, 2002).
A prática regular de exercícios físicos aeróbios influencia diretamente no
comportamento dos níveis da pressão arterial, da frequência cardíaca e,
consequentemente, do duplo produto, tanto em repouso quanto em uma dada
intensidade de uma prática física (ROBERGS & ROBERGS, 2002).
Indivíduos, ativos aerobicamente, obtêm adaptações crônicas no sistema
cardiovascular, fazendo com que seus níveis de PA, FC e DP diminuam
significativamente, tanto no repouso quanto durante o exercício físico, em relação a
indivíduos não ativos aerobicamente (FORJAZ et al., 1998).
2.4.1 Controle da Frequência Cardíaca no Repouso
A frequência cardíaca, número de batimentos do coração por minuto, inicia no
nodo sinoatrial (SA) que faz a contração e, deixando-se agir por si mesmo,
estabelece frequência cardíaca constante, de noventa (90) a cem (100) batimentos
por minuto (bpm), contudo, os tecidos necessitam de fluxo sanguíneo, com
diferentes volumes e condições diversas (TORTORA & GRABOWSKI, 2002).
Frequência cardíaca é um indicador amplamente utilizado para prescrição de
intensidades em programas de exercícios aeróbios, por possuir uma estreita relação
com o consumo máximo de oxigênio (CAMARDA et al., 2008). Segundo, Almeida & Araújo (2003), a regulação autonômica da frequência
cardíaca se origina no centro cardiovascular, no bulbo, esta região do tronco
encefálico recebe entradas (imputs) de diversos receptores sensoriais e dos centros
encefálicos superiores, como o sistema límbico e o córtex cerebral, em seguida, o
centro cardiovascular dirige a saída (output) apropriada, ao aumentar ou diminuir a
frequência dos impulsos nervosos por meio dos ramos simpático e parassimpático
do Sistema Nervoso Autônomo.
8
Complementando, Tortora & Grabowski (2002), ressaltam que a regulação
autonômica e a regulação química da frequência cardíaca, dependem de fatores
como a idade, o sexo, o estado físico e a temperatura corporal.
A estimulação dos nervos simpáticos, aceleradores cardíacos, libera o
hormônio norepinefrina nas terminações nervosas simpáticas, com isso acredita-se
que o mecanismo pelo qual esse hormônio atua sobre as fibras musculares
cardíacas aumente, a permeabilidade da membrana da fibra aos íons sódio e cálcio,
desse modo no nodo SA, o aumento da permeabilidade ao sódio produz potencial
de repouso positivo, resultando em aumento da frequência da variação do potencial
de membrana para o valor limiar da autoexcitação e, assim, acelerando a
autoexcitação, portanto, aumentando a frequência cardíaca (GUYTON & HALL,
2002).
De acordo com Tortora & Grabowski (2002), no nodo atrioventricular (AV), a
maior permeabilidade ao sódio torna mais fácil para o potencial de ação, excitar
cada região sucessiva da fibra de condução e, portanto, diminuir o tempo de
condução dos átrios para os ventrículos, já o aumento da permeabilidade aos íons
cálcio é, ao menos parcialmente responsável pelo aumento na força contrátil do
músculo cardíaco sob a influência da estimulação simpática em razão de os íons
cálcio terem papel importante na excitação do processo contrátil das miofibrilas,
assim a estimulação simpática aumenta a atividade global do coração,
conseqüentemente aumenta a FC.
A estimulação dos nervos parassimpáticos para o coração faz com que o
hormônio acetilcolina seja liberado nas terminações vagais, este hormônio possui
dois grandes efeitos no coração: diminui a frequência rítmica do nodo SA e diminui a
excitabilidade das fibras juncionais AV, entre a musculatura atrial e o nodo AV e, por
conseguinte, lentifica a transmissão do impulso cardíaco para os ventrículos
(GUYTON & HALL, 2002).
Seguindo este pensamento, Tortora & Grabowski (2002), destacam que a
acetilcolina, liberada nas terminações nervosas vagais, aumenta acentuadamente a
permeabilidade das membranas das fibras ao potássio, permitindo rápido vazamento
de potássio para fora das fibras condutoras, isto provoca aumento da negatividade
no interior das fibras (hiperpolarização), fazendo com que esse tecido excitável fique
muito menos excitável.
9
A regulação química da frequência cardíaca é feita por dois tipos amplos de
substâncias químicas: hormônios e íons, os hormônios epinefrina e norepinefrina, da
medula adrenal, aumentam a eficiência do bombeamento cardíaco, estes hormônios
afetam as fibras musculares cardíacas, de forma bastante semelhante à da
norepinefrina liberada pelos nervos aceleradores cardíacos, aumentando tanto a
contratilidade quanto a frequência cardíaca, exercício, estresse e excitação fazem
com que a medula adrenal libere mais hormônios (TORTORA & GRABOWSKI,
2002).
No nodo SA, o estado de hiperpolarização diminui o potencial de “repouso” da
membrana das fibras do nodo SA, para um valor consideravelmente mais negativo
que o normal, portanto, a elevação do potencial de membrana do nodo SA,
provocada pelo vazamento interno de sódio, necessita de muito mais tempo para
alcançar o potencial liminar para a excitação, isso diminui intensamente a frequência
da ritmicidade dessas fibras nodais, se a estimulação vagal é muito forte, é possível
parar completamente a autoexcitação rítmica desse nodo (GUYTON & HALL, 2002).
O mesmo autor argumenta que já no nodo AV, o estado de hiperpolarização,
provocado pela estimulação vagal, torna difícil para as diminutas fibras atriais que
penetram no nodo, gerarem eletricidade suficiente para excitar as fibras nodais,
portanto, o fator de segurança para transmissão do impulso cardíaco pelas fibras
transicionais para as fibras do nodo AV diminui, a diminuição moderada
simplesmente retarda a condução do impulso, mas grande diminuição bloqueia
completamente a condução.
Os indivíduos destreinados, em geral, apresentam valores mais elevados para
a FCM que os treinados, contudo, a FCM não varia significativamente com o
treinamento, a redução da FCM com o treino se deve, provavelmente, às
adaptações do coração e sistema nervoso autônomo para alcançar um debito
cardíaco ótimo (CAMARDA et al., 2008).
Baseado nesse pressuposto Tortora & Grabowski (2002) indicam que a idade,
o sexo, o estado físico e a temperatura corporal também influenciam a FC em
repouso, crianças recém-nascidas têm, provavelmente, frequência cardíaca acima
de 120bpm, pessoas com mais idade podem apresentar FC mais rápida, mulheres
adultas, geralmente, têm frequência cardíaca mais alta que homens adultos,
pessoas fisicamente bem preparadas podem chegar a apresentar bradicardia, a FC
em repouso, abaixo de 60 batimentos por minuto, já a temperatura corporal alta
10
aumenta a FC, enquanto a temperatura corporal baixa diminui a frequência cardíaca
e a força de contração.
2.4.2 Controle da Pressão Arterial no Repouso
Uma condição básica para a sobrevivência do ser humano é a manutenção
de um nível adequado de pressão arterial que seja capaz de nutrir os tecidos em
condições, que variam desde o sono ou repouso, até o exercício físico, trabalho ou
situações de estresse, deste modo, a pressão arterial consiste na pressão exercida
pelo sangue nas paredes dos vasos sanguíneos (PORTO, 2000).
A pressão criada pela contração ventricular é a força condutora do fluxo
sanguíneo por meio do sistema de vasos, na medida em que o sangue deixa o
ventrículo esquerdo, a aorta e as artérias expandem-se para acomodá-lo, quando o
ventrículo relaxa e a válvula semilunar fecha, as paredes arteriais elásticas retraem-
se propelindo o sangue adiante para dentro das artérias menores e arteríolas
(TORTORA & GRABOWSKI, 2002).
De acordo com Silverthorn (2003), por sustentar a força da pressão para o
fluxo sanguíneo durante o relaxamento ventricular, as artérias produzem um fluxo
sanguíneo contínuo ao longo dos vasos, o fluxo no lado arterial da circulação é
pulsátil, refletindo as mudanças na pressão arterial durante o ciclo cardíaco, uma
vez passadas as arteríolas, a onda de pulso desaparece.
A pressão arterial é influenciada, principalmente, pelo débito cardíaco e
resistência periférica, esta pressão é determinada pelo equilíbrio entre o fluxo
sanguíneo para dentro das artérias e o fluxo sanguíneo fora das artérias, para os
tecidos, se o fluxo de entrada excede o fluxo de saída, o sangue se acumula nas
artérias e a pressão arterial média aumenta, se o fluxo de saída excede o de
entrada, a pressão arterial média diminui (PORTO, 2000).
O fluxo sanguíneo dentro da aorta, a maior artéria, é igual ao débito cardíaco
do ventrículo esquerdo, o fluxo sanguíneo de saída das artérias é influenciado,
primariamente, pela resistência das arteríolas, a resistência periférica, assim, débito
cardíaco e resistência periférica são os maiores fatores que influenciam a pressão
arterial (SILVERTHORN, 2003).
Dentro dessa concepção se o coração bombeia mais sangue para as artérias
e a resistência ao fluxo sanguíneo fora delas não muda, a pressão arterial irá
11
aumentar, similarmente, se o débito cardíaco permanecer inalterado, mas a
resistência periférica aumentar, o sangue se acumulará nas artérias e a pressão
arterial irá aumentar (COTRAN et al., 2000).
Com relação à pressão arterial dois fatores adicionais será influenciado:
volume de sangue total e a distribuição do sangue na circulação sistêmica, de uma
forma geral, o volume sanguíneo se encontra relativamente constante dentro da
circulação, porém alterações no seu volume podem afetar a pressão arterial . Com
isso, o volume sanguíneo é diretamente proporcional à pressão arterial, ou seja, se o
volume sanguíneo aumenta a pressão arterial aumenta e vice-versa
(SILVERTHORN, 2003).
2.4.3 Duplo Produto
O duplo produto (DP) é uma variável numérica utilizada para estimar,
indiretamente, o consumo de oxigênio do miocárdio, tanto no repouso quanto no
exercício, os valores desta variável são obtidos através do produto da FC pela
pressão arterial sistólica (PAS), (POLITO & FARINATTI, 2003).
O duplo produto é um indicador do trabalho do miocárdio, frente a captação
de oxigênio durante o repouso ou esforço físico, que tende a aumentar durante os
exercícios físicos, mas seu comportamento é dependente da natureza da solicitação,
ou seja, de quanto esforço é exigido para a pratica do exercício (FOSS &
KETEYIAN, 2010).
A relação desta variável com o consumo de oxigênio pelo miocárdio é
compreensível, uma vez que seus componentes, FC e PAS, são produzidos sob
pena de gasto energético, ou seja, uma vez que uma determinada frequência
cardíaca é produzida, subentende-se que o coração gastou energia para produzir
aquele número de contração miocárdicas, da mesma forma quando é produzida uma
determinada PAS, significa que o miocárdio (ventrículo esquerdo) está produzindo
tensão, que ejeta o sangue para a aorta, e isso também ocorre sob gasto de energia
(KATCH et al., 2003).
As modificações na frequência cardíaca e pressão arterial sistólica contribuem
igualmente para mudanças no DP, os valores para o duplo produto variam
aproximadamente de seis mil (6.000) batimentos por milímetro de mercúrio em
12
repouso (FC= 50bpm; PAS= 120mmHg) a 40.000 batimentos por milímetro de
mercúrio ou mais, durante o exercício (FOSS & KETEYIAN, 2010).
2.5 ADAPTAÇÃO CARDIORRESPIRATÓRIA AO EXERCÍCIO FÍSICO
O início da prática de um exercício físico retira o organismo humano da
homeostase habitual do repouso, promovendo uma série de desequilíbrios nas mais
diferentes funções orgânicas, que devem ser rapidamente desfeitos, a partir de
adaptações sistêmicas eficientes, no intuito de reaver novamente uma harmonia
sistêmica adequada à manutenção da vida, porém agora de forma alterada,
assumindo valores de homeostasia proporcionais às demandas orgânicas impostas
por uma prática física (MONTEIRO & FILHO, 2004).
No campo esportivo e do treinamento físico, a obtenção da melhora das
capacidades físicas e motoras do organismo, a fim de se executar atividades
musculares específicas que visem a otimização da performance está aumentando a
cada dia, para isso, utilizam-se exercícios físicos de longo prazo que resultam em
alterações fisiológicas complexas em todo o organismo (PAULO & FORJAZ, 2001).
Seguindo este pressuposto o handebol é um esporte que demanda
resistência associada a ações rápidas e potentes, como saltos, bloqueios, sprints e
arremessos (DECHECHI et al., 2010).
O treinamento físico intensivo e prolongado induz à adaptações
cardiorrespiratórias que permitem ao coração do atleta desempenho fisiológico
excepcional (GHORAYEB & BARROS, 2004).
Dechechi et al., (2010), complementam que o handebol por ser uma
modalidade com o objetivo de anotar mais pontos que o adversário, o tempo gasto
em esforços de baixa intensidade é proporcionalmente maior do que nos
esforços de alta intensidade, ou seja, relacionado ao condicionamento físico
necessário e determinante da modalidade, atletas de alto nível de rendimento devem
estar em condições de intervir muitas vezes na partida, com ações rápidas e
potentes como saltar, bloquear, realizar sprints e arremessar bem como
condicionamento específico de resistência.
Segundo Paulo & Forjaz (2001), o tipo, a intensidade, a duração e a
freqüência do treinamento físico são fatores determinantes das adaptações
cardiorrespiratórias obtidas, é possível que o treinamento físico, resulte em
13
adaptações cardiorrespiratórias específicas, as quais devem-se correlacionar à
performance dos atletas em suas respectivas modalidades.
Complementando, Ghorayeb & Barros (2004), demonstram que um forte
componente genético para o consumo máximo de oxigênio indicam que alguns
aspectos do coração de atleta não são adquiridos, assim, além do treinamento
físico, é provável que componente genético da composição cardiovascular contribua
as alterações estruturais do coração e que essas alterações podem ser diferentes,
de acordo com a modalidade esportiva e o tipo de treinamento que realizam.
O condicionamento físico a longo prazo, traz efeitos cardiorrespiratórios,
observados em atletas, incluem-se como, elevação do consumo máximo de
oxigênio, menor frequência cardíaca em repouso e durante o exercício, elevação do
débito cardíaco máximo, entres outras, que resultam provavelmente de uma
complexa interação de mecanismos centrais e periférico (GHORAYEB & BARROS,
2004).
Paulo & Forjaz (2001) complementam que para manter a atividade muscular
dinâmica por longo período de tempo, necessitamos de força de resistência nos
músculos ativos, isso só é possível com um aumento do consumo de oxigênio (VO2
Seguindo esse mesmo pressuposto, Tritschler (2003), ressalta que a PAS é a
medida da força do sangue na sístole, quando o músculo cardíaco esta se
contraindo e bombeando sangue para dentro da aorta e da artéria pulmonar, a
)
dessa musculatura, que depende do aumento do fluxo de sangue para a
musculatura e da captação de oxigênio por ela.
Assim, Ghorayeb & Barros (2004) ressaltam que em corredores de maratona,
jogadores de basquete, futebol, handebol, submetidos a exercícios dinâmicos e
isotônicos, os resultados evidenciam aumento proporcionalmente maior nas
dimensões diastólicas de ambos os ventrículos, em relação ao aumento da
espessura das paredes, sugerindo predomínio da dilatação, embora também ocorra
hipertrofia parietal.
Baseado nessas evidencias, Foss & Keteyian (2010) ressaltam que durante o
exercício a PAS aumenta e pode ultrapassar os duzentos (200) milímetros de
mercúrio (mmHg), devido ao aumento do débito cardíaco, volume de ejeção,
freqüência cardíaca e aumento da resistência vascular entre os tecidos
metabolicamente menos ativos.
14
pressão arterial diastólica (PAD), é a medida da força do sangue na diástole, quando
o músculo cardíaco esta relaxado e as cavidades estão se enchendo de sangue.
Ghorayeb & Barros (2004) complementam que o exercício físico representa
um estímulo importante para o sistema respiratório e transporte de oxigênio, pois
requer uma interação dos mesmos para suportar o aumento da demanda metabólica
e de trocas gasosas.
Seguindo o mesmo pensamento, Monteiro & Filho (2004) relatam que o
exercício físico realizado regularmente provoca importantes adaptações que
influenciam no sistema cardiovascular, com o objetivo de manter a homeostasia,
assim há um aumento do débito cardíaco, redistribuição no fluxo sangüíneo e
elevação da perfusão circulatória para os músculos, em atividade, ocasionando um
aumento da PAS, devido ao aumento do débito cardíaco.
As modificações na PAD são pequenas, pois são causadas pela queda na
resistência periférica que se manifesta em virtude da vasodilatação das arteríolas
que fornecem sangue aos músculos esqueléticos ativos (FOSS & KETEYIAN, 2010).
A PAD de acordo com Monteiro & Filho (2004), depende da eficiência do
mecanismo vasodilatador local dos músculos em atividade, que é tanto maior quanto
maior for à densidade capilar, ou seja, a vasodilatação dos músculos diminui a
resistência periférica ao fluxo sanguíneo, conseqüentemente diminuindo a pressão
arterial diastólica.
O trabalho aeróbio de fornecimento de energia visa aumentar à resistência
cardiorrespiratória do indivíduo, que é de extrema importância no trabalho de
preparação física do atleta de handebol, a determinação desse parâmetro é obtida a
partir do cálculo do consumo máximo de oxigênio (VO2
máx), pois o desenvolvimento
da capacidade aeróbia é um dos fatores determinantes do desempenho desses
atletas dentro de quadra (LIMA et al., 2005).
Nos exercícios dinâmicos ocorrem contrações e relaxamentos intermitentes
da massa muscular solicitada, favorecendo o aporte sangüíneo e o retorno venoso,
nesses exercícios os ajustes cardiovasculares ocorrem para aumentar o fluxo
sangüíneo aos músculos em atividade, em função do aumento da demanda
metabólica, com conseqüente aumento do consumo de oxigênio, acarretando
aumento do débito cardíaco e da diferença arteriovenosa de oxigênio (GHORAYEB
& BARROS, 2004).
15
2.5.1 Adaptações da Frequência Cardíaca ao Exercício Físico Aeróbio
A frequência cardíaca máxima (FCM) de acordo com Camarda et al. (2008) é
o valor mais elevado da frequência cardíaca que um indivíduo pode atingir em
um esforço máximo até o ponto de exaustão, sendo uma importante variável
fisiológica para quantificar o esforço máximo durante um teste.
Alguns anos atrás a prescrição de exercícios estava baseada em um conceito
muito simples, ou seja, se calculava a frequência cardíaca máxima do individuo e
posteriormente o percentual da frequência cardíaca de trabalho, em contrapartida
esse calculo não leva em conta um fato extremamente interessante que é a
frequência cardíaca de reserva, que é o resultante da diminuição da frequência
cardíaca máxima com a frequência cardíaca de repouso (WILMORE et al., 2010).
A eferência autônoma adrenérgica ou simpática e a colinérgica ou
parassimpática constituem o principal componente neuro-hormonal, que influencia o
débito cardíaco e a redistribuição do fluxo sanguíneo durante o exercício físico, esse
componente age tanto no coração quanto nos vasos sanguíneos (principalmente nas
artérias e veias periféricas), sempre de forma antagônica (HOWLEY & FRANKS,
2000).
A predição da FCM por equações é amplamente utilizada para prescrição de
treinamento e em serviços de ergometria, a equação mais utilizada é a duzentos e
vinte, menos a idade (220 – idade), podendo tal fato ser justificado em razão da
frequente utilização dessa fórmula em livros e artigos relacionados à fisiologia do
exercício, exames de certificação em medicina esportiva, em programas de
condicionamento físico e em indústrias ligadas ao segmento de exercícios físicos
(CAMARDA et al., 2008).
Segundo Brum et al. (2004), durante o repouso há um predomínio do tônus
parassimpático no coração, que permite os baixos valores de frequência cardíaca
(70 a 90 bpm), o que ocorre de forma inversa durante a prática física, passando a
haver predominância simpática e o consequente incremento da frequência cardíaca.
Através dos mecanismos expostos, temos que a frequência cardíaca aumenta
logo após o inicio de uma prática física juntamente com o volume de ejeção, a fim de
garantir o aumento do débito cardíaco, sendo que, no exercício constante
16
submáximo, esse aumento acorre de forma abrupta nos primeiros dez (10)
segundos, em resposta a retirada vagal causada pelo efluxo sensorial, proveniente
dos músculos, tendões, em seguida tem-se um aumento mais discreto até cerca de
um a quatro ou seis minutos, influenciado pelo incremento autônomo simpático,
quando então, entre o quarto, sexto e o oitavo minuto, alcança um platô chamado
steady-state para a frequência cardíaca (LEITE, 2000).
Os indivíduos treinados aerobicamente, submetidos à exercícios progressivos
sub-máximos, o volume de ejeção segue, crescendo proporcionalmente ao aumento
da intensidade, até o consumo máximo de O2, o que garante a esses indivíduos um
débito cardíaco máximo e VO2máx, mais elevado, quando comparados a indivíduos
não treinados (ROBERGS & ROBERGS, 2002).
2.5.2 Adaptações da Pressão Arterial ao Exercício Físico Aeróbio
Responsiva ao aumento do débito cardíaco, a PAS se eleva subitamente,
logo nos primeiros instantes do exercício físico, isso demonstra o sucesso do
miocárdio em ejetar uma grande quantidade de sangue para a circulação sistêmica,
o que se choca com as paredes da aorta produzindo essa elevação pressórica
(HOWLEY & FRANKS, 2000). Complementando Silverthorn (2003), ressalta que todo esse sangue segue da
aorta para a periferia, em direção aos vasos de menor calibre, como as arteríolas e
os capilares, para perfundir o tecido muscular ativo, levando oxigênio (O2
O aumento da PAS durante o exercício é fundamental para a irrigação dos
músculos ativos, pela circulação periférica, isso porque o sangue, apesar de ser um
tecido conjuntivo, possui característica líquida, e a exemplo de outros líquidos, se
desloca em um circuito fechado, de um lugar de maior pressão, nesse caso o
ventrículo esquerdo e a aorta, para um lugar de menor pressão, arteríolas e
capilares (TORTORA & GRABOWSKI, 2002).
) e
substratos energéticos para o trabalho muscular, retirando dali às excretas
metabólicas, nos capilares que as trocas gasosas e de nutrientes ocorre, e que as
arteríolas são as principais responsáveis pela variação na resistência vascular
periférica, por apresentarem um vasto componente muscular liso em suas paredes,
os quais se contraem ou relaxam alterando o calibre desses vasos, e
conseqüentemente a resistência ao fluxo.
17
O comportamento da pressão arterial diastólica reflete a capacidade da
circulação periférica em adaptar seu calibre ao grande volume de sangue circulante
durante o esforço físico, PAD não deve variar mais do que dez (10 mmHg),
milímetros de mercúrio, para mais ou para menos, mesmo em exercícios dinâmicos
que levem a exaustão (KATCH et al., 2003).
No início do exercício físico a resistência vascular periférica total começa a
cair drasticamente e segue diminuindo até aproximadamente setenta e cinco por
cento (75%) do consumo máximo de oxigênio (VO2
Baseado nessa concepção, os valores de consumo energético do miocárdio,
para indivíduos aerobicamente ativos, serão sempre menores em relação aos
valores dos indivíduos aerobicamente inativos, tanto no repouso quanto no exercício
físico, o que representa os mesmos resultados para os valores de duplo-produto,
máx), isso pode parecer
contraditório, pois o volume de sangue circulante durante o esforço físico é maior e
deveria causar mais atrito nas paredes dos vasos, elevando a resistência ao fluxo
sanguíneo (FOSS & KETEYAN, 2010)
A vasodilatação dos vasos periféricos é a responsável pela queda na
resistência vascular periférica ao fluxo sanguíneo, com isso quanto maior for a
densidade vascular periférica recrutada um exercício físico, menor será a resistência
vascular total ao fluxo sanguíneo, consequentemente, quanto maior for o
grupamento muscular envolvido, maior será a vasodilatação total do sistema
vascular e menores serão as respostas tencionais a esse exercício, ocasionando, os
menores níveis para a pressão arterial sistêmica durante a realização de exercícios
(MONTEIRO & FILHO, 2004).
2.5.3 Duplo Produto e Prática Regular de Exercício Físico
O duplo produto é uma variável que estima indiretamente e com bastante
significância, o consumo energético do miocárdio durante o exercício físico e no
repouso e é definida pelo produto da FC pela PAS (POLITO & FARINATTI, 2003).
As alterações sofridas pelos componentes do DP, FC e PAS, em decorrência
da pratica regular de exercícios físicos, observamos que os valores de DP, tanto em
repouso quanto em exercício submáximo, serão diferentes para indivíduos
aerobicamente ativos, quando comparados a indivíduos inativos aerobicamente
(ROBERGS & ROBERGS, 2002).
18
isso porque tanto no repouso quanto no exercício físico submáximo, os valores,
tanto de FC como de PAS, serão menores para os indivíduos ativos aerobicamente
(FOSS & KETEYAN, 2010).
Um sistema cardiovascular eficiente é aquele que opera produzindo um fluxo
sanguíneo adequado às demandas metabólicas, no repouso ou em um nível
submáximo de um exercício físico, consumindo o mínimo possível de energia por
parte do miocárdio, ou seja, produzindo um menor débito cardíaco de repouso e em
nível submáximo de VO2, dessa forma, esse sistema produzirá menores níveis
tencionais durante o repouso e em nível submáximo de VO2, aliado a isso, as
alterações dos componentes cardiovasculares de um individuo ativo aerobicamente
se adaptariam mais rapidamente durante o esforço físico (LEITE, 2000).
2.6 CONSUMO MÁXIMO DE OXIGÊNIO
O consumo máximo de oxigênio (VO2máx) pode ser definido como o maior
volume de oxigênio por unidade de tempo que um indivíduo consegue captar
respirando ar atmosférico durante o exercício, considerado o padrão de referencia
da aptidão física cardiorrespiratória (GHORAYEB & BARROS, 2004).
Assim sendo, informações relacionadas às variáveis de VO2máx, Guedes &
Guedes, (2006), complementam que a resistência cardiorrespiratória oferece
informações sobre a capacidade de liberar energia, por intermédio dos processos
oxidativos, para sustentação de trabalho muscular de longa distância, demonstrado
pelo indicador fisiológico universalmente aceito como principal componente
associado à resistência cardiorrespiratória denominado consumo máximo de
oxigênio.
A determinação do consumo de oxigênio implica em medir três variáveis: a
fração de oxigênio no ar expirado, a fração de dióxido de carbono no ar expirado e o
volume de ar inspirado e expirado (GHORAYEB & BARROS, 2004).
O VO2máx é geralmente expresso com base no peso corporal, em mililitros
de oxigênio consumido por quilograma de peso corporal por minuto (ml.kg.min-1
Complementando o estudo acima Ghorayeb & Barros (2004), resaltam que o
VO
),
(WILMORE et al., 2010).
2máx, tem sido considerado o principal padrão de referencia da aptidão física
19
cardiorrespiratória, sendo expresso em litros por minuto (l/min) ou mililitros por
kilograma por minuto (ml.kg.min-1).
O VO2 pode ser descrito, conforme Ghorayeb & Barros (2004), como o
produto da ventilação num intervalo de tempo e a fração de oxigênio naquela
ventilação que foi consumida pela musculatura.
Baseado nesse pressuposto, o VO2máx, esta relacionado entre a capacidade
de realização de trabalho muscular e as variações de freqüência cardíaca,
considerando o trabalho externo realizado ou a potencia, (expressa em watts/ min ou
kgm/min), que apresentam associação com a quantidade de oxigênio consumida
durante o esforço físico, tornando possível estimar valores máximos de consumo de
oxigênio (GUEDES; GUEDES, 2006).
A potência aeróbia máxima, VO2máx, é uma medida reproduzível da
capacidade do sistema cardiovascular de enviar sangue oxigenado para uma grande
massa muscular envolvida em um trabalho dinâmico (POWERS & HOMLEY, 2009).
Segundo Wilmore et al. (2010), quando um individuo alcançou o limite
máximo de sua capacidade de aumentar seu VO2, chegou ao pico da sua
capacidade aeróbia, denominado, consumo máximo de oxigênio ou VO2máx,
considerado como a melhor medida isolada de resistência cardiorrespiratória e
aptidão aeróbia.
O consumo de oxigênio aumenta a taxa de trabalho até que o VO2máx seja
atingido, quando ele é atingido um aumento da produção de potencia não acarreta
aumento do consumo de oxigênio, portanto, o VO2máx representa um “teto
fisiológico” para a capacidade do sistema de transporte de oxigênio liberar O2 para
os músculos em contração (POWERS & HOMLEY, 2009).
Dentro desse pressuposto, Tritschler (2003), destaca que geralmente os
homens apresentam os valores de VO2máx de quinze por cento (15 %) a trinta por
cento (30 %) maiores do que as mulheres, isso se explica em termos da composição
corporal e do conteúdo de hemoglobina, os homens podem gerar mais energia
aeróbia por terem maior massa muscular, menor gordura corporal e carregam mais
oxigênio devido a maior concentração de hemoglobina em seu sangue.
Complementando Machado et al. (2002), ressaltam que o consumo máximo
de oxigênio, é o índice que melhor representa, quantitativa e qualitativamente, a
capacidade funcional do sistema cardiorrespiratório durante o exercício físico.
20
As avaliações de campo populares da potência máxima incluem os testes de
corridas de distancias, de caminhada e de banco, também existem vários outros
procedimentos de testes, todos eles requerem que o examinado corra ou corra e
caminhe a um ritmo que minimize o tempo para percorrer uma distancia prescrita ou
que maximize a distância percorrida durante um tempo prescrito (TRITSCHLER,
2003).
Dentro dessa concepção, como o teste de corrida de 2400 (dois mil e
quatrocentos metros), de Cooper, possui seu elevado nível de exigência de carga de
trabalho muscular, torna-se um teste compatível somente com avaliados que
demonstram condicionamento físico para correr continuamente longas distancias, ou
que estejam bem condicionados fisicamente (GUEDES & GUEDES, 2006).
O teste de 2400 metros foi criado em 1968 pelo Dr. Kenneth Cooper, surgiu
como uma alternativa ao teste de 12 minutos para aplicação em grande escala,
como Cooper não poderia medir a distância percorrida por mais de 1000 indivíduos
em 12 minutos, em uma única manhã, ele usou uma distancia pré-definida (2400m)
e calculou qual seria o tempo gasto por indivíduos de diferentes idades com
diferentes níveis de VO2máx para percorrer os 2400m e criou uma tabela de
classificação para essa distância, o teste de 2400m é derivado do teste de 12
minutos, conhecido também como teste de Cooper (FARIA, 2009).
Complementando, Guedes & Guedes (2006), o teste de corrida de 2400
metros é um protocolo proveniente de medida indireta do VO2máx, que envolve
valores preditos, estimados através de modelos matemáticos construídos
especificamente para essa finalidade, em contrapartida os protocolos de medida
direta são estudos científicos e avaliações com desempenho atlético específico,
consideravelmente mais precisos e exatos, realizados em laboratórios com
equipamentos de ergoespirometria extremamente sofisticados.
2.7 PRÁTICA ESPORTIVA X VO2/MÁX
O handebol é um esporte que apresenta características de esforços físicos de
alta intensidade e de curta duração, com ênfase nas capacidades motoras de
velocidade e de força, especialmente, a força explosiva e a força rápida (SOUZA et
al., 2006).
21
Durante exercício físico de longo prazo, os músculos passam a depender
mais de suas reservas de glicogênio, o que acelera a depleção de glicogênio
muscular e conduz a uma exaustão ou fadiga prematura (WILMORE et al., 2010).
O treinamento das capacidades motoras é um componente importante do
desempenho físico e, assim, mais atenção deve ser referida ao desenvolvimento do
condicionamento físico específico e a preparação física específica, dos
handebolistas, com isso, o handebol, como outros desportos coletivos, envolve uma
seqüência de atividades que solicitam o metabolismo anaeróbio de forma
determinante (SOUZA et al., 2006).
Vargas et al. (2008), complementa que o handebol, por possuir grande
quantidade e variedade em suas movimentações, manipulações de bola e interação
com outros atletas, buscou-se uma maior dinâmica e objetividade, passando por
diversos processos evolutivos que, conseqüentemente, passaram a exigir dos
atletas maiores adaptações fisiológicas e características morfológicas específicas.
Complementando nesse sentido, parece razoável afirmar que as capacidades
motoras força, velocidade e suas formas de manifestação são de fundamental
importância, tendo em vista que as capacidades técnica e tática podem ser
demonstradas consistentemente superiores quando os handebolistas apresentam
altos níveis de adaptação do metabolismo anaeróbio (SOUZA et al., 2006).
Programas de treinamento de endurance que aumentam o VO2máx envolvem
uma grande massa muscular em um exercício dinâmico (corrida, natação ou esqui)
em sessões de vinte a sessenta minutos, três a cinco vezes por semana, em uma
intensidade de aproximadamente cinquenta (50) a oitenta e cinco (85) % do VO2
A melhora do VO
máx
(POWERS & HOMLEY, 2009).
De acordo com Souza et al. (2006), o handebol, exige dos preparadores
físicos um planejamento bem elaborado, principalmente, para que os atletas possam
atingir níveis ótimos de rendimento e paralelamente ter um acompanhamento da
evolução da dinâmica do desempenho físico durante um macrociclo de treinamento,
em contrapartida, tem-se observado que o planejamento da preparação física tem
sido elaborado baseado em metodologias consideradas não adequadas às
características do handebol de alto rendimento.
2máx é resultado de um melhor transporte de oxigênio para
os músculos retardando ao máximo a fadiga muscular e acelerando a recuperação
22
dos atletas, no handebol, a capacidade aeróbia tem um papel importante na fase de
regeneração a cada pausa do jogo (BERGAMASCO et al., 2005).
O handebol pode ser definido como uma modalidade esportiva coletiva
caracterizada por atividades motoras completas que envolvem uma série de
esforços, associados ou não com a manipulação da bola, de alta intensidade e curta
duração com intervalos ativos, devido ao tempo de jogo sessenta minutos (60 min),
o handebol pode ser caracterizado como uma modalidade esportiva em que grande
parte do gasto energético dos atletas é suprida pelo metabolismo aeróbio
(ROSEGUINI et al., 2008).
Com o avanço dos estudos existem vários métodos para se identificar o
VO2máx, porém quando se faz a opção por determinado protocolo de avaliação
dessa capacidade é preciso que este respeite a especificidade da modalidade, no
caso, as características do handebol (BERGAMASCO et al., 2005).
O handebol pode ser caracterizado como uma modalidade esportiva em que
grande parte do gasto energético dos atletas é suprida pelo metabolismo aeróbio, a
potência aeróbia é um fator determinante para que os atletas apresentem uma
recuperação adequada nos intervalos ativos, que comumente ocorrem em uma
partida de handebol, por outro lado, a maioria das ações utilizadas pelos
handebolistas para decidir uma partida (correr, saltar, driblar, fintar e arremessar)
apresenta grande participação anaeróbia (ROSEGUINI et al., 2007).
O VO2
máx vem sendo considerado um dos parâmetros de grande
importância como preditor do desempenho, pois a capacidade do ser humano em
realizar exercícios de longa e média duração depende principalmente do
metabolismo aeróbio, sendo assim, um índice muito empregado para classificar a
capacidade cardiorrespiratória, sobretudo em atletas, embora o handebol seja uma
modalidade predominantemente anaeróbia, o trabalho específico sobre o sistema
aeróbio de fornecimento de energia visa aumentar a resistência cardiovascular do
indivíduo (CRUZ & PELLEGRINOTTI, 2011).
23
3 MATERIAIS E MÉTODOS
O presente estudo se caracteriza por ser conduzido a campo que de acordo
com Marconi & Lakatos (2006), é aquela utilizada com o objetivo de conseguir
informações e conhecimentos acerca de um problema para a qual se procura uma
resposta, ou de uma hipótese que se queira comprovar, ou, ainda, descobrir novos
fenômenos ou as relações entre eles e segundo seus objetivos constitui uma
pesquisa descritiva mencionado por Best (1972) apud, Marconi & Lakatos (2006),
como uma abordagem de quatro aspectos, descrição, registro, análise e
interpretação de fenômenos atuais, objetivando o seu funcionamento no presente.
Pesquisa bibliográfica e realização de testes físicos.
A pesquisa foi realizada com um grupo de 12 (doze), atletas de handebol,
com idade de 15 (quinze) a 17 (dezessete) anos, do sexo masculino, pertencentes a
equipe Sorrisense de Handebol, que realizam seus treinamentos de segunda a sexta
no ginásio poliesportivo Fermino Maleski, que oferece toda a estrutura para a
realização do treinamento, os materiais, como bolas, coletes, supervisionadas por
um treinador, que é um profissional de Educação Física.
A amostra foi selecionada de forma não probabilística intencionada incluindo
somente os sujeitos que assinaram o termo de compromisso livre e esclarecido
(anexo A). A coleta de dados foi realizada no local onde são realizados os
treinamentos, localizado na Rua das Rosas, Jardim Europa, Sorriso, Mato Grosso e
foi realizada em dois dias para atingir toda a amostra. Vale ressaltar que as coletas
tiveram apoio de quatro Profissionais de Educação Física.
O procedimento da coleta de dados foi da seguinte forma, através do
monitoramento da pressão arterial com esfignomanometro digital microlife e da
freqüência cardíaca, com o frequencimetro marca polar, tendo o auxilio do teste de
Cooper de pista de 2400 metros, citado por Guedes & Guedes (2006), que é um
protocolo que consiste em correr, sem interrupção e em ritmo constante, a distância,
no menor tempo possível, realizando um aquecimento prévio, e alongamentos para
os membros inferiores, com base no tempo despendido no percurso, expresso em
segundos, torna-se possível estimar o VO2máx, pela relação adaptada do American
College of Sports Medicine (2000) (conforme tabela Anexo B). Em que 2400 metros,
é a distancia percorrida no teste, multiplicado por, 0,2 ml/kg/minuto, consumo de
24
oxigênio por minuto, equivalente para correr cada metro, e 60 (sessenta) segundos,
o ajuste da unidade de medida equivalente ao tempo, dividido pelo tempo gasto para
percorrer a distancia, expresso em segundos.
O local onde foi realizado o teste consistiu numa rua, em torno da quadra
onde o ginásio Fermino Maleski está localizado, com as medidas de 400 metros,
com o terreno regular e plano, sendo realizadas, seis voltas de cada atleta para
completar os 2400 metros.
Foi entregue o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) para os
atletas, e só participaram da pesquisa os termos assinados por um responsável se
for menor de 18 anos ou pela pessoa mesmo se for maior de 18 anos.
O processamento estatístico foi realizado no programa excel, 2012, utilizando
a estatística descritiva, fundamentalmente os estatísticos média e desvio padrão.
25
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Através da análise da frequência cardíaca dos praticantes de handebol foi
possível verificar que em todos os sujeitos houve um aumento da frequência
cardíaca, pós teste, comparando com a mensurada pré teste, obtendo uma média
de 87,08 bpm em repouso, e 185,42 bpm para a frequência cardíaca final,
mensurada pós teste (Figura 1). Levando em consideração aos limites da frequência
cardíaca como referência da frequência cardíaca máxima os atletas alcançaram de
oitenta a noventa por cento (80 % a 90 %).
Fonte: Elaboração própria.
Figura 01: Comparação da Frequencia Cardíaca em repouso e final.
Isso se explica de acordo com Tortora & Grabowski, (2002) que a frequência
com que o coração se contrai a cada minuto aumenta a frequência cardíaca,
imediatamente após o início do exercício físico, igualmente ao volume de ejeção,
isto é decorrente do efluxo sensorial proprioceptivo proveniente dos músculos,
tendões, cápsula articular e ligamentos, explorados durante os movimentos
corporais do exercício físico.
A frequência cardíaca baseado no estudo de Ghorayeb & Barros (2004)
aumenta linearmente com o aumento do consumo de oxigênio, atingindo seu valor
26
máximo quando é alcançada a captação máxima de oxigênio, tanto em atletas como
em sedentários.
Para o VO2máx, pós teste, verificou-se uma média de 48,24 ml.kg.min-1 e um
desvio padrão de 5,97 ml.kg.min-1, o que denota conforme a (Tabela 01) de Cooper
(1982) que o nível de aptidão física cardiorrespiratória dos atletas praticantes de
handebol está boa, demonstrando que o condicionamento físico está adequado para
esse esporte, ressaltando que dois indivíduos tiveram resultado de 40 ml.kg.min-1,
estimativa considerada regular.
Fonte: Elaboração própria.
Figura 02: VO2 máx ml/kg/min-1.
Como escore referencial foi utilizado o modelo de Cooper (1982) conforme a
tabela 01.
Tabela 01: Nível de Aptidão Física de Cooper para Homens – VO2máx. ml(kg.min)
Nível de Aptidão Física de Cooper para Homens - VO-1
2 máx. ml(kg.min) -1 Idade
13 – 19
20 – 29
30 – 39
40 – 49
50 – 59
Mais de 60
Muito Fraca
- 35,0
- 33,0
- 31,5
- 30,2
- 26,1
- 20,5
Fraca
35,1 a 38,3
33,1 a 36,4
31,6 a 35,4
30,3 a 33,5
26,2 a 30,9
20,6 a 26,0
Regular
38,4 a 45,1
36,5 a 42,4
35,5 a 40,9
33,6 a 38,9
31,0 a 35,7
26,1 a 32,3
Boa
45,2 a 50,9
42,5 a 46,4
41,0 a 44,9
39,0 a 43,7
35,8 a 40,9
32,3 a 36,4
Excelente
51,0 a 55,9
46,5 a 52,4
45,0 a 49,4
43,8 a 48,0
41,0 a 45,3
36,5 a 44,2
Superior
> 56,0
> 52,5
> 49,5
> 48,1
> 45,4
> 44,3
Fonte: Cooper (1982).
27
Analisando as variáveis relacionadas à resistência aeróbia, os resultados
evidenciam melhoras significantes para o tempo de permanência e para a distância
percorrida durante o teste, além do consumo máximo de oxigênio (SOUZA et al.,
2006).
Um estudo realizado com grupo de atletas da mesma faixa etária da
Associação Universitária de Concórdia, Santa Catarina, apresentou valor médio do
consumo máximo de oxigênio de 45,3 ml.kg.min-1, com o teste de cicloergômetro
Biotec 2100 (Vargas et al., 2008), demonstrando um resultado similar ao obtido na
presente pesquisa.
Segundo Cruz & Pellegrinotti (2011) outro estudo realizado com um grupo de
atletas, na faixa etária de quinze a dezessete anos praticantes de futsal, sendo um
esporte coletivo com características do handebol verificou-se um VO2máx de 50,58
ml.kg.min-1, obtido com o teste de ida e volta de vinte metros, em que o atleta
percorre quarenta metros a cada estímulo, com recuperação de 10 segundos entre
eles, dados estatísticos próximos aos do presente estudo.
O VO2máx é proporcional ao peso corporal, valores acima de 70 ml.kg.min-1
são considerados favoráveis para um bom desempenho em competições de
resistência, essas estimativas para atletas de alto nível, valores baixo de 60
ml.kg.min-1 apontam incapacidade para concorrência internacional, já em pessoas
normais não treinadas, na faixa de vinte e cinco (25) a trinta (30) anos, observam-se
valores de 45 ml.kg.min-1 (VARGAS et al., 2008).
A característica específica do handebol exige dos jogadores uma participação
efetiva tanto em atividades que necessitam de um bom rendimento aeróbio quanto
anaeróbio, alguns autores, entretanto, relatam que o handebol é um desporto que
solicita predominantemente as capacidades motoras que dependem do metabolismo
anaeróbio (SOUZA et al., 2006).
De acordo com Vargas et al., (2008) é importante ressaltar que existem
fatores que podem afetar a resposta individual ao treinamento aeróbico e,
conseqüentemente, afetar o VO2
Baseado nas evidências demonstradas pelo presente estudo é de grande
importância teórica e prática, verificar valores significativos nos escores de VO
máx, devendo ser levados em consideração, que
são, a hereditariedade, a idade, o sexo e a especificidade do treinamento.
2máx
dos atletas estudados, corroborando de forma positiva como um referencial para
28
prescrição do treinamento para essa população, podendo auxiliar na melhora do
desempenho físico e na intensidade dos exercícios.
29
5 CONCLUSÃO Concluiu-se que com a prática esportiva do handebol, melhora o consumo
máximo de oxigênio VO2máx, pois com o cálculo da média detectou-se um índice
significativo para a faixa etária dos atletas. Dessa forma, a utilização do teste de
pista de 2.400 metros possibilita a determinação da capacidade aeróbia desses
atletas.
Quanto à frequência cardíaca a mesma aumentou atingindo os limites de
oitenta a noventa por cento (80 % a 90%) da frequência cardíaca máxima.
Além disso, com os resultados desse estudo demonstram que a utilização
dessas variáveis fisiológicas tem obtido resultados relevantes para o aprimoramento
do desempenho dos atletas, ressaltando uma série de fatores fisiológicos, genéticos,
individualidade biológica e psicológicos que envolvem o desenvolvimento da prática
de esportes e exercício físico.
Considerando que a medida indireta é de fácil utilização e baixo custo em
relação à medida direta do consumo máximo de oxigênio, proporcionando, facilidade
na coleta de dados, e tendo resultados relevantes. Entretanto, surge a necessidade
de mais estudos referente a essa população com o intuito de verificar a eficiência e a
importância da avaliação aeróbia na elaboração de treinamento para essa faixa
etária de atletas.
30
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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33
ANEXOS
Anexo A
FACULDADE CENTRO MATO GROSSENSE – FACEM TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Você está sendo convidado a participar da pesquisa, intitulada Consumo máximo de
oxigênio em atletas de Handebol de Sorriso, Mato Grosso, que tem como objetivo, verificar o
nível de consumo máximo de oxigênio em um grupo de atletas de Sorriso, Mato Grosso. Se o
senhor (a) aceitar participar, a pesquisadora Juliana Kovaleski acadêmica do 8º semestre de
Bacharelado em Educação Física, da Faculdade Centro Mato Grossense – FACEM, aplicará o
teste: de Vo2
O senhor (a) tem liberdade de recusar a participar da pesquisa em qualquer momento
sem prejuízo para o senhor (a). A pesquisa lhe trará mínimos riscos, que são inerentes ao
constrangimento em responder as perguntas e ser avaliado pelo pesquisador, sendo estes de
responsabilidade do mesmo.
max, com o auxilio do teste de corrida de Cooper, de 2400 (dois mil e
quatrocentos metros), que segundo Faria (2009), que consiste em correr essa distancia no
menor tempo possível, com o auxilio do monitoramento da freqüência cardíaca e da pressão
arterial.
Todas as informações coletadas neste estudo serão guardadas em segredo e somente
os pesquisadores terão conhecimento das informações.
Ao participar desta pesquisa o senhor (a) não terá nenhum benefício direto e a sua
participação será em apenas realizar os testes, não tendo nenhum benefício independente da
conclusão da pesquisa. Mas esperamos que o conhecimento vindos deste estudo traga
informações importantes sobre o Consumo máximo de oxigênio. Os resultados do trabalho
serão divulgados.
Qualquer dúvida o senhor (a) poderá entrar em contato com os pesquisadores
responsáveis nos endereços citados abaixo.
O senhor (a) não terá nenhuma despesa para participar da pesquisa bem como nada
será pago por sua participação.
Este termo será assinado em duas vias sendo que uma delas ficará de posse do
entrevistado.
Eu, após ter recebido, lido e entendido os itens acima referentes a este estudo,
concordo em participar da pesquisa.
Sorriso, ____ de ____ de 2012
--------------------------------------------- ----------------------------------------- Assinatura do Participante da Pesquisa Assinatura do responsável
Pesquisador responsável: João Ricardo Gabriel de Oliveira Endereço: Rua: Eurico Gaspar Dutra, n 297 Celular: (66) 9619 - 6109 Demais pesquisadores: Juliana Kovaleski Endereço: Rua: Teles Pires, n 182, Centro Norte, Sorriso, MT. Celular: (66) 9912-1426
Anexo B Cálculo da Capacidade Máxima de Oxigênio (Guedes; Guedes, 2006). Vo2máx. [mL(kg.min)-1
Tempo (s) : 2.400 m x 0,2 mL/ kg/ min x 60s
Anexo C– Fotos Coleta de Dados
Foto: Equipe Sorrisense de Handebol
Foto: Aferição da Pressão Arterial
Foto: Teste de Corrida de 2.400 metros.
Foto: Teste de Corrida de 2.400 metros.
Foto: Teste de Corrida de 2.400 metros.
Foto: Equipe Sorrisense de Handebol