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FACULDADE DE EDUCAÇÃO
GRADUAÇÃO EM PEDAGOGIA
PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO
PROFA. DRA. CRISTINA LÚCIA MAIA COELHO
BEATRIZ VIDAL DE BARROS RIBEIRO
JOÃO PAULO MOREIRA MARINI
MATEUS IVO MAGALHAES
TIAGO AMARAL DE LIMA
WAGNER RICARDO FERNANDES GRAVINO
JOGOS, BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS
COMO AUXÍLIO NO PROCESSO
EDUCACIONAL
NITERÓI / RJ – 2018
JOGOS, BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS
COMO AUXÍLIO NO PROCESSO
EDUCACIONAL
Trabalho apresentado à
Faculdade de Educação da
Universidade Federal
Fluminense, como requisito
parcial da avaliação da disciplina
Psicologia da Educação.
Prof.ª Dr. ª CRISTINA LÚCIA MAIA COELHO
NITERÓI / RJ– 2018
RESUMO
O presente trabalho tem por finalidade demonstrar o quanto pode ser
satisfatório o uso de jogos, brinquedos e brincadeiras como auxílio no processo
educacional.
Ao olhar o histórico do tema, verifica-se o quão presente os jogos, brinquedos
e brincadeiras está em nosso desenvolvimento humano, desde um simples
brinquedo feito a 5.000 anos atrás, até as brincadeiras de amarelinha ou esconde-
esconde, tudo isso proporcionando estudos importante de vários estudiosos que
demonstram a importância dessas práticas no desenvolvimento do ser biológico e
social.
Com isso, através dos estudos, verifica-se que a aplicabilidade dos jogos e
brincadeiras como instrumento pedagógico pode ser útil em vários lugares que
promovem a educação, se confirmando isso em práticas do ensino de crianças com
necessidades especiais, na idade infantil, em ensino de ciências entre outros meios
educacional.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ................................................................................................... 5
CAPÍTULO I – HISTÓRIA DOS JOGOS, BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS. 6
CAPÍTULO II – A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR E DO APRENDER DAS
CRIANÇAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL ........................................................... 8
CAPÍTULO III – O BRINCAR NA EDUCAÇÃO ESPECIAL ............................ 10
Organização Laramara ..................................................................................... 11
CAPÍTULO IV – JOGOS DIDÁTICOS PARA O ENSINO DE CIÊNCIAS ........ 12
Os jogos segundo a perspectiva de Vygotsky .................................................. 12
Jogos para o ensino de física no ensino fundamental ...................................... 13
Jogo de Forças ................................................................................................. 14
CAPÍTULO V - BRINQUEDOS POR PERÍODO DE DESENVOLVIMENTO ... 16
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................ 17
5
INTRODUÇÃO
Durante a evolução da humanidade muitas transformações aconteceram no
modo de vida das pessoas onde muitas dessas alterações se passaram pela
infância, que cria vínculos com o modo de agir do ser adulto.
É na infância que toda indivíduo desenvolve suas características fisiológicas e
sociais como é visível nos estudos Freud, sobre o psíquico das pessoas, e no
desenvolvimento do ser humano proposto por Jean Piaget (BOCK, 1999).
Assim, é nas primeiras fases da vida em que toda pessoa entra em contato
com brinquedos, brincadeiras e jogos. Nessas ações verifica-se que o
desenvolvimento da criança é mais satisfatório visto que são nesses momentos que
ela tem “poder” sobre suas atitudes, e desenvolve aplicações que auxiliam no seu
crescimento social e individual.
Com isso, estudos se iniciaram para uma maior aplicação dos jogos,
brinquedos e brincadeiras nos quesitos educacionais, pois sua boa administração
pode trazer melhores resultados no processo aprendizagem.
6
CAPÍTULO I
HISTÓRIA DOS JOGOS, BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS
É fácil imaginar o quanto histórico é os jogos, brinquedos e brincadeiras
presente na humanidade, fica mais evidente ainda quando nos deparamos com
fatos, como o revelado por uma pesquisa, que descobriram um brinquedo, na
Turquia, com mais de 5.000 anos de idade, uma miniatura de carruagem encontrada
no túmulo de um menino da época da Idade do Bronze. Verifica-se assim, que os
divertimentos fazem parte a muito tempo de nossa civilização.
Ao decorrer dos tempos percebeu-se que os jogos, brinquedos e brincadeiras,
que eram ensinados dos pais para os filhos, como mostra relatos da antiguidade e é
verificado até hoje, muito mais do que diversão, tinha uma ótima relação no
desenvolvimento da criança. Deste modo, na educação, o lúdico (jogos, brinquedos
e brincadeiras) tornava o processo educacional menos “atormentador”, fazendo com
que o educando desenvolvesse um interesse maior pela aprendizagem, como era o
caso da educação física na antiguidade, em que os alunos tinham liberdade para
brincarem do que quisessem.
Com isso, o olhar para o lúdico interligado com a educação iniciou-se em
meados dos anos 367 a.C com postulações de Platão (nome verdadeiro Aristócles
427 - 347 a.C) que dizia, que as atividades educativas deveriam ser realizadas
através de jogos. Assim como Platão, o escritor renascentista francês François
Rabelais (1484 – 1553) afirmava que o ensino deve ser realizado promovendo a
criança o gosto pelas leituras, desenhos, jogos de cartas e fichas. Esses entre outros
teóricos como Rousseau, Pestalozzi, Dewey, Montessori, Vygotsky e Piaget,
contribuíram para o entendimento da relação do lúdico no meio educacional
(SANT’ANNA e NASCIMENTO, 2011).
Destes estudiosos citados, Piaget e Vygotsky deixam bem claro que o
desenvolvimento das crianças contém estágios que devem ser bem trabalhados,
com mediações bem aplicadas para o pleno entendimento dos alunos e
consequentemente uma melhor evolução.
No Brasil, o lúdico como auxílio do ensino também contém um histórico, como
é o caso da catequização dos índios realizado pelos jesuítas na época da
colonização. O Brasil é rico em mistura de povos e raças, o que faz com que os
7
jogos e brincadeiras de nossa história até os dias atuais seja de grande diversidade,
pois cada povo trouxe seus costumes para nosso país, fazendo com que o lúdico
tenha passado de geração em geração, o que nos promove hoje um grande
instrumento para a educação.
A educação vivenciada em nosso país veio de várias transformações ao
decorrer dos anos, e os resultados delas são refletidas hoje, uma educação que não
evolui, que não incentiva, que não atrai seus alunos para o mundo do conhecimento.
O lúdico como complemento pedagógico pode fazer com que nossa herança cultural
vinda de vários povos seja útil para o desenvolver da sabedoria, e não fique apenas
como um fato histórico para viver o lazer.
8
CAPÍTULO II
A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR E DO APRENDER DAS CRIANÇAS NA
EDUCAÇÃO INFANTIL
Um dos objetivos desse trabalho é mostrar a importância do brincar da
criança na educação infantil, enfocando o brincar durante o processo de
desenvolvimento enquanto ser humano, e a sua contribuição para o
desenvolvimento no ensino e a aprendizagem na educação infantil, enfatizando, o
prazer de descobrir o mundo em que está inserida, através da brincadeira, na
construção do seu caráter, sua formação moral e social, de acordo com o ambiente
no qual se encontra. As brincadeiras são enfocadas como instrumento pedagógico
de suma importância no desenvolvimento, na aprendizagem da criança. Estas
atividades ajudam a construir conhecimento e ainda proporcionam momentos
lúdicos e prazerosos para o desenvolvimento da criança.
O ato de brincar se destaca com fundamental importância no processo de
aprendizagem da criança enquanto ser humano, pois não se trata só de um
momento de diversão, mas ao mesmo tempo, acontece a formação da assimilação
de conhecimentos da criança, que será levada para sua vida futura.
O brincar como recurso pedagógico, que proporciona à criança momentos em
que ela pode mostrar sua agilidade através da competição, refletir sobre o fazer,
organizar e desorganizar, construir e reconstruir, crescer nos aspectos culturais e
sociais como parte essencial de uma sociedade, a importância desse momento
mágico que é o brincar na educação infantil e porque a criança precisa desse tempo,
para o exercício do pensamento e da aprendizagem, tornando essa base como um
alicerce para a formação da criança como ser especial de uma sociedade.
O ato de brincar nos possibilita uma análise de como a criança descobre o
mundo no espaço escolar através das brincadeiras, exercitando a imaginação,
desenvolvendo sua personalidade e suas habilidades, expressando sua autonomia
diante dos objetos, trabalhando seu emocional e ampliando seus horizontes através
da participação nas atividades lúdicas.
Com esta reflexão consta-se que, as crianças pequenas adoram brincar, a
importância do brincar e alguns recursos que proporciona a criança momentos em
que ela pode mostrar sua aprendizagem, desenvolvimento, agilidade através da
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competição, da socialização com outras crianças, para refletir sobre o fazer, organizar
e desorganizar, construir e reconstruir o seu desenvolvimento para crescer nos
aspectos cultural e social como parte essencial de uma sociedade do aprender.
Portanto, enfatizamos a importância desse momento mágico que é o brincar e
o aprender na educação infantil e porque a criança precisa desse tempo, que as
brincadeiras sejam de maneira prazerosa, lúdicas buscando envolvê-lo a criança e a
interagir no prazer de aprender brincando, e tornar essa brincadeira em uma fonte
para o exercício do desenvolvimento do pensamento e da aprendizagem, tornando-
se essa base como um alicerce para a formação da criança como ser especial para
uma sociedade do bem.
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CAPÍTULO III
O BRINCAR NA EDUCAÇÃO ESPECIAL
A Educação Inclusiva tem como base o princípio de que todos podem
aprender e que as diferenças de aprendizagem devem ser observadas e
trabalhadas, o que se torna complicado com as práticas tradicionais de ensino. O
professor deve perceber o aluno e toda a singularidade do mesmo para conseguir
atender suas necessidades especiais. Assim, o lúdico vem como proposta para
tornar a educação mais agradável.
“O aprendizado deve acontecer dentro de um ambiente que
seja agradável e atrativo aos aprendizes, além de respeitar
aos diferentes níveis de raciocínio e as habilidades que são
próprias de cada etapa do desenvolvimento humano. Com a
utilização dos jogos o professor pode propiciar aos alunos a
vivência em equipe, desenvolver a criatividade e a
imaginação, além de proporcionar oportunidades de
autoconhecimento, de descobertas de potencialidades,
promover a formação da autoestima e a prática de exercícios
de relacionamento social. Mas, para isso ocorrer, deve estar
convencido de que o jogo é um instrumento cognitivo e
afetivamente significativo e que pode trazer enriquecimento
das atividades pedagógicas. ” (OLIVEIRA, 2003, p.123-124).
O lúdico resulta em conquistas para os alunos em relação a aprendizagem,
como o aumento da oralidade, a maior capacidade de concentração e maior
cooperação entre as crianças. Dessa forma os jogos podem ser empregados de
várias formas no processo de aprendizagem, deixando de ser um recurso de
emergência ao final da aula para ser eixo do processo da educação inclusiva.
No cenário da deficiência auditiva, as crianças portadoras precisam de mais
estímulos e de mais repetições, o que exige um grande esforço de atenção, fazendo
com que a criança não goste de fazer os exercícios. Usando da estratégia dos jogos
e das brincadeiras, a criatividade se torna mola propulsora para o desenvolvimento
intelectual. Isso faz com que o aluno adquira capacidade de linguagem, ajudando-a
a pedir, fazer perguntas e enriquecendo sua comunicação.
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Organização Laramara
A organização Laramara – Associação Brasileira de Assistência à Pessoa
com Deficiência Visual, fica em São Paulo. Foi criada para o atendimento
especializado às crianças com deficiência visual e utiliza propostas lúdicas,
acreditando no brincar como meio facilitador do desenvolvimento integral de
crianças e adolescentes.
Estas crianças possuem necessidades específicas em relação à interação e
comunicação com o meio, os necessitando de procedimentos diferenciados no
processo ensino-aprendizagem e que os brinquedos especiais e adaptados são
imprescindíveis para ajuda-las a ser ativas e participantes. Pensando nisso a
Laramara começou a criar e confeccionar brinquedos especiais e adaptados que
procuravam facilitar a experiência e integração sensorial, o conhecimento de muitos
objetos do ambiente, pelo tato, pelo som, pelo aroma, pelo nome, por seu uso e
função; ajudavam na aquisição da consciência corporal, na autonomia para a
realização das atividades do dia a dia, independência para a locomoção e integração
ao ambiente; auxiliavam as crianças a ter contato com o Braille desde muito
pequenas. Esses brinquedos também promovem a inclusão, pois aproxima a criança
da família e propicia que todas as crianças brinquem juntas, inclusive as que não
são portadoras de deficiência.
Dois dos projetos da organização são: “Projeto Brincar Feliz” e “Projeto Coisa
de Mãe”. O primeiro leva professores de creches e escolas de educação infantil para
participar de palestras e oficinas sobre brincadeiras e brinquedos e sobre deficiência
visual e ainda leva 450 crianças da creche para brincar na instituição junto com as
crianças portadoras de deficiência visual, o que contribui no combate ao preconceito
e bullying. O segundo distribui brinquedos no dia das crianças, juntamente com
orientação de profissionais, para que os pais usem os brinquedos de forma que
favoreça o desenvolvimento de seus filhos.
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CAPÍTULO IV
JOGOS DIDÁTICOS PARA O ENSINO DE CIÊNCIAS
Percebe-se que no Brasil, a questão do ensino de ciências nas fases
anteriores ao ensino médio não é abordada com a devida importância. O ensino de
ciências na formação do indivíduo, seja o indivíduo uma criança nos anos iniciais ou
um pré-adolescente já no segundo segmento do ensino fundamental é
extremamente valioso para a construção de conhecimento e pensamento científico
que os ajudarão em fases posteriores.
Com a tecnologia tomando a frente no desenvolvimento em proporções
globais, o ensino deve ser realizado de uma forma que instigue e estimule o aluno,
em outras palavras, a escola deve ser um espaço de inovação, de experimentação e
de novos métodos.
Os jogos se mostram uma ótima ferramenta de se trabalhar em sala. Por
serem jogos didáticos, o objetivo é jogar uns com os outros, assim gerando brecha
para o desenvolvimento de várias competências onde os alunos aprendem a
relacionar, a questionar e a construir, sendo estes alguns dos itens necessários para
a formação do pensamento científico; o jogo poderá ser uma alternativa que
desperte no aluno a curiosidade e a vontade de aprender.
Os jogos segundo a perspectiva de Vygotsky
O jogo em si, tem por sua natureza entreter o indivíduo que o joga, mas ele
pode ir muito além dessa função básica. Vygotsky acreditava que os jogos tinham
um papel importante no desenvolvimento da criança juntamente com a brincadeira.
Tendo em mente que o aprendizado acontece mediante a interações, o jogo didático
e o jogo lúdico-didático tem uma ação na zona de desenvolvimento proximal da
criança, ou seja, cria-se condições para que certos conhecimentos sejam
consolidados ao exercitar no plano imaginativo capacidades de imaginar situações,
representar papéis e entre outros.
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Crianças brincando de policial e motorista - Vygotsky, (1991) define que no brincar a criança cria e
expressa uma situação imaginária, projeta-se nas atividades adultas de sua cultura e ensaia seus
futuros papéis e valores, o que se está entendendo neste trabalho por Brincadeiras de Papéis de
Sociais
A luz do que Vygotsky disse, podemos aproveitar dessa relação que a criança
tem com o brincar, para poder estimular, despertar ou instigar a curiosidade para os
fenômenos naturais que ocorrem entorno da criança, assim, plantando a semente da
curiosidade para saber o porquê das coisas, onde através do jogo, sejam criados
processos de aprendizagem e desenvolvimento, internalizando e promovendo a
noção básica intuitiva. Segundo Vygotsky (1989), “O jogo da criança não é uma
recordação simples do vivido, mas sim a transformação criadora das impressões
para a formação de uma nova realidade que responda às exigências e inclinações
dela mesma”. Assim, no espaço escolar, o jogo pode ser um veículo para o
desenvolvimento social, emocional e intelectual dos alunos.
Jogos para o ensino de física no ensino fundamental
Comumente o ensino da física é focado nos 1º, 2º e 3º ano do ensino médio.
Percebe-se que os alunos ao chegarem no ensino médio tendem a ter muitos
problemas em relação as ciências exatas. Tanto a matemática quanto a física,
juntamente com a química, são matérias “problemáticas” para os alunos. Segundo
os Parâmetros Curriculares Nacionais (1998), o ensino de ciências naturais é
totalmente respaldado ainda em métodos não produtivos, métodos que não
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estimulam o interesse do estudante, claramente apontando para um problema
estrutural nas escolas dos ciclos finais, ao somente adotar a aula expositiva para o
ensino das ciências. Visando introduzir essas disciplinas de uma forma lúdica, Marcos
Gervânio de Azevedo Melo com Viajando pelo universo (2011) e Gracilane Almeida
Duarte, Celia Maria de Sousa Limeira, Marcos Gervânio de Azevedo Melo com Jogo
de forças (2015) são autores de interessantes jogos de física para o ensino
fundamental, assim dando uma outra perspectiva ao aluno, sobre o conteúdo da
matéria de ciências, nesse caso a física.
Jogo de Forças
O ”jogo de forças” é composto por 36 cartas diferenciadas em duas cores,
verde e vermelha. A distribuição tem a seguinte composição: 8 cartas com figuras de
ímãs, sendo 4 verdes e 4 vermelhas; 8 cartas com figuras de massas, sendo 4
verdes e 4 vermelhas e 8 cartas com figuras de cargas elétricas, sendo 4 verdes e 4
vermelhas. O jogo apresenta também mais 6 cartas verdes: 4 de atração e 2 de
repulsão; e 6 cartas vermelhas; 4 de atração e 2 de repulsão.
Cartas do jogo
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O “jogo de forças” foi desenvolvido para ser jogado por 2 ou 4 jogadores e há,
no decorrer de seu processo a distribuição de 6 cartas para cada participante. Caso
o jogo se desenvolva com 4 jogadores, recomenda-se a divisão em duplas,
semelhante ao dominó, cada uma escolhendo a cor que irá usar na atividade. O jogo
se inicia com um participante “comprando” uma carta à mesa – de atração ou
repulsão – e descartando a mesma juntamente com uma das seis que lhe pertença.
Um exemplo que podemos destacar: o jogador compra a carta vermelha de atração
e joga juntamente com a carta vermelha da carga negativa. Para formar uma trinca,
o próximo a jogar, deverá colocar a carta vermelha de carga positiva e formar,
assim, a trinca. Se o mesmo não possuir tal carta, passa a vez para o próximo.
Trincas de Forças.
Se a dupla formadora desta trinca escolhera a cor vermelha, eles marcam um
ponto. Se ocorre o contrário, eles não deixam a dupla “vermelha” marcar. O jogo
acaba quando um dos participantes jogar a sua última carta. Vencerá o jogo aquela
dupla que formar mais trincas.
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CAPÍTULO V
BRINQUEDOS POR PERÍODO DE DESENVOLVIMENTO
Baseado no texto "A formação social da mente" de Vygotsky, mais
precisamente no capítulo 7 "O papel do brinquedo no desenvolvimento", analisa-se
que as fases do desenvolvimento das crianças podem ser aprimoradas com o
simples ato de brincar, onde cada criança desenvolve suas ações de acordo com a
faixa etária vivenciada e a maturação das suas necessidades, utilizando os
brinquedos e suas peculiaridades.
Observando esse cenário, de acordo com teorias de Vygotsky e Piaget,
verifica-se que alguns brinquedo podem ser utilizados para desenvolver os sistemas
biológicos e sociais das crianças em cada fase de sua evolução.
Para o período sensório-motor (0 a 2 anos) o chocalho pode ser um ótimo
brinquedo, pois crianças dessa faixa etária não tem a capacidade de imaginar além
do que ela vê e manipula. Assim, esse brinquedo pode auxiliar no desenvolvimento
do sistema sensorial.
Para o período pré-operatório (2 a 7 anos) a catapulta de latinhas pode agir
como um bom propulsor das fantasias, pois nessa idade, tanto segundo Piaget
quanto Vygotsky, a criança começa a desenvolver à imaginação. Como ainda é
egocêntrica e, de acordo com esse texto de Vygotsky, todos os brinquedos que
envolvem imaginação ou não possuem regras ajudam no desenvolvimento dessa
faixa etária. A catapulta de latinhas, que além de ter um aspecto muito interessante,
ajuda na imaginação da distância que promoverá o maior acerto (maior número de
latinhas derrubadas) feito pela criança.
Para o período das operações concretas (7 a 11, 12 anos) o telefone com fio
pode auxiliar no desenvolvimento social, pois nessa faixa etária, a criança começa a
ter a necessidade de trabalhar em grupo e estabelecer relações. E esse brinquedo
requer uma atividade que precisa de outros participantes no momento da confecção
e também na hora de brincar.
Para o período das operações formais (12 anos em diante) o arco e flecha
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pode ser útil, pois a criança além de aperfeiçoar às habilidades dos períodos
anteriores, ela começa a raciocinar sobre hipóteses e conceitos que ocorrem
durante as atividades. Nesse caso, o arco e flecha necessita da atenção ao puxar à
corda, imaginar à direção da flecha, analisar à direção do vento, entre outras
variáveis.
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