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FACULDADE DE TECNOLOGIA DE SANTO ANDR
Tecnologia em Mecnica Automobilstica
Adriel Maia do Amaral
Iara de Jesus Loureno
Luiz Belice Destefane
SISTEMA DE DIREO AUXILIAR PARA DEFICIENTES
Santo Andr
2018
2
Adriel Maia do Amaral 1131513002
Iara de Jesus Loureno 1131513021
Luiz Belice Destefane 1131513026
SISTEMA DE DIREO AUXILIAR PARA DEFICIENTES
Trabalho de Concluso de Curso apresentado ao
Curso Tecnolgico em Mecnica Automobilstica
da FATEC Santo Andr, orientado pelo Prof. Dr.
Roberto Bortolussi como requisito parcial para
obteno do ttulo de Tecnlogo em Mecnica
Automobilstica.
Santo Andr
2018
3
A485s
Amaral, Adriel Maia do Sistema de direo auxiliar para deficientes / Adriel Maia do Amaral, Iara de Jesus Loureno, Luiz Belice Destefane. - Santo Andr, 2018. 82f: il. Trabalho de Concluso de Curso FATEC Santo Andr.
Curso de Tecnologia em Mecnica Automobilstica, 2018. Orientador: Prof. Dr. Roberto Bortolussi
1. Mecnica. 2. Veculos. 3. Direo auxiliar. 4. Sistema. 5. Acessibilidade. 6. Dispositivo eletrnico. 7. Adaptao. I. Loureno, Iara de Jesus. II. Destefane, Luiz Belice. III. Sistema de direo auxiliar para deficientes.
621.389
4
5
Dedicatria
Dedicamos este trabalho a todas as pessoas que acreditam na capacidade do
ser humano de se adaptar, que creem que dificuldades nos fortalecem e nos levam a
superaes e assim os nossos limites e os impostos pela sociedade so
ultrapassados. Fizemos esse trabalho pensando em divulgar e incentivar pessoas
com necessidades especiais a conduzirem um veculo.
6
Agradecimentos
Gostaramos de agradecer todas as pessoas que contriburam, direta ou
indiretamente para execuo deste trabalho, em especial, gostaramos de destacar:
Nossos pais, por todo apoio durante o curso.
Nossas namoradas, pela compreenso e pacincia.
Nosso Professor orientador, Roberto Bortolussi, pelo suporte necessrio e pelo
direcionamento do nosso trabalho.
Ao nosso Professor Fernando Garup, pela ajuda e orientao nas questes
referentes escolha e realizao do TCC.
Fatec Santo Andr pelo ambiente amigvel e criativo que nos proporcionou
muitos aprendizados e crescimento.
Nossos amigos de sala, que nos acompanharam durante essa jornada e com
os quais compartilhamos muitas histrias e bons momentos.
7
Se um lugar no permitir o acesso de todos,
esse lugar deficiente.
Thais Frota
(Arquiteta especializada em acessibilidade)
8
Resumo
O objetivo deste projeto foi desenvolver um dispositivo que permita pessoas
com deficincias em ambos os membros superiores dirijam um automvel, passando
pelos processos de legalizao de adaptao veicular, obteno de CNH especial
sendo esses os processos que se enquadram no princpio acessibilidade a esse
grupo de pessoas. Atravs da ferramenta CAD foi desenvolvido um modelo 3D onde
possvel realizar simulaes de movimento, identificar todos os componentes que
compem o modelo e seu posicionamento dentro do conjunto bem como sua
funcionalidade. Com o modelo 3D, foi realizado uma anlise de esforos para verificar
e confirmar a segurana que o dispositivo fornece ao deficiente, demonstrando sua
eficcia em relao as foras aplicadas, tendo como resultados obtidos que pontos
crticos do dispositivo que sofrem grandes esforos suportam foras maiores do que
as aplicadas para efeito de testes
Palavras-chaves: Acessibilidade, Direo Automotiva, Adaptao Automotiva, Volante
Auxiliar, Adaptao Direo, Volante Para os Ps
9
Abstract
The aim of this project was to develop a device that allows people with
disabilities in both upper limbs to drive a car, through the legalization processes of
vehicular adaptation, obtaining special CNH being those processes that They fall under
the "accessibility" principle to this group of people. Through the CAD tool was
developed a 3d model where it is possible to perform simulations of motion, identify all
components that make up the model and its positioning within the set as well as its
functionality. With the 3d model, an analysis of efforts was conducted to verify and
confirm the safety that the device provides to the disabled, demonstrating its
effectiveness in relation to the applied forces, having as results obtained that critical
points of the device that Major efforts support higher forces than those applied for
testing purposes.
Keywords: Accessibility, Automotive Driving, Automotive Adaptation, auxiliary steering
wheel, adaptation direction, steering wheel for feet.
10
Lista de Imagens
Figura 1 - Campo da CNH ......................................................................................... 20
Figura 2 - Controle de Comandos Eltricos .............................................................. 22
Figura 3 - Auxiliar de Acionamento de Freio de Estacionamento Manual ................. 22
Figura 4 - Comando Manual Universal ...................................................................... 23
Figura 5 - Central Comandos ao Volante .................................................................. 24
Figura 6 - Central Comandos ao Volante nos Ps .................................................... 25
Figura 7 - Acelerador Esquerdo ................................................................................ 25
Figura 9 - Auxiliar de Acionamento do Freio de Estacionamento Eltrico ................. 26
Figura 8 - Dispositivo do Freio Eltrico ...................................................................... 26
Figura 10 - Montagem Superior ................................................................................. 29
Figura 11 - Montagem Inferior ................................................................................... 30
Figura 12 - Posio de Polias .................................................................................... 31
Figura 13 - Projeto Completo .................................................................................... 32
Figura 14 - Simulao ............................................................................................... 36
file:///C:/Users/iara.lourenco/Downloads/Monografia%20Final%20Ultimos%20Ajustes%20Ps%20Banca%2007-07-18.docx%23_Toc519184249file:///C:/Users/iara.lourenco/Downloads/Monografia%20Final%20Ultimos%20Ajustes%20Ps%20Banca%2007-07-18.docx%23_Toc519184250file:///C:/Users/iara.lourenco/Downloads/Monografia%20Final%20Ultimos%20Ajustes%20Ps%20Banca%2007-07-18.docx%23_Toc519184251file:///C:/Users/iara.lourenco/Downloads/Monografia%20Final%20Ultimos%20Ajustes%20Ps%20Banca%2007-07-18.docx%23_Toc519184252file:///C:/Users/iara.lourenco/Downloads/Monografia%20Final%20Ultimos%20Ajustes%20Ps%20Banca%2007-07-18.docx%23_Toc519184253file:///C:/Users/iara.lourenco/Downloads/Monografia%20Final%20Ultimos%20Ajustes%20Ps%20Banca%2007-07-18.docx%23_Toc519184254file:///C:/Users/iara.lourenco/Downloads/Monografia%20Final%20Ultimos%20Ajustes%20Ps%20Banca%2007-07-18.docx%23_Toc519184255file:///C:/Users/iara.lourenco/Downloads/Monografia%20Final%20Ultimos%20Ajustes%20Ps%20Banca%2007-07-18.docx%23_Toc519184256
11
Lista de Quadros
Quadro 1 - Comandos com as Mos ......................................................................... 27
Quadro 2 - Comandos com os Ps ........................................................................... 27
12
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ART. Artigo
CFC Centro de Formao de Condutores
CNH Carteira Nacional de Habilitao
CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambiente
CONTRAN Conselho Nacional de Trnsito
CPF Cadastro de Pessoa Fsica
CRLV Certificado de Registro e Licenciamento de Veculos
CTB Cdigo de Trnsito Brasileiro
DETRAN Departamento de Trnsito
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica
INMETRO Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia
RENACH Registro Nacional de Carteira de Habilitao
13
Sumrio 1 Introduo ........................................................................................................................ 15
2 Acessibilidade no Ambiente Automotivo ..................................................................... 16
2.1 Processo de Legalizao da Adaptao ............................................................. 16
2.1.1 Cdigo de Trnsito Brasileiro (CTB) .................................................................... 17
2.2 Processo de Obteno de CNH Especial ........................................................... 18
2.2.1 Autoescola .......................................................................................................... 19
2.2.2 Exame Mdico .................................................................................................... 19
2.2.3 Prova Prtica ....................................................................................................... 19
3 Desenvolvimento do projeto ......................................................................................... 21
3.1 Anlise das Adaptaes Automotivas ................................................................. 21
3.1.1 Controle de comandos eltricos ......................................................................... 21
3.1.2 Auxiliar acionamento freio de estacionamento manual .................................... 22
3.1.3 Comando manual universal ................................................................................ 23
3.1.4 Controles auxiliares via cabo .............................................................................. 23
3.1.5 Acelerador esquerdo .......................................................................................... 25
3.1.6 Eletrificao do freio........................................................................................... 26
3.2 Anlise das Necessidades para Adaptao ....................................................... 27
4 Projeto .............................................................................................................................. 28
4.1 Detalhamento do Projeto ....................................................................................... 28
4.2 Clculos .................................................................................................................... 33
4.3 Fora Aplicada no Volante Auxiliar ...................................................................... 33
4.4 Esforo no Eixo de Direo ................................................................................... 34
4.5 Anlise ...................................................................................................................... 35
5 Concluso ........................................................................................................................ 38
6 Trabalhos Futuros .......................................................................................................... 39
7 Bibliografia ....................................................................................................................... 41
Apndice AA Questionrio sobre exame Mdico .......................................................... 43
Apndice AB Questionrio sobre a Inspeo Veicular ................................................. 45
Apndice AC Questionrio para Autoescola .................................................................. 47
Apndice AD Desenho tcnico do acoplamento do volante inferior .......................... 49
14
Apndice AE Desenho tcnico da base da caixa de apoio do p .............................. 50
Apndice AF Desenhos tcnico da caixa de apoio do p ........................................... 51
Apndice AG Desenhos tcnico da cantoneira de fixao da tampa ........................ 52
Apndice AH Desenho tcnico da chapa de apoio do p ........................................... 53
Apndice AI Desenho tcnico da chapa do esticador .................................................. 54
Apndice AJ Desenho tcnico do distanciador da polia .............................................. 55
Apndice AK Desenho tcnico do eixo esticador ......................................................... 56
Apndice AL Desenho tcnico do eixo motor ................................................................ 57
Apndice AM Desenho tcnico do eixo movido ............................................................ 58
Apndice AN Desenho tcnico do mancal de rolamento da base ............................. 59
Apndice AO Desenho tcnico da polia 22 8M 20 ....................................................... 60
Apndice AP Desenho tcnico de proteo inferior da engrenagem ........................ 61
Apndice AQ Desenho tcnico da proteo superior da engrenagem ..................... 62
Apndice AR Desenho tcnico da tampa da caixa ....................................................... 63
Apndice AS Desenho tcnico da trava da polia .......................................................... 64
Apndice AT Desenho tcnico da polia 22 8M 20 para rolamento ............................ 65
Apndice AU Desenho tcnico da bucha da engrenagem .......................................... 66
Apndice AV Desenho tcnico do distanciador esticador fixo .................................... 67
Apndice AX Desenho tcnico do distanciador esticador mvel ............................... 68
Apndice AY Desenho tcnico do distanciador mancal ............................................... 69
Apndice AZ Desenho tcnico do eixo da engrenagem .............................................. 70
Apndice BA Desenho tcnico da engrenagem bipartida ........................................... 71
Apndice BB Desenho tcnico da engrenagem ............................................................ 72
Apndice BC Desenho tcnico do mancal do rolamento da engrenagem ............... 73
Apndice BD Desenho tcnico do pomo do p ............................................................. 74
Apndice BE Desenho tcnico da trava da engrenagem ............................................ 75
Apndice BF Relatrio de Simulao do Fusion 360 ................................................... 76
8 Anexo A Anexo XV da Resoluo 474 CONTRAN ............................................... 82
15
1 Introduo
O ltimo senso realizado pelo IBGE em 2010, identificou que existem 45,6
milhes de deficientes no Brasil, sendo que destes, 13 milhes tem deficincia motora.
Dos 13 milhes de pessoas com deficincia motora, 8,55 milhes esto entre 20 a 69
anos de idade, ou seja, potenciais motoristas, sendo 3,2 milhes de mulheres e 5,3
milhes de homens.
Observando esses dados que foi motivado a criao desse projeto. Para levar
ao leitor informaes e possveis solues, para que haja a incluso dessa fatia de
pessoas na sociedade, oferecendo-lhes a possibilidade de autonomia em seu
deslocamento operando um veculo
Este trabalho tem como objetivo desenvolver um dispositivo que adaptado a
coluna de direo do veculo permita a direo por pessoas com deficincia em ambos
os membros superiores.
Primeiramente ser abordado a questo jurdica e documental necessrias
para que um veculo comum possa sofrer adaptaes e os processos para obteno
de uma Carteira Nacional de Habilitao (CNH) Especial, que permite um deficiente
fsico dirigir.
Em seguida, ser apresentado algumas adaptaes disponveis no mercado e
por ltimo, a apresentao do projeto principal detalhado, com os estudos, analises e
concluses em relao ao projeto.
Para a elaborao deste projeto foi utilizado o conhecimento adquirido em sala
de aula como, clculos de estruturas, sistemas de direo, desenho tcnico entre
outras. Com a anlise das necessidades de um motorista na conduo de um veculo
e da legislao existente, ser desenvolvido um projeto do equipamento que atenda
s necessidades e expectativas do usurio e os padres de segurana e
confiabilidade.
16
2 Acessibilidade no Ambiente Automotivo
O termo acessibilidade significa incluir a pessoa com deficincia na participao
de atividades como o uso de produtos, servios e informaes. Alguns exemplos so
os prdios com rampas de acesso para cadeira de rodas e banheiros adaptados para
deficientes. (www.brasil.gov.br/acessibilidade - 2017)
Em ambiente de trafego essa acessibilidade pode ser entendida como facilitar
ao deficiente, no s o transporte e locomoo dos mesmos, como tambm
proporcionar autonomia, para que possam ser responsveis pelo seu prprio
translado sem a dependncia de outrem.
Pensando nisso que o CONTRAN (Conselho Nacional de Transito) permite a
deficientes tirar sua CNH (Carteira Nacional de Habilitao) especial. Uma habilitao
como de qualquer pessoa que o permite dirigir um veculo, desde que este esteja com
adaptaes exigidas por um mdico perito.
Porm, essas adaptaes, quando modificam parte estrutural de direo do
veculo, precisam ser inspecionadas e aprovadas por instituies credenciadas pelo
INMETRO, para assegurar a funcionalidade e segurana de tais adaptaes.
A obteno da CNH especial, assim como a aprovao da adaptao, so dois
processos tanto complexos e burocrticos quanto deficientes em divulgao, ento
em seguida, ambos sero descritos de forma mais clara e simplificada.
2.1 Processo de Legalizao da Adaptao
No exame de aptido fsica e mental que o mdico indica a adaptao
necessria, para que a pessoa avaliada possa dirigir. Porm a adaptao de forma
efetiva tambm exige cumprir algumas leis, normas e padres de conformidade e
segurana
17
2.1.1 Cdigo de Trnsito Brasileiro (CTB)
O cdigo de trnsito brasileiro faz meno a adaptaes veiculares, conforme
art. 123 e 124 da Lei n9.503 de 23 de setembro de 1997 que consta no Cdigo de
Trnsito Brasileiro de 2016
Art. 123. Ser obrigatria a expedio de novo Certificado de Registro
de Veculo quando:
I - for transferida a propriedade;
II -o proprietrio mudar o Municpio de domiclio ou
residncia;
III - for alterada qualquer caracterstica do veculo;
IV - houver mudana de categoria.
Art. 124. Para a expedio do novo Certificado de Registro de
Veculo sero exigidos os seguintes documentos:
I - Certificado de Registro de Veculo anterior;
II - Certificado de Licenciamento Anual;
III - comprovante de transferncia de propriedade, quando
for o caso, conforme modelo e normas estabelecidas pelo CONTRAN;
IV - Certificado de Segurana Veicular e de emisso
de poluentes e rudo, quando houver adaptao ou alterao de
caractersticas do veculo;
V - comprovante de procedncia e justificativa da
propriedade dos componentes e agregados adaptados ou
montados no veculo, quando houver alterao das
caractersticas originais de fbrica;
VI - autorizao do Ministrio das Relaes Exteriores, no
caso de veculo da categoria de misses diplomticas, de reparties
consulares de carreira, de representaes de organismos
internacionais e de seus integrantes;
VII - certido negativa de roubo ou furto de veculo,
expedida no Municpio do registro anterior, que poder ser substituda
por informao do RENAVAM;
18
VIII - comprovante de quitao de dbitos relativos a
tributos, encargos e multas de trnsito vinculados ao veculo,
independentemente da responsabilidade pelas infraes cometidas;
IX - Registro Nacional de Transportadores Rodovirios, no
caso de veculos de carga; (Revogado pela Lei n 9.602, de
1998)
X - comprovante relativo ao cumprimento do disposto no
art. 98, quando houver alterao nas caractersticas originais do
veculo que afetem a emisso de poluentes e rudo;
XI - comprovante de aprovao de inspeo veicular e de
poluentes e rudo, quando for o caso, conforme regulamentaes do
CONTRAN e do CONAMA.
O no cumprimento do Art. 124 do Cdigo de Trnsito Brasileiro, pode sofrer
as seguintes consequncias descritas art. 162 da Lei n9.503 de 23 de setembro de
1997 que consta no Cdigo de Trnsito Brasileiro
Art. 162. Dirigir veculo:
VI - sem usar lentes corretoras de viso, aparelho auxiliar de
audio, de prtese fsica ou as adaptaes do veculo impostas por
ocasio da concesso ou da renovao da licena para conduzir:
Infrao - gravssima;
Penalidade - multa;
Medida administrativa - reteno do veculo at o
saneamento da irregularidade ou apresentao de condutor
habilitado.
2.2 Processo de Obteno de CNH Especial
Como a vida do deficiente fsico no Brasil, talvez a conquista do direito de dirigir,
atravs da CNH especial pode parecer difcil e complexa. Entretanto, o objetivo do
trabalho facilitar a vida dessas pessoas e tornar sua autonomia possvel de uma
forma mais simples, logo, nesse item ser descrito tudo que necessrio para que
uma pessoa com deficincia fsica consiga tirar sua primeira habilitao.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9602.htm#art7http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9602.htm#art7
19
2.2.1 Autoescola
O processo para a obteno da CNH especial junto a autoescola o mesmo
processo da CNH comum, com exceo do exame mdico e prova prtica. Os
documentos exigidos, assim como os requisitos bsicos, como de idade mnima de
18 anos, por exemplo, so os mesmos, tanto para pessoas com deficincia fsica ou
no.
As aulas tericas tambm no mudam em nada do padro.
As aulas prticas de direo, devero ser feitas em carro com as adaptaes
necessrias e recomendadas pelo examinador mdico. A autoescola dever fornecer
esse carro ao aluno e ter instrutores aptos a dar esse tipo de aula.
2.2.2 Exame Mdico
Uma das alteraes entre uma CNH comum e a CNH especial, o exame
mdico. O exame mdico deve ser feito com um mdico credenciado especialmente
para atender pessoas com deficincias fsicas como vimos no Apndice A.
No exame, o mdico atestar a deficincia e indicar as adaptaes
necessrias para o veculo.
A lista de mdicos credenciados para essa finalidade e o valo do exame
encontra-se no site do Detran.
2.2.3 Prova Prtica
O exame prtico final deve ser feito em uma unidade que tenha banca especial
para a devida avaliao. Caso a unidade em que esteja tirando sua primeira
habilitao no tenha essa banca especial, o atendente do Detran encaminhar a
pessoa com deficincia fsica at a unidade com banca especial mais prxima.
20
O veculo utilizado para a prova prtica poder ser do CFC ou de sua
propriedade ou de parentes como conjugue, pais, filhos e irmos. Nesse caso, deve-
se apresentar documento de licenciamento do veculo (CRLV) j atualizado, vistoriado
e aprovado a adaptao por um estabelecimento credenciado pelo INMETRO e
documento de identificao pessoal, ou, se o veculo for de parentes, documentos que
comprove grau de parentesco, conforme Apndice B e C.
Ao fim do processo de obteno da CNH especial com xito, ser adicionado
ao campo observaes letras do alfabeto que correspondem as restries que so
impostas ao condutor, conforme especificado no Anexo A, e pode-se observar na
figura 1.
Figura 1 - Campo da CNH
Fonte: Detran SP
21
3 Desenvolvimento do projeto
Para o desenvolvimento da adaptao em questo foi pesquisado sobre as
adaptaes comuns no mercado nacional e internacional e realizada uma anlise das
necessidades durante a conduo de um veculo.
3.1 Anlise das Adaptaes Automotivas
Durante a pesquisa de adaptaes existentes, foi selecionado as mais
utilizadas de acordo com pesquisas junto a autoescolas e mdicos credenciados pelo
Detran.
3.1.1 Controle de comandos eltricos
Equipamento que permite o controle dos comandos eltricos de dirigibilidade
como seta, faris, lavadores, limpadores e buzina e do prprio volante do veculo
simultaneamente (figura 2), com apenas uma das mos, sem que o condutor tire a
mo do volante.
(http://www.kivi.com.br/produtos/central_de_comandos_auxiliares_pv3000-2016)
Indicado para pessoas com alguma deficincia ou ausncia de um dos
membros superiores.
http://www.kivi.com.br/produtos/central_de_comandos_auxiliares_pv3000-2016
22
Fonte: Kivi
3.1.2 Auxiliar acionamento freio de estacionamento manual
Este dispositivo usado por motoristas com deficincia no membro superior
direito ou em ambos os membros superiores. Ele pode ser instalado em veculos
equipados com transmisso automtica e direo hidrulica (figura 3).
Facilita a ativao e desativao da alavanca do freio de estacionamento.
A pega, no entanto, manobrvel atravs de uma ligeira presso, inserido na
alavanca do freio de estacionamento, de modo a facilitar a sua utilizao.
(http://www.kivi.com.br/produtos/facilitacao_de_freio_ffam197-2016)
Fonte: Kivi
Figura 2 - Controle de Comandos Eltricos
Figura 3 - Auxiliar de Acionamento de Freio de Estacionamento Manual
http://www.kivi.com.br/produtos/facilitacao_de_freio_ffam197
23
3.1.3 Comando manual universal
Este equipamento (figura 4) transfere os comandos de acelerador e freio de
servio para serem controlados pelo membro superior esquerdo do motorista,
entretanto, atravs de uma empunhadura horizontal posicionada ao lado esquerdo do
volante de direo do veculo.
Seus comandos so, puxando a alavanca obtm-se a acelerao e
empurrando-a contra o painel obtm-se a frenagem.
Indicado para pessoas com algum tipo de deficincia ou ausncia dos membros
inferiores.(http://www.kivi.com.br/produtos/alavanca_radial_rt12-2016)
Fonte: Kivi
3.1.4 Controles auxiliares via cabo
Os cabos de controles auxiliares so utilizados por motoristas com deficincia
em ambos os membros superiores. Eles podem ser instalados em veculos equipados
com transmisso automtica e direo hidrulica. Ele permite que se opere os
controles auxiliares, tais como setas, luzes, buzina, limpadores, sinal de emergncia
e lavador atravs do acionamento de botes convencionais posicionados dentro da
cabine (figura 6), dependendo das necessidades individuais do motorista.
Figura 4 - Comando Manual Universal
http://www.kivi.com.br/produtos/alavanca_radial_rt12
24
Por exemplo, os sensores para a acionamento dos indicadores de direo so
muitas vezes colocados dentro do apoio de cabea (figura 5), uma do lado direito e
outra do lado esquerdo: para inserir as setas basta um leve movimento de presso da
nuca, para desativar basta apenas repetir a ao.
Para acionar a ignio dos limpadores de para-brisa e a luz, e geralmente
instalado um sutil boto no apoio de brao direito ou na porta dianteira esquerda: o
motorista, por meio de uma ligeira presso do antebrao ou cotovelo, ativa os
comandos.
O comando auxiliar via cabo pode tambm ser integrado no punho da
alavanca para acelerao e freio. Isto permite acionar os controles com a mesma mo
que utiliza a alavanca. Os botes so em alto relevo, a sua localizao exata pode ser
facilmente detectada atravs de apenas o movimento da mo, sem ter que desviar o
olhar da estrada.
(http://www.kivi.com.br/produtos/controles_auxiliares_via_cabo_19710-2016)
Figura 5 - Central Comandos ao Volante
Fonte: Kivi
http://www.kivi.com.br/produtos/controles_auxiliares_via_cabo_19710
25
Fonte: Kivi
3.1.5 Acelerador esquerdo
um equipamento que transfere o comando do acelerador para o lado
esquerdo do pedal de freio com uma simples adaptao (figura 7), sem anular o pedal
do acelerador.
Indicado para pessoas que tenham alguma deficincia ou ausncia do membro
inferior direito.
(http://www.kivi.com.br/produtos/pedal_do_acelerador_a_esquerda-2016)
Fonte: Kivi
Figura 7 - Acelerador Esquerdo
Figura 6 - Central Comandos ao Volante nos Ps
http://www.kivi.com.br/produtos/pedal_do_acelerador_a_esquerda-2016
26
3.1.6 Eletrificao do freio
Este dispositivo usado por motoristas com deficincia no membro superior
direito ou em ambos os membros superiores. Pode ser instalado em veculos
equipados com transmisso automtica e direo hidrulica, ambos com alavanca do
freio de estacionamento ou pedal.
Consiste em um atuador eltrico que permite controlar eletricamente o freio de
estacionamento atravs de um boto no painel (figura 8 e 9). equipado com um
dispositivo de segurana que impede uma operao em caso de presena de um
obstculoemseupercurso.(http://www.kivi.com.br/produtos/pedal_do_acelerador_a_e
squerda-2016)
Figura 9 - Dispositivo do Freio Eltrico
Fonte: Kivi
Figura 8 - Auxiliar de Acionamento do Freio de Estacionamento Eltrico
Fonte: Kivi
http://www.kivi.com.br/produtos/pedal_do_acelerador_a_esquerdahttp://www.kivi.com.br/produtos/pedal_do_acelerador_a_esquerdahttp://www.adaptauto.com.br/auxiliar-acionamento-freio-estacionamento-eletrico.html
27
3.2 Anlise das Necessidades para Adaptao
Comandos necessrio na direo veicular, conforme o quadro 1 e quadro 2:
Quadro 1 - Comandos com os ps
Quadro 2 - Comandos com as mos
COMANDOS COM AS MOS
COMANDO ACIONAMENTO PROPOSTO
ABERTURA DE PORTA DESTRAVAMENTO POR SENSOR + BOTO
DE ABERTURA
IGNIO VIA BOTO
CINTO DE SEGURANA VERIFICAR NECESSIDADE DE ADAPTAO
VOLANTE VOLANTE NO PISO (*VERIFICAR
NECESSIDADE EXTRA DE ADAPTAO)
BUZINA VIA BOTO
CAMBIO AUTOMTICO OU AUTOMATIZADO
(VERIFICAR NECESSIDADE DE ADAPTAO)
FREIO DE ESTACIONAMENTO ADAPTAO MECNICA OU ELTRICA
SETAS / LIMPADOR / FAROL / LIMPADOR / PISCA ALERTA
VIA BOTO OU PEDAL OU COMANDO DE VOZ
VIDROS E TRAVAS VIA BOTO (VERIFICAR NECESSIDADE DE
REPOSICIONAMENTO)
RETROVISOR ELTRICO
CENTRAL MULTIMDIA E AR CONDICIONADO
VIA BOTO OU PEDAL OU COMANDO DE VOZ
COMANDOS COM OS PS
COMANDO ACIONAMENTO PROBLEMA SOLUO
ACELERADOR P DIREITO
-
FREIO -
EMBREAGEM P ESQUERDO P SER USADO
NO VOLANTE AUXILIAR
EMBREAGEM AUTOMATIZADA OU
AUTOMTICA
28
4 Projeto
O projeto consiste em transferir o movimento do volante do dispositivo auxiliar
instalado no assoalho para o volante original do carro.
Pode-se dividir esse projeto em duas partes. Uma primeira, a instalao de
uma engrenagem ao eixo de direo do veculo, que recebe o movimento feito pelo
usurio no dispositivo, e a segunda parte seria o dispositivo propriamente dito, que
instalado no assoalho do veculo, prximo aos pedais de comando.
4.1 Detalhamento do Projeto
Nesta primeira parte, o eixo de direo do veculo, por se tratar de uma pea
de item de segurana, no foi realizada alterao estrutural, porm foi necessrio
acoplar uma engrenagem no mesmo.
Para receber o torque aplicado pelo usurio, vindo do dispositivo, usado um
par engrenado, onde uma engrenagem e uma bucha bipartida fixada abraando o
eixo de direo e sendo presa, atravs de compresso da bucha, que alm de
bipartida cnica e a outra fixada junto a primeira atravs de uma caixa que tem
como funo, alm de unir as duas engrenagens, isol-las para no deixa-las
expostas no veculo, conforme figura 10.
29
Figura 10 - Montagem Superior
Fonte: Autores
A juno desses dois componentes (bucha e engrenagem) ao eixo de direo
se d pela fora de contato entre eixo, bucha e engrenagem e recebero o torque
vindo do dispositivo, fixado ao assoalho do veculo, e operado pelo usurio. Por esse
motivo, um ponto crtico, onde deve-se garantir o travamento desse conjunto,
assegurando que no aja nenhum escorregamento.
A segunda parte o dispositivo onde o movimento gerado (figura 11),
atravs do membro inferior do condutor. Trata-se de um compartimento, com um
conjunto de quatro polias, organizadas de forma que, ligadas atravs de uma correia
dentada dupla, transfira o movimento aplicado pelo condutor ao eixo de direo no
mesmo sentido, sem que aja uma inverso do sentido (figura 12). Por conta da
disposio dos componentes do projeto e sua instalao, foi necessrio ter esse
cuidado e esse jogo de polias para que no ocorresse que o veculo virasse direita,
quando o condutor girasse o volante para esquerda no dispositivo, por exemplo.
30
Figura 11 - Montagem Inferior
Fonte: Autores
31
Figura 12 - Posio de Polias
Fonte: Autores
Esse dispositivo fixado no assoalho do veculo, a esquerda dos pedais de
comando, de forma que o condutor consiga operar o volante.
Uma vez fixado o dispositivo, de forma confortvel e segura para o usurio,
esse movimento, gerado inicialmente no dispositivo precisa ser transferido para o par
engrenado preso ao eixo de direo. Isso feito atravs de um brao biarticulado.
Esse brao liga a polia do dispositivo que responsvel por enviar o movimento ao
eixo de direo e a prpria engrenagem do eixo de direo.
32
Agora, com todo conjunto interligado, o projeto passa a funcionar conforme
esperado, reproduzindo os movimentos executados no volante auxiliar do dispositivo,
para o eixo de direo do veculo e assim, consequentemente as rodas.
Figura 13 - Projeto Completo
Fonte: Autores
Todos componentes, materiais, medidas e informaes de cada componente
esto em anexo e o veculo base para a produo desse projeto foi um Chevrolet
Captiva.
Para instalao do dispositivo em outros veculos, algumas dimenses devem
ser analisadas e possveis alteraes ou adaptaes podem ocorrer na engrenagem
de acoplamento e na fixao no assoalho, conforme o modelo onde ele ser instalado,
porm o conceito do projeto permanece o mesmo.
33
4.2 Clculos
Como explicado anteriormente, nesse dispositivo alguns componentes sofrem
com esforos, tenses e torques. Por isso, os pontos mais crticos foram avaliados
para garantir que o mecanismo funcione perfeitamente e em segurana.
4.3 Fora Aplicada no Volante Auxiliar
Clculo da fora que o usurio ter que fazer com o membro inferior para girar
o volante do dispositivo. Foi levado em considerao a fora de 35 N para girar o
volante principal do veculo. As dimenses das polias do dispositivo foram projetadas
para que o torque necessrio para girar o volante principal do veculo e o volante
auxiliar do dispositivo fosse o mesmo. Para obteno dos valores, foi utilizado a
seguinte frmula, conforme (Halliday Vol. 01 2012):
= sin
Clculo para obteno do valor de torque no conjunto
= sin
= 35 0,44 1
= 15,4
Clculo da fora necessria no membro inferior para girar o volante auxiliar
15,4 = sin
15,4 = 0,22 1
= 70
34
Sendo que:
= Torque (Nm)
= Fora (N)
= Raio do volante (m)
= ngulo de aplicao da fora
= Fora no volante principal (N)
= Raio do volante principal (m)
= Fora no volante auxiliar (N)
= Raio do volante auxiliar (m)
4.4 Esforo no Eixo de Direo
Outro ponto avaliado, foram os esforos na engrenagem que presa no eixo
de direo do veculo atravs da bucha cnica bipartida. Abaixo est o clculo da fora
aplicada no dente da engrenagem, para anlise de escorregamento da engrenagem
e bucha em relao ao eixo de direo.
Clculo da fora no dente da engrenagem:
= sin
15,4 = 0,018 sin
= 855,55
Onde:
= Torque (Nm)
= Fora na engrenagem (N)
= Raio interno da engrenagem (m)
35
= ngulo de aplicao da fora ()
Abaixo temos o clculo de aperto da bucha cnica bipartida que trava a
engrenagem no eixo de direo. A fora aplicada na bucha proveniente de dois
parafusos M6 e aplicado um torque de aperto de 8Nm.
= ( sin )
8 = ( 0,003 1)
= 2.666,67
Onde:
= Torque de aperto (Nm)
= Fora de aperto (N)
= Raio do parafuso (m)
4.5 Anlise
Com o valor das foras que sero aplicadas na engrenagem presa ao eixo de
direo, foram realizadas simulaes dos esforos aplicados no conjunto bucha,
engrenagem e eixo, analisando a presso que essa fixao geraria como visto na
figura 14.
36
Figura 14 - Simulao
Fonte: Autores
Observa-se que a presso de fixao da bucha gira em torno de 6 MPa,
podendo chegar em alguns pontos ao valor mximo de presso de 17,78 Mpa.
Sabendo-se o torque atuante no sistema de 15,4 Nm e a presso que a bucha
exerce sobre a engrenagem e o eixo de direo(17,78 MPa), conseguimos calcular o
torque resistente do conjunto usando a frmula abaixo conforme (SHIGLEY, J.E. Vol.
02 1984):
=
8 sin (2 2)
Onde:
= Torque resistente (Nm)
= Coeficiente de atrito
37
P = Presso de fixao (Pa)
D = Dimetro maior da bucha cnica (m)
D = Dimetro menor da bucha cnica (m)
= ngulo da bucha cnica ()
O torque resistente do conjunto deve ser maior que o torque atuante no sistema,
para que no ocorra o escorregamento da engrenagem sobre o eixo de direo.
Ento, tem-se:
= 0,22 17.780.000 0,029
8 sin 5 (0,03372 0,0292)
= 511.112,2768 (0,03372 0,0292)
= 150,62
Enfim, com o resultado do torque resistente de 150,62 Nm, pode-se concluir
que no haver escorregamento do conjunto, uma vez que o torque do sistema inteiro
muito menor, cerca de 15,4 Nm, como visto em clculos anteriores. Os resultados
completos e detalhados da simulao podem ser observados no relatrio gerado pelo
prprio software que consta anexado (Anexo BF).
38
5 Concluso
O trabalho teve como objetivo principal, criar um projeto no qual uma pessoa
com deficincia nos membros superiores pudesse dirigir um veculo de forma
autnoma, porm, no apenas o projeto, o trabalho tambm expos ao leitor uma srie
de informaes sobre o direito e possibilidade do deficiente fsico dirigir no Brasil e
possveis adaptaes e acessrios para tornar essa pratica uma realidade.
Foi explicado o funcionamento do projeto em pauta, montagem e detalhes de
instalao. O ponto de maior esforo foi analisado para assegurar que o projeto seria
seguro e no falhasse enquanto utilizado. Atravs de simulaes de esforos,
constatou-se que a fora aplicada no ponto a ser estudado no seria o suficiente para
comprometer a fixao dos componentes tornando o projeto seguro e confivel.
39
6 Trabalhos Futuros
A expectativa do trabalho que futuramente esse projeto seja construdo em
forma de prottipo atravs de um outro trabalho de concluso de curso da instituio,
pondo a prova sua funcionalidade e viabilidade de instalao e pensando nisso que
todas informaes necessrias e desenhos de todos componentes do projeto se
encontram em apndice nesse trabalho.
So feitas as seguintes sugestes para futuras aplicaes:
Busca de fornecedores de matrias primas com baixo custo, porm mantendo
padres de qualidade, visando diminuir o custo final do projeto para que pessoas com
baixa renda monetria possam adquirir e implementar o volante auxiliar em seu
veculo;
Anlise de foras e esforos (Mquina de trao: Bloco E FATEC Santo
Andr) no conjunto eixo de direo / bucha bi-partida / engrenagem bi-partida para
comprovao que no haver o escorregamento do conjunto podendo fazer o
condutor perder o controle de seu veculo;
Montagem do volante e implementao do mesmo em veculo,
preferencialmente com direo hidrulica ou eltrica, sendo necessrio o veculo
possuir um sistema de cmbio automtico ou automatizado (Fiat Strada: Praa tcnica
FATEC Santo Andr);
Ajustes e testes prticos com o volante instalado no veculo para coleta de
dados de funcionalidade.
Por se tratar de um projeto que se baseia em princpios totalmente mecnicos,
no havendo partes eletrnicas ou mecatrnicas, apresentamos neste trabalho
produtos que suprem a necessidade bsica de comandos de um veculo, como os
limpadores de para-brisa, setas para esquerda e direita, comandos de faris, buzina
abertura de portas, freio de estacionamento e ignio do veculo, sendo alguns desses
produtos a Central Comandos ao
40
Volante nos Ps Tapete, Central Comandos ao Volante nos Ps Encosto
de cabea e
Central Comandos ao Volante nos Ps Descanso de brao
Procurando o aprimoramento desses sistemas, com intuito de facilitar os
comandos e melhorar a individualidade do condutor portador de necessidades
especiais, visa-se implementar no veculo um sistema de comando de voz ou sistema
de sensores, capaz de identificar atravs de movimentos da cabea do condutor, o
comando que deve ser efetuado.
41
7 Bibliografia
1. BRASIL. Lei n 9.503, de 23 de setembro de 1997. Institui o Cdigo de Trnsito
Brasileiro. Planalto HOMEPAGE: Disponvel em:
. Acesso em: 15 maio
2017.
2. BRASIL. Resoluo n 474, de 11 de fevereiro 2014 CONTRAN. Altera o
Anexo XV da Resoluo n 425 de 27 de novembro de 2012, do CONTRAN.
DENATRAN HOMEPAGE: Disponvel em:
.
Acesso em: 5 maio 2017.
3. BRASIL. Resoluo n 425, de 27 de novembro de 2012 CONTRAN. Dispe
sobre o exame de aptido fsica e mental, a avaliao psicolgica e o
credenciamento das entidades pblicas DENATRAN HOMEPAGE: Disponvel
em:
. Acesso em: 5 maio 2017.
4. KIVI BRASIL LTDA (Itlia). Kivi Srl (Org.). Kivi homepage. [2008]. Disponvel
em: . Acesso em: 06 maio 2017.
5. CAVENAGHI (Brasil). Detran (Comp.). Cavenaghi HOMEPAGE: Produtos.
[2017]. Disponvel em: . Acesso em: 29
maio 2017.
6. DETRAN SP (Brasil). Detran SP homepage. Disponvel em:
. Acesso em: 06 maio 2017.
7. AMARAL, Adriel Maia do. TCC - VOLANTE ADAPTADO - FATEC SANTO
ANDRE. [mensagem pessoal] Mensagem recebida por:
. em: 30 maio 2017.
8. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATISTICA. NBR 10520:
Censo Demografico 2010 - Caracteristicas gerais da populao, religiao e
pessoas com deficiencia. 1 ed. Rio de Janeiro: Cddi, 2012. 215 p. Disponvel
em:
. Acesso em: 20 jun. 2017.
9. ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS. NBR 6023; 6024;
6027; 6028; 10520; 10719; 14724; 15287; 6022: Manual para a elaborao do
42
Trabalho de Conclusao de Curso das Escolas Tecnicas do Centro Paula Souza.
1 ed. Sao Paulo: -, 2015. 65 p.
10. HALLIDAY, David; RESNICK, Robert; WALKER, Jearl. Fundamentos de
fsica Vol. 1 - Mecnica. 9. ed. Rio de Janeiro, RJ: LTC, 2012.
11. SHIGLEY, J. E., Elementos de Mquinas, Vol. 2, 3ed., LTC, Rio de Janeiro,
1984.
12. DESTEFANE, Luiz Belice. TCC - VOLANTE ADAPTADO - FATEC SANTO
ANDRE. [mensagem pessoal] Mensagem recebida por:
. em: 09 jun. 2017.
43
Apndice AA Questionrio sobre exame Mdico
Isilda Gonalves Fontes
Psicloga
Ao cumpriment-la, solicitamos se possvel, respondesse as questes sobre o
exame mdico em deficientes fsicos (em anexo). Estamos realizando nosso trabalho
de concluso decurso na FATEC Santo Andr, do curso de tecnologia em mecnica
automobilstica e o tema adaptao veicular: Volante auxiliar para pessoas com
deficincia em ambos os membros superiores.
Fazem parte do meu trabalho entrevistas realizadas com autoescolas, mdicos
e locais onde se realiza vistoria automotiva. Desde j agradecemos a ateno que
dispensar a presente solicitao.
Cordialmente,
Adriel Maia do Amaral R.A:1131513002
Iara de Jesus Loureno R.A:1131513021
Luiz Belice Destefane R.A:1131513026
1 O Detran fornece alguma instruo de como proceder o exame?
Sim, os profissionais que avaliam os pacientes com mobilidade reduzida
tm que fazer uma especializao especfica.
2 Quais critrios so avaliados para aprovao ou no do paciente?
No existem critrios especficos, pois vai depender da deficincia de
cada paciente.
3 Como feita a avaliao/testes do paciente?
44
Como j foi respondido na questo anterior, cada paciente avaliado
conforte a sua deficincia.
4 necessrio algum tipo de exame ou laudo auxiliar?
Sim, antes de o paciente ser avaliado na clnica, necessrio um aval do
seu mdico que acompanhe seu caso.
5 Caso o paciente seja reprovado, ele pode voltar a fazer o exame? Como proceder?
No, caso comprove que o paciente no tenha capacidade de dirigir.
6 J avaliou paciente com deficincia em ambos os membros superiores? Qual
adaptao indicada?
No, at o momento no veio paciente com essa mobilidade reduzida.
7 Qual a mdia de exames de pessoas deficientes fsicos por ms?
Atendemos em mdia duas a trs por ms.
8 Como se tornar um mdico credenciado para avaliao de deficientes fsicos?
*modelo de resultado do exame ou laudo
O mdico obrigado a ter uma ps-graduao em medicina do trfego,
em seguida ele credenciado pelo DETRAN para realizaes de exames
mdicos, e para atender paciente com mobilidades reduzidas, obrigatrio fazer
um curso de medicina para atender pacientes especiais.
45
Apndice AB Questionrio sobre a Inspeo Veicular
Silvio Ido
Funo: Eng. Mecnico
Ao cumpriment-lo, solicitamos se possvel, respondesse as questes sobre
inspeo em adaptao em automveis para deficientes fsicos (em anexo). Estamos
realizando nosso trabalho de concluso de curso na FATEC Santo Andr, do curso
de tecnologia em mecnica automobilstica e o tema adaptao veicular: Volante
auxiliar para pessoas com deficincia em ambos os membros superiores.
Fazem parte do nosso trabalho entrevistas realizadas com autoescolas,
mdicos e locais onde se realiza vistoria automotiva. Desde j agradecemos a ateno
que dispensar a presente solicitao.
Atenciosamente,
Adriel Maia do Amaral R.A:1131513002
Iara de Jesus Loureno R.A:1131513021
Luiz Belice Destefane R.A:1131513026
1 Quem o profissional responsvel pela vistoria?
Inspetores tcnicos com formao em tcnico mecnico ou
automobilstica com CREA devidamente registrado e eng. mecnico para
aprovao do certificado de segurana veicular.
2 Quais documentos necessrios para fazer a vistoria em um carro adaptado para
deficientes fsicos?
Autorizao da modificao do DETRAN, CRLV, habilitao do condutor,
nota fiscal do servio e produto.
46
3 Quais tipos de carros podem ser adaptados?
Todos conforme projeto do adaptador.
4 Quais os aspectos ou fatores da adaptao, so analisados na inspeo?
Verificamos a segurana veicular: sistema de freio, alinhamento de
direo, sistema de suspenso, sistema de iluminao, funcionamento do
sistema adaptado no veculo, pneus e rodas, etc, conforme regulamentao
tcnica do INMETRO e DENATRAN.
5 Caso seja reprovado, como esse laudo de recusa?
Laudo de no conformidade contendo os itens no conforme com prazo
de 30 dias parara retorno.
6 Caso reprovado, possvel refazer o projeto e tentar novamente a aprovao?
No se aplica a nossa inspeo.
7 Como se tornar um estabelecimento credenciado para emitir esses tipos de laudos
(Certificado de Segurana Veicular)?
Solicitar acreditao junto ao INMETRO e DENATRAN e passar por
auditoria inicial de acreditao e licenciamento.
8 Qual o procedimento aps a aprovao da adaptao?
Proprietrio ter prazo de 30 dias para dar entrada com a documentao
no DETRAN para regularizao dos DUT e CRLV do veculo
*Se possvel, nos fornecer os valores e modelos de laudo
No podemos por ser confidencial.
47
Apndice AC Questionrio para Autoescola
Givanildo Bordin
Proprietrio Autoescola Brasil
Ao cumpriment-la, solicitamos se possvel, respondesse as questes sobre o
exame mdico em deficientes fsicos (em anexo). Estamos realizando nosso trabalho
de concluso decurso na FATEC Santo Andr, do curso de tecnologia em mecnica
automobilstica e o tema adaptao veicular: Volante auxiliar para pessoas com
deficincia em ambos os membros superiores.
Fazem parte do meu trabalho entrevistas realizadas com autoescolas, mdicos
e locais onde se realiza vistoria automotiva. Desde j agradecemos a ateno que
dispensar a presente solicitao.
Cordialmente,
Adriel Maia do Amaral R.A:1131513002
Iara de Jesus Loureno R.A:1131513021
Luiz Belice Destefane R.A:1131513026
1 Como a aula pratica de uma pessoa com deficincia fsica?
A aula igual a de um aluno comum, seguindo a legislao de trnsito, a
nica diferena o veculo adaptado para a deficincia necessria.
2 H leis obrigando carros adaptados nas autoescolas?
No, no h lei com essa exigncia.
48
3 Caso no tenha as adaptaes necessrias para o aluno, qual o procedimento?
possvel fazer aula em um carro do prprio deficiente nesse caso?
Caso no tenha a adaptao necessria, o aluno deve procurar outro
estabelecimento que atenda suas necessidades. possvel fazer aula com o
veculo do prprio aluno desde que o mesmo tenha passado por vistoria do
Detran e ter sido aprovado pelo rgo.
4 Deficiente fsico obrigado a fazer simulador?
O deficiente fsico no obrigado a fazer aula em simulador, mesmo
porque no existe simulador com adaptao para deficientes.
5 Quais adaptaes contem a sua autoescola?
Nossa escola possui adaptao para deficientes que no tenha um
membro superior, um membro inferior, ou que no tenha os dois membros
inferiores. No atendemos os deficientes que no tenham os dois membros
superiores.
6 O instrutor precisa de algum treinamento/curso especial?
No. O instrutor no precisa de curso diferenciado para dar aula a
deficientes fsicos.
7 interessante uma adaptao pratica e simples, com baixo custo para o veculo,
onde atenderia a alunos com deficincia em ambos membros superiores?
Sim, seria interessante desde que o custo da adaptao para esse tipo de
deficincia fosse vivel, pois a procura para esse tipo de deficincia especfica
rara. Essa adaptao hoje gira em torno de 5.000 reais e o veculo fica limitado
a ser utilizado para apenas esse tipo de deficincia e em 3 anos tivemos procura
de apenas trs pessoas com esse tipo de deficincia.
49
Apndice AD Desenho tcnico do acoplamento do volante inferior
50
Apndice AE Desenho tcnico da base da caixa de apoio do p
51
Apndice AF Desenhos tcnico da caixa de apoio do p
52
Apndice AG Desenhos tcnico da cantoneira de fixao da
tampa
53
Apndice AH Desenho tcnico da chapa de apoio do p
54
Apndice AI Desenho tcnico da chapa do esticador
55
Apndice AJ Desenho tcnico do distanciador da polia
56
Apndice AK Desenho tcnico do eixo esticador
57
Apndice AL Desenho tcnico do eixo motor
58
Apndice AM Desenho tcnico do eixo movido
59
Apndice AN Desenho tcnico do mancal de rolamento da base
60
Apndice AO Desenho tcnico da polia 22 8M 20
61
Apndice AP Desenho tcnico de proteo inferior da
engrenagem
62
Apndice AQ Desenho tcnico da proteo superior da
engrenagem
63
Apndice AR Desenho tcnico da tampa da caixa
64
Apndice AS Desenho tcnico da trava da polia
65
Apndice AT Desenho tcnico da polia 22 8M 20 para rolamento
66
Apndice AU Desenho tcnico da bucha da engrenagem
67
Apndice AV Desenho tcnico do distanciador esticador fixo
68
Apndice AX Desenho tcnico do distanciador esticador mvel
69
Apndice AY Desenho tcnico do distanciador mancal
70
Apndice AZ Desenho tcnico do eixo da engrenagem
71
Apndice BA Desenho tcnico da engrenagem bipartida
72
Apndice BB Desenho tcnico da engrenagem
73
Apndice BC Desenho tcnico do mancal do rolamento da
engrenagem
74
Apndice BD Desenho tcnico do pomo do p
75
Apndice BE Desenho tcnico da trava da engrenagem
76
Apndice BF Relatrio de Simulao do Fusion 360
77
78
79
80
81
82
8 Anexo A Anexo XV da Resoluo 474 CONTRAN
RESTRIES NA
CNH
Obrigatrio o uso de lentes corretivas A
Obrigatrio o uso de prtese auditiva B
Obrigatrio o uso de acelerador esquerda C
Obrigatrio o uso de veculo com transmisso automtica D
Obrigatrio o uso de empunhadura / manopla / pmo no volante E
Obrigatrio o uso de veculo com direo hidrulica F
Obrigatrio o uso de veculo com embreagem manual ou com automao de embreagem ou com transmisso automtica
G
Obrigatrio o uso de acelerador e freio manual H
Obrigatrio o uso de adaptao dos comandos de painel ao volante I
Obrigatrio o uso de adaptao dos comandos de painel para os membros inferiores e/ou outras partes do corpo
J
Obrigatrio o uso de veculo com prolongamento da alavanca de cmbio e/ou almofadas (fixas) de compensao de altura e/ou profundidade
K
Obrigatrio o uso de veculo com prolongadores dos pedais e elevao do assoalho e/ou almofadas fixas de compensao de altura e/ou profundidade
L
Obrigatrio o uso de motocicleta com pedal de cmbio adaptado M
Obrigatrio o uso de motocicleta com pedal do freio traseiro adaptado N
Obrigatrio o uso de motocicleta com manopla do freio dianteiro adaptada O
Obrigatrio o uso de motocicleta com manopla de embreagem adaptada P
Obrigatrio o uso de motocicleta com carro lateral ou triciclo Q
Obrigatrio o uso de motoneta com carro lateral ou triciclo R
Obrigatrio o uso de motocicleta com automao de troca de marchas S
Vedado dirigir em rodovias e vias de trnsito rpido T
Vedado dirigir aps o pr-do-sol U
Outras restries X