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0 FACULDADE MERIDIONAL- IMED CURSO DE ODONTOLOGIA LUCIANA SIGNOR AVALIAÇÃO DOS DIFERENTES TIPOS DE DORES OROFACIAIS NOS DISCENTES PORTADORES DE DTM NA FACULDADE DE ODONTOLOGIA IMED PASSO FUNDO PASSO FUNDO 2018

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FACULDADE MERIDIONAL- IMED CURSO DE ODONTOLOGIA

LUCIANA SIGNOR

AVALIAÇÃO DOS DIFERENTES TIPOS DE DORES OROFACIAIS NOS

DISCENTES PORTADORES DE DTM NA FACULDADE DE

ODONTOLOGIA IMED – PASSO FUNDO

PASSO FUNDO

2018

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LUCIANA SIGNOR

AVALIAÇÃO DOS DIFERENTES TIPOS DE DORES OROFACIAIS NOS

DISCENTES PORTADORES DE DTM NA FACULDADE DE

ODONTOLOGIA IMED – PASSO FUNDO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado pela acadêmica de Odontologia Luciana Signor, da Faculdade Meridional - IMED, como requisito indispensável para a obtenção de grau em Odontologia.

PASSO FUNDO

2018

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LUCIANA SIGNOR

AVALIAÇÃO DOS DIFERENTES TIPOS DE DORES OROFACIAIS NOS

DISCENTES PORTADORES DE DTM NA FACULDADE DE

ODONTOLOGIA IMED – PASSO FUNDO

Professora Orientadora

Prof. Ms. Alexandra Magalhães Silveira

PASSO FUNDO

2018

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APRESENTAÇÃO

Orientadora

Nome: Alexandra MagalhãesSilveria

E-mail: [email protected]

Telefones: (54)33173484; 984016608

Acadêmica

Nome: Luciana Signor

E-mail: [email protected]

Telefones:

Celular: (54) 99919-6110

Área de Concentração: Clínica odontológica

Linha de Pesquisa: Epidemiologia em saúde bucal

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Dedico este trabalho à minha família que foi minha inspiração desde o princípio,

vocês fazem com que busque ser alguém melhor a cada dia.

Dedico também ao meu querido namorado Laércio.

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AGRADECIMENTOS

À Deus, por iluminar o meu caminho e me dar força e coragem para seguir sempre em

frente, apesar de todas as dificuldades. Minha Fé me motivou dia após dia.

À minha orientadora, professora Ms. Alexandra Magalhães Silveira, que me

acompanhou, e que com muita inteligência me ajudou a construir este trabalho, pelo

sua disponibilidade, dedicação e incentivo. Obrigada por todas as correções e pelo

apoio, sua ajuda foi primordial.

Agradeço à minha mãe Olivia, meu pai Natair, minha irmã Camila, meus irmãos Luís e

Cristiano, pelo apoio mesmo de longe sempre estiveram presentes através de palavras

motivadoras.

Ao meu namorado Laércio pela compreensão e todo auxilio, assim como também sou

grata ao meu cunhado Luir por estar sempre pronto a me auxiliar na digitação deste

trabalho.

Agradeço também a minha querida mãe de coração Maria Gorete por estar do meu

lado desde início dessa jornada.

À minha dupla de clínica Augusto Dartora por estar ao meu lado decorrer desses anos,

sempre prestativo e dedicado.

Aos meus colegas e aos todos os professores. Aqui aprendi e levo comigo grandiosos

ensinamentos para toda minha vida.

Agradeço também a minha banca, professora Ms. Graziela Oro Cericato e Professor Ms

Dr. Ataís Bacchi pela disponibilidade em estar participando deste trabalho.

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“A inteligência infinita que me deu este desejo dirige, guia e revela-me o plano

perfeito para a execução do meu desejo”.

(Joseph Murphy)

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RESUMO

A disfunção temporomandibular (DTM), contempla diversos problemas clínicos, como alterações nos músculos mastigatórios, nas articulações temporomandibulares (ATM) bem como em estruturas associadas. Estas alterações podem se apresentar isoladas ou, em casos mais avançados, coexistindo. Esta característica diversificada necessita de tratamentos distintos. Esse trabalho teve como objetivo verificar os subtipos de DTM, em discentes da Faculdade de Odontologia da IMED, previamente diagnosticados com a patologia qual subtipo de DTM eles apresentavam. A Faculdade de Odontologia da IMED possui 152 alunos matriculados, destes 23 foram os que apresentaram índice de DTM moderada e severa, ou seja, 15,13% e, portanto, foram os incluídos neste trabalho. A coleta de dados se realizou por meio do questionário RDC/ TMD –Critério de Diagnóstico para Pesquisa em Disfunção Temporomandibular. Na totalidade da amostra resultado obtido foi que a maioria dos avaliados apresentava DTM do tipo mista, ou seja, DTM do tipo miofascial e articular. Os fatores predisponentes e perpetuantes mais prevalentes encontrados foram: bruxismo (BS) seguido de apertamento dentário diurno. Em relação aos os sintomas, os mais relatados foram dores na face. Sendo que mais da metade da amostra nunca procuraram atendimento por algum profissional da saúde (médico, cirurgião-dentista, fisioterapeuta, etc).

Palavras-chave: Dor Orofacial. Instabilidade articular. Transtornos da Articulação Temporomandibular.

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ABSTRACT

Temporomandibular dysfunction (TMD) encompasses several clinical problems, such as changes in the masticatory muscles, temporomandibular joints (TMJ) as well as in associated structures. These changes may be isolated or, in more advanced cases, coexisting. This diversified characteristic needs different treatments. This study aimed to verify the subtypes of TMD in students of the Faculty of Dentistry of the IMED, previously diagnosed with the pathology which subtype of TMD they presented. The Faculty of Dentistry of IMED has 152 students enrolled, of these 23 were those who presented moderate and severe TMD index, that is, 15.13%, and therefore were included in this study. Data collection was performed through the RDC / TMD questionnaire - Diagnostic Criteria for Research in Temporomandibular Dysfunction. In the totality of the sample, the result was that the majority of the evaluated patients presented TMD of the mixed type, that is, myofascial and joint type TMD. The most prevalent predisposing and perpetuating factors were: bruxism (BS) followed by daytime clenching. In relation to the symptoms, the most reported were facial pain. Being that more than half of the sample never sought care by a health professional (doctor, dental surgeon, physiotherapist, etc). Key Words: Articular Instability. Orofacial Pain. Temporomandibular Joint Disorders.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES E TABELAS

Figura 1- População total X gênero................................................... 29

Figura 2- Distribuições em relação ao semestre.................................30

Figura 3- Pessoas que relataram procura por algum tratamento........32

Figura 4- Atividades impedidas ou prejudicadas pela DTM................33

Tabela 1- Fatores predisponentes e perpetuantes..............................31

Tabela 1- Porcentagem dos sintomas presentes.................................31

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO............................................................................................ 11

2 REVISÃO DE LITERATURA...................................................................... 13

3 OBJETIVOS... .......................................................................................... 24

4 MÉTODOLOGIA........................................................................................ 25

4.1 DELINEAMENTO DO ESTUDO................................................................ 25

4.2 AMOSTRA................................................................................................. 25

4.3 COLETA DE DADOS................................................................................. 26

4.3.1 Critérios de inclusão.................................................................................. 26

4.3.2 Critérios de Exclusão................................................................................... 26

4.4 ANÁLISE DOS DADOS ............................................................................. 26

4.5 QUESTOES ÉTICAS.................................................................................. 28

5 RESULTADOS......................................................................................... 29

6 DISCUSSÃO............................................................................................. 34

7 CONCLUSÃO............................................................................................... 39

ANEXOS/APÊNDICES.......................................................................................... 43

REFERÊNCIAS..................................................................................................... 40

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INTRODUÇÃO

As Articulações Temporomandibulares (ATMs) compõe o sistema

estomatognático que em conjunto com os músculos e estruturas anexas, realizam

movimentos mastigatórios bem como são responsáveis pela deglutição, fonação e

postura da cabeça. Para que tais situações ocorram satisfatoriamente, o bom

funcionamento, a saúde e a estabilidade de todos os componentes deste sistema devem

funcionar harmonicamente. Na existência de alguma desordem em qualquer destes

elementos, ocorre o que nominamos de Disfunção Temporomandibular (DTM), que pode

ser definida como um conjunto de condições médicas, odontológicas ou orofaciais

associadas com uma condição anormal do sistema estomatognático, provocando

disfunções não só na Articulação Temporomandibular como em tecidos adjacentes,

músculos faciais e cervicais. As desordens caracterizam-se por um aglomerado de sinais

e sintomas específicos, sendo estes, estalidos e crepitação, algia nos músculos

mastigatórios, restrição dos movimentos mandibulares, dores faciais, cefaleias e dores

nas ATMs, bem como dores na região periauricular (MEDEIROS; BATISTA; FORTE,

2011).

Considerada de etiologia multifatorial, tais como alterações na oclusão, lesões

traumáticas ou degeneração da ATM, alterações esqueléticos, fatores psicológicos e

hábitos parafuncionais contínuos (PEREIRA; 2005). Estima-se que cerca de 30% da

população apresenta assintomaticamente, alguma forma de desordem interna articular,

atingindo os deslocamentos de disco e as alterações estruturais resultantes de

osteoartrose e osteoartrite (FERREIRA, 2016).

Estudos epidemiológicos têm mostrado que a presença de sinais e sintoma de

DTM abrangem todas as idades, sendo de incidência crescente com o passar dos anos.

Concluem que uma grande parcela populacional tem sinais e/ou sintomas de disfunção

nos níveis subclínicos ou até mesmo clínicos, encontrando, dessa forma, prevalência

significativa de disfunção em indivíduos que não procuram tratamento, por desconhecer

que apresentam tal disfunção (MEDEIROS; BATISTA; FORTE, 2011).

Segundo Okeson (2008), as DTMs são divididas em quatro grandes categorias

que caracteristicamente assemelham-se clinicamente (1) desordens da musculatura

mastigatória, (2) desordens da ATM, (3) desordens crônicas de hipermobilidade

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mandibular, e (4) desordens do crescimento. Posteriormente cada categoria destas é

subdividida levando em conta as suas diferenças clinicas. Esse sistema de classificação

pode no primeiro momento parecer bastante complexo, mas é de grande valia, pois o

tratamento proposto para cada subcategoria pode ser inadequado ou até mesmo

contraindicado para a outra, por isso, a importância dessas subcategorias serem

claramente identificadas, para definição precisa do tratamento. A primeira classificação,

citada aqui como a grande categoria pode ser descrita conforme os sintomas comuns a

ela, ao passo que, as subdivisões são diferenciadas pelas suas particularidades clinicam

individuais.

Desse modo, tanto cientificamente, quanto para os portadores desta patologia, um

correto diagnóstico e diferenciação entre os diferentes tipos de DTM se faz importante,

pois ele auxilia, por exemplo, a traçar melhores medidas preventivas e/ou curativas, além

de possibilitar orientações de medidas terapêuticas mais acuradas ao seu portador.

Em vista destes fatos, considerou-se necessária a continuação da pesquisa

realizada anteriormente (CEP/IMED: 1.625.825), a qual identificava somente a presença

de algum tipo de DTM nos alunos da Faculdade de Odontologia Imed- Passo Fundo, e

não suas categorias.

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2 REVISÃO DE LITERATURA

Fonsêca et al. (1994) investigaram se existia uma correlação entre um

determinado questionário anamnésico e o índice clínico modificado de Helkimo para

diagnóstico de DTM. O grau de confiabilidade encontrado foi de 95%, sugerindo, assim,

a utilização desse método para pesquisas epidemiológicas, por ser tão confiável quanto

o índice de Helkimo, ter um custo mais baixo, bem como demandar menos tempo para

ser aplicado.

Paiva et al. (1997) avaliaram quatrocentos pacientes que procuraram o Centro de

Diagnóstico e Tratamento da ATM, clínica particular na cidade de São Paulo - SP,

submetendo-os a exame através da anamnese, exames clínicos e complementares. A

queixa de maior prevalência reportada pelos pacientes foi dor na ATM (33%), seguida

por ruído na ATM (22,53%), dor na cabeça (12%), dor muscular (9%), dor facial (8,5%),

dor de ouvido (4%). O total da queixa de dor foi de 57,5%. Seguiram-se: dificuldade de

abertura bucal (6,75%), desgaste dental (2,5%), zumbido (1,5%) e travamento bucal

aberto (0,5%). Em relação ao gênero, encontraram-se 331 mulheres (82,75%) para 89

homens (17,25%), estabelecendo uma proporção de 5:1.

Santos et al. (2006) com objetivo de desenvolver um estudo baseado em uma

revisão literária atualizada a respeito dos distúrbios temporomandibulares, características

gerais e suas formas de tratamento, constataram através dos artigos pesquisados que

as disfunções temporomandibulares apresentam incontáveis sinais e sintomas, podem

envolver algia nos músculos mastigatórios e articulares da ATM. Em relação a etiologia,

citam desarmonias oclusais, hábitos parafuncionais, traumas e micro traumas,

desiquilíbrios posturais, instabilidade mandibular, estresse, ansiedade e alterações

fisiológicas como fatores desencadeantes. Com isso os pesquisadores afirmam que a

etiologia da Disfunção Temporomandibular pode ser considerada multifatorial e

conceberia dessa forma interdisciplinaridade no seu tratamento. Santos e seus

colaboradores também ressaltam que é necessário estar atento ao fato que nem toda

algia muscular ou articular relativa à face pode ser classificada como Disfunção

Temporomandibular e que as vezes o indivíduo necessita da avaliação de uma equipe

multidisciplinar para concretizar o diagnóstico correto de uma patologia dessa região.

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Segundo Brandini et al. (2007), as desordens temporomandibulares (DTMs)

caracterizam a maioria das queixas de dores crônicas na região da oroface estudadas

por cirurgiões-dentistas. Quanto a localização deste comprometimento, seriam os

músculos das regiões da face, cabeça, pescoço, articulação temporomandibular,

periodonto e estruturas dentais. E dentre aos sinais e sintomas, os mais presentes seriam

as dores faciais, cervicais, cefaleias, limitações nos movimentos mandibulares, fadiga

muscular, sensibilidade, desgastes dentais e ruídos articulares. Como fatores etiológicos,

os autores acreditam que os aspectos psicológicos são extremamente relevantes na

etiologia, progressão e tratamento das DTMs. Eles afirmam ainda que os fatores oclusais

também intergram como causa básica na origem das DTMs.

Esse trabalho investiga a confiabilidade, da opção em português, do questionário

a fim de diagnóstico psicológico e psicossocial de pessoas com desordens

temporomandibulares, o instrumento RDC/TMD (Eixos I e II) que retrata a interação

profunda entre os aspectos físicos e psicológicos da dor crônica e desenvolveu um

sistema de eixo duplo na investida de permitir uma aferição confiável dos sinais e

sintomas das desordens temporomandibulares (Eixo I), como também dos fatores

psicológicos e psicossociais relacionados (Eixo II). Estiveram sendo entrevistados 109

indivíduos, dos dois sexos, que necessitaram de atendimento junto a Clínica de

Fisioterapia do Centro Universitário na cidade de Araraquara, entre os meses de Janeiro

e julho de 2006.

Foram administrados os questionários por um único examinador. Depois de duas

semanas, sendo reaplicado um questionário idêntico em 36 indivíduos. Com intuito de

avaliar a credibilidade interna do método, empregou-se o Coeficiente Alfa de Cronbach;

para análise da reprodutibilidade entre examinador, o Coeficiente de Correlação

Intraclasse (p) e a estatística Kappa (K), de modo respectivo às condições de natureza

quantitativa e qualitativa. A credibilidade interna para os fatores relacionados intensidade

da algia crônica e incapacidade; restrição da função mandibular; manifestação física não

especifica, abrangendo os itens de algia; manifestações físicas não especificam, exceto

os itens de algia e depressão foi de 0,8479, 0,8971, 0,8673, 0,8080 e 0,9270 nessa

ordem, assegurando ao método excelente legitimidade interna. Conseguiu-se "excelente"

concordância intra examinador a fim das questões associadas ao tempo da existência da

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dor e sua progressão, e "boa" para a questão associadas à algia presente. O menor valor

de K relaciona-se ao item de manifestações físicas e depressão. A compreensão de

estalos ou rangidos pelas pessoas entrevistadas apresentou consonância "regular" assim

como a questão que referentes à busca do profissional para intervenção na dor. Além

dessas questões tiveram reprodução "boa" e "ótima", sendo que a maior parte dessas

apresentou categoria máxima de concordância. Conclui-se que a versão adaptada em

português exibiu confiabilidade para constatação das alterações psicológicas e

psicossociais relativas às desordens temporomandibulares (CAMPOS; LOFFREDO;

FARIA 2007).

Pires (2007) realizou um estudo para avaliar a prevalência de bruxismo nos

militares da Marinha do Brasil que atuam em áreas operativas e administrativas,

verificando a existência de associação com o estresse emocional. Foram avaliados 486

militares, de ambos os sexos, com idade entre 19 e 48 anos, divididos em dois grupos,

um administrativo e um operativo (militares embarcados em navios de guerra). Os

pacientes foram submetidos ao Inventário de Sintomas de Estresse para Adultos de Lipp,

exames clínicos e um questionário para anamnese. Foi observada a prevalência de 35,

6% de militares com bruxismo, desses, o grupo administrativo foi o mais atingido e os

indivíduos tinham idade acima de 30 anos. Na amostra de 103 pacientes apresentaram

sintomas de estresse, 57 pessoas sem evidencias clínicas de bruxismo e 46 com

evidencias clínicas do hábito parafuncional. O bruxismo apresentou relação significativa

com a consciência do hábito, dores nos músculos da mastigação ao acordar,

sensibilidade nos músculos masseter e temporal e dentes com presença de desgaste.

Uma correlação positiva entre o estresse e o bruxismo também foi observada sendo que

sua prevalência foi maior do que a apresentada na literatura para a população em geral.

Okeson (2008), em seu livro referente às DTMs relata, que diversos são os fatores

etiológicos da DTM, dentre eles: fatores de trauma, considerações anatômicas, fatores

fisiopatológicos e questões psicossociais. Enquanto que o fator trauma, ele subdivide em

direto, indireto e microtrauma, podendo ser incluído os hábitos parafuncionais e em

consequência o bruxismo. Sobre as considerações anatômicas entram as relações

esqueléticas como discrepâncias ósseas intra e inter-arcos, bem como as relações

oclusais. Considerando os fatores fisiopatológicos, se apresentam os fatores sistêmicos

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como lúpus eritematoso, fibromialgia, entre outras desordens. Dentre os fatores locais,

ele acredita que as alterações musculares como atividade muscular exacerbada e trauma

tecidual, e como alterações da ATM, morfologia anômala de disco e modificações na

viscosidade e na quantidade de líquido sinovial.

Em uma pesquisa realizada na Faculdade de Odontologia do Centro Universitário

Hermínio Ometto (São Paulo) que teve como objetivo analisar a prevalência de casos

desordens da articulação temporomandibular a amostra era composta por jovens

universitários. Nesse estudo, foram escolhidos 177 voluntários com idade média de 22

anos. No primeiro momento, os voluntários responderam a um questionário e foram

submetidos a exame clínico realizado por um único examinador e um exame denominado

eletrovibratografia (EVG). Na sequência foram identificados como portadores e não

portadores de desordem temporomandibular, levando em consideração a existência de

sensibilidade dolorosa na articulação ou aparecimento de ruídos articulares. A frequência

da desordem na amostra avaliada foi de 42, 9%, e uma conexão significativa entre

desordem temporomandibular e bruxismo; bem como entre desordem

temporomandibular e ruídos articulares também foi verificada; (ROSA et al., 2008).

Síndrome de Costen, síndrome da articulação temporomandibular, disfunção

mandibular, síndrome da dor e disfunção miofascial, desordens temporomandibulares,

desordens craniomandibulares, disfunção craniomandibular, Disfunção

Temporomandibular, são diversas as denominações utilizadas para designar a condição

dolorosa músculo-esquelética orofacial, que aqui no Brasil se difundiu entre os

profissionais da área de saúde, pacientes e leigos com a designação genérica de

“disfunção de ATM”. No meio de todos os subtipos de dor orofacial, as odontalgias e os

distúrbios temporomandibulares (DTM) são os mais presentes. A patologia

temporomandibular é caracterizada por anormalidades e/ou algia músculo esquelética

mastigatória. A dor pode ser contínua ou eventual e breve durante a mastigação,

frequentemente associada a movimentos restritos da mandíbula e estalidos (SANTOS;

SANTOS; SOUZA, 2009).

Este estudo transversal pretendeu analisar a prevalência de sinais, sintomas e

fatores associados em portadores de disfunção temporomandibular. Onde a população

foi constituída por todos os pacientes, com idades entre 20 e 40 anos, que procuraram

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atendimento no Serviço de Controle da Dor Orofacial do Departamento de Odontologia

da Universidade Estadual da Paraíba, no período de agosto de 2006 a junho de 2007. O

instrumento de pesquisa consistiu de um formulário, sendo os dados estruturados com o

auxílio do software Epi Info. As associações entre as variáveis foram analisadas por meio

do teste Exato de Fisher (p < 0,05). As queixas mais reportadas pelos pacientes foram

dor articular (45%) e dor muscular (12,5%). Os sinais e sintomas mais comuns foram o

ruído (95%), a dor articular (82,5%) e a ocorrência de cefaleia (77,5%). Observou-se a

existência de associação positiva entre a presença de mialgia e a ocorrência de limitação

de abertura bucal (p < 0,01) e entre a presença de mialgia e a ocorrência de desvio

mandibular. Todos os pacientes relataram a existência de problemas mastigatórios.

Dentre estes problemas, foram citados: mastigação unilateral (77,5%), dificuldade com

alimentos duros (70%), cansaço à mastigação (55%), dor (47,5%) e travamento

mandibular (37,5%). Verificou-se associação estatisticamente significante entre os

fatores mastigação unilateral e desvio mandibular (p < 0,01) e entre dificuldade em

mastigar alimentos duros e desvio mandibular (p < 0,01). A presença de hábitos

parafuncionais foi observada em 75% dos pacientes, sendo mais assíduo o

ranger/apertar dos dentes (55,5%) e a sucção de bochechas/lábio (35,5%). Conclui-se

que os portadores de DTM são afetados de elevada prevalência de sinais e sintomas,

capazes de influenciar diretamente a qualidade de vida, como a ocorrência de dor,

resistência de abertura bucal e dificuldade mastigatória (FIGUEIREDO, et al., 2009).

Blini et al. (2009) investigaram a ocorrência de Bruxismo em mulheres adultas com

queixa de disfunção temporomandibular e sua relação com o grau de sintomatologia da

disfunção. Estiveram participando desse estudo 28 mulheres na faixa etária de 19 a 56

anos, todas responderam ao questionário de índice Anamnésico proposto por Fonseca e

realizaram uma avaliação odontológica, constituída de exame da musculatura

mastigatória e exame dental. Verificou-se que o bruxismo esteve presente 50% dos casos

de disfunção temporomandibular. Não houve relação entre o bruxismo e o grau de

sintomatologia de disfunção temporomandibular.

Cardozo et al., 2012, realizaram uma pesquisa com a finalidade de avaliar a

prevalência sintomas de desordens temporomandibulares em acadêmicos de

Odontologia, na Clínica Odontológica da Faculdade de Odontologia de Araguaína-TO.

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Dados estes que foram obtidos por meio de levantamento e inspeção das fichas clínicas

dos acadêmicos já avaliados na disciplina de Oclusão entre o ano 2008 e 2009. Sendo

que foram avaliadas 143 fichas para identificar a DTM, empregando o método de

Fonseca, contando nessa pesquisa, com 93 pessoas do sexo feminino e 50, masculino.

Nas quais foram registrados os sinais clínicos e os sintomas das DTM servindo de base

para diagnosticar a patologia. Os dados adquiridos permitiram declarar que eram

portadores de DTM leve (32,86%), moderada (4,19%) e severa (0,69%), dos estudantes

avaliados. Concluindo assim, que os sintomas de DTM predominante entre os

acadêmicos foram a existência de dores de cabeça periódicas, a sensação de os dentes

não articularem bem e a existência de tensão emocional.

Siqueira e Teixeira (2012), no capítulo 3 intitulado “Epidemiologia da dor” do livro

Dores Orofaciais-diagnóstico e tratamento, escrevem que as mulheres apresentam mais

dores que os homens da mesma idade, e que esta diferença é estatisticamente

significante.

Foi realizado um estudo longitudinal no qual fizeram parte uma amostra de 87

pacientes consultados na Clínica Universitária da UCP-Viseu e na Clínica Médica Corpus

Dental, com idades entre 20 e 70 anos. Aproximadamente 43,7% dos indivíduos eram do

sexo masculino e 56,3% eram do sexo feminino. Ambos estavam sob investigação Index

RDC / TMC (“Critérios de Diagnóstico de Pesquisa para Desordens

Temporomandibulares”) Eixo I. Ao final do estudo, as dificuldades e limitações foram

observadas, produzindo uma lista de verificação para estudos futuros. A dor orofacial foi

relatada por 43,7% da amostra, sendo que 32,2% dos indivíduos eram do sexo feminino.

Dos pacientes com dor orofacial, 73,7% apresentaram dor durante a palpação muscular

e 42,1% foram diagnosticados com distúrbios da musculatura mastigatória. Destes,

81,3% foram submetidos a terapia de relaxamento muscular, dos quais 68,8% relataram

ao final deste estudo, estando satisfeitos com o tratamento. Para minimizar os estudos

de controvérsias de DTM, dificuldades e limitações, é importante que obedeçam a um

conjunto de características: a existência de um grupo controle, homogeneidade amostral,

que deve ser grande. Embora mais estudos sejam necessários com uma amostra maior,

conclui-se que uma parte significativa da população sofre de sintomas dolorosos na face,

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e que a terapia de splint de relaxamento muscular contribui para a remissão dos sintomas

(FERNANDES, 2012).

Chisnoiu, Picos e Popa (2015), estudando os fatores que poderiam ser descritos

como predisponentes e perpetuantes para a etiologia de DTM, escrevem que ela pode

ser considerada multidimensional. Sendo que tanto fatores biomecânicos, quanto

biológicos, neuromusculares ou biopsicossociais poderiam estar em simbiose ou

sozinhos para desencadear DTM. Quanto sobrecargas oclusais, os autores escrevem

que as parafunções (BS) ou as são frequentemente citadas como fatores biomecânicos.

Entre os fatores biopsicossociais o estresse, a ansiedade e a depressão e foram

frequentemente encontrados.

Nunes, et al. (2015) sabendo que a atividade alterada da musculatura

mastigatória, comum nas DTM’s, interferem nos músculos de contra apoio, provocando

com isto encurtamento dos músculos posteriores cervicais e um desequilíbrio postural do

crânio, realizaram um estudo observacional descritivo de corte transversal guiado onde

procurou-se avaliar a flexibilidade da cadeia muscular posterior em indivíduos que

apresentavam e que não apresentavam DTM. A amostra foi não probabilística, com 57

universitários entre 18 e 50 anos que de forma voluntaria responderam ao Questionário

Anamnésico de Fonseca e, em sequência, foram sujeitos ao teste de flexibilidade do

Banco de Wells, com calço molar e sem, em máxima intercuspidação habitual.

Verificando-se assim o predomínio de DTM leve, moderada, severa e ausência de DTM,

e ainda que, a flexibilidade da cadeia posterior teve um aumento em todos os indivíduos

quando realizado teste com o calço molar. Sendo que a diferença das médias nos testes

realizados foi maior no grupo DTM moderada seguida de DMT severa, sem DTM e DTM

leve. Concluíram que a maior prevalência de DTM’s do tipo leve, assim como associação

entre flexibilidade da cadeia muscular posterior e grau de severidade das DTM’s. Logo

os voluntários com DTM moderada apresentaram uma maior diferença nas médias dos

testes realizados comparados aos indivíduos com outros graus de severidade.

Durante décadas, tem sido questão de discussão entre a comunidade

odontológica à importância e adequada posição condilar dentro da fossa glenóide, a fim

de realizar um equilíbrio perfeito do sistema estomatognático. Consequentemente, várias

filosofias diagnósticas e terapêuticas no campo das desordens temporomandibulares

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promovem a necessidade de modificar a oclusão do doente, se necessário, para fazer

coincidir com essa posição idílica condilar. No entanto, devido ao crescente interesse na

comunidade odontológica com relação a este tema, é necessário questionamento. Se for

clinicamente viável para localizar precisamente e restabelecer a posição condilar da

maneira exata como é proposto por vários grupos profissionais. Além disso, é

absolutamente crucial analisar se a posição condilar na fossa glenóide é diferente nos

pacientes com Disfunção Temporomandibular quando comparados aos sujeitos normais

não-temporomandibulares. O objetivo deste artigo é analisar a literatura científica

disponível sobre este assunto, a fim de esclarecer a importância da posição do côndilo

no desenvolvimento de distúrbios temporomandibulares (DELGADO; GUTIÉRREZ,

2016).

O conhecimento dos diferentes testes de imagem e suas indicações apropriadas

é crucial para a elaboração do diagnóstico de Disfunção Temporomandibular,

especialmente em pacientes com exacerbada sobreposição de sinais e sintomas. O

objetivo dessa pesquisa foi presentar e avaliar os principais exames diagnósticos de

imagem para Disfunção Temporomandibular. E discutir acertadamente seus critérios de

indicação, vantagens e desvantagens. O método utilizado foi uma revisão bibliográfica

nas bases de dados Web of Knowledge, PubMed e SciELO, bem como busca manual de

publicações relevantes em listas de referência dos artigos selecionados. A tomografia

computadorizada e a ressonância magnética foram consideradas exames padrão ouro,

para analisar articulação temporomandibular, tecidos duros e moles, respectivamente.

Cada método de diagnóstico exibiu sensibilidade e especificidade distintas para os

diferentes subtipos de disfunção articular. Julga-se como racional a indicação

fundamentada na exatidão, segurança e importância clínica do exame a ser solicitado, o

que acarreta na adequada definição do diagnóstico bem como do plano de tratamento

(FERREIRA, et al., 2016).

Este estudo visou identificar a prevalência de suspeita de Disfunção

Temporomandibular funcionários e estudantes de uma universidade brasileira na

avaliação da influência de variáveis sociodemográficas e clínicas sobre este distúrbio.

Este estudo teve uma amostra não probabilística de 575 voluntários que foram avaliados

por um questionário A Academia Americana de Dor Orofacial suspeita que a Disfunção

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Temporomandibular estivesse presente em 60,87% da população. Por meio de

regressões logísticas múltiplas apenas variáveis clínicas foram associadas à presença

de suspeita de Disfunção Temporomandibular, tais como: dor de cabeça, dor de garganta

ou dor de dentes (OR = 47,60), rígida, apertada ou regularmente mandíbulas cansadas

(OR = 13,37), dificuldade de abertura da boca (OR = 13,55), dor ao redor das orelhas,

têmporas e bochechas (OR = 4,61). O questionário foi eficaz como método de pré-

ferramenta para identificar sintomas, e os resultados suportam os sintomas clínicos para

a identificação e acompanhamento dos pacientes com tais distúrbios (BARBOSA, et

al.,2017).

Com o intuito de avaliar a prevalência de desordens temporomandibulares (DTM)

descobertas incidentalmente durante o exame odontológico de rotina, identificar padrões

de doença, e atitude em relação à aceitação do tratamento, pesquisadores

desenvolveram um trabalho onde fizeram parte da pesquisa um total de 3009 indivíduos

que foram examinados no Hospital Odontológico da Universidade de Sharjah. Os

Critérios de Diagnóstico de Pesquisa para os Eixos TMD (RDC / TMD) I e II foram

utilizados para avaliação. Indivíduos com sintomas de disfunção aguda / grave foram

submetidos à tomografia computadorizada de feixe cônico (CBCT) exame. A ressonância

magnética foi utilizada para confirmar o diagnóstico de deslocamento de disco. Os

resultados apontaram uma prevalência de DTM não auto relatada de 10,8% (n = 325).

Entre os pacientes com DTM, foram diagnosticadas mais em mulheres (65,85%) (p

<0,05) e entre as idades de 25 e 45 anos (65,54%) (p <0,05). A avaliação do eixo I revelou

que o deslocamento do disco com redução (grupo IIa) foi o mais comum (40,92%). O

grau de dor crônica do eixo II (CPG) mostrou 32,62% de pacientes com DTM

experimentaram dor crônica, enquanto 66,77% tinham incapacidade leve. O interesse em

buscar tratamento foi indicado por 92,31% dos pacientes. A avaliação da TCFC e RM

alterou o diagnóstico primário em 26,08% e 18,47% dos casos, respectivamente. A

triagem de DTM durante o exame odontológico de rotina levou ao diagnóstico de não

auto relato DTM, mais comumente relacionada ao deslocamento de disco com redução.

O exame radiográfico e a avaliação foram importante para confirmar o diagnóstico de

DTM. Pacientes diagnosticados com DTM durante triagem odontológica manifestou

interesse em prosseguir o tratamento. (TALAAT; ADEL; BAYATTI; 2017).

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O objetivo deste estudo foi avaliar, retrospectivamente, se a cefaleia influencia os

sintomas da DTM. Uma amostra total de 1198 consecutivos. Pacientes com DTM foram

selecionados. Após um exame neurológico, um diagnóstico de dor de cabeça, de acordo

com a última edição da Classificação Internacional de Distúrbios da Cefaleia, foi realizado

em 625 sujeitos. Os pacientes foram divididos em dois grupos baseados presença /

ausência de cefaleia: Grupo com cefaleia (GwH) e grupo sem cefaleia (GwoH). Estatística

descritiva e Chisquare índice foram realizadas. Sociodemográfico (sexo, estado civil e

ocupação) e fatores funcionais, oclusão (classes oclusais e esqueléticas, fórmula

dentária e anormalidades oclusais) e dor familiar não apresentaram significância

estatística correlação em qualquer grupo. Intensidade e frequência de cervicalgia,

artralgia da ATM e mialgia mostraram valores de correlação mais altos em GwH. Este

estudo é consistente com a literatura anterior em mostrar uma relação próxima entre

cefaleia e DTM. Todos os dados sublinham que a dor de cabeça torna os parâmetros da

dor mais intensos e frequentes. Portanto, uma abordagem precoce e multidisciplinar O

tratamento das DTMs deve ser realizado a fim de evitar a sobreposição de eventos

dolorosos que podem resultar em cronificação da dor (DI PAOLO, et al., 2017).

As disfunções temporomandibulares (DTMs) são um conjunto de problemas

musculares e articulares que afetam o sistema mastigatório. No Chile, há poucos estudos

epidemiológicos sobre DTM, e nenhuma distribuição, gravidade e comorbidade o

tratamento é conhecido. Estas condições não são incorporadas aos benefícios de saúde

oral das Garantias Explícitas de Saúde (GES) e não existem diretrizes clínicas para

diagnóstico e encaminhamento da Atenção Primária à Saúde (APS). O objetivo geral

deste estudo foi determinar a prevalência de disfunções temporomandibulares em

adultos beneficiários do Serviço de Saúde de Valparaíso e San Antonio (SSVSA). Para a

seção transversal observacional acima estudo (prevalência) DTM, cuja população alvo

corresponde a adultos (maiores de 18 anos) beneficiários do Fundo Nacional de Saúde

(FONASA) da SSVSA inscrito em clínicas de atenção primária da comunidade de

Valparaíso propôs (n = 273.449 de acordo com pacientes per capita registros válidos

registrados em 2012). 270 pacientes (168 mulheres, 102 homens), selecionadas

aleatoriamente, utilizando as categorias diagnósticas da pesquisa. (Dworkin 1992,

atribuído à Associação Internacional de Pesquisa Dental) foram examinados. Os

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resultados mostraram uma prevalência de 49,6% de TTM (pelo menos um diagnóstico)

na amostra; e 19,6% da população DTM (dor muscular e / ou dor articular associada à

limitação funcional), sendo a mais mulher comprometida (GUERRERO, et al.; 2017).

Além dos testes de palpação, testes dinâmicos / estáticos têm sido propostos para

complementar a avaliação dos pacientes com Disfunção Temporomandibular (DTM) no

contexto clínico. O objetivo do estudo foi o de avaliar a confiabilidade intra e Inter

observadoras dos testes e palpação dos testes dinâmicos / estáticos, e ensaios para

determinar se aqueles que produzem resultados comparáveis em termos de diagnósticos

de dor. Para isso noventa e oito (n = 98). Pacientes adultos consecutivos foram

examinados durante duas sessões clínicos por dois avaliadores independentes, com

base em técnicas de palpação conjuntos descrito na Research Diagnostic Criteria de

DTM (RDC / TMD) e músculo. Eles também foram submetidos a testes dinâmicos /

estáticos. A confiabilidade intraobservador dos testes de palpação foi geralmente ruim,

com valores de ICC de excelente a ótimo apenas para os locais masseteres e intra orais

superiores. A confiabilidade intra observador para o diagnóstico de dor muscular com

base nos testes de palpação foi entre ruim e de bom para bom, enquanto a confiabilidade

inter observador foi excelente. A confiabilidade intra observador para diagnósticos de dor

com base em testes dinâmicos e estáticos foi de boa qualidade e a confiabilidade entre

observadores variou de razoável a boa a excelente. Algumas características dos testes

dinâmicos / estáticos os tornam potencialmente mais úteis do que os testes de palpação

para propósitos clínicos selecionados, como a discriminação entre dores articulares e

musculares, bem como o acompanhamento dos sintomas. Assim, os achados desta

pesquisa sugerem que ambos os testes devem ser incluídos nos algoritmos de

diagnóstico da DTM (OSIEWICZ, et al; 2018).

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3 OBJETIVOS

3.1 OBJETIVOS GERAIS

Verificar nos discentes portadores de DTM, previamente diagnosticados, na

faculdade de odontologia da IMED, qual o subtipo de Disfunção Temporomandibular

apresentam.

3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

a) Verificar a prevalência dos diferentes tipos de DTM, miofascial, articular, ou

mista presente nos discentes portadores de Disfunção Temporomandibular,

do curso de Odontologia da Faculdade IMED;

b) Verificar a distribuição de DTM moderada e severa entre os semestres;

c) Verificar os fatores predisponentes e\ou perpetuantes presentes na

amostra;

d) Verificar os sintomas mais prevalentes na amostra;

e) Verificar se os participantes da amostra já haviam procurado tratamento;

f) Verificar as atividades impedidas ou prejudicadas pela disfunção que foram

mais relatas pelos participantes.

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4 METODOLOGIA

4.1 DELINEAMENTO DO ESTUDO

Este é um estudo de abordagem quantitativa, tendo um delineamento do tipo

descritivo, realizado nos discentes portadores de DTM na Escola de Odontologia da

IMED.

4.2 QUESTÕES ÉTICAS

Este projeto foi submetido previamente à autorização do Comitê de ética-P/IMED

recebendo o número do parecer de 2.419.935 e foram solicitadas assinaturas dos alunos

no TCLE (Anexo 2).

4.3 AMOSTRA

A amostragem é do tipo não probabilístico e foi obtida por meio de pesquisa

aprovada e realizada anteriormente (CEP/IMED: 1.625.825). Os dados foram recolhidos

em junho de 2016, onde fizeram parte da pesquisa os alunos que cursavam Odontologia

na Faculdade IMED na época e que ao realizarem avaliação da presença ou não de DTM,

apresentaram DTM do tipo moderada (19%) e severa (3%), totalizando 22% dos

entrevistados inicialmente. O exame foi realizado utilizando questionário Inventário de

Ansiedade Traço-Estado (IDATE) (anexo 2) que já havia sido aplicado na pesquisa

anterior, foi feito nos participantes que se matricularam posteriormente a essa data para

que abrangesse todos os semestres em vigor, além de ter sido descartados turmas dos

semestres que já não estavam mais matriculados.

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4.4 COLETAS DE DADOS

O exame clínico foi realizado conforme o eixo I e II do instrumento Critérios de

Diagnóstico para Pesquisa de Desordens Temporomandibulares RDC/TMD (anexo1).

Este exame permitiu avaliar a presença de sinais e sintomas como: dor à palpação,

movimentos mandibulares, mobilidade articular (abertura, excursões lateral direita e

esquerda, e protrusão), presença de desvios mandibulares, ruídos articulares durante os

movimentos mandibulares, bem como alterações mialgicas e neuropáticas. Esta coleta

de dados é gerou os diferentes diagnósticos de dores orofaciais: DTM do tipo miofascial,

DTM do tipo articular (deslocamento de disco e/ou artralgia).

4.3.1 CRITÉRIOS DE INCLUSÃO

Foram inclusos os alunos do curso de Odontologia da Faculdade de Odontologia

da IMED que apresentaram índice moderado e severo de DTM, e que concordaram em

participar desta, após a aprovação do comitê de ética e as assinaturas do termo

confidencialidade dos dados e do termo de consentimento livre e esclarecido, (apêndice

1 e 3), bem como autorização do local (apêndice 2).

4.3.2 CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO

Todos os acadêmicos que não se encaixam nos critérios de inclusão.

4.4 PROCEDIMENTOS

Os acadêmicos que atenderam aos critérios de inclusão foram abordados

individualmente por meio de ligação telefônica, onde foi realizado o convite para participar

da pesquisa. Nesta ligação o pesquisador fez o convite para participação da pesquisa.

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Também foi marcado um horário e data na clínica da instituição (IMED), para a realização

do questionário. Com as explicações por escrito sobre a pesquisa, de maneira clara, que

esta pesquisa era totalmente gratuita, e se trata de um estudo para avaliar nos discentes

portadores de DTM na faculdade de odontologia da IMED qual tipo de afecção ele possui,

a fim de determinar qual a patologia mais prevalente. Para o participante este diagnóstico

possibilitou com que os pesquisadores lhe instruíssem uma melhor orientação para o seu

caso.

Os alunos que aceitaram participar, responderam ao questionário IDATE (anexo

2) e ao questionário RDC/ TMD – Research Diagnostic Criteria for Temporomandibular

Disorders (anexo 1). Quanto ao exame clínico, o mesmo foi realizado conforme o eixo I

e II do instrumento RDC/TMD. Este exame permitiu avaliar a presença de dor à palpação

e nos movimentos mandibulares, a mobilidade articular (abertura, excursões lateral

direita e esquerda, e protrusão). Presença de desvios mandibulares e a verificação de

ruídos articulares durante os movimentos mandibulares.

Para realização do exame clinico intraoral foi utilizada a cadeira odontológica. Os

instrumentais utilizados foram: pinça (Pinça Graef Iris Curva c. Serrilha 10 cm. Quinelato,

Rio Claro, SP, Brasil), sonda (Sonda Exploradora Nº 5. Quinelato, Rio Claro, São Paulo,

Brasil), espelho (Espelho Bucal Primeiro Plano N0 5 Front Surface Duflex. SS White, Rio

de Janeiro, RJ, Brasil) e gaze (Compressa de Gaze Nídia 11 Fios. Cremer, Blumenau,

SC, Brasil), régua milimétrica e estetoscópio, todos devidamente estéreis para realização

da inspeção visual.

Após estas avaliações todos os exames foram interpretados por um único examinador

treinado para esse questionário e com experiência na área (Prof. Ms. Alexandra

Magalhães Silveira), gerando assim os diagnósticos que juntamente com as instruções

gerais para DTM e ênfase para as que são pertinentes a sua patologia, como de melhora

na postura, redução dos hábitos parafuncionais como mascar chicletes, (apêndice 4),

foram entregues aos participantes. Os que porventura apresentaram patologia do tipo

que requeriam tratamentos específicos foram encaminhados aos profissionais

condizentes as suas afecções, tanto dentistas como a outro profissional, no caso de não

serem as alterações do âmbito odontológico. Foi explicado aos mesmos que esta

segunda etapa ocorreria por responsabilidade tanto financeira quanto legal do mesmo

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4.5 ANÁLISES DOS DADOS

Após a coleta, os dados foram submetidos à análise estatística descritiva.

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5 RESULTADOS

A totalidade dos integrantes da amostra apresentaram DTM do tipo mista, ou seja,

eram portadores de DTM miofascial e articular simultaneamente.

De acordo com a Figura 1, a maior parte da amostra era do gênero feminino (87%).

Figura 1- Distribuição do total de pessoas entrevistadas quanto ao sexo. (n: 23)

MASCULINO FEMININO

87%

13%

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A Faculdade de Odontologia IMED apresenta grade curricular constituída de 8

semestres, sendo que a distribuição dos índices de DTM moderado e severo está

representada na Figura 2, sendo que o 3º semestre houve mais índice de DTM severo, a

maior parte da amostra está no 5º semestre e da metade dos semestres em diante houve

uma constância no diagnóstico de DTM moderado.

Figura 2: Distribuição do número de alunos apresentando DTM em relação aos semestres que está

cursando.

Dentre as perguntas presentes no questionário foram alencadas as que se

relacionavam com os fatores predisponentes e perpetuantes. Na tabela 1 está

demonstrado quais foram os sintomas estudados e sua presença nos diferentes índices

de DTM. Cada indivíduo pode relatar mais que um fator predisponente e perpetuante.

0

1

2

3

4

5

6

7

1º semestre 2º semestr 3º semestre 4º semestre 5º semestre 6º semestre 7ºsemestre 8º semestre

DTM severa DTM moderada

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Tabela 1- Prevalência dos fatores predisponentes e perpetuantes de DTM na amostra.

FATORES PREDIPONENTES E PERPETUANTES N (23

%(100)

Relato de presença de Bruxismo do Sono (BS) 19

82,60

Relato de Apertamento Dentário (dia) 17

73,91

Episódio de Trauma na face ou Mandíbula 2 8,69

Vários são os sintomas presentes em um paciente com DTM, averigua os descritos

na tabela 2. No item Estalido esta somado a Crepitação.

Tabela 2- Porcentagem dos sintomas presentes nos diferentes índices de Disfunção

Temporomandibular.

SINTOMAS NA ATM N

(23)

%(100)

Episódio de Travamento Mandibular 7 30,42

Presença de Estalido e crepitação 22 95,64

Presença de apito ou zumbido 7 30,42

Relato de dor cabeça ou enxaqueca (nos últimos 6 meses 19 82,60

Dor na face intermitente 20 86,95

Dor na face contínua 3 13,05

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Quanto à procura ou não por algum atendimento, um pouco mais da metade da amostra

(52,17%) não procuraram por atendimento.

Figura 3- percentual de pessoas que relataram procura por algum tratamento.

Não procuraram Sim, nos últimos 6 meses Sim, há mais de 6 meses

52,17%

34,78 %

13,05 %

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Algumas atividades foram impedidas ou prejudicadas pela presença das

disfunções. Abaixo segue uma figura contendo as mesmas, sendo que cada participante

pode relatar mais que uma das atividades.

FIGURA 4- Atividades impedidas ou prejudicadas em relação ao número de pessoas

0 2 4 6 8 10 12 14

MASTIGAR

COMER ALIMENTOS DUROS

BOCEJAR

FAZER GINÁSTICA

Percentual de Pessoas

Percentual de Pessoas

44,10 %

56,52 %

48 %

26,10 %

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6 DISCUSSÃO

A disfunção temporomandibular, segundo a American Academy of Orofacial Pain,

é uma designação que envolve vários problemas clínicos abrangendo a musculatura

mastigatória, a ATM e as estruturas associadas a ambos. A DTM é o subgrupo das

disfunções orofaciais dolorosas que mais perturba os pacientes (OKESON, 2008).

Em estudos epidemiológicos para DTM, quanto à coleta de dados, são utilizados

basicamente dois métodos: o método de associar exame clínico a questionário

anamnésico, utilizado por Helkimo e o “Critério para o diagnóstico e investigação em

Disfunção Temporomandibular”- RDC/ TMD (CAMPOS; LOFFREDO; FARIA 2007;

OKESON, 2008) e o método da aplicação de exclusivamente questionário anamnésico,

adotado por, por exemplo, FONSECA, et al (1994).

O método utilizado nesta pesquisa para obtenção dos dados de sintomas e sinais,

a fim de diagnosticar os diferentes tipos de DTM, foi o questionário RDC/TMD.

O RDC/TMD é um instrumento de avaliação desenvolvido com o objetivo de criar

um conjunto de critérios de diagnóstico para classificar indivíduos com DTM. O Eixo I

utilizado neste estudo distingue três categorias de diagnóstico: 1) dor miofascial e

mastigatória, 2) desarranjos internos do disco, 3) osteoartrite, artralgia, osteoartrose. O

RDC/TMD é o protocolo com mais sucesso no diagnóstico de Disfunção

Temporomandibular, sendo usado internacionalmente em vários estudos e traduzido em

mais de 20 línguas (TALAAT; ADEL; BAYATTI 2017).

A confiabilidade da versão em português foi investigada por Campos, Loffredo e

Faria em 2007, sendo que os pesquisadores descreveram ter esta tradução “excelente”

concordância intra examinador a fim das questões associadas ao tempo da existência da

dor e sua progressão, e “boa” para questões associadas a dores presentes sendo que

questões referentes a estalos e rangidos e procura de profissionais receberam nota

“regular” em compreensão das questões. Eles enfim concluíram ser esta tradução

confiável para verificação de DTM.

Todos os indivíduos da atual amostra obtiveram DTM do tipo mista, ou seja,

articular e miofascial, isto também foi relatado por FERNANDES (2012), que ao utilizar o

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critério de diagnóstico RDC/TMD descreveu ser possível que o mesmo paciente seja

incluído em diferentes subgrupos de DTM.

Sempre houve muita discussão a respeito da questão sobre se as mulheres

procuram mais os médicos ou apresentarem mais doenças.

Guerrero et al. (2017) também encontraram que 65,85% de sua amostra com DTM

era composta de mulheres.

Siqueira e Teixeira (2012) complementam que entre as mulheres e os homens de

idades similares, elas apresentam prevalência significativamente maior para as dores do

que os homens.

A distribuição número de pessoas e seus índices de DTM entre os semestres

foram: 2º semestre: 1 (DTM moderada); 3º semestre: 1 (DTM moderada) e 3 (DTM

severa); 5º semestre: 6 (DTM moderada) e 1 (DTM severa); 6º semestre: 3 (DTM

moderada); 7º semestre: 3 (DTM moderada) e 2 (DTM severa); 8º semestre: 3 (DTM

moderada); no 1º e o 4º semestres não houve presença de DTM.

A etiopatogenia da DTM é considerada multidimensional. Sendo que fatores

biomecânicos, biológicos, neuromusculares e biopsicossociais, podem contribuir tanto

como fatores predisponentes como perpetuantes da patologia. Frequentemente as

parafunções (bruxismo) ou as sobrecargas oclusais são citadas como fatores

biomecânicos. Entre os fatores biopsicossociais a ansiedade, depressão e o estresse

foram constantemente encontrados, (CHISNOIU; PICOS; POPA, 2015). Do mesmo modo

Santos et al. (2006), consideram que a origem da DTM é multifatorial, o que revela que

os indivíduos podem manifestar sintomas semelhantes, mas com fontes completamente

diferentes, sendo que nem toda dor articular ou muscular relativa à face pode ser vista

como Disfunção Temporomandibular (DTM).

Okeson em seu livro sobre DTM, em 2008, descreve também como sendo fatores

etiológicos para esta patologia o trauma, considerações anatômicas, fatores locais e

fatores fisiopatológicos. O autor considera ainda os distúrbios psicossociais como fator

de causa de DTM, e complementa explicando que o estresse seria a maior alteração

deste tipo, essa questão é avalizada por Brandini et al., 2007. Inclusive Pires em 2007,

ao avaliar a existência de associação entre o estresse e o bruxismo coloca que existe

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uma correlação positiva entre eles, fato este corroborado por Blini et al., 2009 que

encontrou bruxismo presente em 50% dos casos de DTM.

Nesta pesquisa, em relação os fatores predisponentes e perpetuantes mais

prevalentes encontrados foram: bruxismo (BS) em 82,60%; apertamento dentário diurno

em 73,91%; episódio de pancada/ trauma na face ou mandíbula em 8,69%.

Levando em consideração a prevalência de sintomas, existem, segundo Siqueira

e Teixeira (2012), quatro sintomas ditos clássicos em pacientes portadores de DTM, os

quais são vulgarmente chamados de sinais cardinais da DTM. São eles: 1- dor, 2- ruídos

ou sons articulares, 3- limitação de movimentos mandibulares e 4 - sensibilidade à

palpação nos músculos mastigatórios e/ou cervicais. Alterações otológicas como

vertigem e zumbido podem também estar presentes.

Santos, Santos e Souza (2009) e Rosa et al. (2008) consideraram que a DTM

abrange diversos sinais e sintomas, tais como cefaleias, dores nas ATMs, ruídos

articulares, dores faciais e cervicais, limitações funcionais e otalgias, sendo que o último

trabalho conclui que o hábito de ranger os dentes também pode ser considerado um sinal

ou sintoma frequente de DTM.

Quantos os sintomas relatados os mais presentes foram: dores na face em 100%

dos casos, seguido sucessivamente de dor de cabeça em 82,60%; estalidos, ruídos e

travamentos articulares em 47,82%; zumbido ou apito em 30,42%.

Outros estudos revelaram como dores de cabeça primárias são mais frequentes

nos pacientes disfuncionais em comparação para o grupo de controle. (DI PAOLO, et al.

2017). Cardozo et al, 2012, também ao realizarem um estudo com acadêmicos de

odontologia, concluíram que os sintomas de DTM predominante entre os mesmos foi a

existência de dores de cabeça, o que veio corroborar com os achados desse trabalho.

De acordo com esse estudo, foram as dores na face as mais frequentemente

relatadas associadas à pacientes com DTM.

Torna-se difícil a comparação dos achados desse estudo com outros da mesma

natureza, uma vez que amostra do estudo era pequena impossibilitando associações

estatisticamente significativas entre dos subtipos de DTM.

Os caminhos e mecanismos para a dor referida da cabeça para a articulação

temporomandibular e vice-versa. A dor de cabeça pode ser resultado das estruturas

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temporomandibulares ou a dor pode ser referida na articulação temporomandibular

proveniente da cabeça. Esta coincidência se deve ao fato que o nervo trigêmeo é o

caminho final para a dor de cabeça e para as DTMs, tornando a relação dor de cabeça e

DTM um tanto quanto confusa. Tem sido sugerido que a DTM e a dor de cabeça são

entidades distintas que podem estar associadas atuando de forma recíproca como

fatores agravadores ou perpetuadores. Pode-se presumir que DTM é o conjunto de

anormalidades causadoras de dores crônicas do tipo recorrente, não evolutivas e

associadas a impacto leve ou moderado na atuação social do paciente. O domínio da

algia é sabidamente influenciado por inúmeros fatores, como causa variabilidade,

duração, efeito placebo e a aptidão do terapeuta em conduzir o tratamento sugerido.

Assim sendo, é fundamental que se distinga clinicamente o perfil dos pacientes, através

da anamnese, com o propósito de individualizar o tratamento. (SANTOS, SANTOS e

SOUZA, 2009).

A DTM pode impactar na qualidade de vida como nas atividades realizadas

diariamente como lazer, e necessidades essenciais comer, beber, sorrir, conversar,

bocejar, realizar atividades físicas entre outras. No presente estudo os participantes

apontaram algumas dessas como impedidas ou prejudicadas pela presença da

disfunção, sendo estas bocejar 48%, mastigar alimentos duros 44,10% e fazer atividades

físicas e\ou ginástica 26,10%.

Dentre as perguntas presentes no questionário, também foi investigado a procura

por algum profissional da saúde (médico, cirurgião-dentista, fisioterapeuta, etc.), ao que

foi relato 52,17 % nunca procuraram atendimento, 34,78 % afirmaram que sim a mais

seis meses e 13,05 % sim, a menos de seis meses. Observa-se com isso que, apesar de

apresentar um comprometimento significativo no cotidiano dos participantes, estes não

manifestam relativa preocupação na procura por tratamento.

Com esse trabalho, verifica-se que a DTM necessita de uma abordagem criteriosa

na pesquisa de fatores diversos como: fatores psicológicos, neurológicos, musculares e

sociais, onde se faz necessário quando irá se tratar, da atuação de uma equipe

multidisciplinar dando a importância devida ao diverso espectro de apresentação deste

tipo de patologia, que infelizmente se apresenta cada vez mais próximo do dia a dia das

pessoas, tratando não só os sinais e sintomas, mas principalmente as eventuais causas,

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avaliando o indivíduo como um todo e desta forma realizando um diagnóstico preciso,

devolvendo a saúde ao nosso paciente.

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7 CONCLUSÃO

Com base nos resultados obtidos através do instrumento RCD-TMD, pode-se

concluir que em relação aos subtipos de DTM todos os participantes apresentaram DTM

do tipo mista, ou seja, miofascial e articular. Os fatores predisponentes e perpetuantes

mais prevalentes encontrados foram: bruxismo (BS) seguido de apertamento dentário

diurno. Em relação aos os sintomas, os mais relatados foram dores na face. Sendo que

mais da metade da amostra nunca procuraram atendimento por algum profissional da

saúde (médico, cirurgião-dentista, fisioterapeuta, etc).

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APÊNDICE 1

TERMO CONFIDENCIALIDADE DOS DADOS

Eu, Alexandra Magalhães Silveira, declaro que todos os pesquisadores envolvidos

no projeto intitulado “Prevalência de DTM nos alunos de Odontologia da Faculdade

IMED’’ realizaram a leitura e estão cientes do conteúdo da Resolução CNS nº 466/12 e

suas complementares. Comprometo-me a: somente iniciar o estudo após a aprovação

pelo CEP-IMED e, se for o caso, pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa

(CONEP); zelar pela privacidade e pelo sigilo das informações que serão obtidas e

utilizadas para o desenvolvimento do estudo; utilizar os materiais e as informações

obtidas no desenvolvimento deste estudo apenas para atingir o objetivo proposto no

mesmo e não utilizá-los para outros estudos, sem o devido consentimento dos

participantes. Declaro, ainda, que não há conflitos de interesses entre o/a (os/as)

pesquisador/a(es/as) e participantes da pesquisa.

_________________________________

Assinatura do Pesquisador Responsável

Passo Fundo, ____ de ___________ de _____.

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APÊNDICE 2

TERMO DE AUTORIZAÇÃO DE LOCAL

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APÊNDICE 3

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Prezado (a) Sr. (Sra.)__________________________________________,

Estamos desenvolvendo um estudo que visa avaliar nos alunos portadores de

DTM na faculdade de odontologia da IMED, qual tipo de afecção ele possui, cujo título é

Avaliação dos Diferentes Tipos de Dores Orofaciais nos Alunos Portadores de DTM na

Faculdade de Odontologia IMED – Passo Fundo. Você está sendo convidado a participar

deste estudo.

Esclareço para você que esta pesquisa é totalmente gratuita, ou seja, não há

custos ou bem como formas de pagamento pela sua participação no estudo. Todas as

despesas que porventura ocorrerem no decorrer desta pesquisa serão pagas pelo

pesquisador.

Esclareço também que não há risco de injuria física, pois é a pesquisa consiste

somente em uma avaliação, sem qualquer procedimento invasivo. Não há risco de dor, no

entanto se você apresentar DTM do tipo grave poderá sentir algum desconforto durante a

realização do exame clínico, porem este desconforto será passageiro, durando segundos,

não necessitando de qualquer intervenção. Gostaríamos que você comparecesse

somente se sentir confortável para fazer parte desta pesquisa, ou seja, você somente será

avaliado caso esteja comparecendo livremente no horário marcado. Este TCLE será lido

em duas situações para você se inteirar da pesquisa: na primeira vez, via telefone, onde

o convite de participação ocorre e na segunda vez, ao comparecer. Nesta segunda vez,

você ficará de posse de uma cópia do mesmo. Gostaríamos de deixar claro que caso você

se sentir constrangido, desejar interromper a avaliação, ou ir embora, você poderá fazê-lo

em qualquer momento, sem necessitar de explicações ou desculpas, e não sofrerá

quaisquer sansões.

Seus benefícios ao participar desta pesquisa serão: Um diagnóstico mais

detalhado da sua patologia, pois na primeira etapa que você participou houve somente um

diagnóstico de ser ou não portador de DTM, e a instrução de que se fosse portador deveria

procurar um profissional habilitado para melhor avaliar seu caso. Porem agora, com um

diagnóstico mais acurado, há possibilidade de um melhor encaminhamento e orientações

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mais específicas. Você também receberá uma carta (apêndice 4) contendo orientações

que todos os portadores de DTM, deveriam seguir. Outra vantagem é que como esta é

uma doença que deve ser interceptada precocemente, o fato de participar de um estudo

mais minucioso possibilitará mais conscientização de seu problema e se você desejar,

inclusive poderá ser tratado na própria clínica da faculdade de odontologia da IMED por

um preço mais baixo que do mercado, portanto tendo uma vantagem financeira e

facilidades de logística. Ao participar desta pesquisa você também estará auxiliando a

ciência, pois é importante se saber qual a prevalência de cada tipo de doença, tanto para

se efetivar medidas sanitárias, caso necessário, quanto para se entender e estudar as

patologias a fim de desenvolver atitudes de prevenção ou de tratamentos.

Eu, Alexandra Magalhães Silveira e a minha equipe Luciana Signor, estaremos

sempre à disposição para qualquer esclarecimento acerca dos assuntos relacionados ao

estudo, na IMED nas manhãs de sexta-feira na clínica IV, ou no momento em que desejar,

através do telefone (54) 96238479, ou mesmo no endereço Rua Paul Harris 71, apto 501.

É importante lembrar que a sua participação neste estudo é voluntária e que você pode

recusar-se a participar ou interromper a sua participação a qualquer momento sem

penalidades ou perda de benefícios aos quais você tem direito.

Pedimos a sua assinatura neste consentimento, para confirmar a sua

compreensão em relação a este convite, e sua disposição a contribuir na realização deste

trabalho, em concordância com a Resolução CNS n° 466/12 que regulamenta a realização

de pesquisas envolvendo seres humanos. Desde já agradecemos a sua atenção.

_______________________________________________

Alexandra Magalhães Silveira

Eu, _________________________________, após a leitura deste consentimento,

declaro que compreendi o objetivo deste estudo e confirmo o meu interesse em participar

desta pesquisa.

_________________________________

Assinatura do Participante.

Passo Fundo, ____ de ___________ de ___.

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APÊNDICE 4

A Disfunção Temporomandibular (DTM), é uma alteração onde atitudes simples

fazem a diferença. Segue abaixo alguns lembretes sobre o que foi conversado na sua

avaliação e que todas as pessoas se beneficiam. No final do texto constará seu

diagnóstico, bem como orientações complementares, como indicação da necessidade de

procura de um dentista, outro profissional. Obs.: Esta etapa, caso necessário, será por sua

conta tanto financeira quanto legal.

AUTOCUIDADOS

1) DESCANSO DO SISTEMA MASTIGATÓRIO

-Evitar porções grandes de alimentos

-Não mastigar chicletes

-Evitar bocejar com boca muito aberta

2) REVERSÃO DE HÁBITOS PARAFUNCIONAIS

-Não apertar os dentes durante o dia: ar entre os dentes!

-Não morder bochecha

-Não roer unha

3) BIOFEEDBACK

-Utilize os adesivos para lembrar-se de relaxar

-Ou baixe em seu celular o aplicativo gratuito DESENCOSTE. Versão Androide e Apple.

CONDUTAS QUE PODEM MELHORAR SUA ADAPTABILIDADE

• Exercícios fisicos

• Meditação

• Ioga

• Relaxamento

• Mudança de comportamento quanto

às memórias

Após sua avaliação de DTM, com o questionário RDC/TMD, que fez parte da pesquisa

“Avaliação dos diferentes tipos de dores orofaciais nos alunos portadores de DTM” na

faculdade de Odontologia da IMED, Passo Fundo, seu diagnóstico foi de

_________________________________________________ , portanto indicamos:

__________________________________________________________________.

Passo fundo, _____________. Pesquisador responsável: ___________________

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ANEXO 1

QUESTIONÁRIO DE AVALIAÇÃO DE DOR OROFACIAL

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ANEXO 2

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