Faculdade NOTAS DE AULAS Fev/2013 (Prát ic as de Of n ) · PDF fileFaculdade SENAI “Roberto Simonsen” NOTAS DE AULAS (Prát ic as de Of n ) Data: Fev/2013 Ver: 1 Disciplina: Manutenção

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    SENAI

    Roberto Simonsen

    NOTAS DE AULAS

    (Prticas de Oficina)

    Data: Fev/2013

    Ver: 1

    Disciplina: Manuteno Mecnica

    Semestre: 3

    Prof. L.C.Simei Pgina 1

    Mdulo: Processo de Fabricao

    PROCESSOS DE USINAGEM CONVENCIONAIS

    I. Introduo

    Todos os conjuntos mecnicos que nos cercam so formados por uma poro de peas: eixos,

    anis, discos, rodas, engrenagens, juntas, suportes, parafusos, carcaas. Para que essas

    peas sirvam s necessidades para as quais foram fabricadas, elas devem ter exatido de

    medidas e um determinado acabamento em sua superfcie.

    A maioria dos livros sobre processos de fabricao diz que possvel fabricar essas peas de

    dois modos: sem a produo de cavacos, como nos processos metalrgicos (fundio,

    laminao, trefilao, etc), e com produo de cavacos, o que caracteriza todos os processos

    de usinagem.

    Na maioria dos casos, as peas metlicas fabricadas por fundio ou forjamento necessitam de

    alguma operao posterior de usinagem. O que acontece que essas peas geralmente

    apresentam superfcies grosseiras que precisam de melhor acabamento.

    Usinagem um processo de fabricao que modifica a forma de uma peca atravs da remoo

    de material. Este material removido normalmente chamado de cavaco", ou tambm,

    limalha" ou apara".

    J segundo a DIN 8580, aplica-se a todos os processos de fabricao onde ocorre a remoo e material sob a forma de cavaco.

    O estudo da usinagem baseado na mecnica (Atrito, Deformao), na termodinmica (Calor) e nas propriedades dos materiais.

    II. Classificao dos Processos de usinagem.

    Os processos de usinagem (convencionais ou especiais), so divididos basicamente em 2

    (dois) grandes grupos. So eles:

    1. Usinagem com Ferramenta de Geometria Definida.

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    1.1. Torneamento;

    1.2. Fresamento;

    1.3. Furao/broqueao;

    1.4. Rosqueamento;

    1.5. Alargamento;

    1.6. Brochamento;

    1.7. Serragem;

    1.8. Plainamento/aplainamento;

    1.9. Outros.

    2. Usinagem com Ferramenta de Geometria No-Definida.

    2.1. Retificao;

    2.2. Brunimento;

    2.3. Lapidao;

    2.4. Lixamento;

    2.5. Polimento;

    2.6. Jateamento;

    2.7. Tamboreamento;

    2.8. Outros.

    3. Usinagem No convencional.

    3.1. Remoo Trmica (Eletroeroso, LASER);

    3.2. Remoo Qumica (Quimoeroso);

    3.3. Remoo Eletroqumica (Eletropolimento);

    3.4. Remoo por Ultra-som;

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    3.5. Remoo por Jato d'gua (FCW - Flow Cut Water);

    3.6. Outros.

    III. Conceitos Bsicos sobre os Processos de Usinagem.

    1. Ponto de Referncia (p).

    Nas ferramentas de barra (monocortantes), o ponto de referncia e um ponto genrico da

    aresta cortante fixado prximo a ponta da ferramenta.

    P = ponto de referncia

    2. Movimentos Entre a Peca e a Aresta Cortante.

    Nestes movimentos a peca e considerada imvel. So, portanto, movimentos relativos.

    a) Movimento de corte.

    o movimento relativo entre a peca e a ferramenta, o qual, sem o movimento de avano,

    origina uma nica remoo de cavaco durante uma volta ou curso.

    b) Movimento de avano.

    E o movimento relativo entre a peca e a ferramenta que, juntamente com o movimento de

    corte, origina a remoo continua ou repetida do cavaco durante varias revolues ou cursos.

    c) Movimento efetivo de corte

    E o resultante dos movimentos de corte e de avano realizados simultaneamente.

    3. Movimentos Passivos.

    So aqueles que no tomam parte direta na formao do cavaco:

    a) Movimento de posicionamento.

    E aquele no qual a ferramenta aproximada da pea antes da usinagem.

    b) Movimento de profundidade.

    o que determina a camada de material a ser removida.

    c) Movimento de ajuste.

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    E aquele que compensa o desgaste da ferramenta.

    4. Direes dos movimentos.

    a) Direo de corte

    E a direo instantnea do movimento de corte.

    b) Direo de avano

    a direo instantnea do movimento de avano.

    c) Direo efetiva de corte.

    a direo instantnea do movimento efetivo de corte. 5. Percursos ou Trajetos da Ferramenta sobre a Pea.

    a) Percurso de corte - lc [mm] - o espao percorrido sobre a peca pelo ponto de referencia" da aresta cortante segundo a direo de corte.

    b) Percurso de avano - la [mm] - o espao percorrido sobre a peca pela ferramenta"

    segundo a direo de avano.

    c) Percurso efetivo de corte - le [mm] - o espao percorrido sobre a peca, pelo ponto de

    referncia" da aresta cortante, segundo a direo efetiva de corte.

    No torneamento:

    No fresamento cilndrico tangencial:

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    No fresamento cilndrico vertical, segue o mesmo conceito do acima, no tangencial, contudo

    deve-se ainda levar em considerao o movimento de avano na profundidade.

    6. Profundidade de corte (P)

    Trata-se da grandeza numrica que define a penetrao da ferramenta para a realizao de

    uma determinada operao, possibilitando a remoo de certa quantidade de cavaco.

    7. rea de corte (S)

    Constitui a rea calculada da seco do cavaco que ser retirada, definida como o produto da

    profundidade de corte (P) com o avano (A).

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    IV. Grandezas dos Processos de Usinagem.

    Para que haja corte de um determinado material por meio de uma ferramenta, necessrio

    que o material ou a ferramenta se movimente um em relao ao outro.

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    Relaes que envolvem a qualidade de uma pea usinada.

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    Relao das grandezas presentes no ato de usinagem de uma pea.

    A. Velocidade de corte.

    O modo para determinar ou comparar a rapidez desse movimento a velocidade de corte,

    representada pelo smbolo Vc.

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    Velocidade de corte , pois, o espao percorrido pela ferramenta ou pea em uma unidade de

    tempo. A Vc pode variar de acordo com:

    O tipo e a dureza da ferramenta;

    Resistncia trao do material a ser usinado;

    Tipo de processo de usinagem a ser adotado (convencional ou automatizado);

    Etapa do processo de usinagem (desbaste, acabamento).

    Matematicamente a velocidade de corte representada pela frmula:

    Nessa frmula, Vc a velocidade de corte, e o espao percorrido pela ferramenta e t o

    tempo gasto.

    A velocidade de corte , geralmente, indicada para uso nas mquinas-ferramenta e se refere

    quantidade de metros dentro da unidade de tempo (minuto ou segundo): 25 m/min (vinte e

    cinco metros por minuto) e 40 m/s (quarenta metros por segundo), por exemplo.

    Em algumas mquinas-ferramenta onde o movimento de corte rotativo, por exemplo, o torno,

    a fresadora e a furadeira, a pea ou a ferramenta submetida a um movimento circular. Por

    isso, a velocidade de corte representada pelo permetro do material ou da ferramenta (p x d),

    multiplicado pelo nmero de rotaes (n) por minuto em que o material ou ferramenta est

    girando.

    Matematicamente, pode-se dizer que, em uma rotao:

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    Em n rotaes:

    Nessa frmula, p igual a 3,14 (valor constante), d o dimetro da pea ou da ferramenta e n

    o nmero de rotaes por minuto.

    Como o nmero de rotaes determinado a cada minuto, a Vc pode ser representada:

    O dimetro da pea dado, geralmente, em milmetros. Assim, para obter a velocidade terica

    em metros por minuto, necessrio converter a medida do dimetro em metros:

    Observa