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FACULDADE TECSOMA Fisioterapia
Gisele Teodoro dos Santos
EFEITOS DA MOBILIZAÇÃO PRECOCE APLICADA EM PACIENTES CRÍTICOS NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA DO
HOSPITAL MUNICIPAL DE PARACATU: estudo de casos
Paracatu – MG 2018
GISELE TEODORO DOS SANTOS
EFEITOS DA MOBILIZAÇÃO PRECOCE APLICADA EM
PACIENTES CRÍTICOS NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA DO HOSPITAL MUNICIPAL DE PARACATU: estudo de casos
Projeto de Trabalho de Conclusão de Curso apresentado na Disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso II como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Fisioterapia pela Faculdade Tecsoma, Paracatu, MG. Orientador (a): Profª.: M Sc. Cecília Dias Profª.: M Sc. Michelle Faria Lima
Paracatu - MG 2018
GISELE TEODORO DOS SANTOS
EFEITOS DA MOBILIZAÇÃO PRECOCE APLICADA EM PACIENTES
CRÍTICOS NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA DO HOSPITAL MUNICIPAL DE PARACATU: estudo de casos
Projeto de Trabalho de Conclusão de Curso apresentado na Disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso II como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Fisioterapia pela Faculdade Tecsoma, Paracatu, MG. Orientador (a): Profª.: M Sc. Cecília Dias Profª.: M Sc. Michelle Faria Lima
Paracatu, de de 2018.
Banca Examinadora
_________________________________________________
Prof.ª MSc. Michelle Faria Lima Orientadora Temática Faculdade Tecsoma
_________________________________________________
Prof.ª MSc. Cecília M. Dias Orientadora Metodológica
Faculdade Tecsoma
Dedico a Deus, aos familiares e amigos.
AGRADECIMENTOS
Gratidão a Deus, se não fosse Ele nada disso seria possível, cada dificuldade
enfrentada, em cada luta esteve ao meu lado me fez prosseguir e acreditar que era
possível.
Agradeço a minha mãe do céu Nossa Senhora de Fátima, sua intercessão foi
fundamental, cuidou de cada detalhe, me impulsionou a ser forte e confiante.
Aos meus pais, Adelaide e Deli, por lutar juntamente comigo pela realização
desse sonho, por acreditar que daria certo, pelas orações diárias, pelas conversas
que me fez prosseguir e não desistir.
As minhas irmãs, Bruna e Daniela, pelo apoio e carinho.
Ao meu namorado Luiz Sérgio pelo companheirismo, amor, paciência e por
sempre estar ao meu lado me ajudando e apoiando.
Aos meus tios e tias, primos e primas, minha avó Maria, meu afilhado Kássio,
minhas madrinhas Nilza e Dezinha, pelo apoio e por acreditar neste sonho.
Agradeço aos meus amigos, em especial Danielly, Lorena Soares, Suellen,
Camila, Joanilsa, Edna, Joice, Bruno, Thainá Tonaco, João Vitor e Lorena Alves,
pela paciência, amor e pelos conselhos.
As orientadoras Cecília e Michelle pela confiança, paciência, pelos ensinos e
fazer o sonho possível.
Aos professores pelo ensinamento, compreensão e pela partilha do
conhecimento, em especial meu imenso agradecimento ao professor Vinicius Biulchi
pelo apoio, confiança, pelo incentivo e por acreditar na realização deste trabalho,
meu muito obrigado.
Agradeço aos colegas de sala pela união, companheirismo e por juntos
acreditarem no sonho.
Agradeço a todos os profissionais da UTI que contribuíram para a realização
deste trabalho e a todos que diretamente ou indiretamente contribuíram.
“Fazei tudo por Amor. - Assim não há coisas pequenas: tudo é grande. - A perseverança nas pequenas coisas, por Amor, é heroísmo”.
Josemaría Escrivá de Balaguer
RESUMO
A mobilização precoce é considerada um procedimento útil e seguro podendo
apresentar bons resultados na prevenção da fraqueza muscular, favorecendo na
redução do tempo na ventilação mecânica e prevenindo as limitações funcionais
decorrente do imobilismo. O fisioterapeuta intensivista deve proporcionar ao
paciente uma melhor qualidade de vida, evitar na medida do possível os efeitos
deletérios da síndrome do imobilismo através do compromisso de realizar a
mobilização de forma precoce. A avaliação deve ser minuciosa com critérios
cardiovasculares, respiratórios e sistêmicos. O principal foco é a segurança do
paciente, não submetendo a riscos desnecessários. Foi realizada uma pesquisa
quantitativa do tipo estudo de casos. O objetivo desse trabalho foi verificar os efeitos
da mobilização precoce aplicado em pacientes críticos internados na UTI. Os
pacientes incluídos neste estudo foram submetidos à cinesioterapia durante o tempo
em que estavam internados na UTI. Após o tratamento verificou-se que o protocolo
de mobilização é útil e seguro e proporciona vários benefícios bem como a melhora
da força e da funcionalidade não trazendo riscos aos pacientes.
Palavras-chave: Mobilização Precoce; UTI; Fisioterapia.
ABSTRACT
Early mobilization is considered a useful and safe procedure that can present good
results in the prevention of muscular weakness, favoring the reduction of the time in
mechanical ventilation and preventing the functional limitations due to immobility. The
intensivist physiotherapist should provide the patient a better quality of life, avoid as
far as possible the deleterious effects of the immobilism syndrome through the
commitment to perform the mobilization in an early manner. The evaluation should
be thorough with cardiovascular, respiratory and systemic criteria. The main focus is
patient safety, not subjecting to unnecessary risks. A quantitative research of the
type case study was carried out. The objective of this study was to verify the effects
of the early mobilization applied in critically ill patients admitted to the ICU. The
patients included in this study underwent kinesiotherapy during the time they were
admitted to the ICU. After the treatment it was found that the protocol of mobilization
is useful and safe and provides several benefits as well as the improvement of
strength and functionality without posing risks to patients.
Keywords: Early Mobilization; ICU; Physiotherapy.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1:
Mecanismos e consequências da fraqueza muscular na
UTI............................................................................................
19
Figura 2:
Proposta de algorítmo para estabelecer níveis de progressão
da mobilização do doente crítico..............................................
27
Figura 3: Mapa de localização de Paracatu-MG. ................................... 28
Figura 4: Tempo de internação na Unidade de Terapia Intensiva e assistência ventilatória mecânica.............................................
31
Figura 5: Avaliação do nível funcional após a mobilização precoce.......................................................................................
33
Figura 6: Avaliação ao início e ao final pelo MRC..................................... 34
LISTA DE SIGLAS
ADM - Amplitude de Movimento
ECG- Escala de Coma de Glasgow
FC- Frequência Cardíaca
FiO2 -Fração Inspirada de Oxigênio
FR- Frequência Respiratória
HAS- Hipertensão Arterial Sistêmica
MMII - Membros Inferiores
MMSS - Membros Superiores
MRC- Medical Research Council
PA- Pressão Arterial
PCR- Parada Cardiorrespiratória
RASS- Sedação de Richmond
SPO2- Saturação Periférica de Oxigênio
TOT- Tubo Oro Traqueal
UTI- Unidade de Terapia Intensiva
VCV- Ventilação Controlada a Volume
VM- Ventilação Mecânica
SUMÁRIO
1.Introdução............................................................................................................ 13
2. Objetivos............................................................................................................. 14
2.1.Objetivo Geral................................................................................................... 14
2.2. Objetivo Específicos........................................................................................ 14
3. Justificativa......................................................................................................... 15
4. Referencial Teórico............................................................................................. 16
4.1. Paciente crítico................................................................................................ 16
4.2. Nível de sedação ............................................................................................ 16
4.3. Síndrome do imobilismo.................................................................................. 17
4.4. Fraqueza muscular adquirida na UTI.............................................................. 19
4.5. Fisioterapia na UTI.......................................................................................... 20
4.6. Mobilização precoce no paciente crítico.......................................................... 20
4.6.1. Critérios para iniciar a mobilização............................................................... 22
4.6.2. Critérios para interromper a mobilização...................................................... 23
4.7. Posicionamento no leito.................................................................................. 23
4.8. Avaliação funcional.......................................................................................... 24
4.9. Protocolo de mobilização precoce................................................................... 25
5. Metodologia........................................................................................................
28
5.1. Área de estudos.............................................................................................. 28
5.2. Materiais e métodos........................................................................................ 29
6. Resultados e discussão..................................................................................... 31
7. Conclusão........................................................................................................... 36
Referências............................................................................................................. 37
Anexos.................................................................................................................... 41
Apêndices............................................................................................................... 50
13
1. INTRODUÇÃO
Com o crescente avanço da tecnologia, a sobrevida dos pacientes
criticamente doentes nas UTIs, tem aumentado significativamente nas últimas
décadas (CORDEIRO, 2005).
Segundo Almeida e colaboradores (2012), a UTI é um local de maior
assistência para estes pacientes sendo que para um melhor atendimento, surgiu a
necessidade de recursos qualificados e tecnológicos.
Para Feliciano e colaboradores (2012), a fisioterapia intervém precocemente
prevenindo tanto problemas físicos como psíquicos e evita a hospitalização
prolongada, assim como os riscos associados à imobilização.
É fundamental na UTI o profissional fisioterapeuta responsável por traçar e
desenvolver um protocolo de mobilização precoce, visando à diminuição do declínio
funcional e a melhora da capacidade cardiorrespiratória desses pacientes
(CORDEIRO, 2005).
A mobilização precoce é considerada um procedimento útil e seguro podendo
apresentar bons resultados na prevenção da fraqueza muscular, favorecendo na
redução do tempo na ventilação mecânica (VM) e prevenindo as limitações
funcionais decorrente do imobilismo (CARVALHO, MICHELLE, 2014).
Segundo Murakami e colaboradores (2015), a reabilitação precoce nos
pacientes graves pode promover melhora da função física, prevenindo a fraqueza
muscular e diminuindo os custos hospitalares.
Para Taito e colaboradores (2016), a mobilização precoce inclui atividades
como deambulação, exercícios passivos e ativos, exercícios de amplitude de
movimento, posicionamento funcional e sedestação a beira leito.
A fisioterapia está inclusa na UTI fazendo parte das equipes multidisciplinares
para melhor atender aos doentes. As indicações e contraindicações devem existir
para que realize a mobilização precoce de forma coerente e sem que o paciente
corra nenhum risco. Nos planos de assistência da fisioterapia, o exercício
terapêutico é um elemento principal que visa reduzir as incapacidades (SARTI;
VECINA; FERREIRA, 2016).
14
2. OBJETIVOS
2.1. OBJETIVO GERAL
Verificar os efeitos da mobilização precoce aplicado em pacientes críticos na
UTI do hospital municipal de Paracatu.
2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Avaliar estado funcional na alta da UTI
Verificar tempo de permanência na UTI
Avaliar tempo de ventilação mecânica durante internação na UTI
Avaliar a força muscular durante o tempo de internação e alta da UTI
Verificar eficácia do protocolo de mobilização precoce no paciente crítico
15
3. JUSTIFICATIVA
Devido ao quadro clínico dos pacientes internados, são muitas as
complicações e os riscos associados ao imobilismo, à fisioterapia intervém
precocemente com o objetivo de prevenir a fraqueza generalizada e perda funcional.
O isolamento no leito por períodos prolongados agrava a doença, podendo levar a
complicações mais severas até mesmo ao óbito.
A mobilização precoce desempenha um papel importante na recuperação do
paciente criticamente enfermo na unidade de terapia intensiva, nos objetivos do
programa são incluídas atividades que promovam recuperação funcional utilizando
propostas de cinesioterapia, tais como, alongamentos de forma globalizada,
treinamento muscular, posicionamento funcional no leito, mudanças de decúbito e
exercícios passivos e ativos.
Dentro do programa de mobilização também são incluídos pacientes que
estão sob ventilação mecânica preconizando assim um atendimento globalizado.
Diante disso, este estudo tem enquanto relevância acadêmica e social,
informar a importância de se iniciar mobilizações no leito, demonstrando seus
benefícios, além de encorajar os profissionais que ainda apresentam insegurança
em mobilizar pacientes que estão sob ventilação mecânica, enfatizando que a
mobilização precoce vem sendo comprovada que possui uma grande relevância na
diminuição do tempo do paciente com ventilação mecânica e manutenção da
capacidade funcional do paciente crítico.
16
4. REFERENCIAL TEÓRICO
4.1. Paciente crítico
É considerado paciente crítico quando apresenta instabilidade de um ou mais
órgãos vitais, podendo apresentar alterações hemodinâmicas, sua condição clinica
grave necessita de atenção mais frequente e rigoroso, terapias de maior
complexidade invasiva ou não está associada (FERNANDES; TORRES, 2008).
Os pacientes sob VM são os que mais apresentam imobilismo levando ao
aumento do tempo de internação hospitalar, prejudicando na qualidade de vida e
fraqueza generalizada (FELICIANO et al., 2012).
Para Sarti, Vecina e Ferreira (2016, p. 178):
Pacientes críticos na UTI geralmente são sedados no início da internação para que o paciente tenha alívio da dor e diminua a ansiedade, para reduzir o consumo de oxigênio e impedir que o paciente desconecte o ventilador mecânico. Dependendo das drogas que são administradas, elas causam delírio ao paciente. A imobilidade pode ser agravada por essa frequência de sedativos.
Murakami e colaboradores (2015), dizem que, a admissão do paciente na UTI
com 72 horas pode acarretar consequências persistentes por até cinco anos após a
alta hospitalar, reduzindo a qualidade de vida e gerando maior ansiedade e
depressão, além do impacto socioeconômico.
4.2. Nível de sedação
A administração de analgesia e sedação na UTI é feita para melhorar o
conforto e a segurança dos pacientes. Porém, a sedação administrada
incessantemente prolonga o tempo de ventilação mecânica e a permanência na UTI.
Esses efeitos adversos podem ser reduzidos mediante a definição clara dos
objetivos em associação com um protocolo de sedação (NAMIGAR et al., 2017).
Para Silva e colaboradores (2017), o excesso de sedativos atrasa o desmame
na VM, de acordo com os fármacos escolhidos pode exacerbar os efeitos da sepse,
aumentando o tempo de internamento, incidência de delirium e a morbimortalidade
17
em UTI. Devido à necessidade de adequada titulação e controle do uso de sedativos
foram desenvolvidas pesquisas criando escalas, como por exemplo, a de agitação e
sedação de Richamond (RASS), onde são classificadas as intensidades de sedação
em leve, moderada ou profunda. É necessário protocolos com base na utilização de
analgésicos antes da administração de sedativos. Os opióides conferem um nível de
sedação mais leve, facilitando assim, a avaliação do paciente, proporcionando um
despertar mais rápido com consequente redução do tempo de internação hospitalar
e dos gastos institucionais.
A escala de RASS possui escores entre -5 e 4, onde quanto menor o escore,
mais profunda e a sedação e quanto maior o escore, mais agitado o paciente se
encontra (SILVA et al., 2017).
A escala de coma de Glasgow (ECG) é utilizada em pacientes críticos com
disfunção do sistema nervoso central, choque ou outros fatores que deprimem o
nível de consciência, reconhecido como instrumento valioso na avaliação do estado
neurológico desses pacientes (KOIZUMI et al., 2005).
O ECG é um instrumento para a avaliação do nível de consciência
consistindo em avaliação das respostas aos estímulos verbais e nociceptivos que o
paciente apresenta, constituem um parâmetro que varia desde o alerta ao coma
profundo. Avaliam-se três parâmetros, abertura ocular, melhor resposta verbal e
melhor resposta motora, para cada parâmetro dá-se uma pontuação, sendo 15 a
mais alta e 3 a pontuação mais baixa (ROSADO, 2011).
4.3. Síndrome do imobilismo
Para Francile e colaboradores (2012), a imobilidade caracteriza-se pela perda
de capacidade funcional, pela incapacidade de mudança postural, supressão dos
movimentos articulares e geralmente decorrentes de doenças crônico-
degenerativas, de doenças agudas graves, incapacidade ou inatividade.
O paciente que permanece muito tempo acamado acarreta inatividade,
disfunções graves do sistema osteomioarticular e a imobilidade. Devido ao tempo
prolongado a síndrome do imobilismo evolui para problemas dermatológicos,
respiratórios, circulatórios e muitas vezes psicológicos (RODRIGUES et al., 2017).
18
As alterações no individuo acamado por período prolongado ocorrem devido á
síndrome do imobilismo, as complicações músculo- esqueléticas e viscerais pode
ser a causa da morbidade e mortalidade dos pacientes restritos ao leito (BASS,
2007).
O imobilismo é causador da baixa biossíntese de proteínas, aumento da
proteólise e diminuição da capacidade oxidativa do músculo. Altera também o
metabolismo dos lipídios, produzem no músculo alterações com impactos na
capacidade de endurance. Outros fatores podem ser associados como a perda de
força, idade, doenças crônicas como Doença Pulmonar Obstrutiva (DPOC),
Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC), entre outras (FRANÇA et al., 2012).
A síndrome do imobilismo afeta o sistema osteomuscular gerando limitações
funcionais, prejudicando as atividades de vida diária, transferências, postura e o
movimento, podendo alterar também o padrão da marcha. É essencial atentar para a
prevenção de doenças secundarias a imobilização para que a recuperação seja de
forma mais rápida e eficaz (CINTRA, 2015).
A imobilidade no leito de 7 a 10 dias considera-se um período de repouso,
imobilização de 12 a 15 dias, a partir de 15 dias considera decúbito de longa
duração. O estado emocional do paciente como ansiedade, apatia, depressão,
fragilidade emocional e o isolamento social pode ocorrer devido à imobilidade. A
prática do exercício nos pacientes imobilizados tem como propósito melhorar a
qualidade de vida, diminuir os efeitos negativos do imobilismo e o tempo de
internação (FARIAS; NETO, 2015).
A fraqueza assimilada na UTI é definida como fraqueza bilateral dos
membros. Sua apresentação é a tetraparesia flácida com arreflexia ou hiporreflexia,
dificulta no desmame da VM aumenta o tempo de internação hospitalar. Os fatores
causais podem citar a VM, imobilização no leito, sepse, déficit nutricional e a
exposição à corticosteróides (PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO..., 2016).
As consequências do imobilismo no paciente crítico são: aumento dos custos
hospitalares, tempo de internamento e maior tempo de recuperação após a alta
hospitalar, sujeito a depender da ajuda familiar nas atividades de vida diária
(FELICIANO et al., 2012).
19
4.4. Fraqueza muscular adquirida na UTI
As complicações como a fraqueza generalizada no indivíduo admitido em
uma UTI é significante. Vários contribuem para essa condição, dentre eles
destacam-se a permanência da VM e a imobilidade prolongada (SILVA; MAYNARD;
CRUZ, 2010).
O período de permanencia na UTI geralmente implica um descanso
prolongado na cama e pode ser devastador, levando a perda significativa de
capacidade funcional (PERME, 2006).
Pacientes criticamente doentes, particularmente os que necessitam de VM,
são propensos a deficiências em função física associada à imobilidade e com uma
intensa fraqueza muscular (JOLLEY et al., 2014).
Segundo Santos e colaboradores (2015), “É apontada uma incidência
aproximada entre 30% e 60% nos internos na UTI, com uma perda de 4% a 5% da
força muscular periférica por semana durante o período de imobilidade”.
Dantas et al.(2012), afirmam que em algumas doenças nota-se atrofia por
desuso, perda de inervação, declínio da massa muscular, alterações nas fibras de
miosinas, diminuição da síntese proteica e o aumento de proteólise.
Pacientes restritos ao leito acarreta a uma inatividade na força muscular
esquelética com uma diminuição de 1-1,5% por dia, já em pacientes em VM o
declínio pode ser mais significante variando de 5% a 6% por dia (RODRIGUES et
al.,2017). A seguir na figura 1 é descrito os efeitos deletérios da doença crítica na.
Figura1- Mecanismos e consequências da fraqueza muscular na UTI.
Fonte: FRANÇA et al., 2012.
20
4.5. Fisioterapia na UTI
A fisioterapia é a ciência capaz de tratar, prevenir os distúrbios relacionados
ao movimento, promover a recuperação e preservação da funcionalidade, atrahyvés
da cinesioterapia, enquadrando-se com destaque nesta nova perspectiva
assistencial e de gestão na equipe multiprofissional. Seu objetivo mais importante é
melhorar a capacidade funcional do paciente e restaurar a sua independência física,
diminuindo os riscos do repouso (CARVALHO, TACIANA et al., 2013).
Segundo Mcwilliams e colaboradores (2015), os profissionais desta área são
responsáveis por coordenar a reabilitação de pacientes internados em cuidados
intensivos, pois possuem habilidades avançadas na avaliação respiratória e
musculoesquelética, juntamente com conhecimento especializado na prescrição e
progressão do exercício. Um impacto significativo em cuidados intensivos é garantir
planos de desmame e facilitar a reabilitação diária contínua.
O fisioterapeuta é o profissional adequado e responsável pela implantação e
gerenciamento do plano de mobilização precoce na UTI juntamente com outros
profissionais visando garantir uma melhor qualidade de vida ao paciente bem como
realizar atividades com segurança e eficiência (MURAKAMI et al., 2015).
O fisioterapeuta intensivista deve proporcionar ao paciente uma melhor
qualidade de vida, evitar na medida do possível os efeitos deletérios da síndrome do
imobilismo através do compromisso de realizar a mobilização de forma precoce
(FELICIANO et al., 2012).
O objetivo principal da fisioterapia no tratamento intensivo seria a prevenção e
tratamento de atelectasias, remoção de secreção, condições ligadas ao declínio
funcional e ao descondicionamento, mobilizações, prescrição e execução de
atividades, vale ressaltar que o diagnostico fisioterapêutico deve ser o ponto
principal antes de qualquer intervenção (FRANÇA et al.,2012).
4.6. Mobilização precoce no paciente crítico
A mobilização precoce geralmente é realizada em pacientes submetidos à
ventilação mecânica onde são necessários cuidados pessoais (CHAVES, 2014). A
21
precocidade se diz pelo fato de iniciar logo que as alterações fisiológicas esta
estabilizada (SARTI; VECINA; FERREIRA, 2016). A mobilização precoce é seguro,
viável e resulta em melhorias significativas no delírio e função no momento da alta
hospitalar (JOLLEY et al., 2014).
Para Bakhru e colaboradores (2016), estudos têm demonstrado viabilidade e
segurança de exercício inicial, particularmente em pacientes com insuficiência
respiratória submetida à VM. A reabilitação precoce nos pacientes ventilados
mecanicamente melhora a função física, reduzindo os dias de ventilação mecânica e
o tempo na UTI (MCWILLIAMS et al., 2015).
Os potenciais benefícios propostos da mobilização precoce nos pacientes
críticos incluem melhorias na função respiratória, redução na perda de músculo,
diminuição na permanência hospitalar (LEDITSCHKE et al., 2012).
Para Silva, Maynard e Cruz (2010), o exercício tem como objetivo prevenir ou
minimizar grandes retrações musculares e manter ou aumentar a força muscular e a
função física do paciente, manter a amplitude de movimento articular.
A mobilização precoce trata e previne as complicações causadas pelo
imobilismo, recomenda diariamente a sua aplicação, tanto aos pacientes acamados
e inconscientes tanto aqueles conscientes que realizam a marcha (SARTI; VECINA;
FERREIRA, 2016).
A mobilização pode ser considerada um mecanismo de reabilitação precoce,
onde associando um posicionamento preventivo diminuirá contraturas articulares, irá
preservar a força muscular e a mobilidade articular, melhorando o desempenho do
sistema respiratório e da função pulmonar (DANTAS et al., 2012).
Para Leditschke e colaboradores (2012) é possível realizar a mobilização nos
pacientes ventilados com técnicas de mobilização passivas e ativas, apesar das
UTI`s serem relutantes em mobilizar esses grupos de pacientes, o autor informa que
os riscos são baixos e com grandes benefícios.
Mobilização em pacientes no ambiente intensivo pode apresentar alguns
riscos, cateteres e equipamentos de apoio anexados nos pacientes podem se
desalojar e causar ferimentos, inserção e reinserção de cateteres pode aumentar a
infecção, causar estresse e dor indesejáveis para pacientes criticamente doentes
com distúrbios fisiológicos, podem ter respostas hemodinâmicas adversas à
atividade (ADLER; MALONE, 2012).
22
São incluídas na mobilização precoce atividades cinesioterapêuticas
progressivas como a mobilização passiva, treinamento de força, alongamento
muscular, porém o incremento prematuro de atividades como ortostatismo passivo e
ativo, sedestação á beira leito, transferências e deambulação, culmina na base para
a recuperação funcional do paciente (DANTAS et al., 2012).
A mobilização é componente-chave da intervenção fisioterapêutica para
redução de complicações pulmonares pós-operatórias em pacientes de alto risco e
evidências recentes sugerem que um programa de mobilização precoce de cuidados
intensivos reduz o risco de morte ou a readmissão hospitalar dentro de 12 meses
após a alta. Uma abordagem de equipe multidisciplinar é fundamental, incluindo
colaboração ativa entre fisioterapia, enfermagem e equipe médica (LEDITSCHKE et
al., 2012).
4.6.1 Critérios para iniciar a mobilização
Deve se iniciar a mobilização de forma precoce, mas o principal foco e a
segurança do paciente, não submetendo a riscos desnecessários. A avaliação deve
ser minuciosa com critérios cardiovasculares, respiratórios e sistêmicos
(CORDEIRO, 2015).
Durante e após o exercício é necessário a monitorização, recomenda-se
avaliações das variáveis cardiovasculares como pressão arterial e frequência
cardíaca e respiratória sendo a saturação periférica de oxigênio, frequência
respiratória, além de observar o nível de consciência e as dosagens de sedativos e
drogas vasoativas (FRANÇA et al., 2012).
O paciente indicado para a mobilização precoce deve apresentar:
Frequência cardíaca (FC) <50% da máxima, pressão sistólica entre 90 a 170 mmHg, não utilizar drogas vasopressoras(ou que estejam utilizando em baixa vazão) e ausência de arritmias ou descompensação cardíaca. Os critérios respiratórios são: índice de oxigenação superior a 300, saturação periférica de oxigênio > 90%, utilizando uma Fração Inspirada de Oxigênio(FIO2) <55%, pressão arterial de oxigênio superior a 60 mmHg, frequência respiratória (FR) de até 30 incursões por minuto e capacidade de manter a ventilação mecânica durante a mobilização. Outros parâmetros que necessitam ser avaliados são: valor da hemoglobina, que deve estar acima de 7 ml/ dL; temperatura corporal abaixo de 38º C; pressão
23
intracraniana abaixo de 20 mmHg; ausência de contraindicações ortopédicas (CORDEIRO, 2015, p. 481).
Existem barreiras práticas para mobilizar alguns pacientes devido ao
monitoramento ou equipamento de suporte de vida, fragilidade e fraqueza. Nessas
circunstâncias, recursos consideráveis podem ser necessários para uma mobilização
segura (DROLET et al., 2012).
4.6.2. Critérios para interromper a mobilização
Pacientes que a temperatura esteja maior que 38 º, frequência cardíaca maior
que 140 batimentos por minuto ou menor que 50, pressão arterial média <65 ou
>120 mmHg, alterações na ventilação pulmonar e modificações na oxigenação.
Pacientes com arritmia ou taquipneia, desconforto respiratório ou torácico, nível de
consciência alterado, hipoglicemia são outros fatores que irão influenciar, devendo
interromper a mobilização até a melhora do quadro clinico do paciente (CORDEIRO,
2015).
4.7. Posicionamento no leito
Uma forma de prevenir complicações secundárias ao imobilismo é o
posicionamento adequado no leito juntamente com a mobilização precoce,
possibilitando ao paciente uma interação com o ambiente e uma fonte de
estimulação sensória motora (SILVA; MAYNARD; CRUZ, 2010).
De acordo com França e colaboradores (2012), a primeira escolha é a técnica
de posicionamento funcional, sendo importante constar em todo plano terapêutico.
Pode se realizar o posicionamento de forma ativa ou passiva traz como benefícios à
estimulação neuro-músculo-esquelético e vestibular, controle autonômico, o estado
de alerta melhora e facilita a resposta postural. A técnica é eficaz para prevenir
contraturas musculares, edema linfático e evitar a síndrome do imobilismo. O
fisioterapeuta deve orientar aos profissionais que participam nos cuidados do
paciente critico, sob como executar o posicionamento e esclarecer a função do
recurso.
24
4.8. Avaliação funcional
Devido ao tempo prolongado, o paciente internado na UTI terá uma redução
da capacidade e independência funcional. Através da avaliação o fisioterapeuta
poderá diagnosticar e direcionar um melhor atendimento atuando com objetivo de
diminuir as incapacidades e garantir uma autonomia nestes doentes. As escalas
auxiliam na mensuração da habilidade funcional do paciente e sua interação, na
qualidade de vida, garantindo melhor plano de tratamento (MATURANA, 2017).
Na atualidade existem 26 escalas capazes de avaliar os pacientes internados
em UTI, os aspectos funcionais. Uma delas é a escala Medida de Independência
Funcional e o índice de Barthel. Contudo a maioria dessas escalas falta ser
desenvolvidas e validadas com a finalidade de avaliar a função e/ou a mobilidade de
pacientes internados em UTI (KAWAGUCHI et al.,2016).
Com efeito, apenas seis escalas foram desenvolvidas para UTI
especificamente, apresentando avaliação clinimétrica publicada. Entretanto
nenhuma delas é considerada a melhor, além disso, tem algumas condições
extrínsecas tais como a presença de tubos, acessos e drenos torácicos que pode
interferir na mobilidade do paciente no leito, sendo uma barreira à mobilidade, e
essa presença não é considerada na maioria das escalas (KAWAGUCHI et al.,
2016).
Esta avaliação vem sendo reconhecida cada vez mais como uma medida
preciosa de resultados em testes clínicos e utilizadas comumente com a finalidade
de identificação do diagnóstico, prognóstico e para comparações de tratamento,
verificando o desempenho funcional norteando na elaboração de tratamento e
prevenção de incapacidades físicas (MATURANA et al., 2017).
A força muscular neste trabalho verificou-se pela escala de MRC, sendo
aplicadas bilateralmente, nos seis grupos musculares dos membros superiores
(MMSS) e membros inferiores (MMII), para obter um escore total que varia de 0 a
60, sendo realizada a abdução do braço, flexão do antebraço, extensão do punho,
flexão da perna ou flexão do quadril; extensão do joelho e flexão dorsal do pé
(DANTAS et al., 2012).
25
4.9. Protocolo de mobilização precoce
Segundo Cordeiro (2005), os atendimentos baseados em protocolos têm
segurança incluído os pacientes em VM e drogas vasopressoras podendo reduzir o
tempo de internamento na UTI e no hospital. Porém ainda existem questionamentos
para saber qual o melhor tipo de protocolo. A maioria dos protocolos tem como
principal base à consciência do paciente, força muscular e seu quadro clínico.
Inicialmente com o posicionamento funcional, progredindo para a mobilização
passiva, ativa, sedestação, ortostatismo e deambulação.
A mobilização na UTI é baseada em sequência de exercícios com certa
intensidade, sendo o mais precocemente possível, devem ser iniciadas a mudança
de decúbito e posicionamento funcional, mobilização passiva, mobilização ativo-
assistida, mobilização ativa, uso de ciclo ergômetro no leito, ortostatismo, marcha
estática, transferência da cama para a poltrona, exercícios na poltrona e a
deambulação (PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO..., 2016).
Na figura 1, demonstra detalhadamente os níveis de progressão da
mobilização precoce do doente crítico. Tendo cinco níveis de atividade que se inicia
com mobilização passiva dos MMII e MMSS. A progressão do nível esta relacionado
com a consciência do paciente. No nível 2, o paciente precisa estar consciente
sendo assim é iniciado a mobilização ativa de extremidades. No nível 3, é realizada
a transferência assistida do paciente para sentar na borda da cama quando o
mesmo é capaz de mover os MMSS contra a gravidade, e em seguida é feito
exercícios de controle de tronco e equilíbrio. Neste mesmo nível, se o paciente tiver
força muscular para MMSS (MRC >4) para flexão de cotovelo e flexão anterior de
ombro, iniciará mobilização aeróbica e/ou contra-resistida. Com a evolução do
quadro do paciente pode progredir os níveis, caso o paciente realiza a flexão de
quadril e extensão de joelho contra a gravidade, o mesmo deverá ser transferido
ativamente para a poltrona (nível 4). Por seguinte no nível 5, podendo realizar a
flexão de quadril e extensão de joelho contra a gravidade, deverá ser transferido
ativamente para a poltrona e iniciar a deambulação assistida (FRANÇA et al., 2012).
Os riscos relacionados à aplicação do protocolo de mobilização precoce de
França e colaboradores (2012) são dor ou desconforto, associados à fadiga
muscular e sensação de cansaço durante e/ou logo após a realização dos
26
exercícios, sendo que com um período de descanso entre as sessões os riscos são
minimizados (PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO..., 2016).
A figura 2 demonstra uma proposta de organograma para estabelecer níveis
de progressão da mobilização do paciente crítico (FRANÇA et al., 2012).
27
Figura 2 – Proposta de algoritmo para estabelecer níveis de progressão na mobilização do paciente crítico.
FONTE: França et al. 2012.
28
5. METODOLOGIA
5.1. Área de estudo
O estudo foi realizado na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Municipal
de Paracatu-MG. O município possui uma estimativa de 92.386 pessoas, com área
territorial de 8.229,595 Km² (IBGE, 2017) conforme visto na figura 3.
Figura 3- Mapa de localização de Paracatu-MG.
FONTE: Imagens Google.
A UTI do hospital municipal de Paracatu possui oito leitos, sendo um
reservado para paciente em isolamento, geralmente atende a população de cidades
vizinhas. Em relação à equipe, é formada por 42 profissionais, compondo seis
fisioterapeutas, oito médicos, dezenove técnicos de enfermagem, uma psicóloga e
oito enfermeiros. Essa equipe multiprofissional procura atender a população, mas
infelizmente a demanda de pacientes é muito grande para poucas vagas.
29
5.2. Materiais e métodos
O presente trabalho é um estudo de caráter quantitativo o qual se refere à
coleta de dados, avaliações e observações à procura de efeitos e resultados. Os
dados explorados serão comparativos utilizando questionários dispostos em tabelas
(MARCONI; LAKATOS, 2010 p.170).
Foram escolhidos os pacientes através da avaliação minuciosa que atende
aos critérios de inclusão, sendo a frequência cardíaca maior que 50% da máxima, 90
a 170 a pressão sistólica, não fazer uso de drogas vasopressoras, ausência de
arritmias, índice de oxigenação superior a 300, apresentar saturação periférica maior
que 90%, frequência de até 30 incursões por minuto, temperatura corporal abaixo de
38º C, pressão intracraniana abaixo de 20 mmHg e ausência de contra indicações
ortopédicas (CORDEIRO, 2015).
Os critérios de exclusão, pacientes que estejam com a temperatura maior que
38º, frequência cardíaca maior que 140 batimentos por minuto ou menor que 50,
pressão arterial média <65 ou >120 mmHg, alterações na ventilação pulmonar e
modificações na oxigenação, pacientes com arritmia ou taquipneia, desconforto
respiratório ou torácico, nível de consciência alterado, hipoglicemia são outros
fatores que influencia. A interrupção pode ser temporária até a melhora do quadro
clínico (CORDEIRO, 2015).
Os dados dos pacientes foram colhidos através do prontuário com os dados
clínicos e fisioterápicos, realizaram a conduta e a evolução diariamente, coletando
os dados todos os dias durante o acompanhamento da aplicação do protocolo de
mobilização precoce (FRANÇA et al., 2012).
Para que a pesquisa fosse realizada recebeu-se a autorização do
Superintende de administração do setor hospitalar que ficou informado do estudo,
onde foi apresentado o termo de consentimento livre e esclarecido. O fisioterapeuta
responsável pelo setor hospitalar da UTI foi esclarecido quanto à pesquisa o qual
esteve orientando e participando da prática.
O acompanhamento aconteceu no dia 28/03/2018 até o dia 28/04/2018
atendendo ao pacientes no período matutino com início ás 08h00min sendo os dias
consecutivos com intuito de verificar a aplicabilidade da mobilização. Fez-se a
avaliação da funcionalidade através da Escala de Funcionalidade do Medical (MRC)
30
com intuito de descrever os comprometimentos funcionais do paciente no momento
da sua admissão até o fim do tratamento na UTI, comparando assim a sua evolução
após o uso do protocolo de mobilização precoce (FRANÇA et al. , 2012).
Enquanto o paciente estava inconsciente foram realizados alongamentos
passivos de MMSS nos movimentos de rotação externa com abdução do ombro,
extensão de cotovelos, punho e dedos e também rotação interna com adução do
ombro, flexão de cotovelos punho e dedos. As mobilizações passivas ocorreram em
todas as articulações dos MMSS e MMII (FELICIANO, 2012).
Os seguintes movimentos: Para os MMSS - extensão e flexão dos dedos;
flexão, extensão, desvio radial e ulnar do punho; flexão, extensão, pronação e
supinação do cotovelo; flexão, abdução, adução, rotação interna e externa do
ombro. Para os MMII – flexão e extensão dos dedos; dorsiflexão, flexão plantar,
inversão e eversão do tornozelo, flexão e extensão do joelho; flexão, abdução,
adução, rotação interna e externa do quadril. Também sucedeu o posicionamento
articular (FELICIANO, 2012).
Quando o paciente abriu os olhos, conseguia direcionar o olhar, protrair a
língua, estava passível de interação. Avançou para o nível II foi necessário atingir o
grau de força II para os MMSS, além de realizar as mobilizações anteriores
acrescentou os exercícios ativo-assistidos e ativos livres nas mesmas articulações e
movimentos mencionados. Solicitou ao paciente a posição de sedestação por 20
minutos duas vezes ao dia (FELICIANO, 2012).
A utilização do cicloergômetro na fase II é essencial, a posição do paciente foi
em decúbito dorsal com cabeceira elevada a 30 graus (COUTINHO et al., 2016).
Estágio III Com a melhora do grau de força muscular para os MMSS acima de
III o paciente iniciou os mesmos exercícios do nível anterior, sendo 1° contra-
gravidade e 2° com auxilio de peso (FRANÇA et al., 2012).
Estágio IV logo após um grau de força muscular para o quadríceps maior ou
igual a III (no MRC), ou seja, realizou movimento dos MMII contra a gravidade. Neste
estágio foram adicionados exercícios de transferência do leito para a cadeira e
ortostatismo (FELICIANO, 2012).
Estágio V a última etapa do protocolo, solicitou ao paciente ficar na postura
ortostática e realizar os mesmos exercícios do nível IV com adição de exercícios de
equilíbrio, transferência de peso para os lados, para frente e para trás e
deambulação na UTI (FRANÇA et al., 2012).
31
6. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Durante o estudo foi aplicado a cinesioterapia de acordo com o protocolo de
França e colaboradores (2012), respeitando a fase e o quadro clínico do paciente,
sendo que antes da conduta foram avaliados e anotados os dados e verificado se
estava apto para a mobilização naquele dia. A aplicação do protocolo de mobilização
precoce foi realizada na UTI do Hospital Municipal de Paracatu-MG relativo aos
meses de março e abril de 2018.
As informações colhidas foram obtidas através da ficha de evolução da
fisioterapia. No decorrer do estudo, 11 pacientes representados pelas letras A, B, C,
D, E, F, G, H, I, J e K, foram submetidos à mobilização segundo o protocolo de
França e colaboradores (2012), sendo que 6 estavam submetidos à VM. A idade dos
pacientes avaliados, variou de 19 a 82 anos, sendo 6 idosos. Durante a realização
da pesquisa, foi registrada uma perda de 3 pacientes que evoluíram para óbito,
representados pelos pacientes A, B e H, os quais se relacionaram com o
agravamento do quadro clínico, não havendo influência do protocolo de mobilização
precoce.
No que diz respeito à segurança, não houve nenhuma intercorrência, nenhum
evento de perda de acesso ou sonda nasoentérica, não houve nenhuma
complicação hemodinâmica durante o atendimento.
Figura 4 - Tempo de internação na Unidade de Terapia Intensiva e assistência ventilatória mecânica. FONTE: O autor.
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
C D E F G I J k
Dias Tempo na UTI
Tempo na VM
32
Os dados observados na figura 4 mostram o tempo de internação na UTI,
sendo o número maior de internação 9 dias e o menor tempo de 3 dias de
internação, ainda na figura, mostra o tempo em que os pacientes foram submetidos
a VM sendo, 5 dias o número maior de tempo e 2 dias o menor tempo na VM.
Para França e colaboradores (2012), na realização do estudo com 59
pacientes internados na UTI, esse número foi dividido em dois grupos, 33 pacientes
no grupo fisioterapia controle e 26 pacientes no grupo mobilização, tendo 19 óbitos
no grupo controle e 12 no grupo mobilização precoce, comparando no que diz
respeito ao tempo total de VM, tempo de internamento na UTI e tempo hospitalar
não foram observadas diferenças significativas.
Segundo Moreira (2012), no estudo desenvolvido com 134 pacientes
elegíveis, 87 necessitou de VM em algum momento da internação, sendo 47 do
grupo controle e 40 do grupo experimental com uma perda de 14 em ambos os
grupos, foi possível observar que não houve diferença estatística, mas aumentou a
proporção de pacientes que saíram do leito durante a internação, quanto ao tempo
de internação teve uma diferença absoluta das médias sendo aproximadamente 115
horas favorecendo o grupo tratamento. A média de dias no grupo controle foi de 7,66
dias e no grupo tratamento de 5,36 dias.
Para Glaeser e colaboradores (2012), em seu estudo de caso notou a
importância da mobilização mesmo o paciente estando em VM concluindo a
importância para o retorno das AVD´s.
De acordo com Murakami e colaboradores (2015), no seu estudo com 463
pacientes submetidos ao protocolo de reabilitação precoce por meio comparativo
entre o plano de intervenção na admissão e na alta observou uma redução
significativa no tempo de internação na UTI e hospitalar, enquanto que os pacientes
cirúrgicos respondedores apresentaram menor tempo de internação hospitalar.
Para Feliciano e colaboradores (2012), os pacientes que participaram do
protocolo de mobilização apresentaram menor tempo na UTI do que aqueles que
não entraram no protocolo. Segundo o autor a idade mais avançada, tem influencia
significativa sobre o sistema osteomioarticular, dificultando na recuperação funcional
para o grupo mobilização, fazendo com que não encontre uma redução significativa
do tempo de VM, internamento na UTI e de internação hospitalar favorável ao grupo
mobilização.
33
Figura 5 – Avaliação do nível funcional após a mobilização precoce.
FONTE: O autor.
Como mostra na figura 5, foram avaliadas ao final do estudo tarefas da
funcionalidade na UTI como rolar, transferir de posição supina para sentada,
transferir de posição sentada para em pé, sentar-se à beira do leito e caminhar. Dos
8 pacientes avaliados, 4 obtiveram escore total de 35 sendo o valor máximo da
escala da funcionalidade, ou seja apresentaram independência total para todas as
tarefas propostas, 1 apresentou escore de 32, sendo que para a tarefa de
caminhada necessitou de uma assistência mínima. Outro apresentou resultado de
escore 20, onde o mesmo necessitou de uma assistência mínima em todas as
tarefas. O paciente de escore 14 apresentou assistência moderada para rolamento,
transferência de posição supina para sentada, transferência de posição sentada
para em pé, e na tarefa de caminhar apresentou assistência máxima. Outro
paciente, apresentou escore 4, mostrou-se incapaz de desempenhar a tarefa de
caminhar em razão da fraqueza a qual se encontrava, e necessitando de
dependência total para as demais tarefas propostas. A mesma já apresentava
dependência antes da intervenção fisioterapêutica, obtendo assim resultados
significativos quanto à funcionalidade.
Para Feliciano e colaboradores (2012), no seu estudo os pacientes foram
divididos em: grupo controle (n=14), que realizaram a fisioterapia do setor e o grupo
mobilização (n=14) que receberam um protocolo sistemático de mobilização
35
32
35 35
4
35
20
14
0
5
10
15
20
25
30
35
C D E F G I J K
Escore Funcionalidade
34
precoce, observaram que 50% do grupo apresentava nível funcional 5,
demonstrando assim a importância da utilização desse protocolo. Segundo Glaeser
e colaboradores (2012), a mobilização precoce para a recuperação funcional foi
proeminente neste caso, visto que o paciente não conseguia evoluir no processo de
desmame da VM, apresentando melhora funcional tanto da musculatura quanto dos
parâmetros ventilatórios.
De acordo com Murakami e colaboradores (2015), durante a internação na
UTI os 349 pacientes (75,4%) apresentaram manutenção do plano de intervenção,
prevenindo, assim, a perda funcional, demonstrou também redução da frequência de
pacientes exclusivamente acamados após a intervenção e que a aplicação de um
programa de reabilitação precoce foi eficaz na prevenção e na melhora do estado
funcional para a maioria dos pacientes.
Figura 6 - Avaliação ao início e ao final pelo MRC.
FONTE: O autor.
Na figura 6, mostra o grau de força avaliado nos pacientes antes do
tratamento e no final do estudo pela escala MRC. Esta escala consiste em avaliar os
grupos musculares das articulações bilateralmente, onde a mensuração da força
muscular tem uma pontuação de 0 - 60 pontos. Foi possível observar um ganho
significativo da força muscular para todas as articulações trabalhadas, sendo que
60
12
60
12
36
16
48
42
60
48
60 60
36
60
48
54
0
10
20
30
40
50
60
C D E F G I J K
MRC INCIAL MRC FINAL
35
dos 8 pacientes, 4 obtiveram no final da avaliação o escore total de 60 pontos, onde
2 mantiveram este escore desde a primeira avaliação. Mesmo alguns pacientes, não
apresentando evolução da força muscular, as atividades trabalhadas, fez com que
os mesmos mantivessem os índices iniciais.
Para Dantas (2012), assim como Feliciano (2012), em seus estudos
obtiveram um ganho na força muscular periférica no grupo em que realizou a
mobilização precoce avaliada por meio do escore de MRC, o qual o conclui que a
mobilização na UTI proporciona uma redução dos efeitos da imobilidade, objetivando
a manutenção de sua capacidade funcional e a menor perda das fibras musculares.
Em seu relato de caso Glaeser (2012), também conclui que a fisioterapia de forma
precoce mesmo o paciente em VM obteve resultados significativos, assim como o
retorno das AVD´s, melhora da força muscular onde o paciente apresentou grau 5
em todos os movimentos de membros superiores e inferiores exceto no movimento
de dorsiflexão dos tornozelos, apresentou melhora da coordenação motora,
equilíbrio e maior tolerância a marcha.
Tendo em vista que o estudo realizado na Unidade de Terapia Intensiva do
Hospital Municipal de Paracatu – MG obteve um resultado significativo, comprova-se
que a aplicação do protocolo de mobilização precoce tem eficácia e segurança, não
apresentando nenhum risco ao paciente, sendo necessária para prevenir as
comorbidades advindas do imobilismo. Em acordo aos achados de Feliciano e
colaboradores (2012), Murakami e colaboradores (2015), conclue-se a importância e
os benefícios do protocolo de mobilização precoce nos pacientes críticos. Assim
como Dantas e colaboradores (2012), por meio de um estudo verificou que o
protocolo de mobilização precoce proporcionou aos pacientes ganho da força
muscular inspiratória e força muscular periférica.
36
7. CONCLUSÃO
Conclui-se que o estudo realizado na UTI do Hospital Municipal de Paracatu
obteve resultados satisfatórios, comprovando a eficácia e a segurança da aplicação
do protocolo de mobilização precoce nos pacientes críticos garantindo a prevenção
das comorbidades advindas do imobilismo. Tendo como ganho significativo da
funcionalidade, força muscular, redução do tempo na ventilação mecânica e o tempo
de internação, evidenciando um ótimo trabalho da equipe fisioterapêutica juntamente
com os outros profissionais da área da saúde.
37
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40
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO: Mobilização Precoce no Paciente Crítico. Unidade de Reabilitação do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro – Uberaba, 2016. 17p. Disponível em: <http://www.ebs erh.gov.br/documents/147715/0/POP+27+%282016%29+mobiliza%C3%A7%C3%A3o+precoce+2.pdf/a1355330-60db-4882-a0b9-26b88c3fec61> Acesso em: 15 nov. 2017.
ROSADO A. D.C.F.M. AVALIAÇÃO DE ENFERMAGEM: percepção dos enfermeiros de unidade de terapia intensiva. Disponível em: < https://repositorio .ufsc.br/bitstream/handle/123456789/121427/319195.pdf?sequence=1>. Acesso em: 07/12/2017.
SARTI,T. C.; VECINA, M. V. A.; FERREIRA, P. S. N. Mobilização precoce em pacientes críticos. Journal of the Health Sciences Institute, São Paulo, 2016; v.34,
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Disponível em: < file:///D:/1982-0194-ape-30-03-0240.pdf>. Acesso em: 07 dez. 2017.
TAITO, S. et al. Early mobilization of mechanically ventilated patients in the intensive care unit. Journal of Intensive Care, [s.l.]. 2016. Disponível
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41
ANEXOS
ANEXO A-
42
ANEXO D- FICHA DE AVALIAÇÃO
FICHA DA FISIOTERAPIA
Nome do paciente: ____________________________________________________ Data de nascimento: _____________________ Sexo: ___________________ Altura: _____________ Peso ideal: ______________ Idade: _____________ Data internação UTI: _____________ Hora: _______ Procedência: ____________ Plantonista / Fisioterapeuta: __________________ Médico: __________________
MOTIVO DA ADMISSÃO – HDA
HISTÓRIA PATOLÓGICA ATUAL
DOENÇA(S) DE BASE
[ ] DPOC [ ] HAS [ ] ICC [ ] DM [ ] ETILISTA [ ] DROGADIÇÃO [ ] IRC [ ] TABAGISTA [ ] OUTRO (s) ___________________________________________________________
EXAME FÍSICO
Drenos / Sondas:___________________________ Cianose: ________________ Úlceras de Decúbito: ________________________ Fraturas: ________________ Deformidades: _______________________________________________________
43
Tipo de tórax: [ ] Tonel (Globoso) [ ] Peito de pombo (em quilha) [ ] Carinado (Pectus escavado) [ ] Outro _______________________________________________
AVALIAÇÃO RESPIRATÓRIA
Suporte ventilatório de admissão: [ ] VM [ ] Máscara facial [ ] Cateter nasal [ ] Ar ambiente Quantidade de secreção: [ ] Pouca [ ] Moderada [ ] Muita [ ] Ausente Dispnéia: Expansão torácica: [ ] Sim [ ] Não [ ] Simétrico [ ] Assimétrica Sinais de esforço respiratório: [ ] Tiragens [ ] Retrações [ ] Diafragmáticas [ ] Intercostal [ ] Esternal
Tipo de secreção: ______________________ Ausculta respiratória: ___________________ Tosse: ________________________
AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA
Nível de consciência: _______________________ Pupilas: _________________ Mobilidade: [ ] Ativa [ ] Passiva Tônus muscular: [ ] Normotônico [ ] Hipotônico [ ] Hipertônico Outras informações: ___________________________________________________ ___________________________________________________________________
44
Avaliação da força muscular (MRC) Primeiro atendimento
1 2 3 4 5
Ombro: Abdução ( ) ( ) ( ) ( ) ( )
Cotovelo: Flexão ( ) ( ) ( ) ( ) ( )
Punho: Flexão ( ) ( ) ( ) ( ) ( )
Quadril: Flexão ( ) ( ) ( ) ( ) ( )
Joelho: Extensão ( ) ( ) ( ) ( ) ( )
Tornozelo: Dorsiflexão ( ) ( ) ( ) ( ) ( )
Avaliação da força muscular (MRC) Último atendimento
1 2 3 4 5
Ombro: Abdução ( ) ( ) ( ) ( ) ( )
Cotovelo: Flexão ( ) ( ) ( ) ( ) ( )
Punho: Flexão ( ) ( ) ( ) ( ) ( )
Quadril: Flexão ( ) ( ) ( ) ( ) ( )
Joelho: Extensão ( ) ( ) ( ) ( ) ( )
Tornozelo: Dorsiflexão ( ) ( ) ( ) ( ) ( )
Avalição da funcionalidade na UTI
45
TAREFA DA FUNCIONALIDADE NA UTI
ESCORE
Rolamento
Transferência de posição supina para sentada
Transferência de posição sentada para em pé
Sentar-se á beira do leito
Caminhar Escore total:
Escala de Glasgow
Escala de Rass
46
ANEXO E- FICHA DE EVOLUÇÃO
EVOLUÇÃO FISIOTERAPIA Folha: _________
Paciente: __________________________________________ Leito: _________ Idade: _____ Peso Ideal:_____ ml/kg PaO2 Ideal: _____ Data da internação: ____/ ____ /____ (__ /__)h Procedência : ______ Data da TOT: ____/ ____ /____ (__ /__) h Data da TQT:____/ ____ /____ (__ /__) h Data da extubação: ____/ ____ /____ (__ /__) h Re-TOT: ____/ ____ /____ (__ /__)h Macro ____/ ____ /____ (__ /__)h Troca TOT____/ ____ /____ (__ /__)h Diagnóstico:__________________________________________________________ HMP:_______________________________________________________________
Horário
DATA
GLASGOW/ RAWAY
DIAS DE INTERNAÇÃO
SIN
AIS
VIT
AIS
FC
PA
SPO2
Temp
DVA/DVP
Sedação
VM
/VN
I
Dias VM
MODO
PSV/Pins
VCinsp
VCexp
I:E
Fluxo/Tinsp
PEEP
FiO2/O2
Nível
TOT/TQT
VM
FRr/FRp
Corte/Sens
Mecânica
P pico
PPlatô
Tobbin
Pimáx
Gaso
metria
pH
PaCO2
PaO2
HCO3
BE
SaO2
PaO2/FiO2
Secreção Quantidade
Aspecto
47
Data: ____ / ___ / ____ Horário:
Evolução:
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
Data: ____ / ___ / ____ Horário:
Evolução:
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
Data: ____ / ___ / ____ Horário:
Evolução:
______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Data: ____ / ___ / ____ Horário: Evolução:
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
48
APÊNDICE A- DESCRIÇÃO DAS SESSÕES
Paciente A
28/03/2018
Paciente masculino, 82 anos, internado no dia 25/03/2018 (19-55)h, diagnóstico de
Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e DPOC, pneumotórax pós-parada
Cardiorrespiratória (PCR), rass de -5 fomos verificados os sinais vitais, FC: 60, PA:
102x45 mmHg, SPO2: 99%, sedação: Midazolam= 15; Fentanil= 15; Noradrenalina=
6, Diazepam=6. Parâmetros ventilatórios: paciente intubado no TOT dia
30/03/2018(21-20)h, ventilação mecânica no modo Ventilação Controlada a Volume
(VCV), FiO2= 30%, FR= 17 irpm, Corte/Sensibilidade= 2.0, nível TOT= 22. No
protocolo de FRANÇA et al. 2012 o paciente se apresenta no nível 1.
Conduta: Paciente inconsciente estava em decúbito lateral, foi posicionado em
decúbito dorsal e realizados alongamentos passivos de MMSS, flexão, extensão,
abdução, adução de ombro, flexão e extensão de cotovelo, flexão e extensão de
punho e dedos, desvio radial e ulnar do punho, mobilização passiva de ombro e
punho, uma série de 20 repetições com pausa de 30 segundos em todas as
articulações. Para os MMII, flexão, extensão, abdução, adução, rotação interna e
externa de quadril, flexão e extensão de joelho, flexão e extensão dos dedos,
dorsiflexão, flexão plantar, inversão e eversão do tornozelo, mobilização de quadril e
tornozelo. Finalizou a conduta sem intercorrências.
29/03/2018
Paciente com Rass de -5 apresentando seguintes sinais vitais FC: 68, PA: 87x43
mmHg, SPO2: 99%, temperatura= 36.1 ºC, sedação: Midazolam= 10; Fentanil= 10;
Noradrenalina= 8, Diazepam= 3. Parâmetros ventilatórios: modo VCV, FiO2= 25%,
49
FR= 17 irpm, VM= 8.2, Corte/Sensibilidade= 2.0, nível TOT= 22, P pico= 16, PEEP=
7, fluxo= 46, I:E= 1:2.1, VC insp.=420, VC exp.= 263 .
Conduta: Paciente inconsciente estava em decúbito lateral, foi posicionado em
decúbito dorsal e realizados alongamentos passivos de MMSS, flexão, extensão,
abdução, adução de ombro, flexão e extensão de cotovelo, flexão e extensão de
punho e dedos, desvio radial e ulnar do punho, mobilização passiva de ombro e
punho, uma série de 20 repetições com pausa de 30 segundos em todas as
articulações. Para os MMII, flexão, extensão, abdução, adução, rotação interna e
externa de quadril, flexão e extensão de joelho, flexão e extensão dos dedos,
dorsiflexão, flexão plantar, inversão e eversão do tornozelo, mobilização de quadril e
tornozelo. Finalizou a conduta sem intercorrências.
30/03/2018
Paciente com Rass de -5 apresentando seguintes sinais vitais FC: 90, PA: 66x34
mmHg, SPO2: 98%, temperatura=36 ºC , sedação: Midazolam= 10; Fentanil= 10;
Noradrenalina= 45, Diazepam= 5. Parâmetros ventilatórios: modo VCV, FiO2=
100%, FR= 20 irpm, VM= 8.4, Corte/Sensibilidade= 2.0, nível TOT= 22, P pico= 18,
PEEP= 7, fluxo= 40, I:E= 1.1:1, VC insp.=425, VC exp.= 289 .
Conduta: Não foi possível realizar a conduta devido à instabilidade hemodinâmica,
paciente teve duas PCR no dia, indo a óbito.
Paciente B
28/03/2018
Paciente masculino, 32 anos, internado no dia 27/03/2018, diagnóstico de
pneumonia fúngica, Diabetes Mellitus descompensada, crise convulsiva e anemia.
História da moléstia pregressa etilista, tabagista, DM e drogadição. Foram
verificados os sinais vitais, FC: 122, PA: 128x63 mmHg, paciente respirava com
auxílio da máscara facial. Glasgow 15.
50
Conduta: Não foi possível realizar o atendimento devido a instabilidade
hemodinâmica, paciente com dispneia importante.
29/03/2018
Paciente com Rass de -5 apresentando seguintes sinais vitais FC: 92, PA: 156x106
mmHg, SPO2: 94%, temperatura= 35,6ºC, sedação: Midazolam= 10; Fentanil= 10.
Parâmetros ventilatórios: modo PCV, FiO2= 85%, FR= 16 irpm, VM= 7.25,
Corte/Sensibilidade= 2.0, nível TOT= 22, P pico= 30, PEEP= 14, I:E= 1:2.9, VC
exp.=450.
Conduta: Paciente inconsciente estava em decúbito lateral, foi posicionado em
decúbito dorsal e realizados alongamentos passivos de MMSS, flexão, extensão,
abdução, adução de ombro, flexão e extensão de cotovelo, flexão e extensão de
punho e dedos, desvio radial e ulnar do punho, mobilização passiva de ombro e
punho, uma série de 20 repetições com pausa de 30 segundos em todas as
articulações. Para os MMII, flexão, extensão, abdução, adução, rotação interna e
externa de quadril, flexão e extensão de joelho, flexão e extensão dos dedos,
dorsiflexão, flexão plantar, inversão e eversão do tornozelo, mobilização de quadril e
tornozelo. Elevação da cabeceira a 60º. Finalizou a conduta sem intercorrências.
30/03/2018
Paciente com Rass de -5 apresentando seguintes sinais vitais FC: 93, PA: 162x107
mmHg, SPO2: 98%, sedação: Midazolam= 10; Fentanil= 10. Parâmetros
ventilatórios: modo PSV, FiO2= 90%, FR= 20 irpm, VM= 14.4, Corte/Sensibilidade=
3.0, nível TOT= 22, P pico= 30, PEEP= 12, I:E= 1:1.9, VC exp.=320.
Conduta: Paciente inconsciente estava em decúbito lateral, foi posicionado em
decúbito dorsal com elevação da cabeceira a 60º, realizados alongamentos passivos
de MMSS, flexão, extensão, abdução, adução de ombro, flexão e extensão de
cotovelo, flexão e extensão de punho e dedos, desvio radial e ulnar do punho,
mobilização passiva de ombro e punho, uma série de 20 repetições com pausa de
51
30 segundos em todas as articulações. Para os MMII, flexão, extensão, abdução,
adução, rotação interna e externa de quadril, flexão e extensão de joelho, flexão e
extensão dos dedos, dorsiflexão, flexão plantar, inversão e eversão do tornozelo,
mobilização de quadril e tornozelo. Finalizou a conduta sem intercorrências.
31/03/2018
Paciente com Rass de -5 apresentando seguintes sinais vitais FC: 85, PA: 136x81
mmHg, SPO2: 98%, temperatura= 35,3ºC sedação: Midazolam= 20; Fentanil= 15.
Parâmetros ventilatórios: modo PCV, FiO2= 70%, FR= 20 irpm, Corte/Sensibilidade=
3.0, nível TOT= 22, P pico= 32, PEEP= 13, I:E=1:2.4, P controlada =0.32.
Conduta: Paciente inconsciente estava em decúbito lateral, foi posicionado em
decúbito dorsal com elevação da cabeceira a 60º, realizados alongamentos passivos
de MMSS, flexão, extensão, abdução, adução de ombro, flexão e extensão de
cotovelo, flexão e extensão de punho e dedos, desvio radial e ulnar do punho,
mobilização passiva de ombro e punho, uma série de 20 repetições com pausa de
30 segundos em todas as articulações. Para os MMII, flexão, extensão, abdução,
adução, rotação interna e externa de quadril, flexão e extensão de joelho, flexão e
extensão dos dedos, dorsiflexão, flexão plantar, inversão e eversão do tornozelo,
mobilização de quadril e tornozelo. Finalizou a conduta sem intercorrências.
01/04/2018
Paciente com Rass de -4 apresentando seguintes sinais vitais FC: 89, PA: 133x71
mmHg, SPO2: 97%, temperatura= 36,1ºC sedação: Midazolam= 20; Fentanil= 15;
Tridil= 6. Parâmetros ventilatórios: modo PSV, FiO2= 70%, FR= 20 irpm,
Corte/Sensibilidade= 2.0, nível TOT= 26, P pico= 24, PEEP= 10, I:E= 1:2.2, VC
exp. =650, fluxo= 0,95, VM= 11,7, secreção= rosa espumosa.
Conduta: Não foi possível realizar a mobilização devido à instabilidade
hemodinâmica e por apresentar edema agudo de pulmão.
03/04/2018
52
Paciente com Rass de -5 apresentando seguintes sinais vitais FC: 84, PA: 175x101
mmHg, SPO2: 99%, sedação: Midazolam= 8; Fentanil= 5; Tridil= 10. Parâmetros
ventilatórios: modo PCV, FiO2= 35%, FR= 20 irpm, VM= 11, Corte/Sensibilidade=
2.0, nível TOT= 26, P pico= 18, PEEP= 12, I:E= 1:1.8, VC exp.= 495, VC inp.= 480.
Conduta: Paciente inconsciente estava em decúbito lateral, foi posicionado em
decúbito dorsal com elevação da cabeceira a 60º, realizados alongamentos passivos
de MMSS, flexão, extensão, abdução, adução de ombro, flexão e extensão de
cotovelo, flexão e extensão de punho e dedos, desvio radial e ulnar do punho,
mobilização passiva de ombro e punho, uma série de 20 repetições com pausa de
30 segundos em todas as articulações. Para os MMII, flexão, extensão, abdução,
adução, rotação interna e externa de quadril, flexão e extensão de joelho, flexão e
extensão dos dedos, dorsiflexão, flexão plantar, inversão e eversão do tornozelo,
mobilização de quadril e tornozelo. Finalizou a conduta sem intercorrências.
04/04/2018
Paciente com Rass de -5 apresentando seguintes sinais vitais FC: 80, PA: 155x80
mmHg, SPO2: 99%, temperatura= 35,5ºC sedação: Midazolam= 8; Fentanil= 5 ;
Nipride= 23. Parâmetros ventilatórios: modo PSV, FiO2= 35%, FR= 15 irpm,
Corte/Sensibilidade= -1.0, nível TOT= 26, P pico= 17, PEEP= 11, I:E=1:3.8, VC inp.=
728, VC exp. 705, PSV/Pins.= 6, VM= 7,8, fluxo= 0,81
Conduta: Paciente inconsciente estava em decúbito lateral, foi posicionado em
decúbito dorsal com elevação da cabeceira a 60º, realizados alongamentos passivos
de MMSS, flexão, extensão, abdução, adução de ombro, flexão e extensão de
cotovelo, flexão e extensão de punho e dedos, desvio radial e ulnar do punho,
mobilização passiva de ombro e punho, uma série de 20 repetições com pausa de
30 segundos em todas as articulações. Para os MMII, flexão, extensão, abdução,
adução, rotação interna e externa de quadril, flexão e extensão de joelho, flexão e
extensão dos dedos, dorsiflexão, flexão plantar, inversão e eversão do tornozelo,
mobilização de quadril e tornozelo. Finalizou a conduta sem intercorrências.
53
05/04/2018
Paciente com Rass de -5 apresentando seguintes sinais vitais FC: 73, PA: 135x71
mmHg, SPO2: 98%, sedação: Midazolam= 10; Fentanil= 10 ; Nipride= 5; Tridil= 10.
Parâmetros ventilatórios: modo PCV, FiO2= 30%, FR= 18 irpm, Corte/Sensibilidade=
0.0, nível TOT= 26, P pico= 19, PEEP= 7, I:E=1:1.3, VC inp.= 728, VC exp. 705,
PSV/Pins.= 6, VM= 6.1, fluxo= 0,9, PSV/Pinsp= 12, VC exp.= 290.
Conduta: Paciente inconsciente estava em decúbito lateral, foi posicionado em
decúbito dorsal com elevação da cabeceira a 60º, realizados alongamentos passivos
de MMSS, flexão, extensão, abdução, adução de ombro, flexão e extensão de
cotovelo, flexão e extensão de punho e dedos, desvio radial e ulnar do punho,
mobilização passiva de ombro e punho, uma série de 20 repetições com pausa de
30 segundos em todas as articulações. Para os MMII, flexão, extensão, abdução,
adução, rotação interna e externa de quadril, flexão e extensão de joelho, flexão e
extensão dos dedos, dorsiflexão, flexão plantar, inversão e eversão do tornozelo,
mobilização de quadril e tornozelo. Finalizou a conduta sem intercorrências.
06/04/2018
Paciente teve PCR, indo a óbito.
Paciente C
28/03/2018
Paciente feminina, 82 anos, internado no dia 27/03/18, diagnóstico de IRC, glasgow
de 15, foi verificado os sinais vitais, FC: 81, PA: 138x80 mmHg, SPO2: 99%,
FIO2%= 21% ar ambiente. No protocolo de FRANÇA et al. 2012 a paciente se
apresenta no nível 4.
54
Conduta: Paciente consciente encontrava em decúbito dorsal foi posicionada em
sedestação beira leito e realizada alongamentos ativos de MMSS, flexão, extensão,
abdução, adução de ombro, flexão e extensão de cotovelo, flexão e extensão de
punho e dedos, desvio radial e ulnar do punho, uma série de 10 repetições com
pausa de 30 segundos em todas as articulações, utilizou a bola suiça para auxiliar
no exercício. Para os MMII, exercícios ativos de flexão, extensão, abdução, adução,
rotação interna e externa de quadril, flexão e extensão de joelho, flexão e extensão
dos dedos, dorsiflexão, flexão plantar, inversão e eversão do tornozelo, mobilização
de quadril e tornozelo, utilizou o ciclo ergométrico duas séries de 5 minutos.
Finalizou a conduta sem intercorrências.
29/03/2018
Paciente com glasgow de 15 apresentando seguintes sinais vitais FC: 68, PA:
176x113 mmHg, SPO2: 99%, FIO2= 21% ar ambiente.
Conduta: Não foi possível o atendimento, a paciente estava fazendo hemodiálise e
recebeu alta no mesmo dia.
Paciente D
31/03/2018
Paciente feminina, 63 anos, internada no dia 29/03/2018 (20-20)h, diagnóstico de
AVE isquêmico, meningeoma, ataxia, hipopotassemia, tendo como doença de base
HAS, tabagista, osteoporose e etilista, Rass= -5. Foram verificados os sinais vitais,
FC: 95, PA: 95x69 mmHg, SPO2: 97%, sedação: Midazolam= 8; Fentanil= 8;
Noradrenalina= 12. Parâmetros ventilatórios: paciente intubado no TOT dia
30/03/2018 (21-20)h, ventilação mecânica no modo PSV, FiO2= 50%, FR= 18 irpm,
PEEP= 7, Corte/Sensibilidade= 2.0, nível TOT= 22, P pico= 21, Vol. Inp.=430, Vol
exp.= 240, I:E= 1:1.4. No protocolo de FRANÇA et al. 2012 o paciente se apresenta
no nível 1.
55
Conduta: Paciente inconsciente estava em decúbito lateral, foi posicionado em
decúbito dorsal com elevação da cabeceira a 60º, realizados alongamentos passivos
de MMSS, flexão, extensão, abdução, adução de ombro, flexão e extensão de
cotovelo, flexão e extensão de punho e dedos, desvio radial e ulnar do punho,
mobilização passiva de ombro e punho, uma série de 20 repetições com pausa de
30 segundos em todas as articulações. Para os MMII, flexão, extensão, abdução,
adução, rotação interna e externa de quadril, flexão e extensão de joelho, flexão e
extensão dos dedos, dorsiflexão, flexão plantar, inversão e eversão do tornozelo,
mobilização de quadril e tornozelo. Finalizou a conduta sem intercorrências.
01/04/2018
Paciente com Rass de -4 apresentando seguintes sinais vitais FC: 92, PA: 110x73
mmHg, SPO2: 100%, sedação: Midazolam= 1; Fentanil= 1; Nora= 16. Parâmetros
ventilatórios: modo PSV, FiO2= 40%, FR= 18 irpm, Corte/Sensibilidade= 2.0, nível
TOT= 22, P pico= 18, I:E= 1:1.3, fluxo= 0,85, PSV/Pins= 9, VC insp.=240, VC
exp.=230.
Conduta: Paciente inconsciente estava em decúbito lateral, foi posicionado em
sedestação no leito com elevação da cabeceira a 60º, realizados alongamentos
passivos de MMSS, flexão, extensão, abdução, adução de ombro, flexão e extensão
de cotovelo, flexão e extensão de punho e dedos, desvio radial e ulnar do punho,
mobilização passiva de ombro e punho, uma série de 20 repetições com pausa de
30 segundos em todas as articulações. Para os MMII, flexão, extensão, abdução,
adução, rotação interna e externa de quadril, flexão e extensão de joelho, flexão e
extensão dos dedos, dorsiflexão, flexão plantar, inversão e eversão do tornozelo,
mobilização de quadril e tornozelo. Finalizou a conduta sem intercorrências.
03/04/2018
Paciente com Rass de -4 apresentando seguintes sinais vitais FC: 78, PA: 108x68
mmHg, SPO2: 100%, sedação: Fentanil= 8. Parâmetros ventilatórios: modo PSV,
FiO2= 30%, FR= 15 irpm, Corte/Sensibilidade= 2.0, nível TOT= 22, P pico= 15, I:E=
1:4.0, fluxo= 0,80, PSV/Pins= 5, VC exp.=400, VM= 4.76, PEEP=10.
56
Conduta: Paciente inconsciente estava em decúbito lateral, foi posicionado em
decúbito dorsal com elevação da cabeceira a 60º, realizados alongamentos passivos
de MMSS, flexão, extensão, abdução, adução de ombro, flexão e extensão de
cotovelo, flexão e extensão de punho e dedos, desvio radial e ulnar do punho,
mobilização passiva de ombro e punho, uma série de 20 repetições com pausa de
30 segundos em todas as articulações. Para os MMII, flexão, extensão, abdução,
adução, rotação interna e externa de quadril, flexão e extensão de joelho, flexão e
extensão dos dedos, dorsiflexão, flexão plantar, inversão e eversão do tornozelo,
mobilização de quadril e tornozelo. Finalizou a conduta sem intercorrências.
04/04/2018
Paciente foi extubada dia 03/04/2018(12-05)h, apresentando glasgow de 15
apresentando seguintes sinais vitais FC: 88, PA: 121x70 mmHg, SPO2: 95%, FR=
22 irpm, ventilação espontânea ar ambiente, FIO2= 21%.
Conduta: Paciente consciente estava em decúbito lateral, foi posicionado em
sedestação com elevação da cabeceira a 60º, realizados alongamentos ativo-
assistido de MMSS, flexão, extensão, abdução, adução de ombro, flexão e extensão
de cotovelo, flexão e extensão de punho e dedos, desvio radial e ulnar do punho,
mobilização passiva de ombro e punho, uma série de 10 repetições com pausa de
30 segundos em todas as articulações, utilizou a bola suíça para auxiliar no
movimento. Para os MMII, flexão, extensão, abdução, adução, rotação interna e
externa de quadril, flexão e extensão de joelho, flexão e extensão dos dedos,
dorsiflexão, flexão plantar, inversão e eversão do tornozelo, mobilização de quadril e
tornozelo de forma ativa. Finalizou a conduta sem intercorrências.
05/04/2018
Paciente com Glasgow de 14 apresentando seguintes sinais vitais FC: 93, PA:
140x63 mmHg, SPO2: 95%, FiO2= 21% ar ambiente, FR= 22.
57
Conduta: Paciente consciente estava em decúbito lateral, foi posicionado em
sedestação com elevação da cabeceira a 60º, realizados alongamentos ativo de
MMSS, flexão, extensão, abdução, adução de ombro, flexão e extensão de cotovelo,
flexão e extensão de punho e dedos, desvio radial e ulnar do punho, mobilização
passiva de ombro e punho, uma série de 10 repetições com pausa de 30 segundos
em todas as articulações, utilizou a bola suíça para auxiliar no movimento. Foi
solicitado a paciente a sedestação beira leito e realizado ativamente os exercícios de
MMII, flexão, extensão, abdução, adução, rotação interna e externa de quadril,
flexão e extensão de joelho, flexão e extensão dos dedos, dorsiflexão, flexão plantar,
inversão e eversão do tornozelo, mobilização de quadril e tornozelo de forma ativa.
Finalizou a conduta sem intercorrências.
06/04/2018
Não foi possível realizar a mobilização a paciente já havia recebido alta.
Paciente E
04/04/2018
Paciente masculino, 75 anos, internado no dia 03/04/2018 (12-30)h, diagnóstico de
pós-operatório imediato laparotomia exploradora, história pregressa: miocardiopatia
chagásica, megacolon chagásico. Foram verificados os sinais vitais, FC: 80, PA:
82x53 mmHg, SPO2: 98%, FiO2= 21% ar ambiente.
Conduta: Paciente estava em decúbito lateral, foi posicionado em sedestação a
beira leito e realizados alongamentos ativo de MMSS, flexão, extensão, abdução,
adução de ombro, flexão e extensão de cotovelo, flexão e extensão de punho e
dedos, desvio radial e ulnar do punho, mobilização passiva de ombro e punho, uma
série de 10 repetições com pausa de 30 segundos em todas as articulações. Para os
MMII, flexão, extensão, abdução, adução, rotação interna e externa de quadril,
flexão e extensão de joelho, flexão e extensão dos dedos, dorsiflexão, flexão plantar,
58
inversão e eversão do tornozelo, mobilização de quadril e tornozelo. Finalizou a
conduta sem intercorrências.
05/04/2018
Foram verificados os sinais vitais, FC: 86, PA: 121x67 mmHg, SPO2: 98%,FR=20
irpm, FiO2= 21% ar ambiente. ECG:15.
Conduta: paciente com leve desconforto abdominal e quadro de náuseas.
06/04/2018
Paciente com Glasgow de 14 apresentando seguintes sinais vitais FC: 90, PA:
133x80 mmHg, SPO2: 99%, FiO2= 21% ar ambiente, FR= 22 irpm, T= 37,3ºC.
Conduta: Não foi possível realizar o atendimento no período matutino, mas a
fisioterapeuta responsável da UTI realizou a mobilização ativa e sedestação na
poltrona no período vespertino.
07/04/2018
Paciente com Glasgow de 15 apresentando seguintes sinais vitais FC: 100 bpm, PA:
133x82 mmHg, SPO2: 97%, FiO2= 21% ar ambiente, FR= 22 irpm.
Conduta: Paciente consciente estava em decúbito dorsal, foi posicionado em
sedestação com elevação da cabeceira a 60º, realizados alongamentos ativo de
MMSS, flexão, extensão, abdução, adução de ombro, flexão e extensão de cotovelo,
flexão e extensão de punho e dedos, desvio radial e ulnar do punho, mobilização
ativa de ombro e punho, uma série de 10 repetições com pausa de 30 segundos em
todas as articulações, utilizou a bola suíça para auxiliar no movimento. Foi solicitado
ao paciente a sedestação beira leito e realizado ativamente os exercícios de MMII,
flexão, extensão, abdução, adução, rotação interna e externa de quadril, flexão e
extensão de joelho, flexão e extensão dos dedos, dorsiflexão, flexão plantar,
59
inversão e eversão do tornozelo, mobilização de quadril e tornozelo de forma ativa.
Finalizou a conduta sem intercorrências.
08/04/2018
Paciente com Glasgow de 14 apresentando seguintes sinais vitais FC: 124 bpm, PA:
129x95 mmHg, SPO2: 98%, FiO2= 21% ar ambiente, FR= 23 irpm, T= 36 ºC.
Conduta: Paciente consciente estava em decúbito dorsal, foi posicionado em
sedestação a beira leito, realizados alongamentos ativo de MMSS, flexão, extensão,
abdução, adução de ombro, flexão e extensão de cotovelo, flexão e extensão de
punho e dedos, desvio radial e ulnar do punho, mobilização ativa de ombro e punho,
uma série de 10 repetições com pausa de 30 segundos em todas as articulações,
utilizou a bola suíça para auxiliar no movimento. Foi solicitado ao paciente realizar
ativamente os exercícios de MMII, flexão, extensão, abdução, adução, rotação
interna e externa de quadril, flexão e extensão de joelho, flexão e extensão dos
dedos, dorsiflexão, flexão plantar, inversão e eversão do tornozelo, mobilização de
quadril e tornozelo. Finalizou a conduta sem intercorrências.
10/04/2018
Paciente havia recebido alta no dia 08 de abril no período matutino.
Paciente F
10/04/2018
Paciente masculino, inconsciente, 19 anos, internado no dia 09/04/2018 (20-10)h,
internação por tentativa de auto extermínio, rass de -2, foi verificado os sinais vitais,
FC: 85, PA: 108x60 mmHg, SPO2: 99%, sedação: Midazolam= 10; Fentanil= 10.
Parâmetros ventilatórios: paciente intubado no TOT dia 09/04/2018(10-30)h,
ventilação mecânica no modo PCV, FiO2= 35%, FR= 6 irpm, Corte/Sensibilidade=
60
1.0, nível TOT= 22, PEEP= 7, I:E= 1:2.1, VC exp. =470, VC insp.= 616, MV= 19,1.
No protocolo de FRANÇA et al. 2012 o paciente se apresenta no nível 1.
Conduta: Paciente inconsciente estava em decúbito lateral, foi posicionado em
decúbito dorsal e realizados alongamentos passivos de MMSS, flexão, extensão,
abdução, adução de ombro, flexão e extensão de cotovelo, flexão e extensão de
punho e dedos, desvio radial e ulnar do punho, mobilização passiva de ombro e
punho, uma série de 10 repetições com pausa de 30 segundos em todas as
articulações. Para os MMII, flexão, extensão, abdução, adução, rotação interna e
externa de quadril, flexão e extensão de joelho, flexão e extensão dos dedos,
dorsiflexão, flexão plantar, inversão e eversão do tornozelo, mobilização de quadril e
tornozelo. Finalizou a conduta sem intercorrências. No mesmo dia foi retirada a
sedação.
11/04/2018
Paciente consciente, glasgow de 15 apresentando seguintes sinais vitais FC: 72
bpm, PA: 131x78 mmHg, SPO2: 98%, FiO2= 21% ar ambiente, FR= 16 irpm.
Conduta: Paciente consciente estava em decúbito dorsal, foi posicionado em
sedestação a beira leito e realizados alongamentos ativo de MMSS, flexão,
extensão, abdução, adução de ombro, flexão e extensão de cotovelo, flexão e
extensão de punho e dedos, desvio radial e ulnar do punho, mobilização ativa de
ombro e punho, uma série de 10 repetições com pausa de 30 segundos em todas as
articulações, utilizou a bola suíça para auxiliar no movimento. Foi solicitado ao a
realização dos exercícios de MMII, flexão, extensão, abdução, adução, rotação
interna e externa de quadril, flexão e extensão de joelho, flexão e extensão dos
dedos, dorsiflexão, flexão plantar, inversão e eversão do tornozelo, mobilização de
quadril e tornozelo de forma ativa com uso da bola suíça e o cicloergométrico
durante 10 minutos. Finalizou a conduta sem intercorrências.
12/04/2018
Paciente havia recebido alta no dia 11 de abril no período vespertino.
61
Paciente G
11/04/2018
Paciente feminina, consciente, 77 anos, internado no dia 10/04/2018 (15-45)h,
diagnóstico de AVE isquêmico, escara infectada, HMP= HAS, DM, chagásica, AVE
isquêmico prévio, deslocamento de retina direita, foi verificado os sinais vitais, FC:
90, PA: 110x73 mmHg, SPO2: 98%, FR= 22, sedação: Noradrenalina= 12,
ventilação espontânea com cateter nasal de 2 L/min. No protocolo de FRANÇA et al.
2012 o paciente se apresenta no nível 1.
Conduta: Paciente consciente estava em decúbito lateral, foi posicionado em
decúbito dorsal e realizados alongamentos passivos de MMSS, flexão, extensão,
abdução, adução de ombro, flexão e extensão de cotovelo, flexão e extensão de
punho e dedos, desvio radial e ulnar do punho, mobilização passiva de ombro e
punho, uma série de 10 repetições com pausa de 30 segundos em todas as
articulações. Para os MMII, flexão, extensão, abdução, adução, rotação interna e
externa de quadril, flexão e extensão de joelho, flexão e extensão dos dedos,
dorsiflexão, flexão plantar, inversão e eversão do tornozelo, mobilização de quadril e
tornozelo. Finalizou a conduta sem intercorrências.
13/04/2018
Paciente consciente, glasgow de 15 apresentando seguintes sinais vitais FC: 78
bpm, PA: 108x75 mmHg, SPO2: 98%, FiO2= 21% ar ambiente, afebril, sedação=
nora: 5.
Conduta: Paciente consciente estava em decúbito dorsal, foi realizados
alongamentos passivos de MMSS, flexão, extensão, abdução, adução de ombro,
flexão e extensão de cotovelo, flexão e extensão de punho e dedos, desvio radial e
ulnar do punho, mobilização passiva de ombro e punho, uma série de 10 repetições
com pausa de 30 segundos em todas as articulações. Foi realizado dos exercícios
de MMII, flexão, extensão, abdução, adução, rotação interna e externa de quadril,
flexão e extensão de joelho, flexão e extensão dos dedos, dorsiflexão, flexão plantar,
62
inversão e eversão do tornozelo, mobilização de quadril e tornozelo de forma
passiva 1 série de 10 repetições. Finalizou a conduta sem intercorrências.
14/04/2018
Paciente consciente, glasgow de 13 apresentando seguintes sinais vitais FC: 87
bpm, PA: 107x85 mmHg, SPO2: 99%, FiO2= 21% ar ambiente, afebril, FR: 23 irpm
Conduta: Paciente consciente estava em decúbito dorsal, foi realizados
alongamentos passivos de MMSS, flexão, extensão, abdução, adução de ombro,
flexão e extensão de cotovelo, flexão e extensão de punho e dedos, desvio radial e
ulnar do punho, mobilização passiva de ombro e punho, uma série de 10 repetições
com pausa de 30 segundos em todas as articulações. Foi realizado dos exercícios
de MMII, flexão, extensão, abdução, adução, rotação interna e externa de quadril,
flexão e extensão de joelho, flexão e extensão dos dedos, dorsiflexão, flexão plantar,
inversão e eversão do tornozelo, mobilização de quadril e tornozelo de forma
passiva uma série de 10 repetições. Finalizou a conduta sem intercorrências.
15/04/2018
Paciente consciente, glasgow de 15 apresentando seguintes sinais vitais FC: 88
bpm, PA: 135x93 mmHg, SPO2: 97%, FiO2= 21% ar ambiente, afebril.
Conduta: Paciente consciente estava em decúbito lateral esquerda, foi posicionada
em decúbito dorsal e realizados alongamentos passivos de MMSS, flexão, extensão,
abdução, adução de ombro, flexão e extensão de cotovelo, flexão e extensão de
punho e dedos, desvio radial e ulnar do punho, mobilização passiva de ombro e
punho, uma série de 10 repetições com pausa de 30 segundos em todas as
articulações. Foi realizado dos exercícios de MMII, flexão, extensão, abdução,
adução, rotação interna e externa de quadril, flexão e extensão de joelho, flexão e
extensão dos dedos, dorsiflexão, flexão plantar, inversão e eversão do tornozelo,
mobilização de quadril e tornozelo de forma passiva uma série de 10 repetições.
Após a conduta foi posicionada a paciente em decúbito lateral direito com elevação
de cabeceira. Finalizou a conduta sem intercorrências.
63
16/04/2018
Paciente recebeu alta neste dia.
Paciente H
12/04/2018
Paciente feminina, 71 anos, internado no dia 05/04/2018(06/00) h, diagnóstico de
sepse foco pulmonar, choque misto (septo mais cardiogênico), IRA, PAC/ICC
descompensada, tendo como doença de base: HAS, DM, obesidade, FA crônico,
Rass= -5 foram verificados os sinais vitais, FC: 114, PA: 111x54 mmHg, SPO2: 97%,
sedação: Midazolam= 10; Fentanil= 10; Noradrenalina= 13, diazepam= 7.
Parâmetros ventilatórios: paciente intubado no TOT dia 03/04/2018, ventilação
mecânica no modo PCV, FiO2= 100%, FR= 18 irpm, PEEP=15, Corte/Sensibilidade=
0.0, nível TOT= 23, P pico= 24, Vol. Inp.=559, Vol exp.= 380, I:E= 1:1.1, fluxo= 0,9,
PSV/P ins= 22, VM= 8,4. No protocolo de FRANÇA et al. 2012 o paciente se
apresenta no nível 1.
Conduta: Paciente inconsciente encontrava em decúbito dorsal, foram realizados
alongamentos passivos de MMSS, flexão, extensão, abdução, adução de ombro,
flexão e extensão de cotovelo, flexão e extensão de punho e dedos, desvio radial e
ulnar do punho, uma série de 10 repetições com pausa de 30 segundos em todas as
articulações. Para os MMII, exercícios passivos de flexão, extensão, abdução,
adução, rotação interna e externa de quadril, flexão e extensão de joelho, flexão e
extensão dos dedos, dorsiflexão, flexão plantar, inversão e eversão do tornozelo,
mobilização de quadril e tornozelo. Finalizou a conduta sem intercorrências.
13/04/18
Paciente hemodinamicamente instável.
64
14/04/18
Não foi possível realizar a conduta, paciente foi á óbito.
Paciente I
12/04/2018
Paciente masculino, 61 anos, internado no dia 11/04/2018(15/45) h, diagnóstico de
pós-operatório PCR, taquiarritmia revertida, tendo como doença de base: chagas,
Rass= -5, Foram verificados os sinais vitais, FC: 53, PA: 93x48 mmHg, SPO2: 98%,
sedação: Noradrenalina= 2, diazepam= 10. Parâmetros ventilatórios: paciente
intubado no TOT dia 11/04/2018, ventilação mecânica no modo PSV, FiO2= 30%,
FR= 18 irpm, PEEP=7, Corte/Sensibilidade= 2.0, nível TOT= 23, P pico= 17, Vol
exp.= 370, I:E= 1:2.7, fluxo= 0,9, PSV/P ins= 10, VM= 5,8,. No protocolo de
FRANÇA et al. 2012 o paciente se apresenta no nível 1.
Conduta: Paciente inconsciente encontrava em decúbito dorsal, foram realizados
alongamentos passivos de MMSS, flexão, extensão, abdução, adução de ombro,
flexão e extensão de cotovelo, flexão e extensão de punho e dedos, desvio radial e
ulnar do punho, uma série de 10 repetições com pausa de 30 segundos em todas as
articulações. Para os MMII, exercícios passivos de flexão, extensão, abdução,
adução, rotação interna e externa de quadril, flexão e extensão de joelho, flexão e
extensão dos dedos, dorsiflexão, flexão plantar, inversão e eversão do tornozelo,
mobilização de quadril e tornozelo. Finalizou a conduta sem intercorrências.
13/04/2018
Paciente com Rass de -5 apresentando seguintes sinais vitais FC: 95, PA: 160x90
mmHg, SPO2: 98%, sedação: Noradrenalina= 5, Diazepam= 25. Parâmetros
ventilatórios: modo PSV, FiO2= 30%, FR= 18 irpm, VM= 3.6, Corte/Sensibilidade=
2.0, nível TOT= 24, P pico= 18, PEEP= 7, fluxo= 0,9, I:E= 1:2.9, VC insp.=440, VC
exp.= 290.
65
Conduta: Paciente inconsciente estava em decúbito lateral, foi posicionado em
decúbito dorsal e realizados alongamentos passivos de MMSS, flexão, extensão,
abdução, adução de ombro, flexão e extensão de cotovelo, flexão e extensão de
punho e dedos, desvio radial e ulnar do punho, mobilização passiva de ombro e
punho, uma série de 20 repetições com pausa de 30 segundos em todas as
articulações. Para os MMII, flexão, extensão, abdução, adução, rotação interna e
externa de quadril, flexão e extensão de joelho, flexão e extensão dos dedos,
dorsiflexão, flexão plantar, inversão e eversão do tornozelo, mobilização de quadril e
tornozelo. Finalizou a conduta sem intercorrências.
14/04/2018
Não foi possível realizar a mobilização o paciente estava muito agitado.
15/04/2018
Paciente com glasgow de 13 apresentando seguintes sinais vitais FC: 58, PA:
182x76 mmHg, SPO2: 98% com máscara de venturi de 50%.
Conduta: Paciente consciente estava em decúbito dorsal foi realizados
alongamentos passivos de MMSS, flexão, extensão, abdução, adução de ombro,
flexão e extensão de cotovelo, flexão e extensão de punho e dedos, desvio radial e
ulnar do punho, mobilização passiva de ombro e punho, uma série de 20 repetições
com pausa de 30 segundos em todas as articulações. Para os MMII, flexão,
extensão, abdução, adução, rotação interna e externa de quadril, flexão e extensão
de joelho, flexão e extensão dos dedos, dorsiflexão, flexão plantar, inversão e
eversão do tornozelo, mobilização de quadril e tornozelo. Finalizou a conduta sem
intercorrências.
66
Paciente J
18/04/2018
Paciente feminina, 50 anos, internado no dia 17/04/2018(16/40) h, diagnóstico de
HAS de difícil controle, DRC dialética agudizada e síndrome urêmica, tendo como
doença de base: HAS, epilepsia, esquizofrenia e IRC. glasgow= 15, Foram
verificados os sinais vitais, FC: 93, PA: 121x64 mmHg, SPO2: 98%, FR= 18 irpm,
ventilação ar ambiente. No protocolo de FRANÇA et al. 2012 o paciente se
apresenta no nível 1.
Conduta: Paciente consciente encontrava em decúbito dorsal, foram realizados
alongamentos passivos de MMSS, flexão, extensão, abdução, adução de ombro,
flexão e extensão de cotovelo, flexão e extensão de punho e dedos, desvio radial e
ulnar do punho, uma série de 10 repetições com pausa de 30 segundos em todas as
articulações. Para os MMII, exercícios passivos de flexão, extensão, abdução,
adução, rotação interna e externa de quadril, flexão e extensão de joelho, flexão e
extensão dos dedos, dorsiflexão, flexão plantar, inversão e eversão do tornozelo,
mobilização de quadril e tornozelo. Finalizou a conduta sem intercorrências.
Paciente K
18/04/2018
Paciente feminino, 73 anos, internado no dia 17/04/2018, diagnóstico de ICC
descompensado, tendo como doença de base: HAS, DM, ICC, FA crônica, TEP, sd.
Cushing, glasgow= 15, foram verificados os sinais vitais, FC: 120, PA: 141x100
mmHg, SPO2: 97% usando cateter nasal de 3l/min. No protocolo de FRANÇA et al.
2012 o paciente se apresenta no nível 3.
Conduta: Paciente consciente encontrava em decúbito dorsal, foram realizados
alongamentos ativos de MMSS, flexão, extensão, abdução, adução de ombro, flexão
e extensão de cotovelo, flexão e extensão de punho e dedos, desvio radial e ulnar
67
do punho, uma série de 6 repetições com pausa de 30 segundos em todas as
articulações. Para os MMII, exercícios ativo- assistido de flexão, extensão, abdução,
adução, rotação interna e externa de quadril, flexão e extensão de joelho, flexão e
extensão dos dedos, dorsiflexão, flexão plantar, inversão e eversão do tornozelo,
mobilização de quadril e tornozelo. Finalizou a conduta sem intercorrências.
19/04/2018
Paciente com glasgow= 15, foram verificados os sinais vitais, FC: 103, PA: 144x90
mmHg, SPO2: 98% usando cateter nasal de 1l/min, FR=16, sedação= tridil: 15.
Conduta: Paciente consciente encontrava em decúbito dorsal foi posicionado em
sedestação beira leito e realizado alongamentos ativos de MMSS, flexão, extensão,
abdução, adução de ombro, flexão e extensão de cotovelo, flexão e extensão de
punho e dedos, desvio radial e ulnar do punho, uma série de 10 repetições com
pausa de 30 segundos em todas as articulações. Para os MMII, exercícios ativo-
assistido de flexão, extensão, abdução, adução, rotação interna e externa de quadril,
flexão e extensão de joelho, flexão e extensão dos dedos, dorsiflexão, flexão plantar,
inversão e eversão do tornozelo, mobilização de quadril e tornozelo. Finalizou a
conduta sem intercorrências.
20/04/2018
Paciente com glasgow= 15 foram verificados os sinais vitais, FC: 89, PA: 153x101
mmHg, SPO2: 93% ventilação ar ambiente, FR=18, sedação= tridil: 10.
Conduta: Paciente consciente encontrava em sedestação na poltrona onde foi
realizado alongamentos ativos de MMSS, flexão, extensão, abdução, adução de
ombro, flexão e extensão de cotovelo, flexão e extensão de punho e dedos, desvio
radial e ulnar do punho, 2 séries de 10 repetições com pausa de 30 segundos em
todas as articulações. Para os MMII, exercícios ativo- assistido de flexão, extensão,
abdução, adução, rotação interna e externa de quadril, flexão e extensão de joelho,
flexão e extensão dos dedos, dorsiflexão, flexão plantar, inversão e eversão do
68
tornozelo, mobilização de quadril e tornozelo. Finalizou a conduta sem
intercorrências.
22/04/2018
Paciente com glasgow= 15 foram verificados os sinais vitais, FC: 66, PA: 205x120
mmHg, SPO2: 90% usando cateter nasal de 1l/min, FR=19.
Conduta: Paciente consciente encontrava em sedestação na poltrona durante 1hora,
logo após foi realizado alongamentos ativos ainda em sedestação de MMSS, flexão,
extensão, abdução, adução de ombro, flexão e extensão de cotovelo, flexão e
extensão de punho e dedos, desvio radial e ulnar do punho, 1 séries de 15
repetições com pausa de 30 segundos. Para os MMII uma série de 10, exercícios
ativo- assistido de flexão, extensão, abdução, adução, rotação interna e externa de
quadril, flexão e extensão de joelho, flexão e extensão dos dedos, dorsiflexão, flexão
plantar, inversão e eversão do tornozelo, mobilização de quadril e tornozelo. Após a
conduta posicionou a paciente no leito em decúbito dorsal com elevação de
cabeceira. Finalizou a conduta sem intercorrências.
24/04/2018
Paciente com glasgow= 15 foram verificados os sinais vitais, FC: 75, PA:
159x92mmHg, SPO2: 94% usando cateter nasal de 1l/min.
Conduta: Paciente consciente encontrava em decúbito dorsal onde foi realizado
alongamentos ativos de MMSS, flexão, extensão, abdução, adução de ombro, flexão
e extensão de cotovelo, flexão e extensão de punho e dedos, desvio radial e ulnar
do punho, 1 séries de 10 repetições com pausa de 30 segundos em todas as
articulações. Para os MMII, exercícios ativo- assistido de flexão, extensão, abdução,
adução, rotação interna e externa de quadril, flexão e extensão de joelho, flexão e
extensão dos dedos, dorsiflexão, flexão plantar, inversão e eversão do tornozelo,
mobilização de quadril e tornozelo. Finalizou a conduta sem intercorrências.
69
25/04/2018
Paciente recebeu alta no dia 24/04/2018 no período vespertino.