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FACULDADE TECSOMA Fisioterapia Gisele Teodoro dos Santos EFEITOS DA MOBILIZAÇÃO PRECOCE APLICADA EM PACIENTES CRÍTICOS NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA DO HOSPITAL MUNICIPAL DE PARACATU: estudo de casos Paracatu MG 2018

FACULDADE TECSOMA Fisioterapias/2018/TCC CORRIGIDO PDF - 24.06... · Verificar os efeitos da mobilização precoce aplicado em pacientes críticos na UTI do hospital municipal de

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FACULDADE TECSOMA Fisioterapia

Gisele Teodoro dos Santos

EFEITOS DA MOBILIZAÇÃO PRECOCE APLICADA EM PACIENTES CRÍTICOS NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA DO

HOSPITAL MUNICIPAL DE PARACATU: estudo de casos

Paracatu – MG 2018

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GISELE TEODORO DOS SANTOS

EFEITOS DA MOBILIZAÇÃO PRECOCE APLICADA EM

PACIENTES CRÍTICOS NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA DO HOSPITAL MUNICIPAL DE PARACATU: estudo de casos

Projeto de Trabalho de Conclusão de Curso apresentado na Disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso II como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Fisioterapia pela Faculdade Tecsoma, Paracatu, MG. Orientador (a): Profª.: M Sc. Cecília Dias Profª.: M Sc. Michelle Faria Lima

Paracatu - MG 2018

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GISELE TEODORO DOS SANTOS

EFEITOS DA MOBILIZAÇÃO PRECOCE APLICADA EM PACIENTES

CRÍTICOS NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA DO HOSPITAL MUNICIPAL DE PARACATU: estudo de casos

Projeto de Trabalho de Conclusão de Curso apresentado na Disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso II como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Fisioterapia pela Faculdade Tecsoma, Paracatu, MG. Orientador (a): Profª.: M Sc. Cecília Dias Profª.: M Sc. Michelle Faria Lima

Paracatu, de de 2018.

Banca Examinadora

_________________________________________________

Prof.ª MSc. Michelle Faria Lima Orientadora Temática Faculdade Tecsoma

_________________________________________________

Prof.ª MSc. Cecília M. Dias Orientadora Metodológica

Faculdade Tecsoma

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Dedico a Deus, aos familiares e amigos.

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AGRADECIMENTOS

Gratidão a Deus, se não fosse Ele nada disso seria possível, cada dificuldade

enfrentada, em cada luta esteve ao meu lado me fez prosseguir e acreditar que era

possível.

Agradeço a minha mãe do céu Nossa Senhora de Fátima, sua intercessão foi

fundamental, cuidou de cada detalhe, me impulsionou a ser forte e confiante.

Aos meus pais, Adelaide e Deli, por lutar juntamente comigo pela realização

desse sonho, por acreditar que daria certo, pelas orações diárias, pelas conversas

que me fez prosseguir e não desistir.

As minhas irmãs, Bruna e Daniela, pelo apoio e carinho.

Ao meu namorado Luiz Sérgio pelo companheirismo, amor, paciência e por

sempre estar ao meu lado me ajudando e apoiando.

Aos meus tios e tias, primos e primas, minha avó Maria, meu afilhado Kássio,

minhas madrinhas Nilza e Dezinha, pelo apoio e por acreditar neste sonho.

Agradeço aos meus amigos, em especial Danielly, Lorena Soares, Suellen,

Camila, Joanilsa, Edna, Joice, Bruno, Thainá Tonaco, João Vitor e Lorena Alves,

pela paciência, amor e pelos conselhos.

As orientadoras Cecília e Michelle pela confiança, paciência, pelos ensinos e

fazer o sonho possível.

Aos professores pelo ensinamento, compreensão e pela partilha do

conhecimento, em especial meu imenso agradecimento ao professor Vinicius Biulchi

pelo apoio, confiança, pelo incentivo e por acreditar na realização deste trabalho,

meu muito obrigado.

Agradeço aos colegas de sala pela união, companheirismo e por juntos

acreditarem no sonho.

Agradeço a todos os profissionais da UTI que contribuíram para a realização

deste trabalho e a todos que diretamente ou indiretamente contribuíram.

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“Fazei tudo por Amor. - Assim não há coisas pequenas: tudo é grande. - A perseverança nas pequenas coisas, por Amor, é heroísmo”.

Josemaría Escrivá de Balaguer

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RESUMO

A mobilização precoce é considerada um procedimento útil e seguro podendo

apresentar bons resultados na prevenção da fraqueza muscular, favorecendo na

redução do tempo na ventilação mecânica e prevenindo as limitações funcionais

decorrente do imobilismo. O fisioterapeuta intensivista deve proporcionar ao

paciente uma melhor qualidade de vida, evitar na medida do possível os efeitos

deletérios da síndrome do imobilismo através do compromisso de realizar a

mobilização de forma precoce. A avaliação deve ser minuciosa com critérios

cardiovasculares, respiratórios e sistêmicos. O principal foco é a segurança do

paciente, não submetendo a riscos desnecessários. Foi realizada uma pesquisa

quantitativa do tipo estudo de casos. O objetivo desse trabalho foi verificar os efeitos

da mobilização precoce aplicado em pacientes críticos internados na UTI. Os

pacientes incluídos neste estudo foram submetidos à cinesioterapia durante o tempo

em que estavam internados na UTI. Após o tratamento verificou-se que o protocolo

de mobilização é útil e seguro e proporciona vários benefícios bem como a melhora

da força e da funcionalidade não trazendo riscos aos pacientes.

Palavras-chave: Mobilização Precoce; UTI; Fisioterapia.

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ABSTRACT

Early mobilization is considered a useful and safe procedure that can present good

results in the prevention of muscular weakness, favoring the reduction of the time in

mechanical ventilation and preventing the functional limitations due to immobility. The

intensivist physiotherapist should provide the patient a better quality of life, avoid as

far as possible the deleterious effects of the immobilism syndrome through the

commitment to perform the mobilization in an early manner. The evaluation should

be thorough with cardiovascular, respiratory and systemic criteria. The main focus is

patient safety, not subjecting to unnecessary risks. A quantitative research of the

type case study was carried out. The objective of this study was to verify the effects

of the early mobilization applied in critically ill patients admitted to the ICU. The

patients included in this study underwent kinesiotherapy during the time they were

admitted to the ICU. After the treatment it was found that the protocol of mobilization

is useful and safe and provides several benefits as well as the improvement of

strength and functionality without posing risks to patients.

Keywords: Early Mobilization; ICU; Physiotherapy.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1:

Mecanismos e consequências da fraqueza muscular na

UTI............................................................................................

19

Figura 2:

Proposta de algorítmo para estabelecer níveis de progressão

da mobilização do doente crítico..............................................

27

Figura 3: Mapa de localização de Paracatu-MG. ................................... 28

Figura 4: Tempo de internação na Unidade de Terapia Intensiva e assistência ventilatória mecânica.............................................

31

Figura 5: Avaliação do nível funcional após a mobilização precoce.......................................................................................

33

Figura 6: Avaliação ao início e ao final pelo MRC..................................... 34

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LISTA DE SIGLAS

ADM - Amplitude de Movimento

ECG- Escala de Coma de Glasgow

FC- Frequência Cardíaca

FiO2 -Fração Inspirada de Oxigênio

FR- Frequência Respiratória

HAS- Hipertensão Arterial Sistêmica

MMII - Membros Inferiores

MMSS - Membros Superiores

MRC- Medical Research Council

PA- Pressão Arterial

PCR- Parada Cardiorrespiratória

RASS- Sedação de Richmond

SPO2- Saturação Periférica de Oxigênio

TOT- Tubo Oro Traqueal

UTI- Unidade de Terapia Intensiva

VCV- Ventilação Controlada a Volume

VM- Ventilação Mecânica

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SUMÁRIO

1.Introdução............................................................................................................ 13

2. Objetivos............................................................................................................. 14

2.1.Objetivo Geral................................................................................................... 14

2.2. Objetivo Específicos........................................................................................ 14

3. Justificativa......................................................................................................... 15

4. Referencial Teórico............................................................................................. 16

4.1. Paciente crítico................................................................................................ 16

4.2. Nível de sedação ............................................................................................ 16

4.3. Síndrome do imobilismo.................................................................................. 17

4.4. Fraqueza muscular adquirida na UTI.............................................................. 19

4.5. Fisioterapia na UTI.......................................................................................... 20

4.6. Mobilização precoce no paciente crítico.......................................................... 20

4.6.1. Critérios para iniciar a mobilização............................................................... 22

4.6.2. Critérios para interromper a mobilização...................................................... 23

4.7. Posicionamento no leito.................................................................................. 23

4.8. Avaliação funcional.......................................................................................... 24

4.9. Protocolo de mobilização precoce................................................................... 25

5. Metodologia........................................................................................................

28

5.1. Área de estudos.............................................................................................. 28

5.2. Materiais e métodos........................................................................................ 29

6. Resultados e discussão..................................................................................... 31

7. Conclusão........................................................................................................... 36

Referências............................................................................................................. 37

Anexos.................................................................................................................... 41

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Apêndices............................................................................................................... 50

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1. INTRODUÇÃO

Com o crescente avanço da tecnologia, a sobrevida dos pacientes

criticamente doentes nas UTIs, tem aumentado significativamente nas últimas

décadas (CORDEIRO, 2005).

Segundo Almeida e colaboradores (2012), a UTI é um local de maior

assistência para estes pacientes sendo que para um melhor atendimento, surgiu a

necessidade de recursos qualificados e tecnológicos.

Para Feliciano e colaboradores (2012), a fisioterapia intervém precocemente

prevenindo tanto problemas físicos como psíquicos e evita a hospitalização

prolongada, assim como os riscos associados à imobilização.

É fundamental na UTI o profissional fisioterapeuta responsável por traçar e

desenvolver um protocolo de mobilização precoce, visando à diminuição do declínio

funcional e a melhora da capacidade cardiorrespiratória desses pacientes

(CORDEIRO, 2005).

A mobilização precoce é considerada um procedimento útil e seguro podendo

apresentar bons resultados na prevenção da fraqueza muscular, favorecendo na

redução do tempo na ventilação mecânica (VM) e prevenindo as limitações

funcionais decorrente do imobilismo (CARVALHO, MICHELLE, 2014).

Segundo Murakami e colaboradores (2015), a reabilitação precoce nos

pacientes graves pode promover melhora da função física, prevenindo a fraqueza

muscular e diminuindo os custos hospitalares.

Para Taito e colaboradores (2016), a mobilização precoce inclui atividades

como deambulação, exercícios passivos e ativos, exercícios de amplitude de

movimento, posicionamento funcional e sedestação a beira leito.

A fisioterapia está inclusa na UTI fazendo parte das equipes multidisciplinares

para melhor atender aos doentes. As indicações e contraindicações devem existir

para que realize a mobilização precoce de forma coerente e sem que o paciente

corra nenhum risco. Nos planos de assistência da fisioterapia, o exercício

terapêutico é um elemento principal que visa reduzir as incapacidades (SARTI;

VECINA; FERREIRA, 2016).

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2. OBJETIVOS

2.1. OBJETIVO GERAL

Verificar os efeitos da mobilização precoce aplicado em pacientes críticos na

UTI do hospital municipal de Paracatu.

2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Avaliar estado funcional na alta da UTI

Verificar tempo de permanência na UTI

Avaliar tempo de ventilação mecânica durante internação na UTI

Avaliar a força muscular durante o tempo de internação e alta da UTI

Verificar eficácia do protocolo de mobilização precoce no paciente crítico

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3. JUSTIFICATIVA

Devido ao quadro clínico dos pacientes internados, são muitas as

complicações e os riscos associados ao imobilismo, à fisioterapia intervém

precocemente com o objetivo de prevenir a fraqueza generalizada e perda funcional.

O isolamento no leito por períodos prolongados agrava a doença, podendo levar a

complicações mais severas até mesmo ao óbito.

A mobilização precoce desempenha um papel importante na recuperação do

paciente criticamente enfermo na unidade de terapia intensiva, nos objetivos do

programa são incluídas atividades que promovam recuperação funcional utilizando

propostas de cinesioterapia, tais como, alongamentos de forma globalizada,

treinamento muscular, posicionamento funcional no leito, mudanças de decúbito e

exercícios passivos e ativos.

Dentro do programa de mobilização também são incluídos pacientes que

estão sob ventilação mecânica preconizando assim um atendimento globalizado.

Diante disso, este estudo tem enquanto relevância acadêmica e social,

informar a importância de se iniciar mobilizações no leito, demonstrando seus

benefícios, além de encorajar os profissionais que ainda apresentam insegurança

em mobilizar pacientes que estão sob ventilação mecânica, enfatizando que a

mobilização precoce vem sendo comprovada que possui uma grande relevância na

diminuição do tempo do paciente com ventilação mecânica e manutenção da

capacidade funcional do paciente crítico.

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4. REFERENCIAL TEÓRICO

4.1. Paciente crítico

É considerado paciente crítico quando apresenta instabilidade de um ou mais

órgãos vitais, podendo apresentar alterações hemodinâmicas, sua condição clinica

grave necessita de atenção mais frequente e rigoroso, terapias de maior

complexidade invasiva ou não está associada (FERNANDES; TORRES, 2008).

Os pacientes sob VM são os que mais apresentam imobilismo levando ao

aumento do tempo de internação hospitalar, prejudicando na qualidade de vida e

fraqueza generalizada (FELICIANO et al., 2012).

Para Sarti, Vecina e Ferreira (2016, p. 178):

Pacientes críticos na UTI geralmente são sedados no início da internação para que o paciente tenha alívio da dor e diminua a ansiedade, para reduzir o consumo de oxigênio e impedir que o paciente desconecte o ventilador mecânico. Dependendo das drogas que são administradas, elas causam delírio ao paciente. A imobilidade pode ser agravada por essa frequência de sedativos.

Murakami e colaboradores (2015), dizem que, a admissão do paciente na UTI

com 72 horas pode acarretar consequências persistentes por até cinco anos após a

alta hospitalar, reduzindo a qualidade de vida e gerando maior ansiedade e

depressão, além do impacto socioeconômico.

4.2. Nível de sedação

A administração de analgesia e sedação na UTI é feita para melhorar o

conforto e a segurança dos pacientes. Porém, a sedação administrada

incessantemente prolonga o tempo de ventilação mecânica e a permanência na UTI.

Esses efeitos adversos podem ser reduzidos mediante a definição clara dos

objetivos em associação com um protocolo de sedação (NAMIGAR et al., 2017).

Para Silva e colaboradores (2017), o excesso de sedativos atrasa o desmame

na VM, de acordo com os fármacos escolhidos pode exacerbar os efeitos da sepse,

aumentando o tempo de internamento, incidência de delirium e a morbimortalidade

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em UTI. Devido à necessidade de adequada titulação e controle do uso de sedativos

foram desenvolvidas pesquisas criando escalas, como por exemplo, a de agitação e

sedação de Richamond (RASS), onde são classificadas as intensidades de sedação

em leve, moderada ou profunda. É necessário protocolos com base na utilização de

analgésicos antes da administração de sedativos. Os opióides conferem um nível de

sedação mais leve, facilitando assim, a avaliação do paciente, proporcionando um

despertar mais rápido com consequente redução do tempo de internação hospitalar

e dos gastos institucionais.

A escala de RASS possui escores entre -5 e 4, onde quanto menor o escore,

mais profunda e a sedação e quanto maior o escore, mais agitado o paciente se

encontra (SILVA et al., 2017).

A escala de coma de Glasgow (ECG) é utilizada em pacientes críticos com

disfunção do sistema nervoso central, choque ou outros fatores que deprimem o

nível de consciência, reconhecido como instrumento valioso na avaliação do estado

neurológico desses pacientes (KOIZUMI et al., 2005).

O ECG é um instrumento para a avaliação do nível de consciência

consistindo em avaliação das respostas aos estímulos verbais e nociceptivos que o

paciente apresenta, constituem um parâmetro que varia desde o alerta ao coma

profundo. Avaliam-se três parâmetros, abertura ocular, melhor resposta verbal e

melhor resposta motora, para cada parâmetro dá-se uma pontuação, sendo 15 a

mais alta e 3 a pontuação mais baixa (ROSADO, 2011).

4.3. Síndrome do imobilismo

Para Francile e colaboradores (2012), a imobilidade caracteriza-se pela perda

de capacidade funcional, pela incapacidade de mudança postural, supressão dos

movimentos articulares e geralmente decorrentes de doenças crônico-

degenerativas, de doenças agudas graves, incapacidade ou inatividade.

O paciente que permanece muito tempo acamado acarreta inatividade,

disfunções graves do sistema osteomioarticular e a imobilidade. Devido ao tempo

prolongado a síndrome do imobilismo evolui para problemas dermatológicos,

respiratórios, circulatórios e muitas vezes psicológicos (RODRIGUES et al., 2017).

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As alterações no individuo acamado por período prolongado ocorrem devido á

síndrome do imobilismo, as complicações músculo- esqueléticas e viscerais pode

ser a causa da morbidade e mortalidade dos pacientes restritos ao leito (BASS,

2007).

O imobilismo é causador da baixa biossíntese de proteínas, aumento da

proteólise e diminuição da capacidade oxidativa do músculo. Altera também o

metabolismo dos lipídios, produzem no músculo alterações com impactos na

capacidade de endurance. Outros fatores podem ser associados como a perda de

força, idade, doenças crônicas como Doença Pulmonar Obstrutiva (DPOC),

Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC), entre outras (FRANÇA et al., 2012).

A síndrome do imobilismo afeta o sistema osteomuscular gerando limitações

funcionais, prejudicando as atividades de vida diária, transferências, postura e o

movimento, podendo alterar também o padrão da marcha. É essencial atentar para a

prevenção de doenças secundarias a imobilização para que a recuperação seja de

forma mais rápida e eficaz (CINTRA, 2015).

A imobilidade no leito de 7 a 10 dias considera-se um período de repouso,

imobilização de 12 a 15 dias, a partir de 15 dias considera decúbito de longa

duração. O estado emocional do paciente como ansiedade, apatia, depressão,

fragilidade emocional e o isolamento social pode ocorrer devido à imobilidade. A

prática do exercício nos pacientes imobilizados tem como propósito melhorar a

qualidade de vida, diminuir os efeitos negativos do imobilismo e o tempo de

internação (FARIAS; NETO, 2015).

A fraqueza assimilada na UTI é definida como fraqueza bilateral dos

membros. Sua apresentação é a tetraparesia flácida com arreflexia ou hiporreflexia,

dificulta no desmame da VM aumenta o tempo de internação hospitalar. Os fatores

causais podem citar a VM, imobilização no leito, sepse, déficit nutricional e a

exposição à corticosteróides (PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO..., 2016).

As consequências do imobilismo no paciente crítico são: aumento dos custos

hospitalares, tempo de internamento e maior tempo de recuperação após a alta

hospitalar, sujeito a depender da ajuda familiar nas atividades de vida diária

(FELICIANO et al., 2012).

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4.4. Fraqueza muscular adquirida na UTI

As complicações como a fraqueza generalizada no indivíduo admitido em

uma UTI é significante. Vários contribuem para essa condição, dentre eles

destacam-se a permanência da VM e a imobilidade prolongada (SILVA; MAYNARD;

CRUZ, 2010).

O período de permanencia na UTI geralmente implica um descanso

prolongado na cama e pode ser devastador, levando a perda significativa de

capacidade funcional (PERME, 2006).

Pacientes criticamente doentes, particularmente os que necessitam de VM,

são propensos a deficiências em função física associada à imobilidade e com uma

intensa fraqueza muscular (JOLLEY et al., 2014).

Segundo Santos e colaboradores (2015), “É apontada uma incidência

aproximada entre 30% e 60% nos internos na UTI, com uma perda de 4% a 5% da

força muscular periférica por semana durante o período de imobilidade”.

Dantas et al.(2012), afirmam que em algumas doenças nota-se atrofia por

desuso, perda de inervação, declínio da massa muscular, alterações nas fibras de

miosinas, diminuição da síntese proteica e o aumento de proteólise.

Pacientes restritos ao leito acarreta a uma inatividade na força muscular

esquelética com uma diminuição de 1-1,5% por dia, já em pacientes em VM o

declínio pode ser mais significante variando de 5% a 6% por dia (RODRIGUES et

al.,2017). A seguir na figura 1 é descrito os efeitos deletérios da doença crítica na.

Figura1- Mecanismos e consequências da fraqueza muscular na UTI.

Fonte: FRANÇA et al., 2012.

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4.5. Fisioterapia na UTI

A fisioterapia é a ciência capaz de tratar, prevenir os distúrbios relacionados

ao movimento, promover a recuperação e preservação da funcionalidade, atrahyvés

da cinesioterapia, enquadrando-se com destaque nesta nova perspectiva

assistencial e de gestão na equipe multiprofissional. Seu objetivo mais importante é

melhorar a capacidade funcional do paciente e restaurar a sua independência física,

diminuindo os riscos do repouso (CARVALHO, TACIANA et al., 2013).

Segundo Mcwilliams e colaboradores (2015), os profissionais desta área são

responsáveis por coordenar a reabilitação de pacientes internados em cuidados

intensivos, pois possuem habilidades avançadas na avaliação respiratória e

musculoesquelética, juntamente com conhecimento especializado na prescrição e

progressão do exercício. Um impacto significativo em cuidados intensivos é garantir

planos de desmame e facilitar a reabilitação diária contínua.

O fisioterapeuta é o profissional adequado e responsável pela implantação e

gerenciamento do plano de mobilização precoce na UTI juntamente com outros

profissionais visando garantir uma melhor qualidade de vida ao paciente bem como

realizar atividades com segurança e eficiência (MURAKAMI et al., 2015).

O fisioterapeuta intensivista deve proporcionar ao paciente uma melhor

qualidade de vida, evitar na medida do possível os efeitos deletérios da síndrome do

imobilismo através do compromisso de realizar a mobilização de forma precoce

(FELICIANO et al., 2012).

O objetivo principal da fisioterapia no tratamento intensivo seria a prevenção e

tratamento de atelectasias, remoção de secreção, condições ligadas ao declínio

funcional e ao descondicionamento, mobilizações, prescrição e execução de

atividades, vale ressaltar que o diagnostico fisioterapêutico deve ser o ponto

principal antes de qualquer intervenção (FRANÇA et al.,2012).

4.6. Mobilização precoce no paciente crítico

A mobilização precoce geralmente é realizada em pacientes submetidos à

ventilação mecânica onde são necessários cuidados pessoais (CHAVES, 2014). A

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precocidade se diz pelo fato de iniciar logo que as alterações fisiológicas esta

estabilizada (SARTI; VECINA; FERREIRA, 2016). A mobilização precoce é seguro,

viável e resulta em melhorias significativas no delírio e função no momento da alta

hospitalar (JOLLEY et al., 2014).

Para Bakhru e colaboradores (2016), estudos têm demonstrado viabilidade e

segurança de exercício inicial, particularmente em pacientes com insuficiência

respiratória submetida à VM. A reabilitação precoce nos pacientes ventilados

mecanicamente melhora a função física, reduzindo os dias de ventilação mecânica e

o tempo na UTI (MCWILLIAMS et al., 2015).

Os potenciais benefícios propostos da mobilização precoce nos pacientes

críticos incluem melhorias na função respiratória, redução na perda de músculo,

diminuição na permanência hospitalar (LEDITSCHKE et al., 2012).

Para Silva, Maynard e Cruz (2010), o exercício tem como objetivo prevenir ou

minimizar grandes retrações musculares e manter ou aumentar a força muscular e a

função física do paciente, manter a amplitude de movimento articular.

A mobilização precoce trata e previne as complicações causadas pelo

imobilismo, recomenda diariamente a sua aplicação, tanto aos pacientes acamados

e inconscientes tanto aqueles conscientes que realizam a marcha (SARTI; VECINA;

FERREIRA, 2016).

A mobilização pode ser considerada um mecanismo de reabilitação precoce,

onde associando um posicionamento preventivo diminuirá contraturas articulares, irá

preservar a força muscular e a mobilidade articular, melhorando o desempenho do

sistema respiratório e da função pulmonar (DANTAS et al., 2012).

Para Leditschke e colaboradores (2012) é possível realizar a mobilização nos

pacientes ventilados com técnicas de mobilização passivas e ativas, apesar das

UTI`s serem relutantes em mobilizar esses grupos de pacientes, o autor informa que

os riscos são baixos e com grandes benefícios.

Mobilização em pacientes no ambiente intensivo pode apresentar alguns

riscos, cateteres e equipamentos de apoio anexados nos pacientes podem se

desalojar e causar ferimentos, inserção e reinserção de cateteres pode aumentar a

infecção, causar estresse e dor indesejáveis para pacientes criticamente doentes

com distúrbios fisiológicos, podem ter respostas hemodinâmicas adversas à

atividade (ADLER; MALONE, 2012).

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São incluídas na mobilização precoce atividades cinesioterapêuticas

progressivas como a mobilização passiva, treinamento de força, alongamento

muscular, porém o incremento prematuro de atividades como ortostatismo passivo e

ativo, sedestação á beira leito, transferências e deambulação, culmina na base para

a recuperação funcional do paciente (DANTAS et al., 2012).

A mobilização é componente-chave da intervenção fisioterapêutica para

redução de complicações pulmonares pós-operatórias em pacientes de alto risco e

evidências recentes sugerem que um programa de mobilização precoce de cuidados

intensivos reduz o risco de morte ou a readmissão hospitalar dentro de 12 meses

após a alta. Uma abordagem de equipe multidisciplinar é fundamental, incluindo

colaboração ativa entre fisioterapia, enfermagem e equipe médica (LEDITSCHKE et

al., 2012).

4.6.1 Critérios para iniciar a mobilização

Deve se iniciar a mobilização de forma precoce, mas o principal foco e a

segurança do paciente, não submetendo a riscos desnecessários. A avaliação deve

ser minuciosa com critérios cardiovasculares, respiratórios e sistêmicos

(CORDEIRO, 2015).

Durante e após o exercício é necessário a monitorização, recomenda-se

avaliações das variáveis cardiovasculares como pressão arterial e frequência

cardíaca e respiratória sendo a saturação periférica de oxigênio, frequência

respiratória, além de observar o nível de consciência e as dosagens de sedativos e

drogas vasoativas (FRANÇA et al., 2012).

O paciente indicado para a mobilização precoce deve apresentar:

Frequência cardíaca (FC) <50% da máxima, pressão sistólica entre 90 a 170 mmHg, não utilizar drogas vasopressoras(ou que estejam utilizando em baixa vazão) e ausência de arritmias ou descompensação cardíaca. Os critérios respiratórios são: índice de oxigenação superior a 300, saturação periférica de oxigênio > 90%, utilizando uma Fração Inspirada de Oxigênio(FIO2) <55%, pressão arterial de oxigênio superior a 60 mmHg, frequência respiratória (FR) de até 30 incursões por minuto e capacidade de manter a ventilação mecânica durante a mobilização. Outros parâmetros que necessitam ser avaliados são: valor da hemoglobina, que deve estar acima de 7 ml/ dL; temperatura corporal abaixo de 38º C; pressão

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intracraniana abaixo de 20 mmHg; ausência de contraindicações ortopédicas (CORDEIRO, 2015, p. 481).

Existem barreiras práticas para mobilizar alguns pacientes devido ao

monitoramento ou equipamento de suporte de vida, fragilidade e fraqueza. Nessas

circunstâncias, recursos consideráveis podem ser necessários para uma mobilização

segura (DROLET et al., 2012).

4.6.2. Critérios para interromper a mobilização

Pacientes que a temperatura esteja maior que 38 º, frequência cardíaca maior

que 140 batimentos por minuto ou menor que 50, pressão arterial média <65 ou

>120 mmHg, alterações na ventilação pulmonar e modificações na oxigenação.

Pacientes com arritmia ou taquipneia, desconforto respiratório ou torácico, nível de

consciência alterado, hipoglicemia são outros fatores que irão influenciar, devendo

interromper a mobilização até a melhora do quadro clinico do paciente (CORDEIRO,

2015).

4.7. Posicionamento no leito

Uma forma de prevenir complicações secundárias ao imobilismo é o

posicionamento adequado no leito juntamente com a mobilização precoce,

possibilitando ao paciente uma interação com o ambiente e uma fonte de

estimulação sensória motora (SILVA; MAYNARD; CRUZ, 2010).

De acordo com França e colaboradores (2012), a primeira escolha é a técnica

de posicionamento funcional, sendo importante constar em todo plano terapêutico.

Pode se realizar o posicionamento de forma ativa ou passiva traz como benefícios à

estimulação neuro-músculo-esquelético e vestibular, controle autonômico, o estado

de alerta melhora e facilita a resposta postural. A técnica é eficaz para prevenir

contraturas musculares, edema linfático e evitar a síndrome do imobilismo. O

fisioterapeuta deve orientar aos profissionais que participam nos cuidados do

paciente critico, sob como executar o posicionamento e esclarecer a função do

recurso.

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4.8. Avaliação funcional

Devido ao tempo prolongado, o paciente internado na UTI terá uma redução

da capacidade e independência funcional. Através da avaliação o fisioterapeuta

poderá diagnosticar e direcionar um melhor atendimento atuando com objetivo de

diminuir as incapacidades e garantir uma autonomia nestes doentes. As escalas

auxiliam na mensuração da habilidade funcional do paciente e sua interação, na

qualidade de vida, garantindo melhor plano de tratamento (MATURANA, 2017).

Na atualidade existem 26 escalas capazes de avaliar os pacientes internados

em UTI, os aspectos funcionais. Uma delas é a escala Medida de Independência

Funcional e o índice de Barthel. Contudo a maioria dessas escalas falta ser

desenvolvidas e validadas com a finalidade de avaliar a função e/ou a mobilidade de

pacientes internados em UTI (KAWAGUCHI et al.,2016).

Com efeito, apenas seis escalas foram desenvolvidas para UTI

especificamente, apresentando avaliação clinimétrica publicada. Entretanto

nenhuma delas é considerada a melhor, além disso, tem algumas condições

extrínsecas tais como a presença de tubos, acessos e drenos torácicos que pode

interferir na mobilidade do paciente no leito, sendo uma barreira à mobilidade, e

essa presença não é considerada na maioria das escalas (KAWAGUCHI et al.,

2016).

Esta avaliação vem sendo reconhecida cada vez mais como uma medida

preciosa de resultados em testes clínicos e utilizadas comumente com a finalidade

de identificação do diagnóstico, prognóstico e para comparações de tratamento,

verificando o desempenho funcional norteando na elaboração de tratamento e

prevenção de incapacidades físicas (MATURANA et al., 2017).

A força muscular neste trabalho verificou-se pela escala de MRC, sendo

aplicadas bilateralmente, nos seis grupos musculares dos membros superiores

(MMSS) e membros inferiores (MMII), para obter um escore total que varia de 0 a

60, sendo realizada a abdução do braço, flexão do antebraço, extensão do punho,

flexão da perna ou flexão do quadril; extensão do joelho e flexão dorsal do pé

(DANTAS et al., 2012).

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4.9. Protocolo de mobilização precoce

Segundo Cordeiro (2005), os atendimentos baseados em protocolos têm

segurança incluído os pacientes em VM e drogas vasopressoras podendo reduzir o

tempo de internamento na UTI e no hospital. Porém ainda existem questionamentos

para saber qual o melhor tipo de protocolo. A maioria dos protocolos tem como

principal base à consciência do paciente, força muscular e seu quadro clínico.

Inicialmente com o posicionamento funcional, progredindo para a mobilização

passiva, ativa, sedestação, ortostatismo e deambulação.

A mobilização na UTI é baseada em sequência de exercícios com certa

intensidade, sendo o mais precocemente possível, devem ser iniciadas a mudança

de decúbito e posicionamento funcional, mobilização passiva, mobilização ativo-

assistida, mobilização ativa, uso de ciclo ergômetro no leito, ortostatismo, marcha

estática, transferência da cama para a poltrona, exercícios na poltrona e a

deambulação (PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO..., 2016).

Na figura 1, demonstra detalhadamente os níveis de progressão da

mobilização precoce do doente crítico. Tendo cinco níveis de atividade que se inicia

com mobilização passiva dos MMII e MMSS. A progressão do nível esta relacionado

com a consciência do paciente. No nível 2, o paciente precisa estar consciente

sendo assim é iniciado a mobilização ativa de extremidades. No nível 3, é realizada

a transferência assistida do paciente para sentar na borda da cama quando o

mesmo é capaz de mover os MMSS contra a gravidade, e em seguida é feito

exercícios de controle de tronco e equilíbrio. Neste mesmo nível, se o paciente tiver

força muscular para MMSS (MRC >4) para flexão de cotovelo e flexão anterior de

ombro, iniciará mobilização aeróbica e/ou contra-resistida. Com a evolução do

quadro do paciente pode progredir os níveis, caso o paciente realiza a flexão de

quadril e extensão de joelho contra a gravidade, o mesmo deverá ser transferido

ativamente para a poltrona (nível 4). Por seguinte no nível 5, podendo realizar a

flexão de quadril e extensão de joelho contra a gravidade, deverá ser transferido

ativamente para a poltrona e iniciar a deambulação assistida (FRANÇA et al., 2012).

Os riscos relacionados à aplicação do protocolo de mobilização precoce de

França e colaboradores (2012) são dor ou desconforto, associados à fadiga

muscular e sensação de cansaço durante e/ou logo após a realização dos

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exercícios, sendo que com um período de descanso entre as sessões os riscos são

minimizados (PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO..., 2016).

A figura 2 demonstra uma proposta de organograma para estabelecer níveis

de progressão da mobilização do paciente crítico (FRANÇA et al., 2012).

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Figura 2 – Proposta de algoritmo para estabelecer níveis de progressão na mobilização do paciente crítico.

FONTE: França et al. 2012.

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5. METODOLOGIA

5.1. Área de estudo

O estudo foi realizado na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Municipal

de Paracatu-MG. O município possui uma estimativa de 92.386 pessoas, com área

territorial de 8.229,595 Km² (IBGE, 2017) conforme visto na figura 3.

Figura 3- Mapa de localização de Paracatu-MG.

FONTE: Imagens Google.

A UTI do hospital municipal de Paracatu possui oito leitos, sendo um

reservado para paciente em isolamento, geralmente atende a população de cidades

vizinhas. Em relação à equipe, é formada por 42 profissionais, compondo seis

fisioterapeutas, oito médicos, dezenove técnicos de enfermagem, uma psicóloga e

oito enfermeiros. Essa equipe multiprofissional procura atender a população, mas

infelizmente a demanda de pacientes é muito grande para poucas vagas.

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5.2. Materiais e métodos

O presente trabalho é um estudo de caráter quantitativo o qual se refere à

coleta de dados, avaliações e observações à procura de efeitos e resultados. Os

dados explorados serão comparativos utilizando questionários dispostos em tabelas

(MARCONI; LAKATOS, 2010 p.170).

Foram escolhidos os pacientes através da avaliação minuciosa que atende

aos critérios de inclusão, sendo a frequência cardíaca maior que 50% da máxima, 90

a 170 a pressão sistólica, não fazer uso de drogas vasopressoras, ausência de

arritmias, índice de oxigenação superior a 300, apresentar saturação periférica maior

que 90%, frequência de até 30 incursões por minuto, temperatura corporal abaixo de

38º C, pressão intracraniana abaixo de 20 mmHg e ausência de contra indicações

ortopédicas (CORDEIRO, 2015).

Os critérios de exclusão, pacientes que estejam com a temperatura maior que

38º, frequência cardíaca maior que 140 batimentos por minuto ou menor que 50,

pressão arterial média <65 ou >120 mmHg, alterações na ventilação pulmonar e

modificações na oxigenação, pacientes com arritmia ou taquipneia, desconforto

respiratório ou torácico, nível de consciência alterado, hipoglicemia são outros

fatores que influencia. A interrupção pode ser temporária até a melhora do quadro

clínico (CORDEIRO, 2015).

Os dados dos pacientes foram colhidos através do prontuário com os dados

clínicos e fisioterápicos, realizaram a conduta e a evolução diariamente, coletando

os dados todos os dias durante o acompanhamento da aplicação do protocolo de

mobilização precoce (FRANÇA et al., 2012).

Para que a pesquisa fosse realizada recebeu-se a autorização do

Superintende de administração do setor hospitalar que ficou informado do estudo,

onde foi apresentado o termo de consentimento livre e esclarecido. O fisioterapeuta

responsável pelo setor hospitalar da UTI foi esclarecido quanto à pesquisa o qual

esteve orientando e participando da prática.

O acompanhamento aconteceu no dia 28/03/2018 até o dia 28/04/2018

atendendo ao pacientes no período matutino com início ás 08h00min sendo os dias

consecutivos com intuito de verificar a aplicabilidade da mobilização. Fez-se a

avaliação da funcionalidade através da Escala de Funcionalidade do Medical (MRC)

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com intuito de descrever os comprometimentos funcionais do paciente no momento

da sua admissão até o fim do tratamento na UTI, comparando assim a sua evolução

após o uso do protocolo de mobilização precoce (FRANÇA et al. , 2012).

Enquanto o paciente estava inconsciente foram realizados alongamentos

passivos de MMSS nos movimentos de rotação externa com abdução do ombro,

extensão de cotovelos, punho e dedos e também rotação interna com adução do

ombro, flexão de cotovelos punho e dedos. As mobilizações passivas ocorreram em

todas as articulações dos MMSS e MMII (FELICIANO, 2012).

Os seguintes movimentos: Para os MMSS - extensão e flexão dos dedos;

flexão, extensão, desvio radial e ulnar do punho; flexão, extensão, pronação e

supinação do cotovelo; flexão, abdução, adução, rotação interna e externa do

ombro. Para os MMII – flexão e extensão dos dedos; dorsiflexão, flexão plantar,

inversão e eversão do tornozelo, flexão e extensão do joelho; flexão, abdução,

adução, rotação interna e externa do quadril. Também sucedeu o posicionamento

articular (FELICIANO, 2012).

Quando o paciente abriu os olhos, conseguia direcionar o olhar, protrair a

língua, estava passível de interação. Avançou para o nível II foi necessário atingir o

grau de força II para os MMSS, além de realizar as mobilizações anteriores

acrescentou os exercícios ativo-assistidos e ativos livres nas mesmas articulações e

movimentos mencionados. Solicitou ao paciente a posição de sedestação por 20

minutos duas vezes ao dia (FELICIANO, 2012).

A utilização do cicloergômetro na fase II é essencial, a posição do paciente foi

em decúbito dorsal com cabeceira elevada a 30 graus (COUTINHO et al., 2016).

Estágio III Com a melhora do grau de força muscular para os MMSS acima de

III o paciente iniciou os mesmos exercícios do nível anterior, sendo 1° contra-

gravidade e 2° com auxilio de peso (FRANÇA et al., 2012).

Estágio IV logo após um grau de força muscular para o quadríceps maior ou

igual a III (no MRC), ou seja, realizou movimento dos MMII contra a gravidade. Neste

estágio foram adicionados exercícios de transferência do leito para a cadeira e

ortostatismo (FELICIANO, 2012).

Estágio V a última etapa do protocolo, solicitou ao paciente ficar na postura

ortostática e realizar os mesmos exercícios do nível IV com adição de exercícios de

equilíbrio, transferência de peso para os lados, para frente e para trás e

deambulação na UTI (FRANÇA et al., 2012).

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6. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Durante o estudo foi aplicado a cinesioterapia de acordo com o protocolo de

França e colaboradores (2012), respeitando a fase e o quadro clínico do paciente,

sendo que antes da conduta foram avaliados e anotados os dados e verificado se

estava apto para a mobilização naquele dia. A aplicação do protocolo de mobilização

precoce foi realizada na UTI do Hospital Municipal de Paracatu-MG relativo aos

meses de março e abril de 2018.

As informações colhidas foram obtidas através da ficha de evolução da

fisioterapia. No decorrer do estudo, 11 pacientes representados pelas letras A, B, C,

D, E, F, G, H, I, J e K, foram submetidos à mobilização segundo o protocolo de

França e colaboradores (2012), sendo que 6 estavam submetidos à VM. A idade dos

pacientes avaliados, variou de 19 a 82 anos, sendo 6 idosos. Durante a realização

da pesquisa, foi registrada uma perda de 3 pacientes que evoluíram para óbito,

representados pelos pacientes A, B e H, os quais se relacionaram com o

agravamento do quadro clínico, não havendo influência do protocolo de mobilização

precoce.

No que diz respeito à segurança, não houve nenhuma intercorrência, nenhum

evento de perda de acesso ou sonda nasoentérica, não houve nenhuma

complicação hemodinâmica durante o atendimento.

Figura 4 - Tempo de internação na Unidade de Terapia Intensiva e assistência ventilatória mecânica. FONTE: O autor.

0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

C D E F G I J k

Dias Tempo na UTI

Tempo na VM

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Os dados observados na figura 4 mostram o tempo de internação na UTI,

sendo o número maior de internação 9 dias e o menor tempo de 3 dias de

internação, ainda na figura, mostra o tempo em que os pacientes foram submetidos

a VM sendo, 5 dias o número maior de tempo e 2 dias o menor tempo na VM.

Para França e colaboradores (2012), na realização do estudo com 59

pacientes internados na UTI, esse número foi dividido em dois grupos, 33 pacientes

no grupo fisioterapia controle e 26 pacientes no grupo mobilização, tendo 19 óbitos

no grupo controle e 12 no grupo mobilização precoce, comparando no que diz

respeito ao tempo total de VM, tempo de internamento na UTI e tempo hospitalar

não foram observadas diferenças significativas.

Segundo Moreira (2012), no estudo desenvolvido com 134 pacientes

elegíveis, 87 necessitou de VM em algum momento da internação, sendo 47 do

grupo controle e 40 do grupo experimental com uma perda de 14 em ambos os

grupos, foi possível observar que não houve diferença estatística, mas aumentou a

proporção de pacientes que saíram do leito durante a internação, quanto ao tempo

de internação teve uma diferença absoluta das médias sendo aproximadamente 115

horas favorecendo o grupo tratamento. A média de dias no grupo controle foi de 7,66

dias e no grupo tratamento de 5,36 dias.

Para Glaeser e colaboradores (2012), em seu estudo de caso notou a

importância da mobilização mesmo o paciente estando em VM concluindo a

importância para o retorno das AVD´s.

De acordo com Murakami e colaboradores (2015), no seu estudo com 463

pacientes submetidos ao protocolo de reabilitação precoce por meio comparativo

entre o plano de intervenção na admissão e na alta observou uma redução

significativa no tempo de internação na UTI e hospitalar, enquanto que os pacientes

cirúrgicos respondedores apresentaram menor tempo de internação hospitalar.

Para Feliciano e colaboradores (2012), os pacientes que participaram do

protocolo de mobilização apresentaram menor tempo na UTI do que aqueles que

não entraram no protocolo. Segundo o autor a idade mais avançada, tem influencia

significativa sobre o sistema osteomioarticular, dificultando na recuperação funcional

para o grupo mobilização, fazendo com que não encontre uma redução significativa

do tempo de VM, internamento na UTI e de internação hospitalar favorável ao grupo

mobilização.

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Figura 5 – Avaliação do nível funcional após a mobilização precoce.

FONTE: O autor.

Como mostra na figura 5, foram avaliadas ao final do estudo tarefas da

funcionalidade na UTI como rolar, transferir de posição supina para sentada,

transferir de posição sentada para em pé, sentar-se à beira do leito e caminhar. Dos

8 pacientes avaliados, 4 obtiveram escore total de 35 sendo o valor máximo da

escala da funcionalidade, ou seja apresentaram independência total para todas as

tarefas propostas, 1 apresentou escore de 32, sendo que para a tarefa de

caminhada necessitou de uma assistência mínima. Outro apresentou resultado de

escore 20, onde o mesmo necessitou de uma assistência mínima em todas as

tarefas. O paciente de escore 14 apresentou assistência moderada para rolamento,

transferência de posição supina para sentada, transferência de posição sentada

para em pé, e na tarefa de caminhar apresentou assistência máxima. Outro

paciente, apresentou escore 4, mostrou-se incapaz de desempenhar a tarefa de

caminhar em razão da fraqueza a qual se encontrava, e necessitando de

dependência total para as demais tarefas propostas. A mesma já apresentava

dependência antes da intervenção fisioterapêutica, obtendo assim resultados

significativos quanto à funcionalidade.

Para Feliciano e colaboradores (2012), no seu estudo os pacientes foram

divididos em: grupo controle (n=14), que realizaram a fisioterapia do setor e o grupo

mobilização (n=14) que receberam um protocolo sistemático de mobilização

35

32

35 35

4

35

20

14

0

5

10

15

20

25

30

35

C D E F G I J K

Escore Funcionalidade

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precoce, observaram que 50% do grupo apresentava nível funcional 5,

demonstrando assim a importância da utilização desse protocolo. Segundo Glaeser

e colaboradores (2012), a mobilização precoce para a recuperação funcional foi

proeminente neste caso, visto que o paciente não conseguia evoluir no processo de

desmame da VM, apresentando melhora funcional tanto da musculatura quanto dos

parâmetros ventilatórios.

De acordo com Murakami e colaboradores (2015), durante a internação na

UTI os 349 pacientes (75,4%) apresentaram manutenção do plano de intervenção,

prevenindo, assim, a perda funcional, demonstrou também redução da frequência de

pacientes exclusivamente acamados após a intervenção e que a aplicação de um

programa de reabilitação precoce foi eficaz na prevenção e na melhora do estado

funcional para a maioria dos pacientes.

Figura 6 - Avaliação ao início e ao final pelo MRC.

FONTE: O autor.

Na figura 6, mostra o grau de força avaliado nos pacientes antes do

tratamento e no final do estudo pela escala MRC. Esta escala consiste em avaliar os

grupos musculares das articulações bilateralmente, onde a mensuração da força

muscular tem uma pontuação de 0 - 60 pontos. Foi possível observar um ganho

significativo da força muscular para todas as articulações trabalhadas, sendo que

60

12

60

12

36

16

48

42

60

48

60 60

36

60

48

54

0

10

20

30

40

50

60

C D E F G I J K

MRC INCIAL MRC FINAL

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dos 8 pacientes, 4 obtiveram no final da avaliação o escore total de 60 pontos, onde

2 mantiveram este escore desde a primeira avaliação. Mesmo alguns pacientes, não

apresentando evolução da força muscular, as atividades trabalhadas, fez com que

os mesmos mantivessem os índices iniciais.

Para Dantas (2012), assim como Feliciano (2012), em seus estudos

obtiveram um ganho na força muscular periférica no grupo em que realizou a

mobilização precoce avaliada por meio do escore de MRC, o qual o conclui que a

mobilização na UTI proporciona uma redução dos efeitos da imobilidade, objetivando

a manutenção de sua capacidade funcional e a menor perda das fibras musculares.

Em seu relato de caso Glaeser (2012), também conclui que a fisioterapia de forma

precoce mesmo o paciente em VM obteve resultados significativos, assim como o

retorno das AVD´s, melhora da força muscular onde o paciente apresentou grau 5

em todos os movimentos de membros superiores e inferiores exceto no movimento

de dorsiflexão dos tornozelos, apresentou melhora da coordenação motora,

equilíbrio e maior tolerância a marcha.

Tendo em vista que o estudo realizado na Unidade de Terapia Intensiva do

Hospital Municipal de Paracatu – MG obteve um resultado significativo, comprova-se

que a aplicação do protocolo de mobilização precoce tem eficácia e segurança, não

apresentando nenhum risco ao paciente, sendo necessária para prevenir as

comorbidades advindas do imobilismo. Em acordo aos achados de Feliciano e

colaboradores (2012), Murakami e colaboradores (2015), conclue-se a importância e

os benefícios do protocolo de mobilização precoce nos pacientes críticos. Assim

como Dantas e colaboradores (2012), por meio de um estudo verificou que o

protocolo de mobilização precoce proporcionou aos pacientes ganho da força

muscular inspiratória e força muscular periférica.

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7. CONCLUSÃO

Conclui-se que o estudo realizado na UTI do Hospital Municipal de Paracatu

obteve resultados satisfatórios, comprovando a eficácia e a segurança da aplicação

do protocolo de mobilização precoce nos pacientes críticos garantindo a prevenção

das comorbidades advindas do imobilismo. Tendo como ganho significativo da

funcionalidade, força muscular, redução do tempo na ventilação mecânica e o tempo

de internação, evidenciando um ótimo trabalho da equipe fisioterapêutica juntamente

com os outros profissionais da área da saúde.

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REFERÊNCIAS

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ANEXOS

ANEXO A-

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ANEXO D- FICHA DE AVALIAÇÃO

FICHA DA FISIOTERAPIA

Nome do paciente: ____________________________________________________ Data de nascimento: _____________________ Sexo: ___________________ Altura: _____________ Peso ideal: ______________ Idade: _____________ Data internação UTI: _____________ Hora: _______ Procedência: ____________ Plantonista / Fisioterapeuta: __________________ Médico: __________________

MOTIVO DA ADMISSÃO – HDA

HISTÓRIA PATOLÓGICA ATUAL

DOENÇA(S) DE BASE

[ ] DPOC [ ] HAS [ ] ICC [ ] DM [ ] ETILISTA [ ] DROGADIÇÃO [ ] IRC [ ] TABAGISTA [ ] OUTRO (s) ___________________________________________________________

EXAME FÍSICO

Drenos / Sondas:___________________________ Cianose: ________________ Úlceras de Decúbito: ________________________ Fraturas: ________________ Deformidades: _______________________________________________________

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Tipo de tórax: [ ] Tonel (Globoso) [ ] Peito de pombo (em quilha) [ ] Carinado (Pectus escavado) [ ] Outro _______________________________________________

AVALIAÇÃO RESPIRATÓRIA

Suporte ventilatório de admissão: [ ] VM [ ] Máscara facial [ ] Cateter nasal [ ] Ar ambiente Quantidade de secreção: [ ] Pouca [ ] Moderada [ ] Muita [ ] Ausente Dispnéia: Expansão torácica: [ ] Sim [ ] Não [ ] Simétrico [ ] Assimétrica Sinais de esforço respiratório: [ ] Tiragens [ ] Retrações [ ] Diafragmáticas [ ] Intercostal [ ] Esternal

Tipo de secreção: ______________________ Ausculta respiratória: ___________________ Tosse: ________________________

AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA

Nível de consciência: _______________________ Pupilas: _________________ Mobilidade: [ ] Ativa [ ] Passiva Tônus muscular: [ ] Normotônico [ ] Hipotônico [ ] Hipertônico Outras informações: ___________________________________________________ ___________________________________________________________________

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Avaliação da força muscular (MRC) Primeiro atendimento

1 2 3 4 5

Ombro: Abdução ( ) ( ) ( ) ( ) ( )

Cotovelo: Flexão ( ) ( ) ( ) ( ) ( )

Punho: Flexão ( ) ( ) ( ) ( ) ( )

Quadril: Flexão ( ) ( ) ( ) ( ) ( )

Joelho: Extensão ( ) ( ) ( ) ( ) ( )

Tornozelo: Dorsiflexão ( ) ( ) ( ) ( ) ( )

Avaliação da força muscular (MRC) Último atendimento

1 2 3 4 5

Ombro: Abdução ( ) ( ) ( ) ( ) ( )

Cotovelo: Flexão ( ) ( ) ( ) ( ) ( )

Punho: Flexão ( ) ( ) ( ) ( ) ( )

Quadril: Flexão ( ) ( ) ( ) ( ) ( )

Joelho: Extensão ( ) ( ) ( ) ( ) ( )

Tornozelo: Dorsiflexão ( ) ( ) ( ) ( ) ( )

Avalição da funcionalidade na UTI

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TAREFA DA FUNCIONALIDADE NA UTI

ESCORE

Rolamento

Transferência de posição supina para sentada

Transferência de posição sentada para em pé

Sentar-se á beira do leito

Caminhar Escore total:

Escala de Glasgow

Escala de Rass

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ANEXO E- FICHA DE EVOLUÇÃO

EVOLUÇÃO FISIOTERAPIA Folha: _________

Paciente: __________________________________________ Leito: _________ Idade: _____ Peso Ideal:_____ ml/kg PaO2 Ideal: _____ Data da internação: ____/ ____ /____ (__ /__)h Procedência : ______ Data da TOT: ____/ ____ /____ (__ /__) h Data da TQT:____/ ____ /____ (__ /__) h Data da extubação: ____/ ____ /____ (__ /__) h Re-TOT: ____/ ____ /____ (__ /__)h Macro ____/ ____ /____ (__ /__)h Troca TOT____/ ____ /____ (__ /__)h Diagnóstico:__________________________________________________________ HMP:_______________________________________________________________

Horário

DATA

GLASGOW/ RAWAY

DIAS DE INTERNAÇÃO

SIN

AIS

VIT

AIS

FC

PA

SPO2

Temp

DVA/DVP

Sedação

VM

/VN

I

Dias VM

MODO

PSV/Pins

VCinsp

VCexp

I:E

Fluxo/Tinsp

PEEP

FiO2/O2

Nível

TOT/TQT

VM

FRr/FRp

Corte/Sens

Mecânica

P pico

PPlatô

Tobbin

Pimáx

Gaso

metria

pH

PaCO2

PaO2

HCO3

BE

SaO2

PaO2/FiO2

Secreção Quantidade

Aspecto

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Data: ____ / ___ / ____ Horário:

Evolução:

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

Data: ____ / ___ / ____ Horário:

Evolução:

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

Data: ____ / ___ / ____ Horário:

Evolução:

______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Data: ____ / ___ / ____ Horário: Evolução:

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

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APÊNDICE A- DESCRIÇÃO DAS SESSÕES

Paciente A

28/03/2018

Paciente masculino, 82 anos, internado no dia 25/03/2018 (19-55)h, diagnóstico de

Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e DPOC, pneumotórax pós-parada

Cardiorrespiratória (PCR), rass de -5 fomos verificados os sinais vitais, FC: 60, PA:

102x45 mmHg, SPO2: 99%, sedação: Midazolam= 15; Fentanil= 15; Noradrenalina=

6, Diazepam=6. Parâmetros ventilatórios: paciente intubado no TOT dia

30/03/2018(21-20)h, ventilação mecânica no modo Ventilação Controlada a Volume

(VCV), FiO2= 30%, FR= 17 irpm, Corte/Sensibilidade= 2.0, nível TOT= 22. No

protocolo de FRANÇA et al. 2012 o paciente se apresenta no nível 1.

Conduta: Paciente inconsciente estava em decúbito lateral, foi posicionado em

decúbito dorsal e realizados alongamentos passivos de MMSS, flexão, extensão,

abdução, adução de ombro, flexão e extensão de cotovelo, flexão e extensão de

punho e dedos, desvio radial e ulnar do punho, mobilização passiva de ombro e

punho, uma série de 20 repetições com pausa de 30 segundos em todas as

articulações. Para os MMII, flexão, extensão, abdução, adução, rotação interna e

externa de quadril, flexão e extensão de joelho, flexão e extensão dos dedos,

dorsiflexão, flexão plantar, inversão e eversão do tornozelo, mobilização de quadril e

tornozelo. Finalizou a conduta sem intercorrências.

29/03/2018

Paciente com Rass de -5 apresentando seguintes sinais vitais FC: 68, PA: 87x43

mmHg, SPO2: 99%, temperatura= 36.1 ºC, sedação: Midazolam= 10; Fentanil= 10;

Noradrenalina= 8, Diazepam= 3. Parâmetros ventilatórios: modo VCV, FiO2= 25%,

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FR= 17 irpm, VM= 8.2, Corte/Sensibilidade= 2.0, nível TOT= 22, P pico= 16, PEEP=

7, fluxo= 46, I:E= 1:2.1, VC insp.=420, VC exp.= 263 .

Conduta: Paciente inconsciente estava em decúbito lateral, foi posicionado em

decúbito dorsal e realizados alongamentos passivos de MMSS, flexão, extensão,

abdução, adução de ombro, flexão e extensão de cotovelo, flexão e extensão de

punho e dedos, desvio radial e ulnar do punho, mobilização passiva de ombro e

punho, uma série de 20 repetições com pausa de 30 segundos em todas as

articulações. Para os MMII, flexão, extensão, abdução, adução, rotação interna e

externa de quadril, flexão e extensão de joelho, flexão e extensão dos dedos,

dorsiflexão, flexão plantar, inversão e eversão do tornozelo, mobilização de quadril e

tornozelo. Finalizou a conduta sem intercorrências.

30/03/2018

Paciente com Rass de -5 apresentando seguintes sinais vitais FC: 90, PA: 66x34

mmHg, SPO2: 98%, temperatura=36 ºC , sedação: Midazolam= 10; Fentanil= 10;

Noradrenalina= 45, Diazepam= 5. Parâmetros ventilatórios: modo VCV, FiO2=

100%, FR= 20 irpm, VM= 8.4, Corte/Sensibilidade= 2.0, nível TOT= 22, P pico= 18,

PEEP= 7, fluxo= 40, I:E= 1.1:1, VC insp.=425, VC exp.= 289 .

Conduta: Não foi possível realizar a conduta devido à instabilidade hemodinâmica,

paciente teve duas PCR no dia, indo a óbito.

Paciente B

28/03/2018

Paciente masculino, 32 anos, internado no dia 27/03/2018, diagnóstico de

pneumonia fúngica, Diabetes Mellitus descompensada, crise convulsiva e anemia.

História da moléstia pregressa etilista, tabagista, DM e drogadição. Foram

verificados os sinais vitais, FC: 122, PA: 128x63 mmHg, paciente respirava com

auxílio da máscara facial. Glasgow 15.

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Conduta: Não foi possível realizar o atendimento devido a instabilidade

hemodinâmica, paciente com dispneia importante.

29/03/2018

Paciente com Rass de -5 apresentando seguintes sinais vitais FC: 92, PA: 156x106

mmHg, SPO2: 94%, temperatura= 35,6ºC, sedação: Midazolam= 10; Fentanil= 10.

Parâmetros ventilatórios: modo PCV, FiO2= 85%, FR= 16 irpm, VM= 7.25,

Corte/Sensibilidade= 2.0, nível TOT= 22, P pico= 30, PEEP= 14, I:E= 1:2.9, VC

exp.=450.

Conduta: Paciente inconsciente estava em decúbito lateral, foi posicionado em

decúbito dorsal e realizados alongamentos passivos de MMSS, flexão, extensão,

abdução, adução de ombro, flexão e extensão de cotovelo, flexão e extensão de

punho e dedos, desvio radial e ulnar do punho, mobilização passiva de ombro e

punho, uma série de 20 repetições com pausa de 30 segundos em todas as

articulações. Para os MMII, flexão, extensão, abdução, adução, rotação interna e

externa de quadril, flexão e extensão de joelho, flexão e extensão dos dedos,

dorsiflexão, flexão plantar, inversão e eversão do tornozelo, mobilização de quadril e

tornozelo. Elevação da cabeceira a 60º. Finalizou a conduta sem intercorrências.

30/03/2018

Paciente com Rass de -5 apresentando seguintes sinais vitais FC: 93, PA: 162x107

mmHg, SPO2: 98%, sedação: Midazolam= 10; Fentanil= 10. Parâmetros

ventilatórios: modo PSV, FiO2= 90%, FR= 20 irpm, VM= 14.4, Corte/Sensibilidade=

3.0, nível TOT= 22, P pico= 30, PEEP= 12, I:E= 1:1.9, VC exp.=320.

Conduta: Paciente inconsciente estava em decúbito lateral, foi posicionado em

decúbito dorsal com elevação da cabeceira a 60º, realizados alongamentos passivos

de MMSS, flexão, extensão, abdução, adução de ombro, flexão e extensão de

cotovelo, flexão e extensão de punho e dedos, desvio radial e ulnar do punho,

mobilização passiva de ombro e punho, uma série de 20 repetições com pausa de

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30 segundos em todas as articulações. Para os MMII, flexão, extensão, abdução,

adução, rotação interna e externa de quadril, flexão e extensão de joelho, flexão e

extensão dos dedos, dorsiflexão, flexão plantar, inversão e eversão do tornozelo,

mobilização de quadril e tornozelo. Finalizou a conduta sem intercorrências.

31/03/2018

Paciente com Rass de -5 apresentando seguintes sinais vitais FC: 85, PA: 136x81

mmHg, SPO2: 98%, temperatura= 35,3ºC sedação: Midazolam= 20; Fentanil= 15.

Parâmetros ventilatórios: modo PCV, FiO2= 70%, FR= 20 irpm, Corte/Sensibilidade=

3.0, nível TOT= 22, P pico= 32, PEEP= 13, I:E=1:2.4, P controlada =0.32.

Conduta: Paciente inconsciente estava em decúbito lateral, foi posicionado em

decúbito dorsal com elevação da cabeceira a 60º, realizados alongamentos passivos

de MMSS, flexão, extensão, abdução, adução de ombro, flexão e extensão de

cotovelo, flexão e extensão de punho e dedos, desvio radial e ulnar do punho,

mobilização passiva de ombro e punho, uma série de 20 repetições com pausa de

30 segundos em todas as articulações. Para os MMII, flexão, extensão, abdução,

adução, rotação interna e externa de quadril, flexão e extensão de joelho, flexão e

extensão dos dedos, dorsiflexão, flexão plantar, inversão e eversão do tornozelo,

mobilização de quadril e tornozelo. Finalizou a conduta sem intercorrências.

01/04/2018

Paciente com Rass de -4 apresentando seguintes sinais vitais FC: 89, PA: 133x71

mmHg, SPO2: 97%, temperatura= 36,1ºC sedação: Midazolam= 20; Fentanil= 15;

Tridil= 6. Parâmetros ventilatórios: modo PSV, FiO2= 70%, FR= 20 irpm,

Corte/Sensibilidade= 2.0, nível TOT= 26, P pico= 24, PEEP= 10, I:E= 1:2.2, VC

exp. =650, fluxo= 0,95, VM= 11,7, secreção= rosa espumosa.

Conduta: Não foi possível realizar a mobilização devido à instabilidade

hemodinâmica e por apresentar edema agudo de pulmão.

03/04/2018

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Paciente com Rass de -5 apresentando seguintes sinais vitais FC: 84, PA: 175x101

mmHg, SPO2: 99%, sedação: Midazolam= 8; Fentanil= 5; Tridil= 10. Parâmetros

ventilatórios: modo PCV, FiO2= 35%, FR= 20 irpm, VM= 11, Corte/Sensibilidade=

2.0, nível TOT= 26, P pico= 18, PEEP= 12, I:E= 1:1.8, VC exp.= 495, VC inp.= 480.

Conduta: Paciente inconsciente estava em decúbito lateral, foi posicionado em

decúbito dorsal com elevação da cabeceira a 60º, realizados alongamentos passivos

de MMSS, flexão, extensão, abdução, adução de ombro, flexão e extensão de

cotovelo, flexão e extensão de punho e dedos, desvio radial e ulnar do punho,

mobilização passiva de ombro e punho, uma série de 20 repetições com pausa de

30 segundos em todas as articulações. Para os MMII, flexão, extensão, abdução,

adução, rotação interna e externa de quadril, flexão e extensão de joelho, flexão e

extensão dos dedos, dorsiflexão, flexão plantar, inversão e eversão do tornozelo,

mobilização de quadril e tornozelo. Finalizou a conduta sem intercorrências.

04/04/2018

Paciente com Rass de -5 apresentando seguintes sinais vitais FC: 80, PA: 155x80

mmHg, SPO2: 99%, temperatura= 35,5ºC sedação: Midazolam= 8; Fentanil= 5 ;

Nipride= 23. Parâmetros ventilatórios: modo PSV, FiO2= 35%, FR= 15 irpm,

Corte/Sensibilidade= -1.0, nível TOT= 26, P pico= 17, PEEP= 11, I:E=1:3.8, VC inp.=

728, VC exp. 705, PSV/Pins.= 6, VM= 7,8, fluxo= 0,81

Conduta: Paciente inconsciente estava em decúbito lateral, foi posicionado em

decúbito dorsal com elevação da cabeceira a 60º, realizados alongamentos passivos

de MMSS, flexão, extensão, abdução, adução de ombro, flexão e extensão de

cotovelo, flexão e extensão de punho e dedos, desvio radial e ulnar do punho,

mobilização passiva de ombro e punho, uma série de 20 repetições com pausa de

30 segundos em todas as articulações. Para os MMII, flexão, extensão, abdução,

adução, rotação interna e externa de quadril, flexão e extensão de joelho, flexão e

extensão dos dedos, dorsiflexão, flexão plantar, inversão e eversão do tornozelo,

mobilização de quadril e tornozelo. Finalizou a conduta sem intercorrências.

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05/04/2018

Paciente com Rass de -5 apresentando seguintes sinais vitais FC: 73, PA: 135x71

mmHg, SPO2: 98%, sedação: Midazolam= 10; Fentanil= 10 ; Nipride= 5; Tridil= 10.

Parâmetros ventilatórios: modo PCV, FiO2= 30%, FR= 18 irpm, Corte/Sensibilidade=

0.0, nível TOT= 26, P pico= 19, PEEP= 7, I:E=1:1.3, VC inp.= 728, VC exp. 705,

PSV/Pins.= 6, VM= 6.1, fluxo= 0,9, PSV/Pinsp= 12, VC exp.= 290.

Conduta: Paciente inconsciente estava em decúbito lateral, foi posicionado em

decúbito dorsal com elevação da cabeceira a 60º, realizados alongamentos passivos

de MMSS, flexão, extensão, abdução, adução de ombro, flexão e extensão de

cotovelo, flexão e extensão de punho e dedos, desvio radial e ulnar do punho,

mobilização passiva de ombro e punho, uma série de 20 repetições com pausa de

30 segundos em todas as articulações. Para os MMII, flexão, extensão, abdução,

adução, rotação interna e externa de quadril, flexão e extensão de joelho, flexão e

extensão dos dedos, dorsiflexão, flexão plantar, inversão e eversão do tornozelo,

mobilização de quadril e tornozelo. Finalizou a conduta sem intercorrências.

06/04/2018

Paciente teve PCR, indo a óbito.

Paciente C

28/03/2018

Paciente feminina, 82 anos, internado no dia 27/03/18, diagnóstico de IRC, glasgow

de 15, foi verificado os sinais vitais, FC: 81, PA: 138x80 mmHg, SPO2: 99%,

FIO2%= 21% ar ambiente. No protocolo de FRANÇA et al. 2012 a paciente se

apresenta no nível 4.

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Conduta: Paciente consciente encontrava em decúbito dorsal foi posicionada em

sedestação beira leito e realizada alongamentos ativos de MMSS, flexão, extensão,

abdução, adução de ombro, flexão e extensão de cotovelo, flexão e extensão de

punho e dedos, desvio radial e ulnar do punho, uma série de 10 repetições com

pausa de 30 segundos em todas as articulações, utilizou a bola suiça para auxiliar

no exercício. Para os MMII, exercícios ativos de flexão, extensão, abdução, adução,

rotação interna e externa de quadril, flexão e extensão de joelho, flexão e extensão

dos dedos, dorsiflexão, flexão plantar, inversão e eversão do tornozelo, mobilização

de quadril e tornozelo, utilizou o ciclo ergométrico duas séries de 5 minutos.

Finalizou a conduta sem intercorrências.

29/03/2018

Paciente com glasgow de 15 apresentando seguintes sinais vitais FC: 68, PA:

176x113 mmHg, SPO2: 99%, FIO2= 21% ar ambiente.

Conduta: Não foi possível o atendimento, a paciente estava fazendo hemodiálise e

recebeu alta no mesmo dia.

Paciente D

31/03/2018

Paciente feminina, 63 anos, internada no dia 29/03/2018 (20-20)h, diagnóstico de

AVE isquêmico, meningeoma, ataxia, hipopotassemia, tendo como doença de base

HAS, tabagista, osteoporose e etilista, Rass= -5. Foram verificados os sinais vitais,

FC: 95, PA: 95x69 mmHg, SPO2: 97%, sedação: Midazolam= 8; Fentanil= 8;

Noradrenalina= 12. Parâmetros ventilatórios: paciente intubado no TOT dia

30/03/2018 (21-20)h, ventilação mecânica no modo PSV, FiO2= 50%, FR= 18 irpm,

PEEP= 7, Corte/Sensibilidade= 2.0, nível TOT= 22, P pico= 21, Vol. Inp.=430, Vol

exp.= 240, I:E= 1:1.4. No protocolo de FRANÇA et al. 2012 o paciente se apresenta

no nível 1.

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Conduta: Paciente inconsciente estava em decúbito lateral, foi posicionado em

decúbito dorsal com elevação da cabeceira a 60º, realizados alongamentos passivos

de MMSS, flexão, extensão, abdução, adução de ombro, flexão e extensão de

cotovelo, flexão e extensão de punho e dedos, desvio radial e ulnar do punho,

mobilização passiva de ombro e punho, uma série de 20 repetições com pausa de

30 segundos em todas as articulações. Para os MMII, flexão, extensão, abdução,

adução, rotação interna e externa de quadril, flexão e extensão de joelho, flexão e

extensão dos dedos, dorsiflexão, flexão plantar, inversão e eversão do tornozelo,

mobilização de quadril e tornozelo. Finalizou a conduta sem intercorrências.

01/04/2018

Paciente com Rass de -4 apresentando seguintes sinais vitais FC: 92, PA: 110x73

mmHg, SPO2: 100%, sedação: Midazolam= 1; Fentanil= 1; Nora= 16. Parâmetros

ventilatórios: modo PSV, FiO2= 40%, FR= 18 irpm, Corte/Sensibilidade= 2.0, nível

TOT= 22, P pico= 18, I:E= 1:1.3, fluxo= 0,85, PSV/Pins= 9, VC insp.=240, VC

exp.=230.

Conduta: Paciente inconsciente estava em decúbito lateral, foi posicionado em

sedestação no leito com elevação da cabeceira a 60º, realizados alongamentos

passivos de MMSS, flexão, extensão, abdução, adução de ombro, flexão e extensão

de cotovelo, flexão e extensão de punho e dedos, desvio radial e ulnar do punho,

mobilização passiva de ombro e punho, uma série de 20 repetições com pausa de

30 segundos em todas as articulações. Para os MMII, flexão, extensão, abdução,

adução, rotação interna e externa de quadril, flexão e extensão de joelho, flexão e

extensão dos dedos, dorsiflexão, flexão plantar, inversão e eversão do tornozelo,

mobilização de quadril e tornozelo. Finalizou a conduta sem intercorrências.

03/04/2018

Paciente com Rass de -4 apresentando seguintes sinais vitais FC: 78, PA: 108x68

mmHg, SPO2: 100%, sedação: Fentanil= 8. Parâmetros ventilatórios: modo PSV,

FiO2= 30%, FR= 15 irpm, Corte/Sensibilidade= 2.0, nível TOT= 22, P pico= 15, I:E=

1:4.0, fluxo= 0,80, PSV/Pins= 5, VC exp.=400, VM= 4.76, PEEP=10.

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Conduta: Paciente inconsciente estava em decúbito lateral, foi posicionado em

decúbito dorsal com elevação da cabeceira a 60º, realizados alongamentos passivos

de MMSS, flexão, extensão, abdução, adução de ombro, flexão e extensão de

cotovelo, flexão e extensão de punho e dedos, desvio radial e ulnar do punho,

mobilização passiva de ombro e punho, uma série de 20 repetições com pausa de

30 segundos em todas as articulações. Para os MMII, flexão, extensão, abdução,

adução, rotação interna e externa de quadril, flexão e extensão de joelho, flexão e

extensão dos dedos, dorsiflexão, flexão plantar, inversão e eversão do tornozelo,

mobilização de quadril e tornozelo. Finalizou a conduta sem intercorrências.

04/04/2018

Paciente foi extubada dia 03/04/2018(12-05)h, apresentando glasgow de 15

apresentando seguintes sinais vitais FC: 88, PA: 121x70 mmHg, SPO2: 95%, FR=

22 irpm, ventilação espontânea ar ambiente, FIO2= 21%.

Conduta: Paciente consciente estava em decúbito lateral, foi posicionado em

sedestação com elevação da cabeceira a 60º, realizados alongamentos ativo-

assistido de MMSS, flexão, extensão, abdução, adução de ombro, flexão e extensão

de cotovelo, flexão e extensão de punho e dedos, desvio radial e ulnar do punho,

mobilização passiva de ombro e punho, uma série de 10 repetições com pausa de

30 segundos em todas as articulações, utilizou a bola suíça para auxiliar no

movimento. Para os MMII, flexão, extensão, abdução, adução, rotação interna e

externa de quadril, flexão e extensão de joelho, flexão e extensão dos dedos,

dorsiflexão, flexão plantar, inversão e eversão do tornozelo, mobilização de quadril e

tornozelo de forma ativa. Finalizou a conduta sem intercorrências.

05/04/2018

Paciente com Glasgow de 14 apresentando seguintes sinais vitais FC: 93, PA:

140x63 mmHg, SPO2: 95%, FiO2= 21% ar ambiente, FR= 22.

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Conduta: Paciente consciente estava em decúbito lateral, foi posicionado em

sedestação com elevação da cabeceira a 60º, realizados alongamentos ativo de

MMSS, flexão, extensão, abdução, adução de ombro, flexão e extensão de cotovelo,

flexão e extensão de punho e dedos, desvio radial e ulnar do punho, mobilização

passiva de ombro e punho, uma série de 10 repetições com pausa de 30 segundos

em todas as articulações, utilizou a bola suíça para auxiliar no movimento. Foi

solicitado a paciente a sedestação beira leito e realizado ativamente os exercícios de

MMII, flexão, extensão, abdução, adução, rotação interna e externa de quadril,

flexão e extensão de joelho, flexão e extensão dos dedos, dorsiflexão, flexão plantar,

inversão e eversão do tornozelo, mobilização de quadril e tornozelo de forma ativa.

Finalizou a conduta sem intercorrências.

06/04/2018

Não foi possível realizar a mobilização a paciente já havia recebido alta.

Paciente E

04/04/2018

Paciente masculino, 75 anos, internado no dia 03/04/2018 (12-30)h, diagnóstico de

pós-operatório imediato laparotomia exploradora, história pregressa: miocardiopatia

chagásica, megacolon chagásico. Foram verificados os sinais vitais, FC: 80, PA:

82x53 mmHg, SPO2: 98%, FiO2= 21% ar ambiente.

Conduta: Paciente estava em decúbito lateral, foi posicionado em sedestação a

beira leito e realizados alongamentos ativo de MMSS, flexão, extensão, abdução,

adução de ombro, flexão e extensão de cotovelo, flexão e extensão de punho e

dedos, desvio radial e ulnar do punho, mobilização passiva de ombro e punho, uma

série de 10 repetições com pausa de 30 segundos em todas as articulações. Para os

MMII, flexão, extensão, abdução, adução, rotação interna e externa de quadril,

flexão e extensão de joelho, flexão e extensão dos dedos, dorsiflexão, flexão plantar,

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inversão e eversão do tornozelo, mobilização de quadril e tornozelo. Finalizou a

conduta sem intercorrências.

05/04/2018

Foram verificados os sinais vitais, FC: 86, PA: 121x67 mmHg, SPO2: 98%,FR=20

irpm, FiO2= 21% ar ambiente. ECG:15.

Conduta: paciente com leve desconforto abdominal e quadro de náuseas.

06/04/2018

Paciente com Glasgow de 14 apresentando seguintes sinais vitais FC: 90, PA:

133x80 mmHg, SPO2: 99%, FiO2= 21% ar ambiente, FR= 22 irpm, T= 37,3ºC.

Conduta: Não foi possível realizar o atendimento no período matutino, mas a

fisioterapeuta responsável da UTI realizou a mobilização ativa e sedestação na

poltrona no período vespertino.

07/04/2018

Paciente com Glasgow de 15 apresentando seguintes sinais vitais FC: 100 bpm, PA:

133x82 mmHg, SPO2: 97%, FiO2= 21% ar ambiente, FR= 22 irpm.

Conduta: Paciente consciente estava em decúbito dorsal, foi posicionado em

sedestação com elevação da cabeceira a 60º, realizados alongamentos ativo de

MMSS, flexão, extensão, abdução, adução de ombro, flexão e extensão de cotovelo,

flexão e extensão de punho e dedos, desvio radial e ulnar do punho, mobilização

ativa de ombro e punho, uma série de 10 repetições com pausa de 30 segundos em

todas as articulações, utilizou a bola suíça para auxiliar no movimento. Foi solicitado

ao paciente a sedestação beira leito e realizado ativamente os exercícios de MMII,

flexão, extensão, abdução, adução, rotação interna e externa de quadril, flexão e

extensão de joelho, flexão e extensão dos dedos, dorsiflexão, flexão plantar,

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inversão e eversão do tornozelo, mobilização de quadril e tornozelo de forma ativa.

Finalizou a conduta sem intercorrências.

08/04/2018

Paciente com Glasgow de 14 apresentando seguintes sinais vitais FC: 124 bpm, PA:

129x95 mmHg, SPO2: 98%, FiO2= 21% ar ambiente, FR= 23 irpm, T= 36 ºC.

Conduta: Paciente consciente estava em decúbito dorsal, foi posicionado em

sedestação a beira leito, realizados alongamentos ativo de MMSS, flexão, extensão,

abdução, adução de ombro, flexão e extensão de cotovelo, flexão e extensão de

punho e dedos, desvio radial e ulnar do punho, mobilização ativa de ombro e punho,

uma série de 10 repetições com pausa de 30 segundos em todas as articulações,

utilizou a bola suíça para auxiliar no movimento. Foi solicitado ao paciente realizar

ativamente os exercícios de MMII, flexão, extensão, abdução, adução, rotação

interna e externa de quadril, flexão e extensão de joelho, flexão e extensão dos

dedos, dorsiflexão, flexão plantar, inversão e eversão do tornozelo, mobilização de

quadril e tornozelo. Finalizou a conduta sem intercorrências.

10/04/2018

Paciente havia recebido alta no dia 08 de abril no período matutino.

Paciente F

10/04/2018

Paciente masculino, inconsciente, 19 anos, internado no dia 09/04/2018 (20-10)h,

internação por tentativa de auto extermínio, rass de -2, foi verificado os sinais vitais,

FC: 85, PA: 108x60 mmHg, SPO2: 99%, sedação: Midazolam= 10; Fentanil= 10.

Parâmetros ventilatórios: paciente intubado no TOT dia 09/04/2018(10-30)h,

ventilação mecânica no modo PCV, FiO2= 35%, FR= 6 irpm, Corte/Sensibilidade=

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1.0, nível TOT= 22, PEEP= 7, I:E= 1:2.1, VC exp. =470, VC insp.= 616, MV= 19,1.

No protocolo de FRANÇA et al. 2012 o paciente se apresenta no nível 1.

Conduta: Paciente inconsciente estava em decúbito lateral, foi posicionado em

decúbito dorsal e realizados alongamentos passivos de MMSS, flexão, extensão,

abdução, adução de ombro, flexão e extensão de cotovelo, flexão e extensão de

punho e dedos, desvio radial e ulnar do punho, mobilização passiva de ombro e

punho, uma série de 10 repetições com pausa de 30 segundos em todas as

articulações. Para os MMII, flexão, extensão, abdução, adução, rotação interna e

externa de quadril, flexão e extensão de joelho, flexão e extensão dos dedos,

dorsiflexão, flexão plantar, inversão e eversão do tornozelo, mobilização de quadril e

tornozelo. Finalizou a conduta sem intercorrências. No mesmo dia foi retirada a

sedação.

11/04/2018

Paciente consciente, glasgow de 15 apresentando seguintes sinais vitais FC: 72

bpm, PA: 131x78 mmHg, SPO2: 98%, FiO2= 21% ar ambiente, FR= 16 irpm.

Conduta: Paciente consciente estava em decúbito dorsal, foi posicionado em

sedestação a beira leito e realizados alongamentos ativo de MMSS, flexão,

extensão, abdução, adução de ombro, flexão e extensão de cotovelo, flexão e

extensão de punho e dedos, desvio radial e ulnar do punho, mobilização ativa de

ombro e punho, uma série de 10 repetições com pausa de 30 segundos em todas as

articulações, utilizou a bola suíça para auxiliar no movimento. Foi solicitado ao a

realização dos exercícios de MMII, flexão, extensão, abdução, adução, rotação

interna e externa de quadril, flexão e extensão de joelho, flexão e extensão dos

dedos, dorsiflexão, flexão plantar, inversão e eversão do tornozelo, mobilização de

quadril e tornozelo de forma ativa com uso da bola suíça e o cicloergométrico

durante 10 minutos. Finalizou a conduta sem intercorrências.

12/04/2018

Paciente havia recebido alta no dia 11 de abril no período vespertino.

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Paciente G

11/04/2018

Paciente feminina, consciente, 77 anos, internado no dia 10/04/2018 (15-45)h,

diagnóstico de AVE isquêmico, escara infectada, HMP= HAS, DM, chagásica, AVE

isquêmico prévio, deslocamento de retina direita, foi verificado os sinais vitais, FC:

90, PA: 110x73 mmHg, SPO2: 98%, FR= 22, sedação: Noradrenalina= 12,

ventilação espontânea com cateter nasal de 2 L/min. No protocolo de FRANÇA et al.

2012 o paciente se apresenta no nível 1.

Conduta: Paciente consciente estava em decúbito lateral, foi posicionado em

decúbito dorsal e realizados alongamentos passivos de MMSS, flexão, extensão,

abdução, adução de ombro, flexão e extensão de cotovelo, flexão e extensão de

punho e dedos, desvio radial e ulnar do punho, mobilização passiva de ombro e

punho, uma série de 10 repetições com pausa de 30 segundos em todas as

articulações. Para os MMII, flexão, extensão, abdução, adução, rotação interna e

externa de quadril, flexão e extensão de joelho, flexão e extensão dos dedos,

dorsiflexão, flexão plantar, inversão e eversão do tornozelo, mobilização de quadril e

tornozelo. Finalizou a conduta sem intercorrências.

13/04/2018

Paciente consciente, glasgow de 15 apresentando seguintes sinais vitais FC: 78

bpm, PA: 108x75 mmHg, SPO2: 98%, FiO2= 21% ar ambiente, afebril, sedação=

nora: 5.

Conduta: Paciente consciente estava em decúbito dorsal, foi realizados

alongamentos passivos de MMSS, flexão, extensão, abdução, adução de ombro,

flexão e extensão de cotovelo, flexão e extensão de punho e dedos, desvio radial e

ulnar do punho, mobilização passiva de ombro e punho, uma série de 10 repetições

com pausa de 30 segundos em todas as articulações. Foi realizado dos exercícios

de MMII, flexão, extensão, abdução, adução, rotação interna e externa de quadril,

flexão e extensão de joelho, flexão e extensão dos dedos, dorsiflexão, flexão plantar,

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inversão e eversão do tornozelo, mobilização de quadril e tornozelo de forma

passiva 1 série de 10 repetições. Finalizou a conduta sem intercorrências.

14/04/2018

Paciente consciente, glasgow de 13 apresentando seguintes sinais vitais FC: 87

bpm, PA: 107x85 mmHg, SPO2: 99%, FiO2= 21% ar ambiente, afebril, FR: 23 irpm

Conduta: Paciente consciente estava em decúbito dorsal, foi realizados

alongamentos passivos de MMSS, flexão, extensão, abdução, adução de ombro,

flexão e extensão de cotovelo, flexão e extensão de punho e dedos, desvio radial e

ulnar do punho, mobilização passiva de ombro e punho, uma série de 10 repetições

com pausa de 30 segundos em todas as articulações. Foi realizado dos exercícios

de MMII, flexão, extensão, abdução, adução, rotação interna e externa de quadril,

flexão e extensão de joelho, flexão e extensão dos dedos, dorsiflexão, flexão plantar,

inversão e eversão do tornozelo, mobilização de quadril e tornozelo de forma

passiva uma série de 10 repetições. Finalizou a conduta sem intercorrências.

15/04/2018

Paciente consciente, glasgow de 15 apresentando seguintes sinais vitais FC: 88

bpm, PA: 135x93 mmHg, SPO2: 97%, FiO2= 21% ar ambiente, afebril.

Conduta: Paciente consciente estava em decúbito lateral esquerda, foi posicionada

em decúbito dorsal e realizados alongamentos passivos de MMSS, flexão, extensão,

abdução, adução de ombro, flexão e extensão de cotovelo, flexão e extensão de

punho e dedos, desvio radial e ulnar do punho, mobilização passiva de ombro e

punho, uma série de 10 repetições com pausa de 30 segundos em todas as

articulações. Foi realizado dos exercícios de MMII, flexão, extensão, abdução,

adução, rotação interna e externa de quadril, flexão e extensão de joelho, flexão e

extensão dos dedos, dorsiflexão, flexão plantar, inversão e eversão do tornozelo,

mobilização de quadril e tornozelo de forma passiva uma série de 10 repetições.

Após a conduta foi posicionada a paciente em decúbito lateral direito com elevação

de cabeceira. Finalizou a conduta sem intercorrências.

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16/04/2018

Paciente recebeu alta neste dia.

Paciente H

12/04/2018

Paciente feminina, 71 anos, internado no dia 05/04/2018(06/00) h, diagnóstico de

sepse foco pulmonar, choque misto (septo mais cardiogênico), IRA, PAC/ICC

descompensada, tendo como doença de base: HAS, DM, obesidade, FA crônico,

Rass= -5 foram verificados os sinais vitais, FC: 114, PA: 111x54 mmHg, SPO2: 97%,

sedação: Midazolam= 10; Fentanil= 10; Noradrenalina= 13, diazepam= 7.

Parâmetros ventilatórios: paciente intubado no TOT dia 03/04/2018, ventilação

mecânica no modo PCV, FiO2= 100%, FR= 18 irpm, PEEP=15, Corte/Sensibilidade=

0.0, nível TOT= 23, P pico= 24, Vol. Inp.=559, Vol exp.= 380, I:E= 1:1.1, fluxo= 0,9,

PSV/P ins= 22, VM= 8,4. No protocolo de FRANÇA et al. 2012 o paciente se

apresenta no nível 1.

Conduta: Paciente inconsciente encontrava em decúbito dorsal, foram realizados

alongamentos passivos de MMSS, flexão, extensão, abdução, adução de ombro,

flexão e extensão de cotovelo, flexão e extensão de punho e dedos, desvio radial e

ulnar do punho, uma série de 10 repetições com pausa de 30 segundos em todas as

articulações. Para os MMII, exercícios passivos de flexão, extensão, abdução,

adução, rotação interna e externa de quadril, flexão e extensão de joelho, flexão e

extensão dos dedos, dorsiflexão, flexão plantar, inversão e eversão do tornozelo,

mobilização de quadril e tornozelo. Finalizou a conduta sem intercorrências.

13/04/18

Paciente hemodinamicamente instável.

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14/04/18

Não foi possível realizar a conduta, paciente foi á óbito.

Paciente I

12/04/2018

Paciente masculino, 61 anos, internado no dia 11/04/2018(15/45) h, diagnóstico de

pós-operatório PCR, taquiarritmia revertida, tendo como doença de base: chagas,

Rass= -5, Foram verificados os sinais vitais, FC: 53, PA: 93x48 mmHg, SPO2: 98%,

sedação: Noradrenalina= 2, diazepam= 10. Parâmetros ventilatórios: paciente

intubado no TOT dia 11/04/2018, ventilação mecânica no modo PSV, FiO2= 30%,

FR= 18 irpm, PEEP=7, Corte/Sensibilidade= 2.0, nível TOT= 23, P pico= 17, Vol

exp.= 370, I:E= 1:2.7, fluxo= 0,9, PSV/P ins= 10, VM= 5,8,. No protocolo de

FRANÇA et al. 2012 o paciente se apresenta no nível 1.

Conduta: Paciente inconsciente encontrava em decúbito dorsal, foram realizados

alongamentos passivos de MMSS, flexão, extensão, abdução, adução de ombro,

flexão e extensão de cotovelo, flexão e extensão de punho e dedos, desvio radial e

ulnar do punho, uma série de 10 repetições com pausa de 30 segundos em todas as

articulações. Para os MMII, exercícios passivos de flexão, extensão, abdução,

adução, rotação interna e externa de quadril, flexão e extensão de joelho, flexão e

extensão dos dedos, dorsiflexão, flexão plantar, inversão e eversão do tornozelo,

mobilização de quadril e tornozelo. Finalizou a conduta sem intercorrências.

13/04/2018

Paciente com Rass de -5 apresentando seguintes sinais vitais FC: 95, PA: 160x90

mmHg, SPO2: 98%, sedação: Noradrenalina= 5, Diazepam= 25. Parâmetros

ventilatórios: modo PSV, FiO2= 30%, FR= 18 irpm, VM= 3.6, Corte/Sensibilidade=

2.0, nível TOT= 24, P pico= 18, PEEP= 7, fluxo= 0,9, I:E= 1:2.9, VC insp.=440, VC

exp.= 290.

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Conduta: Paciente inconsciente estava em decúbito lateral, foi posicionado em

decúbito dorsal e realizados alongamentos passivos de MMSS, flexão, extensão,

abdução, adução de ombro, flexão e extensão de cotovelo, flexão e extensão de

punho e dedos, desvio radial e ulnar do punho, mobilização passiva de ombro e

punho, uma série de 20 repetições com pausa de 30 segundos em todas as

articulações. Para os MMII, flexão, extensão, abdução, adução, rotação interna e

externa de quadril, flexão e extensão de joelho, flexão e extensão dos dedos,

dorsiflexão, flexão plantar, inversão e eversão do tornozelo, mobilização de quadril e

tornozelo. Finalizou a conduta sem intercorrências.

14/04/2018

Não foi possível realizar a mobilização o paciente estava muito agitado.

15/04/2018

Paciente com glasgow de 13 apresentando seguintes sinais vitais FC: 58, PA:

182x76 mmHg, SPO2: 98% com máscara de venturi de 50%.

Conduta: Paciente consciente estava em decúbito dorsal foi realizados

alongamentos passivos de MMSS, flexão, extensão, abdução, adução de ombro,

flexão e extensão de cotovelo, flexão e extensão de punho e dedos, desvio radial e

ulnar do punho, mobilização passiva de ombro e punho, uma série de 20 repetições

com pausa de 30 segundos em todas as articulações. Para os MMII, flexão,

extensão, abdução, adução, rotação interna e externa de quadril, flexão e extensão

de joelho, flexão e extensão dos dedos, dorsiflexão, flexão plantar, inversão e

eversão do tornozelo, mobilização de quadril e tornozelo. Finalizou a conduta sem

intercorrências.

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Paciente J

18/04/2018

Paciente feminina, 50 anos, internado no dia 17/04/2018(16/40) h, diagnóstico de

HAS de difícil controle, DRC dialética agudizada e síndrome urêmica, tendo como

doença de base: HAS, epilepsia, esquizofrenia e IRC. glasgow= 15, Foram

verificados os sinais vitais, FC: 93, PA: 121x64 mmHg, SPO2: 98%, FR= 18 irpm,

ventilação ar ambiente. No protocolo de FRANÇA et al. 2012 o paciente se

apresenta no nível 1.

Conduta: Paciente consciente encontrava em decúbito dorsal, foram realizados

alongamentos passivos de MMSS, flexão, extensão, abdução, adução de ombro,

flexão e extensão de cotovelo, flexão e extensão de punho e dedos, desvio radial e

ulnar do punho, uma série de 10 repetições com pausa de 30 segundos em todas as

articulações. Para os MMII, exercícios passivos de flexão, extensão, abdução,

adução, rotação interna e externa de quadril, flexão e extensão de joelho, flexão e

extensão dos dedos, dorsiflexão, flexão plantar, inversão e eversão do tornozelo,

mobilização de quadril e tornozelo. Finalizou a conduta sem intercorrências.

Paciente K

18/04/2018

Paciente feminino, 73 anos, internado no dia 17/04/2018, diagnóstico de ICC

descompensado, tendo como doença de base: HAS, DM, ICC, FA crônica, TEP, sd.

Cushing, glasgow= 15, foram verificados os sinais vitais, FC: 120, PA: 141x100

mmHg, SPO2: 97% usando cateter nasal de 3l/min. No protocolo de FRANÇA et al.

2012 o paciente se apresenta no nível 3.

Conduta: Paciente consciente encontrava em decúbito dorsal, foram realizados

alongamentos ativos de MMSS, flexão, extensão, abdução, adução de ombro, flexão

e extensão de cotovelo, flexão e extensão de punho e dedos, desvio radial e ulnar

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do punho, uma série de 6 repetições com pausa de 30 segundos em todas as

articulações. Para os MMII, exercícios ativo- assistido de flexão, extensão, abdução,

adução, rotação interna e externa de quadril, flexão e extensão de joelho, flexão e

extensão dos dedos, dorsiflexão, flexão plantar, inversão e eversão do tornozelo,

mobilização de quadril e tornozelo. Finalizou a conduta sem intercorrências.

19/04/2018

Paciente com glasgow= 15, foram verificados os sinais vitais, FC: 103, PA: 144x90

mmHg, SPO2: 98% usando cateter nasal de 1l/min, FR=16, sedação= tridil: 15.

Conduta: Paciente consciente encontrava em decúbito dorsal foi posicionado em

sedestação beira leito e realizado alongamentos ativos de MMSS, flexão, extensão,

abdução, adução de ombro, flexão e extensão de cotovelo, flexão e extensão de

punho e dedos, desvio radial e ulnar do punho, uma série de 10 repetições com

pausa de 30 segundos em todas as articulações. Para os MMII, exercícios ativo-

assistido de flexão, extensão, abdução, adução, rotação interna e externa de quadril,

flexão e extensão de joelho, flexão e extensão dos dedos, dorsiflexão, flexão plantar,

inversão e eversão do tornozelo, mobilização de quadril e tornozelo. Finalizou a

conduta sem intercorrências.

20/04/2018

Paciente com glasgow= 15 foram verificados os sinais vitais, FC: 89, PA: 153x101

mmHg, SPO2: 93% ventilação ar ambiente, FR=18, sedação= tridil: 10.

Conduta: Paciente consciente encontrava em sedestação na poltrona onde foi

realizado alongamentos ativos de MMSS, flexão, extensão, abdução, adução de

ombro, flexão e extensão de cotovelo, flexão e extensão de punho e dedos, desvio

radial e ulnar do punho, 2 séries de 10 repetições com pausa de 30 segundos em

todas as articulações. Para os MMII, exercícios ativo- assistido de flexão, extensão,

abdução, adução, rotação interna e externa de quadril, flexão e extensão de joelho,

flexão e extensão dos dedos, dorsiflexão, flexão plantar, inversão e eversão do

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tornozelo, mobilização de quadril e tornozelo. Finalizou a conduta sem

intercorrências.

22/04/2018

Paciente com glasgow= 15 foram verificados os sinais vitais, FC: 66, PA: 205x120

mmHg, SPO2: 90% usando cateter nasal de 1l/min, FR=19.

Conduta: Paciente consciente encontrava em sedestação na poltrona durante 1hora,

logo após foi realizado alongamentos ativos ainda em sedestação de MMSS, flexão,

extensão, abdução, adução de ombro, flexão e extensão de cotovelo, flexão e

extensão de punho e dedos, desvio radial e ulnar do punho, 1 séries de 15

repetições com pausa de 30 segundos. Para os MMII uma série de 10, exercícios

ativo- assistido de flexão, extensão, abdução, adução, rotação interna e externa de

quadril, flexão e extensão de joelho, flexão e extensão dos dedos, dorsiflexão, flexão

plantar, inversão e eversão do tornozelo, mobilização de quadril e tornozelo. Após a

conduta posicionou a paciente no leito em decúbito dorsal com elevação de

cabeceira. Finalizou a conduta sem intercorrências.

24/04/2018

Paciente com glasgow= 15 foram verificados os sinais vitais, FC: 75, PA:

159x92mmHg, SPO2: 94% usando cateter nasal de 1l/min.

Conduta: Paciente consciente encontrava em decúbito dorsal onde foi realizado

alongamentos ativos de MMSS, flexão, extensão, abdução, adução de ombro, flexão

e extensão de cotovelo, flexão e extensão de punho e dedos, desvio radial e ulnar

do punho, 1 séries de 10 repetições com pausa de 30 segundos em todas as

articulações. Para os MMII, exercícios ativo- assistido de flexão, extensão, abdução,

adução, rotação interna e externa de quadril, flexão e extensão de joelho, flexão e

extensão dos dedos, dorsiflexão, flexão plantar, inversão e eversão do tornozelo,

mobilização de quadril e tornozelo. Finalizou a conduta sem intercorrências.

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25/04/2018

Paciente recebeu alta no dia 24/04/2018 no período vespertino.