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1 FACULDADES INTEGRADAS PROMOVE DE BRASÍLIA TBALHADO DE CONCLUSÃO DO CURSO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL COM HABILITAÇÃO EM JORNALISMO WESLEY DE ALMEIDA BRAGA REPORTAGEM ESPECIAL- UMA LUZ SOBRE O PROBLEMA SUBTÍTULO TEMPOS DE CRISE NA CEB

FACULDADES INTEGRADAS PROMOVE DE BRASÍLIA …nippromove.hospedagemdesites.ws/anais_simposio/arquivos_up/... · 5.1 AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA ... para converter os impulsos

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FACULDADES INTEGRADAS PROMOVE DE BRASÍLIA

TBALHADO DE CONCLUSÃO DO CURSO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL

COM HABILITAÇÃO EM JORNALISMO

WESLEY DE ALMEIDA BRAGA

REPORTAGEM ESPECIAL- UMA LUZ SOBRE O PROBLEMA

SUBTÍTULO

TEMPOS DE CRISE NA CEB

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BRASÍLIA, JULHO DE 2015

WESLEY BRAGA

AUTOR: WESLEY BRAGA

TÍTULO DO TRABALHO: Uma luz sobre o problema: tempos de crise na CEB

GRAU/ANO: 7ª semestre/ 2015

É concedido às Faculdades ICESP/Promove de Brasília a permissão para

reproduzir cópias deste trabalho acadêmico de conclusão de curso ou emprestá-las

somente para propósitos acadêmicos e científicos.

Ao autor reservam-se outros direitos de publicação.

Wesley Braga

wesleybraga.utopia @gmail.com

WESLEY BRAGA

REPORTAGEM ESPECIAL- UMA LUZ SOBRE O PROBLEMA: TEMPOS DE

CRISE NA CEB

Memorial descritivo apresentado como trabalho de conclusão do curso Jornalismo, das

Faculdades Icesp/Promove de Brasília

Orientador(a) Profº. Romoaldo de Souza

Faculdades Icesp/Promove de Brasília

3

Avaliador: Francisco Paula Lima Júnior

Faculdades Icesp/Promove de Brasília

Avaliador: Luiz Reis

Faculdades Icesp/Promove de Brasília

RESUMO

O presente trabalho de conclusão de curso mostra, por meio de uma reportagem

especial de dez minutos, os problemas que afetam a qualidade dos serviços oferecidos

pela Companhia Energética de Brasília (CEB), que está entre as treze piores Brasil, em

um universo de 64, segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica. Neste, vamos

abordar as frequentes faltas de energia entre 2012 e 2014- foram pelo menos 12 vezes

no ano passado-, apontar os problemas e possíveis soluções. Além de tratar da atual

situação financeira da companhia, que corre risco de intervenção da Aneel.

Palavras chave: reportagem- CEB- energia elétrica- piores- país

4

ABSTRACT

This Course Conclusion Paper shows in a 10 minutes special report, the

problems that affect the quality of the services offered by the Companhia Energética de

Brasília (CEB), which is among the worst thirteen companies in Brazil, comparing to a

universe of 64, according to the Agência Nacional de Energia Elétrica. Here we are

showing the frequent power outages between 2012 and 2014- it happened at least 12

times last year-, pointing the problems and possible solutions. Beyond that, we deal

with the current financial situation of the company, that runs the risk of an intervention

by Aneel.

Keywords: Report - CEB – Electric Power – Worst - Country

5

AGRADECIMENTOS

Agradeço a todos os que acreditaram na minha capacidade de levar adiante o

sonho de tornar-me jornalista. Agradeço à minha mãe, Regina Gomes de Almeida, pela

força e apoio de sempre. Ao professor Romoaldo de Souza, meu orientador e inspiração

diária como jornalista. Aos colegas de trabalho da rádio Band News FM. Especialmente

ao Ivan Brandão, que fez nascer a ideia desta reportagem especial. Agradeço a todos

que participaram direta ou indiretamente desta especial. A cada fonte, personagem e

também aos colegas assessores de imprensa que foram indispensáveis no contato com

entrevistados.

Wesley de Almeida Braga

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SUMÁRIO

RESUMO ---------------------------------------------------------------------------------- 3

ABSTRACT ------------------------------------------------------------------------------- 4

1. INTRODUÇÃO ----------------------------------------------------------------------- 7

2 JUSTIFICATIVA --------------------------------------------------------------------- 7

3 OBJETIVOS GERAIS --------------------------------------------------------------- 7

3.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ------------------------------------------------------- 8

4. REFERENCIAL TEÓRICO ------------------------------------------------------- 8

4.1 DEFININDO O RÁDIO ------------------------------------------------------------- 8

4.2 A ORIGEM DO RÁDIO ------------------------------------------------------------ 9

4.3 O RÁDIO NO BRASIL ------------------------------------------------------------- 10

4.4 All News ------------------------------------------------------------------------------ 11

4.5 Talk News ---------------------------------------------------------------------------- 12

5 COMPANHIA ENERGÉTICA DE BRASÍLIA --------------------------------- 12

5.1 AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA -------------------------- 13

6 METODOLOGIA --------------------------------------------------------------------- 13

7 FINALIZAÇÃO DO PROGRAMA ----------------------------------------------- 14

8 ENTREVISTA------------------------------------------------------------------------- 14

9 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ----------------------------------------------- 15

9.1 REFERÊNCIA NA INTERNET -------------------------------------------------- 15

9.2 LEGISLAÇÃO CONSULTADA ------------------------------------------------- 15

10 ANEXO -------------------------------------------------------------------------------- 16

10.1 ROTEIRO --------------------------------------------------------------------------- 19

11 CONSIDERAÇÕES FINAIS ------------------------------------------------------ 25

7

PROBLEMA DA PESQUISA

O que faz da Companhia Energética de Brasília uma das treze piores do Brasil

em um universo de 64? Que medidas podem ser adotadas para resolver o problema?

Este produto se destina, principalmente, ao público que consome grande volume

de informação. Portanto, rádios all news (só notícia) são canais onde a referida

reportagem melhor se encaixa. Contudo, por se tratar de um veículo dinâmico, outras

estações que mesclem a difusão de conteúdos musicais, noticiosos e debates (talk and

news) são canais bem vindos para reproduzir este material. Nesta matéria entrevistamos

especialistas em engenharia elétrica, representantes de sindicatos e consumidores

afetados pelo problema. Tais fontes nos deram um panorama sobre a situação da CEB e

juntos apontaram soluções.

O rádio foi escolhido pela linguagem de fácil compreensão e por sua

dinamicidade.

1 INTRODUÇÃO

O presente trabalho de conclusão de curso visa mostrar, por meio de uma

reportagem especial de dez minutos, a ser veiculada em rádios all news e talk and news,

os problemas que afetam a qualidade dos serviços oferecidos pela Companhia

Energética de Brasília. O foco é abordar as frequentes faltas de energia entre 2012 e

2014- foram ao menos 12 grandes interrupções no ano passado-, apontar os problemas e

possíveis soluções. Além de tratar da atual situação financeira da Companhia, que corre

risco de intervenção pela Aneel.

2 JUSTIFICATIVA

A relevância do tema e a afinidade do autor com a radiodifusão por si só já

justificariam a escolha. Mas há outros fatores, como o desafio de produzir uma

reportagem especial para o rádio. A inexistência de imagens torna a transmissão da

mensagem ao receptor (ouvinte) um desafio. Isso no sentido de prender a atenção. O

interesse público das informações veiculadas neste produto também é um incentivo.

3 OBJETIVOS GERAIS

Mostrar os problemas que afetam a qualidade dos serviços oferecidos pela

Companhia Energética de Brasília- CEB.

Abordar as frequentes faltas de energia elétrica na capital do País entre 2012 e

2014- foram ao menos 12 grandes interrupções ao longo do ano passado.

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Mostrar os prejuízos de quem sofre com as quedas de energia: consumidores

residenciais, empresários, comerciantes.

Apontar soluções para sanar as dificuldades.

3.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Entrevistar um engenheiro elétrico para analisar e apontar as soluções dos

problemas levantados.

Gravar entrevista com consultores para tratar do setor elétrico do país e de

Brasília.

Entrevistar um diretor do Sindicato dos Urbanitários de Brasília para avaliar a

falta de investimento da CEB no setor.

Entrevistar um economista para abordar os impactos na economia do DF

causados por quedas no fornecimento de eletricidade.

Visitar regiões administrativas onde há problemas de falta de energia para

entrevistar pessoas e empresários afetados pelo problema.

4. REFERENCIAL TEÓRICO

Este trabalho é baseado em artigos e livros sobre rádio; a história da CEB, leis e

relatórios de órgãos tanto reguladores como fiscalizadores. Entrevistas com especialistas

em energia elétrica, economia, consultores, sindicatos e o consumidor ajudaram a dar

forma a esta reportagem.

4.1 DEFININDO O RÁDIO

Antes de qualquer definição técnica a cerca deste veículo, cabe dizer que ele é,

acima de tudo, dinâmico, democrático e veloz. O rádio é um sistema de comunicação

que transmite dados e informações codificadas em sinal eletromagnético que se propaga

através do espaço. Sintonizar o rádio em uma estação só é possível graças a essa onda

eletromagnética por meio do processo chamado modulação.

O rádio oferece proximidade e intimidade, portanto, verossimilhança. Credibilidade. Dez pessoas

podem ouvir juntas uma mesma mensagem radiofônica, mas ela será apreendida

individualmente, como manifestação pessoal (...) Essa é uma das suas vantagens intrínsecas,

razão pela qual MacLuhan considera o rádio como um meio ‘quente’, ao contrário da TV que,

para ele, é ‘fria’ (...) (OBSERVATÓRIO DA IMPRENSA, apud PRADO, 2012, p. 25).

Há quatro tipos de modulação. AM, FM, Ondas Curtas e Ondas Tropicais. A de

Amplitude Modulada (AM) e Frequência Modulada (FM) são as que interessam neste

9

trabalho porque é através delas que a maioria das rádios funciona. A AM é transmitida

em frequências que variam de 525kHz a 1.720kHz. Ela caracteriza-se por uma

qualidade de som inferior à das estações FM. Isso ocorre porque seus receptores sofrem

interferência de fenômenos naturais, como raios. Já a FM é a transmissão por

modulação da frequência das ondas. Apesar da qualidade superior às emissoras AM, seu

alcance é limitado a um raio de no máximo 150 quilômetros. Opera em 87,5mHz a

108mHz.

Os sistemas de radiocomunicações são formados por dois elementos básicos. O

transmissor, composto por um gerador de oscilações, que converte a corrente elétrica

em oscilações de uma determinada frequência de rádio; um transdutor que converte a

informação a ser transmitida em impulsos elétricos equivalentes a cada valor e um

modulador, que controla as variações na intensidade da oscilação ou na frequência da

onda portadora, sendo efetuada em níveis baixo ou alto.

O outro é o receptor. Que tem como elementos principais a antena para capturar

as ondas eletromagnéticas e transformá-las em movimentos elétricos. Um alto-falante

para converter os impulsos em ondas sonoras.

4.2. ORIGEM DO RÁDIO

O rádio tornou-se possível depois da evidenciação das ondas eletromagnéticas.

O invento é fruto de sucessivas descobertas de diferentes cientistas, principalmente de

um brasileiro. Porém, esse é assunto para mais adiante. Antes de chegar a essa

controvérsia vamos olhar para trás.

O ano era 1887. Partindo da teoria matematicamente comprovada do físico

escosês James Clerk Maxwell (1831-1879), na qual atestava a existência de ondas

eletromagnéticas, o jovem alemão Heinrick Rudolf Hertz (1857-1894) demonstrou a

existência de tais ondas. Maxwell havia morrido vinte e três anos antes sem comprovar

a tese. A descoberta também inspirou outro nome importante para a história do invento.

Guglielmo Marconi (1874 – 1937). Ele Estudou as chamadas “onde hertzianas”,

batizadas em homenagem a seu descobridor, onde verificou o princípio da antena. A

partir daí tornou-se viável a radiotelegrafia ou telegrafia sem fio. Pela qual são

transmitidas mensagens através do espaço por meio do código Morse.

Reynaldo Tavares sentencia em seu livro, “Histórias que o Rádio Não Contou”,

que a transmissão, em 1901, de uma competição de regata por Marconi em código

Morse foi um dos primeiros passos da radiodifusão. “Aquela experiência obteve o maior

êxito e serviu para chamar a atenção para as possibilidades comerciais do telégrafo sem

fio. Era a radiodifusão que começava a dar seus primeiros passos.”

O código Morse foi desenvolvido pelo criador do telégrafo elétrico, Samuel

Morse (1791 – 1872) , em 1835. É um sistema de representação de letras, números e

sinais de pontuação através de um sinal codificado enviado intermitentemente.

10

Com a experiência de Marconi aumentou ainda mais o interesse de cientistas

pelo tema. A partir daí seguiram-se outros aperfeiçoamentos.

Em 1908, os físicos de todo o mundo travaram lutas sem tréguas para o seu

aperfeiçoamento. Joseph Thompson, Thomas Alva Edson, Lee de Forest, John Ambrose

Fleming e Erving Langmuir construíram as primeiras válvulas. Os cientistas da Bell

Telephone System apresentaram com sucesso a primeira válvula amplificadora,

transmitindo do alto da Torre Eiffel, em Paris, uma programação sonora que foi ouvida

da cidade de Marselha (TAVARES, 1999, p. 21)

Desde o nascimento do rádio, a invenção foi atribuída ao cientista

Guglielmo Marconi. Porém, há uma controvérsia sobre essa informação. Italiano de

Bolonha, Marconi foi o primeiro a realizar, em 1896, a transmissão de mensagens por

meio do código Morse. Dois anos antes, em 1894, o brasileiro padre Landell de Moura

(1861– 1928) já havia feito experimentos no campo da radiodifusão. Um detalhe: o seu

invento não transmitia apenas sinais telegráficos, caso do de Marconi, mas sim a voz

humana a distância, sem fios, através de ondas eletromagnéticas. Marconi registrou

patente naquele mesmo ano. Landell de Moura conseguiu somente em 1904.

Há diferenças nas invenções dos dois cientistas. Marconi conseguiu a transmissão de sinais

telegráficos, sem fio, em código Morse, denominado radiotelegrafia. No início do século XX,

conseguiu a transmissão com voz humana. Já Landell foi pioneiro na transmissão a distância,

sem fios, da voz humana, por meio das ondas eletromagnéticas. ( PRADO, 2012, p. 27).

O padre Landell de Moura nasceu em Porto Alegre (RS), em 1861. Mudou-se

para Roma, onde matriculou-se em 22 de março de 1878 no Colégio Pio Americano e

na Universidade Gregoriana. Estudou física e química naquela universidade. Foi

também em Roma que Landell concluiu a formação eclesiástica, formando-se em

Teologia. Foi então ordenado sacerdote em 1886.

Para o historiador Hamilton de Almeida, o padre gaúcho foi o pioneiro na

transmissão da fala a distância.

A comunicação sem fio só veio no finalzinho do século 19. Marconi fez sua experiência

pioneira em 1895 na Itália. É discutível se o Landell fez antes ou não. Mas não se tem

certeza se o Landell fezantes de 1895, as suas primeiras experiências. Agora, o fato se

Marconi tem essa data, como o telégrafo sem fio, transmissão de sinais a distância,

depois aparece o Landell transmitindo não só sinais, mas a voz humana a distância, que

na época chamava telefonia sem fio, que é o rádio tal qual nós conhecemos

(ALMEIDA, 2011. Doc. TV Senado, depoimento).

4.3 O RÁDIO NO BRASIL

11

A primeira transmissão radiofônica no Brasil ocorreu durante a inauguração da

Exposição do Centenário da Independência, em 7 de Setembro de 1922, na cidade do

Rio Janeiro. A empresa norte americana Westinghouse Eletric foi a responsável por

apresentar aos brasileiros a radiofonia. Nesta ocasião, o discurso do então presidente da

República, Dr. Epitácio Pessoa, foi ouvido pelo grande público através de um sistema

de “Telefone Alto-Falante”. Executada a dezenas de metros dali, direto do Teatro

Municipal, a ópera O Guarani, de Carlos Gomes, também foi transmitida como parte do

evento.

Apesar da demonstração, inicialmente poucas pessoas se interessaram pela

radiotelefonia. Durante vários dias as transmissões de eventos no Teatro Municipal

continuaram, mas iniciativas para levar o projeto adiante.

Um ano após o evento, surge a primeira emissora de rádio do Brasil, fundada pelo

cientista Henrique Morize (1860 – 1930) e o escritor Edgar Roquette Pinto (1884 –

1954), considerado o pai da radiodifusão brasileira. A Sociedade Rádio do Rio de

Janeiro tinha como objetivo principal disseminar a cultura literária no país. As primeiras

estações funcionavam como um clube restrito e eram mantidas por associados, daí o

nome sociedade ou clube.

Era uma espécie de circuito fechado, de uma confraria de poucos eleitos, que

vagarosamente começou a aceitar mais pessoas e terminou, mais de dez anos depois,

abrindo suas portas para uma participação mais popular (TAVARES, 1999, p.53).

Em 1930 o rádio comercial começa a dar seus primeiro passos, mudando

totalmente a forma de organização das emissoras. Até então o setor não possuía

regulamentação alguma. No ano de 1931 o então presidente da República, Getúlio

Vargas, baixou o Decreto-Lei nº 21.111, de 1ª de março de 1932, que autorizava a

veiculação de propaganda pelo rádio. A medida pretendia fazer com que as emissoras se

sustentassem, mas houve uma verdadeira reviravolta na radiodifusão.

A introdução de mensagens publicitárias provocou uma verdadeira metamorfose no

veículo, que até então era erudito, instrutivo, ‘cultural’; parecia transformá-lo em

popular órgão de lazer e diversão. Logo surgiram as polêmicas: O rádio deve educar o

povo ou difundir formas inferiores de músicas, como o samba e outros gêneros do

folclore? E os ‘reclames’ ( anúncios) que insultam a inteligência do ouvinte ?! Não se

pode reproduzi-los?! (TAVARES, 1999, p.p. 55 e 56).

Vista inicialmente como uma brincadeira, a radiofusão tornou-se um forte

veículo de comunicação, que tem exerce poder decisivo nos campos social e político.

4.4 All News

12

Uma definição abrasileirada para o termo seria “somente notícia”. A expressão,

assim como boa parte dos vocabulários no jornalismo brasileiro, foi importada dos

Estados Unidos. Já na Década de 1980 o modelo all news estava consolidado no país

norte americano. Por aqui, a primeira experiência foi na rádio JB do Rio de Janeiro, em

meados de 1983.

Na década de 1970, um novo estilo para transmissão de notícias nas rádios AM começa

a ser disseminado nos Estados Unidos, a fim de fazer frente à concorrência cada vez

mais acentuada rádios FM. (...) [No Brasil,] de 1980 a 1983, a Rádio JB AM procurou

introduzir, junto ao ouvinte, um novo hábito: ouvir notícias sucessivas durante a maior

parte do dia (MOREIRA, 1985, p.113, apud PRADO, 2012, p. 43).

Contudo, para o jornalista Milton Jung o modelo só foi implantado de fato no

Brasil em 1991.

O sistema de jornalismo em tempo integral, dentro do conceito americano, foi

introduzido no rádio brasileiro apenas com a chegada da Central Brasileira de Notícias,

do Sistema Globo de Rádio. Em 1991, a Excelsior de São Paulo e a Eldorado do Rio

transformaram-se em CBN. Nos primeiros meses, a versão carioca da emissora ainda

executava músicas em meio aos programas jornalísticos, enquanto a paulista aboliu a

prática desde o início (JUNG, 2004, p.44).

A primeira a adotar o formato no mundo foi a rádio EXTRA, de Tijuana, no

México, em meados de 1970. O empresário Gordon McLendon, também pioneiro na

experiência de veicular rock 24 horas por dia, foi o responsável por transformar a

EXTRA em all news.

Como exemplo de rádios all news no Brasil temos a Central Brasileira de

Notícia, CBN, que é transmitida em frequência modulada, e também a BandNews FM.

4.5 Talk and News

A divulgação de notícias no rádio brasileiro sempre foi uma constante. Mas não

durante toda programação, como nos Estados Unidos. No Brasil, boa parte das rádios

mesclam em sua programação músicas, informações de interesse público e entrevistas.

Esse modelo é conhecido como talk and news. Nas rádios brasileiras o formato foi

adaptado para se encaixar na realidade das empresas e atender ao interesse do público,

de acordo com o jornalista Milton Jung.

Não havia música [nas rádios estadunidenses], mas os programas eram do estilo talk

show, com muita entrevista e pouca reportagem, ou, como seus próprios diretores

definiram certa vez, usavam o modelo talk and news (JUNG, 2004, p.43).

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Os dois formatos são consequência de um processo de especialização em busca

de público, de um nicho no mercado. Graças a isso, hoje o ouvinte tem a seu dispor

estações específicas em música sertaneja, MPB, rock, jazz e também jornalismo.

A exemplo de rádios talk and news podemos citar a Jovem Pan, que executa

músicas, mas traz informações sobre trânsito, notícias em geral e realiza entrevistas.

5 COMPANHIA ENERGÉTICA DE BRASÍLIA

A Companhia Energética de Brasília Distribuição S/A integra um grupo

empresarial formado por oito empresas que atuam em vários ramos de energia. Entre

elas, estão a CEB LAJEADO S/A, CEB GÁS S/A, ENERGÉTICA e CORUMBÁ III

S/A. Essas são corporações subsidiárias integrais- a distribuidora aqui analisada o é-, e

também corporações coligadas. Segundo a Lei 6.404/1964, que regulamenta as

sociedades por ações, subsidiárias integrais são as empresas que têm como única

acionista (proprietária) uma pessoa jurídica, por sua fez é formada por outras pessoas

físicas (acionistas). Já corporações coligadas são aquelas vinculadas a uma ou mais

empresas sujeitas à mesma relação de controle, integrantes do mesmo grupo econômico.

Inicialmente batizada de Companhia de Eletricidade de Brasília - CEB, ela

substituiu o “Departamento de Força e Luz da Novacap” e foi criada em 16 de

dezembro de 1968. Durante os anos da construção da capital do país a energia usada era

adquirida de maneira improvisada, seja por meio de geradores ou de uma pequena usina

hidráulica , localizada no Lago Paranoá. Consta na história de fundação da CEB e na de

Brasília, que o nascimento da Companhia se deu a partir de um Grupo de Trabalho

criado pelo Ministério de Minas e Energia, em 1967, que tinha como objetivo resolver o

problema do racionamento de energia vivido na nova capital federal.

Ao longo dos seus 45 anos, a CEB foi se desestabilizando. Tornou-se uma

distribuidora com iminente risco de intervenção da Aneel, umas das que deixou o

consumidor por mais tempo no escuro- 16h em 2014-, acumula multas milionárias por

descumprir determinações da agência reguladora- mais de R$ 42 milhões-. É má

avaliada pelo consumidor. Além de estar negativada perante instituições financeiras e

possuir custos e despesas 40% acima do considerado recomendável pela Aneel (Anexo

1).

5.1 AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA

Existem no Brasil dez agências reguladoras. As agências foram criadas para

fiscalizar a prestação de serviços públicos pela iniciativa privada. Elas também

estabelecem regras para o setor. Há uma para cada área importante e que precisa de

regulação. Todas elas são vinculadas a um ministério específico. A Aneel (Agência

Nacional de Energia Elétrica) é uma dessas reguladoras. Ligada ao Ministério de Minas

e Energia, a agência regula e fiscaliza a geração, transmissão, distribuição e a

comercialização da energia elétrica no Brasil.

14

A Aneel foi instituída em 1996 pela Lei nº 9.427, de 26 de dezembro de 1996,

em substituição ao antigo “Departamento Nacional de Águas e Energia Elétrica”.

Portanto, cabe à agência aprovar aumentos tarifários solicitados por distribuidoras de

energia elétrica, fiscalizar a qualidade dos serviços prestados, cobrar melhorias- como

fez com a CEB-, aplicar multas em casos de descumprimentos de obrigações ou até

fazer intervenções.

6 METODOLOGIA

Este trabalho teve por finalidade mostrar as frequentes faltas de energia no

Distrito Federal entre 2012 e 2014, a situação financeira da Companhia Energética de

Brasília e também apontar soluções para os problemas levantados. Para isso, foram

feitas entrevistas com especialistas em engenharia elétrica, consultores do setor

energético, o consumidor que sofre com os problemas e também um diretor do sindicato

que representa os trabalhadores da CEB- O Sindicato dos Urbanitários do DF.

7 FINALIZAÇÃO DO PROGRAMA

Para finalização desta reportagem especial foi usado o software Sony Sound Forge 10

pro.

Foram utilizados os seguintes equipamentos:

. Microfone Behringer B1

. Mesa de Áudio Staner Bux 08 (verificar faculdade)

. Notbook lenovo G485

. Gravadora de CD/DVD HP writer 9767

A reportagem especial possui dez minutos, foi gravada e finalizada em junho de 2015,

no estúdio do Icesp/Promove, com uma estrutura de programa ao vivo.

8 ENTREVISTAS

O mestre em engenharia elétrica e professor do curso no UniCeub, Luciano

Duque, aponta as principais causas de apagões no DF e alerta que os consumidores

também façam sua parte e usem a energia de forma consciente.

O professor de economia da Universidade de Brasília e consultor econômico,

Newton Marques, fala sobre os prejuízos na economia local causados por faltas

de eletricidade.

Consultor da Thymos Energia, Ricardo Savoia, alerta que caso a CEB não

melhore o desempenho ela pode ser alvo de uma intervenção da Aneel.

15

Consultor em energia elétrica da empresa Safira Energy, Fábio Cuberos, faz

ressalva que o setor elétrico do país enfrenta uma crise e não apenas a CEB.

Diretor do Sinticato dos Urbanitários do DF, Jeová Pereira, diz que há um déficit

de trabalhadores na CEB e defende que os investimentos da empresa não

acompanharam o aumento da demanda.

Morador da Colônia Agrícola 26 de Setembro Bernardino da Silva, reclama da

instabilidade do sistema de energia onde ele mora.

Morador de Planaltina, Carlos Maia dos Santos, reclama das constantes quedas

de energia.

Consumidor de Sobradinho II, Benedito Monteiro, relata como foi o réveillon

deste ano sem energia elétrica em casa.

Produtora rural e moradora da colônia agrícola Curralinho, Ana Maria Lima, fala

sobre o prejuízo de cerca de 25 mil frangos devido a falta de energia na chácara dela.

9 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. MILTON JUNG, Jornalismo de Rádio. São Paulo: Editora Contexto, 2004.

2. Prado, Magaly. História do Rádio no Brasil. São Paulo: Editora da Boa Prosa, 2012

3. TAVARES, Reinaldo C: Histórias que o rádio não contou. Editora HARBRA,1999

9.1 REFERÊNCIA NA INTERNET

Ação de grileiros cria nova Vicente Pires entre Brazlândia e Taguatinga http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/cidades/2013/04/25/interna_cidadesdf,362405/acao-de-

grileiros-cria-nova-vicente-pires-entre-brazlandia-e-taguatinga.shtml Acessado em 20/022015

CEB deixa o DF 16h sem luz-

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/economia/2015/02/13/internas_economia,470941/ceb-

deixa-o-distrito-federal-16h-sem-luz.shtml Acessado em 20/03/2015 Acessado em 20/02/2015

Documentário Sobre Padre Landell de Moura. http://www.youtube.com/watch?v=aU0zD6nk9Mg

Acessado em: 29/03/2015

Edgar Roquette Pinto- https://pt.wikipedia.org/wiki/Edgar_Roquette-Pint Acessado em 05/06/2015

HISTÓRIA DA CEB- http://www.ceb.com.br/index.php/historia Acessado em: 28/032015

História Aneel- http://www.aneel.gov.br/area.cfm?idArea=8 Acessado em 19/04/2015

Risco de colapso energético no DF-

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/cidades/2015/03/18/interna_cidadesdf,475920/risco-de-

racionamento-e-desabastecimento-de-energia-no-distrito-federal.shtml Acessado em 10/05/2015

História do Rádio- http://www.microfone.jor.br/historia.htm Acessado em 30/05/2015

16

LEI Nº 9.427, DE 26 DE DEZEMBRO DE 1996- Cria a Aneel http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/

l9427cons.htm Acessado em 19/04/2015

WIKIPÉDIA.CODIFICAÇÃO http://pt.wikipedia.org/wiki/Codifica%C3%A7%C3%A3o Acessado em: 29/03/2015

WIKIPÉDIA. CÓDIGO MORSE. http://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%B3digo_Morse Acessado em:

29/03/201

9.2 LEGISLAÇÃO CONSULTADA

Lei nº 6.404/1964

Lei nº 9.427 de 26/09/1996

Memorial descritivo

Por questões que fogem ao nosso alcance a diretoria da CEB recusou os

inúmeros pedidos de entrevista para a este trabalho final. Em 12 de abril do ano corrente

foi realizada a primeira solicitação (ver anexo 2). No dia seguinte ao pedido, em 13 de

abril, tivemos uma resposta do assessor de imprensa da empresa, Allan Barbosa de

Souza, dizendo que a demanda estava sendo encaminhada (ver anexo 3). No entanto,

quase dois meses se passaram e tentativas diárias eram feitas e sem sucesso (anexo 4).

Apesar das recusas, a companhia prestou todos os esclarecimentos necessários

por meio de assessoria de imprensa. Este trabalho ficaria bem mais imparcial com a voz

de uma fonte da CEB. Contudo, esse contratempo não prejudicou a sua qualidade. O

sindicato dos Urbanitários, que representa os trabalhadores da CEB, foi fundamental

para suprir a ausência de tal fonte.

10 ANEXOS

Anexo 1 documento CEB-

17

18

Anexo 2 pedido de entrevista

Anexo 3 pedido de entrevista

Anexo 4 pedido de entrevista

19

10.1 ROTEIRO

TRILHA 1- Crédito: BandNews FM

Duração:0:05]

{SONORA 1-}

Duração:0:10]

Entra sonora do morador de Planaltina Carlos Maia dos Santos. “ Estava faltando muito.

Agora pelo umas duas vezes no mês acaba [...] A energia aqui não é boa não. Só chover

que começa a faltar [...]”

OFF 1: As queixas de pessoas que moram em diferentes regiões do Distrito Federal

ajudam a entender a insatisfação do consumidor brasiliense com os serviços da

CEB. Há pelo menos seis anos, a Companhia Energética de Brasília vem sendo má

avaliada pela Aneel- Agência Nacional de Energia Elétrica.

OFF 2: No ano passado, a companhia deixou o DF mais de 16 horas no escuro, quando

o permitido pela agência reguladora é de até 11 horas. Foram 12 grandes interrupções

no fornecimento ao longo do ano passado. Vários outros desabastecimentos pontuais

não contabilizados também causaram transtornos a milhares de pessoas. Um deles

atingiu a casa do seu Benedito Monteiro bem na virada do ano.

20

OFF 3: O réveillon na residência dele e de várias outras famílias de sobradinho 2 foi à

luz de velas. Uma frustração para quem esperava uma passagem de ano iluminada.

{SONORA 2-}

Duração:0:15]

Entra sonora do consumidor de Sobradinho II, Benedito Monteiro. “A confraternização

ela ficou incompleta porque sem energia nada funciona [...] Foi um transtorno muito

grande para todos nós moradores.”

TRILHA 2- Crédito: BandNews FM

Duração:0:05]

OFF 4: Foi justamente o descontentamento da população com os serviços da companhia

que a colocou na lista das piores distribuidoras do Brasil. O relatório divulgado pela

Aneel, em fevereiro passado, mostra a CEB como 13ª pior do país- entre 64- nos

quesitos satisfação, qualidade dos serviços e resultados econômicos.

OFF 5: No entanto, a crise não é exclusividade da CEB, como afirma o gerente de

regulação do grupo Safira energy, Fábio Cuberos.

{SONORA 3}

Duração:0:20]

Entra sonora do gerente de regulação do grupo Safira energy, Fábio Cuberos. “Todas as

distribuidoras praticamente estão com problemas. Então não é somente a CEB {...]”

TRILHA 3- Crédito: BandNews FM

Duração:0:05]

As concessionárias má avaliadas foram obrigadas pela agência reguladora a elaborar um

plano de metas para melhoria dos serviços e equilíbrio das contas. O plano deve ser

executado em 2 anos....

21

SOBE TRILHA 2- Crédito: BandNews FM

OFF 6: Caso não melhore os indicadores, a energética pode ser alvo de uma intervenção

da Aneel. É o que alerta o consultor da Thymos Energia, Ricardo Savoia.

{SONORA 4- }

Duração:0:21]

Entra sonora do consultor da Thymos Energia, Ricardo Savoia. “A Aneel já listou as

empresas que estão com uma certa dificuldade em termo de equilíbrio econômico,

reposicionamento dos investimentos e de outros aspectos [...] Se não houver uma

melhora cabe realmente à Aneel intervir.”

TRILHA- 5 Crédito: BandNews FM

Duração:0:05]

OFF 7: Com o surgimento de novas regiões administrativas, a expansão de outras e o

crescimento de invasões, a falta de investimento da Companhia Energética de Brasília

veio à tona.

OFF 8: Em 2012, o brasiliense ficou o equivalente a mais de 11 dias sem energia

elétrica, uma média de 27 horas por mês, segundo a Aneel. Durante o ano anterior,

foram 278 horas às escuras, mais de 24 horas acima do limite estabelecido pela

reguladora.

OFF 9: O especialista em engenharia elétrica Luciano Duque diz que a sobrecarga nas

subestações causa apagões.

0FF 10: Para dar luz ao problema, o engenheiro sugere uma completa substituição de

equipamentos antigos.

{SONORA 5- }

Duração:0:23]

Entra sonora do mestre em engenharia elétrica e professor do curso no UniCeub,

Luciano Duque. “Boa parte das subestações da CEB estão trabalhando em sobrecarga.

Algumas foram ampliadas, mas ainda tem que fazer um processo de revitalização muito

22

grande [...] Isso evita a falha de manutenção e evita interrupção do fornecimento de

energia, que é um fato que acontece muito em Brasília.”

TRILHA- 6 Crédito: BandNews FM

Duração:0:05]

OFF 11: Os famosos gatos, que são ligações clandestinas, também são apontados como

a ENERGIA que alimenta as constantes quedas de eletricidade em diferentes regiões da

capital. Em Taguatinga, por exemplo, conexões irregulares na Colônia Agrícola 26 de

Setembro são indicadas como geradoras de desabastecimento na região.

0FF 12: O jardineiro Bernardinho da Silva vive essa situação há 17 anos.

SONORA 6-

Duração:0:04]

Entra sonora do jardineiro Bernardinho da Silva. “É tudo gambiarra aqui. Sempre

rebenta esses fios aí e a gente fica sem energia”

TRILHA 7- Crédito: BandNews FM

Duração:0:05]

OFF 12: No ano passado, a CEB acumulou quase trezentas e cinquenta e duas mil

reclamações por diversos problemas. Das quais 97 por cento foram por falta de luz.

OFF 13: A vida sem eletricidade, mesmo momentaneamente, é um tormento para quem

já se acostumou com as facilidades oferecidas pelos aparelhinhos ligados à tomada.

OFF 14: Mas a falta de energia não afeta só o consumidor residencial. O professor de

economia da UnB e consultor Newton Marques lembra que a indústria e o comércio são

que mais sofrem os prejuízos.

{SONORA 7-}

Duração:0:20]

Entra sonora do professor de economia da UnB e consultor Newton Marques. “Tem o

prejuízo já localizado, que é o caso de bares e restaurantes. Se considerarmos na

economia todos os setores primário, secundário e terciário estão sendo afetados. O

transtorno econômico é muito grande.”

23

TRILHA 8- Crédito: BandNews FM -

Duração:0:05]

OFF 15: 2014 para os produtores do Núcleo Rural Curralinho, em Brazlândia, não traz

boas lembranças. Interrupções constantes no fornecimento de energia se tornaram um

problema econômico para os camponeses. A região que produz cerca de 3 MILHÕES E

quinhentas mil aves por ano chegou a registrar falta de eletricidade por DEZ dias

seguidos, segundo moradores.

TRILHA 9- Crédito: BandNews FM

{"PASSAGEM gravada no Núcleo Rural Curralinho, em Brazlândia, no dia

30/05/2015}

Estou aqui no galpão onde a dona Ana Maria Lima cria aproximadamente 25 MIL

pintinhos.

Foi nesse mesmo espaço de cerca de MIL e 600 metros quadrados que no ano passado

morreram quase 23 MIL aves devido à falta de energia.

Dona Ana explica para gente porque isso acontece ?

SONORA 8-

Duração:0:20]

Entra sonora da criadora de frangos Ana Maria Lima. “ Quando tá novinho você precisa

da energia porque eles (frango) têm que ficar aquecido [...] Se não tiver isso não tem

como manter o frango. Ele morre mesmo.”

TRILHA 10- Crédito: BandNews FM

OFF 16: Os produtores de leite também amargaram prejuízos. A instabilidade na rede

de energia os obrigou a interromper as ordenhas mecânicas. E as geladeiras para

armazenar os produtos pararam de funcionar.

TRILHA 11- Crédito: BandNews FM

Duração:0:05]

24

OFF 17: A CEB informou, por meio de assessoria, que os apagões eram causados por

galhos que caiam sobre a fiação aérea. Segundo a assessoria, os problemas foram

resolvidos.

TRILHA 12- Crédito: BandNews FM

Duração:0:05]

PASSAGEM 2- Gravada na sede da CEB, que fica no SIA/ Trecho xx, em 11/05/2015

Aqui da sede da companhia de Brasília, no SIA, de onde eu falo agora, sai boa parte das

decisões da empresa, inclusive a da diretoria de não nos dar entrevista. O mesmo espaço

abriga também um centro de operações. O local é responsável por monitorar falhas na

distribuição.

TRILHA 13- Crédito: BandNews FM

Duração:0:05]

OFF 18: Para um dos diretores do Sindicato dos Urbanitários do DF, Jeová Pereira,

existe uma carência de pelo menos 500 técnicos de manutenção. Ele avalia que os

investimentos de cerca de 600 milhões vieram tarde e não acompanharam o aumento da

demanda dos consumidores.

SONORA 10-

Duração:0:20]

TRILHA 14- Crédito: BandNews FM

Duração:0:05]

Entra sonora do diretor do Sindicato dos Urbanitários do DF, Jeová Pereira. “Nós

tivemos um período de 1999 até 2010 que praticamente a CEB não fez investimentos

[...] Você não pode, por exemplo, pegar 1 bilhão investe agora em 2015 e no que vem já

resolveu todos os problemas empresa. Não vai conseguir. Doce engano.”

OFF 19: Auditoria do Tribunal de contas do DF alerta para um curto circuito no setor

energético da capital. O relatório aponta que o sucateamento da rede de distribuição e a

volumosa dívida da CEB podem levar ao racionamento e até o desabastecimento do

serviço.

25

OFF 20: No entanto, a empresa acredita que não há riscos, mas reconheceu que existe a

possibilidade de problemas nos serviços em áreas pontuais.

OFF 21: O especialista em engenharia elétrica Luciano Duque alerta que consumidor

também precisa de conscientizar quanto ao uso racional da energia.

{SONORA 11}

Duração:0:20]

Entra sonora do mestre em engenharia elétrica e professor do curso no UniCeub,

Luciano Duque. “Os consumidores finais têm que ter a consciência de utilizar a energia

elétrica de forma racional. Usar outras fontes de energia, como a solar [...]”

TRILHA 15- Crédito: BandNews FM

Duração:0:05]

OFF 22: Caso o cenário mostrado pelo TCDF se confirme, com aumento da dívida e a

baixa capacidade de geração de caixa, em nove anos a CEB deve ir à falência.

TRILHA- ENCERRAMENTO

Duração:0:05]

Assinatura: Com sonorização de Daniel Costa, revisão e orientação de Romoaldo de

Souza, de Brasília Wesley Braga para a rádio Icesp FM.

SOBE TRILHA ENCERRAMENTO- Crédito: BandNews FM

11 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Avaliando os objetivos propostos neste trabalho, podemos afirmar que eles

foram atingidos. Conseguimos mostrar por meio desta reportagem especial que a

Companhia Energética de Brasília enfrenta problemas tanto financeiros como

operacionais. Constatamos ainda que o setor elétrico de forma geral no Brasil passa por

dificuldades. Após entrevistas com especialistas e consultores da área, podemos

concluir que o usuário também precisa mudar os hábitos de consumo. É necessário ter

consciência que o desperdício de energia tem impacto não só no orçamento familiar. Ele

afeta o meio ambiente e pode levar a um racionamento.

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Para resolver os problemas levantados de faltas de energia é preciso haver mais

investimento de longo prazo em linhas transmissão e criação de novas subestações para

atender regiões onde o crescimento populacional demanda redes mais fortes. A CEB

possui hoje um déficit de cerca de 500 funcionário para trabalhar em manutenção, de

acordo com o Sindicato dos Urbanitários do DF. Ou seja, a realização de concurso

público para contratação de pessoal é uma outra medida que deve ser tomada pela

empresa.

Depois desses cinco meses de estudos e pesquisas, avalio que as recorrentes

faltas de energia no DF entre 2012 e 2014 principalmente- período citado no trabalho-,

foram ocasionadas pela má conservação do sistema, a falta de manutenção preventiva.

Para encerrar, a estrutura administrativa da companhia precisa mudar. Em vez de um

grupo de acionistas desentendidos do setor energético decidirem os rumos da

distribuidora, um corpo técnico poderia ocupar esses cargos superiores de gestão e

comando.