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FACULDADES INTEGRADAS DA SOCIEDADE EDUCACLONALTUruTl SELECAO E ACOMPANHAMENTO NA FORMACAO PROFISSIONAL CURITlliA 1997

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FACULDADES INTEGRADAS DA SOCIEDADE EDUCACLONALTUruTl

SELECAO E ACOMPANHAMENTO NA FORMACAO

PROFISSIONAL

CURITlliA

1997

DANIELE CRlSTINE NICKEL

SELECAO E ACOMPANHAMENTO NA FORMACAO

PROFISSIONAL

Relatorio referente ao estagio supervisio-nado em Psicologia Organizacional, reali-zado pela aluna do Curso de P6s-Gradua-lYaoDaniele Cristine Nickel, sob a supervi-sao da psicologa e professora Tania Fur-tado.

CURITIBA

1997

FACULDADES INTEGRADAS DA SOCIEDADE EDUCACIONAL TUIUTI

DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA

TERMO DE APROV ACAO

SELECAO E ACOMPANHAMENTO NA FORMACAO PRO FISSIONAL

POR

DANIELE CRiSTINE NICKEL

Monografia apresentada como requisito parcial para a obtenv30 do titulo de p6s~graduac;ao emPsicologia Organizacional, das Faculdades Integradas da Sociedade Educacional Tuiuti.

BANCA EXAMINADORA

Orientador:Prof' Tiinia Mara de Goes Furtado

A presente monografia fei aprovada com 0 grau _-"g~.'"'Q'---_-'(~6A.='__. ~'----_)L- .

Curitiba, ~ de ~p'4""~"""T,-,,----- de 19 ~l-:

SUMARTO

EQUlPE T1tCNICA ..

LlSTA DE SIGLAS ....

IV

V

I. INTRODUCAO 01

1.1. DADOS DE IDENTIFICACAO ...

1.1.1. fdentificacao do local ...

. 01

. 01

1.1.2. Caracteristicas sobre 0 tiDo de organizadio 0 I

1,1.3. Organograma 02

1.1.4. Funcao basica da organizacao 02

1.1.5. Historico 02

1.1.6. Filosofia 03

2. DESENVOLVIMENTO 05

2.1. FUNDAMENTACAO TEORICA 05

2.2. PROlETO 07

2.2.1. Proposta 07

2.2.2. Historico 07

2.2.3. Diagnostico 07

2.2.4. Prognostico 08

2.2.5. Proposta tecnica ... 08

2.2.6. Custos e beneficios 09

2.2.6. L Custos 09

2.2.6.2. Beneficios 09

2.2.7. Cronograma FisicolFinanceiro 10

2.2.8. Fontes de Recursos 10

2.2.9. Estrategia de Impiantacao 11

2.3. EXECUCAO DO PROlETO .............................12

3. CONCLUSAO 13

3.1. CONTROLE DE PROJETO ...

3.2. RESULTADOS ...

3.3. ANALISE CRiTICA ..

3A. SUGESTOES .

DATA E ASSINATURAS .

REFERENCIAS BmLIOGRAFICAS ....

III

. 13

.......... 13

. 14

. 15

. 16

. 17

EQUIPE TECNICA

Psic610ga

Daniele Cristine Nickel - CRP 08/06077

Colaboradora

Claudia Elaine Lucena dos Santos Lima - eRP 08/06129

Supervisora

Tania Mara de Goes Furtado - CRP 088/08

IV

LIST A DE SIGLAS

SENAl - Serviyo Nacional de Aprendizagem Industrial

DR - Diretoria Regional

ACAE - Agencia Central de Assish~ncia as Empresas

CIC - Cidade Industrial de Curitiba

CFP - Centro de Formayao Profissional

CETSAM - Centro de Tecnologia em Saneamento Basico e Ambiental

CETMAM - Centro de Tecnologia da Madeira e do Mobiliario

v

1. INTRODUCAO

Por meio desta monografia objetiva-se apresentar 0 trabalho de SeJe.;:ao e Acompa-

nhamento na Formac;;3.o Profissional que esta sende desenvolvido no SENAl-CIC, pelas psi-

co\ogas Daniele Cristine Nickel e Claudia Elaine Lucena dos Santos Lima, na modalidade de

Psicologia Organizacional, sob a supervisao da professora e psic610ga Tania Furtado.

o presente trabalho tern a finalidade de relatar as experiencias teorico-praticas junto

aos candidatos aos cursos de Mecanica Industrial e Eletronica do SENAl-'CIC.

A seleQao dos aprendizes objetiva introduzir na empresa as candidatos corn as melhores

quaJifica<;:6es e potencial para as cursos ofertados.

1.1 DADDS DE fDENTlFlCA(AO

1.1.1 Identificacao do local

SENAl - Servi<;:o Nacional de Aprendizagem Industrial, situado a Rua Nossa Senhora

d.s C.be,.s, sin. CIC

1.1.2 Caracleristicas sobre 0 tioo de organizacao

Atualmente 0 SENAI e urna empresa de direito privado com caracteristicas contabeis

publicas, organizada e administrada pela Confedera~ao Nacional da Industria atraves de orgaos

normativos e de administra~ao.

A legisl.,iia do SENAl (Decreta-Lei 4.048/42, Decreta-Lei 4.936/42 e 6.246/44)

confere~lhe a dota~ao de recursos para cumprir a sua voca~ao final.

Os recursos financeiros que mantem 0 SENAl, provem de urna contribui~ao compulso-

ria, estabelecida por lei, das empresas industriais, de cornunicayao e de pesca. A arrecadayao

da contribui~ao geral e feila pelo Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) que recolhe

das emprcsas, juntamente com a contribui~ao previdenciaria, 1% sobre 0 montante da remune-

ra¥ao paga pelas empresas contribuintes a todos os seus empregados, repassando este mon-

tante ao SENAl. Em casos especiais (Acordos de Coopera¥ao), a arrecada¥ao pode ser feita

diretamente ao SENAl.

1.1.3 Organagrama

Estrutura Organizacional do SENAI - DR - PR

1.1.4 Funcao basica da organizacao

o SENAI e uma empresa de ensino profissionalizante e seu principal objetivo e a me-

Ihoria da qualidade de vida humana, pois, no sentido amplo, a mai?r preocupa~ao e qualificar e

valorizar a Homem, destacando-o em seu papel social como trabalhador, cidadao e pessoa

humana.

Tern par fun¥ao basica realizar programas e cursos para a forma~ao de aprendizes me-

nores, de 14 a 18 anos; forma¥ao, apetfei~oamento de tecnicos de 2° grau e de nivel superior,

para ramos prioritarios da Industria; treinamento de operarios, de especialistas e das quadros

de supervisao e gerencia das empresas.

1.1.5 Hist6rico

o SENAl esta inserido no contexto nacional desde 1942. A partir daquela epoca as

mudan¥as tecnol6gicas e 0 novo perfil da produ¥ao exigiam profissionais qualificadas que 0

Brasil, de initio, precisou importar, pois nosso trabalhador ainda estava na fase da produ¥ao

artesanal, e a mao-de-obra garantia a produtividade das industrias.

Nessa epoca, nosso pais soffeu uma grande transforma~ao na area economica.

Com 0 inicio da II Guerra Mundial, a industria brasileira comec;ou a ter restriyoes com

a importac;ao de profissionais qualificados, pois seus paises de origem os requisitavam para

atender as necessidades belicas.

Diante dos problemas evidentes, alguns industriais, entre eles Euvado Lodi e Roberto

Simonsen - grandes incentivadores da criac;ao do SENAl, levaram 0 governo a ideia de cfiar

Centros de Aprendizagem, com a finalidade de treinar trabalhadores para ocupac;6es basicas,

com qualificac;6es especificas, cuja forc;a de trabalho em franca expansao nao era suficiente-

mente atendida. nem quantitativa nem qualitativarnente pelas escolas oficiais ou privadas que

linham a seu encargo 0 entao denominado ensino industrial.

Desde 1930 as empresas ferroviarias adotavam a aprendizagem remunerada em Sao

Paulo e, a partir de 1938, em todo 0 Pais. 0 ensino aqui em questao era mantido pelas proprias

empresas, 0 que inspirou os autores a proporem a criac;ao do Sen1iqo Nacional de Aprendiza-

gem dos Illduslriarios (SENAI). que ocorreu em 22/0111942 pelo Decreto-Lei 4048, assinado

pelo eniao Presidente Getulio Vargas. Este decreto previa que as industrias manteriam 0

SENAJ.

o SENAI do Parana foi criado em 20 de fevereiro de 1943, funcionando conjunta-

mente com 0 estado de Santa Catarina. Em janeiro de 1954 houve desrnembramento dos dois

estados. No Parana ja vinham funcionando cursos em Curitiba, Ponta Grossa, Londrina e

Monte Alegre.

A partir de 1958, 0 SENAI expandiu sua ayao para atender empresas em todo 0 esta-

do.

Em 1986 foi inaugurada a Escola Tecnica de Saneamento, na Cidade Industrial de Cu-

ritiba, formando tecnicos em sanearnento a nivel de 2° grau, sendo 0 unico curso do genera no

pais.

Atualmente, 0 SENAI possui 44 unidades Operacionais, sendo 21 fixas e 23 moveis

que atendern a lodo 0 Estado do Parana

Hoje, 0 SENAJ faz parte da historia nacional, pois conquistou, com 0 passar dos anos,

uma posic;ao extremamente importante no senlido da integrac;ao entre as empresas e a socieda-

de, preparando profissionais para os diversos segmentos das atividades industriais.

1.1.6 Fila,afia

4

Desde 0 inicio 0 SENAI tinha suas atividades direcionadas basicamente para a escolari-

zayao dos trabalhadores da industria. Seguiu com empenho a missao de acompanhar de perto

as mudan~as no campo economico. cientifico e tecnologico, 0 que contribuiu de fonna con-

creta para a moderniza~ao da industria brasileira.

Como formador de grande contingente de trabalhadores para a industria, 0 Servico Na-

cional de Aprendizagem Industrial que antes preparava seus alunos com conhecimento univer-

sal, passa agora a suprir esta necessidade em parceria com a propria industria.

o SENAJ e hoje a maior e mais significativa rede de ensino profissional do Pais e se-

gundo fontes intemacionais, e considerado uma das experiencias mais bern sucedidas na area

de educa~a:o em todo mundo.

A partir da decada de 90, surge uma necessidade em todas as empresas .e uma preocu-

pa~a:o com 0 lado humane na organiza~ao, principalmente com a globalizavao da economia.

Percebe-se a importancia nao simplesmente do aprofundamento de urn conhecimento

teonco para uma melhoria na produ~ao, mas tambem a motiva~ao do empregado como fator

determinante no trabalho. Neste motivar, apresenta-se alem de beneficios saiariais, questoes

como reiacionamento interpessoal e auto-conhecimento. Isto pode ser nolado atraves da im-

planta~ao de projetos voltados para a valoriza~ao do ser humane como 0 da QualMade Total e

ada Avaliafoo de Potellcial e de Desempenho.

Investir em qualidade significa, sobretudo, investir na humaniza~a:o e tambem na qllali-

dade pe:ssoal, que e a base de todos as outros tipos de qualidade.

Os principios que regern a institui~ao tern como objetivos maiores a valoriza~ao huma-

na e a coopera~ao para a constru~a:o de urn novo mundo a cada momento. E portanto, uma

filosofia basicamente humanista que visa preparar cada vez melhor 0 homem para 0 trabalho,

valor decisivo na sua promo~ao e evolw,ao.

Com essa filos06a, 0 SENAJ atua na forma~ao e capacitayao profissional.

2. DESENVOLVIMENTO

2.1 FUNDAMENTA<;AO TEORlCA

A SeJec;;ao de Pessoal consiste em procedimentos que visam apurar, dentre as candida-

tos recrutados, quais possuem as qualidades adequadas para a vaga em questao e em que grau

as apresentam. Inclui a comparac;;ao entre as candidatos e a escolha.

Urn Programa de Selec;;ao de Pessoal tern por principal ftmc;;ao introduzir oa empresa

pessoaJ adequado, em termos de qualificac;;ao e potencial. Portanto, a SeJec;:ao de Pessoal e urn

processo que visa abter informac;;oes referentes as aptid6es, caracteristicas de comportamento,

dinamica de personalidade e interesses de individuo, permitindo uma visao geral do perfil psi-

eologico, 0 que proporcionara uma maior acertividade e seguranc;:a oa escolha de candidate.

Existem vilrias tecnicas de Sele«;:ao, tais como:

a) TESTEPSICOMETRICO: e uma medida objet iva e estandardizada de amostra de

comportamento. Geralmente, refere-se a capacidades, aptidoes, interesses ou caracteristicas de

comportamento humano, e envolve a determina«;:ao do "quanto", isto e, da quantidade de pre-

sen«a, daquelas aptidoes, interesses ou caracteristicas de comportamento no candidato. Basei-

am-se nas diferen«;:as individuais que podem ser fisicas, intelectuais e de personalidade e anali-

sam a que varia e quanto varia a aptidao do individuo em reia«;:ao do conjunto de individuos

tomada como padrao de compara«;:ao.

b) TESTE DE PERSONALIDADE: visam analisar os diversos tra«;:os determinados

pelo carMer (trayos adquiridos) e pelo temperamento (tra90s inatos). Sao genericos quando

revelam os tra90s gerais de personalidade numa sintese global e sao tambem chamados de psi-

codiagn6sticos. Sao especificos quando pesquisam determinados tracos ou aspectos da perso-

nalidade, como equilibrio emocional, interesses, frustra90es, ansiedade, agressividade, nlvel

motivacional, etc.

c)TECN1CAS DE SlMULA<;:Ao: consistem em dramatizar a situacao na qual a pes-

soa ini se deparar quando estiver trabalhando (baseada no psicodrama) e em provas situacio-

nais.

d) PROVAS DE CONHECIMENTO: visam avaliar tanto quanta objetivamente 0 grau

de noeoes, conhecimentos e habilidades adquiridas atraves do estudo, da pnitica au do exerci-

cia. Podem ser orais, escritas ou de realiza9ao (par meio da execu9ao de urn trabalho). Quanto

it. area de conhecimentos abrangidos, podem ser gerais, quando diferem n090es de cultura geral

au generalidades de conhecimento, ou especificas, quando pesquisam conhecimentos tecnicos

e especificos diretamente relacionados ao cargo em referencia. Em rela9ao a forma, quando

sao realizados por intermedio da linguagem escrita, podem ser c1assificadas em Tradicionais do

tipo dissertalivo expositivo, Objetivas por meio de testes objetivos ou Mistas, quando utilizam

tanto a forma tradicional quanta a objetiva.

e) ENTREVISTA: consiste numa fonte coletora de fatos aparentes e fatos passa-

dos. E a tecnica de sele9ao que mais influencia a decisao final, portanto, deve ser conduzida

com bastante habilidade e tato, a tim de que possa produzir os resultados esperados. A entre-

vista pode ser dirigida (com rateiro) ou nao-dirigida (sem roteiro). A entrevista tern dois ob-

jetivos fundamentais, que e a Informa9ao e 0 Esclarecimento. Tem-se que perceber a dinamica

e a funcionalidade do sujeito, a fim de triar as informacoes que 0 mesmo estiver preparado

para ouvir.

Dentre estas tecnicas, na sel~ao dos aprendizes do SENAl-CIC. utilizamos a mais es-

pecificamente a Prova de Conhecimentos (escrita e objetiva) devido a necessidade da verifica-

9ao se 0 mesmo possuia alguns pre-requisitos basicos para 0 acompanhamento do curso e a

Entrevista (dirigida), por ja termos verificado em praticas anteriores a sua maior eficiencia de-

vido ao grande numera de candidatos.

Por ser a tecnica de Entrevista a que mais influencia a decisao final, a partir do mo-

mento em que 0 entrevistado deixa a sala, 0 entrevistador deve imediatamente empreender a

tarefa de avaliar 0 candidato enquanto os resultados estao frescos em sua memoria. Certas de-

cisoes devem ser tomadas em relavao ao candidato, se ele foi rejeitado ou aceito ao final da

entrevista.

Deve-se ter bern claro que a Sele9ao de Pessoal nao e urna panaceia que da prognosti-

co com precisao mecanica e que pretende resolver todos as problemas, principalmente em se

tratando da selecao dos aprendizes, os quais sao adolescentes e caracterizam-se por uma insta-

bilidade no comportamento par atravessarem uma fase de muitas mudan9as e conflitos. Entre-

tanto, trata-se de urn modo objetivo de auxiliar a melhor escolha dos candidatos, permitindo

urn elevado indice de acertividade.

2.2 PROJETO

2.2.1 Proposta

Irnplanta~3o de urn trabalho de Seley30 e Acompanbamento na Forma~3o Profissional

com os alunos candidatos aos Cursos de Aprendizagem de Eletroeletronica e Mecanica Indus-

trial do SENAl-CIC. visando a obteny30 de uma maior qualidade, interesse e comprometi-

mento dos mesmos no decorrer do curso.

2.2.2 Historieo

A partir dos eontatos com os alunos dos Cursos de Aprendizagem de Eletroeletronica e

Meci.nica Industrial do SENAI-CIC. no inkio do ano de 1996, por meio de urn trabalbo de

Oesenvolvimento Interpessoal, pode-se realizar uma Investigay30 Diagnostica em relay30 as

causas que tern levado a dificuldades comportamentais de alguns gropos de alunos. refletindo

num menor indice de aproveitarnento e desinteresse no decorrer do curso.

Portanto, devido a uma porcentagem significativa de jovens que iniciam 0 curso sem

ler a inforrnay30 nem a cOnViCy30 da sua escolha a nivel profissional, tornando-se causa de de-

sistencias ou aproveitarnento insuficiente, torna-se de fundamental irnportancia a implantay30

de urn processo seletivo mais rigoroso assim como urn Acompanhamento na FOrrnay30 Profis-

sienal a nivel preventive, a fim de diminuir as atuais dificuldades.

Por meio dos trabalhos de Desenvolvimento lnterpessoal realizado com todas as tur-

mas dos Cursos de Aprendizagem de Eletronica e Mecanica Industrial no inieio do ano de

1996, percebeu-se que muitos problemas de conduta estao relacionados a falta de adequay30

dos interesses do individuo em reiacao ao seu curso. Portanto, segundo os depoimentos dos

proprios alunos, pode-se constatar que ao avaliar e seJecionar urn candidato aos cursos oferta-

dos pelo SENAI somente pela sua capacidade intelectual, corre-se a risco de nao obter urn

aluno com 0 perfil adequado. ou seja. interessado pelo curso nas aulas teoricas e pniticas, que

tenha aptidao para a area e disponibilidade para fazer estagio, sendo urn born represent ante do

qualidade de sua fonna~ao profissional.

2.2.4 Prognostico

Alguns pontos fundamentais poderao ser abordados por rueio da Sele~ao e Acorupa-

nhamento na Fonna~ao Profissional, tais como a Situa~o Escolar, Familiar, Caracteristicas

Pessoais e Comportamentais, Trayos de Personalidade, Interesse e Aptidiio. a fim de que se

possa tra~ar urn perfil do candidato e verificar se 0 mesmo se adequa ao curso pretendido, au-

mentando assim, a probabilidade de exito do mesmo no curso.

Com a realiza~ao de urn acompanhamento periodico torna-se mais facil prevenir e 50-

luciooar as dificuldades em termos de didatica do instrotor. falhas na aprendizagem. relaciona-

mento no gropo e entre 0 instrutor e aluno, que poderao ocorrer no decorrer do curso.

No acornpanhamento poderao ser abordadas questoes referentes a:

• lmportancia de desenvolvimento de uma boa fluencia da comunica~ao e da con-

quista de urn espa~o onde ela exista entre os alunos, tecnicos e chefias.

• Conscientizar 0 aprendiz da import3.ncia de desenvolver bern 0 seu papel de es-

tagiario na empresa, onde representa 0 SENAL

• Proporcionar urn momento de auto-conhecimento, facilitando as reflexoes em

rela~ao aos seus objetivos pessoais e profissionais.

2.2.5 Proposta Tecnica

o processo seletivo podeni ser dividido da seguinte fonna:

a) Palestras abrangendo infonna~5es gerais a respeito dos cursos ofertados e

sobre 0 SENAl como urn todo, abrindo urn espa~o para 0 esclarecimento de duvidas.

b) Visitas as oficinas em pequenos grupos (no maximo 15 pessoas) corn 0

acompanhamento de urn instrutor que ficara responscivel pelas expljca~oes.

c) Preenchimento de Fichas corn perguntas Situacionais, as quais revelam ca-

racteristicas comportamentais, exigindo que a pessoa assuma determinada atitude e revele os

seus interesses.

d) Provas de Portugues, Matematica e Reda~ao. seodo que esta ultima sera uti-

lizada posterionnente para uma analise grafol6gica no caso de atingir media nas duas primei-

ras. Em tennos de conhecimentos na area de Portugues e Matematica devera ser exigido urn

nivel bilsico para que 0 aluno seja capaz de acompanhar 0 curs~, nao tendo 0 intuito de seleci-

onar 0 aluno somente pela sua capacidade intelectual.

e) Entrevistas individuais abordando a situaltao Escolar, Familiar, Dificuldades,

Caracteristicas Pessoais e Comportamentais, Interesse e Aptidao. a tim de estabelecer urn perfil

juntamente com os dados da grafologia e veriticar se 0 mesmo se adequa ao curso pretendido.

Na etapa b os alunos deverao visitar todas as oficinas, mesmo que a principio nao te-

nham a intenltaO de realizar 0 curso, a fim de obter uma maior informa~ao profissional. a qual

podeni facilitar a sua escolha.

As etapas D, bee serao realizadas no mesmo dia. com urn grupo aproximado de 75

pessoas, organizadas pela coordenaltao pedag6gica, sendo necessario a disponibilidade de 2

horas para a realizaltao das rnesmas corn cada grupo. Na elapa b 0 b1fUPO de 75 alunos devera

ser subdividido ern grupos de 15 pessoas para nao tumultuar as oficinas, revezando-se nos 10-

cais de visita. Os grupos serao formados pela ordem de inscri~ao e de acordo com a disponibi-

lidade de dia e honirio do candidato.

f) Treinamenlo Introdut6rio com os alunos selecionados. com 0 objetivo de

promover uma integraltao com a Instituiltao SENAI e entre 0 grupo, acabando com 0 espirito

competitivo criado durante 0 processo de seleyao.

g) Acompanhamento na Fonnaltao Profissional, periodicamente duas vezes por

semestre e/ou quando necessario, com 0 intuito de resolver eventuais dificuldades e prevenir

outras futuras.

2.2.6 Custos e Beneficios

2.2.6.1 Custos

Despesa com a prestayao de serviltos de consultoria, sendo que 0 contrato preve valor

correspondente a 65% do arrecadado nas inscriltoes dos candidatos.

2.2.6.2 Beneficios

Existe a probabilidade de estruturaltao de melhores turmas. mais interessadas e com

aptidao para 0 curso escolhido, 0 que consequentemente reflitira numa rnelhor qualidade na

formaltao profissionai do aprendiz.

10

2.2.7 Cronograma FisicolFinanceiro

Segundo 0 calendario da Escola de Aprendizagem do SENAl-CIC, sera necessaria es-

tabelecer prioridades para:

a) Reunioes com a Diretoria e Coordenayao Pedag6gica.

b) Estruturac;:ao do trabalha a partir da definiyao de datas.

c) Inscric;:oes dos candidatos interessados a concorrer as vagas ofertadas para os

cursos de Aprendizagem do SENAI-CIC.

d) Organizac;:ao e divisao dos grupos para as visitas e palestras.

e) Palestras e visitas as oficinas com posterior preenchimento das fichas com

perguntas situacionais para Avaliac;:ao Comportamental.

f) Aplicac;:ao das Provas de Portugues. Matematica e Reda(fao.

g) Correc;:ao das provas.

h) Divulgacao da lista dos aprovados.

i) Levantamento de dados de personalidade atraves da analise grafol6gica e fi-

cha da Avalia~ao Comportamental dos candidatos aprovados em Ponugues e Matematica.

j) Entrevistas individuais.

I) Levantamento do perfil atraves da confrontaC;:30 de dados da analise grafol6-

gica, ficha de avalia930 comportamental e entrevista.

m) Sele~ao dos candidatos que mais se adequarem em rela~ao ao interesse, ap-

tidao e condi~6es para freqOentar 0 curso.

n) DivulgaC;:ilo da lista dos candidatos aprovados para os cursos de aprendiza-

gem.

2.2.8 Fontes de Recursos

• HUMANOS: duas psicologas que fazem parte da Consultoria, urn coordenador peda-

gogico, urna secretana

• MATERlAlS: computador com impressora, tinta para impressora, folhas A-4, fotoco-

piadora, canetas, lapis, grampeador, giz de cera, canetinha. lapis de cor.

• FisICOS: sala com caneiras e cadeiras.

• FINANCElROS: custo do material e despesa com a prestacao de Servi90S da consultona.

2.2.9 Estrategia de Implantacao

II

OBJETIVO

A implanta~ao esta sob a responsabilidade da Diretoria da Escola de Aprendizagem do

SENAl, da Coordena~ao Pedagogica e das duas psicologas que fazem parte da Consultoria.

RESPONSA VELATIVIDADE

I. Reuniao com a Diretoria eCoordena~o Pedagogicada Escola de Aprendiza-gem do SENAI-CIC paraa apresenta~o e aprova-yao do projeto de Seleyaoe Acompanbamento naFonna~o Profissional.

- Analisar juntamente com a Oiretoria e Co-ordenayao Pedagogica a atual situaC;3odos alunos dos cursos de Aprendizagemem Eletroeletronica e Mecanica Industrial,expoodo posterionnente 0 que pode serfeito a este respeito.

Oiretoria, Coorde-nay30 Pedagogica ePsic6logos

2. Estmturayao de trabalbo - Oefinir as datas e as atividades a seremde Sele~o. realizadas em cada uma delas, de fonna a

conduir 0 processo em tempo h<ibil antesdo inicio dos cursos.

Coordenayao Pe-dagogica e Psico-logos

3. Inscric;Oes dos candidatosaos cursos de Aprendiza-gem juntamente com a di-visao e organizayao dosgmpos para as palestras evisitas.

- Dividir e organizar os grupos para as pa-lestras e visitas de fomla a na~ extrapolaro numero de pessoas que 0 audit6rio podeacomodar, assim como 0 numero de com-ponentes nos grupos de fonna a nao tu-multuar as oficinas.

4. Palestras e visitas as ofi-cinas com preenchimentodas fichas com questOessituacionais para a Avali-ayao Comportamental.

- Informar os candidatos a respeito de al-guns assuntos gerais sobre 0 SENAI.

- Proporcionar urn contato mais proximodos alunos com as cursos, a fim de quepossam esclarecer dllvidas e verificar serealmente existe 0 interesse pelo curso.

- Aproveitar que os grupos ja estao reuni-dos para a visita e preencher as fichas si-tuacionais com avaliayao comportamentalque serno analisadas posterionnente.

Pessoas responsa-veis pela inscriyao

Coordenayaodag6gica

Pe-

5. ApJicayao e correC;ao dasprovas de Portugues eMatematica com posteriordivulga~o dos resultados.

- Verificar 0 nivel intelectual e de conheci-mentos basicos necessarios para um bornacompanhamento do curso.

Psic61ogos

6. Entrevistas individuaiscom posterior levanta-menta do perfil par meiodesta, da analise grafo[6-gica e da ficha situacionalde avaliac;ao comporta-mental com a seleyiio doscandidatos que apresenta-rem 0 perfil mais ade-quado.

- Detectar alguns trayos de personalidadeatraves da grafologia, dos que obterem amedia minima exigida nos testes de Portu-gues e Matematica.

- Coletar dados em relayao a situayao esco-lar, familiar, caracteristicas pessoais ecomportamentais, interesse e aptidao, afun de estabelecer urn perfil de candidatoe optar pelos que mais se adequarem parao curso.

Psic61ogos

12

2.3 EXECUC;:AO DO PROJETO

o processo de sele~aoatingiu 470 adolescentes oa faixa etaria entre 14 e 16 aoos, ten-

do a dura~ao de dais meses e meio, seode realizado no periorlo entre maio e julho de 1996. A

jrnplanta~ao do projeto transcorreu tranqOilamente devido ao apoio da Coordenar;ao Pedago-

gica e Diretoria do SENAI-CIC.

Apesar dos adolescentes no inicio do processo demonstrarem-se urn pOlleD re-

ceosos por terem de expor 0 seu lade pessoaJ durante a entrevista, existiu urn grande compro-

metimento e colaboracao dos mesmos em reial;:ao aos honirios e as infonnalfoes solicitadas du-

rante os contatos. A unica dificuldade encontrada roi 0 grande numero de adolescentes e 0

tempo disponivei para a realizacao do processo.

Por meio da SeJecao buscou-se obter uma visiio integral do futuro aprendiz, abordando

aspectos de conhecimentos basicos, interesse, aptidiio para 0 curso na area pretendida, caracte-

risticas pessoais e comportamentais imponantes.

Mantem-se arquivadas as fichas com os dados coletados dos aprendizes selecionados.

Estas foram elaboradas de fonna que possarn ser rnelhor utilizadas pelos instrutores, constando

de dados mais infonnais, evitando assirn, a cria<;3o de urn estere6tipo do aluno. Os dados de

levantarnento do perfil psicol6gico esti'io resguardadas, sendo que foram muito ilteis para 0

processo seletivo.

\3

3. CONCLUSAO

3.1 CONTROLE DE PROJETO

Os resultados poderao seT avaliados por intermedio do acompanhamento que sera rea-

lizado tanto a nivel individual quanta grupal dos aprendizes selecionados pela Consultoria e

Coordena~ao Pedagogica.

Pretende-se realizar periodicamente duas vezes por semestre elou quando for necessa-

ria, atividades de Desenvolvimento Interpessoal, com 0 intuito de resolver atuais dificuldades

que possam estar ocorrendo, prevenir outras futuras e verificar a validade do tTabalha de Sele-

~ao.

3.2 RESULTADOS

De acordo com 0 levantamento realizado com os instrutores e Coordenac;:ao Pedagogi-

ca, por intenm!dio de urna ficha de avaliac;:ao de processo, assim como pelas pr6prias observa-

c;:oes realizadas durante 0 Acompanhamento na Forma~ao Protissional, acredita-se que 0 pro-

cesso Seletivo atingiu 0 objetivo a que se propos.

Depoimentos revel am que 0 nivel dos alunos melhorou no aspecto comportamental e

tam bern em terrnos de cornprornetimento e interesse em relaQao ao curso. Parece que sao mais

responsaveis, atentos e participativos diante as situa90es apresentadas, dernonstrando mais fa-

cilidade para a aprendizagem. a espirito critico e mais apurado ao comparar com os alunos

mais antigos que nao passaram por este processo seletivo, assim como nao se mostraram com-

petitivos.

Os alunos novas revelam-se mais conscientes quanta a sua OP9ao de curso devido a

orienta~ao recebida anteriormente durante as palestras e visitas.

Outro fator considerado importante pelos instrutores e 0 acompanhamento rreqtiente

das turmas.

14

3.3 ANALISE CRiT1CA

Dentre as atribui~5es do Psicologo Organizacional, a Sele~ao de Pessoal e uma ativi-

dade muito caracteristica na area, entretanto, nao pareee tao comum ao se tTatar da seleltao de

adolescentes

A adolescencia e uma fase de mudan~as tanto fisicas como psicol6gicas, seodo causa

de conflitos e instabilidades durante a forma~ao da sua identidade. A sua identidade, tanto pes-

soal quanta pro fissional ainda esui se deiineando, 0 que dificulta a convicc;:ao quanta a sua es-

calha profissional. Assim se~do, a acertividade e seguranc;:a no processo seletivo diminui, tor-

nando-a mais complexa.

Atualmente, de acordo com a nossa realidade, as adolescentes sao obrigados a dar urn

romo a sua vida profissional muito cedo. Portanto, mais estudos e pesquisas a este respeito sao

fundamentais para que as profissionais da area possam estar mais instrumentalizados para

contribuir com a melhoria na qualidade da formal;ao profissional.

Outro fator que interfere no processo seletivo e que 0 principal instrumento de trabalho

do psicologo e a sua propria pessoa, com as suas deficiencias e Iimita~oes. Portanto, devido ao

fato de se utilizar muitas vezes da entrevista como principal tecnica seletiva. e fundamental

desenvolver a escuta. nao dando enfase somente para 0 aspecto tecnico da rela~ao. dispondo-

se a sentir e perceber 0 que e dito, para que possa captar 0 que e trazido pelo adolescente e.

principalmente. 0 que esta implicito no seu discurso. Como diz BLEGE~ 1993:

"A regra basica para a entrevista ja Ilaa COllsisfeem obler dodos camp/etas dovida fota/ de lima pessoa, mas em abler dodos camp/elos de sell comporlomemolola/ 110deco,.rer do ellfrevisla. Esle comporlomel1lo lola/ iuelui a aplicayiio de/Jossofimrcio de escular, de obsen1ar e vivellciar areas diferellles de compona-melllo do elllrellislado. Uma ulilizariio correIa da elllrevis/a integra na mesmapes-soa e 110mesmo0100 profissiollal e 0 pesqllisador"

Enfim, apesar de todas essas dificuldades, assim como 0 fato da Sel~ao de Adoles-

centes ser uma experiencia nova, considero 0 trabalho muito valido ao se tratar da busca de

uma maior qualidade na forma~ao profissional, principalmente devido as novas tendencias vi-

rem a valorizar muito mais a inteligencia emocional de que a intelectual. aspecto que vern sen-

do abordado no processo seletivo dos adolescentes ao nao se restringir somente it prova de

conhecimentos.

IS

3.4 SUGESTOES

- Implantavao de urn processo seletivo padrao para todas as Escolas de Aprendizagem do

SENAl. a tim de melhorar 0 nivel do aluno e a qualidade da fonnayao profissional ofertada

pelos rnesmos.

- Constante amilise dos processos seletivos empregados por meio dos resultados do acornpa-

nhamento e reformul3yao dos mesmos quando necessiuio.

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DATA E ASSINATURAS

C.R.P. 08/06077

,GUu.M Ua"<ml f JJo.d:V ~Chiudia Elaine Lucena dos Santos Lima

C.R.P.08/06129

Tania Mara de Goes Furtado

C.R.P.088/08

Curitiba, 17 de mar,o de 1997.

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REFERENCIAS BmLlOGAAFICAS

I. ASSUMPC;AO, Maria Luiza 1. Estruturacao da Entrevista Psicol6gica. Atlas, Sao Paulo,1977.

2. BLEGER, Jose. Temas de Psicologia: entrevista e grupes. Martins Fontes, Sao Paulo,1993.

3. CHIAVENATO,ldalberto. Recursos Humanos. Atlas, Sao Paulo, 1992.

4. SERSON, Jose. Curso Basico de Administracao de Pessoal. LTR, Sao Paulo, 1975.

5. TOLEDO, Flavia. Administradio de PessoaJ: Desenvolvimento de Recursos Humanos.Atlas, Siio Paulo, 1992.

6. UNlVERSlDADE FEDERAL DO PARANA. Nonma, para apresentacao de trabalhos. 5.ed.Curitiba: Ed. Da UFPR, 1996. 2v.