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FA
LA C
AM
PEC
HE - M
AR
ÇO/2007
FA
LA C
AM
PEC
HE - M
AR
ÇO/2007
Pain
el d
a d
eva
staç
ão
Finalmente, as propostas da Planície poderão fazer parte do
Plano Diretor Participativo de Florianópolis
Págin
a 3
a 1
0
A falta de água é um
a realidade - Págin
a 5
12
Novidades do C
onselho deSegurança do C
ampeche -
Págin
a 4
Bar do Chico rum
o à vitóriaPágin
a 1
0
A folia do C
arnaval do Cam
pechePágin
a 1
1
UNIDA
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Um
a Publicação dos
Moradores do B
airro
Antoninha S
antiago, Ataíde S
ilva, Carm
en Garcez,
Da
nie
l Va
lois, D
elfin
o C
oe
lho
, De
lson
Va
lois,
Fernando C
ardenal, Fernando P
onte, Isolete Dozol,
Janice Tirelli, João A. das C
hagas, Márcia M
árquez,M
arcos J. Silva, M
iliza Fehlauer, R
aul Burgos, S
ilvioda C
osta Pereira, Telm
a Piacentini, Telm
a Pitta,
Tereza Barbosa, V
alter das Chagas.
Tiragem: 8.000 exem
plares
Particip
ara
m d
esta
ediçã
o:
FA
LA
CA
MP
EC
HE
– Pau
lo, como é o teu
proces-
so criativo?P
AU
LO
GA
IAD
– O m
eu trabalho é norteado basica-m
ente pelas questões da mem
ória, e vou construindohistórias que vão estruturar o resultado final, a obra emsi. P
osso trabalhar a partir de situações que envolvem a
minha m
emória pessoal, com
o fiz de 1992 a 1998, ondeescrevo textos que justificam
e criam conceitos de enfoque.
Crio um
título para o conjunto do trabalho e dou início aum
a série grande de obras que podem envolver pintura,
colagem, fotografia, objetos, ou seja, várias linguagens.
De 2002 para cá, passei a trabalhar com
a mem
ória cole-tiva. Tento resgatar im
agens, repensar fatos ou textos,tornar presente algum
a coisa quase perdida.
FC
– Fale u
m p
ouco d
as suas ú
ltimas exp
osiçõese se tem
algum
a próxim
a agend
ada.
PA
UL
O G
AIA
D – E
m novem
bro de 2006, passei uma
semana na E
slovênia, onde participei de uma coletiva
com artistas de várias partes do m
undo. Houve a inau-
guração de um m
useu onde minha obra está incluída.
Na sem
ana seguinte, abrium
a exposição individualn
a cidade de Rijeka, n
aC
roácia, e depois passeim
ais três seman
as emA
msterdã produzindo em
um estúdio. E
stou expon-d
o agora em m
arço no
Museu de A
rte de Santa
Ca
tarin
a,
aq
ui
emF
lorianópolis. Ocupo m
e-tade do m
useu e quero queseja u
ma boa exposição,
porque desde 2001 n
ãofaço um
a mostra individu-
al aqui e, por coincidência,está fazendo 20 anos des-de a m
inha primeira indi-
vidual em
Florian
ópolis.Q
uero merecer o respeito
que as pessoas têm pelo m
eu trabalho.
FC
– Por q
ue escolh
este o Cam
pech
e para m
o-rar com
tua fam
ília e fazer a tua arte?
PA
UL
O G
AIA
D – V
ivo no Cam
peche há 20 anos, desdea época em
que ainda era um paraíso preservado e prote-
gido. Sinto falta daquele tempo. Tem
muito m
orador novo
que n
ão tem n
enh
um
comprom
isso e nen
hu
menvolvim
ento com o bairro. C
riei meus filhos aqui,
sei que eles têm consciência de que cresceram
numlugar onde a natureza e as pessoas são especiais. E
,para a produção do m
eu trabalho, estar aqui é fun-dam
ental. Posso m
e alimentar de idéias lá fora, m
asé aqui que as transform
o em obra.
FC
– Ten
s preocu
pações em
relação ao futu
-ro d
o Cam
pech
e?P
AU
LO
GA
IAD
– Não podem
os evitar o progresso,m
as espero que a gente consiga evitar que esse nossopedaço tão precioso perca suas características, com
oaconteceu com
o Jurerê, Canasvieiras, Ingleses, B
ra-va e todos os cantinhos m
aravilhosos que existiamnas praias do N
orte da Ilha. É m
uito triste ver uma
ilha como a nossa se render de form
a tão vergonhosaao poder financeiro... A
cho que o que mais precisa-
mos no C
ampeche é de um
centro cultural onde pos-sam
acontecer cursos, palestras, mostras culturais e
musicais de boa qualidade, para que as pessoas te-
nham acesso a inform
ação ecultura, para que as crian-ças possam
, desde muito no-
vas, entrar em contato com
uma educação de boa quali-
dade que lhes dê base parase desenvolverem
de forma
aceitável. Não podem
os co-brar nada deles se não abrir-m
os o acesso.
FC
– Co
mo
mo
rad
or e
artista
, q
ue
r d
eix
ar
um
a men
sagem p
ara osjoven
s do C
amp
eche?
PA
UL
O G
AIA
D – E
u diriaa eles que não tenham
medo
da vida, não tenham m
edo deousar, que procurem
um ob-
jetivo para sua vida e corramatrás dele, sem
nunca deixar de acreditar. A vida às
vezes pode exigir muita luta, m
as vale a pena. Qual-
quer coisa que fizerem, façam
bem-feito, com
consci-ência, com
vontade, e então vão encontrar a realiza-ção e, por conseqüência, a felicidade, m
esmo que seja
a atividade mais sim
ples. Eu diria: cuidem
deste nos-so C
ampeche, ele está nas m
ãos de vocês também
.
No d
ia 2
de a
bril, a
Rá
dio C
omu
nitá
riaC
ampech
e (104.9 FM
) completa dois an
os da pri-m
eira transm
issão e, nesse período, foram
dadosim
portantes passos ru
mo à su
a consolidação, com
oa con
strução de su
a sede, a instalação do poste da
anten
a definitiva e a m
elhoria dos recu
rsos do es-tú
dio. A partir deste an
o, a rádio iniciou
um
a nova
fase, que tem com
o foco o aumento de sua integração
com os associados e com
toda a comu
nidade (agora
possível, por ter sido viabilizada um
a estrutu
ram
ínima do estúdio) e tam
bém o objetivo de conquis-
tar sua su
stentabilidade operacion
al e finan
ceira.N
este início de ano, destaca-se o novo repertóriom
usical, com a recuperação do acervo da rádio (qua-
se 10 mil m
úsicas), possível devido à aquisição deum
novo computador, que ainda está sendo pago. O
programa H
orário Nobre é outro destaque, que per-
mite a participação dos associados na program
ação,a disponibilização da relação de m
úsicas tocadas e onovo visual do site: w
ww
.radiocampeche.com
.br. Em
breve, a programação será transm
itida via web.
No últim
o dia 15 de março, a R
ádio Cam
peche pro-m
oveu um debate com
os associados sobre a sua pro-gram
ação musical para conhecer a opinião dos ouvin-
tes, e outro debate está previsto: a própria concepçãoda rádio, com
o rádio comunitária. É
importante que
se tenha em m
ente que a Rádio C
ampeche não tem
um dono, ela é de todos, e a sua program
ação tende aser o resultado da participação dos associados.
Os m
elhores dias para se con
hecer a sede da rá-
dio são as terças, quin
tas e sábados, das 10h ao
meio-dia, n
a Travessa Iracema das C
hagas P
ires,80 (travessa da ru
a das Corticeiras). O
s conta
tosp
odem
ser feitos pelos telefon
es 3237-2022(q
ua
nto h
ouver locu
ção a
o vivo) ou 3201-1530
(opçã
o 1, pa
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eixar reca
dos), ou
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to@ra
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eche.com
.br.
Rádio Cam
pechecom
gás total em 2007
Arte e m
emória
: A fé d
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cam
pech
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chegou
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20
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ície do C
ampech
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ocal: Catalin
a (em fren
te à Escola
Brigad
eiro Eduard
o Gom
es)In
ício d
ia 30, sex
ta-feira, às 18h30
Dia 3
1, sáb
ado, a p
artir das 9
horas
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Fala nunca
vai cansar
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l 2007
O C
arnaval do C
ampech
e deu u
m ban
ho! O
h!
No sábado, o C
ampech
e estava pra lá de anim
ado.A
banda do Z
é Pereira, form
ada pelos nativos do
Ribeirão da Ilh
a, em parceria com
o Ôn
odi, veiofech
ar o festival de surf “18 S
urfoco”.
O m
estre do pandeiro é u
m artista. A
banda e
um
a galera saíram do largo da igrejin
ha às 18 h
o-ras e foram
pulan
do e dançan
do até o Bar do C
hico
na praia do C
ampech
e, onde dan
çaram até as 21
horas. N
a maior em
polgação!
***
No D
omingo de C
arnaval, o bloco Ônodi saiu do
largo da Igrejinha São S
ebastião e seguiu pela ave-nida C
ampeche, até o condom
ínio Novo C
ampeche.
Voltou ao largo da igreja e lá ficou até as 10 da noi-
te. Um
a grande folia. Muita fantasia bonita. A
té opapa se abraçou com
a diabinha! A m
úsica estavaanim
adíssima, tinha até m
esmo m
odinhas dos ve-lhos carnavais. O
povo se soltou! O bloco contou com
a participação do Rei M
omo e P
rincesas da cidade.A
o som da B
andinha do Marinho.
O C
ampeche com
o um todo é um
“estadode espírito”. E
spírito de luta e democracia
adjetivada – a democracia participativa. O
Dossiê C
ampeche, as O
ficinas, os Encon-
tros, os “dias de campo”, o “Plano D
iretorC
omunitário” elaborado com
uma assessoria
técnica inteligente e competente, é toda um
ahistória de lutas que engrandece nativos e“estrangeiros” que se incorporaram
aoespírito de luta, logom
arca do Cam
peche.D
epois de anos de sacrifícios, renúnciaàs delícias de fins de sem
ana, em pleno
verão, encontros durante a semana em
locais diversos, à noite, com perdas de
preciosas horas de repouso, finalmente
uma luz no fim
de túnel. As regras do
“Estatuto da C
idade” finalmente estão
sendo acatadas pelo poder municipal
através do Ipuf.A
gora está em nossas m
ãos aform
atação oficial de um P
lano Diretor
Paticipativo (PD
P), preservacionista e queprivilegie a qualidade de vida. V
ai dependerda união de todas as entidades com
unitáriase da consciência de que o cidadão represen-ta o “controle social”, não obstante o pesodos cifrões de em
presários da construçãocivil e do turism
o, cuja divisa é: “O lucro
acima de tudo”.
Em
blematicam
ente, a primeira audiência
pública, destinada a definir os nomes dos
representantes distritais no Núcleo G
estordo PD
P, foi realizada no Cam
peche. Não
obstante, mais um
a vez, já havíamos saído
na frente, posto que, na Assem
bléia Com
u-nitária realizada no dia 23 de outubro de2006, elegêram
os, democraticam
ente,nossos representantes junto ao N
úcleoG
estor do PDP.
Na A
udiência Pública em 23 de novem
-bro de 2006, convocada pelo Ipuf e realiza-da na Sociedade A
migos do C
ampeche, a
tensão estava nos nervos e mente dos
bravos campechanos(as), que queriam
verrespeitado o direito de decisão com
unitária:a hom
ologação da escolha dos representan-tes dos distritos, em
Assem
bléia pública elegítim
a. A
bertos os trabalhos, após breves
211
CO
NSU
MATU
M EST
negociações, com a participação de
mem
bros do Conselho Popular da Planí-
cie, o presidente do Ipuf referendou osnom
es, submetendo-os à aprovação das
cerca de 250 pessoas presentes, quereiteraram
a decisão da Assem
bléia, poraclam
ação.O
Ipuf elaborou um calendário de
Audiências Públicas para escolha dos
representantes dos 13 distritos em que foi
dividida a cidade de Florianópolis, e asaudiências foram
realizadas - com altos e
baixos -, mas aí estão os 13 representan-
tes distritais no Núcleo G
estor do PDP e,
praza aos deuses, santos e orixás, quetodos se unam
no mesm
o propósito deservir ao interesse coletivo, ao m
eioam
biente e à melhor qualidade de vida
para a gente de nossa cidade, na elabora-ção do PD
P.O
que é mais significativo sobre a
participação popular: as Audiências
Públicas, por meio das A
ssembléias
Populares, serão as instâncias de deci-são. A
s reivindicações e propostas parao Plano D
iretor Participativo toma
como base o Plano D
iretorC
omunitário,m
as deverão ser feitasnovas leituras em
reuniões, oficinas esem
inários temáticos, sem
pre submeti-
das à aprovação da Assem
bléia Popularda Planície do C
ampeche.
Você vai saber m
ais a respeito doPlano D
iretor Participativo e marcar na
sua agenda que o II Seminário C
omu-
nitário de Planejam
ento da Planície
do Cam
peche (Fazenda do R
io
Tavares, Cam
peche e Morro das P
e-dras) acontecerá nos dias 30 e 31 dem
arço.N
este número, publicam
os uma série
de matérias que vão ajudar a com
unida-de a entender todo esse processo departicipação: um
resumo do D
ossiêC
ampeche, com
as principais diretrizeselaboradas no S
eminário de 1997. V
ocêvai se inform
ar sobre os movim
entosS
.O.S
. Sul da Ilha, C
onseg doC
ampeche e a luta pelo tom
bamento do
Bar do C
hico.
E ainda:
• a luta por condições para o curso Pré-V
estibular Com
unitário;• o depoim
ento do artista plástico PauloG
aiad, morador do C
ampeche, que falou
sobre seu trabalho e suas preocupaçõescom
a região;• a crônica C
onsumatum
Est alerta para o
destino da nossa Ilha se as autoridades nãose preocuparem
com ela.
• o Carnaval deste ano foi m
uito bom para
quem acom
panhou os blocos Alagados,
Deca R
afael e o Ônodi!!!!
Boa leitura!
Foi n
o limiar do an
o da graça de 2010 que as
previsões dos ecologistas, dos aman
tes da natu
re-za, dos biólogos e dos ocean
ólogos se confirm
aram.
Até en
tão, os empresários qu
e foram m
odificando
a paisagem da Ilh
a com seu
s impon
entes arran
ha-
céus, belíssimos, coloridos, m
odernos... alcunhavamcien
tistas, técnicos e defen
sores da natu
reza de“ecoch
atos” – apelido adotado por algun
s jornalis-
tas quan
do se referiam aos qu
e lutavam
pela pre-servação.
Agora o assu
nto era pú
blico, não h
avia como
esconder a verdade dian
te do líquido am
argo que
pingava das torn
eiras. O avan
ço da cun
ha salin
a.O
s poucos m
anezin
hos qu
e ainda resistiam
aoavan
ço implacável de ou
tras duas cu
nh
as – a doIP
TU
e a da constru
ção civil – discutiam
nas es-
quin
as a destruição da L
agoa do Peri: “O
s hom
i dizqu
i é um
a tar de cun
ha salin
a... tá aqui n
o jorná...”.
Um
a jovem
dou
tora, d
inâ
mica
bióloga
eocea
nógra
fa d
a U
FS
C, “velh
a” b
ata
lha
dora
ambien
talista, que tan
to clamara e tan
to adverti-ra para a tragédia an
un
ciada, fazendo coro com
oP
rojeto Laru
s, fora mais u
ma voz “clam
ando n
odeserto”. A
gora, explicava pacientem
ente a origem
da tragédia à jornalista n
ervosa (porque tam
bémm
orava no S
ul da Ilh
a): “Min
ha am
iga, não se agri-
de a natu
reza impu
nem
ente. O
s aterros da Baía
Su
l, a Beira-M
ar Norte, a V
ia Expressa S
ul, cu
jom
érito não se discu
te, a Beira-M
ar Con
tinen
tal, oau
men
to da densidade popu
lacional, a destru
içãoda vegetação de restin
ga, o aterro da Lagoa da
Ch
ica, o consu
mo da pou
ca água potável extraída
da Lagoa do P
eri, bem acim
a da capacidade derecarga, pela em
presa privada que su
bstituiu
aC
asan, tu
do contribu
iu para o silen
cioso avanço do
mar, por baixo das poucas dunas que restaram
, apóso boom
da constru
ção civil. É por isso qu
e a água
da Peri está tão salgada qu
anto a da C
onceição...”.
Os poucos habitantes que restaram
, aqueles quen
ão tinh
am recu
rsos para mu
dar pra algum
lugar
onde ain
da existia água potável, con
viviam com
afeden
tina asfixian
te, porque a águ
a vendida a peso
de ouro pelos cam
inh
ões-pipa era suficien
te ape-n
as para a ingestão, preparo dos alim
entos e u
ma
discreta higien
e pessoal...N
o contin
ente, a situ
ação era também
de cala-m
idade, por outras razões: a destru
ição da mata
ciliar para a produção de carvão e a polu
ição pelafalta de san
eamen
to básico.O
s empresários, don
os dos gigantescos em
pre-en
dimen
tos, tanto n
o Su
l como n
o Norte da Ilh
a, jáh
aviam partido para M
iami, paraísos do C
aribe eE
uropa. G
ozavam as delícias do seu
dinh
eirinh
o,pru
dentem
ente en
viado para a Su
íça, anteven
do oqu
e iria acontecer n
essa grande cloaca a céu
aber-to, ou
trora denom
inada Ilh
a da Magia.
Con
sum
atum
est. Era o qu
e dizia a tabuleta, co-
locada na cabeceira da pon
te de acesso à Ilha de
Santa C
atarina, por um andarilho que partira para
outras plagas, à cata do precioso líqu
ido...
Dan
iel Valois (valois@
intergate.com
.br) éS
ecretário do In
stituto S
ócio-Am
biental
Cam
peche – IS
A-C
ampech
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CAMPECHADAS
10 an
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997 - 2
007)
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97
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tiragem
de 8
mil exem
pla
res e conta
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atrocín
iod
os comercia
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de.
Pesca d
a Ta
inha
No dia 3 de fevereiro, o docu
men
tário Pesca
da
Ta
inh
a n
o Ca
mp
eche, com
52 min
utos de
duração, foi apresen
tado no S
alão Paroqu
ial daIgreja S
ão Sebastião
O salão lotou
, faltou cadeira! A
nim
adíssimos,
estavam lá todos os pescadores e su
as famílias, e
também
os neon
ativos. O docu
men
tário é ótimo e
tem h
istórias engraçadas. C
omeça
com lin
das cenas da pesca n
os anos
30 e foi dividido em 4 partes: O
Ped
i-d
o (missa e reza n
o ranch
o para um
aboa safra); A
Espera (vigília de cardu
-m
es, quan
do são entrevistados os srs.
Trogildo T. Vigân
ico, Getú
lio Inácio e
Helio F
austin
o); A C
aptura (localiza-
ção dos cardum
es, estratégia de pes-ca, a partilh
a entre os cam
aradas e acom
un
idade em geral, além
da venda
(entrevistas de F
ábio Dan
iel e sr.A
dílio); Confraternização (com
er o cal-do e a pesca ju
ntos con
tando h
istóriase estórias da vida local e dos pescado-res, com
entrevista
de F
ran
cisco
II Sem
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Com
unitário
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lanejam
ento
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Plan
ície do C
ampech
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ocal: C
lube C
atalina
Início
dia 3
0, sex
ta-feira, às 18h30
Dia 3
1, sáb
ado, a p
artir das 9
horas
Para quem
não sabe, o bloco de Carnaval Ô
nodijá é um
a história com 10 anos. S
uas performances
e músicas versam
sempre sobre a vida e a cultura
local manezinha – que já hom
enageou Seu C
hico ea D
. Nicota com
o personagens da cultura local.S
em h
omen
agem especial n
este ano, o tem
a2007 era: “Ô
istepô u P
olo Lopes já passô???”, em
referência a u
ma h
istória colhida n
o Mercado P
ú-
blico, onde os n
ativos, décadas atrás, ficavam es-
perando a passagem
do ônibu
s que partia para o
mu
nicípio de P
aulo L
opes às 10 horas e isso sig-
nificava a sen
ha para com
eçarem “os trabalh
os”,ou
seja, daí em dian
te, todos podiam tom
ar o seu“tragu
inh
o”. E se pergu
ntassem
as horas: “U
ons
de Pólo L
opes passa as deiz hora”. A
h! O
Polo
Lopes é terceiro polo da terra!
***
Na Terça-F
eira de Carnaval, o tradicional blo-
co do Deca R
afael saiu às 15h do Bar do L
uizinho,na avenida C
ampeche, arrastando centenas de fo-
liões pelas ruas do Cam
peche, resgatando carna-valescos no cam
inho por onde passava.
O bloco foi criado pelo saudoso D
eca Rafael, há
mais de 25 anos. O
s participantes e simpatizantes
são pescadores e nativos da região, e também
mo-
radores do Cam
peche. A esposa do fundador, D
onaC
hica, aos 94 anos participa dos desfiles, que sãosem
pre animados por um
trio elétrico, em que as
músicas são executadas pelo filhos e netos do D
ecaR
afael.A
apresentação do D
eca Rafael acon
tece sem-
pre às terças-feiras de Carn
aval e o esquen
ta én
o Bar do L
uizin
ho. Todos os an
os, conta com
aparticipação do R
ei Mom
o e Sua C
orte. Aliás, nes-
te ano a corte tin
ha com
o primeira-prin
cesa doC
arnaval a n
eta do Deca R
afael.
Alexan
drino D
aniel, o S
eu C
hico). À
s vezes não
enten
demos o “m
anezêis”. A
cho qu
e precisa de le-gen
da nos m
omen
tos mais en
tusiasm
ados dosn
ossos pescadores.P
arabéns ao A
demir D
amasco, qu
e veio lá deR
atones fazer algu
ns vídeos legais por aqu
i. Foi
ele também
, com seu
filho G
ustavo, qu
e editou o
vídeo Seu
Ch
ico e o Presen
te.
FA
LA C
AM
PEC
HE - M
AR
ÇO/2007
FA
LA C
AM
PEC
HE - M
AR
ÇO/2007
Pain
el d
a d
eva
staç
ão
A prim
eira tentativa de demolição do B
ar do Chico na
praia do Cam
peche foi no dia 25/2/2000. Naquele dia, um
grupo de funcionários da Floram
chegou com um
batalhãopolicial. P
or sorte, advogados e moradores ali presentes ti-
nham em
mãos um
despacho do desembargador S
érgio Pa-
ladino suspendendo a liminar.
Em
abril de 2001, os morado-
res entraram com
um pedido de
tombam
ento do bar, in
cluin
do,além
do próprio estabelecimento,
a trilha desde a Capela de S
ão Se-
ba
stião e a
pin
guela
sobre o
córrego, até as dunas atrás do bar.A
trilha é por onde passa a procis-são do S
enhor dos Passos, e a cru-
cificação antes da Páscoa era en-
cenada n
as dun
as. O pedido de
tombam
ento, contendo um abaixo-
assinado com m
ais 1.570 assina-tu
ras, foi enviado ao Iph
an, ao
Ipuf, ao Ministério P
úblico Esta-
dual, documentado com
estudos einform
ações sobre a influência e aim
portância desses patrim
ônios
na vida da coletividade.E
m m
aio de 2002, o bar che-
gou até a ser des-telh
ado por fiscais da Floram
, mas foi a
comu
nidade qu
e impediu
o ato e os advogados novam
en-
te consegu
iram im
pedir a demolição.
Mas o Ipu
f negou
o pedido por interm
édio de seus di-
retores. O argu
men
to utilizado foi de qu
e não se tratava
de patrimôn
io a ser preservado.T
emp
os dep
ois, a trilha foi cercad
a, a pin
guela,
destruída, e su
rgiu u
ma n
ova trilha feita com
entu
lhos
criando u
m diqu
e que em
poça as águas.
No dia 12 de setem
bro de 2006, deu-se a terceira ten
-tativa de dem
olição do Bar do C
hico, decorren
te do mes-
mo processo ju
dicial de 2000. Naqu
ele dia, um
a redecom
un
itária de inform
ação espalhou
a notícia com
o um
foguete. Telefon
emas, ch
amadas n
a Rádio C
omu
nitária
do Cam
peche, m
oradores, freqüen
tadores e os meios de
comu
nicação da cidade alertaram
sobre a possível per-da de m
ais um
ponto referen
cial da identidade da cida-
de, principalm
ente do C
ampech
e. Há dois an
os, perde-m
os, de um
sábado para domin
go, um
lindo en
genh
o na
avenida C
ampech
e que n
os alegrava a vista e nos dava
um
a referência dos an
tigos deste lugar. F
oi triste! Hoje,
nada m
ais existe ali.
Bar do Chico prestes a ser tom
bado
Em
agosto de 2005, teve início o P
ré-Vestibu
lar Co-
mu
nitário, qu
e surgiu
de um
a iniciativa da A
ssociaçãode M
oradores do Cam
peche - A
MO
CA
M, do F
órum
Per-
man
ente de S
aúde, en
tre outras en
tidades da Plan
ície,devido à falta de oportu
nidade de joven
s e adultos para
terem u
ma vid
a melh
or, fugin
do m
uitas vezes d
am
arginalidade.
Foi u
m an
o difícil, pois as pessoas não eram
da áreada edu
cação e não tin
ham
nen
hu
m con
hecim
ento de cu
r-sin
ho pré-vestibu
lar, somen
te a vontade de acertar. F
o-ram
abertas vagas para 120 alun
os de baixa renda e apa-
receram 225 in
scritos. Foi m
ais difícil para a coordena-
ção fazer a seleção, não só pela qu
estão da renda, m
astam
bém porqu
e tinh
a de considerar qu
e, se a pessoa pro-cu
rava o curso, era porqu
e queria m
udar su
a história e
da sua fam
ília.O
projeto teve como parceiros professores volu
ntários
e professores bolsistas; a Udesc, com
a orientação peda-
gógica; a Secretaria da E
ducação, com
os bolsistas do
Cursinho Pré-Vestibular precisa de apoio
103
O pedido de dem
olição do ínfim
o bar do velho
Ch
ico, hom
em com
seus 82 an
os, 30 dos quais ali
trabalhan
do, projetou-se com
o nu
m film
e desu
spense, e o am
biente leve e livre estava pesado
e triste. Um
grande mal-estar tom
ou conta de to-dos, inclusive do oficial de justiça, dos policiais e
fiscais da Floram
. Era forte a sensação de desam
-paro, pelas leis, pela justiça, e a indignação ante odesrespeito à sociedade e a sua identidade.
Todas as man
ifestações populares estavam
afavor da perm
anên
cia do bar como u
m referen
cialdo lu
gar, da identidade cu
ltural da Ilh
a e do ser efazer de ou
tros tempos n
o Cam
peche. M
uitos
freqüen
tadores question
avam por
que o Bar do C
hico seria mais agres-
sivo do que outras obras mais recen-
tes e impactan
tes na paisagem
, deu
so restrito, nas praias da Ilh
a deS
anta C
atarina.
Novo abaixo-assin
ado foi feitopela preservação do B
ar do Chico. D
en
ovembro de 2006 até jan
eiro de2007, foram
conseguidas 1.200 assi-naturas. U
ma com
issão de morado-
res foi ao Ministério P
ublico Estadu-
al, que enviou seu técnico ao bar paraum
a vistoria. O relatório considerou
as particularidades do local, a pro-
priedade, os proprietários, o contexto histórico, ograu de im
pacto ambiental, a atividade tradicio-
nal, o envolvimento com
unitário e familiar, o po-
tencial socioambiental, tudo para subsidiar tec-
nicamente a P
romotoria da capital para encam
i-n
ham
entos fu
turos. S
ua con
clusão: “E
xisteem
basamen
to legal à per-m
anência do Bar do C
hicona P
raia do Cam
peche. (...)O
bar já é patrimônio cultu-
ral da comunidade, com
o de-m
onstra o pedido de tomba-
mento, as m
anifestações eregistros em
jornais e revis-tas, e m
ais recentem
ente,
em um
filme”.
A F
loram, o M
inistério
Pú
blico Estadu
al, a Procu
-ra
doria
do m
un
icípio e
mem
bros da comu
nidade
elogiaram, n
a últim
a reu-
nião, em
janeiro 2007, o re-
latório de vistoria do MP
Ee preten
dem acatar a pos-
sibilidade de tombar o B
ard
o Ch
ico como u
m b
emim
aterial e patrimôn
io cultu
ral da cidade deF
lorianópolis.V
amos torcer para qu
e isto sejaverd
ade o m
ais breve possível!E
m frente ao B
ar do Chico com
eçaram as au-
las de surf para a form
ação de jovens in
struto-
res: um
a iniciativa do projeto A
roeira para jo-ven
s das comu
nidades caren
tes.
TO
DO
S os bairros da cidade
de Florian
ópolis, seus m
oradoresda ilh
a e no con
tinen
te, queren
-do ou
não, a partir deste m
ês dem
arço estarão envolvidos n
o pro-cesso de revisão ou
elaboraçãodos plan
os diretores.A
definição de P
lanos D
ireto-res M
un
icipais com a participa-
ção popular é u
ma exigên
cia delei desde a aprovação do E
statu-
to da Cidade em
2002 (Lei 10.257/
01). Ou
seja, os governos m
un
ici-pais, ju
ntam
ente com
a popula-
ção do mu
nicípio, devem
definir,
com base n
o interesse coletivo,
norm
as que regu
lam o u
so do es-paço u
rbano, a segu
rança, o equ
i-líbrio am
biental voltados para o
bem-estar dos cidadãos. O
Art. 2º
II do Estatu
to se refere à partici-pação popu
lar como “gestão de-
mocrática” dos vários segm
entos
da comunidade e suas associações
representativas para form
ular,
executar e acom
panh
ar planos,
programas e projetos de desenvol-
vimen
to urban
o.N
o nosso caso, devem
os atua-
lizar, de forma participativa, o
Plan
o Diretor d
os Baln
eários(1985) e o P
lano D
iretor do Dis-
trito Sede (1997), defin
ições que
deverão estar integradas ao m
es-m
o tempo ao plan
ejamen
to urba-
no das regiões/distritos para de-
finir o P
lano D
iretor Mu
nicipal.
O processo de elaboração do P
la-n
o D
iretor P
articipativo
de
Florian
ópolis, foi aberto tardia-m
ente, em julho de 2006, com
anova gestão que assum
iu o Ipuf. ON
úcleo Gestor M
unicipal, com a
maioria
dos
represen
tantes
distritais e subdistritais escolhidosem
audiências públicas, está cami-
nhando para sua instalação final.In
forme-se n
o boxe ao lado so-bre o qu
e já foi feito e como a
Plan
ície do Cam
peche está or-
ganizad
a para p
articipar. O
useja
, VA
MO
S N
OV
AM
EN
TE
TE
NT
AR
levar nossas propostas
sobre a Plan
ície para que sejam
consideradas n
o Plan
o Diretor
da Cidade.
Program
a Prim
eira Ch
ance; a direção da E
scolaP
orto do Rio T
avares, que cedeu
o espaço da esco-la; a E
scola Au
tonom
ia, que cedeu
o uso da apos-
tila; a Rádio C
omu
nitária C
ampech
e; o Jornal do
Cam
peche. C
omo patrocin
adora, a Eletrosu
lviabilizou
a impressão das apostilas e m
ateriaisdidáticos para os alu
nos, além
da bolsa, camise-
ta, canetas e lápis.
Em
2006, os parceiros foram os m
esmos.
Hou
ve mais professores volu
ntários e en
trou a
Tra
ctebel,
qu
e d
oou
ao
curso
dois
retroprojetores. As dificu
ldades ainda foram
asm
esmas do an
o anterior: a falta do passe esco-
lar para os estudan
tes, a falta de um
vigia e deu
m adm
inistrativo qu
e viabilize o uso da bibli-
oteca, o armário com
chaves.
Mas a h
istória do cursin
ho em
2006 tomou
outras proporções, pois m
esmo com
os proble-m
as, em setem
bro seus coorden
adores foram
Plano Diretor Participativo de Florianópolis
A P
lan
ície do C
am
pech
e un
ida
vai ten
tar ou
tra vez!
convidados a participar da coorden
ação dosN
úcleos do C
efet.E
m 2
00
7, com
a a
prova
ção d
o projeto
contem
plan
do os qu
atro nú
cleos existentes,
todos os alu
nos receberão ap
ostilas. No fim
do an
o passad
o hou
ve conversa com
a Ud
escp
ara assinarem
um
convên
io que d
efina os
pap
éis da A
ssociação de M
oradores, d
a pró-
pria U
desc e d
a Secretaria d
a Ed
ucação. O
curso a
briu
vaga
s pa
ra 1
40
alu
nos, m
as
hou
ve um
acréscimo d
e inscritos: 220. O
u-
tra vez ficou d
ifícil para a coord
enação, qu
een
tend
e que qu
alquer form
a de seleção n
un
-ca é ju
sta 100%. P
ortanto, vão ban
car os80 alu
nos.
Está claro qu
e, se a secretaria não au
men
-tar o n
úm
ero de bolsistas, algun
s nú
cleos po-derão fech
ar, pois a comu
nidade qu
e procura
o projeto é de baixa renda.
* Meados de 2006. O
prefeito Dario B
erger elaboralei crian
do um
grupo execu
tivo, com represen
tantes
de órgãos mu
nicipais, coorden
ados pelo Ipuf, para en
-ca
min
ha
r o
Pla
no
Diretor
Pa
rticipa
tivo d
eF
lorianópolis, con
forme o E
statuto da C
idade.* A
primeira A
udiência Pública (2 de agosto de 2006)
convocada pelo Ipu
f, no T
AC
, cria o Nú
cleo Gestor M
u-
nicipal (N
GM
) para coordenar o processo n
a cidade(com
posto da seguin
te man
eira: 10 representan
tes doE
xecutivo m
un
icipal, 16 representan
tes da sociedadecivil – m
ovimen
tos sociais, sindicatos de trabalh
ado-res, O
NG
s, un
iversidades, Con
segs – e 13 represen-
tantes distritais eleitos por su
as comu
nidades). A
pro-posta de in
clusão dos distritos, discu
tida no C
onselh
oP
opular da P
lanície do C
ampech
e, foi fortalecida e in-
corporada pelos movim
entos sociais da cidade. O
Nú
-cleo G
estor Mu
nicipal passa a ser com
posto por 39 re-presen
tantes.
* De agosto a novem
bro de 2006, o Núcleo G
estor de-senvolveu seus trabalhos com
26 mem
bros, sem os re-
presentan
tes distritais.* N
esse período, algumas com
unidades organizadas
começaram
a questionar a demora na realização de au-
diências públicas nos bairros e as tomadas de decisão
sem a presença dos represen
tantes distritais.
* O C
onselh
o Popu
lar da Plan
ície do Cam
peche
(CP
PC
) decidiu participar do processo oficial e form
ouu
ma com
issão para contatar o Ipu
f e solicitar apoiooperacion
al para realizar um
a assembléia n
o bairroem
setemb
ro, pa
ra eleger seu
s represen
tan
tesdistritais. O
Ipuf expôs as dificu
ldades para compor o
Nú
cleo Gestor M
un
icipal, ainda provisório, devido às
diferentes con
dições organizativas de cada distrito ou
segmen
to social.* E
m setem
bro, o CP
PC
convoca u
ma assem
bléiacom
un
itária para criar o Nú
cleo Distrital (N
D), ele-
ger seus represen
tantes e en
camin
har seu
s nom
espara o N
úcleo G
estor Mu
nicipal. A
assembléia com
u-
nitária acon
teceu em
23 de setembro de 2006, n
a Es-
cola Mu
nicipal B
rigadeiro Edu
ardo Gom
es.* A
assembléia deliberou
pela formação do N
úcleo
Distrital da P
lanície do C
ampech
e, a partir do CP
PC
,qu
e já agregava entidades, associações, pessoas,
subn
úcleos, con
selhos, e elegeu
seus represen
tantes,
um
titular e três su
plentes: Jan
ice Tirelli (C
ampech
e),F
ernan
do Carden
al (Morro das P
edras), Ataíde S
ilva(C
ampech
e) e Valter C
hagas (R
io Tavares) com
o por-ta-vozes da P
lanície n
o Nú
cleo Gestor, orien
tados pe-las defin
ições coletivas retiradas nas reu
niões/assem
-bléias popu
lares (que é a in
stância de deliberação das
decisões dos bairros).* O
s representan
tes da Plan
ície compareceram
àreu
nião do N
GM
, em 5 de ou
tubro, e en
tregaram u
mofício apresen
tando a represen
tação da região, jun
ta-m
ente com
a ata e a lista de presença da assem
bléiacom
un
itária realizada, solicitando participar da reu
-n
ião. Na ocasião, m
embros do N
GM
question
aram a
representação eleita n
um
a assembléia com
un
itária ea su
a representatividade por n
ão ter caráter de audi-
ência pú
blica, mas perm
itiram a presen
ça dos nossos
representan
tes, sem direito a voz.
* O C
PP
C, diante da dem
ora da participação dos dis-tritos no N
GM
, iniciou uma articulação para pressionar
a formação com
pleta do Núcleo G
estor jun
to aos movi-
mentos sociais e populares com
representação no Nú-
cleo Gestor M
unicipal.* U
ma reunião do C
PP
C, em
30 de outubro, ondeestiveram
presentes mem
bros da Ufeco, do F
órum da
Cidade, do F
órum do M
aciço, redigiu um docum
ento aoN
GM
cobrando com veem
ência a realização de audiên-cias públicas para a form
ação dos núcleos distritais e aeleição dos seus representantes. Todos assinaram
o do-cum
ento, que foi protocolado no Ipuf.* E
m 8 de n
ovembro, é divu
lgado calendário do Nú-
cleo Gestor M
un
icipal para a realizar audiên
cias pú-
blicas no período de 23/11/2006 a 14/11/2006.
* A p
rimeira
au
diên
cia foi a
da
Pla
nície d
oC
ampech
e, na S
AC
, convocada com
recursos basica-
men
te do movim
ento com
un
itário: carro de som, ch
a-m
adas e entrevistas n
a Rádio C
ampech
e, cartazetesem
estabelecimen
tos comerciais, pan
fletos nos term
i-n
ais. Apesar da dificu
ldade, estiveram presen
tes cer-ca de 250 m
oradores, que legitim
aram a escolh
a dosrepresen
tantes eleitos n
a assembléia com
un
itária emsetem
bro.* E
m 18 de dezem
bro de 2006, foi realizada a últi-
ma reu
nião do an
o do Nú
cleo Gestor M
un
icipal, compresen
ça dos 13 representan
tes distritais eleitos nas
audiên
cias públicas de cada região.
* Em
18 de janeiro de 2007, o N
GM
retomou
suas
atividades e, desde então, está con
centrado n
a defini-
ção desse processo participativo dos distritos.* E
m 22 d
e janeiro d
e 2007, o Nú
cleo Distrital
da P
lanície d
o Cam
pech
e reinicia su
as atividad
ese com
eça a se prep
arar para p
ropor u
ma form
a de
particip
ação, fazer um
levantam
ento d
e inform
a-ções atu
alizadas e en
volver a comu
nid
ade n
a dis-
cussão. D
ecidiu
-se pela realização d
o II Sem
iná-
rio Com
un
itário em
ma
rço, com o ob
jetivo de
reavaliar as diretri-
zes de p
lanejam
ento
que serviram
de basep
ara o Plan
o Com
u-
nitário elaborad
o em2
00
0
na
s oficin
as
itineran
tes de p
lane-
jamen
to na P
lanície.
O processo con
duzido
pelo
Mov
imen
toC
am
pech
e Qu
alid
a-
de d
e Vid
a, a partir
da
s dem
an
da
s do I
Sem
inário, foi en
tre-gu
e à Câm
ara de V
e-rea
dores
como
sub
stitutiv
o ao d
oIp
uf, en
tregu
e emm
arço de 1999.
Por q
ue o
Bar d
o C
hico
seria
mais a
gre
ssivoque o
utra
s edifica
ções m
ais im
pacta
nte
s e d
e u
sore
strito n
a Ilh
a d
e S
anta
Cata
rina?
Aco
mp
an
he
o cro
no
gra
ma
do
PD
P
FA
LA C
AM
PEC
HE - M
AR
ÇO/2007
FA
LA C
AM
PEC
HE - M
AR
ÇO/2007
Pain
el d
a d
eva
staç
ão
Com
o parte dos movim
entos sociais da P
lanície do
Cam
peche, o C
onseg da P
lanície vem
atuan
do com o ob-
jetivo de fortalecer a seguran
ça pública com
o um
direitodo cidadão e obrigação do E
stado. Os in
dicadores de vio-lên
cia urban
a que assu
stam a popu
lação também
preo-cu
pam os m
oradores daqui. E
isso não é de h
oje.O
corrência
s rela
ciona
da
s a
fu
rtos e
roub
os,residen
ciais e comerciais, n
ão se desenvolvem
isolada-m
ente. É
claro que a segu
rança patrim
onial é im
portan-
te, mas ou
tros delitos também
nos preocu
pam, com
o aviolên
cia doméstica e a violên
cia ambien
tal. Sem
falarn
a violência da gran
de desigualdade social qu
e assola opaís.D
ois aspectos estão relacionados às atividades do
Con
seg da Plan
ície do Cam
peche: por u
m lado, n
os mobi-
lizamos a fim
de cham
ar os moradores e m
oradoras àparticipação, com
o ún
ica forma eficaz de tirar das gave-
tas as boas inten
ções e transform
ar as teorias em políti-
cas públicas de segu
rança, en
volvendo os diferen
tes seg-m
entos respon
sáveis pelo assun
to, fortalecendo aí os as-
pectos preventivos. C
omo se sabe, o m
ais difícil é a atua-
ção solidária que m
otive a constru
ção de um
a outra soci-
edade, em qu
e não prevaleça o in
dividualism
o como prá-
tica, desde o interior da própria casa, para abrir u
ma
perspectiva melh
or aos nossos joven
s.A
s ações mais em
ergenciais são tam
bém im
portantís-
simas: o policiam
ento com
un
itário, como con
ceito e como
prática, em cada bairro; a in
vestigação efetiva dos casos;o tratam
ento científico das informações, para serem
úteiscom
o dados de orientação às ações; respostas im
ediatas esegu
ras às deman
das da população; o en
trosamen
to en-
Conselho C
omunitário de Segurança
49
tre as polícias militar, civil e federal, in
cluin
dotam
bém a polícia am
biental, visto qu
e todas elasatu
am m
uitas vezes desarticu
ladamen
te, combaixo aproveitam
ento das ações preven
tivas eou
tras.P
ara que todos esses aspectos sejam
contem
-plados, é de su
ma im
portância a elaboração e a
execução de u
m P
lano M
un
icipal de Segu
rança
Pú
blica para Florian
ópolis. A atu
ação do coman
-do da 3ª C
ia. do 4o B
atalhão da P
M tem
repre-sen
tado um
ponto positivo, já qu
e vem estabele-
cendo u
ma relação de diálogo e respeito com
oC
onseg, entendendo o controle popular como um
acon
dição fun
damen
tal à participação democráti-
ca da sociedade. Esperam
os que o n
ovo coman
dodo 4
a Batalh
ão da PM
e o novo delegado-ch
efe daP
olícia Civil tam
bém com
un
guem
com os objeti-
vos comu
nitários.
Novid
ad
es d
a P
lan
ícieA
nova sed
e da 3
a Cia. d
a PM
contin
ua n
a av.P
equen
o Prín
cipe, agora vizinh
a da panifi-
cadora Bem
Vin
do, nu
m im
óvel bem m
aisam
plo, com m
elhores con
dições de trabalho
e um
a sala projetada para a participação dacom
un
idade nos projetos e pesqu
isas comu
-n
itárias.E
stá para ser estabelecido um
convên
io entre
os órgãos pertin
entes d
o Estad
o que per-m
itirá expandir a respon
sabilidade da PM
em fiscalizar e au
tuar irregu
laridades emobras. E
ssa é um
a medida tam
bém im
por-
tante, reivin
dicada há m
uito pela com
un
idadee im
prescindível para F
lorianópolis, con
heci-
da pelo seu frágil ecossistem
a, não raro ataca-
do pelas ações destruidoras de especu
laçõesim
obiliárias.O
Plan
o Diretor d
e Florian
ópolis, fin
almen
te,poderá ser participativo, se depen
der dos re-presentantes distritais que fazem
parte do Nú-
cleo Gestor. O
Con
seg é favorável à posição de-fen
dida pelos representan
tes da Plan
ície doC
ampech
e no N
úcleo G
estor, de que a base das
decisões é a comu
nidade. C
omo já en
camin
ha-
do pelo Con
selho P
opular da P
lanície, as au
di-ên
cias pú
blicas deverão ser am
plam
ente
divulgadas e d
ecisórias, ou seja, n
ão deverãoser m
eramen
te opinativas. O
s Con
segs tam-
bém estão represen
tados no N
úcleo G
estor eatu
arão coerentem
ente com
cada um
a de suas
comu
nidades represen
tadas. O assu
nto segu
-ran
ça pública certam
ente será u
m dos tem
asm
ais recorrentes.
Será iniciado neste sem
estre um p
rograma n
a rá-d
io co
mu
nitá
ria C
am
pech
e (FM
104.9),abordan
do assun
tos relacionados à cidadan
ia,à segurança pública e tem
as correlatos. Aguar-
de e participe. O com
ando da P
M e represen
-tan
tes do Con
seg, além de m
embros da rádio,
serão os responsáveis.
As reu
niões ord
inárias do C
onseg serão retom
a-das agora em
março e em
breve serão divulga-
dos o calendário e os locais. P
rocure se in
for-m
ar na sede da 3
a Cia e pelos avisos qu
e serãoafixados n
o comércio local e divu
lgados pelarádio com
un
itária.
Abastecim
ento da Costa Leste-Sul
O abastecim
ento da C
osta Leste-S
ul an
tes de 2000era feito através de poços artesian
os da Casan
localiza-dos n
a região arenosa en
tre dun
as, restingas e terraços
da Plan
ície do Cam
peche. A
s águas das ch
uvas qu
e caemn
o solo arenoso da zon
a costeira formam
um
grande lago
subterrân
eo, útil ao abastecim
ento pú
blico da zona cos-
teira. A águ
a vinh
a dolen
çol freá
tico -
aqüífero C
ampech
e –,sistem
a que in
terliga-va 15 poços em
anel e
que abastecia 42 m
ilh
abitantes até 2000
(24
d
e n
ovemb
ro),qu
ando a C
asan con
s-truiu e inaugurou a E
s-tação T
ratamen
to deÁ
gua de A
bastecimen
-to (E
TA
) da Lagoa do
Peri. A
obra teve um
custo de U
S$ 11,3 m
i-lh
ões (finan
ciados peloB
anco M
un
dial e Cai-
xa Econôm
ica Federal)
para aten
der 81 m
ilm
oradores d
a regiãoL
este e Su
l da Ilh
a:C
ampech
e, Arm
ação,P
ântan
o do Su
l, Rio Tavares, F
azenda do R
io Tavares,Tapera, M
orro das Pedras, A
reias, Lagoa da C
onceição,
Praia da Joaqu
ina, A
lto Ribeirão, C
aieira, Ribeirão da
Ilha, C
osteira do Ribeirão, praia M
ole, Barra da L
agoa.
A La
goa
do P
eri
A L
agoa do Peri foi legalm
ente protegida como
Parqu
e Mu
nicipal em
1981 (Lei M
un
icipal n°
1.828). Essa lagoa costeira de água doce dista m
e-n
os de 300 metros do m
ar em algu
ns lu
gares. Su
aform
açã
o é re-cen
te e resulta
da deposição desedim
entos m
a-rin
hos e eólicos
duran
te os avan-
ços e recuos do
mar, n
os últim
os6
mil a
nos. A
sareias form
aramcordões arenosose isolaram
um
ab
acia
côn
cava
qu
e foi
send
opreenchida pelaschuvas, riachos eágu
as subterrâ-
neas do en
torno.
O corpo d’águ
a,quando cheio, ex-travasa pelo ca-n
al
san
-gra
dou
ro, q
ue
desemboca 3 qu
ilômetros abaixo, en
tre a Praia
da Arm
ação e a do Matadeiro.
Este can
al era cheio de m
eandros (alças) qu
e
reduziam
o impacto das m
arés e ensopavam
a re-gião, facilitando a entrada dos peixes m
arinhos quem
igravam para desovar ou
se desenvolver n
a la-goa. E
m 1974, o D
NO
S retilin
izou o can
al, permi-
tindo u
m rápido escoam
ento das águ
as, que redu
-ziu
o nível da lagoa, afetou
a migração dos peixes e
dimin
uiu
mom
entan
eamen
te os alagamen
tos (que
se agravaram com
a ocupação das m
argens do san
-gra-dou
ro e o lançam
ento de resídu
os e esgotos no
seu leito).O
desm
ata
men
to e a con
tam
ina
ção d
osm
anan
-ciais de abastecimen
to da lagoa refleti-rão n
egativamen
te na qu
alidade da água do cor-
po receptor. Além
disso, o conju
nto form
ado pe-las areias, len
çol freático e restinga form
a um
abarreira n
atural qu
e impede a in
vasão das águas
marin
has ou
intru
são salina den
tro da lagoa. Em
2006, com o au
men
to da população, o u
so inten
-so das águ
as, somou
-se a estiagem e o can
al se-cou
. As águ
as que por ali circu
lavam eram
esgo-tos das residên
cias locais e um
forte mau
chei-
ro. É possível qu
e um
nível m
uito baixo da la-
goa permita a en
trada de águas m
arinh
as paraocu
parem os espaços das águ
as doces explora-das.P
or isso, é ma
is van
tajoso u
sar o len
çolfreá
tico: a á
gua
é filtrad
a e n
ão p
recisa d
eflocu
lantes. Já as desvan
tagens do u
so da La-
goa do Peri se devem
às mu
itas algas e partícu-
las, à dificuldade em
filtrar, além da n
ecessida-de de se u
tilizar grande qu
antidade de su
lfatode alu
mín
io e cloro.
ral
e socia
l d
o b
airro,
com
conseq
üên
cias
imprevisíveis na qualidade de vida da com
unidade;2. R
ejeitar, particularm
ente, a proposta de sis-
tema viário, in
compatível com
o ecossistema e o
modelo de vida do bairro;3. E
xigir a elaboração de um
novo P
lano D
ire-tor, qu
e leve em con
sideração as decisões do I Se-
min
ário
Com
un
itário
de
Pla
neja
men
to d
oC
ampech
e.
Pro
po
stas
A diversidade é um
a virtude do sistema viário de
um bairro. E
le deve fluir, integrar, manter passa-
gens e ruas históricas, priorizar o transporte coleti-vo e proteger o pedestre. E
ssa capilaridade é funda-m
ental porque proporciona a integração e a vivênciacom
unitária. O conceito de vias rápidas, com
o o ne-fasto projeto da V
ia Parque, prom
ove a destruiçãoam
biental, o isolamento, a insegurança e o estím
uloà ocupação da orla m
arítima.
A C
omissão propõe:
� Q
ue seja feito o aproveitam
ento dos traçados
viários já existentes, com
a adequação dos trech
oscríticos. É
fun
damen
tal a elaboração de um
estudo
técnico detalh
ado e criterioso sobre a necessidade
de alargamen
to e/ou m
odificação de ruas, com
aperspectiva de am
pliação e priorização do serviçode tran
sporte coletivo, mesm
o implican
do algum
asdesapropriações;
� P
rojetar o sistema viário de form
a a priorizara im
plantação de term
inais de in
tegração para in-
centivar o tran
sporte coletivo;�
Plan
ejar o sistema viário do C
ampech
e com o
conceito de vias de in
tegração e não de isolam
ento;
� C
riar mecan
ismos eficazes para a proteção
das áreas de domín
io no sistem
a viário, paradirecion
ar e facilitar o crescimen
to futu
ro;�
Avaliar a necessidade de novos traçados viários
somente após o estudo da capacidade das vias atu-
ais, depois de melhoradas e adequadas com
acosta-m
entos, calçadas e ciclovias;�
Articu
lar todo o planejam
ento de sistem
a viá-rio a u
ma perspectiva popu
lacional qu
e não agrida
ou com
prometa a qu
alidade de vida do bairro, re-jeitan
do qualqu
er víncu
lo com a projeção de 450
mil h
abitantes;
� A
dotar a legislação ambiental com
o diretriz parao planejam
ento do sistema viário. O
conceito de Via
Parqu
e, além de destru
ir o meio am
biente e o
ecossistema, separa a orla m
arítima da vida interior
do bairro, onde mantém
-se preservado um m
odeloresidencial horizontal e de qualidade;
� D
efinir e con
solidar os acessos à orla maríti-
ma, garan
tindo a preservação dos cam
inh
os histó-
ricos e projetando os n
ecessários, para facilitar eh
armon
izar a integração en
tre a comu
nidade e o
mar;�
Plan
ejar a criação de bolsões de estaciona-
men
to que aten
dam o flu
xo de veículos n
a áreabaln
eária, respeitando a legislação am
biental e ob-
servando u
m distan
ciamen
to que perm
ita o acessoà praia apen
as para pedestres. Os recu
rsos arreca-dados com
o uso das áreas de estacion
amen
to de-vem
compor u
m fu
ndo para a preservação ecológi-
ca do Cam
peche;
� P
lanejar a im
plantação de u
ma m
alha de
ciclovias no bairro, de forma que seja perm
itida, tam-
bém, um
a conexão interbairros;�
Estabelecer o sistem
a de calçamento com
o cri-
tério para a p
avimen
tação de ru
as, e não o
asfaltamen
to, evitando a im
permea-bilização do
solo e o comprom
etimen
to do lençól freático da
região;�
Estudar a integração do sistem
a viário comum
tratamento paisagístico que leve em
conside-ração propostas já existentes de transform
ação doC
ampeche em
“Bairro Jardim
”;�
Adequar os equipam
entos urbanos de trans-porte coletivo (pon
tos de ônibu
s) às condições do
clima e à paisagem
natu
ral do bairro, para que
protejam o u
suário e sejam
harm
ônicos com
a na-
tureza;�
Garan
tir a proteção dos sítios arqueológicos
no plan
ejamen
to do sistema viário.
� P
riorizar a implan
tação de passeios e calça-das, com
tratamen
to paisagístico adequado, con
-siderando a característica balneária do C
ampeche
e a necessidade de garan
tir a integração com
un
i-tária;
� Im
plantar m
elhorias n
o sistema viário
concom
itantem
ente às estru
turas dos serviços de
água, san
eamen
to e galerias pluviais, para evi-
tar a necessidade de m
utilação do sistem
a no fu
-tu
ro;� R
espeitar as decisões da comunidade na ela-
boração do projeto de sistema viário, adequando-
as às formulações técnicas, já que o sistem
a é fun-dam
ental na determinação do m
odelo de cresci-m
ento do bairro.
Com
issão d
e Sa
nea
men
to B
ásico
O P
lanejam
ento do C
ampech
e deve contem
-plar com
o pré-requisito as qu
estões referentes à
água, esgoto e dren
agem. P
ara ocupação do espa-
ço, deve ser considerada a questão do ecossistema
no que se refere aos lençóis freáticos, mar, córregos
e lagoas, conforme os preceitos da A
genda 21, Cap.
18, sobre Proteção da Q
ualidade e do A
basteci-m
ento dos R
ecursos H
ídricos.
Pro
po
stas
� Q
ue a Casan leve em
consideração no plane-jam
ento do sistema de tratam
ento de esgotos doS
ul da Ilha as sugestões da comunidade em
umtrabalho conjunto neste m
omento inicial do proje-
to;�
Qu
e o Ipuf, a C
asan, a F
atma, a F
loram e a
Vigilân
cia San
itária Mu
nicipal in
tegrem u
m C
o-m
itê formado por represen
tantes da com
un
ida-de, com
o objetivo de procurar solu
ções compatí-
veis com as con
dições natu
rais da região no qu
ediz respeito às qu
estões hidrossan
itárias;�
Q
ue
se b
usq
uem
p
arceria
s p
ara
a
implem
entação de altern
ativas de tratamen
to doesgoto dom
éstico nas áreas m
ais críticas - inicial-
men
te lençol freático alto e excesso de con
stru-
ções - dentre as várias possibilidades já existen
-tes, a exem
plo dos modelos qu
e foram apresen
ta-dos du
rante o S
emin
ário pelo grupo, com
o o Sis-
tema de R
aízes, entre ou
tros;�
Que se avalie a possibilidade do uso da área
do cone de aproximação do aeroporto com
o localpara a instalação de um
sistema de tratam
ento deesgotos para a região;
� Q
ue o Ipu
f apóie a constitu
ição do Com
itêda B
acia Hidrográfica da região, con
forme a L
eiF
ederal n° 9.433/97, qu
e institu
i a Política N
aci-
onal de R
ecursos H
ídricos, e dele participe com vis-
tas a definir as qu
estões relativas ao tema, em
con-
jun
to com os dem
ais participantes, qu
ando da ela-
boração do Plan
ejamen
to.�
Qu
e se busqu
e, através da Câm
ara de Verea-
dores e Execu
tivo Mu
nicipal, a criação de u
ma le-
gislação que determ
ine a obrigatoriedade da in
sta-lação de sistem
as de tratamen
to de esgotos compa-
tíveis com as con
dições natu
rais da região como
condicion
ante para a liberação de loteam
entos;
� Q
ue, também
através da Câm
ara e do Executi-
vo, se busque a aprovação de legislação adequada queproíba a execução de qualquer em
preendimento que
venha a se contrapor ao Plano D
iretor de consensoda com
unidade;�
Que se garanta o m
onitoramento e a fiscaliza-
ção dos sistemas a serem
implantados;
� Q
ue se garan
ta o respeito à Lei 7.661/88, A
rt.10, qu
e assegura o livre e fran
co acesso das pesso-as ao m
ar;�
Qu
e a densidade popu
lacional projetada obe-
deça os limites estabelecidos por estu
dos técnicos,
dentro das possibilidades de sustentação ambiental.
Com
issão d
o Esp
aço
Pú
blico
Entendeu-se que o espaço público não é só a con-
figuração física, m
as o acesso da população a de-
termin
ados equipam
entos pú
blicos como:
� A
s áreas de preservação ambien
tal;�
Os espaços con
stituídos h
istoricamen
tepelo u
so da população;
� O
acesso a equipamentos de uso coletivo de
saúde, educação, transporte, lazer e cultu-ra.
Pro
po
stas
� A
preservação de toda a extensão da orla
marítim
a, que se com
põe de dun
as e restingas,
como form
a de garantir o livre acesso da com
u-
nidade a esses ecossistem
as;�
A preservação das áreas qu
e compõem
aL
agoa da Ch
ica, em form
a de parques qu
e per-m
itam à com
un
idade espaço de lazer e de man
i-festações cu
lturais;
� A
transform
ação da região d
o Morro d
oL
ampião em
um
parque com
trilhas ecológicas,
para garantir a su
a preservação, regulam
entan
-do a su
a utilização n
o sentido de evitar depre-
dação e desmatam
ento;
� A
preservação da área do antigo cam
po deaviação, pelo seu
valor histórico e cu
ltural, com
oárea de lazer pú
blico, sem cortes pelo sistem
aviário;
� A
criação de um
espaço cultu
ral no casarão
(inten
dência), qu
e, jun
to com a escola e o cam
po,con
stituirá u
m am
plo espaço destinado ao lazer,
à cultu
ra e ao esporte, podendo abrigar, ain
da,u
ma biblioteca, u
m m
useu
da aviação, da histó-
ria do C
amp
eche, en
tre outros equ
ipam
entos
públicos;�
O in
centivo a atividades de ecotu
rismo para
as á
reas d
e pa
rqu
e, integ
ran
do a
Ilha
do
Cam
peche, h
oje ameaçada de privatização;
� A
definição e exigência do cumprim
ento da le-gislação pelos loteadores, para que equipem
as áre-as loteadas com
espaços para uso público.
O con
trole pop
ula
r é cond
ição fu
nd
am
enta
l à p
articip
açã
o dem
ocrática
da
socieda
de
Alternativas
de P
lan
ejam
ento d
o Ca
mpech
e
O ca
rtum
de C
anin
i, publica
do n
o livro
Hum
or V
erd
e, d
ispensa
exp
licaçõ
es
FA
LA C
AM
PEC
HE - M
AR
ÇO/2007
FA
LA C
AM
PEC
HE - M
AR
ÇO/2007
Pain
el d
a d
eva
staç
ão
Diretrizes e Propostas
Prom
ovido democraticam
ente pela comunidade em
outubro de 1997, o I Sem
inário Com
unitário de Plane-
jamen
to da P
lanície d
o Cam
pech
e (Rio T
avares,C
arianos, Tapera, Cam
peche e Morro das P
edras) re-sultou na form
ulação de diretrizes e propostas de tra-balho de quatro com
issões temáticas, com
ampla e efe-
tiva participação:
� C
omissão de R
ecursos N
aturais e
Zon
eamen
to Urban
o�
Com
issão de Sistem
a Viário
� C
omissão de S
aneam
ento B
ásico�
Com
issão de Espaço P
úblico
Os estu
dos da legislação que regu
lamen
ta o uso do
solo e proteção ambien
tal,a an
álise do potencial dos
recursos e atribu
tos natu
-rais e cu
lturais e a área de
abrangên
cia do Plan
o ser-viram
para classificar os re-cursos de interesse com
um,
cujas fu
nções são vitais
para a população da região.B
uscou-se estabelecer dire-trizes para um
zoneamento
urban
o compatível com
asu
stentabilid
ade local e
com as áreas de preserva-
ção.
Com
issão d
eR
ecu
rsos N
atu
rais,
Cu
ltura
is, Histó
rico,
Arq
ueoló
gico
eZ
on
ea
men
to U
rba
no
Com
área aproximada de 55 km
2, a cham
ada pla-n
ície arenosa do C
ampech
e envolve as segu
intes co-
mu
nidades do S
ul da Ilh
a de San
ta Catarin
a: Tapera,A
lto Ribeirão, A
eroporto, Carian
os, Ressacada, P
ortoda L
agoa da Conceição, R
io Tavares, Cam
peche e Mor-
ro das Pedras. N
esse domín
io, existem recu
rsos natu
-rais e cu
lturais qu
e é preciso preservar.
Recu
rsos natu
rais híd
ricos: Lagoas P
equen
a,d
a Ch
ica, do P
eri e Lagu
na d
a Con
ceição; nascen
tes erios: T
avares, Noca, R
afael e pequen
os ribeirões que
afloram n
a Mata A
tlântica d
o Maciço d
o Piraju
baé(A
PP
) e desem
bocam perto d
a área de exploração d
eped
ras (Ped
rita), na plan
ície litorânea d
o Cam
peche;
lençol su
bterrâneo d
a planície litorân
ea, cujas águ
asabastecem
toda a região d
a Costa L
este e Su
l da Ilh
a(com
exceção d
a A
rma
ção e P
ân
tan
o do S
ul);
Man
guezal d
o Rio T
avares e da T
apera (limites n
abaía S
ul, en
tre o Rio T
avares, Aeroporto, N
orte da
Tapera e R
ibeirão da Ilh
a); Praias d
a Joaqu
ina,
Cam
peche, M
orro das P
edras e T
apera.
Recu
rsos natu
rais do solo: S
olo arenoso frágil,
incon
solidad
o e acum
ulad
or de águ
a; Du
nas com
restingas e áreas alagadas (lagoas Pequena e da C
hica);M
orros do L
ampião, C
osteira (Ped
rita), das P
edras e
da T
apera.
Recu
rsos natu
rais vegetais: Man
guezal d
o Rio
Tavares e d
a Tapera; restin
gas e vegetação de plan
í-cie; M
ata Atlân
tica.
Recu
rsos cultu
rais, históricos e arq
ueo-
lógicos: An
tigo campo d
e pouso d
a compan
hia
postal francesa; hangar (Centro C
omunitário); tri-
lha
s na
tura
is; Ilha
do C
am
pech
e (inscrições
rupestres); sítios arqu
eológicos (Lagoa P
equen
a,J
oaquin
a e Rio T
avares); Igrejinh
a.
Pro
po
stas
� Z
oneam
ento U
rban
oA
lém da preservação dos recu
rsos elencados,
a Com
issão propõe que equ
ipamen
tos urban
oscom
o ruas, aven
idas, servidões, acessos às prai-as, o A
eroporto Hercílio L
uz e as atividades com
oa m
aricultu
ra, a pesca, a apicultu
ra, a agricultu
-
ra e a pequen
a pecuária qu
e ocorrem n
a área daP
lanície devem
ser considerados n
o zoneam
ento
urban
o. Algu
ns, por su
as características vitais ecu
lturais, devem
ser preservados. Ou
tros, como
acessos, ruas, servidões, devem
ser melh
orados.A
s agressões ambien
tais praticadas, como as em
andam
ento n
a região, devem ser corrigidas e coi-
bidas.É
prioritária a preservação da permeabilidade
do solo para a man
uten
ção dos lençóis freáticos,
que têm
fun
ções vitais na qu
alidade de vida e no
desenvolvim
ento econ
ômico da região. P
or essem
otivo, e em fu
nção da fragilidade da estru
tura
geológica desta planície qu
aternária, rejeitou
-sea con
strução de su
pervias expressas, do autódro-
mo
e d
e gra
nd
es ed
ificações.
Esses
megaequ
ipamen
tos, além da im
permeabilização
do solo, impediriam
a recarga do aqüífero de abas-tecim
ento pú
blico e provocaria a conseqü
ente es-
cassez de água.
Defin
iu-se,
ain
da
, p
ela
proib
ição
do
aterramento de brejos, de dunas e de areias, além
da preservação das lagoas, como form
a de asse-gu
rar reservas de água para u
m abastecim
ento
de qualidade para os h
abitantes atu
ais e futu
ros.E
stabeleceu-se como prioridade, tam
bém, a cons-
trução de rede de esgotos e de um sistem
a para otratam
ento da carga de efluentes gerada na planí-cie.C
onsiderou da mesm
a forma, com
o fundamen-
tal, a realização de estudos técn
icos rigorosos so-bre o poten
cial dos recursos h
ídricos, seus u
sosatu
ais e futu
ros, principalm
ente em
relação ao
man
ancial da L
agoa do Peri, cu
jas disponibilida-
des são objeto de avaliações contraditórias.
� P
reservação das p
raiasA
Com
issão sustentou a necessidade da manuten-
ção das praias como áreas de lazer, exigindo-se, para
isso, que sejam preservadas as restingas que susten-
tam o solo arenoso e im
pedem a erosão m
arinha, evi-tando a perda dos cordões de dunas.
Nesse sentido, considera-se inaceitável a contam
i-nação fecal e dom
éstica das praias, pois isso as torna-rá im
próprias ao uso em lazer e turism
o, e em ativida-
des de geração de renda como a pesca e a m
aricultura.S
olicitou o em
penh
o na fiscalização perm
anen
-te para im
pedir as constru
ções sobre dun
as e ou-
tras áreas de mari-
nh
a. A recu
peraçãod
as
área
sagredidas, atravésde m
edidas legais,é essen
cial p
ara
norm
atizar uso do
solo.
� P
reservação do
Ma
ng
ue
zal
do
Rio T
avares e da
Tap
eraQ
uan
to à recu-
peração e a preser-vação do M
anguezaldo R
io Tavares e daT
apera, considera-se qu
e sejam im
-prescindíveis para am
anutenção da ati-vidade pesqueira na região (econôm
ica e de susten-to), além
de fundamentais para a m
anutenção do ci-clo de vida nos m
anguezais, responsáveis, em grande
parte, pela perenidade da cadeia biológica marinha
na região costeira.P
ropõe-se, também
, a alocação de estação de tra-tam
ento de efluentes na área de domínio do aero-
porto, localizada entre o Manguezal do R
io Tavarese a atual estrada-geral C
ampeche-A
rmação, em
pon-to próxim
o à via de acesso à Tapera. Sua localização
é estratégica, pois tem a vantagem
de ficar situadaem
área ainda desocupada, impedindo a ocupação
do manguezal e evitando desapropriações futuras.
Essas m
edidas são de caráter urgentíssimo, para
que se possa evitar o com
prometim
ento do len
çolfreático do C
ampech
e por contam
inação, ao m
es-m
o tempo qu
e se impedirá a ocu
pação da área esti-m
ulada pelo efeito in
dutor qu
e exercerá a ligaçãoasfáltica com
a Tapera, em fase de con
clusão.
Propõe-se, ainda, que a área da cachoeira do R
ioT
avares, pertencen
te à Casan
, seja destinada à
preservação como área verde de lazer (AV
L) ou área
pública destin
ada a atividades comu
nitárias.
Com
issão d
e Siste
ma
Viá
rioA
pós analisar o Projeto de P
lano Diretor do Ipuf,
em especial o sistem
a viário, a Com
issão conside-
rou:1. O
conceito de um m
egaCam
peche, com 450 m
ilhabitantes, é irreal e ao m
esmo tem
po catastrófico.A
proposta do Ipuf é inconstitucional, fere as legis-lações am
bientais e estimula o desequilíbrio cultu-
FALTA
DE Á
GU
A: U
MA
REALID
AD
ED
esde sua form
ação, o Movim
ento S
.O.S
. Esgo-
to Su
l da Ilha participa ativam
ente dos fóru
ns de
discussões sobre o P
lano D
iretor da Plan
ície En
-trem
ares.A
Ilha de S
anta C
atarina sofre com
a especula-
ção imobiliária, a ocu
pação desordenada e o cresci-
men
to populacion
al. O n
úm
ero de habitan
tes deF
loria-nópolis aumentou nos últim
os 20 anos, apre-sen
tando ín
dices alarman
tes.
Esgoto
trata
do é
saú
de
Qu
ando a qu
estão é saúde pú
blica, o que vem
àcabeça são doen
ças que atin
gem gran
de parcela dapopulação. M
uitos dos problemas de saúde que afe-
tam crian
ças e adultos estão relacion
ados à faltade san
eamen
to básico de um
bairro ou cida-
de. Em
San
ta Catarin
a, apenas 11,2%
dosh
abitantes con
tam com
serviços de coleta etratam
ento de esgoto implantados em
14 mu-
nicípios.
O san
eamen
to básico visa reduzir proble-
mas d
e saúd
e pú
blica e, na P
lanície d
oC
ampech
e, proteger os man
anciais su
bter-rân
eos e superficiais. O
Su
l da Ilha possu
isistem
as individu
ais de tratamen
to por fos-sas sépticas, onde o terreno e o lençol freáticosão o destin
o dos resíduos produ
zidos. Taisfossas n
ão recebem a aten
ção e os cuidados
que evitam
a contam
inação do m
eio.O
Plano D
iretor deve diagnosticar e cadas-trar os serviços e a infra-estrutura de sanea-m
ento básico (abastecimento de água, esgota-
mento sanitário, drenagem
e manejo dos resí-
duos sólidos), como tam
bém avaliar ações de
risco à saúde da população e de impacto da
urbanização, com o propósito de definir diretrizes para
uma política m
unicipal de saneamento am
biental.C
umpre destacar que os P
lanos Diretores con-
duzem as ações sobre as questões urbanas, dentre
elas
a
de
pr
ote
çã
odas m
atas,có
rreg
os,
rios e lago-as, on
de osan
eamen
-to tem
pa-pel fu
nda-
me
nt
al.
Sem
acessoà
s con
di-
ções bá
si-ca
s d
ehabitabilidade,a cidadaniaf
ic
aam
eaçada.R
es
olv
er
esse desa-
fio p
assa
pelos investimentos em
saneamento.
Os fóru
ns de discu
ssões devem con
hecer os pro-
jetos do sistema de esgotos san
itários elaboradospela C
asan para a região. Isso servirá de su
bsídiotécn
ico para que sejam
definidas e desen
volvidasas prin
cipais ações a serem adotadas qu
anto às
questões am
bientais m
ais relevantes, levan
do-se
em con
ta as necessidades da com
un
idade.Três distritos do S
ul da Ilh
a já têm projetos
de esgotos sanitários: Cam
peche, Ribeirão da Ilha
e Pân
tano do S
ul. O
Movim
ento S
.O.S
. Esgoto
Su
l da Ilha está in
tercedendo ju
nto à C
asan para
que priorizem
esses projetos no plan
o de investi-
men
tos da Con
cessionária para o an
o vindou
ro,con
templan
do-os nos program
as e fontes de re-
cursos dispon
íveis.
Ág
ua
trata
da
A águ
a é essencial para a n
ossa sobrevivên-
cia. Apen
as quan
do ela some das torn
eiras é que
se percebe como é in
dispensável, m
esmo para as
atividades mais sim
ples como lavar a lou
ça ou a
roupa. P
ara mu
itos, como os agricu
ltores e pes-cadores, é u
m m
eio de susten
to. A falta de con
sci-ên
cia ambien
tal, porém, está colocan
do esse pre-cioso recu
rso em risco de extin
ção. A polu
ição, odesm
atamen
to eo desperdício sãoalgu
ns dos fato-
res mais visíveis
no B
rasil.S
egundo o Sis-
tema
Ún
ico de
Sa
úd
e (S
US
),7
0%
dos leitos
hospitalares bra-
sileiros são ocu-
pados por porta-dores de doen
çash
ídrica
s. E
mS
anta Catarina, a
Vi
gi
lâ
nc
ia
Ep
idem
iológicainform
a que de 15m
il a 17 mil pes-
soas são intern
a-das por an
o comdiarréia, distú
rbio freqüen
te nas doen
ças de con-
tamin
ação hídrica.
Para produzir e continuar gerando crescim
en-to, o h
omem
precisa preservar a água. E
sta é,sem
dúvida, u
ma tarefa vital dos govern
antes,
das empresas e da sociedade n
as próximas déca-
das, e precisa ser feita com seriedade e com
pe-
tência.A
s comu
nidades do S
ul da Ilh
a estão conscien
-tes de qu
e os processos de desenvolvim
ento u
rbano
experimen
tados em F
lorianópolis tiveram
como
conseq
üên
cia o com
prom
etimen
to, às vezes
irreversível, das bases natu
rais e da paisagem, as-
sim com
o a perda de suas iden
tidades cultu
rais.P
ortanto, con
siderando a im
portância da águ
apara a m
anu
tenção do ser h
um
ano e dos seres vi-
vos em geral, ju
stifica-se plenam
ente, n
as discus-
sões do Plan
o Diretor, defin
ir estratégias eficien-
tes que garan
tam a preservação e u
tilização ade-qu
ada dos recursos h
ídricos.
Qu
an
tida
de, q
ua
lida
de,
disp
on
ibilid
ad
eA
Casan
utiliza os recu
rsos hídricosda B
acia Hidrográfica da L
agoa do Peri
para o abastecimen
to de água potável
das populações da C
osta Leste-S
ul da
Ilha de S
anta C
atarina.
O prin
cipal encam
inh
amen
to doM
ovimen
to S.O
.S. E
sgoto Su
l da Ilha
refere-se a um m
aior envolvimento das
comu
nid
ad
es no p
rocesso, à su
am
obilização e maior participação, além
da elaboração conju
nta de u
m projeto
de saneam
ento para a região. M
as den
ada adianta o projeto sem
recursos e
força política para implan
tá-lo. Neces-
sitamos m
otivar e comprom
eter as au-
toridades municipais, estaduais e fede-
rais.Para a proteção am
biental são indis-pensáveis P
lanos Diretores de desenvol-
vimento regional que sejam
obedecidos, de modo a
evitar desastres ecológicos provocados pela especu-lação im
obiliária e turística.A
população precisa estar cien
te de que a pre-
servação ambien
tal da região depende de u
m S
is-tem
a de Coleta e Tratam
ento de E
sgotamen
to Sa-
nitário, de u
m P
lano de O
rdenam
ento do U
so doS
olo e, na su
a ausên
cia, de bons sistem
as individu
-ais.Im
portante lem
brar que, além
dos seus m
ora-dores, F
lorianópolis recebe todos os an
os mu
itosvisitan
tes, que a procu
ram por seu
s predicados.M
as que predicados são esses, se n
ão conta com
um
a infra-estru
tura básica?
A á
gu
a n
ão é
um
bem
infin
ito. U
md
ia, a
cab
aS
egun
do a Organ
izações das Nações U
nidas
(ON
U) de 2006, u
m dos gran
des problemas m
un
di-ais é a falta de gestão dos recu
rsos hídricos: 1,1
milh
ão de habitan
tes no m
un
do não têm
acesso àágu
a potável e 2,4 milh
ões não dispõem
de servi-ços san
itários básicos.P
ara se ter uma idéia do perigo, a hum
anidadetriplicou no últim
o século. Cerca de 3 bilhões de pesso-
as viverão em 2024 em
países em conflito por falta de
água.N
o Brasil, a m
á distribuição do recu
rso faz comqu
e algum
as regiões, em especial os cen
tros urba-
nos e o N
ordeste brasileiro, já sofram com
a polui-
ção e/ou escassez de águ
a. Por isso, cada u
m deve
fazer a sua parte. P
reserve e evite desperdício.
58
Rela
tório fina
l do I S
emin
ário C
omu
nitá
rio
FA
LA C
AM
PEC
HE - M
AR
ÇO/2007
FA
LA C
AM
PEC
HE - M
AR
ÇO/2007
Pain
el d
a d
eva
staç
ão
Plano D
iretor: n
ovo
s tempos?
O m
ovimen
to pelo Plan
o Diretor da P
laní-
cie do Cam
peche faz parte da lu
ta por um
Pla-
no Diretor P
articipativo de Florianópolis. N
es-sa com
un
idade se instalaram
as primeiras
trincheiras a inverterem a idéia tradicional de
planejam
ento u
rbano: a de qu
e a sociedadedeve se organ
izar para indicar ao E
stado asdiretrizes qu
e espera ver definidas e aplica-
das pelo poder público do m
un
icípio.A
trajetória das ações coletivas da popula-
ção da Plan
ície do Cam
peche m
ostra que a dú
-vida e descon
fiança da com
un
idade em rela-
ção aos órgãos de planejam
ento u
rbano m
un
i-cipal n
ão foi inven
tada. Foi resu
ltado de um
arela
ção
am
bígu
a,
an
tidem
ocrática
e
imp
ositiva,
sem
ma
rgem
pa
ra
oqu
estionam
ento, com
a convocação da popu
-lação para o plan
ejamen
to público em
que as
definições já estavam
prontas.
O I S
eminário C
omunitário de P
lanejamen-
to do Cam
peche, realizado de 23 a 25 de ou
tu-
bro de 1997, foi um
marco divisor en
tre a co-m
un
idade e o poder público m
un
icipal. A co-
mu
nidade rejeitou
, mais u
ma vez, o P
lano do
Ipuf e decidiu
constru
ir propostas concretas
com an
álises e diagnósticos da região, con
si-deran
do sempre a h
istória, a cultu
ra, o ambi-
ente, os problem
as e necessidades sociais da
região. As diretrizes para o plan
ejamen
to daregião registradas n
o Dossiê C
ampech
e resu-
mem
a forma com
o os cam-pech
anos qu
erema u
rbanização da P
lanície.
Em
oficinas itinerantes de planejamento da
Planície, o M
ovimento C
ampeche Q
ualidade deV
ida condu
ziu u
m processo participativo n
acon
strução de um
plano diretor a partir dasdiretrizes definidas no sem
inário de 97. O pla-
no alternativo foi entregue à C
âmara de V
ere-adores com
o substitutivo ao do Ipuf, em m
arçode 2000.
Passados seis an
os, os planos foram
retira-dos da C
âmara por pressão popu
lar. O P
lano
Diretor en
tra nu
ma ou
tra fase de discussão:
ser definido com
o parte de um
ún
ico Plan
o Di-
retor da cidade. Mu
da também
o relaciona-
men
to entre o Ipu
f e os movim
entos sociais e
comu
nitários com
a aprovação da lei do Esta-
tuto da C
idade e suas exigên
cias.H
oje uma nova conjuntura e a interferência
do Conselho P
opular da Planície do C
ampeche
(CP
PC
, criado em 2006 para unificar entida-
des e movim
entos da Planície) já teve efeitos
nas au
diências pú
blicas para desencadear o
processo participativo na cidade. A conquista
mais im
portante, apoiada pelos demais m
ovi-m
entos sociais de Florianópolis, foi a in
clusão
dos núcleos distritais, entre eles o do Cam
peche,n
o Nú
cleo Gestor M
un
icipal (NG
M) do P
lano
Diretor P
articipativo. Os representantes elei-
tos estão atentos para a defesa das diretrizespara o planejam
ento local.
O P
lan
o d
o Ip
uf
�
Fu
ndam
enta-se n
a estratégia de criar um
aF
lorianópolis m
etropolitana represen
tativa nacio-
nal e in
ternacion
almen
te.�
Os elem
entos geradores de em
pregos seri-a
m a
s ind
ústria
s da
alta
tecnologia
(pólo
tecnológico), do tu
rismo de elite e de m
assa ocasio-n
al (campo de golfe, cen
tro de conven
ções, centro
ad
min
istrativo
au
tódrom
o in
terna
ciona
l e
aeromóvel).
�
Pen
sa um
a expansão im
obiliária (ocupação
de 70% do solo, verticalização da orla).
�
A projeção da popu
lação, em 20 an
os, seriade 390 m
il habitan
tes.
�
O sistem
a viário, superdim
ension
ado, es-qu
adrinh
a a Plan
ície em bairros isolados por gran
-des V
ias Parqu
e.�
Descon
sidera os moradores do bairro, su
ahistória e sua cultura preexistente, porque não con-serva os espaços h
istoricamen
te consagrados da lo-
calidade.�
Propõe u
ma u
rbanização qu
e anu
la e subs-
titui as características cu
lturais do bairro.
�
Perm
ite e prevê um
a verticalização vistacom
o uma solução natural para a ocupação até m
es-m
o das áreas de preservação que h
oje estão sendo
ocupadas ilegalm
ente.
�
Não se apóia em
nen
hu
m estu
do de impacto
ambien
tal, nem
toma com
o base dados sobre a ca-pacidade de abastecim
ento h
ídrico da região.�
Não está articu
lado com n
enh
um
estudo ou
planejam
ento do san
eamen
to básico da região.
O P
lan
o C
om
un
itário
�
Con
sidera áreas urban
izáveis aquelas lo-
calizadas a 5 metros do n
ível do mar.
�
Respeita, as leis, as áreas de preserva-
ção perman
ente (A
PP
) ao longo da orla m
aríti-m
a, dun
as, restingas, m
angu
ezais, entorn
o dosrios, lagoas e rem
anescen
tes da flora e faun
aatlân
tica, morros.
�
Estabelece com
o áreas de preservação comuso lim
itado (AP
L) ou preservação cultural (A
PC
)a M
ata Atlân
tica reman
escente n
as áreas acima
de 5 metros, as fron
teiras entre as A
PP
s e a urba-
nização e os ben
s simbólicos da cu
ltura local (pes-
ca artesanal, ren
das, pontos de en
contro e costu
-m
es). Som
ente 10%
do solo pode ser utilizado.
�
Nas áreas con
sagradas ao lazer comu
ni-
tário ou Á
re-as V
erdes deL
azer (AV
L),
aloca
equ
i-p
am
en
tos
urb
an
os e
infra
-estru-
tura de apoio
turístico
esocioeconôm
ico,com
o ca
m-
pos d
e fute-
bol, voleibol,sk
ate, capo-
eira,
surf
(preservaçãod
os p
ontos
de encon
tro),piscin
a olím-
pica
, m
u-
seus, áreas m
istas comerciais, in
stitucion
ais ecu
lturais.
�
Propõe um
planejamen-
to para um
a população lim
itede 100 m
il habitan
tes (cinco
vezes a atual), con
siderando a
disponibilidade de águ
a paraabastecim
ento fu
turo.
�
Propõe um
sistema viá-
rio melhorando o traçado exis-
tente, com adequações nos tre-
chos críticos, alargamentos das
vias existentes aprovados em lei.
�
Prevê que as m
odifica-ções e os arruam
entos necessá-rios e possíveis terão que serdiscutidos e decididos conjuntam
ente: moradores
e o poder público de planejamento em
rodadas denegociação.�
O m
apa global da Plan
ície foi dividido dem
aneira idên
tica ao do Ipuf, a fim
de que os
A partir da S
egun
da Con
ferência da
Cidade (realizada em
2005), orienta-
da
pelo E
statu
to da
Cid
ad
e (Lei
10.257/2001), os Plan
os Diretores M
u-
nicipais terão qu
e ser revistos ou ela-
borados de forma in
tegrada e com par-
ticipação popular.
Em
Florian
ópolis, serão revistos o
Plan
o Diretor do D
istrito Sede, elabo-
rado em 1997 para a área cen
tral do
mu
nicípio, e o P
lano D
iretor dos Bal-
neários, de 1985. C
om a proposta de
planos in
tegrados, cada distrito, por-
tanto, irá elaborar as diretrizes para o
planejam
ento da su
a região, que serão
parte do plano diretor m
un
icipal.
Esse será um
processo complexo, que
precisa ser mu
ito bem con
duzido, para
evitar que as partes n
ão comprom
etam
o todo e, ao mesm
o tempo, qu
e o todo
seja a expressão da vontade das partes.
Ou
seja, a responsabilidade do N
úcleo
Gestor, qu
e já tem seu
regimen
to inter-
no, é coorden
ar este mom
ento respei-
tando a au
tonom
ia dos distritos e res-
peitando su
as propostas, fazendo com
que o resu
ltado reflita a decisão coleti-
va das comu
nidades ao in
vés da impo-
sição de grupos de in
teresse.
O II S
emin
ário C
omu
nitá
rio de
Pla
neja
men
to reinicia
rá com
as
prop
ostas d
e 19
97
, qu
e nã
o foram
consid
erad
as p
elo pod
er pú
blico e
precisa
m ser a
tua
lizad
as ou
con-
firma
da
s.
67
Conheça (ou relem
bre) a diferença entre o PlanoC
omunitário e o Plano do Ipuf para a Planície do C
ampeche
substitu
tivos correspondessem
exatamen
te aosprojetos de lei daqu
ele órgão.�
Os p
rojetos de lei in
cluem
, além d
ozoneam
ento para áreas residenciais, comércio e ser-
viços, áreas comunitárias institucionais - A
CI (ce-
mitério, bom
beiros, tratamento de esgotos, hospitais),
empreendim
entos que atuariam com
o geradores deem
prego e turismo anual, qualificação de m
ão-de-obra, preservando recursos socioeconôm
icos, cultu-rais, am
bientais, de lazer e educativos.�
Lim
ita o nú
mero de pavim
entos a dois para
toda a região, exceto para shoppin
g, centros co-
merciais e de atendim
entos à massa turística (nes-
tes casos, seriam de qu
atro andares).
�
Propõe o tratam
ento de esgotos com
o prio-ridade n
a implem
entação do P
lano.
�
Propõe os seguintes equipam
entos urbanos:
1. Instituto Oceanográfico e de A
stronomia: P
or-to da L
agoa (AV
L, A
CI e A
MC
).2. C
entro de Lazer e E
ntretenimento: AV
L/A
CI/
AP
C n
o Cam
po de Aviação.
3. P
arq
ue T
ecnológico d
o Alto R
ibeirã
o:tecn
ologias limpas e de apoio ao desen
vol-vim
ento region
al.4. E
scola Técn
ica Profission
alizante: em
jardi-n
agem, paisagism
o, saneam
ento, tu
rismo,
inform
ática, primeiros socorros etc.
5. Jardim B
otânico: áreas in
un
dáveis entre
Moenda e Jardim
das Castanheiras. P
arquecom
lagos, espécies nativas e exóticas.
6. Cen
tro Cu
ltural: M
oenda e Jardim
das Cas-
tanheiras. Com
área de exposições, cinemas,
teatro, escola de artes, pesca e navegação.
7. Parqu
e Orla do C
ampech
e: engloba as áreas
de preservação perman
ente da orla m
aríti-m
a, inclu
indo du
nas, restin
gas, lagoas eacesso ao m
ar com in
fra-estrutu
ra turística
a 300 metros da praia (ban
heiros e ch
uvei-
ros públicos, estacionamentos, trilhas e pas-
sarelas).
Visite o site w
ww
.camp
eche.org.b
r.
Novos tem
pos, novos problem
as terão de seren
frentados.
Os cam
pechan
os da Plan
ície, não podem
es-qu
ecer (para poder evitar):�
O au
men
to da crimin
alidade�
A carên
cia de áreas públicas, en
quan
to au-
men
ta a fixação populacion
al na localida-
de�
O aban
dono do patrim
ônio h
istórico e cul-
tural, com
o o Cam
po de Aviação, o C
asa-rão, os en
genh
os�
A perda da iden
tidade local�
A falta de espaço para atividades cu
lturais,
educativas e essen
ciais (saúde, bom
beiros,agên
cia bancária, correios, biblioteca, m
u-
seu etc.)
� R
uas sem
calçadas�
A au
sência de ciclovias
� A
privatização da paisagem e do acesso à
praia�
A alta inform
alidade das atividades produti-vas
� A
ausên
cia de estacionam
entos
� A
s áreas de preservação ocupadas
� A
falta de água e san
eamen
to
etc. etc. etc
. etc.!!!!
Traje
tória
pelo
dire
itode p
articip
ar