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8/17/2019 Fantasmas No Quarto Do Bebê
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Fantasmas no Quarto do Bebê
Fraiberg, S.;Adelson, E.; Shapiro, V. Fantasmas no Quarto do Bebê: uma abordagempsicanalítica dos problemas ue entra!am na rela"#o m#e$bebê. Publicação CEAPIA. %orto Alegre, &'m. (, p. )*$ +, Set. )--.
s autores do artigo a/irmam ue, do passado dos pais surgem
/antasmas. Estes em circunst0ncias /a!or1!eis como os momentos de menos
!igil0ncia por parte dos cuidadores e, principalmente sem serem con!idados
a aparecer se instalam no uarto do bebê e criam situa"2es complicadas 3de
ordem antiga ou atual4 ue inter/erem diretamente na !ida do bebê pelas !ias
da alimenta"#o, do sono, higiene, disciplina, sempre 5em /un"#o dos pontos
sensí!eis dos pais6 segundo Fraiberg, Adelson 7 Shapiro 3)--4.
Entendo, a partir do te8to, ue os /antasmas imp2e aos pais e ao bebê
uma re!i!ência do passado e das e8periências tr1gicas da in/0ncia dos pais.
artigo tr1s ue o bebê, ao rei!indicar o amor de seus pais, protege a si
mesmo e os seus cuidadores contra os in!asores do passado. Entretanto,
mesmo em /amílias com /ortes e intensos !ínculos a/eti!os, podem surgir
/antasmas do passado dos pais em situa"2es de menor !igília e, segundo os
autores, os pais e a crian"a !i!em uma cena ou um momento de uma outra
9poca. s autores obser!aram ue e8istem di/erentes tipos de pais; h1 osue buscam auda de um terapeuta e estabelecem uma alian"a com este ue
9 /orte o su/iciente para mandar embora os /antasmas. E ha os pais, cuo os
/antasmas est#o na /amília a !1rias gera"2es e in/elimente, s#o esses os
ue n#o procuram auda e sentem os terapeutas como os !erdadeiros
intrusos da /amília.
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A euipe ue produiu o artigo, acompanhou dois casos ue /oram
escolhidos por ser entendido ue se trata!am de bebês em situa"#o de alto
risco. primeiro caso 9 o de @ar, uma bebê ue se consultou pela primeira
!e aos cinco meses e meio. A m#e de @ar, a Sra. @arch, ue tinha
depress#o e 1 ha!ia tentado suicídio, tentou dei8a$la para a ado"#o e n#o o
/e porue o pai n#o permitiu. bser!ou$se ue @ar era uma bebê ap1tica e
ue n#o respondia aos muitos estímulos ue lhe /oram apresentados.
a hist?ria da Sra. @arch, 9 importante destacar ue ela te!e uma
m#e psic?tica ue passou boa parte da !ida em um hospital de!ido a uma
tentati!a de suicídio ue a dei8ou com o rosto des/igurado. A sra. @arch /oi
criada pela a!?. Quando adolescente conheceu seu marido, ue assim como
ela, !i!ia uma situa"#o de pobrea. A m#e de @ar, traiu seu marido e tal!e
@ar n#o /osse /ilha dele e isso a enchia de culpa. &a /amília na Sra. @arch,
a promiscuidade sempre se /e muito presente por gera"2es.
A Sra. @arch /oi encaminhada para a psicoterapia e /alta!a muito,
parecia descon/ort1!el com o terapeuta e /ica!a calada por horas. eduiu$
se ue ela n#o con/ia!a em /iguras masculinas e pCde$se perceber ue ela
guarda!a um segredo. Quando conseguiu /alar de sua hist?ria, /oi notado ue
ela repetia com a sua /ilha o desinteresse e abandono ue so/reu na in/0ncia.
%ensou$se ent#o, ue ela n#o ou!ia o choro de @ar, pois nunca ou!iram o
seu choro; era como se ela e @ar /ossem dois bebês e ela se /echa!a para
o pranto da /ilha. Damb9m sentia$se reeitada e proeta!a na /ilha o medo de
amar. om a terapia, os /antasmas /oram se a/astando e a Sra.@arch /oi se
permitindo a mani/estar emo"2es e passou a buscar um contato maior com
@ar. &o segundo ano de tratamento, 1 conseguia con!ersar com o
terapeuta e re/or"ar sua rela"#o com a /ilha. @ar, aos dois anos, aparenta!aser um crian"a adeuada para a sua idade assim como um apropriado apego
pelos seus pais.
&o /im do artigo, a hip?tese le!antada para a pergunta central do te8to,
ue procura esclarecer por ue ue alguns pais, por mais so/rimento e
morbide ue tenham !i!ido, n#o permitem ue esses /antasmas in!adam a
!ida de seus /ilhos e outros permitem 9 essa: a partir dos casos ue /oram
tratados, ha!ia um mecanismo central da patologia parental ue era aidentificação com o agressor, ent#o as lembran"as in/antis dos genitores,
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como os maus$tratos, os abusos, o abandono, a !iolência, etc, era disponí!el
a consciência e por isso era possí!el ser relatado com detalhes e at9 /riea e
o a/eto associado a todas essas lembran"as ruins, esta!a esuecido e por
isso se !iam ligados e identi/icados com seus agressores do passado, sem
lembrar da dor e do so/rimento, e acaba!am por in/ligir esse passado aos
seus /ilhos.
Quest2es:
)4 ue s#o os /antasmas=
*4 %or ue, por mais tr1gicas as !idas dos genitores, alguns permitem ue
seus /antasmas in!adam a !ida dos /ilhos e outros n#o permitem=
+4 omo o acompanhamento psicol?gico pode au8iliar no
desen!ol!imento da crian"a e no relacionamento dos pais e /ilhos=
Sabrina Menger, acadêmica do Curso de Psicologia da Pontifcia
!ni"ersidade Cat#lica do $io %rande do Sul&
Porto Alegre
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