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Fazendo Círcuito Impresso (PCI) - Método Térmico Uma das grandes dificuldades na hora de criar o seu projeto de eletrônica está no momento da confecção de sua placa de circuito impresso (PCI), seja ela um protótipo ou seja a placa final, existem várias métodos de confecção como por exemplo: Silk Scren, Fresagem CNC, Erosão, Metalização, Método Fotográfico, Método Manual (caneta e decalques) e o Método Térmico que é qual iremos abordar. Preparação Primeiramente recorte uma placa de circuito impresso virgem do tamanho que você irá utilizar no projeto sem a necessidade de deixar sobras. Lixe as quatro laterais da placa e deixando-a meio arredondada). Limpe bem a superfície do cobre onde iremos fazer a transferência como uma palha de aço. Após a placa estar totalmente limpa lave-a com água e sabão ou passe um algodão com álcool isopropílico e depois disso não toque mais com os dedos na parte cobreado. Escolha do papel para transferência Após a confecção do lay-out do circuito impresso, (para isso utilize seu software de preferência para desenhar seu esquema Eagle, Isis/Ares, Circuit Maker, PCBExpress, Pad2Pad, etc..), feito isso imprimir o esquema elétrico de seu PCI, utilizando uma impressora laser, ou caso você não tenha, imprima em sua impressora jato de tinta e depois, vá a papelaria mais perto e tire uma fotocópia (xerox) com máquina de toner (pó preto), a impressão deverá ser em preto e branco e alta resolução e utilizando alto contraste (maior quantidade de pó), em Papel Glossy ou transparências para impressora laser, (que é um plástico que resiste a

Fazendo Círcuito Impresso

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Circuito impresso utilizando método de transferência térmica.

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Fazendo Círcuito Impresso (PCI) - Método Térmico 

Uma das grandes dificuldades na hora de criar o seu projeto de eletrônica está no momento da confecção de sua placa de circuito impresso (PCI), seja ela um protótipo ou seja a placa final, existem várias métodos de confecção como por exemplo: Silk Scren, Fresagem CNC, Erosão, Metalização, Método Fotográfico, Método Manual (caneta e decalques) e o Método Térmico que é qual iremos abordar.

Preparação Primeiramente recorte uma placa de circuito impresso virgem do tamanho que você irá utilizar no projeto sem a necessidade de deixar sobras. Lixe as quatro laterais da placa e deixando-a meio arredondada).Limpe bem a superfície do cobre onde iremos fazer a transferência como uma palha de aço. Após a placa estar totalmente limpa lave-a com água e sabão ou passe um algodão com álcool isopropílico e depois disso não toque mais com os dedos na parte cobreado. 

Escolha do papel para transferência

Após a confecção do lay-out do circuito impresso, (para isso utilize seu software de preferência para desenhar seu esquema Eagle, Isis/Ares, Circuit Maker, PCBExpress, Pad2Pad, etc..), feito isso imprimir o esquema elétrico de seu PCI, utilizando uma impressora laser, ou caso você não tenha, imprima em sua impressora jato de tinta e depois, vá a papelaria mais perto e tire uma fotocópia (xerox) com máquina de toner (pó preto), a impressão deverá ser em preto e branco e alta resolução e utilizando alto contraste (maior quantidade de pó), em Papel Glossy ou transparências para impressora laser, (que é um plástico que resiste a altas temperaturas e por ser bem liso transferem bem o toner para a placa de PCI). Podemos utilizar também o Papel de Poliéster ou o Papel Vegetal (sempre imprimindo no lado mais liso e escolhendo papeis de suportem alta temperatura, ou seja quase todos). Um outro papel que eu recomendo é o Couchê (120 g/m2 da Filipaper), excelente qualidade para transferência térmica. 

Na figura abaixo temos a placa virgem já limpa com a palha de aço, a impressão do esquema elétrico em papel sulfite e a impressão da máscara de componentes.

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Transferência térmica

O próximo passo consistem em envolver a placa virgem com o papel com o desenho do esquema elétrico, lembrando de deixar o lado cobreado voltado para a impressão do papel e tomando cuidado para não tocar com os dedos na face cobreada, dobre as partes excedentes de papel dando a volta na placa, assim a mesma ficará presa e não se moverá no momento que for passar com o ferro do passar roupa, tome muito cuidado nessa hora para deixar a placa virgem muito bem alinhado com o desenho impresso no papel para não correr o risco de ficar algumas trilhas ou ilhas do lado de fora da placa de circuito impresso. 

Na figura acima temos a placa virgem sendo posicionada no papel e o detalhe do excedente de papel sendo utilizado para prender o desenho na placa virgem. Chegou a hora de transferir o desenho do circuito impresso para a placa virgem, utilize um ferro de passar roupas.Ligue o ferro e espere uns 40 segundos até ele esquentar totalmente, utilize a temperatura máxima (final da escala), coloque um pano dobrado ou um pedaço de madeira a fim de evitar que venha queimar a mesa ou sua bancada. 

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Na figura acima temos a placa virgem envolvido com o papel com o desenho a transferir (com o lado do desenho voltado para cima) já posicionado em cima de uma flanela. O processo de transferência é relativamente simples, basta passar o ferro de passar roupas em todas as direções sobre o papel bem lentamente, não precisa apertar muito, uma leve pressão já é o suficiente, passe também fazendo movimentos circulares e passe também nos quatro sentidos das laterais para o centro, três minutos já é o suficiente para transferir totalmente o desenho. Após terminar de passar, com o auxílio de uma pinça ou de um alicate, peque a placa ainda quente e coloque em baixo da água fria, pois esse choque térmico ajuda muito o papel a se soltar, faça esse processo com cuidado pois a placa fica muito quente é fácil acontecer uma queimadura :-). 

Na figura acima temos a placa molhada, repare que o papel se solta quase que sozinho.

Para a remoção do papel e seus pedaços devemos faze-lo dos cantos para o centro e embaixo da água, caso algum pedacinho de papel fique grudado entre duas trilhas o que irá impedir a corrosão criando um curto circuito, você pode esfregar o dedo ou escova de dente velha e depois dar um retoque final com alguma ferramenta de ponta a fim de remover todos resíduos de papel. 

Na figura acima temos a placa virgem já transferida e uma caneta para possíveis retoques caso seja necessário. Caso alguma trilha tenha se soltado ou tenha ficado muito fraquinho, fazendo com que a mesma seja corroída junto com as partes descobertas do cobre você pode refazer essas trilhas com o auxílio de uma caneta para desenhar circuito impresso, ou de escrever em CD´s ou canetas de retroprojetor, geralmente as trilhas mais externas tendem a se soltar mais facilmente, mais com o tempo e a prática suas plaquinhas vão ficando perfeitas.

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Corrosão

Após a trasnferência, chegou a hora de "derreter" a placa. Utilize 75% de água com 25% percloreto de ferro (ou instruções de utilização do fabricante).

Independente da maneira que vá corroer comece sempre com a água e depois coloque os outros componentes, nunca coloque água nos componentes ativos pois eles podem ferver e você se queimar seriamente, utilize sempre uma vasilha de plástico ou de vidro (nunca metal), a vasilha deve ser suficiente para caber sua placa virgem e cobrir sua placa com o líquido de corrosão com pelo menos um centímetro.

Dicas de corrosão:

Para uma boa rápida corrosão, no caso do percloreto um leve aquecimento ajuda a corroer mais rápido, portanto um temperatura de 45 ~ 50º ajuda a corroer mais rápido, segundo se possível corroer sua placa em uma vasilha que a mesma fique em pé, pois o pó que é liberado da corrosão quando permanece em cima da placa atrapalha a corrosão de novas partes podendo deixar a placa falhada, caso na seja possível corroer de pé, fique movimentando a vasilha a fim de criar pequenas ondas no líquido evitando que o pó gerado permaneça em cima da placa. De tempos em tempos remova a placa do líquido e verifique o processo de corrosão para evitar que a mesma fique demasiadamente no produto a vá corroer onde não deve, inclusive você pode tira-la com a ajuda de um plástico ou madeira, ou até mesmo se você amarrou uma linha na placa para facilitar o seu manuseio, remova-a do líquido lave-a em água corrente, caso esteja ainda imperfeita volte para dentro do líquido, inclusive isso ajuda a remover o pó que insiste em ficar em cima da placa atrapalhando, caso queira fazer corrosões com o resultado perfeito.

Você pode criar um tanque de corrosão e ter placas corroídas rapidamente e com qualidade excepcional, para isso vá em casas de aquários e pessa para fazer um aquário com a largura e a altura da maior placa que deseja fazer e sua espessura será bem pequena, no máximo 5Cm já que irá corroer as placas em pé e pendurada por linhas ou presa com pinças ou prendedores de plásticos, compre também uma bombinha de oxigênio para aquário e uma pedra de borbulhar para colocar no fundo do seu "aquário", desta forma não haverá depósito de pó sobre a placa além de uma corrosão perfeita e uniforme graças as bolhas criadas pela bomba de oxigênio, esse tanque de corrosão pode ser utilizado tanto com percloreto de ferro como com ácido.

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Transferência da máscara de Componentes 

Na figura acima temos a placa já corroída e do lado temos o papel com a máscara dos componentes. Agora iremos transferir a máscara dos componentes para placa, lembre-se de imprimir a máscara espelhada (mirror) para que depois da transferência a mesma fique correta, o processo é o mesmo limpe a parte de cima da placa com palha de aço para tirar toda sugeira e gordura além de deixar a mesma aspera a fim de permitir uma melhor fixação do desenho, no caso eu esqueci de limpar a parte de cima e a transferência ficou muito fraquinha, posicione o papel com o lado do desenho voltada para a face superior da placa, lembre-se de alinhar com a mesma posição dos componentes que irão ser soldados e passe o ferro de passar roupas seguindo os mesmos passos da transferência anterior.

Furação

Chegou a hora de furar a placa, para isso você pode utilizar um furador manual (que parece um grampeador) que apesar de ser bem prático tem alguns inconvenientes como tamanho máximo da placa e pode ser utilizada apenas com placas de fenolite (mais amarelinhas) pois se utiliza-la em placas de fibra de vidro (mais transparentes ou esverdeadas) irá danifica-la no primeiro ou segundo furo devido ser muito dura, sendo assim eu aconselho a utilização de um mini drill (micro furadeira), ou furadeira normal.

Na figura acima temos a placa pronta e furada vista do lado dos componentes.

 

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Na figura acima temos a plaquinha do lado das trilhas e ilhas com as soldas feitas. Acabamento

Após terminado sua placa uma dica interessante é inverniza-la que além de dar uma melhor aparência irá protege-la de oxidação. Existe por exemplo um verniz em spray específico para placas de PCI que já deixa a placa com acabamento perfeito, portanto seu preço é bastante elevado. Outra opção é o verniz de madeira ou o verniz de uso geral, geralmente encontrados em papelaria e supermercados e com preços bem acessíveis. 

Na figura acima temos a placa já invernizada, ficou tão brilhante e protegida que até para tirar a foto foi ruim.