Fcc 2014 Trt 18 Regiao Go Juiz Do Trabalho Prova

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  • N do CadernooN de Inscrioo

    ASSINATURA DO CANDIDATON do Documentoo

    Nome do Candidato

    Juiz do Trabalho Substituto

    Abril/2014

    TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 18 REGIOa

    Concurso Pblico para provimento de cargos de

    INSTRUES

    VOCDEVE

    ATENO

    - Verifique se este caderno contm 100 questes, numeradas de 1 a 100.

    Caso contrrio, reclame ao fiscal da sala um outro caderno.

    No sero aceitas reclamaes posteriores.

    - Para cada questo existe apenas UMAresposta certa.

    - Voc deve ler cuidadosamente cada uma das questes e escolher a resposta certa.

    - Essa resposta deve ser marcada na FOLHADE RESPOSTAS que voc recebeu.

    - Procurar, na FOLHADE RESPOSTAS, o nmero da questo que voc est respondendo.

    - Verificar no caderno de prova qual a letra (A,B,C,D,E) da resposta que voc escolheu.

    - Marcar essa letra na FOLHADE RESPOSTAS, conforme o exemplo:

    - Marque as respostas com caneta esferogrfica de material transparente, de tinta preta ou azul. No ser permitido o

    uso de lpis, lapiseira, marca-texto ou borracha durante a realizao da prova.

    - Marque apenas uma letra para cada questo, mais de uma letra assinalada implicar anulao dessa questo.

    - Responda a todas as questes.

    - No ser permitida ao candidato a consulta a qualquer tipo de legislao, smulas e jurisprudncia dos Tribunais,

    anotaes ou a quaisquer outros materiais.

    - Adurao da prova de 5 horas, para responder a todas as questes e preencher a Folha de Respostas.

    - Ao trmino da prova, chame o fiscal da sala e devolva todo o material recebido.

    - Proibida a divulgao ou impresso parcial ou total da presente prova. Direitos Reservados.

    A C D E

    PROVA OBJETIVA SELETIVAPrimeira Etapa

    Caderno de Prova A01, Tipo 001 MODELO

    0000000000000000

    MODELO1

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  • 2 TRT18-1a Etapa-Prova Objetiva Seletiva-Juiz Trab.Substituto

    BLOCO I

    Direito Individual do Trabalho

    1. Hermenutica a teoria cientfica da arte de interpretar.

    A hermenutica jurdica tem por objeto o estudo e a sis- tematizao dos processos aplicveis para determinar o sentido e o alcance das expresses do Direito. So sistemas interpretativos adotados pela hermenutica, EXCETO:

    (A) exegtico.

    (B) do direito livre.

    (C) teleolgico (ou finalstico).

    (D) da livre pesquisa cientfica.

    (E) lgico. _________________________________________________________ 2. O estgio definido por lei como o ato educativo escolar

    supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa preparao para o trabalho produtivo de edu-candos que estejam frequentando o ensino regular em instituies de educao superior, de educao profis-sional, de ensino mdio, da educao especial e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional da educao de jovens e adultos. Nesse contexto, analise as seguintes proposies:

    I. Das vagas de estgio oferecidas pela parte conce-dente, 10% so asseguradas s pessoas portado-ras de deficincia.

    II. As atividades de extenso, de monitorias e de ini-ciao cientfica na educao superior, desenvol-vidas pelo estudante, no podero ser equiparadas ao estgio.

    III. O estgio do portador de deficincia no poder, em relao mesma parte concedente, ter durao superior a 2 anos.

    IV. O estgio com durao igual ou superior a 1 ano d direito a um recesso no remunerado de 30 dias.

    V. O limite da durao da jornada de estagirio dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade de educao de jovens e adultos, de quatro horas dirias e vinte horas semanais.

    Est correto o que se afirma APENAS em

    (A) I, II e IV.

    (B) II, III e IV.

    (C) I, IV e V.

    (D) I e V.

    (E) IV e V.

    3. Everandy foi contratado em 17/08/1985 para trabalhar no Cartrio de Registro de Imveis de determinado Municpio. Em 1994, com fundamento no art. 48 da Lei no 8.935/94, fez opo pelo regime celetista. Dispensado sem justa causa em 15/01/2014, pretende o reconhecimento da nuli-dade da resciso de seu contrato de trabalho e, como con-sequncia, a reintegrao no emprego, sob o fundamento de que, na condio de escrevente, sua prestao de ser-vios foi regida em perodo pretrito por regime especial que lhe assegura a manuteno do emprego e impede a resciso do seu contrato de trabalho. A pretenso de Everandy

    (A) tem fundamento, tendo em vista sua investidura ter

    sido estatutria ou em regime especial e o regime da contratao prevalecer para fins de proteo contra dispensa sem justa causa.

    (B) tem fundamento, tendo em vista que os serventu-rios de Cartrios no oficializados tm estabilidade no emprego, independentemente do regime de con-tratao, no podendo ser dispensados, salvo se cometerem justa causa.

    (C) tem fundamento, pois, com base no princpio da norma mais favorvel, a possibilidade dada pelo le-gislador para que o trabalhador optasse por um ou outro regime assegurou ao mesmo as garantias dos dois regimes.

    (D) no tem fundamento, pois a Lei no 8.935/94 estabe-leceu, com a possibilidade de opo, a coexistncia de dois regimes jurdicos distintos, que no se misturam e que contm regras, vantagens e direitos especficos incompatveis entre si, sendo que, com a opo pelo regime celetista, o trabalhador abriu mo da garantia de emprego do regime anterior.

    (E) no tem fundamento, tendo em vista que aps o advento da Constituio Federal de 1988, que pas-sou a prever que os servios dos Cartrios no ofi-cializados so exercidos em carter privado, por delegao do Poder Pblico, nenhum trabalhador dos referidos Cartrios tem direito reintegrao no emprego se dispensado sem justa causa.

    _________________________________________________________

    4. Entre as modalidades de contrato de trabalho por prazo determinado previstas pelo ordenamento jurdico est o contrato de trabalho por pequeno prazo previsto pelo art. 14-A da Lei no 5.889/1973 (Lei do Trabalho Rural). Sobre essa modalidade de contrato INCORRETO afirmar:

    (A) So assegurados ao trabalhador rural contratado por

    pequeno prazo, alm da remunerao equivalente do trabalhador rural permanente, os demais direitos de natureza trabalhista.

    (B) A contratao de trabalhador rural por pequeno pra-zo que dentro do perodo de um ano superar 45 dias fica convertida em contrato de trabalho por prazo indeterminado.

    (C) Essa modalidade de contrato somente pode ser ce-lebrado entre produtor rural pessoa fsica, proprie- trio ou no, que explore diretamente atividade agroeconmica, e trabalhador rural.

    (D) A no incluso do trabalhador rural contratado por pequeno prazo na GFIP pressupe a inexistncia de contratao nesta modalidade, sem prejuzo de com-provao, por qualquer meio admitido em direito, da existncia de relao jurdica diversa.

    (E) O contrato de trabalho por pequeno prazo dever ser formalizado, dentre outros requisitos, mediante cele-brao de contrato escrito, em duas vias, uma para cada parte, do qual conste, no mnimo, expressa autorizao em acordo coletivo ou conveno, iden-tificao do produtor rural e do imvel rural onde o tra-balho ser realizado, indicao da respectiva matr-cula e identificao do trabalhador, com indicao do respectivo Nmero de Inscrio do Trabalhador NIT.

    Caderno de Prova A01, Tipo 001

  • TRT18-1a Etapa-Prova Objetiva Seletiva-Juiz Trab.Substituto 3

    5. Cordula foi aprovada em processo seletivo para ocupar vaga de Coordenadora Administrativa na empresa MDMV Comrcio Ltda., vaga esta disponvel e publicada em di-versos sites. Em razo da aprovao no processo seletivo, enviou para a empresa os documentos solicitados, fez exame mdico admissional e trocou inmeros e-mails com o RH da empresa sobre dvidas que tinha sobre a con-tratao. Com a confirmao da aprovao no referido processo seletivo, Cordula formalizou seu pedido de de-misso na empresa Universal Comrcio Ltda., onde at ento era empregada. Ocorre, porm, que, um dia aps ter pedido demisso na empresa Universal, Cordula rece-beu um e-mail da empresa MDMV informando que no havia mais interesse na sua contratao e que tudo su-postamente no havia passado de um equvoco. Em relao a esta situao, (A) as tratativas prvias ao contrato de trabalho no ge-

    ram obrigatoriedade em relao celebrao do referido contrato e no produzem qualquer efeito ju-rdico em relao s partes que estavam envolvidas nas conversaes prvias.

    (B) Cordula pode exigir ressarcimento pelo dano causa-do, tendo em vista que, confiando na previsvel con-cluso do contrato, pediu demisso do emprego e, portanto, deixou de receber os salrios que at en-to vinha recebendo.

    (C) somente a inobservncia do princpio da boa-f po-de ser considerada como elemento genrico da responsabilidade pr-contratual.

    (D) Cordula no pode exigir ressarcimento por qualquer dano sofrido, tendo em vista que somente com a efetiva assinatura do contrato de trabalho com a empresa MDMV estaria caracterizado o consenti-mento e, portanto, somente a partir desse momento ela poderia pedir demisso da empresa Universal.

    (E) o fato de a empresa MDMV ter alegado que tudo no passou de um equvoco afasta a enganosidade da informao como elemento especfico exigido para a caracterizao da responsabilidade pr-contratual.

    _________________________________________________________ 6. Entre os diversos efeitos conexos que o contrato de tra-

    balho pode ter esto os direitos intelectuais devidos ao empregado em razo de inveno ou da execuo de obra intelectual. Nesse contexto, e nos termos da legisla-o aplicvel, (A) o empregador, titular da patente, poder conceder

    ao empregado, autor de invento, participao nos ganhos econmicos resultantes da explorao da patente, limitada a 10% do referido valor.

    (B) a inveno decorrente do contrato de trabalho per-tence exclusivamente ao empregador, tendo o em-pregado direito ao recebimento de parcela salarial denominada "propriedade intelectual", sobre a qual incidem todos os direitos trabalhistas.

    (C) a propriedade da inveno desenvolvida ser co-mum, em partes iguais, quando resultar da contribui-o pessoal do empregado e de recursos, meios, da-dos, materiais, instalaes ou equipamentos do em-pregador, ressalvada expressa disposio contratual em contrrio.

    (D) considera-se inveno desenvolvida na vigncia do contrato de trabalho aquela cuja patente seja re-querida pelo empregado at dois anos aps a extin-o do vnculo empregatcio.

    (E) a explorao do objeto da patente, na falta de acor-do, dever ser iniciada pelo empregador dentro do prazo de dois anos contado da data de sua conces-so, sob pena de passar exclusiva propriedade do empregado a titularidade da patente.

    7. Em relao aos poderes do empregador, considere: I. O regulamento de empresa caracteriza-se como

    forma de exteriorizao do poder de fiscalizao ou de controle do empregador.

    II. As clusulas regulamentares que revoguem ou alte-rem vantagens deferidas anteriormente s atingi-ro os trabalhadores admitidos aps a revogao ou alterao do regulamento.

    III. A licena-prmio, na vigncia do contrato de trabalho, no pode ser convertida em pecnia, mesmo que admitida a converso no regulamento da empresa.

    IV. Nula a punio de empregado se no precedida de inqurito ou sindicncia internos a que se obri-gou a empresa por norma regulamentar.

    V. Havendo a coexistncia de dois regulamentos da empresa, o empregado ter direito s regras mais benficas de cada um deles.

    Est correto o que se afirma APENAS em (A) II e IV. (B) I, II e III. (C) I, III e V. (D) I e III. (E) II, III e V.

    _________________________________________________________

    8. Os empregados contratados sob o regime de trabalho a tempo parcial tm regras especficas sobre frias. Esses empregados (A) tm direito ao abono de frias, sendo-lhe facultado

    converter 1/3 do perodo de frias a que tiverem di-reito em valor correspondente remunerao que lhes seria devida nos dias correspondentes.

    (B) tero seu perodo de frias reduzido metade, salvo se tiverem at 8 faltas injustificadas ao longo do perodo aquisitivo.

    (C) tm direito a 10 dias de frias, para durao do tra-balho semanal igual ou inferior a cinco horas.

    (D) tm direito a 24 dias de frias, para durao do tra-balho semanal superior a vinte e duas horas, at vinte e cinco horas.

    (E) tm direito a 12 dias de frias, para durao do tra-balho semanal superior a dez horas, at quinze horas.

    _________________________________________________________

    9. A regra geral da intransferibilidade do empregado ameni-zada pelo prprio legislador, que expressamente estipula hi-pteses em que possvel haver a transferncia. Em razo disso, e das diversas questes derivadas dessas transfe-rncias, a jurisprudncia do Tribunal Superior do Trabalho fixou alguns entendimentos, entre os quais NO se inclui: (A) O fato de o empregado exercer cargo de confiana

    ou a existncia de previso de transferncia no con-trato de trabalho exclui o direito ao adicional de transferncia.

    (B) O empregado transferido para o exterior tem direito ao FGTS incidente sobre todas as parcelas de natu-reza salarial que lhe so pagas em virtude da pres-tao dos servios.

    (C) Empregado transferido, por ato unilateral do empre-gador, para local mais distante de sua residncia, tem direito a suplemento salarial correspondente ao acrscimo da despesa de transporte.

    (D) Presume-se abusiva a transferncia de empregado que exerce cargo de confiana, sem a comprovao da necessidade do servio.

    (E) Presume-se abusiva a transferncia do empregado cu-jo contrato contenha clusula expressa de transfern-cia, sem a comprovao da necessidade do servio.

    Caderno de Prova A01, Tipo 001

  • 4 TRT18-1a Etapa-Prova Objetiva Seletiva-Juiz Trab.Substituto

    10. A CLT, em captulo especfico, dispe sobre as condies de segurana e medicina do trabalho. Em relao s nor-mas de preveno fadiga previstas no texto celetista,

    (A) o peso mximo que um empregado pode remover

    individualmente de 60 kg, para o homem; para as mulheres e menores, o peso mximo fixado em 25 kg para trabalho contnuo ou 30 kg para o traba-lho ocasional.

    (B) a limitao de peso para o empregado remover indi-

    vidualmente somente no exigida se houver autori-zao expressa do Ministrio do Trabalho e Emprego.

    (C) ser obrigatria a colocao de assentos que as-

    segurem postura correta ao trabalhador, capazes de evitar posies incmodas ou foradas, sempre que a execuo da tarefa exija que trabalhe sentado.

    (D) quando o trabalho deva ser executado de p, o em-

    pregador deve conceder intervalos obrigatrios de quinze minutos a cada uma hora e trinta minutos de trabalho, para que o empregado possa se sentar.

    (E) o legislador estabelece uma srie de medidas que de-

    vem ser adotadas em relao postura dos empre-gados que trabalham sentados, mas no estabelece regras em relao aos que trabalham em p, deixan-do que tal regulamentao seja feita atravs de previ-so nas normas coletivas das respectivas categorias.

    _________________________________________________________

    Direito Coletivo do Trabalho

    11. A Conveno no 87 da OIT trata de questes relativas liberdade sindical e proteo do direito de sindicalizao. NO corresponde a conduta que contrarie a liberdade sin-dical a previso pela legislao nacional dos pases mem-bros da OIT:

    (A) restrio em relao aplicao das normas da Con-

    veno s foras armadas e polcia. (B) possibilidade de interveno do Poder Pblico na

    elaborao dos estatutos das entidades sindicais. (C) determinao do Poder Pblico em relao s nor-

    mas de Administrao das entidades sindicais, vi-sando preservar o interesse pblico sobre o interes-se particular das categorias.

    (D) restrio em relao ao direito dos trabalhadores

    aposentados de participar das eleies sindicais. (E) limitao s federaes e confederaes do direito

    de filiarem-se s organizaes internacionais de tra-balhadores e de empregadores.

    _________________________________________________________ 12. Segundo o entendimento da doutrina dominante, uma das

    perspectivas que deve ser adotada no estudo dos siste-mas sindicais diz respeito aos critrios ou padres de agregao dos trabalhadores no sindicato. Nesse sentido, esses critrios definem sindicato por

    (A) ofcio ou profisso; categoria profissional; ramo em-

    presarial de atividades; regio. (B) ofcio ou profisso; categoria econmica; regio;

    pas. (C) ofcio ou profisso; categoria profissional; empresa;

    ramo empresarial de atividades. (D) agremiao; categoria profissional; categoria econ-

    mica; base territorial. (E) agremiao; categoria profissional; orientao polti-

    ca; base territorial.

    13. Em relao vigncia das clusulas das convenes e acordos coletivos de trabalho, de acordo com o enten-dimento sumulado do Tribunal Superior do Trabalho, as

    (A) condies de trabalho alcanadas por fora de

    sentena normativa, conveno ou acordos coletivos vigoram no prazo assinado, no integrando, de for-ma definitiva, os contratos individuais de trabalho.

    (B) clusulas normativas dos acordos coletivos ou

    convenes coletivas integram os contratos indivi-duais de trabalho e somente podero ser modifica-das ou suprimidas mediante negociao coletiva de trabalho.

    (C) condies de trabalho alcanadas por fora de

    sentena normativa vigoram no prazo assinado, no integrando, de forma definitiva, os contratos, o que no ocorre apenas com as clusulas de natureza econmica.

    (D) clusulas normativas dos acordos coletivos ou

    convenes coletivas integram os contratos indivi-duais de trabalho, no podendo ser modificadas ou suprimidas, salvo previso em sentena normativa.

    (E) condies de trabalho decorrentes de acordos

    coletivos de trabalho no prevalecem em caso de previso em conveno coletiva ou em sentena normativa em sentido contrrio.

    _________________________________________________________

    14. Considerando o posicionamento doutrinrio sobre media-o e arbitragem, analise as proposies abaixo.

    I. Mediao consiste na conduta pela qual determina-

    do agente, considerado terceiro imparcial em face dos interesses contrapostos e das respectivas par-tes conflituosas, busca auxili-las e, at mesmo, instig-las composio, cujo teor ser, porm, decidido pelas prprias partes.

    II. O ordenamento jurdico prev algumas hipteses

    de mediao obrigatria a que as partes em conflito devem submeter-se, que tm como mediador o Ministrio Pblico do Trabalho.

    III. A arbitragem de direito tem por objeto conflito in-

    terpretativo de regra ou princpio jurdico ou de clusula contratual. Escolhe-se, pela via arbitral, o exato sentido da norma ou clusula aplicveis s partes em dissenso.

    IV. Arbitragem o tipo procedimental de soluo de

    conflitos mediante o qual a deciso efetiva-se por um terceiro rbitro, estranho relao entre os su-jeitos em controvrsia e, em geral, por eles es-colhido.

    V. A arbitragem de direito tem por objeto conflito de

    interesses materiais, de manifesto matiz econmi-co, envolvendo reivindicaes materiais ou circuns-tanciais disputadas pelas partes.

    Est correto o que se afirma APENAS em

    (A) I e II.

    (B) II e IV.

    (C) I e V.

    (D) II, III e V.

    (E) I, III e IV.

    Caderno de Prova A01, Tipo 001

  • TRT18-1a Etapa-Prova Objetiva Seletiva-Juiz Trab.Substituto 5

    15. Entre as condutas antissindicais mais comuns esto as sistemticas de desestmulo sindicalizao e desgaste atuao dos sindicatos. Entre as diversas condutas antis-sindicais apontadas pela doutrina esto os chamados yellow dogs contracts (contratos de ces amarelos), que se caracterizam

    (A) pelo compromisso que o trabalhador firma com o

    empregador de no filiao a seu sindicato, como critrio de admisso e manuteno do emprego.

    (B) pelo estmulo e controle (mesmo que indireto) pelo

    empregador da organizao e aes do sindicato obreiro.

    (C) pela divulgao entre os empregadores dos nomes

    dos trabalhadores com significativa atuao sindical, de modo a praticamente exclu-los do mercado de trabalho.

    (D) pela obrigao de preservao pelo empregado de

    sua filiao ao sindicato durante o prazo de vigncia da respectiva conveno coletiva, sob pena de per-da do emprego.

    (E) pelo compromisso assumido pelas empresas de so-

    mente contratarem trabalhadores filiados ao respec-tivo sindicato.

    _________________________________________________________

    Direito Administrativo

    16. Acerca dos princpios da Administrao pblica, correto afirmar:

    (A) O princpio da boa-f no vigora no Direito Adminis-

    trativo, eis que atinente ao relacionamento entre sujeitos movidos pela autonomia da vontade e a ele se contrape o princpio da impessoalidade, que impera nas relaes jurdico-administrativas.

    (B) Os princpios do Direito Administrativo so manda-

    mentos de otimizao; portanto, sua aplicao s possvel quando deles decorrerem consequncias favorveis ao administrado.

    (C) No tocante ao princpio da motivao, admite-se,

    excepcionalmente, a convalidao do ato imotivado, por meio da explicao a posteriori dos motivos que levaram sua prtica, desde que tal vcio no acar-rete leso ao interesse pblico nem prejuzo a terceiros.

    (D) Por fora do princpio da legalidade, atos praticados

    de forma invlida devem ser anulados, indepen-dentemente das consequncias decorrentes da anulao.

    (E) Sendo a lei um mandamento moral e visto que, no

    mbito da Administrao pblica, s permitido aos agentes pblicos atuarem nos estritos limites da lei, para atender moralidade administrativa basta que o agente observe fielmente os mandamentos legais.

    _________________________________________________________ 17. Determinado servidor recebeu, de boa-f, valores indevi-

    dos, em virtude de interpretao errnea da lei, por parte da Administrao pblica. Com base em entendimento dominante do Superior Tribunal de Justia, deve-se con-cluir que o pagamento de tais valores consistir em ato administrativo (A) perfeito, vlido e eficaz. (B) perfeito, invlido e eficaz. (C) imperfeito, vlido e ineficaz. (D) imperfeito, invlido e eficaz. (E) perfeito, invlido e ineficaz.

    18. No que tange validade dos atos administrativos

    (A) possvel convalidar ato administrativo praticado com vcio de finalidade, desde que se evidencie que tal deciso no acarrete prejuzo a terceiros.

    (B) todos os atos administrativos praticados com vcio de

    competncia devem ser anulados, pois se trata de elemento essencial validade dos atos administra-tivos.

    (C) o descumprimento, pelo administrado, dos requisitos

    referentes ao desfrute de uma dada situao jurdi-ca, justifica a anulao do ato administrativo que ge-rou referida situao.

    (D) a caducidade a extino de ato administrativo em

    razo da supervenincia de legislao que tornou inadmissvel situao anteriormente consentida, com base na legislao ento aplicvel.

    (E) os atos praticados por agente incompetente esto

    sujeitos revogao pela autoridade que detm a competncia legal para sua prtica.

    _________________________________________________________

    19. Ao criar uma entidade da Administrao indireta, o ente poltico pode optar por constitu-la sob regime de direito privado. Dentre as entidades que podem ser institudas sob tal regime, esto

    (A) as autarquias, as fundaes e as agncias executi-

    vas. (B) as sociedades de economia mista, os consrcios

    pblicos e as fundaes. (C) as empresas pblicas, as sociedades de economia

    mista e as agncias reguladoras. (D) as autarquias corporativas, as empresas pblicas e

    as sociedades de economia mista. (E) as agncias reguladoras, as sociedades de econo-

    mia mista e as fundaes. _________________________________________________________

    20. O status de agncia executiva constitui uma qualificao criada pela chamada reforma gerencial da Administrao pblica federal. NO caracterstica tpica de tal figura jurdica,

    (A) a necessidade de elaborao de um plano estrat-

    gico de reestruturao e de desenvolvimento institu-cional, voltado para a melhoria da qualidade da ges-to e para a reduo de custos da entidade candi-data qualificao.

    (B) a ampliao da autonomia gerencial, oramentria e

    financeira do rgo ou entidade assim qualificado. (C) a outorga de tal qualificao por decreto presiden-

    cial. (D) a exigncia de prvia celebrao de contrato de

    gesto com o respectivo Ministrio supervisor, para obteno da qualificao.

    (E) a previso de mandato fixo aos seus dirigentes, ve-

    dada a sua exonerao ad nutum.

    Caderno de Prova A01, Tipo 001

  • 6 TRT18-1a Etapa-Prova Objetiva Seletiva-Juiz Trab.Substituto

    21. tradicional a distino entre polcia judiciria e polcia administrativa. Dentre os critrios que permitem distinguir as duas modalidades de exerccio do poder estatal por agentes pblicos, correto afirmar que a polcia judiciria (A) age somente repressivamente e a polcia adminis-

    trativa age somente preventivamente. (B) age sempre de maneira vinculada e a polcia admi-

    nistrativa atua sempre de maneira discricionria. (C) privativa de corporaes especializadas e a polcia

    administrativa exercida por vrios rgos adminis-trativos.

    (D) exercida com autoexecutoriedade e a polcia admi-

    nistrativa exercida com coercibilidade. (E) atua exclusivamente com base no princpio da tipi-

    cidade e a polcia administrativa atua exclusivamente com base no princpio da atipicidade.

    _________________________________________________________ 22. Com relao responsabilidade civil na atuao estatal,

    considere as seguintes afirmaes:

    I. Em ao de responsabilidade por dano causado a particular, o ente pblico ru pode buscar a res-ponsabilizao do agente pblico autor do dano, por meio da nomeao autoria.

    II. O regime de responsabilidade objetiva da pessoa ju-

    rdica prestadora de servios pblicos pelos danos que causar em razo de sua atividade se aplica tanto em favor de usurios do servio prestado quanto em favor de terceiros no-usurios.

    III. A absolvio do agente pblico causador de dano a

    particular, na esfera penal, nem sempre impede sua responsabilizao perante a Administrao, em ao regressiva.

    Est correto o que se afirma APENAS em

    (A) I. (B) II. (C) III. (D) I e II. (E) II e III.

    _________________________________________________________ 23. VEDADO autoridade jurisdicional, no controle dos atos

    administrativos, (A) fixar astreintes em desfavor do ente pblico, com o

    objetivo de compeli-lo ao cumprimento de obrigao de fazer.

    (B) suprir a manifestao administrativa e deferir reque-

    rimento do interessado, quando se tratar de preten-so relativa prtica de ato de competncia vincula-da da autoridade administrativa e esta quedar-se silente.

    (C) revigorar ato administrativo revogado, visto que a

    revogao ato eminentemente discricionrio. (D) conceder, por meio de deciso no juzo de primeiro

    grau, medida cautelar inominada ou liminar, quando impugnado ato de autoridade sujeita, na via de man-dado de segurana, competncia originria de tri-bunal, salvo nos casos de ao popular ou de ao civil pblica.

    (E) deferir a execuo provisria de deciso que importe

    em concesso de aumento ou extenso de vanta-gens a empregados pblicos de quaisquer entidades pertencentes Administrao pblica.

    24. No tocante ao regime legal dos bens das entidades per-tencentes Administrao pblica, correto afirmar:

    (A) Os bens pertencentes a autarquia so impenhor-

    veis, mesmo para satisfao de obrigaes decor-rentes de contrato de trabalho regido pela Consoli-dao da Legislao Trabalhista.

    (B) Os bens pertencentes s entidades da Administra-

    o indireta so bens privados e, portanto, passveis de penhora.

    (C) A imprescritibilidade caracterstica que se aplica

    to somente aos bens pblicos de uso comum e especial, no atingindo os bens dominicais.

    (D) Em face da no aplicao do art. 730 do Cdigo de

    Processo Civil s lides trabalhistas, os bens pblicos podem ser penhorados para satisfao de dbitos reconhecidos pela Justia Laboral.

    (E) A regra da imprescritibilidade dos bens pblicos, por

    ter origem legal, no se aplica ao instituto da usu-capio especial urbana, de status constitucional.

    _________________________________________________________

    25. A Lei Federal no 8.112/1990 prev, dentre as hipteses de licenciamento do servidor, a concesso de licena para atividade poltica (art. 86); e licena para tratar de interes-ses particulares (art. 91). Sobre tais atos administrativos, correto afirmar que

    (A) o primeiro ato discricionrio e revogvel; o segun-

    do ato vinculado e irrevogvel. (B) o primeiro ato vinculado e irrevogvel; o segundo

    ato discricionrio e revogvel. (C) ambos so atos discricionrios e revogveis. (D) ambos so atos vinculados e irrevogveis. (E) o primeiro ato vinculado e revogvel; o segundo

    ato discricionrio e irrevogvel. _________________________________________________________

    26. No tocante disciplina da remoo dos servidores pbli-cos, nos termos da Lei Federal no 8.112/1990, INCORRETO afirmar:

    (A) Remoo o deslocamento do servidor, a pedido ou

    de ofcio, no mbito do mesmo quadro, com ou sem mudana de sede.

    (B) A remoo a pedido, para acompanhar cnjuge ou

    companheiro, tambm servidor pblico civil ou mili-tar, de qualquer dos Poderes da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios, que foi deslo-cado de ofcio, concedida independentemente do interesse da Administrao.

    (C) A remoo a pedido, por motivo de sade do servi-

    dor, cnjuge, companheiro ou dependente que viva s suas expensas e conste do seu assentamento funcional, pode ser concedida mediante declarao firmada por mdico de confiana do interessado.

    (D) Na hiptese em que o nmero de interessados for

    superior ao nmero de vagas, a remoo a pedido se dar mediante processo seletivo, de acordo com normas preestabelecidas pelo rgo ou entidade em que aqueles estejam lotados.

    (E) A remoo a pedido no gera direito percepo de

    ajuda de custo pelo servidor removido.

    Caderno de Prova A01, Tipo 001

  • TRT18-1a Etapa-Prova Objetiva Seletiva-Juiz Trab.Substituto 7

    27. O Tribunal Superior do Trabalho produziu diversas smu-las e orientaes jurisprudenciais, consolidando sua juris-prudncia no tocante ao regime de trabalho dos servidores pblicos regidos pela Consolidao das Leis Trabalhistas. NO est compreendido no repertrio de smulas e orien-taes jurisprudenciais vigentes, o seguinte enunciado:

    (A) Aplica-se aos servidores pblicos da Administra-

    o direta, autrquica e fundacional o disposto no art. 461 da CLT, no que se refere equipara- o salarial entre funes iguais, desde que o pa-radigma tambm tenha sido contratado pelo regime celetista.

    (B) O servidor pblico celetista da Administrao direta,

    autrquica ou fundacional beneficirio da estabili-dade prevista no art. 41 da CF/1988.

    (C) Ao empregado de empresa pblica ou de sociedade

    de economia mista, ainda que admitido mediante aprovao em concurso pblico, no garantida a estabilidade prevista no art. 41 da CF/1988.

    (D) A contratao de servidor pblico, aps a CF/1988,

    sem prvia aprovao em concurso pblico, encon-tra bice no respectivo art. 37, II e 2o, somente lhe conferindo direito ao pagamento da contrapres-tao pactuada, em relao ao nmero de horas tra-balhadas, respeitado o valor da hora do salrio mni-mo, e dos valores referentes aos depsitos do FGTS.

    (E) A validade do ato de despedida do empregado da

    Empresa Brasileira de Correios e Telgrafos (ECT) est condicionada motivao, por gozar a empresa do mesmo tratamento destinado Fazenda Pblica em relao imunidade tributria e execuo por precatrio, alm das prerrogativas de foro, prazos e custas processuais.

    _________________________________________________________ 28. Acerca da responsabilidade por improbidade administra-

    tiva, a Lei Federal no 8.429/1992 estatui que

    (A) imprescritvel a pretenso de impor sanes para os atos de improbidade administrativa que importem em leso ao errio ou enriquecimento ilcito do agente.

    (B) constitui crime a representao injustificada por ato

    de improbidade contra agente pblico ou terceiro beneficirio, sendo punvel tal prtica tanto na moda-lidade dolosa, quanto na modalidade culposa.

    (C) no constitui ato de improbidade punvel a leso a

    patrimnio de entidade para cuja criao ou custeio o errio haja concorrido com menos de cinquenta por cento do patrimnio ou da receita anual.

    (D) as condutas descritas nos artigos 9o, 10 e 11 consti-

    tuem um rol taxativo, sendo que condutas que ali no estejam descritas so consideradas atpicas para fins de aplicao das sanes previstas na re-ferida lei.

    (E) ser punido com a pena de demisso, a bem do

    servio pblico, sem prejuzo de outras sanes cabveis, o agente pblico que se recusar a pres- tar declarao dos bens e valores que compem seu patrimnio privado no prazo determinado para tanto.

    29. No tocante ao inqurito civil e ao ajustamento de conduta, correta a afirmao:

    (A) O Ministrio Pblico poder requisitar das institui-

    es bancrias, para fins de instruo do inqurito civil, informaes referentes movimentao de re-cursos dos sujeitos investigados.

    (B) O Ministrio Pblico poder requisitar, de qualquer

    organismo pblico ou particular, certides, informa-es, exames ou percias, que sero prestadas no prazo mximo de 10 dias teis.

    (C) Compete ao Procurador-Geral da Repblica a deci-

    so final quanto celebrao de termo de ajusta-mento de conduta que envolva a assuno de obri-gaes pelos rgos e entidades pblicas federais.

    (D) Se o rgo do Ministrio Pblico, esgotadas todas as

    diligncias, se convencer da inexistncia de funda-mento para a propositura da ao civil, promover o arquivamento dos autos do inqurito civil ou das peas informativas, fazendo-o fundamentadamente e remeter tais elementos, no prazo de 3 dias, ao Conselho Nacional do Ministrio Pblico.

    (E) A Defensoria Pblica poder tomar dos interessados

    compromisso de ajustamento de sua conduta s exi-gncias legais, mediante cominaes, que ter efic-cia de ttulo executivo extrajudicial.

    _________________________________________________________

    30. Servio pblico de natureza exclusiva e, no tocante ao regime de prestao, deve ser classificado como uti universi. Refere-se ao servio

    (A) educacional.

    (B) de fornecimento de energia.

    (C) postal.

    (D) de limpeza dos logradouros pblicos.

    (E) de atendimento sade.

    _________________________________________________________

    Direito Penal

    31. No tocante s circunstncias atenuantes, correto afirmar que (A) permitem a reduo da pena abaixo do mnimo pre-

    visto na lei, segundo entendimento sumulado do Su-perior Tribunal de Justia.

    (B) incidem na terceira etapa do clculo da pena. (C) so inaplicveis se no previstas expressamente em

    lei. (D) o desconhecimento da lei, embora inescusvel, pode

    ser empregado para atenuar a pena. (E) a reparao do dano no a configura, constituindo

    apenas causa geral de diminuio da pena. _________________________________________________________

    32. causa de excluso da tipicidade, (A) a insignificncia do fato ou a sua adequao social,

    segundo corrente doutrinria e jurisprudencial. (B) o erro inevitvel sobre a ilicitude do fato. (C) a coao moral irresistvel. (D) a no exigibilidade de conduta diversa. (E) a obedincia hierrquica.

    Caderno de Prova A01, Tipo 001

  • 8 TRT18-1a Etapa-Prova Objetiva Seletiva-Juiz Trab.Substituto

    33. No que diz respeito aos estgios de realizao do crime, correto afirmar que (A) se atinge a consumao com o exaurimento do de-

    lito. (B) h arrependimento eficaz quando o agente, por ato

    voluntrio, nos crimes sem violncia ou grave amea-a pessoa, repara o dano ou restitui a coisa at o recebimento da denncia ou da queixa.

    (C) h desistncia voluntria quando o agente, embora j

    realizado todo o processo de execuo, impede que o resultado ocorra.

    (D) na desistncia voluntria e no arrependimento efi-

    caz o agente s responde pelos atos j praticados, se tpicos.

    (E) a tentativa constitui circunstncia atenuante.

    _________________________________________________________ 34. NO configura o crime de reduo condio anloga de

    escravo (A) submeter a vtima a trabalhos forados ou a jornada

    exaustiva, sujeitando-a a condies degradantes de trabalho.

    (B) constranger algum, mediante violncia ou grave

    ameaa, a celebrar contrato de trabalho. (C) restringir, por qualquer meio, a locomoo do traba-

    lhador em razo de dvida contrada com o emprega-dor ou preposto.

    (D) cercear o uso de qualquer meio de transporte por

    parte do trabalhador, com o fim de ret-lo no local de trabalho.

    (E) manter vigilncia ostensiva no local de trabalho ou se

    apoderar de documentos ou objetos pessoais do tra-balhador, com o fim de ret-lo no local de trabalho.

    _________________________________________________________ 35. No crime de apropriao indbita,

    (A) o dolo antecedente posse. (B) a ao penal sempre pblica incondicionada, inde-

    pendentemente da condio da vtima. (C) o Juiz pode reduzir a pena se primrio o criminoso e

    de pequeno valor a coisa apropriada. (D) possvel o perdo judicial no caso de apropriao

    indbita culposa. (E) h aumento da pena quando o agente recebe a coi-

    sa em razo de emprego, mas no de profisso. _________________________________________________________ 36. Quanto injria, correto afirmar que

    (A) a pena aumentada de 1/3 se o crime cometido

    contra pessoa portadora de deficincia. (B) absorve o crime de leso corporal, se consiste em

    violncia que, por sua natureza ou pelo meio empre-gado, possa ser considerada aviltante.

    (C) h extino da punibilidade quando o ofendido, de

    forma reprovvel, provocou diretamente a ofensa. (D) no responde pelo crime quem d publicidade a con-

    ceito desfavorvel emitido por funcionrio pblico, em apreciao ou informao que preste no cumpri-mento de dever do ofcio.

    (E) admissvel a retratao, se verificada at o recebi-

    mento da denncia.

    37. No que concerne aos crimes de abuso de autoridade, correto afirmar que

    (A) compete Justia Militar processar e julgar militar

    por crime de abuso de autoridade praticado em ser-vio, segundo entendimento sumulado do Superior Tribunal de Justia.

    (B) cominada pena privativa de liberdade na

    modalidade de recluso. (C) se considera autoridade apenas quem exerce cargo,

    emprego ou funo pblica, de natureza civil ou mili-tar, no transitrio e remunerado.

    (D) no cominada pena de multa. (E) constitui abuso de autoridade qualquer atentado aos

    direitos e garantias legais assegurados ao exerccio profissional.

    _________________________________________________________

    38. No crime de exerccio arbitrrio das prprias razes, a ao penal

    (A) sempre pblica condicionada. (B) privada, se no h emprego de violncia. (C) sempre privada. (D) pblica condicionada, se no h emprego de violn-

    cia. (E) sempre pblica incondicionada.

    _________________________________________________________

    39. Configura o crime de boicotagem violenta

    (A) constranger algum, mediante violncia ou grave ameaa, a no fornecer a outrem ou no adquirir de outrem matria-prima ou produto industrial ou agr-cola.

    (B) participar de suspenso ou abandono coletivo de tra-

    balho, praticando violncia contra pessoa ou contra coisa.

    (C) constranger algum, mediante violncia ou grave

    ameaa, a abrir ou fechar o seu estabelecimento, ou a participar de parede ou paralisao de atividade econmica.

    (D) participar de suspenso ou abandono coletivo de tra-

    balho, provocando a interrupo de obra pblica ou servio de interesse coletivo.

    (E) danificar estabelecimento industrial, comercial ou

    agrcola com o intuito de impedir ou embaraar o curso normal do trabalho.

    _________________________________________________________

    40. Falsificar carto de crdito

    (A) conduta atpica. (B) falsificao de documento pblico. (C) falsidade ideolgica. (D) falsa identidade. (E) falsificao de documento particular.

    Caderno de Prova A01, Tipo 001

  • TRT18-1a Etapa-Prova Objetiva Seletiva-Juiz Trab.Substituto 9

    BLOCO II

    Direito Processual do Trabalho

    Ateno: Responda s questes de nmeros 41 a 55 de acor-do com a legislao aplicvel e o entendimento jurisprudencial consolidado/sumulado do Tribunal Superior do Trabalho, assinalando a alternativa correta.

    41. Com relao competncia no Processo do Trabalho:

    (A) de competncia funcional dos Tribunais Regionais ou suas Turmas, dentre outras, julgar as suspeies arguidas contra seus membros e fiscalizar o cum-primento de suas prprias decises.

    (B) Havendo competncia da Justia do Trabalho brasi-

    leira para julgar os dissdios havidos entre empre-gados brasileiros e estrangeiros transferidos para prestarem servios no exterior, a legislao aplicvel relao jurdica trabalhista ser regida pelas leis vigentes no pas da prestao de servio e no por aquelas do local da contratao.

    (C) No de competncia funcional, hierrquica ou in-

    terna das Varas do Trabalho, impor multas e demais penalidades relativas aos atos de sua competncia.

    (D) de competncia funcional dos Tribunais Regionais

    do Trabalho no divididos em Turmas, entre outras, processar e julgar em nica ou ltima instncia a extenso das decises proferidas em dissdios cole-tivos e as aes rescisrias das decises das Varas do Trabalho.

    (E) A Justia do Trabalho brasileira possui competncia

    para dirimir controvrsias decorrentes da relao de trabalho quando o empregado seja estrangeiro ou brasileiro e trabalhe para empresa brasileira no exte-rior, desde que no haja conveno internacional dispondo em contrrio.

    _________________________________________________________ 42. Com relao aos conflitos de competncia no Processo do

    Trabalho:

    (A) No ocorrem entre Varas do Trabalho e Juzes de Direito investidos na jurisdio da Justia do Tra-balho.

    (B) No se configura conflito de competncia entre Tri-

    bunal Regional do Trabalho e Vara do Trabalho a ele vinculada.

    (C) admitido parte interessada suscitar conflitos de

    jurisdio, ainda que j tenha oposto na causa exce-o de incompetncia.

    (D) Os conflitos de competncia suscitados entre os Tri-

    bunais Regionais do Trabalho, ou entre Varas do Trabalho e Juzes de Direito sujeitos jurisdio de Tribunais Regionais diferentes, sero resolvidos pelo Superior Tribunal de Justia.

    (E) Compete ao Superior Tribunal de Justia julgar os

    conflitos de competncia entre o Tribunal Superior do Trabalho e qualquer outro tribunal, exceto se o conflito se der com outro Tribunal Superior.

    43. Com relao confisso e revelia no Processo do Trabalho, (A) o nimo de defesa, demonstrado pela presena do

    advogado em audincia, munido de procurao, uma vez ausente o preposto, capaz de impedir a de-clarao de revelia.

    (B) poder ser ilidida a revelia mediante a apresentao de atestado mdico, ainda que no declare, expres-samente, a impossibilidade de locomoo do empre-gador ou do seu preposto no dia da audincia.

    (C) exceto quanto reclamao de empregado doms-tico e controvrsias decorrentes da relao de tra-balho, o preposto deve ser necessariamente empre-gado do reclamado.

    (D) aplica-se a confisso ao reclamante ou reclamada que, expressamente intimados com aquela comina-o, no comparecer audincia em prosseguimen-to, na qual deveria depor.

    (E) se o preposto comparecer em audincia, sem osten-tar a condio de empregado, dever o Juiz abrir prazo para que a irregularidade seja sanada.

    _________________________________________________________

    44. Com relao s partes no Processo do Trabalho, (A) a interveno assistencial, salvo a adesiva, s

    admissvel se demonstrado o interesse jurdico e no o meramente econmico.

    (B) o jus postulandi das partes, limita-se s Varas do Trabalho, no alcanando a ao rescisria, a ao cautelar, o mandado de segurana e os recursos de competncia do Tribunal Regional do Trabalho e do Tribunal Superior do Trabalho.

    (C) os litisconsortes que tiverem diferentes procurado-res, tero prazo em dobro para contestar e em qu-druplo para recorrer e, de modo geral, para falar nos autos.

    (D) a ao movida por sindicato, na qualidade de subs-tituto processual, interrompe a prescrio, salvo na hiptese de ter sido considerado parte ilegtima ad causam.

    (E) no mandado de segurana contra ato judicial ocorre hiptese de litisconsrcio necessrio, pois o ru ou autor da ao originria figurar obrigatoriamente no polo passivo da ao mandamental, ao lado da autoridade coatora.

    _________________________________________________________

    45. Com relao s custas no Processo do Trabalho, (A) nas aes plrimas, as custas incidem sobre o valor

    de cada ao separadamente. (B) incabvel a impetrao de mandado de segurana

    contra ato judicial que, de ofcio, arbitrou novo valor causa, acarretando a majorao das custas pro-cessuais, uma vez que cabia parte, aps recolher as custas, calculadas com base no valor dado cau-sa na inicial, interpor recurso ordinrio e, posterior-mente, agravo de instrumento no caso de o recurso ser considerado deserto.

    (C) havendo condenao solidria de duas ou mais em-presas, as custas recolhidas por uma delas apro-veita as demais, quando a empresa que efetuou o recolhimento no pleiteia sua excluso da lide.

    (D) nos dissdios coletivos do trabalho, as custas relati-vas ao processo de conhecimento incidiro base de 2% e sero calculadas, quando o valor for inde-terminado, sobre o valor dado causa.

    (E) nos dissdios individuais, as custas relativas ao pro-cesso de conhecimento incidiro base de 2% e se-ro calculadas, quando houver extino do pro-cesso, sem julgamento do mrito, sobre o valor que o Juiz fixar.

    Caderno de Prova A01, Tipo 001

  • 10 TRT18-1a Etapa-Prova Objetiva Seletiva-Juiz Trab.Substituto

    46. Com relao ao procedimento sumarssimo no Processo do Trabalho,

    (A) os dissdios individuais e coletivos cujo valor no

    exceda a quarenta vezes o salrio mnimo vigente na data da audincia ficam submetidos ao procedi-mento sumarssimo.

    (B) nas reclamaes enquadradas no procedimento su-marssimo a apreciao da reclamao dever ocor-rer no prazo mximo de 30 dias do seu ajuiza-mento, podendo constar de pauta especial, se ne-cessrio, de acordo com o movimento judicirio.

    (C) interrompida a audincia, o seu prosseguimento e a soluo do processo dar-se-o no prazo mximo de 15 dias, salvo motivo relevante justificado nos autos pelo Juiz da causa.

    (D) sero decididos, de plano, todos os incidentes e excees que possam interferir no prosseguimen- to da audincia e do processo, determinando o Juiz, quando houver necessidade de prova tcnica, a converso do procedimento sumarssimo em ordi-nrio.

    (E) o procedimento sumarssimo destaca a concentra-o dos atos processuais em audincia, determinan-do que todas as provas sejam produzidas neste ato processual, exceto a prova documental que pr-constituda e a prova pericial que se realiza fora da audincia.

    _________________________________________________________ 47. Com relao aos efeitos dos recursos na Justia do

    Trabalho:

    (A) O efeito devolutivo em profundidade do recurso or-dinrio transfere ao Tribunal a apreciao dos fun-damentos da inicial ou da defesa, no examinados pela sentena, desde que renovados em con-trarrazes.

    (B) O efeito devolutivo em profundidade do recurso ordi-nrio se aplica ao caso de pedido no apreciado na sentena, inclusive nos casos de extino do pro-cesso sem resoluo do mrito, se a causa versar questo exclusivamente de direito e estiver em con-dies de imediato julgamento.

    (C) A cassao de efeito suspensivo concedido a re-curso interposto de sentena normativa tem efeitos ex nunc e no retroage data do despacho que o deferiu.

    (D) incabvel medida cautelar para imprimir efeito sus-pensivo a recurso interposto contra deciso proferida em mandado de segurana, pois ambos visam, em ltima anlise, sustao do ato atacado. Extingue-se, pois, o processo, sem julgamento do mrito, por ausncia de interesse de agir, para evitar que de-cises judiciais conflitantes e inconciliveis passem a reger idntica situao jurdica.

    (E) Em razo do efeito translativo dos recursos, juri-dicamente possvel o pedido explcito de descons-tituio de sentena, ainda que tenha sido substi-tuda por acrdo regional.

    48. Com relao aos embargos de declarao no Processo do Trabalho: (A) passvel de nulidade deciso que acolhe embargos

    de declarao com efeito modificativo sem que seja concedida oportunidade de manifestao prvia par-te contrria, exceto em relao ao recurso ordinrio, em decorrncia do seu efeito devolutivo amplo.

    (B) O relator negar seguimento a recurso manifesta-

    mente inadmissvel, improcedente, prejudicado ou em confronto com smula ou com jurisprudncia dominante do respectivo Tribunal, do Supremo Tribunal Federal, ou de Tribunal Superior. Desta deciso monocrtica, no cabem embargos de declarao, ainda que tenha contedo decisrio definitivo ou conclusivo da lide e se pretenda to somente suprir omisso do julgado, uma vez que referido recurso fere o princpio da adequao recursal.

    (C) O relator negar seguimento a recurso manifes-

    tamente inadmissvel, improcedente, prejudicado ou em confronto com smula do Supremo Tribunal Federal, ou de Tribunal Superior. Desta deciso monocrtica, cabem embargos de declarao com pedido de efeito modificativo, que sero submetidos ao pronunciamento do relator.

    (D) Cabem embargos de declarao interpostos contra

    deciso monocrtica de admissibilidade do recurso de revista, por se tratar de pronunciamento jurisdi-cional revestido de cunho decisrio, interrompendo-se qualquer prazo recursal.

    (E) Se os embargos declaratrios so utilizados para

    fins de prequestionamento e se o Juiz ou tribunal continua omitindo o ponto respectivo, haver neces-sidade de a parte interpor novos embargos de de-clarao, uma vez que no se considera preques-tionada a matria invocada no recurso principal sobre a qual se omite o Tribunal de pronunciar tese.

    _________________________________________________________

    49. Com relao aos pressupostos de admissibilidade dos recursos: (A) pressuposto recursal, sob pena de desero, o

    recolhimento da multa de 1 a 10% do valor corrigido da causa, aplicada quando manifestamente inadmis-svel ou infundado o agravo, exceto se for pessoa jurdica de direito pblico.

    (B) necessrio o prequestionamento como pressupos-

    to de admissibilidade em recurso de natureza ex-traordinria, salvo quando se tratar de incompe-tncia absoluta, por se caracterizar como matria de ordem pblica.

    (C) O recolhimento do valor da multa imposta por liti-

    gncia de m-f pressuposto objetivo para inter-posio dos recursos de natureza trabalhista, sendo contada como custas e revertida em benefcio da parte contrria.

    (D) Para a admissibilidade e conhecimento de embargos

    Seo de Dissdios Individuais, interpostos contra deciso mediante a qual no foi conhecido o recurso de revista pela anlise dos pressupostos intrnsecos, necessrio que a parte embargante aponte expres-samente a violao ao dispositivo legal que regula o cabimento do recurso de revista.

    (E) O depsito recursal caracterizado como pressu-

    posto de admissibilidade recursal objetivo, devendo ser feito e comprovado no prazo alusivo ao recurso. A interposio antecipada do recurso prejudica a dilao legal.

    Caderno de Prova A01, Tipo 001

  • TRT18-1a Etapa-Prova Objetiva Seletiva-Juiz Trab.Substituto 11

    50. Com relao ao recurso de revista no Processo do Tra-balho: (A) cabvel recurso de revista interposto de acrdo

    regional prolatado em agravo de instrumento. (B) A admissibilidade do recurso de revista por violao

    tem como pressuposto a indicao expressa ou implcita, do dispositivo de lei ou da Constituio tido como violado.

    (C) O fato de o juzo primeiro de admissibilidade do

    recurso de revista entend-lo cabvel apenas quanto a parte das matrias veiculadas no impede a apreciao integral pela Turma do Tribunal Superior do Trabalho, sendo imprpria a interposio de agra-vo de instrumento.

    (D) Para comprovao da divergncia justificadora do

    recurso de revista necessrio que o recorrente junte certido ou cpia autenticada do acrdo pa-radigma, no servindo para tanto, a citao da fonte oficial ou do repositrio autorizado em que foi pu-blicado.

    (E) admissvel o recurso de revista fundado to

    somente em divergncia jurisprudencial, mesmo que a parte no comprove que a lei estadual, a norma coletiva ou o regulamento da empresa extrapolam o mbito do Tribunal Regional do Trabalho prolator da deciso recorrida.

    _________________________________________________________ 51. Com relao fase de liquidao de sentena no Proces-

    so do Trabalho: (A) Ao apreciar os clculos, poder o Juiz, ex officio,

    determinar qualquer diligncia probatria para que os clculos espelhem a coisa julgada material.

    (B) Apresentados os clculos pelo reclamante, sem a

    correspondente apresentao de clculos de liqui-dao pela reclamada, o Juiz dever homologar a conta de liquidao do reclamante, considerando-os verdadeiros, independentemente de refletirem a coi-sa julgada, em razo da precluso.

    (C) Aberto prazo s partes para impugnao funda-

    mentada da conta tornada lquida, mesmo que no se manifestem, no incidir a precluso, por se tratar de matria de ordem pblica.

    (D) Intimada a Unio para manifestao sobre a conta

    elaborada pela parte ou pelos rgos auxiliares da Justia do Trabalho, no incidir a precluso, caso no se manifeste.

    (E) A liquidao abranger, tambm, o clculo das con-

    tribuies previdencirias devidas, admitindo-se a modificao ou inovao da sentena liquidanda, bem como a discusso sobre matria relativa cau-sa principal.

    52. Com relao execuo contra a Fazenda Pblica:

    (A) O sequestro de verbas pblicas para satisfao de precatrios trabalhistas admitido na hiptese de preterio do direito de precedncia do credor; nas situaes de no incluso da despesa no oramento ou de no pagamento do precatrio at o final do exerccio, quando includo no oramento.

    (B) Em sede de precatrio, por se tratar de deciso de

    natureza administrativa, no se aplica a remessa necessria em caso de deciso judicial desfavorvel a ente pblico.

    (C) Tratando-se de reclamaes trabalhistas plrimas, a

    aferio do que vem a ser obrigao de pequeno valor, para efeito de dispensa de formao de precatrio, deve ser realizada considerando-se o valor global dos crditos.

    (D) Em sede de precatrio, configura ofensa coisa

    julgada a limitao dos efeitos pecunirios da sen-tena condenatria ao perodo anterior ao advento da lei que dispe sobre o regime jurdico dos servi-dores pblicos civis da Unio, autarquias e funda-es pblicas federais, em que o exequente subme-tia-se legislao trabalhista.

    (E) Os dbitos de natureza alimentcia cujos titulares te-

    nham 65 anos de idade ou mais na data de expedi-o do precatrio, ou sejam portadores de doena grave, definidos na forma da lei, sero pagos com preferncia sobre todos os demais dbitos, at o valor equivalente ao sxtuplo do fixado em lei, rela-tivamente s obrigaes consideradas de pequeno valor, admitido o fracionamento para essa finalidade.

    _________________________________________________________

    53. Com relao ao mandado de segurana no Processo do Trabalho:

    (A) Cabe recurso ordinrio para o Tribunal Superior do

    Trabalho de deciso proferida pelo Tribunal Regional do Trabalho em agravo regimental interposto contra despacho que concede ou no liminar em mandado de segurana.

    (B) Em mandado de segurana, cabe remessa ex officio

    se, na relao processual, figurar pessoa jurdica de direito pblico como parte prejudicada pela conces-so da ordem ou se figurar no feito como impetrante e terceiro interessado pessoa de direito privado, ressalvada a hiptese de matria administrativa.

    (C) A interposio de recurso de revista de deciso

    definitiva de Tribunal Regional do Trabalho em man-dado de segurana, com fundamento em violao legal e divergncia jurisprudencial e remisso ex-pressa ao artigo que trata do cabimento do recurso de revista, configura erro grosseiro, insuscetvel de autorizar o seu recebimento como recurso ordinrio.

    (D) Havendo discordncia do credor, em execuo defi-

    nitiva, tem o executado direito lquido e certo a que os valores penhorados em dinheiro fiquem depo-sitados no prprio banco.

    (E) Atribudo o valor da causa na inicial do mandado de

    segurana permitido ao Juzo major-lo de ofcio, mesmo no havendo impugnao da parte contrria, ante o princpio do inquisitivo.

    Caderno de Prova A01, Tipo 001

  • 12 TRT18-1a Etapa-Prova Objetiva Seletiva-Juiz Trab.Substituto

    54. Com relao aos procedimentos especiais na Justia do Trabalho:

    (A) indispensvel o trnsito em julgado da sentena

    normativa para a propositura da ao de cumpri-mento.

    (B) Nos dissdios coletivos, o recurso interposto da de-

    ciso normativa da Justia do Trabalho ter efeito devolutivo, na medida e extenso conferidas em despacho do Relator do Tribunal a quo, quando rea-lizar o primeiro juzo de admissibilidade.

    (C) Se tiver havido prvio reconhecimento da estabilida-

    de do empregado, o julgamento do inqurito para apurao de falta grave pelo Juiz do Trabalho no prejudicar a execuo para pagamento dos salrios devidos ao empregado, at a data da instaurao do mesmo inqurito.

    (D) A sentena definitiva proferida em ao de consigna-

    o em pagamento tem natureza meramente decla-ratria, na medida em que apenas reconhece e de-clara a suficincia ou insuficincia do depsito efe-tuado pelo autor.

    (E) No se enquadram como entes legitimados concor-

    rentemente para propor ao civil pblica, os rgos da Administrao pblica indireta, desde que sem personalidade jurdica, especificamente destinados defesa dos interesses metaindividuais.

    _________________________________________________________ 55. Com relao ao rescisria na Justia do Trabalho:

    (A) A concluso acerca da ocorrncia de violao literal a disposio de lei pressupe pronunciamento, ain-da que implcito, na sentena rescindenda, sobre a matria veiculada.

    (B) A sentena meramente homologatria, que silencia

    sobre os motivos de convencimento do Juiz, se mostra rescindvel, mesmo diante da ausncia de pronunciamento explcito.

    (C) Fundando-se a ao rescisria na violao literal de

    disposio de lei, ainda que no haja expressa indi-cao, na petio inicial, do dispositivo legal violado, lcito ao Tribunal emprestar-lhes a adequada qua-lificao jurdica (iura novit curia), contanto que no se afaste dos fatos e fundamentos invocados como causa de pedir.

    (D) indispensvel ao processamento da ao resci-

    sria a prova do trnsito em julgado da deciso res-cindenda. Verificando o relator que a parte interes-sada no juntou inicial o documento comproba-trio, extinguir o processo sem resoluo do m-rito.

    (E) cabvel a rescisria para corrigir contradio entre

    a parte dispositiva do acrdo rescindendo e a sua fundamentao, por erro de fato na retratao do que foi decidido.

    Direito Constitucional

    56. O sindicato de determinada categoria de empregados,

    constitudo em janeiro de 2013, pretende impetrar man-dado de segurana em favor dos direitos de parte de seus associados. No estatuto da entidade, consta a previso de que cabe ao sindicato atuar em juzo para a defesa dos interesses de seus associados e, por esse motivo, o sin-dicato no pretende obter autorizao especfica deles pa-ra o ajuizamento da ao. Ademais, a defesa do direito que ser sustentado est dentre os objetivos do sindicato e no prejudicar os interesses de qualquer associado. Nessa situao, o sindicato,

    (A) no poder impetrar mandado de segurana, uma

    vez que ser necessria a autorizao especfica e expressa dos associados, embora o mandado de se-gurana pudesse ser impetrado em defesa de ape-nas uma parte deles.

    (B) no poder impetrar mandado de segurana, uma

    vez que no pode defender apenas uma parte dos associados, ainda que seja desnecessria a au-torizao especfica deles para que a ao seja pro-posta.

    (C) no poder impetrar mandado de segurana, uma

    vez que a entidade foi constituda h pouco mais de um ano, no preenchendo o requisito temporal para que possa ingressar em juzo em defesa de seus associados.

    (D) no poder impetrar mandado de segurana, uma

    vez que apenas partido poltico com representao no Congresso Nacional e entidade de classe ou associao legalmente constituda e em funciona-mento h pelo menos um ano tm legitimidade para propor mandado de segurana coletivo.

    (E) poder impetrar mandado de segurana, ainda que

    para a defesa dos direitos de parte dos associados e mesmo sem deles obter autorizao especfica, no sendo a data de constituio do sindicato um bice ao ajuizamento da ao.

    _________________________________________________________

    57. O exerccio do direito de greve pelos servidores pblicos civis da Administrao direta

    (A) deve ser considerado inconstitucional, at que seja

    editada a lei definidora dos termos e limites em que possa ser exercido, a fim de preservar a continui-dade da prestao dos servios pblicos.

    (B) deve ser considerado abusivo se exercido por ser-

    vidores pblicos em estgio probatrio. (C) constitucional, visto que previsto em norma da

    Constituio Federal com aplicabilidade imediata, no necessitando de regulamentao, nem de inte-grao normativa, para que o direito nela previsto possa ser exercido.

    (D) constitucional, devendo, no entanto, observar a re-

    gulamentao legislativa da greve dos trabalhadores em geral, que se aplica, naquilo que couber, aos ser-vidores pblicos enquanto no for promulgada lei es-pecfica para o exerccio desse direito.

    (E) constitucional e poder ensejar conveno coletiva

    em que seja prevista a majorao dos vencimentos dos servidores pblicos.

    Caderno de Prova A01, Tipo 001

  • TRT18-1a Etapa-Prova Objetiva Seletiva-Juiz Trab.Substituto 13

    58. Considerando a disciplina constitucional dos direitos e garantias fundamentais e a jurisprudncia do Supremo Tribunal Federal sobre a matria, correto afirmar que (A) os direitos e garantias expressos na Constituio

    no excluem outros decorrentes dos tratados inter-nacionais em que a Repblica Federativa do Brasil seja parte, que sempre sero equivalentes s nor-mas constitucionais e, portanto, somente podero ser alterados por outros tratados internacionais ou por emendas constitucionais.

    (B) os direitos e garantias expressos na Constituio no

    excluem outros decorrentes dos tratados internacionais em que a Repblica Federativa do Brasil seja parte, os quais ingressam no ordenamento jurdico brasileiro com hierarquia superior a das leis ordinrias, indepen-dentemente de sua aprovao pelo Congresso Na-cional ou por quaisquer de suas Casas.

    (C) nas hipteses de grave violao de direitos huma-

    nos, o Procurador-Geral da Repblica, com a finali-dade de assegurar o cumprimento de obrigaes de-correntes de tratados internacionais de direitos hu-manos dos quais o Brasil seja parte, poder suscitar, perante o Superior Tribunal de Justia, em qualquer fase do inqurito ou processo, incidente de desloca-mento de competncia para a Justia Federal.

    (D) nas hipteses de grave violao de direitos humanos

    por Estado-membro, o Procurador-Geral da Repbli-ca poder ajuizar, perante o Superior Tribunal de Justia, representao interventiva para viabilizar o decreto de interveno federal no Estado violador dos direitos humanos, devendo o decreto interven-tivo limitar-se a suspender a execuo do ato im-pugnado, se essa medida bastar ao restabelecimen-to da normalidade.

    (E) a regra segundo a qual as normas definidoras dos

    direitos e garantias fundamentais tm aplicabilidade imediata impe-se apenas aos brasileiros, no abran-gendo os estrangeiros que, por esse motivo, no so legitimados propositura do mandado de injuno.

    _________________________________________________________ 59. Certo Municpio editou lei municipal que disciplinou o horrio

    de funcionamento de farmcias e drogarias. O sindicato dos empregados do comrcio da regio pretende impugnar judicialmente a referida norma, sob o argumento de que o Municpio no teria competncia para legislar sobre a matria, mesmo na ausncia de lei federal e estadual sobre o tema. Considerando a Constituio Federal e a jurisprudncia do Supremo Tribunal Federal, a pretenso do sindicato (A) no encontra fundamento constitucional, uma vez

    que cabe aos Municpios fixar o horrio de funciona-mento desses estabelecimentos, inserindo-se a ma-tria na sua competncia para legislar sobre assun-tos de interesse local.

    (B) no encontra fundamento constitucional, uma vez que,

    apesar da matria se inserir na competncia residual dos Estados, cabe aos Municpios suprir a ausncia de lei estadual para atender as suas peculiaridades locais.

    (C) encontra fundamento constitucional, uma vez que a

    ausncia de norma federal disciplinando a matria no poderia ser suprida por lei estadual, nem por lei municipal.

    (D) encontra fundamento constitucional, uma vez que,

    inexistindo lei federal a respeito, apenas os Estados poderiam legislar sobre a matria para atender as suas peculiaridades.

    (E) encontra fundamento constitucional, uma vez que a

    matria insere-se na competncia residual dos Esta-dos para legislar sobre as competncias que no lhes sejam vedadas pela Constituio.

    60. O Tribunal de Contas da Unio TCU julgou irregulares as contas prestadas por administrador de empresa pblica federal, tendo sustado a execuo de contrato celebrado ilegalmente pela empresa, com violao s normas sobre licitao. O TCU, ainda, aplicou aos responsveis pela irregularidade das contas as sanes previstas em lei, dentre as quais multa proporcional ao dano causado ao errio, com eficcia de ttulo executivo. A atuao do TCU neste caso foi (A) incompatvel com a Constituio Federal, uma vez

    que as empresas pblicas seguem o regime de direito privado no que toca aos direitos e obrigaes civis, comerciais, trabalhistas e tributrios, motivo pelo qual sequer deveriam ter sido fiscalizadas pelo TCU.

    (B) incompatvel com a Constituio Federal, uma vez

    que o TCU, ainda que seja competente para fiscali-zar as contas de empresa pblica e para impor o pa-gamento de multa proporcional ao agravo, no po-deria ter-lhe atribudo a eficcia de ttulo executivo.

    (C) incompatvel com a Constituio Federal, uma vez que

    o TCU, ainda que seja competente para fiscalizar as contas de empresa pblica, no poderia ter imposto ao administrador o pagamento de multa proporcional ao agravo, uma vez que essa competncia foi reservada, pela Constituio Federal, ao Poder Judicirio.

    (D) incompatvel com a Constituio Federal, uma vez

    que o TCU, ainda que seja competente para fiscali-zar as contas de empresa pblica e aplicar multa proporcional ao agravo com eficcia de ttulo exe-cutivo, no poderia ter sustado a execuo do con-trato celebrado pela empresa, uma vez que a com-petncia para tanto foi reservada, pela Constituio Federal, ao Congresso Nacional.

    (E) compatvel com a Constituio Federal em relao

    competncia para fiscalizar as contas da empresa pblica, para sustar a execuo do contrato celebra-do ilegalmente pela empresa e para impor multa pro-porcional ao agravo com eficcia de ttulo executivo.

    _________________________________________________________

    61. Considerando a disciplina jurdica do controle de constitu-cionalidade e a jurisprudncia do Supremo Tribunal Fede-ral na matria, (A) smula vinculante pode ser objeto de ao direta de

    inconstitucionalidade que, se julgada procedente, produzir eficcia contra todos e efeito vinculante re-lativamente aos rgos do Poder Judicirio e Administrao pblica direta, indireta, nas esferas fe-deral, estadual e municipal.

    (B) ato administrativo que contrarie smula vinculante no pode ser objeto de reclamao proposta perante o Supremo Tribunal Federal, uma vez que a recla-mao cabvel apenas contra deciso judicial, que poder ser cassada pelo STF, com a determinao de que outra seja proferida com ou sem a aplicao da smula, conforme o caso.

    (C) o cabimento do recurso extraordinrio est sujeito demonstrao da existncia de repercusso geral das questes discutidas no caso, podendo o STF recus-lo pela manifestao de dois teros dos seus membros.

    (D) a aprovao de smula vinculante, a qual poder ser

    provocada pelos legitimados propositura da ao direta de inconstitucionalidade, produzir efeitos vin-culantes apenas em relao aos demais rgos do Poder Judicirio e Administrao pblica direta, mas no em relao Administrao pblica indireta e ao Poder Legislativo.

    (E) vedado ao Superior Tribunal de Justia o exerccio do

    controle difuso de constitucionalidade, considerando que a competncia para processar e julgar o recurso extraordinrio do Supremo Tribunal Federal.

    Caderno de Prova A01, Tipo 001

  • 14 TRT18-1a Etapa-Prova Objetiva Seletiva-Juiz Trab.Substituto

    62. Em 2013, determinado Estado da Federao editou lei pela qual criou cargos pblicos de agentes fiscais de rendas, determi-nando que o valor da respectiva remunerao seria equivalente a 90% da remunerao do Governador do Estado, de modo que, a cada aumento da remunerao do Chefe do Executivo, o salrio desses servidores seria imediatamente majorado, inde-pendentemente de nova lei.

    A mesma lei tambm criou adicional de remunerao em razo do tempo de exerccio no cargo, razo de 5% a cada cinco anos trabalhados, dispondo que o valor do adicional no seria somado ao valor dos vencimentos para fins de submisso ao limite remuneratrio existente para os servidores pblicos, imposto pela Constituio Federal.

    Na sequncia, a Administrao pblica estadual determinou a abertura de concurso pblico para preenchimento dos cargos pblicos recm criados, sendo prevista no edital do concurso a aplicao de exame psicotcnico aos candidatos, ainda que na lei de regncia da matria no houvesse previso para a realizao desse exame.

    Considerando o disposto na Constituio Federal e a jurisprudncia do Supremo Tribunal Federal, a lei estadual inconstitucional em relao (A) vinculao dos vencimentos dos servidores remunerao do Governador do Estado, bem como instituio de

    vantagem remuneratria sem que fosse somada ao valor dos vencimentos para fins de verificao do limite salarial, sendo, no entanto, compatvel com ordenamento jurdico a previso de exame psicotcnico no edital do concurso.

    (B) vinculao dos vencimentos dos servidores remunerao do Governador do Estado, bem como instituio de vantagem remuneratria sem que fosse somada ao valor dos vencimentos para fins de verificao do limite salarial, sendo incompatvel com o ordenamento jurdico a previso de exame psicotcnico no edital do concurso.

    (C) somente vinculao dos vencimentos dos servidores remunerao do Governador do Estado, sendo incompatvel com o ordenamento jurdico a previso de exame psicotcnico no edital do concurso.

    (D) somente instituio de vantagem remuneratria sem que fosse somada ao valor dos vencimentos para fins de verificao do limite salarial, sendo, no entanto, compatvel com o ordenamento jurdico a previso de exame psicotcnico no edital do concurso.

    (E) somente instituio de vantagem remuneratria sem que fosse somada ao valor dos vencimentos para fins de verificao do limite salarial, sendo incompatvel com o ordenamento jurdico a previso de exame psicotcnico no edital do concurso.

    63. O Governador de um Estado encaminhou projeto de lei criando cargos pblicos de mdico para o referido Estado e prevendo a

    respectiva remunerao. Na Assembleia Legislativa do Estado foi apresentada emenda parlamentar, aumentando o valor da remunerao prevista no projeto inicial, que passou a ser o mesmo valor do subsdio mensal, em espcie, do Governador daquele Estado. O projeto de lei foi aprovado com a emenda parlamentar referida, tendo a lei estadual sido sancionada e promulgada pelo Governador. De acordo com a Constituio Federal, o projeto de lei foi (A) corretamente emendado, uma vez que a emenda observou o limite mximo da remunerao para os servidores pblicos do

    Estado, no havendo qualquer vcio no processo legislativo que pudesse comprometer a constitucionalidade da lei. (B) corretamente emendado, uma vez que no se aplicam aos Estados-membros, em razo do princpio da autonomia dos

    entes federativos, as regras do processo legislativo previstas na Constituio Federal, no havendo qualquer vcio no processo legislativo estadual que pudesse comprometer a constitucionalidade da lei em face da Constituio Federal.

    (C) corretamente emendado, uma vez que a emenda no tratou da criao dos cargos, respeitando a competncia privativa do chefe do Poder Executivo nessa matria, no havendo qualquer vcio no processo legislativo que pudesse comprometer a constitucionalidade da lei.

    (D) incorretamente emendado, uma vez que no poderia aumentar a despesa prevista no projeto de lei apresentado pelo Governador do Estado, sendo a lei estadual inconstitucional na parte em que disps sobre a remunerao dos servidores pblicos.

    (E) incorretamente emendado, uma vez que no poderia aumentar a despesa prevista no projeto de lei apresentado pelo Governador do Estado, mas o vcio de inconstitucionalidade da norma foi sanado com a sano e a promulgao da lei estadual pelo Governador do Estado.

    64. Medida Provisria (MP) editada pelo Presidente da Repblica autorizou os Estados a legislarem sobre normas gerais de licitao

    e contratao, em todas as suas modalidades, para as Administraes pblicas diretas, autrquicas e fundacionais dos Estados, bem como para as empresas pblicas e sociedades de economia mista. Valendo-se dessa norma, o Governador de um Estado editou MP, amparado na respectiva Constituio Estadual, a qual previa essa espcie normativa conforme as regras do processo legislativo determinadas pela Constituio Federal. A MP estadual estabeleceu normas gerais de contratao para a Administrao pblica estadual, regulamentando, ainda, a concesso dos servios locais de gs canalizado. A MP federal foi integralmente rejeitada, no tendo sido editado decreto legislativo pelo Congresso Nacional para disciplinar as relaes jurdicas dela decorrentes. Por sua vez, a MP estadual foi aprovada pela Assembleia Legislativa. Considerando as disposies da Constituio Federal, a MP federal (A) no poderia ter sido editada em razo da matria nela contida, sendo que a MP estadual tambm no poderia ter sido

    editada, uma vez que essa espcie normativa da competncia privativa do Presidente da Repblica. (B) poderia ter sido editada, ao contrrio da MP estadual, que no poderia ter sido editada, uma vez que essa espcie

    normativa da competncia privativa do Presidente da Repblica. (C) no poderia ter sido editada em razo da matria nela contida, assim como a MP estadual, a qual no poderia estabelecer

    normas gerais de contratao para a Administrao pblica estadual em razo da inconstitucionalidade da MP federal, nem regulamentar a concesso dos servios locais de gs canalizado.

    (D) poderia ter sido editada, sendo que a MP estadual, ainda que pudesse ter sido ser editada por Governador do Estado, no

    poderia regulamentar a concesso dos servios locais de gs canalizado. (E) poderia ter sido editada, assim como a MP estadual, mas esta perdeu seus efeitos desde a edio, em razo da rejeio

    da medida provisria federal.

    Caderno de Prova A01, Tipo 001

  • TRT18-1a Etapa-Prova Objetiva Seletiva-Juiz Trab.Substituto 15

    65. O Presidente da Repblica, a pretexto de exercer seu po-der regulamentar, editou decreto, sem que existisse lei tra-tando da matria por ele disciplinada, pelo qual criou obri-gaes que somente poderiam, luz da Constituio Fe-deral, ter sido institudas por lei formal. Por esse motivo, a constitucionalidade do referido decreto foi arguida em um caso concreto, como questo prejudicial para o julgamento do pedido principal da petio inicial, ensejando, em se-gundo grau de jurisdio, o pronunciamento do plenrio de determinado Tribunal declarando a inconstitucionalidade da norma, pelo voto da maioria absoluta de seus mem-bros. luz da Constituio Federal e da jurisprudncia do Supremo Tribunal Federal, o decreto presidencial (A) no poderia ter sido declarado inconstitucional pelo

    Tribunal, mas to somente ilegal, uma vez que o de-creto foi editado com fundamento no poder regula-mentar do Presidente da Repblica, motivo pelo qual a sua inaplicabilidade a um caso concreto no de-penderia de prvia manifestao do plenrio do Tri-bunal.

    (B) no poderia ter sido declarado inconstitucional pelo

    plenrio do Tribunal, mas to somente ilegal, uma vez que o decreto foi editado com fundamento no poder regulamentar do Presidente da Repblica, mas, ainda assim, a declarao de sua inaplicabi-lidade ao caso concreto dependeria de manifestao do plenrio do Tribunal, visto tratar-se de norma geral e abstrata.

    (C) poderia ter sido declarado inconstitucional pelo ple-

    nrio do Tribunal, uma vez que as obrigaes foram criadas sem qualquer amparo legal, mas, por tratar-se de ofensa indireta Constituio Federal, dis-pensvel o qurum da maioria absoluta do Plenrio.

    (D) poderia ter sido declarado inconstitucional pelo Tri-

    bunal, uma vez que as obrigaes foram criadas sem qualquer amparo legal e com ofensa direta Constituio Federal, sendo, no entanto, desneces-sria a manifestao plenria do Tribunal, uma vez que a declarao de invalidade dessa espcie nor-mativa no est sujeita reserva de plenrio.

    (E) poderia ter sido declarado inconstitucional pelo

    plenrio do Tribunal, uma vez que as obrigaes foram criadas sem qualquer amparo legal e com ofensa direta Constituio Federal, sendo dis-pensada a manifestao plenria do Tribunal se o plenrio do Supremo Tribunal Federal j tiver decla-rado a inconstitucionalidade do mesmo decreto.

    _________________________________________________________

    Direito Civil

    66. No tocante eficcia da lei no tempo, INCORRETO afirmar: (A) Pode haver retroatividade expressa, desde que no

    atinja direito adquirido. (B) Mesmo que a lei retroaja, por expressa vontade le-

    gislativa, no pode atingir os efeitos dos atos jurdi-cos praticados sob o imprio da norma revogada.

    (C) A regra geral, no silncio da lei, sua irretroativi-

    dade. (D) So de ordem constitucional os princpios do

    respeito ao direito adquirido e ao ato jurdico perfeito.

    (E) Como regra, a lei nova tem efeito imediato, no se

    aplicando aos fatos anteriores.

    67. Em relao clusula penal,

    (A) s pode ser estabelecida nas relaes de consumo, por sua natureza de sano, compatvel com a pro-teo devida ao consumidor.

    (B) tem ela existncia prpria, podendo ser prevista in-

    dependentemente da obrigao principal. (C) pode ela ser estipulada conjuntamente com a obri-

    gao, ou em ato posterior, referindo-se inexe-cuo completa da obrigao, de alguma clusula especial ou simplesmente mora.

    (D) no defeso s partes prever seu valor excedente

    ao da obrigao principal. (E) uma vez contratada livremente pelas partes, no po-

    der o Juiz intervir no montante por elas estipulado. _________________________________________________________

    68. Em nosso direito civil, a teoria da impreviso

    (A) no tem previso normativa em nenhuma situao, tratando-se apenas de criao doutrinria, aceita pela jurisprudncia em situaes de onerosidade exces-siva ao devedor e de imprevisibilidade de fatos ex-traordinrios posteriores celebrao do contrato.

    (B) prevista, normativamente, podendo o devedor plei-

    tear a resoluo do contrato e observado que os efeitos da sentena que a decretar sero produzidos a partir de sua prolao.

    (C) no tem previso normativa, a no ser nas relaes

    de consumo, bastando a onerosidade excessiva ao consumidor para sua caracterizao.

    (D) tem previso normativa e, no Cdigo Civil, preciso

    que a prestao de uma das partes se torne exces-sivamente onerosa, com extrema vantagem para a outra, em virtude de acontecimentos extraordinrios e imprevisveis, ocasio em que o devedor poder pleitear a resoluo do contrato.

    (E) prevista tanto no Cdigo Civil como no Cdigo de

    Defesa do Consumidor, em ambos os diplomas le-gais exigindo os mesmos pressupostos para sua ca-racterizao.

    _________________________________________________________

    69. Igor, menor com dezessete anos de idade, obriga-se con-tratualmente em uma escola de ingls, dizendo-se maior de idade quando inquirido e assinando sozinho o contrato, que ser

    (A) eficaz, pois Igor no pode, para eximir-se da obriga-

    o, invocar sua idade se declarou-se maior, dolo-samente, no ato de obrigar-se.

    (B) nulo, porque a vontade de Igor no poderia gerar

    qualquer efeito, independentemente de sua declara-o de idade pessoal.

    (C) anulvel, somente se Igor for executado judicialmen-

    te, ocasio em que a declarao judicial surtir efei-tos imediatos, sem retroao.

    (D) ineficaz, por se tratar de obrigao em face de uma

    entidade de ensino. (E) anulvel, somente se os representantes legais de

    Igor arguirem a invalidade.

    Caderno de Prova A01, Tipo 001

  • 16 TRT18-1a Etapa-Prova Objetiva Seletiva-Juiz Trab.Substituto

    70. No tocante prestao de servio, INCORRETO afirmar que (A) no se tendo estipulado, nem chegado a acordo as

    partes, fixar-se- por arbitramento a retribuio, se-gundo o costume do lugar, o tempo de servio e sua qualidade.

    (B) toda a espcie de servio ou trabalho lcito, material ou imaterial, pode ser contratada mediante retribuio.

    (C) no contrato de prestao de servio, quando qual-quer das partes no souber ler, nem escrever, o instrumento poder ser assinado a rogo e subscrito por duas testemunhas.

    (D) o contrato de prestao de servio no termina com a morte de qualquer das partes, devendo ter se-guimento por seus herdeiros, dado seu carter me-ramente pessoal.

    (E) a retribuio pagar-se- depois de prestado o ser-vio, se, por conveno, ou costume, no houver de ser adiantada, ou paga em prestaes.

    _________________________________________________________ 71. Em relao empreitada, correto afirmar que

    (A) aps iniciada a construo, o dono da obra s po-der suspend-la por motivo de caso fortuito ou fora maior.

    (B) salvo estipulao em contrrio, o empreiteiro que se incumbir de executar uma obra, segundo plano acei-to por quem a encomendou, como regra no ter di-reito a exigir acrscimo no preo, mesmo que intro-duzidas modificaes no projeto, a no ser que es-tas resultem de instrues escritas do dono da obra.

    (C) nos contratos de empreitada de edifcios ou outras construes considerveis, o empreiteiro de mate-riais e execuo responder, durante o prazo irredu-tvel de dez anos, pela solidez e segurana do tra-balho, assim em razo dos materiais, como do solo.

    (D) sendo a empreitada unicamente de lavor, se a coisa perecer antes de entregue, sem mora do dono nem culpa do empreiteiro, este no perder sua remune-rao, devida independentemente da qualidade dos materiais ou de reclamao do empreiteiro a esse respeito.

    (E) se o empreiteiro s forneceu mo de obra, todos os riscos correro por sua conta, haja ou no culpa de sua parte.

    _________________________________________________________ 72. Em relao ao enriquecimento sem causa, examine o

    quanto segue:

    I. Aquele que, sem justa causa, se enriquecer custa de outrem, ser obrigado a restituir o indevidamente auferido, feita a atualizao dos valores monetrios.

    II. Se o enriquecimento tiver por objeto coisa determi-

    nada, quem a recebeu obrigado a restitu-la, e, se a coisa no mais subsistir, a restituio se far pelo valor do bem na poca em que foi exigido.

    III. A restituio devida, no s quando no tenha

    havido causa que justifique o enriquecimento, mas tambm se esta deixou de existir.

    IV. Caber a restituio por enriquecimento, ainda que

    a lei confira ao lesado outros meios para se res-sarcir do prejuzo sofrido.

    Est correto o que consta APENAS em

    (A) I, III e IV. (B) I, II e IV. (C) II, III e IV. (D) I, II e III. (E) I e III.

    73. Em relao hierarquia, integrao e interpretao da lei, examine os enunciados seguintes:

    I. A prpria lei, prevendo a possibilidade de inexistir norma jurdica adequada ao caso concreto, indica os meios de suprir a omisso, prescrevendo caber ao julgador decidir de acordo com a analogia, os costumes e os princpios gerais de direito.

    II. Nos meios de integrao da norma em face de

    omisso da lei ao caso concreto, h rgida hierar-quia, no podendo o Juiz valer-se indistintamente da analogia, usos e costumes ou princpios gerais de direito conforme seu critrio discricionrio, de oportunidade e convenincia.

    III. Os negcios jurdicos benficos e a renncia no

    admitem o emprego da analogia, nem a interpreta-o extensiva, pois dispe a lei que so interpre-tados estritamente.

    Est correto o que consta APENAS em

    (A) III. (B) I e II. (C) II e III. (D) II. (E) I e III.

    _________________________________________________________

    74. A tradicional afirmao de que a lei que permite o mais, permite o menos; a que probe o menos, probe o mais, exemplo de interpretao:

    (A) lgico-sistemtica.

    (B) sociolgica ou teleolgica.

    (C) histrica ou investigativa.

    (D) gramatical ou literal.

    (E) jurisprudencial ou judicial.

    _________________________________________________________

    75. Embora preso em canil que respeitou todas as normas tcnicas de construo, tila, co da raa pastor alemo, pertencente a Cssio, consegue pul-lo e morde grave-mente o vizinho, Fbio, que na ocasio conversava com Cssio no quintal do imvel, ao lado do canil. Nessas circunstncias,

    (A) Cssio responsvel objetivo pelas leses cau-

    sadas, pelo s fato da coisa, inexistentes causas excludentes na hiptese formulada.

    (B) nenhuma responsabilidade aquiliana cabe a Cssio,

    haja vista culpa exclusiva da vtima, Fbio, con-sistente em estar ao lado do canil por ocasio dos fatos.

    (C) a responsabilidade de Cssio e Fbio de igual in-

    tensidade, caracterizada culpa concorrente de Fbio por estar ao lado do canil quando dos fatos.

    (D) nenhuma responsabilidade cabe a Cssio, que agiu

    diligentemente, sem culpa, ao construir o canil de acordo com as normas tcnicas pertinentes.

    (E) nenhuma responsabilidade cabe a Cssio, j que o

    ocorrido equiparou-se a caso fortuito ou fora maior, tendo em vista o canil ter sido construdo de modo adequado.

    Caderno de Prova A01, Tipo 001

  • TRT18-1a Etapa-Prova Objetiva Seletiva-Juiz Trab.Substituto 17

    Direito da Criana e do Adolescente

    76. No combate ao trabalho infantil, visando erradicar todas as

    formas de trabalho de crianas e adolescentes menores de 16 anos e garantir que frequentem a escola e ativi-dades socioeducativas, foi criado o PETI (Programa de Erradicao do Trabalho Infantil) no mbito do

    (A) Ministrio da Fazenda, tendo como um de seus ei-

    xos a transferncia de renda a famlias cujos filhos menores eram responsveis por parte do sustento da casa.

    (B) Ministrio da Justia, tendo como