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Federação do Comércio do Paraná Análise Conjuntural da Economia e do Comércio Mensal N.º 64 Janeiro 2014

Federação do Comércio do Paraná · Rua Visconde do Rio Branco, 931 – 6º andar CEP 80410-001 – Curitiba – PR – Telefone (41) 3883-4500 – federaçã[email protected]

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Federação do Comércio do Paraná

Análise Conjuntural

da Economia e do Comércio

Mensal

N.º 64

Janeiro

2014

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2 Federação do Comércio do Paraná

Federação do Comércio do Paraná

Presidente: Darci Piana

Diretor Superintendente: Eduardo Luiz Gabardo Martins

Rua Visconde do Rio Branco, 931 – 6º andar

CEP 80410-001 – Curitiba – PR – Telefone (41) 3883-4500

www.fecomerciopr.com.br – federaçã[email protected]

Elaboração: Departamento Econômico da Fecomércio - PR

Apoio de Área: Nayara de Oliveira Marques.

O conteúdo desta “Análise Conjuntural da Economia e do Comércio” é

publicado mensalmente no site da Federação do Comércio do Paraná.

Os acessos poderão ser feitos através do site: www.fecomerciopr.com.br

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3 Federação do Comércio do Paraná

CONJUNTURA: SITUAÇÃO E PERSPECTIVAS

No início de 2014 verifica-se um elenco de indicadores restritivos no contexto

econômico brasileiro que geram preocupações ao sistema produtivo do País. A superação das

restrições (ou dos motivos que estão na sua origem) não se demonstra viável no curto prazo.

São eles:

a) taxas de juros crescentes, como parte da política de contenção da inflação;

b) valorização do dólar a repercutir nas importações de uma economia que depende de 20% a

25% de bens finais ou insumos do exterior; mas que também poderão refletir sobre preços

finais e taxa de inflação;

c) redução do índice BOVESPA

d) volume de investimentos públicos no país abaixo do necessário;

e) superávit primário em 2013 menor que em 2012;

f) balança comercial negativa; a valorização do US$ sobre o R$ não repercutiu em maiores

exportações; de um lado, exportações se concentram em commodities e, de outro, os

produtos de alta/média tecnologia participam pouco na pauta externa;

g) associe-se às dificuldades nas exportações, outros motivos: crise ainda não totalmente

superada em economias desenvolvidas e países do Euro; bloqueios da Argentina aos produtos

brasileiros; limitações do MERCOSUL; custos não competitivos de manufaturados; grande peso

do “custo Brasil” sob diversas formas;

h) esgotamento da capacidade de endividamento do consumidor, impedindo-o de assumir novos

financiamentos, devido compromissos anteriores que restringem o poder de compra e

capacidade de pagamento.

Para 2014, há o receio de que os preços administrados pelo governo possam crescer

mais que em 2013. É o caso de combustíveis, tarifas de transporte urbano e intermunicipal,

mais a energia elétrica e a necessidade de melhorar o desempenho da conta petróleo.

Um receio importante no início de 2014 é a possibilidade de redução da avaliação do

“grau de investimento” da economia brasileira pelos bancos e agentes internacionais, tendo em

vista a ocorrência de desvios econômicos internos e a necessidade de um tempo adicional para

a superação. Nesse contexto cabe mencionar: necessidade de controle da inflação, equilibrar

contas públicas, melhorar a balança comercial e ampliar a entrada de investimento estrangeiro

direto-IED.

Algumas avaliações feitas por empresários destacam algumas carências em itens de

infra-estrutura importantes como, por exemplo: melhoria dos portos; aumentar oferta de

energia elétrica num ambiente de aumento de consumo; afora outras prioridades do PAC-

Programa de Aceleração do Crescimento

O comercio em 2014 poderá manter o desempenho de 2013. Como fatores que poderão

estimular o comércio estão o efeito multiplicador de gastos públicos em ano eleitoral, e a

própria campanha e também, em menor escala, os gastos associados à Copa do Mundo, que

em algumas cidades poderá ser maior que em outras. Mas não há porque esperar um

crescimento do comercio muito acima de 2013. As eleições propriamente ditas terão maior

impacto sobre a economia e o comércio no 2.º semestre. Por ser ano de eleições, os juros do

Banco Central poderão cair a partir de julho e a política anti-inflacionária poderá ser

flexibilizada.

Assessoria Econômica

Curitiba, 05/fevereiro/2014

_____________________________________________________________________

(*) Informações com dados disponíveis até 05/02/2014.

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4 Federação do Comércio do Paraná

Apresentação 03

Sumário 04

Tabelas 05

I Nível de Atividade Econômica 07

1. Produto e Renda 1.1 O PIB Total do Brasil e do Paraná 1.2 O PIB do Brasil por Setores e Subsetores 1.3 Demanda Agregada

07 07 08 09

2. Mercado de Trabalho 2.1 Mercado de Trabalho Brasileiro 2.2 Mercado de Trabalho Paranaense 2.3 Quadro Comparativo da Criação de Empregos 2.4 Empregos Gerados no Comercio do Paraná 2.5 Quadro Comparativo do Saldo de Empregos 2.6 Taxa de Desemprego

10 10 11 12 12 13 14

3. Nível de Salário 3.1 Salário Mínimo no Brasil

3.2 Salário Mínimo no Paraná

15 15

16

4. Nível de Preços

4.1 Introdução 4.2 Meta da Inflação 4.3 Taxa de Inflação

17

17 17 18

5. Taxa de Juros e Poupança 19

6. Mercado de Ações 20

7. Risco País 21

8. Variação do Dólar 22

II Atividade Empresarial 23

9. Comércio Varejista

9.1 Desempenho em Outubro de 2013

23

23

10. Abertura de Empresas no Paraná 28

11. Falências Decretadas no Brasil 29

12. Crédito: Demanda e Inadimplência

12.1 Demanda de Crédito 12.2 Inadimplência

30

30 30

13. Utilização da Capacidade Produtiva Instalada na Indústria 31

III Setor Público 33

14. Arrecadação do Governo 33

15. Dívida Pública Federal Interna 34

16. Superávit Primário 35

17. O ICMS no Paraná 36

18. Dívida de Municípios no Paraná 37

IV Relações com o Exterior 39

19. Comércio Exterior Brasileiro 39

19.1 Providências de Estímulo às Exportações ou Defesa da Produção Interna 43

20. Comércio Exterior Paranaense 44

21. Investimento Estrangeiro Direto na Economia Brasileira 48

22. Dívida Externa Brasileira

22.1 Distribuição da Dívida: Governo e Setor Privado

49

49

23. Reservas Cambiais 50

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Federação do Comércio do Paraná

TABELAS

01 Produto Interno Bruto 07 02 Brasil: Produto Interno Bruto por Setor de Atividade 08 03 Brasil: Variação Percentual do Produto Interno Bruto Trimestral 08 04 Brasil: Distribuição da Demanda Agregada 09 05 Brasil: Criação de Empregos por Setor de Atividade Econômica 10 06 Paraná: Criação de Empregos por Setor de Atividade Econômica 11 07 Brasil e Paraná: Criação de Empregos – Saldo 12 08 Paraná: Empregos Gerados 12 09 Brasil e Paraná: Saldo do Emprego por Setores 13 10 Brasil e Curitiba: Taxa de Desemprego 14 11 Brasil: Salário Mínimo 15 12 Paraná: Salário Mínimo 16 13 Índice de Preços 17 14 Taxa de Inflação e Meta da Inflação 18 15 Variação da Taxa de Juros SELIC do Banco Central 19 16 Poupança 19 17 Bolsa de Valores de São Paulo 20 18 Risco País 21 19 Variação do Dólar 22 20 Variação das Vendas em Novembro de 2013 26 21 Vendas em Novembro – 2013 Comparadas ao Mês Anterior 26 22 Vendas em Novembro – 2013 Comparadas ao Mesmo Mês do Ano Anterior 26 23 Vendas Acumuladas no ano de 2013 Comparadas ao ano de 2012 27 24 Vendas nos Polos de Comércio Pesquisados pela Fecomércio-Pr 27 25 Abertura de Empresas no Paraná 28 26 Falências no Brasil 29 27 Indicador Serasa Experian de Demanda do Consumidor por Crédito 30 28 Indicador Serasa Experian de Inadimplência 30 29 Nível de Utilização da Capacidade Produtiva Instalada na Indústria 33 30 Evolução da Arrecadação do Governo Federal 33

31 Participação da Carga Tributária no PIB 33

32 Dívida Pública Federal Interna 34

33 Desempenho do Superávit Primário - Governo Federal e Banco Central 35

34 Paraná: Arrecadação de ICMS por Setor de Atividade 36

35 Paraná: Dívidas de Municípios que Sediam Sindicatos Filiados à Fecomércio-Pr 37

36 Brasil: Balança Comercial 39

37 Brasil: Intercâmbio Comercial 40

38 Exportações Brasileiras para países das três Américas: do Sul, Central e do Norte 41

39 Importações Brasileiras para países das três Américas: do Sul, Central e do Norte 41

40 Brasil: Principais Produtos Exportados em 2013 42

41 Brasil: Principais Produtos Importados em 2013 42

42 Balança Comercial brasileira - com e sem petróleo e derivados - US$ milhões FOB 42

43 Paraná: Balança Comercial 44

44 Paraná: Principais Destinos dos Produtos 45

45 Paraná: Principais Produtos Exportados 45

46 Paraná: Corrente de Comércio 45

47 Paraná: Principais Blocos Econômicos de Destino e Origem 46

48 Paraná: Principais Empresas Exportadoras em 2013 46

49 Paraná: Principais Empresas Importadoras em 2013 46

50 Paraná: Exportação – Totais por Fator Agregado 46

51 Paraná: Balança Comercial dos Maiores Exportadores Municipais em 2013 47

52 Investimento Estrangeiro Direto no Brasil 48

53 Dívida Externa Brasileira 49

54 Brasil: Participação da Dívida Externa 49

55 Brasil: Reservas Cambiais 50

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I. N I V E L D E A T I V I D A D E E C O N Ô M I C A

Federação do Comércio do Paraná

1. PRODUTO E RENDA

1.1. O PIB Total do Brasil e do Paraná

O PIB do 3.º trimestre cresceu 2,2% em relação ao mesmo trimestre de 2012; já em

relação ao trimestre imediatamente anterior (o 2.º), caiu 0,5%, tendo setorialmente a seguinte

distribuição: a Indústria no 3.º trimestre, em comparação com o trimestre anterior, cresceu

0,1%, desempenho abaixo do verificado no 2.º trimestre em relação ao 1.º; a Agropecuária

caiu 3,5%; o setor Serviços cresceu apenas 0,1%. A economia apresenta, atualmente, a

tendência de crescimento do PIB no ano maior que os 1,0% do ano anterior: as previsões

apontam para valores entre 2% e 2,5%.

Em termos de demanda final (Tabela 4), o que se constata no 3.º trimestre comparado

ao anterior é que as políticas de aquecimento do governo não exerceram o impacto esperado: o

crescimento esteve abaixo do verificado no 2.º trimestre em relação ao 1.º. O Consumo das

Famílias foi o que mais cresceu enquanto Investimentos apresentou queda. A balança

comercial também negativa, foi influenciada pelo expressivo aumento de importações.

O desempenho do PIB nesses três trimestres de 2013, com percentuais abaixo de

previsto no início do ano, aponta o esgotamento das políticas econômicas de aquecimento e

ampliação do consumo, com características imediatistas e conjunturais, de curto prazo.

Justifica-se no atual momento a implementação de políticas estruturais de médio e longo prazo,

voltadas a temas como logística e infraestrutura: estradas, ferrovias, portos, energia, etc., que

permitam à estrutura produtiva identificar o atendimento de questões importantes para a

expansão dos investimentos na economia. Sob pena de, em breve, surgir um bloqueio à oferta

no mercado interno, comprometendo o atendimento da demanda e ampliando o espaço para a

penetração dos importados que, em 2012, compareceram no mercado brasileiro num

percentual superior a 20%.

No Paraná, o PIB real cresceu 0,9% em 2012, mesma tendência do PIB do país.

Fonte: Brasil: www.ibge.gov.br - (Indicadores – Contas Nacionais Trimestrais – Banco Sidra – Contas Econômicas) (Consulta em 29/01/2014)

Paraná: www.ipardes.gov.br – (Indicadores Econômicos – Produto Interno Bruto) (Consulta em 29/01/2014)

TABELA 1 – PRODUTO INTERNO BRUTO (Em R$ Milhões)

Período

Brasil Paraná Participação

PR / BR

(%)

Valor a Preços

Correntes de Mercado

Variação Nominal Sobre o Ano Anterior

(%)

Variação Real (%)

Valor a Preços

Correntes de Mercado

Variação Nominal

Sobre o Ano Anterior (%)

Variação Real (%)

1 2 3 4 5 6 7

2004 1.941.498 14,2 5,7 122.434 11,9 5,0 6,3

2005 2.147.239 10,6 3,2 126.677 3,5 0,0 5,9

2006 2.369.484 10,4 4,0 136.615 7,8 2,0 5,8

2007 2.661.344 12,3 6,1 161.582 18,3 6,7 6,1

2008 3.032.203 13,9 5,2 179.263 10,9 4,3 5,9

2009 3.239.404 6,8 -0,3 189.992 6,0 -1,3 5,9

2010 3.770.085 16,4 7,5 226.071 19,0 8,3 6,0

2011 4.143.013 9,9 2,7 251.579 11,3 4,0 6,1

2012 4.402.537 6,3 0,9 256.956 2,1 0,9 5,8

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1. PRODUTO E RENDA

1.2. O PIB do Brasil por Setores e Subsetores TABELA 2 – BRASIL: PRODUTO INTERNO BRUTO POR SETOR DE ATIVIDADE (1)

(A Preços Correntes - Em R$ Milhões)

Setores e Subsetores

2012 3º Tri

2012 4º Tri

2012/2011 Var

(%)

2013 1º Tri

2013 2º Tri

2013 3º Tri

AGROPECUÁRIA 46.228 39.006 -2,1 59.698 74.379 54.362

INDÚSTRIA 250.551 261.948 -0,8 230.201 260.860 267.769

1. Extrativa mineral 40.878 40.660 -1,1 35.708 38.663 45.815

2. Transformação 127.476 135.416 -2,4 122.539 141.930 139.766

3. Construção civil 54.452 55.159 1,4 48.883 56.074 58.309

4. Produção e distribuição de eletricidade, gás e água

27.746 30.713 3,5 23.070 24.192 23.879

SERVIÇOS 633.884 694.623 1,9 650.527 689.773 709.519

1. Comércio 121.420 125.345 2,3 119.577 166.133 175.007

2. Transporte, armazenagem e correio

50.639 53.541 2,2 52.079 84.300 85.784

3. Serviços de informação 26.591 28.575 2,2 25.333 161.284 162.327

4. Intermediação financeira, seguros, previdência complementar e serviços relativos

63.006 66.436 0,7 68.215 69.285 70.695

5. Outros serviços (2) 145.698 157.758 4,2 150.166 26.409 26.755

6. Atividades imobiliárias e aluguel

77.319 79.304 1,9 81.230 53.344 55.548

7. Administração, saúde e educação públicas

149.212 183.665 0,9 153.927 129.018 133.402

Impostos líquidos sobre produtos

167.651 173.748 1,6 169.994 176.883 181.791

PIB : preços de mercado 1.098.314 1.169.324 1,0 1.110.420 1.201.896 1.213.440

Fonte: www.ibge.gov.br - (Indicadores – Contas Nacionais Trimestrais – Valores a Preços Correntes) (Consulta em 29/01/2014)

Fonte: www.ibge.gov.br - (Indicadores – Contas Nacionais Trimestrais) (Consulta em 29/01/2014)

(1) A divulgação de resultados trimestrais não foi divulgada para o Paraná.

(2) O segmento sob denominado outros serviços inclui: Serviços auxiliares à agricultura, agentes de comércio e representação comercial, serviços auxiliares

financeiros, dos seguros de previdência complementar e limpeza urbana e esgoto.

TABELA 3 – BRASIL: VARIAÇÃO PERCENTUAL DO PIB TRIMESTRAL

Período

Sobre

Mesmo Trimestre

do ano

Anterior *

Sobre o Trimestre Anterior *

PIB TOTAL

Agropecuária Indústria Serviços

2010 1º Tri 9,3 2,0 3,4 2,0 1,3

2º Tri 8,8 1,2 1,4 2,5 0,9

3º Tri 6,9 1,0 -3,2 0,2 1,8

4° Tri 5,3 1,0 1,4 0,3 0,5

2011 1º Tri 4,2 0,8 3,7 0,6 1,0

2º Tri 3,3 0,4 -2,5 0,9 0,3

3° Tri 2,1 0,0 4,3 -0,8 0,1

4º Tri 1,4 0,1 3,4 -0,9 0,6

2012 1º Tri 0,8 0,1 -12,4 0,8 0,2

2º Tri 0,6 0,2 6,5 -1,5 0,6

3º Tri 0,9 0,6 7,7 0,8 0,5

4º Tri 1,8 0,9 -6,7 0,0 0,9

2013 1º Tri 1,8 0,0 5,8 -0,4 0,1

2º Tri 3,3 1,8 4,2 2,2 0,8

3º Tri 2,2 -0,5 -3,5 0,1 0,1

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9 Federação do Comércio do Paraná

1. PRODUTO E RENDA

1.3. Demanda Agregada A demanda agregada corresponde ao somatório dos componentes da demanda de uma

economia: 1) consumo de famílias; 2) consumo do governo; 3) investimento bruto interno

(soma de formação de capital fixo e variação de estoques); 4) saldo da balança comercial:

exportações (demanda do exterior de produtos da economia brasileira) menos importações

(demanda brasileira de bens produzidos em outros países). O investimento bruto interno (que é

a soma de formação de capital fixo mais a variação de estoques) considera investimentos do

setor público e do setor privado (inclui investimento do exterior feito na economia interna), no

entanto, no seu valor não é contabilizado o investimento de nacionais feitos em outros países.

Os resultados de cada componente da demanda agregada em 2013 apontam os efeitos

de restrições na economia além do previsto ou esperado pelo governo. O consumo de famílias a

preços correntes, responsável por quase 60% da demanda agregada, teve o melhor

desempenho mas cresceu menos que nos dois trimestres anteriores. A redução na velocidade

de crescimento indica esgotamento ou contenção do poder de compra do consumidor final e

maior comprometimento da renda e também redução do impacto das políticas de incentivo ao

consumo.

Quanto ao investimento bruto interno, o 3.º trimestre mostra queda expressiva e

preocupante. O consumo do governo cresceu, em relação ao trimestre anterior, indicativo dos

custos elevados da máquina pública. A balança comercial (exportações menos importações) se

apresenta com déficit, indicando a grande presença de importados na demanda final.

Fonte: www.ibge.gov.br - (Indicadores – Contas Nacionais Trimestrais – Valores a Preços Correntes) (Consulta em 29/01/2014)

TABELA 4 – BRASIL: DISTRIBUIÇÃO DA DEMANDA AGREGADA (A Preços Correntes - Em R$ Milhões)

Tipo de

Demanda

2011 4°Tri

2012 1°Tri

2012 2°Tri

2012 3°Tri

2012 4°Tri

2013 1°Tri

2013 2°Tri

2013 3°Tri

Consumo das famílias

648.829 658.906 672.066 692.216 721.264 722.896 740.900 764.942

Consumo da administração pública (ou

Governo)

264.737 203.095 228.505 220.111 292.832 212.915 242.431 253.405

Investimento Bruto Interno

186.591 189.095 215.408 194.335 177.627 212.683 242.686 226.861

Formação bruta de capital fixo

204.728 193.198 196.949 204.980 203.568 204.862 223.844 232.041

Variação de estoque

-18.137 -4.103 18.460 -10.645 -25.941 7.821 18.842 -5.180

Balança Comercial

-9.449 -17.747 -14.429 -8.348 -22.399 -38.074 - 24.121 -31.768

Exportações 137.117 115.029 141.429 148.074 148.310 121.073 151.837 165.389

Importações (-) 146.566 132.776 155.858 156.422 170.709 159.148 175.958 197.157

Demanda Agregada Total

1.090.708 1.033.349 1.101.550 1.098.314 1.169.324 1.110.420 1.201.896 1.213.440

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10 Federação do Comércio do Paraná

2. MERCADO DE TRABALHO 2.1. Mercado de Trabalho Brasileiro

Uma abordagem macroeconômica das categorias de mercado em uma economia,

apresenta quatro grandes segmentos: 1) mercado de bens e serviços, onde ocorre a demanda e

a produção e oferta de bens e serviços; 2) mercado monetário-financeiro, que abrange: oferta e

demanda de moeda e bolsa de valores; 3) mercado externo, caracterizado por exportações e

importações, sendo a taxa de câmbio importante referência; e 4) mercado de trabalho, onde

ocorrem oferta de emprego e demanda de mão-de-obra na economia e a consequente utilização

da força de trabalho disponível e economicamente ativa.

Os empregos criados de janeiro a dezembro de 2013 estiveram abaixo do desempenho

de 2012, com queda em cada um dos três grandes setores da economia. Em termos de

subsetores, os crescimentos verificados ocorreram em indústria de transformação e em

administração pública. Cabe destacar que o mês de dezembro gera poucos empregos novos na

indústria, pois as encomendas do comercio para o Natal são efetuadas entre setembro e

novembro. O Comércio gera mais empregos temporários no final de ano e demite pouco, até

como estratégia de atendimento em dezembro. Em Outros Serviços há uma grande rotatividade

de mão-de-obra onde muitos trabalhadores em busca de melhor remuneração, circulam por

várias empresas e alguns buscam a indústria de transformação após cursos de qualificação.

Ressalte-se que os dados da Tabela 5 se referem a empregados admitidos menos os demitidos.

Não é índice de desemprego. A Agropecuária caiu mais de 60% em 2013 comparado a 2012.

O biênio 2010 -2011 foi excelente, respectivamente, último ano do governo Lula e 1.º

do Governo Dilma, períodos onde inexistiam as restrições econômicas surgidas em 2012.

A comparação de 2012 com 2011 aponta queda de 33% no número total de empregos

criados. A Indústria caiu de 472 mil empregos criados em 2011 para 257 mil em 2012; Serviços

caiu de 1,411 milhão para 1,040 milhão; a Agropecuária caiu de 83 mil para 5 mil. Em 2012, os

ramos que mais criaram empregos no Brasil foram, pela ordem: a) outros serviços*; b)

comércio; c) construção civil; d) indústria de transformação. Em 2012, o setor terciário –

serviços – gerou três vezes mais empregos que o setor secundário – indústria. No comércio

(atacado e varejo) a criação de emprego em 2012 (372 mil) foi menor que 2011 (460 mil).

Fonte:www.mte.gov.br (Consulta em 29/01/2014)

(*) O segmento de Outros Serviços conforme o CAGED, é formado por: a) Instituições financeiras; b) administração de imóveis e serviços técnicos profissionais;

c) transporte e comunicação; d) alojamento, alimentação reparação e manutenção; e) médicos odontológicos; f) ensino.

TABELA 5 – BRASIL: CRIAÇÃO DE EMPREGOS POR SETOR DE ATIVIDADE ECONÔMICA

(Número de Empregos Admitidos menos o Número de Demitidos)

Setor

2009

2010

2011

2012

2013

(Jan-Dez)

INDÚSTRIA 195.070 916.427 472.288 256.847 244.446

Extrativa Mineral 2.036 17.715 19.538 10.928 2.680

Transformação 10.865 544.367 218.138 86.406 126.359

Serviços Industriais de Utilidade Pública

4.984 20.034 9.467 10.223 8.383

Construção Civil 177.185 334.311 225.145 149.290 107.024

SERVIÇOS 815.409 1.640.369 1.410.934 1.040.019 870.853

Comércio 297.157 611.900 459.841 372.368 301.095

Administração Pública 18.075 10.417 16.126 1.491 22.841

Outros Serviços (*) 500.177 1.018.052 934.967 666.160 546.917

AGROPECUÁRIA -15.369 -1.375 83.227 4.976 1.872

TOTAL 995.110 2.555.421 1.966.449 1.301.842 1.117.171

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2. MERCADO DE TRABALHO

2.2. Mercado de Trabalho Paranaense Em 2013, a criação de empregos no Paraná caiu em relação a cada um dos três anos

anteriores. O único crescimento verificado em 2013 no Paraná foi em Administração Pública. O

desempenho em 2013 esteve bem abaixo dos padrões anuais que vinham ocorrendo desde

2010 e pode ser tido como “um ponto fora da curva”, reflexo do ocorrido na economia

brasileira como um todo, em termos de criação de empregos.

O desempenho em janeiro-dezembro de 2012, indica superação do número de

empregos criados em comparação com 2011, sendo também o ano com mais empregos

criados desde 2006 no Paraná. Os ramos que mais criaram empregos no Paraná em 2012

foram: 1.º) outros serviços; 2.º) indústria; 3.º) comércio varejista; 4.º) agropecuária e outros.

Em 2011, o emprego criado no Paraná foi menor que o verificado em 2010, este um ano

de expressivo crescimento do emprego no Estado, seguindo a mesma performance da economia

brasileira, indicando uma inversão nas limitações no mercado de trabalho verificadas em 2009.

Em 2011 e 2010 os destaques na criação de empregos foram: outros serviços, indústria, e

comércio varejista. Nesses dois anos, em alguns ramos, a demanda de mão-de-obra não foi

atendida, devido à qualificação insuficiente. O trabalhador escolhe o emprego em função da

remuneração e benefícios como: assistência-saúde, vale-alimentação, vale-transporte e

perspectiva de carreira; anteriormente, o trabalhador assumia a primeira oferta de trabalho.

Existe grande rotatividade de mão-de-obra e dificuldades em preencher vagas em

alguns setores do varejo: supermercados e hipermercados; hotéis, bares e restaurantes; e lojas

franqueadas que buscam adequar o trabalhador aos padrões praticados pela loja/marca.

Uma característica desses ramos é contratar trabalhadores para 1.º emprego, sem experiência

anterior e oferecerem treinamento na empresa. A indústria também enfrenta carência de mão-

de-obra qualificada em segmentos específicos como acabamento na construção civil.

Fonte: www.mte.gov.br (Consulta em 29/01/2014)

(1) Indústria compreende os ramos: 1) extrativa mineral; 2) transformação; 3) serviços industriais de utilidade pública; 4) construção civil.

(2) Compreende: administração pública, saúde e educação pública.

(3) O CAGED, estabelece: a) Instituições financeiras; b) administração de imóveis e serviços técnicos profissionais; c) transporte e comunicação; d)

alojamento, alimentação reparação e manutenção; e) médicos odontológicos; f) ensino. (*) Resultados acrescidos de ajustes conforme CAGED; a variação relativa tem por base: estoques do mês atual e de dezembro do ano t-1, ambos com ajuste.

TABELA 6 – PARANÁ: CRIAÇÃO DE EMPREGOS POR SETOR DE ATIVIDADE ECONÔMICA

(Número de Empregos Admitidos menos o Número de Demitidos)

Período Indústria(1)

Serviços Agropecuária

e Outros Total Comércio

Varejista Comércio Atacadista

Administração Pública(2)

Outros Serviços(3)

2006 29.652 18.444 2.761 1.179 33.115 1.245 86.396

2007 54.535 25.146 5.356 575 30.996 5.753 122.361

2008 36.478 26.656 6.411 -408 35.686 6.080 110.903

2009 21.264 18.572 4.183 2.069 27.377 -4.381 69.084

2010 41.527 33.831 5.159 340 53.125 -2.375 131.607

2011 36.721 26.672 6.597 1.876 51.557 493 123.916

2012* 41.809 26.864 5.910 1.573 50.357 6.110 132.623

Out 1.082 3.230 628 12 1.896 -192 6.656

Nov -3.341 7.112 626 -53 2.330 -917 5.757

Dez -21.347 -3.187 -843 -657 -13.059 -4.178 -43.271

2013* 18.711 22.254 5.881 2.112 39.196 2.195 90.349

Jan 9.263 -2.537 1.038 420 3.940 -999 11.125

Fev 3.164 -289 1.301 206 10.765 710 15.857

Mar 6.706 2.996 524 130 5.051 2.041 17.448

Abr 8.866 3.267 398 84 4.773 1.549 18.937

Mai 4.524 1.136 247 -29 3.154 681 9.713

Jun 307 885 -88 167 3.049 937 5.257

Jul -2.227 646 296 -18 2.863 240 1.800

Ago 4.001 3.078 839 279 4.215 -153 12.259

Set 4.178 4.758 828 354 5.708 99 15.925

Out 553 3.456 503 149 3.527 11 8.199

Nov -3.341 6.131 549 97 2.336 -763 5.009

Dez - 22.787 - 3.243 - 846 -199 - 13.013 -2.934 -43.022

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2. MERCADO DE TRABALHO 2.3 Comparativo da Criação de Empregos

Fonte: www.mte.gov.br (Consulta em

29/01/2014)

2.4 Empregos Gerados no Comércio do Paraná

(*) O saldo corresponde ao somatório dos três setores pesquisados pelo CAGED: 1) Agropecuária e Silvicultura;

2) Indústria: extrativa mineral; transformação; serviços industriais de utilidade pública-SIUP; construção civil;

3) Terciário: formado por: a) Comércio. b) Serviços: Instituições financeiras, administração de imóveis e serviços técnicos profissionais, transporte e comunicação, alojamento

alimentação reparação e manutenção, médicos odontológicos, ensino; c) Administração pública.

(**) O Saldo contempla o número de admitidos, menos o número de demitidos no comércio varejista e atacadista.

TABELA 7: CRIAÇÃO DE EMPREGOS – SALDO (Número de empregos admitidos menos os

demitidos)(*)

Período Brasil Paraná

2012 1.301.842 89.139

Dez -496.944 -43.271

2013 1.117.171 90.349

Jan 28.900 11.125

Fev 123.446 15.857

Mar 112.450 17.448

Abr 196.913 18.937

Mai 72.028 9.713

Jun 123.836 5.257

Jul 41.463 1.800

Ago 127.648 12.259

Set 211.068 15.925

Out 94.893 8.199

Nov 47.486 5.009

Dez - 449.444 - 43.022

TABELA 8 – PARANÁ: EMPREGOS GERADOS

(Número de Empregos Admitidos menos o Número de Demitidos)

Período

Saldo do

Comércio

(**)

Variação em

Relação ao

Mês Anterior

(%)

Saldo

Acumulado

no ano

2012 --- --- ---

Dez -4.030 -152,08 28.922

2013 --- --- ---

Jan -1.499 62,80 -1.499

Fev 1.012 167,51 -384

Mar 3.520 247,83 3.272

Abr 3.665 4,12 7.186

Mai 1.383 -62,26 8.081

Jun 797 -42,37 9.796

Jul 942 18,19 10.885

Ago 3.917 315,82 14.975

Set 5.586 42,61 20.867

Out 3.959 -29,13 25.048

Nov 6.680 68,73 31.914

Dez -4.089 -161,21 28.135

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2. MERCADO DE TRABALHO

2.5. Quadro Comparativo do Saldo de Empregos em 2013

Fonte: www.mte.gov.br (Consulta em 29/01/2014)

TABELA 9 – BRASIL E PARANÁ: SALDO DO EMPREGO POR SETORES EM 2013 (Número de Empregos Admitidos menos o Número de Demitidos)

Setores

Brasil Paraná

Saldo em Novembro

Saldo em Dezembro

Saldo em Novembro

Saldo em Dezembro

Extrativa Mineral -880 -1.545 14 -25

Ind. Transformação -34.266 -164.322 -2.016 -17.625

Serviços de Utilidade Pública 158 -1.894 -84 -412

Construção Civil -31.770 -78.752 -1.255 -4.725

Comércio 103.258 -3.156 6.680 -4.089

Serviços 44.825 -112.620 2.336 -13.013

Administração Pública -656 -15.077 97 -199

Agropecuária -33.183 -72.078 -763 -2.934

TOTAL 47.486 -449.444 5.009 -43.022

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2. MERCADO DE TRABALHO

2.6. Taxa de Desemprego

O desemprego em dezembro-2013 foi 4,3%, o menor do ano. Em 2013, para o Brasil, o

desemprego esteve abaixo do ocorrido em 2012, situação idêntica à ocorrida no Paraná. É uma

situação onde os índices são quase que de pleno emprego, e com um aumento no salário real

médio. O aumento do salario real médio para categorias em negociações de acordos coletivos,

poderá pressionar preços de mercado, com algum impacto sobre a inflação.

A taxa de desemprego no Brasil em 2012 foi 5,5%; ano em que dezembro atingiu

4,6%%, a menor do ano e, desde 2002, o melhor dezembro. O desemprego menor reflete o

bom momento da demanda familiar e consumo na economia brasileira em relação ao mercado

de trabalho, apesar das dificuldades vivenciadas pela indústria de transformação e pela

indústria exportadora. Comparado ao desemprego em países da Europa, os indicadores

brasileiros foram excelentes. Cabe destacar que em algumas atividades do agronegócio vem

ocorrendo a contratação de trabalhadores haitianos, devido a dificuldade de se encontrar mão-

de-obra brasileira. Em outros segmentos, verifica-se a presença de trabalhadores bolivianos

e/ou paraguaios, em atividades da indústria de confecção e vestuário.

Uma explicação para a elevação do emprego e menor PIB em 2012 pode ser associada

a uma combinação de baixa produtividade da mão-de-obra, tecnologia defasada, poucas

inovações e modernizações na indústria e as dificuldades das exportações de manufaturados.

As políticas econômicas de aquecimento do governo federal, mesmo que conjunturais e

de curto prazo, mais o estímulo à demanda final, permitiram desempenho positivo para o

emprego, fatores importantes para manter a demanda e aquecer as vendas do comércio. As

políticas conjunturais de curto prazo tem autonomia reduzida em termos de resultados.

Verifica-se em alguns ramos uma insuficiência de qualificação profissional e carência na

disponibilidade de trabalhadores. Mesmo com melhores índices, o emprego merece atenção

especial do governo, considerando os que chegam ao mercado em busca do primeiro emprego.

Fontes: Brasil: www.ibge.gov.br – (Indicadores – Trabalho e rendimento – PME) – (Consulta em 29/01/2014) RM Curitiba: www.ipardes.gov.br – (Indicadores Econômicos – Mercado de Trabalho) – (Consulta em 29/01/2014)

(1) O IPARDES é o órgão responsável pelos dados do desemprego na Região Metropolitana de Curitiba.

(*) A média de 2013 da Região Metropolitana de Curitiba refere-se ao período de Janeiro a Outubro.

TABELA 10 – BRASIL E CURITIBA: TAXA DE

DESEMPREGO

Período

Taxa de Desemprego

Variação %

Brasil RM Curitiba (1)

2006 10,0 6,9

2007 9,3 6,2

2008 7,9 5,4

2009 8,1 5,4

2010 6,8 4,5 2011 6,0 3,7

2012 5,5 3,9

Set 5,4 3,2

Out 5,3 3,7

Nov 4,9 3,2

Dez 4,6 3,2

2013 5,4

Jan 5,4 4,8

Fev 5,6 4,5

Mar 5,7 3,8

Abr 5,8 3,8

Mai 5,8 3,9

Jun 6,0 3,5

Jul 5,6 3,6

Ago 5,3 2,9

Set 5,4 3,3

Out 5,2 3,3

Nov 4,6 --

Dez 4,3 --

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3. NÍVEL DE SALÁRIO

3.1. Salário Mínimo no Brasil O salário mínimo, com correção anual definida pelo governo federal, tem a variação

definida pela inflação acumulada nos 12 meses anteriores e mais um percentual variável de

produtividade. É um valor de referência para a remuneração no país.

Os trabalhadores do comércio têm sua remuneração estabelecida a partir de uma correção

igual ao valor da inflação sobre o salário anterior mais os percentuais de itens negociados na

data base entre os sindicatos representativos das categorias de trabalhadores e de empresários

do comércio. O início da vigência do novo salário possibilita um adicional na massa de salários

para os trabalhadores e um correspondente aumento no poder de compra desses trabalhadores.

De 2005 a 2010, o percentual de reajuste foi superior à inflação dos doze meses

anteriores, representando um aumento real de salários e no poder aquisitivo da população que

tem o salário mínimo como referência de remuneração. Em 2011, o reajuste foi menor que a

inflação. De 2012 a 2014 o reajuste do salário mínimo foi maior que a inflação de referencia.

Fonte: Brasil: www.mte.gov.br – (Emprego e Renda – Salário Mínimo) (Consulta em 29/01/2014)

O salário mínimo –SM, foi criado pelo Decreto-Lei nº 2162 de 01/05/1940, quando passou a

vigorar (*). O país foi dividido em 22 regiões (20 estados da época, mais território do Acre e Distrito

Federal); os estados foram divididos em sub-regiões, num total de 50 sub-regiões. Para cada sub-

região fixou-se um valor de SM, num total de 14 valores distintos para o Brasil. A relação entre

maior e menor valor em 1940 era de 2,67. A primeira tabela do SM teve vigência de três anos; em

julho de 1943 houve o primeiro reajuste, seguido de outro em dezembro do mesmo ano.

Em maio de 1984 ocorreu a unificação do SM no país. A partir de 1990, apesar dos altos

índices de inflação, as políticas salariais buscaram garantir o poder de compra do SM, que

apresentou crescimento real de 10,6% entre 1990 e 1994, em relação à inflação medida pelo INPC.

A estabilização pós Plano Real, permitiu ao SM elevar ganhos reais em 28,3% de 1994 a 1999.

Os dados da evolução do SM desde 1940 permitem duas conclusões importantes: 1º) ao

contrário de manifestações frequentes de que o poder de compra do SM seria hoje muito menor que

na sua origem, os dados mostram não existir perda significativa; 2º) a estabilização dos preços a

partir de 1994 permitiu a mais significativa recuperação do poder de compra do SM desde a década

de 50.

(1) Foi utilizado como referência o valor de venda do US$-dólar no primeiro dia útil do mês da alteração salarial.

(2) O valor da Inflação se refere ao valor acumulado do IPCA, em relação ao salário anterior .O valor no período pode diferir da inflação anual. (3) Divulgado em Diário Oficial da União de 26 de dezembro de 2012.

(*) Fonte: “Salário mínimo no Brasil: evolução histórica e impactos sobre mercado de trabalho e as contas públicas”. (Site: Ministério da Fazenda,

22/03/2000. Consulta em 27/10/2013).

TABELA 11 – BRASIL: SALÁRIO MÍNIMO

Período Valores

em R$ Variação

(%)

Equivalência

em US$

(1)

Cotação

do Dólar

Início da

Vigência

Inflação

no Período

(%) (2)

2005 300,00 15,38 119,33 2,514 1/5/2005 8,07

2006 350,00 16,67 162,49 2,154 1/4/2006 4,41

2007 380,00 8,57 187,56 2,026 1/5/2007 3,21

2008 415,00 9,21 246,88 1,681 1/3/2008 3,77

2009 465,00 12,05 198,13 2,347 1/2/2009 5,32

2010 510,00 9,68 295,82 1,724 1/1/2010 3,81

2011 545,00 6,86 327,52 1,664 1/3/2011 7,54

2012 622,00 14,13 333,05 1,867 1/1/2012 4,86

2013 678,00 8,26 332,11 2,041 2/1/2013 5,84

2014 724,00 6,78 302,06 2,397 1/1/2014 5,91

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3. NÍVEL DE SALÁRIO

3.2. Salário Mínimo no Paraná

O Governo do Paraná estabeleceu, a partir de 2006, salário mínimo regional para

categorias de trabalhadores que não possuam: a) piso salarial estabelecido em convenção ou

acordo coletivo de trabalho; b) piso salarial estabelecido em lei federal. Como exemplo, cabe

citar: empregadas domésticas. Os valores apresentados na Tabela 12 correspondem ao teto

máximo do reajuste.

As leis estaduais dos valores do salário mínimo no Paraná são: a) Lei n.º 15.118 de

2006; b) Lei n.º 15.486 de 2007; c) Lei n.º 15.826 de 2008; d) Lei nº 16.099 de 2009; e) Lei

n.º 16.470 de 2010; f) Lei 16.807 de 2011; g) Lei 17.135 de 2012; h) Decreto 8.088 de 1º de

maio de 2013. O salário no Paraná e os percentuais de correção utilizados a cada ano, são

superiores ao valores do salário mínimo definido pelo governo federal.

Em abril/2013 houve a definição dos novos salários a vigorarem a partir de maio.

Fonte: www.casacivil.pr.gov.br – (Serviços – Legislação – Leis – Leis Ordinárias) (Consulta em 29/01/2014)

(1) Foi utilizado como referência o valor de venda do US$-Dólar no primeiro dia útil do mês da alteração salarial.

(2) O valor da Inflação se refere ao valor acumulado do IPCA, em relação ao salário anterior.

(3) Valor divulgado refere-se ao teto salarial máximo, segundo os grupos da classificação brasileira de ocupações: (IPCA acumulado de Maio a Março)

GRUPO I – R$ 882,59 para os Trabalhadores Empregados nas Atividades Agropecuárias, Florestais e da Pesca, correspondentes ao Grande Grupo Ocupacional 6 da Classificação Brasileira de Ocupações;

GRUPO II – R$ 914,82 para os Trabalhadores de Serviços Administrativos, Trabalhadores Empregados em Serviços, Vendedores do Comércio, Lojas e

Mercados e Trabalhadores de Reparação e Manutenção, correspondentes aos Grandes Grupos Ocupacionais 4, 5 e 9 da Classificação

Brasileira de Ocupações; GRUPO III – R$ 949,53 para os Trabalhadores da Produção de Bens e Serviços Industriais, correspondentes aos Grandes Grupos Ocupacionais 7 e 8

da Classificação Brasileira de Ocupações;

GRUPO IV – R$ 1.018,94 para os Técnicos de Nível Médio, correspondentes ao Grande Grupo 3 da Classificação Brasileira de Ocupações;

TABELA 12 – PARANÁ: SALÁRIO MÍNIMO

Período

Valores

em R$

Variação (%)

Equivalência

em US$

(1)

Cotação do

Dólar

Data de

Vigência

Inflação no

Período

(%) (2)

2005 300,00 15,38 124,79 2,514 1/5/2005 8,07

2006 437,80 45,93 190,35 2,071 1/5/2006 4,63

2007 475,20 8,54 246,35 2,026 1/5/2007 3,00

2008 548,70 15,47 336,83 1,650 1/5/2008 5,04

2009 629,65 14,75 294,66 2,137 1/5/2009 5,53

2010 765,00 21,49 441,94 1,731 1/5/2010 5,22

2011 817,78 6,89 519,59 1,574 1/5/2011 5,21

2012 904,20 1,57 472,34 1,914 1/5/2012 4,48

2013 1.018,94 12,69 507,21 2,01 1/5/2013 7,22

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4. NÍVEL DE PREÇOS

4.1. Introdução

As oscilações e evolução dos níveis de preços constituem fatores importantes na

avaliação conjuntural de uma economia. Os órgãos encarregados dessa mensuração devem

utilizar metodologias consistentes que permitam captar adequadamente as variações nos

preços. Ademais, os itens que compõem a cesta de bens a ser pesquisada para se realizar o

cálculo da inflação devem representar os padrões de consumo das categorias de renda

avaliadas.

Serão apresentados como representativos das variações de preços, dois indicadores:

1.º) IPCA: índice de preços ao consumidor ampliado, índice oficial de inflação do Brasil,

obtido pelo IBGE. Representa variações de preços de produtos e serviços consumidos por

famílias com renda até 40 salários mínimos, em diferentes regiões do País. Os índices obtidos

em cada região são agregados conforme pesos pré-determinados relacionados à importância,

dimensão e habitantes para a composição do índice nacional.

2.º) IPC: inflação da cidade de Curitiba, calculado pelo IPARDES – Instituto Paranaense

de Desenvolvimento Econômico e Social (da Secretaria de Planejamento do Estado).

4.2. Meta da Inflação

O regime de metas de inflação foi implantado em 1999. Nesse procedimento, as

autoridades monetárias: Comitê de Política Monetária-COPOM, Conselho Monetário Nacional-

CMN, Banco Central e Ministério da Fazenda – definem para o ano seguinte um valor limite para

a inflação (meta), com oscilação para cima ou para baixo de 2 (dois) pontos e, no ano de

referência, o posicionamento das autoridades visa o cumprimento da meta.

O valor da inflação definido na meta é obtido das análises do desempenho da economia

no ano anterior, das tendências do mercado externo, das oscilações da demanda agregada e

das variações de preços básicos (commodities agrícolas, petróleo, indústria extrativa mineral e

siderurgia).

(1) IPCA - Preços ao Consumidor Amplo

(2) IPC - Preços ao Consumidor

(*) Considera nove (9) regiões metropolitanas: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Fortaleza, Belém, Curitiba e Porto Alegre e mais Goiânia e o

Distrito Federal – Brasília.

TABELA 13 – ÍNDICE DE PREÇOS

Índice

Entidade

Elaboradora

Período de

Coleta: dias

Base

Geográfica

Renda

Familiar

Uso

Principal

1) IPCA (1) IBGE 1 a 30

(mês civil)

11 Capitais

(*)

1 a 40 SM Inflação oficial do País

Tem ampla aplicação.

2) IPC (2) IPARDES

/Curitiba

1 a 30 Curitiba 1 a 40 SM Preços no varejo em

Curitiba

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4. NÍVEL DE PREÇOS

4.3. Taxa de Inflação

A inflação de dezembro: 0,72%, foi bem acima do esperado para o período. Foi a segunda maior do

ano, só superada pelo mês de janeiro. A taxa mensal de dezembro teve como componentes principais:

reajuste de combustíveis pela Petrobrás, juros crescentes e dólar em elevação, a se refletirem nos preços

de final de ano, considerando a concentração de vendas no período e o poder de compra adicional do 13.º

salário. Em 2012, a inflação de dezembro: 0,79% superou igual período de 2013.

Considerando as providencias do governo para conter/adiar elevação de preços e impacto

inflacionário, poderão ocorrer no biênio 2014/2015 acelerações inflacionárias em função de adequações de

preços de combustíveis; tarifas de energia elétrica, água e saneamento; transportes urbanos; e outros

regulados ou administrados pelo setor público. Cabe considerar ainda os juros e cambio em elevação.

Para 2014, o Banco Central estabeleceu o percentual de 4,5% como meta de inflação, pretensão que

nesse momento se revela inviável.

A crise mundial restringiu a economia global; as commodities subiram no exterior devido a queda na

safra americana de soja e milho, com reflexos nos preços internos e na receita de exportações. Neste

momento, uma queda nos juros não estimulará a demanda, devido o esgotamento do poder de compra do

consumidor usuário do crédito. A valorização do US$ sobre o R$ permite melhorar exportações de alguns

segmentos; todavia, preços internos poderão crescer pois os importados estarão mais caros.

P

Fonte: Brasil: www.ibge.gov.br - (Quadro variação dos indicadores – IPCA) (Consulta em 29/01/2014) Curitiba: www.ipardes.gov.br – (Indicadores econômicos – Índice de preços) (Consulta em 29/01/2014)

TABELA 14 – TAXA DE INFLAÇÃO E META DE INFLAÇÃO

Período

Brasil Meta de Inflação

(%)

Curitiba

IPCA

(IBGE) (%)

IPC

(IPARDES) (%)

2004 7,60 5,5 10,40

2005 5,69 4,5 4,05

2006 3,14 4,5 4,82

2007 4,46 4,5 4,78

2008 5,90 4,5 4,85

2009 4,31 4,5 3,88

2010 5,91 4,5 5,09

2011 6,50 4,5 5,81

Variação mensal

Acumulado no Ano

Acumulado 12 meses

Variação mensal

Acumulado no Ano

Acumulado 12 meses

2012 6,20 4,5 5,91

Dez 0,79 6,20 6,20 0,40 5,91 5,91

2013 5,56 4,5 6,17

Jan 0,86 0,86 6,15 0,79 0,79 6,00

Fev 0,60 1,47 6,31 0,46 1,26 6,40

Mar 0,47 1,94 6,59 0,52 1,78 6,34

Abr 0,55 2,50 6,49 0,52 2,31 6,02

Mai 0,37 2,88 6,50 0,30 2,59 5,82

Jun 0,26 3,15 6,70 -0,22 2,54 5,71

Jul 0,03 3,18 6,27 0,17 2,71 5,73

Ago 0,24 3,43 6,09 0,82 3,55 6,21

Set 0,35 3,79 5,86 0,11 3,66 5,48

Out 0,57 4,38 5,84 0,75 4,44 5,84

Nov 0,54 4,95 5,77 1,04 5,53 5,95

Dez 0,72 5,56 5,56 0,61 6,17 6,17

2014 4,5

Tabela 14.B – Menores aumentos por

grupos de despesas – Brasil (Dezembro)

Educação 0,00

Saúde e Cuidados Pessoais 0,41

Habitação 0,52

Tabela 14.A – Maiores aumentos por

grupos de despesas – Brasil (Dezembro)

Transportes 1,85

Despesas Pessoais 1,00

Alimentação e Bebidas 0,89

Tabela 14.D – Menores aumentos por

localidades – Brasil (Dezembro)

Belém 0,63

Porto Alegre 0,67

São Paulo 0,75

Tabela 14.C – Maiores aumentos por

localidades – Brasil (Dezembro)

Salvador 1,34

Rio de Janeiro 1,16

Brasília 1,01

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5. TAXA DE JUROS E POUPANÇA Em janeiro/2014, a taxa SELIC subiu para 10,5%. Desde abril/2013, o governo alterou

a políticas de juros, adotando a elevação como instrumento para conter a inflação: de 7,25%

em março, a taxa subiu gradativamente até chegar aos atuais 10,5%. Tudo visando reduzir

oferta monetária, desestimular ou adiar a demanda e conter inflação. O efeito dessa sequencia

de aumentos contribuiu para conter inflação entre maio e setembro. Em 2014, se a inflação

continuar a subir, as elevações nos juros serão mantidas pelo menos no 1.º trimestre de um

ano eleitoral, combinadas com outras políticas. A política anterior de juros do Banco Central

desde julho/2011, quando a SELIC chegou 12,50%, era de queda. A elevação de abril/2013 é

parte da estratégia de combate à inflação, quando os preços sobem de forma a comprometer a

consecução da meta estabelecida. Verifica-se atualmente que o aumento de juros e contenção

da demanda se insere num contexto de política restritiva visando desaquecimento.

O padrão atual elevado de emprego aumenta a massa de salários, a renda da população

economicamente ativa e qualificada, eleva poder aquisitivo, resultando em pressão de demanda

sobre o sistema de produção. Após priorizar a expansão da demanda, mesmo com algum

resquício inflacionário, o governo demonstra preocupação com o crescimento da inflação

adotando via elevação nos juros uma política de contenção da demanda.

O ponto de corte para a redução do rendimento da poupança, considerando as

mudanças vigentes, é a SELIC em 8,0%, percentual que ocorre desde julho/2012. Ao atingir

8,0% em junho/2013, o critério de rendimento da poupança volta ao modelo anterior.

Fonte: www.bc.gov.br – (Sistema de metas para a inflação – Copom) (Consulta em 29/01/2014)

Fonte: www.bc.com.br (Economia e Finanças – Séries Temporais – Acesso ao Sistema de Séries

Temporais –Mercados Financeiros e de Capitais –Aplicações Financeiras –Caderneta de Poupança –Rentabilidade no Período) (Consulta: 29/01/2014)

(*) A rentabilidade, TR+0,5% a.m., refere-se a cadernetas com aniversário no primeiro dia do mês posterior ao assinalado (maior concentração)

TABELA 15 – VARIAÇÃO DA TAXA DE JUROS SELIC DO BANCO CENTRAL

2011 2012 2013 2014

Mês Taxa Selic (%)

Mês Taxa Selic (%)

Mês Taxa Selic (%)

Mês Taxa Selic (%)

Jan 10,75 Jan 10,50 Jan 7,25 Jan 10,50

Fev 11,25 Fev 10,50 Fev 7,25 Fev

Mar 11,75 Mar 9,75 Mar 7,25 Mar

Abr 12,00 Abr 9,00 Abr 7,50 Abr

Mai 12,00 Mai 8,50 Mai 7,50 Mai

Jun 12,25 Jun 8,50 Jun 8,00 Jun

Jul 12,50 Jul 8,00 Jul 8,50 Jul

Ago 12,00 Ago 8,00 Ago 9,00 Ago

Set 12,00 Set 7,50 Set 9,00 Set

Out 11,50 Out 7,25 Out 9,50 Out

Nov 11,00 Nov 7,25 Nov 10,00 Nov

Dez 11,00 Dez 7,25 Dez 10,00 Dez

TABELA 16 – POUPANÇA (*)

2013 2014

Mês Rentabili-

dade

Rentabili-

dade

Jan 0,4134 0,6132

Fev 0,4134

Mar 0,4134

Abr 0,4134

Mai 0,4551

Jun 0,4551

Jul 0,4761

Ago 0,4828

Set 0,5079

Out 0,5925

Nov 0,5208

Dez 0,5496

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6. MERCADO DE AÇÕES

O Índice Bovespa em dezembro caiu para 50.792 pontos, valor abaixo dos três meses

anteriores. A relativa estagnação do mercado de ações no Brasil pode ser atribuída, dentre

outros fatores, a: 1) menor crescimento na economia chinesa; 2) redução dos incentivos à

economia interna pelo governo dos EUA; 3) venda de ações no Brasil pelos aplicadores do

exterior e repasse do valor aos países de origem, para compensar dificuldades econômico-

financeiras naqueles mercados; 4) valorização do dólar que redirecionou parte das aplicações

acionárias para a moeda americana; 5) queda nos juros dos cartões de créditos e

financiamentos conteve a lucratividade e cotação das ações de bancos; 6) posições internas

adotadas pelas empresas; 7) políticas governamentais que desestimularam investimentos

privados. Cabe destacar o redirecionamento da opção dos investidores por outras aplicações,

onde muitos optam pelo mercado imobiliário.

Estes fatos estão na sequência da não superação da crise em alguns países da Europa e

do Euro onde as bolsas tiveram desempenho restrito, impedindo identificar tendências positivas

a médio prazo, diante das mudanças conjunturais nesses países. O PIB dos EUA em 2012 e

2013 cresceu, mas não igualou os indicadores pré-crise de 2008; nesse momento, a

recuperação nos EUA já é perceptível, induzindo a retorno de aplicações no mercado americano

e valorização do US$-dólar. O governo da China programou reduzir o crescimento do PIB.

Nesse momento, alguns países desenvolvidos apontam melhorias nas suas economias.

Empresas estatais brasileiras não tiveram bom desempenho no ano, puxando a média

para baixo: é o caso da Petrobrás e de empresas de eletricidade na sequência da queda no

preço da energia. As ações da Petrobrás caíram de cotação pelo reajuste abaixo do preço da

importação de petróleo feito pela estatal e também pela ausência de uma política de reajuste

na empresa, o que só elevará seu déficit. As ações das empresas de Eike Batista, tiveram

violenta queda de cotação, segurando o Índice Bovespa, influenciando negativamente o

mercado. Também os fatos políticos e manifestações de rua em junho/julho, afetaram o índice.

Fonte: www.bovespa.com.br – (Mercado – Ações – Índices – Índice Bovespa – Estatísticas Históricas – Evolução diária) (Consulta em 29/01/2014)

(1) Cálculo anual com base na média de cada mês. (2) Cálculo mensal realizado através da média diária do fechamento do pregão no mês.

TABELA 17 – BOLSA DE VALORES DE SÃO PAULO

Período

Índice

Bovespa

(Pontos) (1) (2)

Variação

Percentual

(%)

2007 53.213 39,74

2008 55.329 3,98

2009 52.748 -4,66

2010 67.275 27,54

2011 61.348 -8,77

2012 59.606 -2,84

Out 58.591 -2,42

Nov 57.223 -2,34

Dez 59.582 4,12

2013 --- ---

Jan 61.534 3,27

Fev 57.878 -5,94

Mar 56.798 -1,87

Abr 54.759 -3,59

Mai 55.457 1,27

Jun 49.605 -10,55

Jul 47.161 -4,93

Ago 50.062 6,15

Set 53.635 7,14

Out 54.172 1,00

Nov 52.816 -2,50

Dez 50.792 -3,83

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7. RISCO PAÍS O risco-país é um indicador que mostra o grau de confiança (ou falta de confiança) dos

investidores mundiais em relação à capacidade de pagamento das dívidas de um país. Quanto

menor a possibilidade que tiver um país honrar suas dívidas ou quanto menor o grau de

segurança proporcionado aos investidores, maior será o risco-país (e, de forma diretamente

proporcional, maior a possibilidade de não honrar débitos com credores). Quanto maior a

possibilidade de não honrar compromissos, o país terá que pagar juros mais altos para os

investidores que se dispuserem a adquirir seus títulos.

Quanto maior o índice de risco-país, maior a instabilidade econômica de países

emergentes. O maior índice de risco-país do Brasil foi 2.436 pontos em setembro de 2002,

próximo das eleições presidenciais; o menor foi 136 pontos em janeiro de 2013. É um indicador

de características mais conjunturais que estruturais, muito vinculado às circunstâncias ou

variáveis vigentes no momento de sua medição.

No 1.º dia útil de janeiro de 2014, o risco-país do Brasil foi 230 pontos, muito acima do

verificado em janeiro/2013, quando atingiu 136 pontos, o que indica alterações significativas

entre os dois períodos. É um valor que reflete algumas fragilidades no ambiente político e as

inconsistências das decisões do Executivo. A credibilidade da economia brasileira junto ao resto

do mundo é afetada considerando, principalmente a guinada de limitações da economia (juros

em alta, dólar em elevação e queda na balança comercial.

Apesar da não superação na totalidade da crise econômica externa nos países

desenvolvidos, a qual poderia repercutir de forma mais intensa sobre o Brasil, começa a

preocupar nesse momento as questões internas que serviram de base para as manifestações

das ruas no mês de junho/2013, considerando a proximidade da Copa do Mundo e 2014 ser

um ano eleitoral.

Fonte: www.ipeadata.gov.br (Consulta em 29/01/2014)

(*) Os valores mensais referem-se ao primeiro dia útil do mês.

TABELA 18 – RISCO PAÍS

Período

Risco País (*)

(pontos)

Variação

(%)

2009 306 8,89

2010 204 -33,33

2011 193 -10,29

2012 --- ---

Ago 175 -17,84

Set 180 2,86

Out 162 -10,00

Nov 152 -6,17

Dez 155 1,97

2013 --- ---

Jan 136 -12,26

Fev 151 11,03

Mar 182 20,53

Abr 191 4,95

Mai 170 -10,99

Jun 207 21,76

Jul 232 12,08

Ago 233 0,44

Set 248 6,44

Out 234 -5,65

Nov 224 -4,27

Dez 235 4,91

2014 --- ---

Jan 230 -2,13

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8. VARIAÇÃO DO DÓLAR

O dólar atingiu quase R$ 2,40 em janeiro. O Banco Central-BC no decorrer de 2013, mudou

a política de injeção de dólares no mercado, que não estava acompanhando a velocidade de

crescimento da cotação cambial. Em agosto-setembro houve melhora nas expectativas dos

exportadores em termos de ampliação das vendas para o exterior, muito por conta da queda relativa

nos preços internos para os importadores de nossas mercadorias. A valorização do dólar, por outro

lado, ainda não conteve significativamente as importações, que se mantém mesmo com elevação nos

preços dos importados.

A melhora na economia americana é a grande motivação para a valorização do dólar,

estimulado também por outras alterações externas (melhora em outras economias desenvolvidas). A

queda do desempenho esperado das economias de países em desenvolvimento também contribui

para elevar o dólar. A rápida elevação do dólar pegou o mundo de surpresa e despreparado para os

efeitos decorrentes.

A cotação atual do US$, não favorece importações brasileiras; beneficia os exportadores mas

dentro dos limites estabelecidos pelo reduzido padrão de inovações da indústria interna e reduzida

comercialização de produtos de alta e média tecnologia e uma conjuntura na qual os países da Euro

e a Argentina passam por dificuldades que limitam suas importações. O acréscimo das importações

brasileiras de petróleo compromete a balança comercial. O dólar valorizado pressiona preços

internos, devido a presença de 25% aproximadamente de importados na demanda interna.

A subida rápida do dólar no início do 2.º semestre chega a surpreender, temperada com

fatores internos no âmbito político, social e na Bolsa de Valores, e a melhora na economia dos EUA.

Fonte: www.bc.gov.br – (Câmbio e Capitais Internacionais – Taxas de câmbio – Cotações e boletins) (Consulta em 29/01/2014)

(*) Cotações com base no valor de compra do dólar no primeiro dia útil do mês, conforme Banco Central.

TABELA 19 – VARIAÇÃO DO DÓLAR (*)

Período

2010 (R$)

2011 (R$)

2012 (R$)

2013 (R$)

2013 (R$)

Jan 1,7232 1,6502 1,8676 2,0415 2,3969

Fev 1,8765 1,6604 1,7370 1,9838

Mar 1,7992 1,6640 1,7146 1,9843

Abr 1,7693 1,6186 1,8308 2,0180

Mai 1,7307 1,5739 1,9143 2,0089

Jun 1,8247 1,5870 2,0344 2,1349

Jul 1,7998 1,5591 1,9887 2,2292

Ago 1,7481 1,5543 2,0426 2,2908

Set 1,7433 1,6032 2,0329 2,3637

Out 1,6804 1,8804 2,0254 2,2118

Nov 1,7036 1,7499 2,0306 2,2462

Dez 1,7044 1,7922 2,1115 2,3443

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II. A T I V I D A D E E M P R E S A R I A L

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9. COMÉRCIO VAREJISTA NO PARANÁ

9.1. DESEMPENHO EM NOVEMBRO

I. INTRODUÇÃO

O desempenho do varejo do Paraná em novembro esteve abaixo da média do mês na

comparação com outubro, considerando ser este um período do final do ano que, normalmente,

concentra as maiores vendas. Em novembro, as vendas caíram 1,14% em relação ao mês anterior;

a comparação com o mesmo mês de 2012 aponta crescimento de 1,77%; o acumulado no ano

indica vendas maiores em 5,25% sobre 2012. Em novembro, ocorreram 24 dias úteis, abaixo de

outubro, que teve 26.

Os indicadores conjunturais positivos existentes na economia no período foram:

a) continuidade de um contexto econômico de pleno emprego;

b) efeitos colaterais positivos e duradouros do bom desempenho do agronegócio, importante para o

aquecimento da demanda em cidades interioranas;

c) prática de liquidações de outono-inverno nos ramos de vestuário, calçados e tecidos;

d) abertura de novos pontos de venda: farmácias (vinculadas a redes), franquias de alimentação,

supermercados e hipermercados e mais um shopping em Curitiba, gerando efeitos positivos nas

vendas. Os demais shoppings adotaram providencias para enfrentar as nova concorrência.

Ocorreram, no entanto, limitações econômicas no decorrer do ano, que se intensificaram no

2.º semestre, produzindo impactos que restringiram o desempenho do comércio. Cabe destacar :

a) Inflação acima dos percentuais previstos no inicio do ano: em janeiro-novembro de 2013 teve

pequena queda: 4,95% comparado a 5,01%; no acumulado em doze meses, o ocorrido superou

igual período de 2012: 5,77% contra 5,56%;

b) juros SELIC crescentes - atingiu 10%- maior que os 7,25% de novembro de 2012;

c) importações maiores afetaram o saldo da balança comercial numa economia que importa de 20% a

25%. O dólar valorizado não incentivou exportações e contribuiu para não baixar a inflação. A

estrutura produtiva não demonstra condições de contenção das importações, as quais detém

importantes vantagens comparativas;

d) a cesta de exportados aponta concentração de bens de baixo valor agregado, com pequena

participação de produtos de alta e média tecnologia. Esse contexto limita a geração de empregos na

indústria, segmento onde a média de salários é mais alta;

e) a melhora da economia americana no 2.º semestre motivou a saída de aplicações da Bolsa de

Valores - baixando o índice BOVESPA, afetado, dentre outros, pela queda nas ações da Petrobrás e

a derrocada do Grupo Eike Batista;

f) permanecem outras restrições como: crise ainda não totalmente superada em economias

desenvolvidas e países do Euro; dificuldades da Argentina; debilidade do MERCOSUL; custos não

competitivos dos manufaturados nacionais;

g) conta petróleo do Brasil se apresenta muito deficitária;

h) a lentidão da mobilidade urbana nos grandes centros prejudica agilização no deslocamento de

trabalhadores;

i) consumidor brasileiro de renda média está com capacidade de endividamento e poder de compra

comprometidos, impedindo aquisição de bens de maior valor.

_________________________________________________________________________

(*) Os dados analisados tem por origem a Pesquisa Conjuntural do Comércio da FECOMERCIO-PR.

(**) Feriados em novembro: 02: Finados; 15: Proclamação da República, numa sexta-feira, que

incentivou uma “ponte” no sábado.

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2. NÚMEROS

Uma síntese das vendas de Novembro consta a seguir.

Fonte: Pesquisa do Comércio Varejista da Fecomércio-PR

3. DESTAQUES NO PARANÁ EM NOVEMBRO DE 2013:

3.1 Maiores crescimentos percentuais de vendas (faturamento) no Paraná:

Sobre Mês Anterior (%) Sobre mesmo mês de 2012 (%)

Acumulado Do Ano (Jan - Nov) (%)

1. Vestuário 10,52 1. Óticas 18,30 1. Supermercados 14,57

2. Cine- Foto Som 8,94 2. Cine- Foto Som 15,86 2. Óticas 12,59

3. Lojas de Departamentos 2,14 3. Supermercados 12,16 3. Combustíveis 8,96

4. Supermercados 1,99 4. Tecidos 8,72 4. Livrarias e Papelarias 8,01

5. Concessionárias de Veículos 1,37 5. Vestuário 7,62 5. Cine- Foto Som 6,58

3.2 Menores crescimentos percentuais de vendas (faturamento) no Paraná: Sobre Mês Anterior (%) Sobre mesmo mês

de 2012 (%) Acumulado Do Ano (Jan - Nov) (%)

1. Tecidos -7,20 1. Autopeças -5,01 1. Lojas de Departamentos -11,34

2. Combustíveis -5,58 2. Concessionárias de Veículos -4,42 2. Autopeças -3,83

3. Livrarias e Papelarias -5,12 3. Combustíveis -2,06 3. Calçados -2,35

4. Autopeças -4,41 4. Farmácias -1,17 4. Farmácias 1,37

5. Farmácias -3,79 5. Calçados 0,31 5. Concessionárias de Veículos 2,74

3.3 Polos pesquisados e Ramos de maior e menor crescimento em 2013 (acumulado Jan - Nov):

4. ASPECTOS IMPORTANTES DO DESEMPENHO POR RAMO DO VAREJO EM 2013:

4.1 Lojas de departamentos: a queda das vendas pode indicar concorrência aguerrida no segmento,

para o qual há o inconveniente (necessário) de disponibilizar extenso leque opções: vestuário, calçados,

eletrodomésticos, eletroeletrônicos, móveis e decorações. Pode enfrentar estratégias novas dos concorrentes

ou opção do consumidor por novos espaços para compra. É um segmento onde a maioria das lojas é vinculada

a grandes redes, que compram em escala elevada e tem grande poder de barganha.

4.2 Concessionárias de veículos: com o benefício do IPI reduzido até dezembro, teve desempenho

positivo no ano apenas no Oeste (negativo em outros pólos). As concessionárias (mais a industria respectiva)

buscam elevar vendas no último bimestre do ano, mesmo considerando: aumento dos juros, políticas de

contenção da inflação, exigências adicionais dos bancos e comprometimento da renda do consumidor. A

expansão de veículos novos em circulação contribui para dificultar a mobilidade urbana e elevar a importação

de petróleo.

TABELA 20 – VARIAÇÃO DAS VENDAS EM NOVEMBRO DE 2013

Variação das Vendas: Novembro-2013 em relação a

RM de Curitiba

(%)

Londrina

(%)

Maringá

(%)

Oeste

(%)

Foz do Iguaçu

(%)

Ponta Grossa

(%)

PARANÁ

(%)

1. Mês anterior -2,70 -1,70 4,28 8,19 -1,91 1,43 -1,14

2. Mesmo mês ano anterior 0,91 5,82 -3,48 6,12 6,74 6,04 1,77

3. Acumuladas no ano 5,96 0,50 -3,35 13,08 3,35 4,99 5,25

RM de Curitiba

(%)

Londrina (%)

Maringá (%)

Oeste (%)

Foz do Iguaçu (%)

Ponta Grossa (%)

Maior

crescimento

Livrarias e Papelarias

18,35

Vestuário

15,46

Óticas

27,17

Concessionárias de Veículos

29,62

Móveis, Decorações e

Utilidades Domésticas

22,89

Livrarias e Papelarias

20,92

Menor

crescimento

Autopeças

-5,66

Lojas de Departamentos

-18,68

Vestuário

-22,89

Calçados

-6,98

Tecidos

-33,85

Concessionárias de Veículos

-5,90

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9. COMÉRCIO VAREJISTA NO PARANÁ

4.3 Móveis, decorações e utilidades domésticas: crescimento maior no ano em Ponta Grossa e Foz do

Iguaçu. Deverá manter esse padrão de vendas, incentivado por ocupação de imóveis novos, substituição de

mobiliário, emprego elevado e melhoria de renda. A Pesquisa não capta vendas das fábricas para

consumidores.

4.4 Supermercados e hipermercados: muito bom o crescimento no ano, estimulado pela melhoria do

padrão de consumo das classes D e E, ampliação da classe C, e fatores de estímulo à demanda como emprego

alto e melhoria de renda. Está ampliando os pontos de venda, o que afeta desempenho do pequeno comércio.

Vem intensificando a oferta de marcas alternativas e incentiva novos hábitos de consumo a partir dos

lançamentos da industria.

4.5 Combustíveis e lubrificantes: a entrada em circulação de carros novos aumenta vendas desse ramo.

A demanda maior requer elevação da importação de petróleo, ônus adicional da política de estímulo ao

mercado automobilístico no país.

4.6 Materiais de construção: é positivo mas com menor velocidade de crescimento, após bons

desempenhos anteriores. Atende a demanda típica de varejo do pequeno consumidor; grandes construtoras ou

empreiteiras adquirem das fábricas ou atacado. Os juros e inflação crescentes limitam compras do consumidor

adiando gastos no segmento. Tem como incentivos: redução tributária em itens específicos, estimulo de

financiamento e emprego alto. O 13.º salário poderá estimular vendas nesse ramo.

4.7 Farmácias e perfumarias: as redes crescem no Paraná, mercado que se revela atrativo. A

competitividade diversifica padrões de descontos: idosos, cartão de cliente, vínculos empregatícios, etc.

Farmácias avulsas (muitas adquiridas por redes de fora) tem dificuldades em competir e optam pela

vinculação a redes, numa espécie de “franquia”. Cresce a participação dos cosméticos nas vendas.

4.8 Autopeças e acessórios: apresenta queda nas vendas no ano. O dólar valorizado eleva preços de

importados. Vendas crescem mais no Oeste. Concorrem também com “desmanches de carros” e produtos

alternativos com tecnologia menos sofisticada.

4.9 Óticas e Cine-foto-som: mantém bom desempenho, incentivados por inovações e designs. O dólar

valorizado ainda não prejudicou estes ramos, que trabalham com grande percentual de importados, inclusive

relógios. Competem com produtos “piratas”. A participação desses ramos no total das vendas do varejo é

pequena.

4.10 Calçados: comportamento inferior a 2012. Concorre com lojas de departamentos, vestuário,

supermercados, que vendem mesma linha de produtos.Os artigos esportivos estão no mesmo ramo com

opções mais aceitação pelo público jovem. Vendas por internet crescem e podem explicar parte da contenção

no comércio tradicional.

4.11 Vestuário: cresceu comparado a 2012. Liquidações de final de estação e ondas de frio ajudaram a

vender. A possível opção do consumidor em alterar padrões de gastos, pode ter afetado o segmento, que

compete com outros ramos que vendem produtos semelhantes.

4.12 Livrarias e papelarias: vendas sazonalizadas conforme calendário escolar. Bom crescimento no

ano. Além dos produtos tradicionais, vem diversificando oferta: informática, escritório, cd’s, dvd’s, blue-rays e

brinquedos, etc. Cursos novos e ensino a distância- EAD, incentivam vendas. Vendas por e-commerce desse

ramo crescem bastante, mas ainda não são mensuradas.

4.13 Tecidos: cresceu pouco e tem pequena participação no total das vendas do varejo. Suas vendas

são associadas à ocupação de imóveis: residenciais, comerciais e reformas, em paralelo à melhoria de renda.

Vem diversificando as opções de oferta. Concorre, em parte, com “móveis e decorações”. Adota promoções

típicas de mercado competitivo. Os tecidos para vestuário tiveram queda significativa , proporcional aos novos

hábitos da população e carência de mão-de-obra especializada (alfaiates/costureiras).

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5. CONCLUSÃO

A partir dos dados de outubro, constata-se que o varejo paranaense em 2013 apresenta

crescimento acima do esperado (manifestações de rua de junho/julho geraram preocupações), superando

ainda outros setores como, por exemplo, a indústria. Contribuem para o bom desempenho do comércio a

combinação positiva entre padrão de emprego, massa de salários e poder aquisitivo verificado no ano. Os

indicadores conjunturais de 2013 apontam para inflação próxima à de 2012; queda na balança comercial;

valorização do dólar repercutindo sobre importações de uma economia que depende de 20% a 25% de

bens do exterior; insuficiência de investimentos públicos em infra-estrutura e logística no país;

esgotamento e comprometimento do poder de compra; e limitações a novos financiamentos devido o

comprometimento da renda. As importações afetam a produção e emprego interno. Ademais, o PIB de

2013 sinaliza que não atingirá o % de crescimento previsto pelo Governo no começo do ano.

Para 2014, há o receio de que os preços administrados pelo governo poderão crescer mais que no

ano corrente. É o caso de combustíveis, tarifas de transporte urbano e intermunicipal, energia elétrica.

Afora as correções associadas à inflação de 2013 que serão referência para adoção em 2014..

Prevalece atualmente o juízo de que as vagas temporárias no comércio para o Natal, período

tradicional de maior contratação de temporários no ano, serão menores que o verificado em 2012.

Cabe destacar três fatores de incentivo para o comércio neste momento:

1.º) programa da Caixa Econômica Federal de financiamento de bens e utensílios domésticos

aos beneficiários do “minha casa, minha vida” (móveis, linha branca e eletroeletrônicos);

2.º) continuidade do crescimento das vendas por e-commerce, conforme entidades desse

ramo, indicativo de mudança comportamental dos consumidores;

3.º) confluência de vendas na combinação: Natal + 13.º salário + remuneração de temporários.

Fonte: Pesquisa do Comércio Varejista da Fecomércio-Pr

Fonte: Pesquisa do Comércio Varejista da Fecomércio-PR

Fonte: Pesquisa do Comércio Varejista da Fecomércio

TABELA 21 – VENDAS EM NOVEMBRO DE 2013 COMPARADAS AO MÊS ANTERIOR (OUTUBRO DE 2013)

Ramos de Atividade

Mais Representativos do Comércio

RM de

Curitiba

(%)

Londrina

(%)

Maringá

(%)

Oeste

(%)

Foz do

Iguaçu

(%)

Ponta

Grossa

(%)

1. Concessionárias de Veículos -1,24 4,25 -11,77 10,85 -29,03 12,44

2. Móveis, Decorações e Utilidades Domésticas

-2,41 -11,03 22,82 -2,66 8,55 -3,73

3. Autopeças e Acessórios -7,04 4,44 5,99 -6,19 2,93 -2,85

4. Materiais de Construção -3,41 -8,17 4,01 28,80 -0,02 -9,33

5. Lojas de Departamentos 6,75 -0,66 8,73

6. Supermercados 2,12 1,51 2,00 1,79 2,31 -6,04

TABELA 22 – VENDAS EM NOVEMBRO DE 2013 COMPARADAS AO MESMO MÊS DO ANO ANTERIOR (NOVEMBRO DE 2012)

Ramos de Atividade

Mais Representativos do Comércio

RM de

Curitiba

(%)

Londrina

(%)

Maringá

(%)

Oeste

(%)

Foz do

Iguaçu

(%)

Ponta

Grossa

(%)

1. Concessionárias de Veículos -10,53 -1,83 -4,08 14,52 -13,73 9,40

2. Móveis, Decorações e Utilidades Domésticas

1,73 -6,98 6,01 2,16 30,89 4,24

3. Autopeças e Acessórios -10,02 13,07 6,11 4,74 -8,50 -18,05

4. Materiais de Construção 2,96 6,50 -10,17 -0,88 24,35 8,88

5. Lojas de Departamentos -3,39 4,96 0,06

6. Supermercados 14,02 4,33 -4,05 8,10 4,74 -4,82

TABELA 23 – VENDAS ACUMULADAS NO ANO DE 2013 (Jan- Nov) COMPARADAS A (Jan- Nov) DE 2012

Ramos de Atividade

Mais Representativos do Comércio

RM de

Curitiba

(%)

Londrina

(%)

Maringá

(%)

Oeste

(%)

Foz do

Iguaçu

(%)

Ponta

Grossa

(%)

1. Concessionárias de Veículos -2,39 -7,28 -0,69 29,62 -0,16 -5,90

2. Móveis, Decorações e Utilidades Domésticas

4,20 2,96 5,51 5,93 22,89 16,00

3. Autopeças e Acessórios -5,66 -6,87 -0,67 10,74 -10,32 -3,70

4. Materiais de Construção 5,50 4,59 -9,57 -2,53 8,69 6,42

5. Lojas de Departamentos -0,97 -18,68 -4,61

6. Supermercados 17,17 0,97 0,20 6,87 1,62 3,06

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9. COMÉRCIO VAREJISTA NO PARANÁ

Fonte: Pesquisa Conjuntural do Comercio da Fecomércio-PR

(Consulta em 29/01/2014)

TABELA 24 – VENDAS NOS PÓLOS DE COMÉRCIO PESQUISADOS PELA FECOMÉRCIO-PR (Variação em Relação ao Mês Anterior)

Período

RM de

Curitiba

(%)

Londrina

(%)

Maringá

(%)

Oeste

(%)

Foz do

Iguaçu

(%)

Ponta

Grossa

(%)

PARANÁ

(%)

2012 --- --- --- --- --- --- ---

Jun -0,59 -4,12 0,15 0,85 -4,81 -6,49 -1,04

Jul 7,74 8,75 1,23 4,60 4,94 6,63 7,23

Ago 3,3 5,16 2,65 1,34 3,42 16,1 3,49

Set -3,00 -13,45 1,28 -3,33 -10,77 -8,53 -4,27

Out 3,63 10,01 8,89 12,91 8,76 4,73 5,29

Nov -0,27 10,63 0,48 -2,93 3,13 4,40 1,17

Dez 11,94 13,66 18,56 14,67 11,74 6,38 12,62

2013 --- --- --- --- --- --- ---

Jan -18,75 -16,16 -15,72 -11,34 -13,82 -10,76 -17,59

Fev -9,75 -3,15 0,55 -4,29 -2,04 -7,05 -7,71

Mar 13,02 6,26 3,73 7,52 12,59 17,03 10,92

Abr -6,74 1,26 4,65 -0,48 -2,28 -6,15 -2,68

Mai 7,14 0,26 -8,81 -2,05 0,69 2,34 4,16

Jun -4,66 -4,10 0,76 -2,60 -7,49 -3,25 -4,33

Jul 3,78 8,47 2,46 0,95 5,87 -4,67 4,12

Ago 3,95 1,29 0,23 3,06 2,41 4,50 3,23

Set -5,44 -6,24 -3,56 -2,85 1,93 -6,71 -5,16

Out 5,37 5,86 3,00 3,35 6,70 6,04 5,21

Nov -2,70 -1,70 4,28 8,19 -1,91 1,43 -1,14

(Variação Acumulada no Ano)

Jan – Dez/12 Sobre

Jan – Dez/11 4,56 9,41 7,91 11,49 7,68 5,67 5,80

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10. ABERTURA DE EMPRESAS NO PARANÁ

Em 2013 o número de empresas abertas atingiu 52.436, o que sinaliza que as novas

empresas surgidas em 2013 superaram a performance de 2012. Motivado por fatores de

estímulo ao empreendedorismo e incentivos e facilidades para as franquias, a abertura de

empresas no Paraná foi significativa. No biênio 2012-2013, muitas empresas surgiram na

sequencia da valorização e importância do empreendedorismo, e o acesso às informações sobre

o tema. Por trás disso, como pano de fundo, há um mercado potencial crescente, especial

mente no ramo de alimentos e franquias.

Em dezembro/2012 e dezembro/2013, o número de empresas abertas foi o menor em

cada ano. É uma característica do período, fase em que as programações dos empresários

visam mais o ano novo. No final do ano, surgem indicativos das intenções do governo para o

ano seguinte e possíveis alterações nas políticas econômicas. A média de empresas abertas no

biênio 2012-2013 indica valor abaixo de 2008-2011. Predominam as micros e pequenas.

O 2.º semestre/2012 teve desempenho pífio; a ascensão esperada em 2013 está se

confirmando até agosto. Considerando que a economia paranaense tem números melhores que

os nacionais, há condições de manutenção do crescimento no próximo quadrimestre. As

inquietações iniciais sobre efeitos das manifestações de rua de junho-julho no restante do ano

não se confirmaram, mesmo com uma insuficiente bateria de providencias do governo federal.

Os fatores de estímulo a novas empresas atualmente no comércio, enfrentam

mecanismos restritivos para conter inflação: juros maiores; valorização do dólar; elevação do

IPI sobre linha branca a partir de outubro. Por outro lado, permanecem em vigência alguns

instrumentos de aquecimento: redução no IPI para automóveis; linhas de financiamento novas;

redução do spread; obras públicas do PAC e Copa 2014; expectativa de bom desempenho

futuro e o dinamismo próprio de comércio e serviços. É importante a elevação do emprego e da

massa salarial, associado a um PIB em 2013 melhor que 2012. A ascensão da renda das

classes D e E estimula a demanda, que se reflete no varejo.

Fonte: www.jucepar.pr.gov.br – (Relatório estatístico – Novas empresas) (Consulta em 29/01/2014)

(1) Empresário corresponde a antiga firma individual (sem sócios) (2) Empresa Individual de Responsabilidade Limitada (3) Sociedade Empresária relaciona-se a um grupo empresarial.

TABELA 25 – ABERTURA DE EMPRESAS NO PARANÁ (Conforme Natureza Jurídica)

Período Empresário (1) EIRELI (2) Soc. Empresária (3) S/A Cooperativa Outros TOTAL

2006 16.569 0 26.459 840 148 42 44.058

2007 17.888 0 29.033 610 150 35 47.716

2008 18.904 0 33.002 956 170 55 53.087

2009 21.672 0 33.327 776 202 46 56.023

2010 20.843 0 32.988 752 280 91 54.954

2011 21.927 0 33.074 1.049 195 80 56.325

2012 19.348 2.392 28.774 901 186 142 51.743

Set 1.474 240 2.134 96 14 5 3.963

Out 1.654 221 2.499 55 7 7 4.443

Nov 1.397 215 2.133 79 14 7 3.845

Dez 1.060 190 1.795 42 19 8 3.114

2013 19.109 3.864 28.431 758 186 79 52.436

Jan 1.599 258 2.159 95 5 13 4.129

Fev 1.596 256 2.063 84 12 9 4.020

Mar 1.758 291 2.456 42 9 4 4.560

Abr 1.917 339 2.800 65 16 10 5.147

Mai 1.698 311 2.576 56 21 4 4.666

Jun 1.673 323 2.527 60 12 7 4.602

Jul 1.807 381 2.629 52 18 8 4.895

Ago 1.814 362 2.608 63 31 6 4.884

Set 1.580 362 2.444 82 14 5 4.485

Out 1.613 393 2.528 44 7 11 4.609

Nov 1.135 319 2.118 59 14 1 3.656

Dez 919 269 1.523 56 19 1 2.783

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29 Federação do Comércio do Paraná

11. FALÊNCIAS DECRETADAS NO BRASIL

O índice de falências no Brasil em dezembro foi 49, é o menor do 2.º semestre. No ano,

esses índices foram afetados pela maior inadimplência a partir de abril. Como é um índice

nacional, ele reflete as heterogeneidades regionais ou setoriais que influenciam o desempenho

de empresas. Representa indicativo importante sobre o sucesso ou não das políticas

econômicas, a conveniência de mudanças e adequação às diversidades do espaço

geoeconômico brasileiro. As políticas econômicas recentes de incentivo ao consumo, resultaram

em maior endividamento, e esgotamento do poder de compra e capacidade de pagamento. A

destacar a elevação do emprego e massa de salários, o desempenho positivo da renda,

ascensão das classes D e E, além da expansão da classe C.

As falências e concordatas verificadas entre março e novembro de 2012 podem ser

atribuídas à maior inadimplência dos consumidores, queda na demanda externa que afetou

exportações e dificuldades em reduzir custos (existe o “custo Brasil”) e melhorar

competitividade. Alguns ramos produtivos adicionam aos preços finais a valorização do dólar.

O ano de 2013 começou com bons indicadores da agricultura: safra recorde, que se

refletiu sobre o comercio. No entanto, a inflação crescente está restringindo a demanda. Como

o consumo privado é um grande aquecedor do comércio, este poderá ter o desempenho

afetado pelo componente inflacionário. Também valem lembrar que as primeiras previsões a

respeito do crescimento do PIB que atingiam até 3,5% no início do ano estão, atualmente,

menores: caíram para números próximos a 2,0%.

Um fator sazonal a ser mencionado é a queda de falências em novembro-dezembro,

pelas características do aquecimento das vendas no período e a utilização do 13.º salário pelo

consumidor para regularizar dívidas e compromissos financeiros com os credores.

Fonte: www.serasa.com.br – (Empresas – Índices econômicos – Falências) (Consulta em 29/01/2014)

1.

TABELA 26 – FALÊNCIAS NO BRASIL

Período Índice

2009 76

2010 61

2011 53

2012 57

Ago 80

Set 54

Out 76

Nov 57

Dez 39

2013 ---

Jan 47

Fev 53

Mar 54

Abr 70

Mai 62

Jun 50

Jul 69

Ago 90

Set 66

Out 74

Nov 62

Dez 49

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30 Federação do Comércio do Paraná

12. CRÉDITO: DEMANDA E INADIMPLÊNCIA

12.1. Demanda de Crédito

A demanda de crédito pelo consumidor caiu em dezembro: 112,2. É uma queda que reflete a

redução de dias úteis no mês: 25, os cuidados maiores do consumidor em efetuar seus gastos e

controlar suas despesas e também, em parte, uma combinação de antecipação de gastos para

novembro e, por outro lado, a opção de parte dos consumidores em adiar compras para depois do Natal,

para aproveitar as liquidações. A demanda de crédito foi maior nas regiões Norte e Nordeste e menor

no Centro-Oeste. A adoção de corte no crédito exerceria efeito restritivo maior nas economias das

regiões Nordeste e Norte. O financiamento de veículos tem grande participação na demanda de crédito

desde 2012, mas está em queda atualmente pelas exigências adicionais do sistema financeiro. As

políticas de aquecimento da demanda e incentivo às compras, estimularam o consumidor a assumir

novos créditos, mesmo comprometendo a quitação de débitos antigos, situações em que ultrapassaram

os limites de segurança de endividamento em relação à renda. A ascensão das classes D e E mais a

ampliação da classe C, permitiram a mais consumidores assumirem financiamentos, que podem ser

associados à confiança na manutenção do emprego, poder aquisitivo e capacidade de pagamento. Os

consumidores sinalizam menor capacidade de endividamento, o que pode resultar em queda nas

vendas a prazo ou necessidade de políticas econômicas alternativas do governo.

TABELA 27 – INDICADOR SERASA EXPERIAN DE DEMANDA DO CONSUMIDOR POR CRÉDITO (MÉDIA DE 2008 = 100)

Região Renda Pessoal Mensal

Ano:

2012/2013 CO N NE S SE

até R$

500

R$ 500 a

R$ 1.000

R$ 1.000

a R$

2.000

R$ 2.000

a R$

5.000

R$ 5.000 a

R$ 10.000

mais de

R$ 10.000 Total

Dez/12 119,4 138,7 140,4 106,2 120,8 176,2 123,5 111,2 116,3 125,5 125,7 121,9 Jan/13 124,6 137,2 138,5 113,5 123,1 177,0 125,4 114,3 120,1 130,2 130,5 124,6 Fev/13 109,9 118,1 119,1 99,6 107,0 153,3 108,7 99,5 105,0 114,6 115,3 108,3 Mar/13 122,7 132,9 134,5 111,1 118,3 172,4 121,4 110,4 116,2 126,0 127,0 120,6 Abr/13 126,7 143,8 153,0 116,6 121,3 184,2 127,5 116,2 122,1 132,6 133,3 127,0 Mai/13 119,7 136,1 139,2 112,3 117,1 173,2 121,1 111,0 116,7 127,0 128,0 120,9 Jun/13 119,0 145,2 142,5 120,5 123,2 182,3 127,6 115,8 120,7 130,3 131,0 126,5 Jul/13 121,2 161,1 166,8 138,6 128,4 206,6 141,5 124,0 126,0 131,9 132,6 137,4 Ago/13 116,8 146,7 151,0 130,8 123,6 189,7 132,4 118,3 121,7 128,9 130,2 129,9 Set/13 113,8 125,9 129,1 110,7 115,7 169,9 118,1 107,0 112,3 122,1 123,7 117,2 Out/13 108,8 146,6 147,8 122,7 119,0 190,5 129,7 111,6 112,9 118,2 120,8 124,8 Nov/13 101,8 128,8 136,8 117,0 108,3 173,5 118,3 103,5 105,3 110,6 111,6 114,9 Dez/13 100,2 120,4 136,4 104,1 108,8 174,0 114,7 100,8 102,6 108,1 109,0 112,2 Fonte: www.serasa.com.br – (Índices Econômicos – Demanda do Consumidor por Crédito) (Consulta em 29/01/2014)

12.2. Inadimplência

Inadimplente é o comprador que atrasa seu pagamento em mais de 90 dias. O índice de

dezembro: 144, superou valores de agosto a novembro. O índice médio acima de 150 pontos/mês

prevaleceu desde maio de 2012 até junho/2013, em grande parte influenciado pelo crédito concedido

em veículos, produto cujo uso impõe um rol extenso de custos adicionais paralelos, mais a linha branca

e móveis. O índice mostra que a expansão das dívidas pelo consumidor no 1.º semestre, no uso intenso

dos financiamentos, não foi bem planejado; fatos novos impediram ou adiaram a regularização. A

elevada média de janeiro a junho de 2013 mostra o consumidor com uma teia de financiamentos e

capacidade de pagamento comprometida, muito associada a imprevisões. Os índices de julho a

dezembro indicam uma inversão de tendência e queda na inadimplência. Importante neste contexto é a

possibilidade de renegociação das dívidas com queda seletiva e direcionada de juros bancários. Todavia,

o comprometimento da renda e do poder aquisitivo do consumidor inibiram um melhor desempenho nas

vendas do comércio.

Fonte: www.serasa.com.br – (Índices Econômicos – Inadimplência do Consumidor) (Consulta em 29/01/2014)

(1) Fluxo mensal de anotações de dívidas em atraso junto às financeiras, cartões de crédito e empresas não financeiras. (2) Fluxo mensal de anotações de dívidas em atraso junto aos bancos. (3) Fluxo mensal de cheques devolvidos por insuficiência de fundos (2ª. devolução).

TABELA 28 – INDICADOR SERASA EXPERIAN DE INADIMPLÊNCIA – PESSOA FÍSICA – SEM AJUSTE SAZONAL

(MÉDIA DE 2009 = 100) Ano:

2012/2013 PEFIN (1) REFIN (2) Protestos CCF (3) Geral

Dez/12 259,1 129,6 77,3 61,8 153,9 Jan/13 257,8 125,4 88,7 61,7 151,5 Fev/13 254,7 121,9 68,2 51,8 146,4 Mar/13 261,2 122,1 80,3 65,5 151,7 Abr/13 260,0 130,3 94,6 64,1 156,0 Mai/13 250,6 135,7 88,6 63,5 156,1 Jun/13 231,7 137,9 89,3 52,9 149,9 Jul/13 211,5 134,8 96,8 61,5 144,6 Ago/13 202,1 127,6 98,9 53,2 136,7 Set/13 196,8 123,9 79,1 53,2 132,9 Out/13 206,8 125,0 92,4 58,8 137,8 Nov/13 216,2 126,1 94,7 53,8 140,1 Dez/13 231,1 124,6 89,0 56,0 144,0

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13. NÍVEL DE UTILIZAÇÃO DA CAPACIDADE PRODUTIVA INSTALADA-NUCI NA INDÚSTRIA

O NUCI do último trimestre do ano aponta para a sazonalidade do período: o bimestre

outubro/novembro teve aumento na utilização da capacidade produtiva e queda na ociosidade; em

dezembro, ocorreu menor NUCI em relação aos dois meses anteriores e aumento da ociosidade. Ou

seja para atender o acréscimo na demanda do mês de dezembro a indústria eleva produção em

outubro-novembro e diminui em dezembro. O NUCI é um indicador importante de desempenho da

indústria, pois associado ao aumento do NUCI estão crescimentos potenciais de emprego, salários,

PIB, exportações, e outros. A redução da ociosidade da capacidade instalada representa uma

associação de expansão da demanda, aumento do poder de compra e maior receita tributária para o

setor público, a ser revertida na forma de bens e serviços públicos adicionais.

O 1.º bimestre do ano apresenta, sazonalmente, valores menores do NUCI, indicativo de que

no período, a atividade industrial está em fase de programação para o novo período e, em muitos

casos, convivendo com estoques anteriores. Destaque-se que a ociosidade média de jan.-julho de

2013 é menor que a do mesmo período de 2012 e que a ociosidade média de jan-julho de 2013 é

maior que a do 2.º semestre/2012, indicativo de que, tradicionalmente, no 2.º semestre a produção

da indústria cresce em relação ao 1.º e, portanto, para igual período, a ociosidade é menor.

Fonte: www.ipeadata.gov.br – (Macroeconômico – Temas – Produção) (Consulta 29/01/2014)

(*) Cálculo anual com base na média mensal do período

TABELA 29 – NUCI NO SETOR INDUSTRIAL BRASILEIRO (*)

Período NUCI (%) Ociosidade (%)

2007 85,1 14,9

2008 85,2 14,8

2009 80,2 19,8

2010 84,7 15,3

2011 84,0 16,0

2012 83,9 16,1

Set 84,9 15,1

Out 85,4 14,6

Nov 85,2 14,8

Dez 84,8 15,2

2013 --- ---

Jan 82,8 17,2

Fev 83,3 16,7

Mar 83,3 16,7

Abr 83,8 16,2

Mai 84,3 15,7

Jun 84,2 15,8

Jul 83,0 17,0

Ago 84,6 15,4

Set 85,0 15,0

Out 85,3 14,7

Nov 85,5 14,5

Dez 84,9 15,1

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III. S E T O R P Ú B L I C O

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14. ARRECADAÇÃO DO GOVERNO

A arrecadação federal em 2013 superou a receita de 2012, um crescimento obtido

mesmo com as isenções ou reduções de alíquotas de tributos federais. Fatos sazonais

importantes ocorrem na receita do governo: no último trimestre do ano há expansão na

arrecadação, associada ao aquecimento de vendas do período; janeiro, tradicionalmente, é o

mês de maior arrecadação federal, pois está associada ao desempenho de dezembro- mês de

maiores vendas do ano- com recolhimento em janeiro; fevereiro e março são os meses de

menores arrecadações. A receita federal em 2012 cresceu em relação a 2011. Em parte, isto

reflete as políticas de aquecimento adotadas pelo governo visando melhorar a economia,

mesmo que em algumas atividades ou produtos tenha havido queda da alíquota tributária. A

arrecadação de 2013 irá superar 2012. A crise econômica externa conteve crescimento da

indústria de transformação e das exportações.

A arrecadação sobre pessoas físicas e jurídicas se dá nos três níveis: Federal, Estadual e

Municipal e na forma de: a) impostos; b) taxas; c) contribuições; d) transferências; e) aluguéis;

f) previdência social (1); g) outras receitas: multas, vendas de imóveis públicos, etc. É utilizada

para financiamento de programas e políticas governamentais, custeio da máquina pública e,

também, pagamento da divida pública.

As políticas de aquecimento em 2012 não ajudaram o PIB (cresceu só 1,0%) e não

compensaram as quedas específicas na arrecadação, em função da escala de demanda e

também pela tributação adicional (após maio) de industrializados nacionais ou importados:

motos, micro-ondas e ar condicionado (de 20% para 35%), que restringiam o desempenho da

Zona Franca de Manaus, e novas alíquotas sobre bebidas frias: cerveja, refrigerante e águas.

Fonte:www.receita.fazenda.gov.br (Consulta em 29/01/2014)

Fonte: www.receita.fazenda.gov.br – (Carga Tributária no Brasil 2011) (Consulta em 29/01/2014)

(1) Contribuições à Previdência Social – CPS: É grande fonte de receita do Governo, raramente usada para financiar programas. Motivo: é considerada como contribuição para posterior devolução. É uma arrecadação do governo, com finalidade de custear aposentadorias dos que pagaram pela Previdência. Constitui, portanto, uma receita previamente comprometida. Em condições normais, a possibilidade de utilização da receita previdenciária para custear despesas diferentes da Previdência é, praticamente, zero. Em condições excepcionais, no entanto, o governo pode recorrer à receita da Previdência para custear despesas urgentes ou casos de calamidade pública, com a posterior reposição, para não prejudicar o cidadão beneficiário da previdência social.

(2) A arrecadação refere-se à Receita Administrada pela RFB (impostos e contribuições) mais as Demais Receitas (taxas e contribuições controladas por outros órgãos).

TABELA 30 – EVOLUÇÃO DA ARRECADAÇÃO DO GOVERNO FEDERAL (2) (Em R$ Milhões)

Período Valor a Preços

Correntes

Valor a Preços de

Dez/2013 (IPCA)

Varia ção %

2009 716.802 908.221 26,70

2010 826.519 1.011.628 22,40

2011 969.892 1.113.828 14,84

2012 1.029.260 1.121.674 8,98

Ago 77.074 83.731 8,64

Set 78.215 84.489 8,02

Out 90.516 97.203 7,39

Nov 83.707 89.355 6,75

Dez 103.246 109.348 5,91

2013 1.138.326 1.167.478 2,56

Jan 116.066 121.878 5,01

Fev 76.052 79.385 4,38

Mar 79.613 82.712 3,89

Abr 98.713 101.995 3,32

Mai 87.858 90.445 2,94

Jun 85.683 87.976 2,68

Jul 94.293 96.788 2,65

Ago 83.956 85.972 2,40

Set 84.212 85.933 2,04

Out 100.999 102.478 1,46

Nov 112.517 113.552 0,92

Dez 118.364 118.364 0,00

TABELA 30.1 – ARRECADAÇÃO FEDERAL

SEGMENTADA POR TIPO DE TRIBUTO

(a preços de Dez/13 – IPCA)

Jan-Dez(R$ milhões)

Imposto sobre importação 38.142

IPI Total 48.315

IR Total 300.513

IR Pessoa Física 27.146

IR Pessoa Jurídica 129.628

IR Retido na Fonte 143.739

IOF 30.175

COFINS 206.470

PIS / PASEP 53.210

CSLL 67.537

Cide – Combustíveis 35

Contribuição para FUNDAF 560

Outras Receitas 17.076

Receita Previdenciária 340.174

Receita Administrada por Outros Órgãos

39.217

TOTAL DAS RECEITAS 1.167.478

TABELA 31 – PARTICIPAÇÃO DA CARGA TRIBUTÁRIA NO PIB – 2010 e 2011 (Em R$ Bilhões)

Componentes 2010 2011

Produto Interno Bruto 3.674,96 4.140,00

Arrecadação Tributária Bruta 1.233,49 1.463,00

Carga Tributária Bruta 33,56% 35,31%

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15. Dívida Pública Federal Interna

Em dezembro, a dívida pública federal atingiu R$ 2.122,81 bilhões, valor que indica um

crescimento contínuo e gradativo da dívida pública interna em relação aos meses anteriores.

A maior parte da dívida é para pagamento a médio e longo prazo; não é dívida de curto

prazo. Além disso, o governo e os credores podem fazer renegociações em relação ao débito,

com mudanças nas taxas de juros, redefinir prazos adicionais ou outras formas. Considerando

que a dívida pública remunera com juros aos diferentes credores, quando o governo via Banco

Central, aumenta a taxa SELIC, a dívida cresce de forma a refletir esse acréscimo; por outro

lado, quando a SELIC cai, verifica-se pela queda nos juros uma menor expansão da divida

pública. No triênio 2010-2012, a dívida cresceu mais que no período 2007-2009.

Fonte:www.tesouro.fazenda.gov.br (Consulta em 29/01/2014)

(1) Valores correspondentes ao saldo acumulado no ano

TABELA 32 – DÍVIDA PÚBLICA FEDERAL INTERNA

Período

Dívida Pública

(R$ Bilhões) (1)

Variação

(%)

2007 1.333,75 4,77

2008 1.397,34 4,77

2009 1.497,39 7,16

2010 1.694,04 13,13

2011 1.866,35 10,17

2012 2.007,98 7,59

Out 1.943,84 2,04

Nov 1.965,22 1,10

Dez 2.007,98 2,18

2013 -- --

Jan 1.925,81 -4,09

Fev 1.951,58 25,77

Mar 1.940,53 0,76

Abr 1.940,31 -0,58

Mai 1.935,20 -0,27

Jun 1.985,58 2,33

Jul 1.957,00 1,13

Ago 1.991,67 0,31

Set 1.988,86 1,63

Out 2.022,52 1,55

Nov 2.069,44 4,05

Dez 2.122,81 4,96

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16. O SUPERÁVIT PRIMÁRIO O superávit primário nas contas públicas corresponde a existência, no mesmo exercício

fiscal, de receitas superiores às despesas, sem considerar dispêndios com juros. Significa,

portanto, uma poupança do governo para, principalmente, pagar juros de sua dívida. O

desempenho do superávit é uma referência utilizada por investidores estrangeiros para medir a

capacidade do país pagar de forma contínua e regular suas dívidas. O aumento do superávit

poderá depender, de forma diretamente proporcional, ou do tamanho do corte nos gastos

públicos ou do aumento na arrecadação superior à despesa. Um aumento na arrecadação

(mantidas inalteradas as alíquotas tributárias e sem a vigência de novos tributos) reflete

diretamente melhoria no desempenho da economia.

A queda no superávit primário indica: a) menor arrecadação - seja por uma queda no

desempenho da economia ou redução nas alíquotas tributárias, ou ainda pela concessão de

incentivos fiscais ou subsídios por prazos determinados; b) maiores gastos públicos .

Analisado sob outra perspectiva, o superávit fiscal poderá ser visto como possível

carência ou defasagem em áreas importantes sob responsabilidade do governo: investimentos,

salários, atendimento social ou outras. Ou seja, o superávit obtido pode ser uma decorrência da

contenção (ou adiamento) de gastos públicos.

Os dados de 2012 indicam queda no superávit primário do governo federal, em parte

influenciado pelas reduções tributárias destinadas ao reaquecimento, pelo menor desempenho

da indústria e aceleração de gastos em obras de programas públicos federais.

Em 2013 o superávit foi mantido, mas com valores abaixo do verificado em 2012.

Fonte: www.tesouro.fazenda.gov.br (Consulta em 29/01/2014)

(1) Resultado do Governo Central origina-se do Resultado do Governo Federal mais Resultado do Banco Central.

(2) Valores anuais referentes a soma acumulada no ano.

TABELA 33 – DESEMPENHO DO SUPERÁVIT PRIMÁRIO

- GOVERNO FEDERAL E BANCO CENTRAL (Em R$ Milhões)

Período

Resultado do

Governo (1)

Variação

Percentual

(%)

2005 52.673,2 6,75

2006 48.748,2 -7,45

2007 57.650,4 18,26

2008 71.438,4 23,92

2009 39.436,4 -44,80

2010 78.772,9 99,75

2011 93.524,6 18,73

2012 88.743,9 -4,91

Jul 3.993,60 258,56

Ago 1.599,80 -59,94

Set 1.288,30 -19,47

Out 9.914,60 669,59

Nov -4.292,70 -143,30

Dez 28.324,00 759,82

2013 77.072,02 27,56

Jan 26.287,66 -7,19

Fev -6.618,34 -125,18

Mar 291,41 -104,40

Abr 7.336,74 2417,66

Mai 5.974,02 -18,57

Jun 1.284,29 -78,50

Jul 3.760,80 192,83

Ago 99,51 -97,35

Set - 10.419,96 -10570,76

Out 5.573,18 53,49

Nov 28.970,17 519,81

Dez 14.532,54 -50,16

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17. O ICMS NO PARANÁ

O Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços é a principal fonte de

arrecadação dos governos estaduais. Existe uma “guerra” fiscal entre os estados da Federação,

onde cada um estabelece alíquotas de ICMS diferenciadas em relação aos demais com o

objetivo de atrair empresas ou obter outras formas de benefícios. O Conselho Nacional de

Política Fazendária-CONFAZ é encarregado de decisões relativas ao ICMS sendo, no entanto,

necessário à unanimidade para a aprovação. Isto não ocorrendo, continua a prevalecer as

diferenças de alíquotas entre os Estados.

Foi aprovado um projeto de lei pelo Legislativo federal, atribuindo ao governo federal, a

partir de 2013, a definição de alíquotas tributárias do ICMS e a regulamentação da cobrança do

ICMS. No entanto, a questão permanece ainda no formato de projeto.

Fonte: www.fazenda.pr.gov.br – (Gestão do Dinheiro Público – Balanço Geral) (Consulta em 29/01/2014)

TABELA 34 – PARANÁ: ARRECADAÇÃO DO ICMS POR SETOR DE ATIVIDADE (Em R$ milhares)

Ordem Setor de Atividade 2011 2012 Variação

Percentual (%)

1 Indústria 3.452.528,97 3.953.389,88 14,51

2 Comércio 3.243.952,84 3.773.065,91 16,31

3 Energia Elétrica 1.727.155,94 1.805.954,34 4,56

4 Comunicação 1.369.013,39 1.429.904,06 4,45

5 Produtos Primários 888.629,76 986.546,87 11,02

6 Transportes 225.368,92 245.062,68 8,74

7 Outros 644.195,27 866.842,61 34,56

8 Estorno a Crédito do ICMS 86,44 9,39 -89,13

9 Estorno a Débito do ICMS 12.778,76 14.960,32 17,07

--- Total 11.538.152,77 13.045.815,43 13,07

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18. DÍVIDA DE MUNICÍPIOS DO PARANÁ

A dívida a seguir mencionada se refere a “Dívida Contratual Interna Junto ao Tesouro

Nacional e ao Sistema Financeiro Nacional – Paraná” dos municípios onde estão localizados

Sindicatos do comércio filiados à Fecomércio-PR, conforme publicado pelo Banco Central.

Fonte: www.bc.gov.br – (Economia e Finanças – Dívida Pública – Endividamento de Estados e Municípios) (Consulta em 29/01/2014)

(1) Cálculo composto pelo Tesouro Nacional, Instituições Financeiras Públicas, Instituições Financeiras Privadas. Não inclui informações para a dívida

externa, mobiliária e junto ao INSS, FGTS ou outras instituições não financeiras que não o Tesouro Nacional.

(2) Refere-se ao somatório de todos os municípios listados na tabela acima.

TABELA 35 – PARANÁ: DÍVIDA DE MUNICÍPIOS QUE SEDIAM SINDICATOS FILIADOS À FECOMÉRCIO-PR

Nº Cidades

Dívida Total (1) (R$ 1.000,00)

Variação

(%) Setembro

2013 Outubro

2013

1 Apucarana 196.935,12 200.685,70 1,03

2 Campo Largo 11.973,42 11.758,29 -1,75

3 Campo Mourão 5.361,39 5.237,00 -1,45

4 Cascavel 27.277,74 26.683,44 -1,37

5 Castro 3.210,30 3.189,07 -2,85

6 Cornélio Procópio 1.411,00 1.369,51 -3,65

7 Curitiba 511.772,45 525.208,03 2,21

8 Foz do Iguaçu 50.069,97 50.398,76 -0,84

9 Francisco Beltrão 4.856,66 4.774,30 -1,65

10 Guarapuava 101.431,22 103.259,01 1,36

11 Irati 4.133,91 4.026,51 -2,51

12 Ivaiporã 3,73 3,20 -12,39

13 Jacarezinho 803,41 757,74 -5,34

14 Londrina 276.194,59 275.312,02 -0,45

15 Marechal Candido Rondon 4.994,49 4.872,07 0,14

16 Maringá 596.345,17 606.152,94 1,70

17 Medianeira 9.926,85 9.808,03 -1,22

18 Paranaguá 107,34 98,42 -7,61

19 Paranavaí 23.383,96 24.297,58 5,75

20 Pato Branco 10.498,25 10.492,17 -0,37

21 Ponta Grossa 43.533,18 42.726,82 -1,76

22 Prudentópolis 3.037,63 2.959,95 -1,33

23 Santo Antônio da Platina 1.706,38 2.959,95 -4,23

24 Toledo 14.189,71 13.837,15 -2,42

25 Umuarama 38.456,79 38.724,67 0,68

26 União da Vitória 2.360,54 2.320,68 17,60

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IV. R E L A Ç Õ E S C O M O E X T E R I O R

Federação do Comércio do Paraná

19. COMÉRCIO EXTERIOR BRASILEIRO

A balança comercial em 2013 apresentou saldo positivo: US$ 2,56 bilhões, muito

inferior ao de 2012, quando atingiu US$ 19,4 bilhões. Em 2013, mesmo com a valorização do

US$ (e desvalorização do R$), o desempenho das exportações não foi o esperado.

O pequeno saldo comercial de 2013 pode ser explicado por: recuperação dos EUA;

restrições nos países do Euro; queda das vendas para Argentina; menor crescimento da

China; alta tributação com efeito cascata; expansão geométrica da importação brasileira de

petróleo- a conta petróleo-; pequena participação de produtos de alta e média tecnologia nas

exportações; predomínio de commodites nas exportações (menor valor agregado). Os preços

chineses- com menores custos trabalhistas, corroem a capacidade competitiva brasileira.

Em 2012, a balança comercial positiva caiu para US$ 19,4 bilhões, pior desempenho

nos últimos sete anos, comparado aos US$ 29,8 bilhões de 2011. Em 2011, houve grande

participação das exportações em out-dez, com o dólar mais valorizado. As importações de out-

dez, maiores que igual período de 2010, foram limitadas em parte pela valorização do US$ no

período. O saldo comercial em 2011 foi quase 50% maior que 2010 e 40% acima de 2012. O

IOF maior dos carros importados conteve as importações desse segmento.

Dólar valorizado em 2013 (maior poder de compra ao importador externo) não refletiu

uma elevação nas exportações devido os fatores mencionados nas explicações em parágrafo

acima; por outro lado, a desindustrialização ocorrida ainda não foi superada; não é a curto

prazo que o perfil industrial do país se altera, moderniza ou recupera, considerando a

manutenção de limitações competitivas. As commodities agrícolas exportadas tiveram melhora

na cotação, devido a queda na safra americana. É necessário recuperar exportações da

indústria de transformação, devido a maior agregação de valor e empregos criados.

Fonte: www.mdic.gov.br – (Comércio exterior – Estatísticas de comércio exterior – Balança comercial mensal) (Consulta em 02/11/2013)

(*) Dados Atualizados. Valores sujeitos a alteração.

TABELA 36 – BRASIL: BALANÇA COMERCIAL (Em US$ Milhões)

Período

Exportações* Variação

(%) Importações*

Variação (%)

Balança Comercial*

Variação (%)

2007 160.649 16,58 120.617 32,04 40.032 -13,83

2008 197.942 23,21 172.985 43,42 24.958 -37,66

2009 152.995 -22,71 127.722 -26,17 25.272 1,26

2010 201.915 31,98 181.768 42,32 20.147 -20,28

2011 256.040 26,81 226.240 24,47 29.799 47,91

2012 242.580 -5,26 223.149 -1,37 19.431 -25,23

Jul 21.003 8,53 18.126 -2,27 2.877 256,95

Ago 22.382 6,57 19.155 5,68 3.227 12,17

Set 19.998 -10,65 17.442 -8,94 2.556 -20,79

Out 21.766 8,84 20.104 15,26 1.662 -34,98

Nov 20.472 -5,95 20.658 2,76 -187 -111,22

Dez 19.748 -3,53 17.500 -15,29 224 -220,54

2013 242.183 -0,2 239.623 7,4 2.560 -87,2

Jan 15.967 -19,15 20.003 14,31 -4.036 -1.894,90

Fev 15.549 -2,61 16.827 -15,88 -1.277 -68,34

Mar 19.323 24,27 19.159 13,86 164 112,83

Abr 20.632 6,77 21.626 12,88 -994 -706,10

Mai 21.822 5,77 21.064 -2,60 758 -176,26

Jun 21.134 -3,15 18.833 -10,59 2.301 203,56

Jul 20.807 -1,55 22.704 20,55 -1.897 -182,44

Ago 21.425 2,97 20.199 -11,03 1.226 164,63

Set 20.996 -2,00 18.849 -6,68 2.147 75,12

Out 22.821 8,69 23.045 22,26 -224 -110,43

Nov 20.861 -8,59 19.122 -17,02 1.739 676,34

Dez 20.846 -0,07 18.192 -4,86 2.654 52,62

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Federação do Comércio do Paraná

19. COMÉRCIO EXTERIOR BRASILEIRO

Fonte: www.bc.gov.br – (Economia e Finanças – Indicadores de Conjuntura – Indicadores Econômicos – Capítulo V – Intercâmbio Comercial Brasileiro)

(Consulta em 29/01/2014)

As restrições impostas pela Argentina às exportações brasileiras prejudicam a balança comercial

nacional, a indústria exportadora brasileira e paranaense. Também o MERCOSUL perde e se enfraquece

com as medidas adotadas pela Argentina.

(*) Dados de 2013 referentes aos meses de Janeiro a Dezembro.

CORRENTE DE COMÉRCIO: obtida a partir da soma: exportações mais importações. Quanto maior a corrente de comércio maior o grau de abertura comercial do país. No gráfico, os valores indicam o saldo total anual da corrente de comércio, que não deve ser confundida com balança comercial, que é obtida a partir de exportações menos importações.

(1) Associação Europeia de Livre Comércio inclui Islândia, Noruega e Suíça (inclui Liechtenstein).

(2) Exclui países do Oriente Médio e membros da Opep. (3) Associação Latino-Americana de Integração.

(4) Bolívia, Colômbia, Cuba, Equador, Peru e Venezuela.

(5) Inclui Porto Rico.

(6) Albânia, Armênia, Azerbaijão, Belarus, Cazaquistão, Geórgia, Moldávia, Quirguistão, Rússia, Tadjiquistão, Ucrânia e Uzbequistão. (7) Áustria, Bulgária, Chipre, Dinamarca, Eslovênia, Estônia, Finlândia, Grécia, Hungria, Irlanda, Letônia, Lituânia, Malta, Polônia, Portugal, República

Eslovaca, República Tcheca, Romênia e Suécia.

(8) Angola, Arábia Saudita, Argélia, Catar, Emirados Árabes Unidos, Irã, Iraque, Indonésia, Kuwait, Líbia, Nigéria e Venezuela.

(*) A entrada da Venezuela no Mercosul, como membro pleno, aconteceu oficialmente a 31 de julho de 2012.

TABELA 37 – BRASIL: INTERCÃMBIO COMERCIAL (Em US$ Milhões)

Países

2012 (JAN-DEZ) 2013 (JAN - DEZ)

Exportações

Importações

Balança

Comercial

Exportações

Importações

Balança

Comercial

AELC (1) 2.858 3.669 -811 3.420 3.940 -520

África (2) 12.213 14.266 -2.053 11.087 17.443 -6.356

Aladi (3) 50.447 38.716 11.731 53.700 40.791 12.909

MERCOSUL 25.099 19.598 5.501 29.533 20.450 9.083

Argentina 17.998 16.444 1.554 19.615 16.463 3.153

Paraguai 2.618 988 1.630 2.997 1.040 1.957

Uruguai 2.186 1.819 367 2.071 1.767 304

Venezuela(*) 2.297 347 1.950 4.850 1.181 3.669

Chile 4.602 4.165 438 4.484 4.330 154

México 4.003 6.075 -2.072 4.230 5.795 -1.565

Outros (4) 19.040 9.226 9.815 15.453 10.216 5.237

Ásia 75.325 68.867 6.458 77.657 73.228 4.429

China 41.228 34.248 6.979 46.026 37.302 8.724

Coréia do Sul 4.501 9.098 -4.597 4.720 9.491 -4.771

Japão 7.956 7.735 221 7.964 7.081 883

Outros 21.641 17.786 3.854 18.947 19.354 -407

Canadá 3.080 3.072 8 2.702 3.001 -300

EUA (5) 26.849 32.603 -5.754 24.856 36.277 -11.421

Europa Oriental (6) 4.327 4.109 218 4.178 3.598 580

Oriente Médio 11.528 7.394 4.134 10.954 7.368 3.585

União Europeia 48.860 47.662 1.198 47.541 50.704 -3.163

Alemanha 7.277 14.209 -6.932 6.552 15.181 -8.630

França 4.107 5.910 -1.802 3.394 6.498 -3.104

Itália 4.581 6.199 -1.619 4.098 6.717 -2.619

Países Baixos 15.041 3.106 11.934 17.283 2.345 14.938

Reino Unido 4.460 3.505 955 4.067 3.612 455

Outros (7) 13.394 14.732 -1.339 18.947 19.354 -407

Outros 7.093 2.791 4.302 6.083 3.266 2.817

Opep (8) 18.318 18.583 -265 17.477 21.103 -3.626

Total 242.580 223.149 19.431 242.179 239.618 2.561

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Federação do Comércio do Paraná

19. COMÉRCIO EXTERIOR BRASILEIRO

As Relações Comerciais com as Três Américas

Fonte: www.aliceweb2.mdic.gov.br/

(Consulta em 29/01/2014)

TABELA 38 - Exportações Brasileiras para países das três Américas: do Sul, Central e do Norte Jan - Dez (em milhões de U$S)

País Exportações

Participação (%)

1 Estados Unidos 24.652,52 30,76

2 Argentina 19.615,41 24,47

3 Venezuela 4.849,84 6,05

4 Chile 4.483,78 5,59

5 Mexico 4.230,30 5,28

6 Paraguai 2.996,61 3,74

7 Canada 2.701,75 3,37

8 Colombia 2.703,10 3,37

9 Panama 4.423,10 5,52

10 Peru 2.147,24 2,68

11 Uruguai 2.071,39 2,58

12 Bolivia 1.534,33 1,91

13 Equador 820,25 1,02

14 Cuba 528,17 0,66

15 Trinidad E Tobago 478,39 0,60

16 Outros 1.921,07 2,40

-- Total 80.157,25 100,00

TABELA 39 - Importações Brasileiras de países das três Américas: do Sul, Central e do Norte (Jan - Dez) (em milhões de U$S)

País Importações

Participação (%)

1 Estados Unidos 36.002,00 45,15

2 Argentina 16.462,93 20,65

3 Chile 5.794,78 7,27

4 Venezuela 4.328,27 5,43

5 Mexico 3.937,74 4,94

6 Paraguai 3.001,54 3,76

7 Canada 1.516,78 1,90

8 Colombia 1.772,40 2,22

9 Peru 1.766,98 2,22

10 Uruguai 1.462,61 1,83

11 Santa Lucia 1.180,74 1,48

12 Bolivia 1.039,74 1,30

13 Equador 705,05 0,88

14 Panama 448,50 0,56

15 Trinidad E Tobago 140,86 0,18

16 Outros 181,11 0,23

-- Total 79.742,02 100,00

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Federação do Comércio do Paraná

19. COMÉRCIO EXTERIOR BRASILEIRO

Principais Produtos Exportados e Importados

Conta Petróleo do Brasil

Fonte: www.mdic.gov.br – (Comércio exterior – Estatística do comércio exterior –Balança comercial Brasileira Mensal) (Consulta em 29/01/2014)

TABELA 40 – BRASIL: PRINCIPAIS PRODUTOS EXPORTADOS EM 2013 (Jan - Dez)

Produto

US$ Milhões

Percen tual (%)

1 Óleos Brutos De Petróleo 12.956,61 13,85

2 Outros Açúcares De Cana 9.155,51 9,78

3 Plataformas De Perfuração/Exploração, Flutuantes, Etc. 7.734,51 8,27

4 Minérios De Ferro Aglomerados E Seus Concentrados 6.495,28 6,94

5 Milho Em Grão, Exceto Para Semeadura 6.247,63 6,68

6 Bagaços E Outros Resíduos Sólidos, Da Extração Do Óleo De Soja 6.101,10 6,52

7 Pasta Quim.Madeira De N/Conif.A Soda/Sulfato, Semi/Branq 4.820,84 5,15

8 Café Não Torrado, Não Descafeinado, Em Grão 4.582,23 4,90

9 Carnes Desossadas De Bovino, Congeladas 4.477,26 4,78

10 Pedaços E Miudezas, Comestíveis De Galos/Galinhas, Congelados 4.198,99 4,49

11 Automóveis C/Motor Explosão, 1500<Cm3<=3000, Ate 6 Passag 3.719,10 3,97

12 "Fuel-Oil" 3.567,12 3,81

13 Outros Aviões/Veículos Aéreos, Peso > 15000 Kg, Vazios 2.915,71 3,12

14 Carnes De Galos/Galinhas, N/Cortadas Em Pedaços, Congel. 2.804,73 3,00

15 Outros Açúcares De Cana, Beterraba, Sacarose Quimicamented Pura, Sol. 2.678,21 2,86

16 Fumo N/Manuf.Total/Parc.Destal.Fls.Secas, Etc.Virgínia 2.604,56 2,78

17 Consumo De Bordo - Combustíveis E Lubrificantes Para Aeronaves 2.503,58 2,68

18 Ouro Em Barras, Fios, Perfis De Sec.Macica, Bulhão Dourado 2.132,54 2,28

19 Consumo De Bordo - Combustíveis E Lubrificantes Para Embarcações 2.074,89 2,22

20 Alumina Calcinada 1.809,17 1,93

-- Total 93.579,59 100,00

TABELA 41 – BRASIL: PRINCIPAIS PRODUTOS IMPORTADOS EM 2013 (Jan - Dez)

Produto

US$ Milhões

Percen tual (%)

1 Oleos Brutos De Petroleo 16.319,99 16,48

2 Automoveis De Passageiros 9.081,18 9,17

3 Oleos Combustiveis (Oleo Diesel,"Fuel-Oil",Etc.) 8.345,97 8,43

4 Partes E Pecas Para Veiculos Automoveis E Tratores 8.296,71 8,38

5 Medicamentos Para Medicina Humana E Veterinaria 6.704,06 6,77

6 Circuitos Integrados E Microconjuntos Eletronicos 4.848,69 4,90

7 Naftas 4.658,68 4,70

8 Gas Natural 3.877,55 3,91

9 Partes De Aparelhos Transmissores Ou Receptores 3.700,10 3,74

10 Motores,Geradores E Transformadores Eletr.E Suas Partes 3.375,93 3,41

11 Veiculos De Carga 3.340,64 3,37

12 Cloreto De Potassio 3.324,58 3,36

13 Instrumentos E Aparelhos De Medida,De Verificacao,Etc. 3.319,53 3,35

14 Compostos Heterociclicos,Seus Sais E Sulfonamidas 3.257,11 3,29

15 Inseticidas,Formicidas,Herbicidas E Prods.Semelhantes 2.999,75 3,03

16 Circuitos Impressos E Outs.Partes P/Apars.De Telefonia 2.868,10 2,90

17 Gas Natural Liquefeito 2.835,08 2,86

18 Rolamentos E Engrenagens,Suas Partes E Pecas 2.683,32 2,71

19 Adubos Ou Fertiliz.Cont.Nitrogenio,Fosforo E Potassio 2.628,78 2,65

20 Bombas,Compressores,Ventiladores,Etc.E Suas Partes 2.580,27 2,61

-- Total 99.046,03 100,00

TABELA 42 – BALANÇA COMERCIAL BRASILEIRA - COM E SEM PETRÓLEO E DERIVADOS - FOB (US$ milhões) (Jan - Dez)

2012 2013

Exportação 242.577 242.178

Petróleo e Derivados 30.986 22.365

Demais 211.591 219.813

Importação 223.181 239.617

Petróleo e Derivados 36.365 42.642

Demais 186.816 196.975

Saldo 19.396 2.561

Petróleo e Derivados -5.379 -20.277

Demais 22.753 22.838

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Federação do Comércio do Paraná

19. COMÉRCIO EXTERIOR BRASILEIRO

19.1. Providências de Estímulo às Exportações ou Defesa da Produção Interna

Anunciadas ou vigentes desde maio/2010, para estimular o setor exportador e valorizar a

produção da indústria nacional. Algumas das decisões não foram implementadas eficientemente e

não produziram os efeitos necessários e esperados. As providências são as seguintes:

1. Créditos Tributários: Devolução de 50% dos créditos de PIS/PASEP, COFINS, IPI acumulados na

exportação até 30 dias após a solicitação. Atualmente o retorno demora até cinco anos. Terão direito

as empresas

a) que exportaram pelo menos 30% do faturamento nos últimos dois anos.

b) que sejam exportadoras há no mínimo quatro anos.

c) com tributação pelo lucro real e que utilizem nota fiscal eletrônica.

d) cujo histórico de pedidos de ressarcimento negados não supere em 15% o total solicitado nos

últimos dois anos.

2. Banco de Fomento: Criação do EXIM Brasil (no estilo do Eximbank internacional), subsidiário do

BNDES especializado em comércio exterior para diminuir burocracia e dar mais rapidez a operações

de exportação. Voltado para operações de longo prazo, como bens de capital e serviços de

engenharia.

3. Micro e Pequenas Empresas: Poderão exportar até R$ 2,4 milhões sem que esse valor seja

contabilizado no limite de faturamento para enquadramento no Simples, que é também de R$ 2,4

milhões.

4. Financiamento: BNDES poderá destinar R$ 7 bilhões para linha de exportação de bens de

consumo subsidiada pelo Tesouro Nacional.

5. Garantias de criação:

a) FGCE-Fundo Garantidor de Comércio Exterior, que terá R$ 2 bilhões transferidos de fundo do

BNDES.

b) FGIE- Fundo Garantidor de Infraestrutura, que reunirá fundos naval e de energia e as PPP’s

(Parceria Público-Privada), somando R$ 5 bilhões.

c) EBS-Empresa Brasileira de Seguros para administrar risco dos fundos garantidores da União e

para concessão de seguros com o setor privado.

6. Isenção: Ampliação do “drawback isenção” para o mercado interno, em que os tributos pagos na

compra de insumos para produtos exportados poderão ser descontados na reposição de matéria-

prima nacional.

7. Compras Governamentais: Produtos nacionais terão preferência nas compras do governo

federal. O valor será de até 25% do similar produzido em outro país.

8. Autopeças: Acaba com o desconto de 40% sobre o Imposto de Importação de autopeças para

estimular a produção nacional.

9. Valorização recente do dólar (e consequente desvalorização do R$) poderá favorecer

exportações, conter a demanda de importados (que participam com 23% a 25% na demanda final), e

elevar a produção interna em segmentos específicos.

10. Aumento do IPI para carros importados (set 2011): passou a vigorar em 2012;

11. Eleva de 3 para 5 anos a cobrança de 6% do IOF: nas operações de cambio contratadas a

partir de 12/03/2012.

12. Proteção a produtos da Zona Franca de Manaus: aumento de 20% p/ 35 do IPI de

importados: motos, micro-ondas e aparelhos de ar condicionado.

13. Governo anuncia em 01/10/2012 lista de 100 produtos importados que terão aumento

no imposto de importação.

14. Final de janeiro de 2013: Banco Central injeta dólares no mercado, para forçar baixa do dólar

no mercado, como parte de uma política anti-inflacionária.

15. Junho/2013: providencias visaram estimular a permanência de US$ na economia brasileira.

16. Dezembro/2013: aumento no IOF para uso de cartões no exterior.

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44 Federação do Comércio do Paraná

20. COMÉRCIO EXTERIOR PARANAENSE

O saldo da balança comercial do ano de 2013 foi negativo: -US$ 1,1 bilhões, um valor melhor

que nos anos de 2011 e 2012 O dólar valorizado não estimulou uma melhoria. A balança comercial

de 2012 foi negativa e a pior dos últimos sete anos: US$ -1,678 bilhão. A corrente de comercio do

Paraná (exportações mais importações): janeiro/ dezembro/2012 foi US$ 37,1 bilhões, indicador com

leve melhora sobre 2011, números que sinalizam maior abertura econômica do Estado. Mas essa

abertura pode representar ampliação de importações para usufruir preços menores de bens

produzidos na China, podendo impactar sobre o nível de emprego. A balança comercial negativa de

2011 a 2013, não ocorria desde 2005.

A crise nos países desenvolvidos influenciou na redução da cotação de commodities agrícolas

no 1.º semestre/2012; essas cotações melhoraram em 2013, na sequência da elevação dos preços

do milho e soja, devido à queda da safra nos EUA, permitindo melhor cotação desses importantes

produtos da pauta paranaense. Por outro lado, as exportações em queda para países do euro

refletem as limitações ainda vigente naquelas economias. Exigências da Argentina dificultam

exportações paranaenses para aquele país.

Fonte: www.mdic.gov.br –(Comércio exterior – Estatística do comércio exterior –Balança comercial – Estados) (Consulta em 29/01/2014)

(*) Dados Atualizados. Valores sujeitos a alteração

TABELA 43 – PARANÁ: BALANÇA COMERCIAL (Em US$ Milhões)

Período

Exportações

Variação

(%)

Importações*

Variação

(%)

Saldo Balança

Comercial *

Variação

(%)

2007 12.352,86 23,33 9.017,99 50,85 3.334,87 -17,42

2008 15.247,18 23,43 14.570,22 61,57 676,96 -79,70

2009 11.222,83 -26,39 9.620,84 -33,97 1.601,98 136,64

2010 14.176,01 26,31 13.956,96 45,07 219,05 -86,33

2011 17.394,23 22,70 18.767,23 34,47 -1.373,00 -726,78

2012 17.709,59 1,81 19.387,10 3,30 -1.677,52 -22,16

Ago 1.614,81 8,18 1.859,39 21,31 -244,58 -509,78

Set 1.398,95 -13,37 1.491,22 -19,80 -92,27 -62,28

Out 1.804,99 29,02 1.668,39 11,88 136,61 -248,06

Nov 1.306,07 -27,64 1.879,46 12,65 -573,39 -519,74

Dez 1.248,10 -4,44 1.436,54 -23,57 -188,44 -67,14

2013 18.239,20 2,99 19.343,80 - 0,23 - 1.104,60 -34,26

Jan 968,30 -22,42 1.460,46 1,67 -492,16 161,18

Fev 1.084,62 12,01 1.270,46 -13,01 -185,84 -72,59

Mar 1.386,71 27,85 1.694,85 33,41 -308,14 -37,39

Abr 1.581,17 14,02 1.723,02 1,66 -141,86 23,67

Mai 1.824,49 15,39 1.624,52 -5,71 199,97 241,06

Jun 1.706,73 -6,45 1.615,67 -0,55 91,06 54,46

Jul 1.744,80 2,23 1.574,61 -2,54 170,18 86,89

Ago 1.933,06 10,79 2.078,61 32,01 -145,55 -185,52

Set 1.669,72 -13,62 1.515,96 -27,07 153,75 205,64

Out 1.706,08 2,18 1.773,30 16,96 -67,22 -143,72

Nov 1.405,71 - 17,61 1.448,57 -18,30 - 42,86 - 36,24

Dez 1.227,83 - 12,65 1.562,65 7,88 - 334,82 681,26

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20. COMÉRCIO EXTERIOR PARANAENSE

Fonte: www.mdic.gov.br – (Comércio exterior – Estatística do comércio exterior – Balança Comercial Brasileira: Unidades da Federação)

Consulta em 29/01/2014

Fonte: www.mdic.gov.br – (Comércio exterior – Estatística do comércio exterior – Balança comercial Unidades da Federação) (Consulta em 29/01/2014)

(*) Dados Atualizados. Sujeitos à alteração.

(1) Dados preliminares.

(2) Bens de Capital: bens que geram riqueza: máquinas que fabricam outros bens; ou bens de longa duração: equipamento hospitalar

Bens Intermediários: bens manufaturados ou matérias-primas processadas utilizadas na produção de outros bens (exemplo: peças para veículos) Bens de Consumo: utilizados para o atendimento das necessidades humanas imediatas: alimentos, remédios, etc

TABELA 44 – PARANÁ: PRINCIPAIS PAÍSES DE DESTINO DE PRODUTOS (1)

2012 (Jan – Dez) 2013 (Jan - Dez)

Dez Principais Destinos

US$ Milhões

Participação Percentual

(%) Dez Principais Destinos

US$ Milhões

Participação Percentual

(%)

1 China 3.405,04 34,79 China 3.978,89 37,20

2 Argentina 1.834,99 18,75 Argentina 2.048,89 19,16

3 Alemanha 731,31 7,47 Paises Baixos (Holanda) 839,00 7,84

4 Países Baixos (Holanda) 653,43 6,68 Estados Unidos 720,42 6,74

5 Estados Unidos 645,62 6,60 Alemanha 635,46 5,94

6 Arábia Saudita 560,36 5,73 Arabia Saudita 628,95 5,88

7 Ira 525,79 5,37 Paraguai 622,46 5,82

8 Paraguai 524,34 5,36 Japao 420,62 3,93

9 Japão 477,72 4,88 Franca 418,70 3,91

10 Coreia Do Sul 428,72 4,38 Coreia Do Sul 382,81 3,58

--- Total 9.787,32 100,00 Total 10.696,20 100,00

TABELA 45 – PARANÁ: PRINCIPAIS PRODUTOS EXPORTADOS EM 2013 (Jan - Dez ) (1)

Produto

US$ Milhões

Percen tual (%)

1 Soja, Mesmo Triturada, Exceto Para Semeadura 3.966,56 29,99

2 Bagacos E Outs.Residuos Solidos,Da Extr.Do Ol 1.473,37 11,14

3 Outros Acucares De Cana 1.103,70 8,34

4 Pedacos E Miudezas,Comest.De Galos/Galinhas,C 1.044,50 7,90

5 Automoveis C/Motor Explosao,1500<Cm3<=3000,At 964,05 7,29

6 Milho Em Grao,Exceto Para Semeadura 923,15 6,98

7 Carnes De Galos/Galinhas,N/Cortadas Em Pedaco 921,06 6,96

8 Oleo De Soja,Em Bruto,Mesmo Degomado 480,61 3,63

9 Cafe Soluvel,Mesmo Descafeinado 312,34 2,36

10 Outs.Papeis/Cartoes P/Escrita,Etc.Fibra Mecan 290,62 2,20

11 Outs.Mad.Comp.Folheada,Espess.Ñ Sup.A 6Mm 288,49 2,18

12 Consumo De Bordo - Combustiveis E Lubrif.P/Em 230,80 1,74

13 Madeira De Coniferas,Perfilada 189,21 1,43

14 Adubos Ou Fertilizantes C/Nitrogenio,Fosforo 186,98 1,41

15 Tratores Rodoviarios P/Semi-Reboques 159,38 1,20

16 Farinhas E "Pellets",Da Extracao Do Oleo De S 156,03 1,18

17 Outs.Couros Bovinos,Incl.Bufalos,N/Div.Umid.P 144,58 1,09

18 Carnes De Outs.Animais,Salgadas,Secas,Etc. 141,22 1,07

19 Chassis C/Motor Diesel E Cabina,Carga>20T 135,70 1,03

20 Outs.Acucares De Cana,Beterraba,Sacarose Quim 114,76 0,87

-- Total 13.227,11 100,00

TABELA 46 –

PARANÁ: CORRENTE DE COMÉRCIO

Período US$

Milhões* Var (%)

2008 29.817,40 39,52

2009 20.843,67 -30,10

2010 28.132,97 34,97

2011 36.161,45 28,54

2012 37.096,97 2,59

Set 2.890,17 -16,81

Out 3.473,38 20,18

Nov 3.185,53 -8,29

Dez 2.684,64 -15,72

2013 34.791,29 1,01

Jan 2.428,77 -9,53

Fev 2.355,04 -3,04

Mar 3.081,56 30,85

Abr 3.304,10 7,22

Mai 3.449,01 4,39

Jun 3.322,40 -3,67

Jul 3.319,41 -0,09

Ago 4.011,67 0,21

Set 3.185,68 -0,21

Out 3.479,37 0,09

Nov 2.854,28 -0,18

Dez 2.790,48 -2,24

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20. COMÉRCIO EXTERIOR PARANAENSE

Fonte: www.mdic.gov.br – (Comércio exterior – Estatística do comércio exterior – Balança comercial brasileira: Municípios) (Consulta em 29/01/2014)

TABELA 47 – PARANÁ: PRINCIPAIS BLOCOS ECONÔMICOS DE DESTINO E ORIGEM DE PRODUTOS

2013 (Jan - Dez) 2013 (Jan - Dez)

Principais Blocos Econômicos de Destino

US$ Milhões

Percen tual (%)

Principais Blocos Econômicos de Origem

US$ Milhões

Percen tual (%)

Asia (Exclusive Oriente Medio) 6.305,69 41,38 Uniao Europeia - Ue 5.270,90 32,19

Uniao Europeia - Ue 3.314,22 21,75 Asia (Exclusive Oriente Medio) 4.987,70 30,46

Oriente Medio 1.495,61 9,81 Africa (Exclusive Oriente Medio) 1.918,64 11,72

Aladi (Exclusive Mercosul) 1.302,61 8,55 Estados Unidos (Inclusive Porto Rico) 1.382,57 8,44

Demais Blocos 2.821,38 18,51 Demais Blocos 2.816,95 17,20

Total 15.239,50 100,00 Total 16.376,76 100,00

TABELA 48 – PARANÁ: PRINCIPAIS EMPRESAS EXPORTADORAS EM 2013 (Jan - Dez)

20 Principais Empresas Exportadoras

US$ Milhões

Percentual (%)

1 Renault Do Brasil S.A 1.169,24 11,16

2 Brf - Brasil Foods S.A. 1.100,26 10,50

3 Bunge Alimentos S/A 911,87 8,71

4 Cooperativa Agropecuaria Mouraoense Ltda 805,38 7,69

5 Cargill Agricola S A 770,84 7,36

6 Usina De Acucar Santa Terezinha Ltda 710,94 6,79

7 Louis Dreyfus Commodities Brasil S.A. 685,92 6,55

8 Chs Do Brasil - Graos E Fertilizantes Ltda. 629,63 6,01

9 Volvo Do Brasil Veiculos Ltda 478,02 4,56

10 Nidera Sementes Ltda. 444,00 4,24

11 Seara-Ind. E Comercio De Produtos Agro-Pecuario 430,26 4,11

12 Adm Do Brasil Ltda 346,20 3,31

13 Klabin S.A. 345,05 3,29

14 Petroleo Brasileiro S A Petrobras 322,58 3,08

15 Volkswagen Do Brasil Ltda 319,47 3,05

16 Usina Alto Alegre S/A - Acucar E Alcool 255,88 2,44

17 Companhia Cacique De Cafe Soluvel 200,26 1,91

18 Robert Bosch Limitada 188,69 1,80

19 C.Vale - Cooperativa Agroindustrial 179,76 1,72

20 Seara Alimentos Ltda 179,70 1,72

--- Total 10.473,97 100,00

TABELA 49 – PARANÁ: PRINCIPAIS EMPRESAS IMPORTADORAS EM 2013 (Jan - Dez)

20 Principais Empresas Importadoras

US$ Milhões

Percentual (%)

1 Petroleo Brasileiro S A Petrobras 1.777,44 17,53

2 Renault Do Brasil S.A 1.757,40 17,33

3 Volkswagen Do Brasil Ltda 1.749,11 17,25

4 Volvo Do Brasil Veiculos Ltda 717,85 7,08

5 Cnh Latin America Ltda 550,67 5,43

6 Positivo Informatica S/A 515,83 5,09

7 Nissan Do Brasil Automoveis Ltda 394,66 3,89

8 Fertipar Fertilizantes Do Parana Limitada 348,83 3,44

9 Electrolux Do Brasil S/A 326,94 3,22

10 Mosaic Fertilizantes Do Brasil Ltda. 290,63 2,87

11 Macrofertil - Industria E Comercio De Fertiliza 199,43 1,97

12 Bunge Fertilizantes S/A 191,34 1,89

13 Brf - Brasil Foods S.A. 187,62 1,85

14 Yara Brasil Fertilizantes S/A 171,50 1,69

15 Milenia Agrociencias S.A. 171,03 1,69

16 Agro Industrial Sao Luiz Ltda 165,99 1,64

17 Plant Bem Fertilizantes S.A. 162,56 1,60

18 Fertilizantes Heringer S.A. 159,63 1,57

19 Nortox Sa 155,88 1,54

20 Tetra Pak Ltda 145,72 1,44

--- Total 10.140,05 100,00

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20. COMÉRCIO EXTERIOR PARANAENSE

Fonte: www.mdic.gov.br (Comércio exterior – Estatística do comércio exterior – Balança comercial Unidades da Federação) (Consulta em

29/01/2014)

Fonte: www.mdic.gov.br – (Comércio exterior – Estatística do comércio exterior – Balança comercial brasileira: Municípios) (Consulta em 29/01/2014)

TABELA 50 – PARANÁ: EXPORTAÇÃO – TOTAL POR FATOR AGREGADO (Em US$ Milhões)

Período Básicos Indústria-

lizados

Operações

Especiais TOTAL

2007 4.233,78 7.949,75 169,32 12.352,86

2008 5.787,48 9.152,08 307,62 15.247,18

2009 4.985,13 6.024,36 213,33 11.222,83

2010 5.983,15 7.921,86 270,99 14.176,01

2011 7.952,48 9.056,69 385,06 17.394,23

2012 8.356,71 9.022,70 330,17 17.709,59

Jun 742,09 772,99 22,70 1.537,78

Jul 795,87 672,51 24,34 1.492,72

Ago 796,65 785,91 32,25 1.614,81

Set 633,46 744,22 21,28 1.398,95

Out 772,65 1.001,55 30,79 1.804,99

Nov 491,30 791,37 23,40 1.306,07

Dez 516,65 708,87 22,58 1.248,10

2013 9.068,37 8.916,49 254,34 18.239,20

Jan 328,46 623,90 15,94 968,30

Fev 532,92 530,52 21,18 1.084,62

Mar 766,64 597,28 22,79 1.386,71

Abr 875,78 679,84 25,55 1.581,17

Mai 967,24 834,55 22,71 1.824,49

Jun 919,32 769,39 18,02 1.706,73

Jul 954,66 770,14 20,00 1.744,80

Ago 1.042,07 863,41 27,58 1.933,06

Set 849,87 802,18 17,66 1.669,72

Out 828,98 851,18 25,92 1.706,08

Nov 615,79 768,01 21,91 1.405,71

Dez 386,65 826,09 15,09 1.227,83

TABELA 51 – PARANÁ: BALANÇA COMERCIAL DOS MAIORES EXPORTADORES MUNICIPAIS EM 2013 (Jan - Dez) (Em US$ Milhões)

Nº 15 Principais

Municípios Exportações

Percen

tual

(%)

Importações

Percen

tual

(%)

Balança

Comercial

Corrente de

Comércio

1 Paranaguá 4.720,13 29,01 2.168,30 13,65 2.551,84 6.888,43

2 Maringá 2.955,80 18,17 461,65 2,91 2.494,15 3.417,45

3 São José Dos Pinhais 2.025,01 12,45 4.718,97 29,71 -2.693,96 6.743,98

4 Curitiba 1.633,91 10,04 4.718,13 29,70 -3.084,21 6.352,04

5 Ponta Grossa 1.221,20 7,51 478,28 3,01 742,92 1.699,48

6 Araucária 818,73 5,03 2.342,30 14,75 -1.523,57 3.161,04

7 Londrina 770,38 4,73 441,24 2,78 329,14 1.211,63

8 Telêmaco Borba 464,94 2,86 31,72 0,20 433,21 496,66

9 Cascavel 426,93 2,62 174,65 1,10 252,29 601,58

10 Rolândia 307,02 1,89 22,35 0,14 284,67 329,37

11 Guarapuava 202,12 1,24 108,43 0,68 93,70 310,55

12 Palotina 195,74 1,20 18,80 0,12 176,93 214,54

13 Foz Do Iguaçu 186,56 1,15 183,14 1,15 3,43 369,70

14 Cornélio Procópio 175,24 1,08 7,90 0,05 167,34 183,13

15 Cafelândia 167,33 1,03 9,45 0,06 157,88 176,79

-- TOTAL 16.271,06 100,00 15.885,30 100,00 385,76 32.156,36

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21. INVESTIMENTO ESTRANGEIRO DIRETO-IED NA ECONOMIA BRASILEIRA

O IED de 2013 foi um pouco menor que o de 2012: perto de US$ 64 bilhões. As

expectativas de crescimento do IED para 2013 foram comprometidas por limitações

econômico-políticas no país, mais a melhoria na economia dos EUA e saída de dólares da bolsa

de valores de São Paulo. Em 2012, o IED foi menor que o de 2011. A credibilidade da economia

brasileira no exterior, não atingiu os níveis anteriores: o exterior até se demonstra surpreso

com a rápida deterioração das referências anteriores, a começar pelo PIB de 1,0% em 2012. O

PIB de 2013 deverá crescer mais que o de 2012; no entanto, não atingirá as previsões iniciais.

Em 2010-2011, houve grandes investimentos de empresas automotivas para instalação

ou ampliação, com o BNDES financiando parte dos gastos e uma extensa teia de incentivos

fiscais concedidos pelos estados que sediaram tais empresas. No episódio recente de

valorização do US$, as automotivas enviaram ao exterior parcelas significativas dos lucros

obtidos. Essa valorização e a melhora na economia dos EUA, ao lado de medidas do governo

brasileiro interferindo no rendimento dos investimentos pode comprometer a entrada de IED.

A mensuração do IED, considera somente o capital externo produtivo, capaz de gerar

novos bens e serviços. Difere do especulativo, aplicado em títulos da dívida pública ou bolsa

de valores, com um perfil de imediatismo, ou seja, não vem para permanecer a longo prazo.

Surgindo a crise, sai do país, sem gerar empregos, produtos e serviços. O IED de 2005 a 2008

no Brasil cresceu, associado à confiança do exterior e ao crescimento verificado até set/2008.

Em 2009, há queda expressiva associada à crise do período. É um fluxo de capital importante:

permite ampliar produção, inovar e modernizar produtos, e melhorar produtividade.

Fonte: www.ipeadata.gov.br - (Conta financeira – Investimentos diretos – Estrangeiros no país) (Consulta em 27/09/2013)

TABELA 52 – IED NO BRASIL

Período Valor em

US$ Milhões*

Variação Percentual

(%)

2005 15.066 -16,97

2006 18.822 24,93

2007 34.584 83,74

2008 45.058 30,29

2009 25.948 -42,41

2010 48.506 86,93

2011 66.660 37,43

2012 65.242 -2,13

Set 4.393 -12,73

Out 7.730 75,96

Nov 4,587 -40,66

Dez 5.358 16,81

2013 --- ---

Jan 3.703 -30,88

Fev 3.814 2,98

Mar 5.739 54,97

Abr 5.720 -0,32

Mai 3.880 -32,17

Jun 7.170 84,81

Jul 5.212 -27,31

Ago 3.775 -27,58

Set 4.770 26,38

Out 5.362 12,39

Nov 8.334 55,44

Dez 6.490 -22,13

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22. DÍVIDA EXTERNA BRASILEIRA

A dívida externa brasileira total resulta do somatório das dívidas do setor público

(governos: federal, estaduais e municipais, mais Distrito Federal e as empresas públicas) e do

setor privado. Os números disponíveis apontam que a dívida de médio e longo prazo é muito

superiores à de curto prazo, fato que contribui para reduzir a pressão para os pagamentos.

Os dados da dívida de curto prazo de 2011 e 2012 (comparados a 2010) apontam

redução expressiva; por outro lado, a dívida de médio e longo prazo para os mesmos períodos

cresceu bastante. Para isso contribuiu juros menores no exterior, pois os tomadores de

empréstimos buscam o menor custo do mesmo.

Em 2012, a dívida ao final do ano atingiu US$ 316,8 bilhões, um crescimento em

relação a 2011, com maior participação das dívidas de médio e de longo prazo. A administração

do estoque de divisas praticada pelo Banco Central, indica condições consistentes para

desembolsos futuros para pagamentos da dívida externa.

Para 2013, tem-se pequena queda percentual da dívida em relação à existente em

dezembro / 2012: de US$ 316,8 bilhões em dezembro caiu para US$ 312 bilhões. A dívida de

curto prazo é pouco mais de 10% do total; a de longo prazo é quase 90% do total , tomando

por base os dados de novembro de 2013. A distribuição dessa dívida permite maior elasticidade

no pagamento e nas renegociações.

Fonte: www.bc.gov.br – (Economia e Finanças – Notas econômico-financeiras para a imprensa – Setor externo – TABELA 52) (Consulta em

29/01/2014) (*) Dados de Dezembro – 2013 - estimados.

22.1. Distribuição da Dívida: Governo e Setor Privado

A dívida externa brasileira está distribuída em dívida do governo e dívida do setor

privado. De acordo com o Banco Central, a dívida registrada para o período 2007-2011 está

distribuída conforme a Tabela abaixo.

Constata-se assim, uma realidade pouco conhecida do grande público: do total da dívida

externa brasileira, verifica-se que o setor privado, numa média do período de 2007 - 2011, é

responsável por mais da metade dessa dívida. O dado mais recente da dívida, ano de 2011,

mostra o setor privado devendo 69% a mais em comparação com setor público. A dívida

privada cresceu em função dos baixos juros no exterior e da valorização do R$ perante o US$

até meados de 2011.

A dívida do setor público está distribuída entre os três níveis de governo: federal,

estaduais, municipais e também empresas estatais.

TABELA 54 – BRASIL: PARTICIPAÇÃO DA DÍVIDA EXTERNA

Ano Setor Público Setor Privado Total

2008 (1) 46,9% 53,1% 100%

2009 (2) 51,8% 48,2% 100%

2010 (3) 45,0% 55,0% 100%

2011 (4) 37,2% 62,8% 100%

Fonte: (1) Boletim Anual – 2008 do Banco Central do Brasil (p.153). (2) Boletim Anual – 2009 do Banco Central do Brasil (p.142).

(3) Boletim Anual – 2010 do Banco Central do Brasil (p. 135).

(4) Boletim Anual – 2011 do Banco Central do Brasil (p. 129).

TABELA 53 – DÍVIDA EXTERNA BRASILEIRA (Em US$ Milhões)

Período Curto Prazo Médio e Longo Prazo

Total Valor (%) Valor (%)

2006 20.323 11,78 152.266 88,22 172.589

2007 38.901 20,13 154.318 79,87 193.219

2008 36.444 18,37 161.896 81,63 198.340

2009 30.972 15,62 167.220 84,37 198.192

2010 56.450 22,12 198.734 77,87 256.804

2011 39.040 13,13 258.310 86,87 297.349

2012 37.535 11,85 279.295 88,15 316.831

2013(*) 32.855 10,53 279.166 89,51 312.022

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23. RESERVAS CAMBIAIS

Em 2013 ocorreu queda de 1,0% no estoque de reservas, comparado a 2012. As

reservas cambiais são muito importantes e estratégicas no atual contexto econômico. Associado

a disponibilidade de um elevado estoque de divisas no BC, que atua como um colchão

amortecedor desde o inicio da crise mundial de setembro/2008, o “lastro” cambial permite ao

Brasil maior credibilidade no mercado internacional, manter o “grau de investimento” obtidos

em 2008 e 2009 e ampliar a entrada de capital externo.

Dados do BC divulgados em 08 de janeiro/2014, apontam a saída de US$ 12,7 bilhões

em 2013, já descontado tudo o que entrou de dólares-US$. Foi o pior resultado, desde 2002,

quando o mercado financeiro conviveu com inquietações da vitória do candidato do PT à época.

Naquele ano, saíram do país US$ 13 bilhões. A saída encarece o dólar para os brasileiros.

Uma parcela desses dólares são especulativos, por conta dos juros maiores pagos pelos

títulos do governo, comparados à remuneração em outros países. É um volume de divisas

importante para a economia brasileira, mas que gera um custo associado às aplicações do

exterior em títulos do governo, que pagam altas remunerações. É o “capital especulativo”

volátil, sem compromisso com produção, investimento interno ou emprego e que, em função de

qualquer distúrbio no mercado externo pode, rapidamente, deixar o País. Os dólares do BC, em

parte aplicados em títulos do governo americano, tem remuneração inferior à paga pelo

governo brasileiro. Uma parcela das reservas advém da compra de US$ pelo BC em períodos de

alta entrada que induziam a valorizar o Real e outra parte vem das exportações.

Em 2013, o BC injetou US$ no mercado para segurar a pressão decorrente da

respectiva valorização. Em agosto p.p., ante as dificuldades de contenção, o governo modificou

a política de venda de divisas, tornando mais agressiva a injeção de US$ pelo BC. Desde

dezembro/2012, ocorre queda nas reservas, devido a política de contenção da valorização, a

qual não melhorou as exportações nem balança comercial; importações mais caras cresceram.

Fonte: www.bc.gov.br – (Economia e Finanças – Indicadores de conjuntura – Reservas Internacionais – Dados diários) (Consulta em 29/01/2014)

TABELA 55– BRASIL: RESERVAS CAMBIAIS (1) (Em US$ Milhões)

Período

Reservas

Cambiais no Banco Central

(1)

Variação

Sobre o Período Anterior

(%)

2005 53.799 1,60

2006 85.839 59,60

2007 180.334 110,10 2008 193.783 7,46

2009 238.520 23,09

2010 288.575 0,82

2011 352.012 21,98

2012 379.095 7,69

Out 378.321 -0,07

Nov 377.891 -0,11

Dez 379.095 0,32

2013 375.467 -0,97

Jan 378.136 -0,25

Fev 376.666 -0,39

Mar 376.509 -0,04

Abr 377.127 0,16

Mai 375.428 -0,45

Jun 371.902 -0,94

Jul 373.810 0,51

Ago 373.907 0,03

Set 375.158 0,33

Out 377.318 0,11

Nov 375.834 -0,07

Dez 375.467 -0,10

2014 --- ---

Jan 375.968 0,13