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Serviços Capotas e protetores Thiago Lasco Uma bela seleção, com cerca de 120 veículos antigos, foi reunida no Clube Hípico de Santo Ama- ro, na zona sul da capital paulis- ta, no fim de semana passada du- rante a segunda edição da mos- tra Clássicos Brasil. Entre os mo- delos expostos, dois Romi-Iset- ta dividiam as atenções com um Furia Alfa 1970 de corrida e dois Chevrolet Opala da Stock Car. “A Federação Brasileira de Veículos Antigos (FBVA) envia convites para os clubes federa- dos, que avisam os colecionado- res. E há os proprietários não fi- liados que vêm diretamente, atraídos pelo boca a boca”, diz o organizador do evento, José Ri- cardo de Oliveira. Antes de serem admitidos pa- ra participar da mostra, os car- ros antigos têm de passar por um processo de triagem. “O inte- ressado envia quatro fotos do veículo, para que possamos veri- ficar o nível de originalidade. Queremos resgatar a história co- mo ela é, e não uma história mo- dificada”, explica Oliveira. Neste ano, modelos com aces- sórios de época também pude- ram participar. Isso é resultado de uma medida da FBVA, que passou a permitir que esses veí- culos recebessem o certificado de originalidade e placas pretas. “É uma forma de preservar a história desses acessórios. Co- mo meu neto vai saber o que foi uma roda esportiva?”, explica Fabio Pagotto, membro da co- missão julgadora. Outros destaques foram uma VW Brasília com painel, rodas e bancos da Dacon, autorizada VW que chegou a produzir veícu- los próprios, além de uma perua do Maverick, feita pela conces- sionária Ford Souza Ramos com base na versão sedã do modelo. Glória. Os carros inscritos fo- ram agrupados nas categorias JK (até 1960), Tropicalismo (de 1961 a 1966), Milagre Brasileiro (de 1967 a 1973) e Geração Disco (de 1974 a 1982) e passaram pelo crivo de uma comissão julgado- ra, que avaliou quesitos como originalidade, importância his- tórica e estado de conservação. Os modelos mais bem pontua- dos foram premiados e deram a seus donos minutos de glória, ao desfilar para o público pre- sente. Entre os escolhidos dessa mostra estavam um VW Variant 1972 com apenas 6 mil km roda- dos e um raro protótipo do Opa- la Las Vegas, criado para o Salão do Automóvel de 1972, que es- treou o meio teto de vinil. Os organizadores pretendem que as próximas edições do Clássicos Brasil ocorram no fe- riado de aniversário da capital paulista, como neste ano. O ob- jetivo é vincular o evento a uma data comemorativa. “Queremos crescer, mas de forma ordenada, mantendo o fo- co na originalidade dos veícu- los, que se perdeu em outros eventos do setor”, diz Oliveira. Clássicos Brasil reúne antigos na Hípica Segunda edição do evento, que ocorreu entre os dias 23 e 25 de janeiro, na zona sul, premiou modelos nacionais que marcaram época FOTOS: THIAGO LASCO/ESTADÃO Abrasileirado. Feito no Brasil sob licença, Willys Interlagos é uma espécie de versão tupiniquim do francês Alpine A108 Pedigree. Sedã 2150, revelado em 1968, marcou a compra da Fábrica Nacional de Motores (FNM) pela Alfa Romeo Ícone. A Romi-Isetta, um dos primeiros veículos feitos no País, tem, ao contrário do que muitos pensam, quatro rodas Muscle car. Exemplar do Charger R/T de 1978 foi um dos vários Dodge expostos Evolução. As duas gerações do Ford Corcel GT: de 1978 e 1974 (mais à direita) Vedete. Protótipo de Chevrolet Opala Las Vegas, que estreou o meio teto de vinil, foi um dos premiados Luxuoso. Este belo Esplanada, de 1969, resgata a beleza do sedã Chrysler lançado três anos antes Familiar. Perua do Maverick era feita pela autorizada Ford Souza Ramos Derradeiro. Safra 1970 do Karmann-Ghia ganhou motor 1.6 de 60 cv. Modelo saiu de cena em 1971 Canarinho. Com carroceria de fibra de vidro e mecânica DKW, depois VW, esportivo Puma brilhou entre os anos 60 e 70 Raridade. De 1970, exemplar da primeira geração da Ford Belina, a perua do Corcel, está impecável Paulista. Projetado no Brasil, SP2 homenageia SP e foi a resposta da Volkswagen ao Puma 6 Jornal do Carro DOMINGO, 31 DE JANEIRO DE 2016 O ESTADO DE S. PAULO

FeitonoBrasilsoblicença,WillysInterlagos Pedigree. Ícone ... · Serviços Capotaseprotetores ThiagoLasco Uma bela seleção, com cerca de 120veículos antigos,foireunida no Clube

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ServiçosCapotas e protetores

Thiago Lasco

Uma bela seleção, com cerca de120 veículos antigos, foi reunidano Clube Hípico de Santo Ama-ro, na zona sul da capital paulis-ta, no fim de semana passada du-rante a segunda edição da mos-tra Clássicos Brasil. Entre os mo-delos expostos, dois Romi-Iset-ta dividiam as atenções com umFuria Alfa 1970 de corrida e doisChevrolet Opala da Stock Car.

“A Federação Brasileira deVeículos Antigos (FBVA) enviaconvites para os clubes federa-dos, que avisam os colecionado-res. E há os proprietários não fi-liados que vêm diretamente,atraídos pelo boca a boca”, diz oorganizador do evento, José Ri-cardo de Oliveira.

Antes de serem admitidos pa-ra participar da mostra, os car-ros antigos têm de passar porumprocesso de triagem. “O inte-ressado envia quatro fotos doveículo, para que possamos veri-ficar o nível de originalidade.Queremos resgatar a história co-mo ela é, e não uma história mo-dificada”, explica Oliveira.

Neste ano, modelos com aces-

sórios de época também pude-ram participar. Isso é resultadode uma medida da FBVA, quepassou a permitir que esses veí-culos recebessem o certificado

de originalidade e placas pretas.“É uma forma de preservar a

história desses acessórios. Co-mo meu neto vai saber o que foiuma roda esportiva?”, explica

Fabio Pagotto, membro da co-missão julgadora.

Outros destaques foram umaVW Brasília com painel, rodas ebancos da Dacon, autorizada

VW que chegou a produzir veícu-los próprios, além de uma peruado Maverick, feita pela conces-sionária Ford Souza Ramos combase na versão sedã do modelo.

Glória. Os carros inscritos fo-ram agrupados nas categoriasJK (até 1960), Tropicalismo (de1961 a 1966), Milagre Brasileiro(de 1967 a 1973) e Geração Disco(de 1974 a 1982) e passaram pelocrivo de uma comissão julgado-ra, que avaliou quesitos comooriginalidade, importância his-tórica e estado de conservação.

Os modelos mais bem pontua-dos foram premiados e deram aseus donos minutos de glória,ao desfilar para o público pre-sente. Entre os escolhidos dessamostra estavam um VW Variant1972 com apenas 6 mil km roda-dos e um raro protótipo do Opa-la Las Vegas, criado para o Salãodo Automóvel de 1972, que es-treou o meio teto de vinil.

Os organizadores pretendemque as próximas edições doClássicos Brasil ocorram no fe-riado de aniversário da capitalpaulista, como neste ano. O ob-jetivo é vincular o evento a umadata comemorativa.

“Queremos crescer, mas deforma ordenada, mantendo o fo-co na originalidade dos veícu-los, que se perdeu em outroseventos do setor”, diz Oliveira.

Clássicos Brasil reúne antigos na HípicaSegunda edição do evento, que ocorreu entre os dias 23 e 25 de janeiro, na zona sul, premiou modelos nacionais que marcaram época

FOTOS: THIAGO LASCO/ESTADÃO

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Abrasileirado. Feito no Brasil sob licença, Willys Interlagosé uma espécie de versão tupiniquim do francês Alpine A108

Pedigree. Sedã 2150, revelado em 1968, marcou a comprada Fábrica Nacional de Motores (FNM) pela Alfa Romeo

Ícone. A Romi-Isetta, um dos primeiros veículos feitos noPaís, tem, ao contrário do que muitos pensam, quatro rodas

Muscle car.Exemplar doCharger R/Tde 1978foi um dosvários Dodgeexpostos

Evolução.As duas

gerações doFord CorcelGT: de 1978

e 1974 (maisà direita)

Vedete. Protótipo de Chevrolet Opala Las Vegas, queestreou o meio teto de vinil, foi um dos premiados

Luxuoso. Este belo Esplanada, de 1969, resgata abeleza do sedã Chrysler lançado três anos antes

Familiar.Perua doMaverick erafeita pelaautorizadaFord SouzaRamos

Derradeiro. Safra 1970 do Karmann-Ghia ganhoumotor 1.6 de 60 cv. Modelo saiu de cena em 1971

Canarinho. Com carroceria de fibra de vidro e mecânica DKW, depois VW, esportivo Puma brilhou entre os anos 60 e 70

Raridade. De 1970, exemplar da primeira geraçãoda Ford Belina, a perua do Corcel, está impecável

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